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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ESTRUTURAL E CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA DE ANÁLISE DE ESTRUTURAS I
EQUIPE
Bárbara Vitorino - 381066
Beatriz Matos - 384941
Gabriela Rezende - 390155
Gabriela Martins - 384966
Fortaleza, CE
Junho de 2019
SUMÁRIO
1.Introdução 3
5. Cargas nas vigas do pavimento tipo devidas à carga total das lajes. 15
7. Comentários Finais 42
8. Referências Bibliográficas 42
APÊNDICES 43
2
1.Introdução
3
2. Pré-dimensionamento das lajes do pavimento tipo
4
3. Carregamentos permanente e acidental
CARGA
LOCAL DESCRIÇÃO/USO
(KN/m²)
Residencial 1 Dormitório, sala, copa, cozinha, banheiro 1,5
Residencial 2 Despensa, área de serviço, lavanderia 2
Corredor Corredor com acesso ao público 3
Tabela 02: Descrição dos ambientes da estrutura e seus respectivos usos e cargas. Fonte: O Autor.
PESO
ESPECÍFICO DIMENSÃO CARGA
TIPO MATERIAL
APARENTE (m) (KN/m²)
(KN/m³)
Peso próprio 1 Concreto armado 25 0,07 1,75
Peso próprio 2 Concreto armado 25 0,11 2,75
Peso próprio 3 Concreto armado 25 0,12 3
Contrapiso Argamassa de cimento e areia 21 0,03 0,63
Parede Parede - gesso 0,22
Parede Parede - alvenaria 16 0,12 1,92
Revestimento Cerâmico 1
Tabela 03: Descrição dos tipos de componentes de acordo com o seu material, espessura e respectiva carga. Fonte: O Autor.
5
Além disso, a NBR 6118 exige que as cargas solicitantes para as lajes em balanço
sejam majoradas pelo coeficiente ૪n, que para o caso de lajes de 10 cm é 1,45. Esse
coeficiente foi multiplicado pela carga nas lajes em balanços e apresentados abaixo na coluna
de Cargas Ponderadas da tabela 5.
Tabela 04: Descrição e cálculo das cargas atuantes nas lajes do pavimento tipo. Fonte: O Autor.
6
Tabela 05: Cargas acidental, permanente, total e ponderada atuantes nas lajes do pavimento tipo. Fonte: O Autor.
Para iniciar a análise pela tabela de Marcus, foi necessário avaliar cada laje e definir
seus parâmetros αx, αy, βx, βy, mx’, my’, nx e ny.
De acordo com a teoria das Grelhas, é possível encontrá-los a partir das condições de
apoio da laje, detalhado abaixo na imagem 01.
.
7
Imagem 01: Tipos de apoios de laje e seus respectivos αx e αy. Fonte: Slides fornecidos pelo professor.
Dessa forma, para lajes com dois apoios simples em determinada direção, seu
respectivo α será igual a 5. Caso ele possua apenas um engaste nessa direção, essa terá α
igual a 2. Porém, se a direção possuir dois engastes, α será igual a 1. Além disso, é
importante mencionar que, neste trabalho, considerou-se o eixo x como a direção da laje de
menor dimensão, então os eixos x-y irão variar de laje a laje.
Ainda para a obtenção dos parâmetros, analisou-se as seções unitárias centrais de cada
laje em suas duas direções, x e y, com o objetivo de encontrar uma das três situações
apresentadas na imagem 02, e poder, assim, definir o valor de βx, βy, mx’, my’, nx e ny .
Imagem 02: Tipos de apoios de seção laje e seus respectivos parâmetros. Fonte: Slides fornecidos pelo professor.
kx = 1 - ky
8
Para cálculo dos esforços, segue a formulação abaixo:
qx = (CARGA) * kx
qy = (CARGA) * ky
(q) * L ²
M+=
m′
(q) * L ²
M- =
n′
Q = β * (q) * L
Por fim, como este é o método de Marcus, é sabido que este se diferencia da teoria
das grelhas pois corrige os momentos positivos calculados por esta, portanto adotaram-se os
coeficientes de redução detalhados na Imagem 03 abaixo.
Imagem 03: Coeficientes de redução de momentos de Marcus. Fonte: Slides fornecidos pelo professor.
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A partir desses coeficientes, é possível calcular todos os esforços, momentos fletores,
e a flecha máxima para cada laje estudada. Para verificação da flecha máxima no ELS-DEF,
observou-se se as deflexões (w) obedeciam o máximo de l/250 e de l/350, para acidental e
total respectivamente, e, após uma verificação, todas as flechas obedeceram ao limite de
segurança.
As tabelas 6 e 7 mostram na última coluna a verificação que foi realizada comparando
o valor da flecha máxima calculada para cada laje com os limites exigidos no ELS-DEF da
NBR 6118. Foi utilizado o Método de Marcus para ambos os casos: acidental e total,
respectivamente, portanto os valores dos esforços, momentos fletores e flechas máximas,
assim como a verificação estão listados nas Tabelas 07, 08 e 09:
Tabela 07 - Esforços calculados pelo Método de Marcus para o Carregamento Acidental e Verificação da flecha máxima. Fonte:
O Autor.
Tabela 08 - Esforços calculados Método de Marcus para o Carregamento Total e Verificação da flecha máxima. Fonte: O Autor.
10
Tabela 09 - Esforços calculados pelo Método de Marcus para o Carregamento Total e Verificação da flecha máxima. Fonte: O
Autor.
Para iniciar a análise pela tabela de Czerny, foi necessário avaliar cada laje e definir
seus coeficientes. É possível encontrá-los a partir do tipo de apoio da laje, detalhado abaixo
na Imagem 04 abaixo.
.
Imagem 04: Tipos de apoios de laje e suas respectivas classificações de Czerny. Fonte: Slides fornecidos pelo professor.
Em cada laje, de acordo com seus apoios e a relação entre suas dimensões, obteve-se
o valor correspondente dos coeficientes localizados em tabelas Czerny fornecidas
previamente. Os tipos de cada laje analisada de acordo com Czerny e seus coeficientes estão
apresentados a seguir:
11
Tabela 10 - Coeficientes pelo Método de Marcus. Fonte: O Autor.
Tabela 11 - Esforços calculados pelo Método de Czerny para o Carregamento Acidental e Verificação da flecha máxima. Fonte:
O Autor.
12
Tabela 12 - Esforços calculados pelo Método de Czerny para o Carregamento Total e Verificação da flecha máxima. Fonte: O
Autor.
Por fim, no caso das quatro lajes em balanço, armadas em apenas uma direção,
existentes na edificação (L16-L20), precisou-se calcular sua deflexão pelo método de
Flexão Cilíndrica (integrando a carga nas lajes quatro vezes, calculando seus coeficientes a
partir das condições de apoio e dividindo-se pela sua rigidez de flexão (D=2096,35)). Assim,
foi possível verificar que elas também estão de acordo com o estado limite de segurança.
Segundo a NBR 6118 para ELS-DEF, a verificação para flecha máxima é de L/175 para
cargas acidentais e L/125 para carregamento total, sendo L o menor vão da laje. Os
coeficientes esforços calculados e , assim como a verificação para o carregamento
acidental e total estão apresentados respectivamente nas Tabelas 13 e 14.
Tabela 13 - Esforços calculados pelo Método da Flexão Cilíndrica para Carregamento Acidental e Verificação da flecha máxima.
Fonte: O Autor.
13
Tabela 14 - Esforços calculados pelo Método da Flexão Cilíndrica para Carregamento Total e Verificação da flecha máxima.
Fonte: O Autor.
14
5. Cargas nas vigas do pavimento tipo devidas à carga total das
lajes.
Tabela 15: Detalhamento de coeficientes utilizados para cálculo dos quinhões de carga nas direções x e y, pela Teoria de Grelhas.
Fonte: O Autor.
Com relação ao quinhão de carga de lajes armadas em uma direção, foi definido que
este atuaria no menor vão da laje, sendo a carga na laje representada por ele. Desta forma, os
quinhões de carga, em KN/m, para lajes armadas em uma direção são apresentados na tabela
16.
15
Tabela 16: Detalhamento dos coeficientes utilizados para cálculo dos quinhões na direção do menor vão da laje. Fonte: O Autor.
Tabela 17: Detalhamento dos coeficientes utilizados para cálculo dos quinhões na direção do menor vão da laje em balanço. Fonte: O Autor.
A fim de obter as cargas nas vigas do pavimento tipo devido à carga total das lajes
apoiadas nelas, foi feita a divisão das viga em vãos. Esta divisão foi feita de acordo com a
continuidade dos carregamentos agindo numa determinada seção da viga. Além disto, foi
adotada a nomenclatura “esquerda” e “direita” para denominar as lajes que influenciam uma
mesma viga. Ambas condições estão exemplificadas na Imagem 05 abaixo.
16
Imagem 05: Exemplo de laje e respectiva nomenclatura adotada no presente trabalho. Fonte: O Autor.
O cálculo da carga de uma laje sob uma determinada seção de uma viga foi feita de
acordo com o seguinte formulário, para as duas direções x e y.
Sendo:
Q : Carga da laje exercida em uma determinada seção de uma viga (KN);
q : Quinhão de carga (KN/m);
L: Dimensão do vão da laje referente ao quinhão (m);
ß : Coeficiente ponderador do quinhão de carga.
Q=qxLxß
17
Imagem 06: Situações de apoio da laje em determinada direção x ou y. Fonte: O Autor.
18
Tabela 18: Cargas nas vigas horizontais do pavimento tipo. Fonte: O Autor.
19
Tabela 19: Cargas nas vigas verticais do pavimento tipo. Fonte: O Autor.
Para uma melhor visualização dos vãos, estes foram representados em planta no
apêndice 02.
20
5.2 Método das Charneiras Plásticas
Para o cálculo das cargas nas vigas devido ao peso das lajes, foi realizado o Método
das Charneiras Plásticas (Apêndice III). Este método consiste num método simples para a
obtenção de tais cargas, e é realizado a partir da divisão das lajes por meio de linhas
tracejadas com angulações que são definidas a partir das condições de continuidade das lajes
no pavimento (Imagem X).
Imagem 07 - Representação da divisão das lajes pelo Método das Charneiras Plásticas
Desta forma, as lajes são divididas em áreas e estas por sua vez são utilizadas para
determinação do peso correspondente para cada área:
QA
P= L
Onde:
Q = carga ponderada
A = área
L = vão correspondente à viga
21
A Tabelas 20 e 21 apresentam os pesos correspondentes às áreas de cada laje
analisada.
22
A4 0,3540 1,1910 5,0300 1,4951
A1 1,1752 2,0000 5,0300 2,9556
A2 1,1752 2,0000 5,0300 2,9556
L22
A3 0,3248 1,5000 5,0300 1,0892
A4 0,3248 1,5000 5,0300 1,0892
A1 2,7823 5,1300 5,0805 2,7555
A2 4,5033 5,1300 5,0805 4,4598
L23
A3 0,6806 1,6500 5,0805 2,0956
A4 0,4983 1,6500 5,0805 1,5343
A1 0,9767 2,3102 5,0300 2,1266
A2 0,9767 2,3102 5,0300 2,1266
L25
A3 1,3030 1,7343 5,0300 3,7791
A4 0,7520 1,7343 5,0300 2,1810
LAJE EM BALANÇO
ÁREA (m²) L (m) Q (KN/m²) P
27,0900 18,5000 7,2935 10,6800
Para a determinação das cargas nas vigas devido ao peso das lajes, deve-se, por meio
da planta, analisar as áreas que possuem influência para cada vão da viga e então somá-las.
CARGA NA
VIGAS
VIGA DEVIDO
HORIZONTAIS
A LAJE
V1 - VÃO 1 3,7148
V1 - VÃO 2 3,9726
V1 - VÃO 3 2,9697
V1 - VÃO 4 3,9726
V1 - VÃO 5 3,9726
V1 - VÃO 6 2,9697
V1 - VÃO 7 3,9726
V1 - VÃO 8 3,7148
V2 5,7531
23
V3 - VÃO 1 1,2652
V3 - VÃO 2 10,4585
V4 - VÃO 1 3,7148
V4 - VÃO 2 8,6644
V4 - VÃO 3 2,9697
V4 - VÃO 4 7,6713
V4 - VÃO 5 7,6311
V4 - VÃO 6 2,9697
V4 - VÃO 7 7,7752
V4 - VÃO 8 3,7148
V5 - VÃO 1 2,7071
V5 - VÃO 2 10,68004946
V5 - VÃO 3 10,68004946
V5 - VÃO 4 10,68004946
V5 - VÃO 5 10,68004946
V5 - VÃO 6 10,68004946
V5 - VÃO 7 2,7981
V5 - VÃO 8 6,6007
V5 - VÃO 9 2,7981
V5 - VÃO 10 1,0892
V6 - VÃO 1 4,0890
V6 - VÃO 2 20,9169
V7 - VÃO 1 2,7981
V7 - VÃO 2 6,5772
V7 - VÃO 3 2,7981
V8 1,0892
V9 - VÃO 1 0
V9 - VÃO 2 0
V9 - VÃO 3 2,1810
V10 - VÃO 1 1,5343
V10 - VÃO 2 20,4231
V11 5,7531
24
VIGAS CARGA NA VIGA
VERTICAIS DEVIDO A LAJE
V12 5,7531
V13 - VÃO 1 1,5343
V13 - VÃO 2 20,4231
V14 - VÃO 1 0
V14 - VÃO 2 1,5343
V14 - VÃO 3 18,8668
V15 - VÃO 1 0
V15 - VÃO 2 1,5340
V15 - VÃO 3 18,8668
V16 - VÃO 1 0
V16 - VÃO 2 4,1904
V16 - VÃO 3 20,9169
V17 - VÃO 1 0
V17 - VÃO 2 1,2098
V17 - VÃO 3 18,8668
V18 - VÃO 1 0
V18 - VÃO 2 0
V19 - VÃO 1 1,2098
V19 - VÃO 2 18,8668
V20 0
V21 2,1266
V22 - VÃO 1 1,2098
V22 - VÃO 2 20,4231
V23 2,1266
V24 - VÃO 1 2,9556
V24 - VÃO 2 4,4507
V25 - VÃO 1 9,4157
V25 - VÃO 2 5,7531
V26 - VÃO 1 2,7555
V26 - VÃO 2 5,7111
V26 - VÃO 3 6,6183
V26 - VÃO 4 3,6626
V27 - VÃO 1 3,7148
V27 - VÃO 2 8,4324
25
V27 - VÃO 3 7,7709
V27 - VÃO 4 3,7148
V28 - VÃO 1 3,7148
V28 - VÃO 2 3,9726
V28 - VÃO 3 3,9726
V28 - VÃO 4 3,7148
26
6. Análise de vigas - Método das forças
Para iniciar a análise da viga 01, obteve-se a representação desta, Imagem 07,
contendo seus apoios e cargas atuantes. A carga distribuída apresentada em cada vão
corresponde ao somatório da carga proveniente das lajes apoiadas, do peso próprio da viga e
do peso das paredes.
Imagem 09: Representação do Sistema Principal adotado para V01. Fonte: O Autor.
CASO 0
27
Imagem 11: Diagrama de Momento Fletor do Caso 0. Fonte: O Autor.
Va= -0,25 kN
Vb= 0,4376 kN
Vc= -0,1876 kN
28
CASO 2 (x2 = 1kNm)
Vb= -0,1876 kN
Vc= 0,4345 kN
Vd= -0,2469 kN
29
CASO 5 (x5 = 1kNm)
Porém, uma vez que as rotações relativas nas rótulas são iguais a zero, pode-se
organizar a relação de compatibilidade na seguinte matriz de flexibilidade:
CÁLCULO DOS δ
31
Assim, a matriz de flexibilidade será a seguinte:
32
Imagem 19: Diagrama de esforço cortante da viga 1 (software Ftool). Fonte: O Autor.
Dessa forma, com os valores definidos de x1 a x7, será possível encontrar o Diagrama
de Momento Fletor da viga 01. A nomenclatura adotada considera o primeiro apoio da
esquerda para direita como “a”, e o seguinte como “b”, e assim por diante.
Abaixo, pode-se verificar que os resultados obtidos através do Método das Forças
foram bastante parecidos com a verificação através do Ftool, tendo apenas algumas
diferenças decimais devido a arredondamentos:
33
Imagem 21: Diagrama de momento fletor da viga 1 (software Ftool). Fonte: O Autor
34
Dessa forma, tendo o diagrama momento fletor so sistema apenas com a carga
unitária e o diagrama de momento fletor da viga real, é possível calcular a flecha através da
seguinte equação, desprezando, como já dito, o efeito da cortante e da normal:
Assim como foi executado anteriormente, para iniciar a análise da viga 28 obteve-se a
representação desta, Imagem 08, contendo seus apoios e cargas atuantes. A carga distribuída
apresentada em cada vão corresponde, igualmente, ao somatório da carga proveniente das
lajes apoiadas, do peso próprio da viga e do peso das paredes.
Imagem 23: Representação do Sistema Principal adotado para V01. Fonte: O Autor.
35
CASO 0
36
CASO 2 (x2 = 1kNm)
Uma vez que as rotações relativas nas rótulas são iguais a zero, pode-se organizar a
relação de compatibilidade na seguinte matriz de flexibilidade:
37
CÁLCULO DOS δ
V = Vo + V1.x1 + V2.x2+V3.x3
38
A partir das reações de apoio e do carregamento considerado é possível traçar o
diagrama de esforço cortante da viga. Abaixo, pode-se verificar o diagrama realizado através
do Ftool, já que foi verificado que as reações calculadas acima se aproximaram bastante das
mostradas no Ftool.
Dessa forma, com os valores definidos de x1 a x3, será possível encontrar o Diagrama
de Momento Fletor da viga 28. A nomenclatura adotada considera o primeiro apoio da
esquerda para direita como “a”, e o seguinte como “b”, e assim por diante. A referência “ab”
está exatamente entre “a” e “b”.
M = Mo + M1.x1 + M2.x2+M3.x3
Ma = 0
Mb = -1*21,506 = -21,506 kNm
Mc = -1*24,917= -24,917 kNm
Md = -1*21,429 = -21,429 kNm
Me = 0
39
Abaixo, pode-se verificar que os resultados obtidos através do Método das Forças
foram bastante parecidos com a verificação através do Ftool, confirmando a efetividade da
utilização do Método das Forças:
O maior vão de V28 é sétimo vão da esquerda para a direita, pois apresenta
comprimento de 5,34 m e uma carga distribuída de 10,04 kN/m. Como forma de calcular a
flecha no centro desse vão, utiliza-se o Método da carga Unitária, que consiste em comparar o
deslocamento que uma carga de 1kN realiza em um ponto da viga com o deslocamento do
sistema real. Para isso, considera-se apenas o efeito do momento fletor, já que a influência do
cortante é desprezível. Aplicando então a carga de 1kN no centro do segundo vão da viga,
admitindo-se que a viga o mesmo sistema principal supracitado, obtém-se os seguinte sistema
e seu momento fletor respectivamente.
40
Diagrama de Momento Fletor para Carga Unitária
Dessa forma, tendo o diagrama momento fletor so sistema apenas com a carga
unitária e o diagrama de momento fletor da viga real, é possível calcular a flecha através da
seguinte equação, desprezando, como já dito, o efeito da cortante e da normal:
41
7. Comentários Finais
Ao fim deste trabalho, constatou-se que o estado limite de segurança foi obedecido
pelos dois métodos, de Marcus e de Czerny, tanto nas flechas totais quanto nas instantâneas,
o que nos retorna como um bom indicativo de dimensionamento. Além disso, é perceptiva a
mínima diferença entre os valores calculado em cada método pelo esforço total e instantâneo.
Pode-se destacar também que as diferenças entre os métodos de Marcus e Czerny são
mínimos comparados entre si, mas é notória uma maior precisão de Czerny, de acordo com o
esperado.
Além disto, a partir da comparação entre as cargas nas vigas, calculadas pelos dois
métodos, Teoria das Grelhas e Charneiras Plásticas, pode-se notar uma diferença entre os
resultados, o que sugere a decisão por parte do engenheiro calculista sobre o método que
melhor se adequa a precisão exigida do projeto.
Por fim, pode-se concluir que o Método das Forças, utilizado no cálculo dos esforços
e momentos fletores das vigas 1 e 28, gerou resultados que comparados aos reproduzidos
pelo software Ftool, apresentaram diferenças sutis de valores. Isto indica que o Método das
Forças pouco difere do Método dos Deslocamentos, utilizado pelo software citado.
8. Referências Bibliográficas
SORIANO, Humberto Lima; DE SOUZA LIMA, Silvio. Análise de estruturas: método das forças e
método dos deslocamentos. Ciência Moderna, 2004.
42
APÊNDICES
Os apêndices encontram-se em pdfs separados, nomeados:
43