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ARQUITETURA E URBANISMO
MEIO AMBIENTE
Ar e água
BUTANTÃ
Outubro/ 2018
DEBORAH RAVAZIO DE LIMA-81610732
FERNANDA ROZA CANIN - 81614016
LAURA CARVALHO SOUSA – 816117661
MAYRA CAVAGLIERI – 81617084
ARQ3BM-BUA
MEIO AMBIENTE
Ar e água
Butantã
2018
LISTA DE FIGURAS OU IMAGENS
Figura 1.1.2-Modos de deslocamento nas cidades brasileiras com população superior a 60.000 habitantes ....... 7
Figura 2.1.2 -Gráficos comparativos dos modais e a emissão de poluentes ............................................................ 8
Figura 3.1.2 -Gases poluentes emitidos por tipo de poluidor ................................................................................. 8
Figura 4.1.3- Mapa de Estruturação Metropolitana da cidade de São Paulo ........................................................... 9
Figura 5.1.4 -Céu com uma massa cinza de poluição ............................................................................................ 10
Figura 6.1.4 - Mapa de vegetação e temperatura da cidade São Paulo .................................................................. 10
Figura 7.1.6- Gráfico da emissão de poluentes ao longo dos anos ........................................................................ 12
Figura 8.2.1-Índice de perdas Sabesp .................................................................................................................... 15
Figura 9.2.2- Relatório sustentabilidade ................................................................................................................ 17
Figura 10.2.2- Gráfico dos níveis de mananciais ao longo dos anos ..................................................................... 17
Figura 11.2.3-Gráfico de população atendida pelas estações de tratamento da RMSP ......................................... 19
Figura 12.2.3- Mapa da população atendida por coleta de esgoto ......................................................................... 20
Figura 13.2.3- Mapa da população atendida por tratamento de esgoto ................................................................. 21
Figura 14.2.3- Gráfico de volume de esgoto coletado e tratado na RMSP ............................................................ 21
Figura 15.2.3- Mapa da qualidade das águas superficiais no estado de São Paulo ................................................ 22
Figura 16.2.4- Mapa das sub-bacias no município de São Paulo .......................................................................... 23
Figura 17.2.4- Pontos de inundação recorrente nos municípios da RMSP ............................................................ 24
Figura 18.2.4- Indicação das teméletricas da rede DAEE ..................................................................................... 25
Figura 19.2.4- Imagens metereologicas captadas pela SAISP .............................. 2Error! Bookmark not defined.
Figura 20.2.4 Mapa dos piscinões da bacia do rio vermelho ................................ 2Error! Bookmark not defined.
Figura 21.2.4- Mapa dos piscinões da bacia do Alto Tamanduateí ....................................................................... 27
Figura 22.2.4 Mapa dos piscinões da bacia do Córrego Pirajuçara ....................................................................... 27
LISTA DE TABELAS
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 6
CAPÍTULO I ........................................................................................................................................................... 7
AR ........................................................................................................................................................................... 7
1.1 POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA POR EMISSÃO DE GASES POLUENTES ............................................................... 7
2.1 AUTOMÓVEIS .......................................................................................................................................... 7
3.1 FORMA URBANA E CIDADES COMPACTAS ............................................................................................... 9
4.1 MUDANÇAS CLIMÁTICAS+ MEIO AMBIENTE ........................................................................................... 10
5.1 SAÚDE .................................................................................................................................................... 11
6.1 SOLUÇÕES ............................................................................................................................................... 12
CAPÍTULO II ....................................................................................................................................................... 13
ÁGUA ................................................................................................................................................................... 14
2.1 ABASTECIMENTO .................................................................................................................................... 14
2.1.2 Arco Tietê ...................................................................................................................................... 16
2.1.3 Áreas irregulares ocupadas-Represa Bilings ................................................................................ 17
3.2 ESGOTO ................................................................................................................................................... 18
4.3 SOLUÇÕES
2ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
4.3.1 PMAPSP ........................................................................................................................................ 24
4.3.2 PDMAT-3 ...................................................................................................................................... 24
4.3.3 Gerenciamento de contigências ..................................................................................................... 24
4.3.4 SAISP ............................................................................................................................................. 25
4.3.5 Radar meteorológico ..................................................................................................................... 26
4.3.6 Piscinões ........................................................................................................................................ 26
CONCLUSÃO ...................................................................................................................................................... 28
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................... 29
INTRODUÇÃO
6
CAPÍTULO I | AR
1.1 Poluição atmosférica por emissão de gases poluentes
A qualidade do ar em grandes cidades como São Paulo é prejudicada devido a vários
fatores que se agravaram com a Revolução Industrial. A nova tecnologia que surgiu no século
XIX trouxeram inovações como o surgimento dos automóveis. Movidos a queima de
combustíveis fósseis, o transporte sob pneu foram aumentando em número de usuários,
principalmente os automóveis individuais, porém com o passar das décadas também foram
surgindo uma série de problemas derivados dessa nova invenção, como a emissão de gases
poluentes por causa da queima do combustível; isso pode ser notado principalmente em centros
urbanos.
2.1 Automóveis
No Brasil o transporte motorizado sob pneus são os mais utilizados pela população
(55,7% de acordo com o gráfico 1.1.2) e na cidade de São Paulo isso não é diferente. Na tabela
1.1.2 podemos ver, com o passar dos anos, o aumento de automóveis no município de São Paulo
e também a maior quantidade do transporte individual em comparação ao coletivo; sendo assim
é possível concluir que a preferência de modal da população do município de São Paulo é o de
transporte individual.
Figura 1.1.2-Modos de deslocamento nas cidades brasileiras com população superior a 60.000 habitantes
(Fonte: ANTP)
Tabela 1.1.2-Relatório de Emissões Veiculares no Estado de São Paulo
(Fonte: CETESB,2014)
7
O transporte motorizado sob pneus libera gases como: monóxido de carbono (CO),
material particulado (MP), óxidos de nitrogênio e enxofre (NOx e SO2), aldeídos e gases de
efeito estufa (GEE), gases prejudiciais tanto ao meio ambiente como para a saúde da
população.O transporte coletivo sob rodas é o que mais libera poluentes na atmosfera em
comparação a outros tipos de modais (como podemos ver no gráfico 2.1.2), porém o número
dos automóveis individuais circulando pela cidade é superior, sendo assim, os carros de passeio
são os maiores vilões na poluição atmosférica. No gráfico (3.1.2) podemos ver que os veículos
leves (automóveis individuais), em dois casos de gases poluentes, CO e HC (gases
hidrocarbonetos), possuem uma porcentagem superior à dos outros modais.
(Fonte: IEMA,2015)
8
3.1 Forma urbana e Cidades Compactas
Outra questão a ser destacada quando se fala de poluição da atmosfera é a forma urbana
das cidades. A região metropolitana de São Paulo (RMSP) possui uma área muito extensa. Essas
longas distâncias, formadas pelo espraiamento, são vencidas através do transporte coletivo e
individual, e como citado antes, o transporte sob rodas é o mais utilizado. Isso faz com que o
tempo e a quantidade de automóveis circulando pela cidade seja muito grande e, portanto, a
emissão de gases seja maior em comparação a cidades mais compactas.
Cidades mais compactas são cidades mais densas e por isso a distâncias entre os lugares
são menores, assim a distância em quilômetro percorrida por automóveis faz com que a emissão
de gases poluentes seja menor e o preço do transporte também.
Essa questão das cidades compactas e mais sustentáveis estão presentes no C40, um
grupo de megalópoles que discute as cidades em escalas mundiais.
Arquitetos como Richard Rogers defendem uma cidade com maior densidade e mais
compactada pois elas acabam sendo mais sustentáveis, pois cidades espraiadas e pouco densas
significam altas emissões de gases.
Portanto a forma em que a cidade é desenhada tem muita relação com a sustentabilidade
e o meio ambiente das cidades.
Em vermelho a área de
Estruturação Metropolitana e em
branco o limite do Arco Tietê na
cidade de São Paulo.
(Fonte: PLANMOB-SP)
9
Podemos estabelecer uma forte relação com o Arco Tietê na cidade de São Paulo; uma
região pouco densa, mas extensa e que possui grandes infraestruturas de transporte que são
utilizadas todo dia pela população que atravessam a cidade no sentido Leste-Oeste (Marginal
Tietê).
4.1 Mudanças climáticas + Meio Ambiente
Todos esses poluentes liberados na atmosfera causam danos ao meio biótico, pois há o
aumento da quantidade dos gases prejudiciais no ar.Uma dessas mudanças que pode ser
percebida aos nossos olhos são os smogs (figura 5.1.4) em que a palavra vem da junção de duas
palavras em inglês que significam fumaça (smoke) e neblina (fog). Essa massa pode ser vista
no horizonte e possui uma cor acinzentada.
10
Nesses dois mapas (Figura 6.1.4) retirados da revista da USP podemos ver a relação que
a vegetação tem com a temperatura da superfície da cidade, e levando em consideração a
localização da região urbanizada de São Paulo podemos ver que nessas áreas a temperatura é
superior em comparação com regiões mais arborizadas como Parelheiros.
Os problemas ambientais não ficam apenas na atmosfera, os rios também sofrem com a
poluição derivada dos automóveis. O material particulado presente no ar depois de assentarem-
se no solo, pode ser levado até os rios pelas chuvas e, junto com o desmatamento das matas
ciliares e o esgoto jogado nos rios, esses materiais vão se assentando no leito, formando
camadas de sedimento e causando o assoreamento, prejudicando a vida aquática e a navegação.
5.1 Saúde
A poluição do ar não gera apenas problemas ambientais, mas também problemas à saúde
da população, causando aumento da demanda por postos de saúde na cidade. A emissão de
gases poluentes pode geram e agravar doenças respiratórias como asma, bronquite, rinite,
irritações nos olhos, narinas e bocas, etc.
Na tabela abaixo (tabela 2.1.5), do relatório da CETESB 2017, é mostrado o que cada
tipo de gás pode causar nas pessoas, de acordo com a qualidade do ar. É possível ver na tabela
que para pessoas que já possuem algum tipo de doença, a poluição atmosférica causa mais
danos, mesmo com uma qualidade de ar mais moderada, enquanto pessoas que não possuem
algum tipo de doença vão reparar nos sintomas apenas se as condições do ar estiveram mais
severas.
Tabela 2.1.5-Relação entre qualidade do ar e doenças respiratórias
11
Outra tabela apresentada no mesmo relatório da CETESB (tabela 3.1.5) vemos algumas
prevenções que podem serem tomadas para reduzir a frequência das doenças e de novo podemos
ver que as pessoas que já possuem algum problema de saúde são as mais prejudicadas.
12
vêm surgindo para diminuir os gases liberados na hora da combustão dos automóveis. Também
há alternativas de combustíveis como o etanol.
No gráfico acima retirado do Relatório da CETESB 2017, podemos ver que mesmo que
as emissões continuam altas, é possível notar uma diminuição de vários gases liberados na
atmosfera, como a queda do CO (monóxido de carbono) e a do SO2 (dióxido de enxofre).
O incentivo do uso de transporte coletivo e de transporte ativo (bicicleta e transporte a
pé) também seria uma medida bem-vinda, pois o uso da bicicleta além de fazer bem para a
saúde, não emite nenhum tipo de gás poluente. O transporte coletivo como o metro e o trem
possuem baixo impacto quando se trata de poluição atmosférica. Já o modal do ônibus, mesmo
sendo o que mais libera gases poluentes, transporta várias pessoas, diminuindo assim o número
de emissões por indivíduo em relação aos carros de passeio.
Mas para uma medida mais permanente, a mudança deve ser feita na forma urbana.
Como visto antes, o desenho da cidade influencia muito a dinâmica da mesma; uma cidade mais
compacta faria com que as distâncias a serem percorridas menores, e de acordo com o relatório
da CETESB citado anteriormente, viabiliza a redução do número de viagens motorizadas pela
cidade, fazendo com que haja uma menor emissão dos gases por esses automóveis, tornando
assim esses centros urbanos mais sustentáveis.
13
Capítulo II |ÁGUA
2.1 Abastecimento
A rede de abastecimento urbano de água da região metropolitana de São Paulo (RMSP)
é nutrido pelas principais bacias hidrográficas: Alto Cotia, Baixo Cotia, Alto Tietê, Cantareira,
Guapiranga, Ribeirão da estiva, Rio Claro e Rio Grande.
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Tais perdas impactam de forma negativa no meio ambiente, na receita e custo de produção da
empresa, prejudicando todo o sistema. De acordo com a Sabesp, ocorrem dois tipos de perdas
de água:
“PERDAS REAIS OU FÍSICAS: Volumes de água que não são consumidos
por serem perdidos ao longo dos sistemas de abastecimento, principalmente
através de vazamentos.PERDAS APARENTES OU NÃO FÍSICAS: Volumes
de água que são consumidos, mas não medidos e contabilizados,
principalmente devido a irregularidades (fraudes e furtos) e à submedição dos
hidrômetros dos clientes. ” (Fonte: SABESP – Cartilha de perdas)
15
Tabela 5.2.1- Atendimento da população residente nos municípios da RMSP por abastecimento de água
16
proporções dramáticas com a mais grave seca desde o início da medição das
vazões de água que entram nos principais mananciais que abastecem a
RMSP.”(Relatório administrativo Sabesp 2014).
(Fonte:Sabesp 2014)
Ocupações irregulares nas margens dos rios e represas que distribuem água em são
Paulo podem deteriorar a qualidade da água. Como o que ocorre coma Represa Billings, situada
a Sudeste da RMSP, fazendo limite, a Oeste, com a bacia hidrográfica da represa Guarapiranga
e, ao Sul, com a serra do mar. Abastece a região de Diadema, São Bernardo do Campo e parte
de Santo André.
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Tabela 6.2.3- Qualidade das águas das represas
(Fonte:CETESB,2003)
Como apresentado na tabela (ver tabela 6.2.3), a qualidade superficial da água varia de
ótima a regular, entretanto um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Caetano
do Sul revelou que existem 12 novos grupos de bactérias no fundo. O risco esta para as famílias
que ocupam as margens e consomem esta água sem tratamento e sem previsão para água
encanada em suas casas.
3.2 Esgoto
O despejo do esgoto doméstico (água usada no banho, na limpeza de roupas, de louças
ou na descarga do vaso sanitário) sem tratamento é uma das principais fontes da poluição de
água na Grande São Paulo, o esgoto ainda não é destinado para tratamento, mesmo tendo a
coleta de esgoto em grande parte da população residente em área urbana.
Há uma diferenciação na coleta de esgoto: o esgoto doméstico, que vem das residências
e o esgoto industrial que vem das fabricas, e são necessários sistemas diferentes para o
tratamento pois cada um possui substancias diferentes.
O sistema de coleta e tratamento de esgoto é muito importante para a saúde pública, pois
evitam a transmissão e contaminação de doenças, evitando que micro-organismos e resíduos
tóxicos provoquem o crescimento de outros tipos de bactérias, fungos ou vírus.
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A Estação de Tratamento de Esgotos São Miguel está localizada à margem esquerda do
Rio Tietê e atende o extremo leste do município de São Paulo e parte das cidades de Guarulhos,
Arujá, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba.
A Estação Barueri localiza-se no município de Barueri atende os municípios de Jandira,
Itapevi, Barueri, Carapicuíba, Osasco, Taboão da Serra, Santana do Parnaíba e partes de Cotia,
Embu e Itapecerica da Serra.
A Estação de Tratamento de Esgotos ABC atende as cidades de Santo André,
São Bernardo do Campo, Diadema, São Caetano do Sul, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da
Serra e uma parte da cidade de São Paulo. A ETE ABC recebe também o lodo proveniente da
Estação de Tratamento de Água Rio Grande.
A Estação de Tratamento de Esgotos do Parque Novo
Mundo está no município de São Paulo, na margem direita do rio Tietê e atende parte das zonas
leste e norte do município de São Paulo e foi projetado para atender parte de Guarulhos.
A Estação de
Tratamento de Esgotos de Suzano está localizada no município de Suzano, e serve os
municípios de Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba e Ferraz de Vasconcelos.
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abrangência, não tem acesso ao serviço.
Entre os trinta e nove municípios da Região Metropolitana de São Paulo, apenas quatro
municípios têm mais de 90% de sua população com coleta de esgoto:
Tabela 7.2.3- Distribuição da RMSP de acordo com a população urbana com coleta de esgoto.
Municípios Quantidade % de população urbana com
coleta de esgoto
Mogi das cruzes, Santo André, São Caetano do 4 Entre 90 a 100%
Sul e São Paulo.
Diadema, Guarulhos, Mauá, Poá, Salesópolis, 8 Entre 70 a 90%
Santa Isabel, São Bernardo do campo e
Taboão da Serra.
Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, 13 Entre 50 a 70%
Carapicuíba, Ferraz de Vasconcelos, Franco da
Rocha, Jandira, Mairiporã, Osasco, Ribeirão
Pires, Suzano.
Cotia, Embu, Guararema, Itapevi, 6 Entre 30 a 50%
Itaquaquecetuba e Rio Grande da Serra.
Arujá, Embu-Guaçu, Francisco Morato, 8 Entre 10 a 30%
Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana do
Parnaíba, São Lourenço da Serra e Vargem
Grande Paulista.
Itapecerica da Serra 1 Menos de 5%
(Fonte: SNIS 2006)
Itapecerica da Serra atende apenas 5% pois seu município está inserido em área de
proteção de mananciais, e sofre com restrições para implantação de infraestrutura.
(Fonte: socioambiental.org)
3.2.4 Tratamento de Esgoto
20
O tratamento de esgoto consiste na remoção de poluentes, na Região Metropolitana de
São Paulo, utiliza o método para tratamento de esgoto por lodos ativados (tratamento biológico
usado nas estações de grande capacidade de tratamento, tem como objetivo remover a matéria
orgânica com uma eficiência de aproximadamente 90%)e existem duas fases: liquida e solida.
(Fonte: Socioambiental.org)
De acordo com Atlas a analise a seguir mostra a situação do despejo de esgoto pelas
redes de coleta, como parte do esgoto coletado não é tratado, é possível que quase metade do
esgoto coletado é efetivamente tratado. O restante é despejado pelas redes públicas de coleta de
esgoto, como mananciais de abastecimento, o que futuramente contribuem para os problemas
da saúde.
21
60% da poluição geradas nos rios é por conta do esgoto doméstico e os outros 40% decorrentes
da poluição industrial, lixo e agrotóxicos.
Figura 15.2.3 - Mapa da qualidade das águas superficiais no estado de São Paulo
(Fonte: CETESB,2014)
3.2.5 Saúde
Com a falta adequada de planejamento urbano o sistema sanitário acaba sendo precário,
e muitas vezes o esgoto doméstico acaba sendo despejado diretamente nos rios sem receber
tratamento adequado. Este esgoto acaba sendo um dos principais causadores de microrganismos
nos rios, o que facilita a proliferação de doenças em casos de enchentes e até mesmo causando
a morte de animais aquáticos.
A poluição das fontes de agua para abastecimento gera sério risco a saúde da população
causando interferindo diretamente na qualidade e expectativa de vida da população, na grande
maioria os mais afetados são crianças que muitas vezes não sobrevivem os casos de doenças
como: Febre amarela, dengue, malária, infecções na pele e olhos, leptospirose e etc. O problema
da poluição dos rios está diretamente ligado ao problema da habitação aliado a falta de
infraestrutura e coleta de tratamento de esgoto é a maior fonte de poluição nas regiões da RMSP,
e estão concentradas principalmente nas regiões das bacias de Guarapiranga e Billings, além
como, por exemplo, a área de várzea que deveria ter sido reservada para o transbordamento
natural dos rios Tiete e pinheiros foram impermeabilizadas.
A degradação dos mananciais tem impacto direto no valor do custo do tratamento de
agua aumentar, pois como piora a qualidade da agua dos mananciais é necessário aumentar a
quantidade de produtos para tratamento da agua que abasteceram a população. Com a remoção
da vegetação das margens dos rios, todo lixo acaba sendo levado para os rios, e o acumulo desse
22
lixo sobre o leito provocam o assoreamento que quando ocorrem chuvas de grande intensidade,
ocorrem alagamentos nas margens dos rios causando enchentes.
Para combater o assoreamento, deve-se priorizar o cultivo e replantio das matas ciliares,
pois barram a entrada de sentimentos nos rios, além de melhoria de investimentos do setor
público no tratamento de esgoto onde ainda estão precários, e também atender as populações
mais pobres para que não haja ocupação irregular nas proximidades das margens de mananciais.
4.2 Drenagem
Antes de abordamos a questão de drenagem, é preciso entender a relação das águas e a
cidade de São Paulo. Onde devido ao seu processo de desenvolvimento e urbanização rápida
em um curto período de tempo, dado que em 1872 a estimativa de habitantes era cerca de 31
mil habitantes e segundo o atual censo do IBGE está entre os 11 milhões de habitantes.Este
desenvolvimento intenso trouxe graves desequilíbrios estruturais, uma vez que a urbanização
espraiada sob o território, gerou uma distribuição desigual entre a população e oportunidades
econômicas.
“Notadamente, trouxe também problemas ambientais extremamente graves com
destaques para: (I) a ocupação de áreas de mananciais e ambientalmente frágeis,
trazendo uma presença significativa de moradores em áreas de risco; (II) a ocupação
dos fundos de vales, especialmente para a implantação de grandes avenidas; (III) a alta
impermeabilização do solo urbano, que resultou no aumento da velocidade do
escoamento superficial das águas e no assoreamento dos rios.”(Manual de drenagem e
manejo de águas pluviais).
(Fonte: PMAPSP)
4.2.1 Problemas
Dentre os problemas ocasionados pela urbanização indisciplinada, aqueles que estão
diretamente relacionamento com a questão da drenagem estão o agravamento das inundações,
23
o aumento da velocidade do escoamento superficial, o solo impermeável em grande parte
urbanizada da cidade, e o assoreamento dos leitos dos rios.
O mapa abaixo indica os principais pontos de inundação
(Fonte: PMAPSP)
4.3 Soluções
4.3.1 PMAPSP
Dado estes problemas a Prefeitura Municipal de São Paulo desenvolveu no ano de 2010,
o Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais de São Paulo (PMAPSP), projeto no
qual tem a estratégia de manejar corretamente as águas pluviais. Onde participam também a
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano-SMDU, e as Secretariais de Infraestrutura e
Obras (SIURB), Secretaria de Coordenação de Subprefeituras (SMSP), Secretaria de Habitação
(SEHAB) e Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SMVA), vale ressaltar que este projeto
ocorre em paralelo ao Terceiro Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do alto Tietê
(PDMAT3), executado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica-DAEE do governo do
estado de São Paulo.
4.3.2PDMAT-3
O PDMAT 3, -Terceiro Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê – foi
elaborado com o intuito de combater as enchentes na Região Metropolitana de São Paulo, onde
analisa o atual sistema de macrodrenagem e propõe soluções para as cheias, em um período de
cinco, dez e vinte anos. O Departamento de Água e Energia Elétrica-DAEE- em 1988 elaborou
a primeira versão do PDMAT.
4.3.3 Gerenciamento de contingências
24
Entre os conjuntos de soluções há um plano de gerenciamento de contingências onde
realiza um sistema de alerta e monitoramento em tempo real, para assim precaver inundações e
ter um sistema de alerta junto com a defesa civil.
4.3.4 SAISP
É um sistema operado pela FCTH-Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica, no qual
ele é responsável pelo monitoramento hidrológico realizado pela Rede Telemétrica de
Hidrologia da Bacia do Alto Tietê, onde seus principais produtos são: leituras de estações do
Alto Tietê, Cubatão, Registro e Piracicaba que prevê as inundações na cidade de São Paulo.
(Fonte: PMAPSP)
25
(Fonte : SAISP)
4.3.5 Radar meteorológico
O SAISP utiliza radar meteorológico, que é outra ferramenta importante de previsão
de inundações, ele se encontra instalado na cidade Biritiba-Mirim operando desde 1989, na
Barragem de Ponte Nova, cerca de 70 km de São Paulo.
4.3.6 Piscinões
Os piscinões surgiram como alternativa ao problema de impermeabilização do solo,
consequência da ocupação de áreas de várzeas dos cursos d’água, às canalizações dos córregos,
e o crescente desenvolvimento das cidades sem planejamento ocasionando cada vez mais na
adoção de medidas de contenção das águas. Surgindo assim, armazenamentos artificiais de
águas, que cumprem o papel das várzeas dos rios. Sendo de responsabilidade de limpeza,
segurança, e monitoramento cada prefeitura onde se localizam. Abaixo
encontra-se o mapa com relação dos piscinões, seus municípios e sua capacidade.
(Fonte : DAEE)
26
Figura 21.2.4- Mapa dos piscinões da bacia do Alto Tamanduateí
(Fonte: DAEE)
Figura 22.2.4- Mapa dos piscinões da Bacia do Córrego Pirajuçara
(Fonte:DAEE)
27
CONCLUSÃO
Concluímos que, os problemas urbanos enfrentados na cidade de São Paulo têm uma
relação com a urbanização, dado que devido ao desenvolvimento rápido e desordenado da
metrópole durante a industrialização no século XX, em conjunto com o crescimento
demográfico muito intenso e ao projeto desenvolvimentista da valorização do automóvel onde
a infraestrutura da cidade cresceu a partir das grandes avenidas, trazendo como consequência
grandes problemas aos diferentes meios ambientais.
REFERÊNCIAS
<https://cetesb.sp.gov.br/ar/wp-content/uploads/sites/28/2018/05/relatorio-qualidade-ar-
2017.pdf > Acesso em : 17/09/2018
<http://www.saopaulo.sp.gov.br/acoes-governo/saneamento-e-recursos-hidricos/> Acesso em
: 23/09/2018
Água e esgoto na grande São Paulo : situação atual, nova lei de saneamento e programas
governamentais propostos / Marussia Whately, Lilia Toledo Diniz. -- São Paulo : Instituto
Socioambiental, 2009.
<https://brasilescola.uol.com.br/geografia/assoreamento-rios.htm>Acesso em : 08/10/2018
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv53096_cap8.pdf> Acesso em
:12/10/2018