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SINUSITE: DIAGNÓSTICO PELOS 5 ELEMENTOS DA MEDICINA

CHINESA”
/ Para a revista Zen & Energy nº99 / de Abril de 2017 /

A palavra «Sinusite» vem do latim Sinus, que significa seio ou cavidade e do grego Ite,
que significa inflamação. Trata-se, portanto, de uma inflamação dos seios paranasais, de
carácter agudo ou crónico consoante a sua duração.
A sinusite aguda pode ser de origem viral, fúngica ou bacteriana enquanto que a sinusite
crónica pode envolver vários factores como alergias, alterações estruturais, poluentes
atmosféricos, agentes tóxicos ou disfunção mucociliar.

SEIOS PARANASAIS – O QUE SÃO E PARA QUE SERVEM?

Os seios paranasais são câmaras ocas localizadas no interior dos ossos do crânio e da
face, que comunicam com a cavidade nasal através de uma pequena abertura.
Encontram-se revestidos por uma fina camada de muco e células ciliadas que intervêm
na limpeza e manutenção dos mesmos, humidificando, filtrando e aquecendo o ar que é
inspirado.
Numa crise de sinusite ocorre um processo inflamatório que bloqueia estes seios e
impede a drenagem do muco, que se acumula no interior destas cavidades provocando
dor. Para além da dor, pode ocorrer febre, fraqueza, obstrução nasal, dores de cabeça,
irritabilidade, diminuição do paladar e do olfacto, expectoração amarela ou esverdeada,
edemas à volta dos olhos, dor e sensação de pressão na face sobretudo na testa, nariz e
sobre o osso malar.

O QUE DIZ A MEDICINA CHINESA?

Segundo a Medicina Chinesa existem 5 elementos (Madeira, Fogo, Terra, Metal e


Água) com características e funções específicas, que interagem entre si garantindo o
bom funcionamento do organismo. Se algum destes elementos sofrer um desequilíbrio
surgirá a doença.
Na sinusite, são 3 os elementos que podem estar afectados:

METAL: relaciona-se com o Pulmão


O Pulmão é um órgão particularmente susceptível às mudanças climáticas. O Frio ou o
Calor excessivos penetram no organismo e secam os líquidos, tornando difícil a
humidificação dos seios paranasais. Para além disso, perturbam a circulação da energia
do pulmão, relacionada com a respiração e com o nariz, agravando a sinusite.
O desequilíbrio desta energia está sempre presente em qualquer um dos tipos de
sinusite.

MADEIRA: relaciona-se com o Fígado


O Fígado permite o livre fluxo de energia e, consequentemente, assegura todas as
funções do organismo.
A emoção associada ao Fígado é a irritabilidade, daí a expressão “ter maus fígados”.
Pessoas irritadas tendem a ter os sintomas de sinusite mais exacerbados. Para além
disso, a sinusite é, por si, uma situação desgastante, o que também contribui para um
aumento da irritabilidade.
A estação associada à Madeira é a Primavera, período em que há mais pólen no ar. O
vento, também associado a este elemento, funciona como meio de transporte do pólen e
de outros agentes tóxicos para o interior do organismo. Estes agentes, quando
excessivos, perturbam a livre circulação de energia do Fígado, criando bloqueios e
desencadeando crises de sinusite.
Nestes casos, para além dos sintomas habituais, é notória a irritabilidade, falta de
paciência, olhos congestionados e cefaleias.

TERRA: relaciona-se com Baço/Estômago


Uma das funções do Baço/Estômago é a produção de energia a partir dos alimentos
durante a digestão e a metabolização de acumulações, ou seja, evita que os líquidos
percam a sua fluidez e se tornem espessos, com propensão à estagnação.

Alimentos quentes e gordurosos abrandam a função do Baço/Estômago, contribuindo


para o espessamento dos líquidos, neste caso do muco nasal, agravando a congestão.
Álcool, doces, leite, manteiga e fritos devem, por isso, ser evitados.
Nestes casos, para além dos sintomas habituais da sinusite é frequente sintomatologia
gástrica, edemas, congestão à volta dos olhos e sensação de peso na cabeça.

Para além de ser uma situação desgastante e comprometedora da qualidade de vida, um


outro factor crítico da doença sinusite é a sua cronicidade. A sua alta reincidência está
associada ao facto do processo de resolução da inflamação ser lento e, muitas vezes
incompleto. A Medicina Chinesa actua em três frentes de forma a minimizar as
probabilidades de reincidências: prevenção através do reforço do sistema imunitário,
alívio sintomático durante a crise e tratamento da causa do problema.

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