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Judith Martins-costa, trás como tema, o direito privado como um “sistema em construção”.

Na
sua introdução é abordada a votação no senado para decidir sobre o projeto de um novo
código civil, no âmago da questão surgi à tona uma declaração do relator Josaphat Marinho
que acaba encaixando perfeitamente no tema. Palavras como, “segurança e flexibilidade” ou,
“sistema em construção”, ou ainda, a ideia da possibilidade de o sistema recolher e regular
“mudanças e criações supervenientes” Citadas pelo relator, parece que, levou à autora
algumas problemáticas a serem debatidas ao longo do texto. Um dos problemas em foco seria
a falta de uma técnica legislativa para garantir a tal “segurança e flexibilidade”. De um lado
temos as clausulas gerais que segundo o autor, traz certa aptidão para o projeto do Código
Civil e esse é o ponto que vem recebendo as maiores criticas. A técnica das cláusulas gerais,
pelo que parece é recebida com bons olhos por Judith, pelo menos, em relação à técnica
casuística. Judith Martins-costa trás um conceito amplo do que seriam as duas técnicas
legislativas além de ressaltar seus devidos problemas como, no caso das clausulas gerais que
possui a grande vantagem de ser ampla e mutável ao tempo, isso permite uma grande solução,
pois, é característica fundamental para o direito devido sua constante modificação, mas nem
tudo é mar de rosas. A complicação encontrada seria a falta de limites que permitiria a
arbitrariedade e o totalitarismo e ainda conclui o autor que “nenhum código pode ser
formulado apenas de cláusulas gerais, pois, o grau do número de certeza jurídica seria
mínimo”. Já na técnica casuística tem uma grande facilidade na aplicabilidade, devido ter
rápida interpretação, que possibilita aplicação mais rápida do que as cláusulas gerais que por
sua vez tem uma semântica que permite várias interpretações. O grande empecilho seria ser
uma técnica estática que poderia transformar os códigos e a constituição em constante
desatualização. No texto também trás uma analise entre a combinação das duas técnicas, essa
junção possibilita a flexibilidade proporcionada pelas cláusulas gerais sem eliminar o grau de
certeza mínima no que tange os princípios básicos de um código ou constituição. Pelo que é
apresentado na conclusão, a autora ver como solução, uma confluência entre cláusulas gerais
e a técnica casuística, pois permite uma constante “atualização do código” e ao mesmo tempo
“viabilizarão o desenvolvimento de um direito privado pluralista como a sociedade que lhe dá
origem e justificação, porém harmônico e compreensível, já que não necessariamente
pulverizado em centenas de pequenos mundos normativos tecnicamente díspares,
valorativamente autônomos e em si mesmo fechados e conclusos”.

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