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Qualidade de vida e o ar no interior de nossas casas

Janice Mansur
Aproveitando o clima de virada de ano, que tal pensarmos um pouco mais em nosso
planeta e em melhorarmos também o ambiente em que vivemos, como nossa casa,
livrando-nos de materiais ou produtos que a poluem?
Segundo o médico pneumologista, Dr. Clovis Botelho, Professor Titular da UFMT,
hoje os estudiosos estão preocupados não só com a poluição no meio externo (outdoor),
mas também com a concentração de poluentes dentro de ambientes fechados (indoor), que
vem crescendo e prejudicando nossa saúde.
Nas áreas urbanas já sabemos que o ar é extremamente poluído devido à queima de
combustíveis e ao acúmulo de partículas suspensas na atmosfera. Entretanto, não nos
prejudicamos somente quando respiramos o ar poluído das ruas, mas também o dos lugares
fechados (bibliotecas, salões de beleza, hospitais, nosso trabalho, etc.) que freqüentamos.
Infelizmente, o sistema respiratório das crianças é um dos que mais sofrem com a
poluição domiciliar, porque, muitas das vezes, são elas que passam mais tempo em casa.
Além dos produtos gerados por combustão (dióxido e monóxido de carbono, dióxido de
nitrogênio e outros), do material particulado (poeiras inorgânicas, fibras industrializadas,
etc.), elas ficam sujeitas aos agentes biológicos (fungos, bactérias, polens, etc.) e aos
produtos de uso doméstico (formaldeído, compostos orgânicos voláteis, pesticidas e
aerossóis com hidrocarbonetos), e, principalmente, à fumaça de tabaco.
A emanação dessas substâncias químicas se tornam focos de doenças como alergias
respiratórias, asma, câncer e outras patologias, que atingem a todos nós, sem exceção.
Atualmente, novos hábitos de consumo têm aumentado os riscos no contato com
agentes poluentes, como, por exemplo, o Formaldeído (HCHO), gás altamente cancerígeno
que à temperatura ambiente emite vapores tóxicos contaminadores do ar, ocasionando
milhares de problemas de saúde, podendo causar depressão e nos afetar geneticamente.
Essa substância química é um dos grandes poluentes domésticos, inclusive por seu
largo uso em diversos produtos como colas, na produção de compensados, pisos laminados
e plásticos. Soluções aquosas desse gás, conhecidas como formol, encontram-se também
em produtos de limpeza utilizados no lar. Como conservante, está presente em papéis,
espumas, carpetes, móveis feitos de compensado, cosméticos, etc.
Então, o que fazer para nos livrarmos dos vários poluentes que existem? Primeiro,
deixarmos a casa sempre bem ventilada, limpa e livre da fumaça de cigarros. Segundo, usar
plantas de todos os tipos como filtros naturais. Terceiro, estarmos constantemente lendo e
procurando nos informar a respeito de como manter nossa saúde. Depois, saber que não é
necessário ser formado em química para ler rótulos, pesquisar em sites sérios e questionar
sempre. Assim, evitaremos levar para nossa casa mais poluição do que as que
enfrentamos dia a dia nas ruas de nossa cidade.
Para saber mais, leia:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010040422008000200011&lng=e&nrm=iso>;
<http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2008/12/03/ult4477u1170.jhtm>.
abagismo passivo e a poluição ambiental
Clovis Botelho, 51 anos, Professor Titular da UFMT, médico pneumologista,
fala da ação do tabagismo passivo e da poluição ambiental sobre a saúde
humana

Em áreas urbanas, das várias formas de poluição ambiental existente, o


aumento da poluição do ar é a que mais preocupa os estudiosos da área da
saúde, pois poderá ceifar milhares de vidas nos próximos anos. Este tipo de
poluição decorre, principalmente, da queima de combustíveis (que produz
grande consumo de oxigênio e elevado nível de gás carbônico) que, aliado ao
aumento da emissão de partículas, torna o ar com a qualidade não adequada
ao processo respiratório.

Embora os esforços oficiais preocupem-se mais com a poluição no meio


externo (outdoor), hoje fica evidente a importância da concentração de
poluentes dentro de ambientes fechados (indoor). A poluição domiciliar
destaca-se pelas características próprias do indivíduo adulto residente nos
centros urbanos, que permanece cerca de dezesseis horas por dia dentro de
casa. Soma-se a isto os microambientes do trabalho e de transporte que, de
certa forma, reproduzem o ambiente domiciliar em termos de ar ambiental.

Particularmente na infância, um dos períodos mais vulneráveis da vida, a


maior parte do tempo da criança é no domicílio em companhia da mãe. Assim,
o aparelho respiratório dessa criança, ainda imaturo, pode ser agredido pelos
contaminantes de maior concentração domiciliar, que incluem agentes
biológicos (fungos, bactérias, insetos, pólens, restos celulares), produtos
gerados de combustão (dióxido de carbono, monóxido de carbono, dióxido de
nitrogênio, ozônio e dióxido de enxofre), material particulado (asbestos,
poeiras inorgânicas, fibras industrializadas), produtos de uso doméstico
(formaldeído, compostos orgânicos voláteis, pesticidas e produtos de
aerossóis como hidrocarbonos) e a fumaça do tabaco.

De todos os poluentes detectados no domicílio, a fumaça produzida pela


queima do tabaco é o principal agente poluidor e está relacionada com
diversas doenças atingindo o fumante e os não fumantes que convivem ao
seu redor. A Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca o tabagismo como a
maior fonte poluidora do planeta, considerando que os componentes
existentes na fumaça do cigarro se dispersam na atmosfera poluindo
intensamente o ambiente. Por ocasião da estiagem, os cigarros atirados nas
matas secas provocam incêndios, muitas vezes difíceis de serem controlados,
destruindo a flora e a fauna. Acrescente-se a isso o emprego de grandes
quantidades de agrotóxicos na cultura do tabaco, que comprometem ainda
mais o meio ambiente, poluindo e provocando intoxicações nos agricultores
envolvidos no plantio.

Os fumantes passivos ou involuntários tornam-se susceptíveis a várias


alterações orgânicas provocadas pelo fumo. As complicações das infecções
respiratórias agudas (IRA) em crianças são maiores naquelas expostas ao
tabagismo passivo domiciliar, cujo grande impacto são as pneumonias em
lactentes e pré-escolares. O risco de doença respiratória aguda associada ao
tabagismo materno é maior que o tabagismo paterno, e as crianças até seis
meses de idade apresentam risco maior (cerca de três vezes) que crianças
maiores e crianças pré-escolares. A relação causal é fácil de entender, pois as
crianças menores ficam mais tempo dentro do ambiente domiciliar e ao lado
da mãe.

As evidências atuais associam o tabagismo passivo a um risco aumentado de


câncer de pulmão, sendo que o nível de atividade carcinogênica, presente na
fumaça do tabaco ambiental, excede os níveis de exposição permitida para
alguns carcinógenos conhecidos. Outras evidências adicionais foram obtidas a
partir de estudos na urina de não fumantes, expostos a fumaça do tabaco no
ambiente, que confirmaram a presença de carcinógenos metabolizados.

Portanto, você que não consegue parar de fumar (deve ter os seus motivos):
pense bem quando for fumar o próximo cigarro. Assegure-se que não tenha
nenhuma criança ao redor, pois você não pode dar o mau exemplo; procure
um lugar bem longe de tudo e de todos, você não quer incomodar ninguém
com o seu cigarro.

Fonte : Mídia News


http://www.inca.gov.br/tabagismo/atualidades/ver.asp?id=509

A sua casa está doente?


"As doenças não atingem o homem como um raio num céu azul, mas são conseqüências de
erros e agressões constantes contra a natureza."
Hipócrates.

Nos últimos anos, pesquisas têm revelado que o ar em nossa casa e em nosso local de
trabalho pode estar mais poluído que o ar da rua. Isto se deve à emanação de substâncias
químicas que se tornam focos de doenças como alergias respiratórias, a asma, o câncer.

Atualmente, os riscos têm se tornado maiores por estarem associados a novos hábitos de
consumo e de contato com agentes poluentes, tais como o Formaldeído (HCHO), um gás
bactericida, que pode provocar dor de cabeça, tontura, náusea e dificuldade em respirar,
além de irritar fortemente a pele, os olhos, o nariz, a ponto de causar-lhes sangramento, e a
garganta. O HCHO pode ainda causar depressão e afetar geneticamente nossas células.
O Formaldeído é um perigoso poluente doméstico, inclusive por seu largo uso numa
diversificada gama de produtos de uso cotidiano. À temperatura ambiente, os vapores
tóxicos por ele emitidos contaminam o ar. Este gás é muito usado em colas, na produção de
compensados e produtos plásticos. Como conservante, está presente em papéis, espumas,
carpetes, móveis, cosméticos.

Na roupa de cama e no vestuário, é usado para dar o acabamento e está presente na fumaça
dos carros e dos cigarros. Um dos maiores perigos está no quarto de dormir, onde uma
mobília tratada libera continuamente Formaldeído, provocando o efeito de "câmara de gás".

Veja abaixo como o ambiente de uma casa pode tornar-se nefasto através do uso de HCHO
em sua construção e decoração.

*MADEIRA: compensados usados em móveis, divisórias, pisos e paredes; vapores do


HCHO são emitidos pelas resinas usadas para junção, principalmente, quando o
compensado é novo; o risco torna-se maior em clima quente e úmido.
*TECIDOS E FIBRAS SINTÉTICAS: polipropileno e poliéster usados em carpetes,
forros, tapeçaria, colchões. Adesivos, colas e resinas usadas em tacos, móveis, papéis de
parede e vedações, durante sua aplicação e secagem.
*PLÁSTICOS: vinil para pisos, paredes, instalação elétrica, lambris e papel de parede.
*PRODUTOS DE LIMPEZA: produtos usados para limpar fornos e carpetes, produtos
para higiene pessoal, além de polidores, branqueadores, desinfetantes, detergentes e
aerossóis em geral.

Considerando o exposto, o que fazer para controlar a poluição doméstica?

Com certeza, a maneira mais eficaz de melhorar a qualidade do ar em nossas casas é


eliminar as fontes poluentes. Para isso, devemos valorizar o uso de materiais mais
saudáveis nas edificações e exigir da administração publica a aplicação e o aperfeiçoamento
da legislação existente, para que seja dado tratamento adequado ao problema da qualidade
do ar nos interiores.
Medidas para eliminar e controlar as fontes poluentes, reduzindo suas emissões, e para
aumentar a ventilação, como manter janelas e portas abertas e instalar dispositivos de
renovação e limpeza do ar, são fundamentais.

O relatório Handbook of Sustainable Building" , Ed. James&James, London, afirma que


40% dos gastos de energia são usados na construção e 40% da poluição resulta da indústria
de construção. Dados de tal porte nos levam a considerar, por nossa saúde e do planeta, ser
vital uma mudança em nossa cultura e em nossa atitude em prol de alternativas
ecologicamente corretas de construção e decoração de nossos lares.
Como consumidores, podemos ajudar a mudar o rumo da economia, assumindo um novo
modo de pensar e agir em relação a modelos ultrapassados e nocivos que vêm, cada vez
mais, ameaçando nossa saúde e a sobrevivência como um todo. A isto se chama cidadania
sustentável.
Fonte: Isabela Antunes Joffe - Correspondente do site Mundo Verde e Informativo na
Europa.

Fonte Bibliográfica:
http://www.nycedc.com/NR/rdonlyres/06EB6380-AC6F-41D2-93F4-
056C1DB77A50/0/EDCandDCAGreenBuildingHandbook.pdf
http://www.thedailygreen.com/livinggreen
http://www.arb.ca.gov/toxics/compwood/compwood.htm
http://www.taps.org.br/Paginas/cancerarti03.html

"Amazônia para Sempre"


http://www.amazoniaparasempre.com.br/

Sua participação é muito importante!Subscreva ao manifesto. Ao obter o número de


assinaturas necessário, ele será encaminhado ao Presidente da República para que sejam
tomadas as providências necessárias para resolver este que é um sério problema brasileiro e
mundial: A devastação da Amazônia.

FONTE: http://www.mundoverde.com.br/2008/BibliotecaEcologiaDetalhe.asp?
Id_Artigo=1398

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