Você está na página 1de 16

.

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto -


CBC2005
Setembro / 2005 ISBN 85-98576-07-7
Volume XII - Projetos de Estruturas de Concreto
Trabalho 47CBC0086 - p. XII382-397
© 2005 IBRACON.

DETERMINAÇÃO DOS EFEITOS ESTÁTICOS DE TORÇÃO EM


EDIFÍCIOS ALTOS DE CONCRETO ARMADO DEVIDOS À AÇÃO DO
VENTO
DETERMINATION OF WIND INDUCED TORSIONAL STATIC EFFECTS IN
REINFORCED CONCRETE TALL BUILDINGS
Elvis Antônio Carpeggiani (1); Acir Mércio Loredo-Souza (2);
Gustavo Javier Zani Núñez (3); Mário José Paluch (4)
(1) Pesquisador Associado, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil. e-mail: lac@ufrgs.br

(2) Professor Doutor, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil. e-mail: acir@ufrgs.br
(3) Doutorando, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil. e-mail: lac@ufrgs.br
(3) Professor Doutor, Programa de Pós-Graduação em Engenharia, Universidade de Passo Fundo (UPF),
RS, Brasil. e-mail: corrient@upf.tche.br
Endereço para correspondência: Laboratório de Aerodinâmica das Construções, Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Osvaldo Aranha, 99 / 305
CEP 90035-190 – Porto Alegre – RS – Brasil

Resumo
A maioria das normas e métodos analíticos empregados no projeto de edifícios altos consideram apenas
vento incidindo perpendicularmente às fachadas de edifícios de planta retangular, fazendo com que o
projetista negligencie os esforços de torção pela suposição que as cargas devidas ao vento distribuem-se
simetricamente nas fachadas, anulando-se lateralmente. Porém, isso raramente acontece; devido à
turbulência do vento aparecerão esforços de torção em um dado instante fazendo com que a distribuição de
pressões seja assimétrica. Este trabalho tem o intuito de verificar a adequação da NBR-6123 às estruturas
com configurações arquitetônicas distintas daquelas previstas nas normas, verificando-se principalmente os
momentos torçores. O trabalho apresenta os resultados de estudos, em túnel de vento, da ação estática do
vento sobre edifícios altos de concreto armado com diversas seções transversais, construídos no Brasil.
Palavras Chaves: Edifícios Altos; Torção; Túnel de Vento; Projeto Estrutural

Abstract
Most codes and analytical methods used in the structural design of tall buildings consider the wind acting
perpendicularly to each one of the rectangular cross-section building façades. By adopting this simplified
procedure, the designer neglects the torsional effects by the assumption that the wind loads are
symmetrically distributed over the façades, canceling themselves laterally. However, this rarely happens;
torsional efforts will appear due to wind turbulence, making the pressure distribution in a certain instant anti-
symmetrical. This work has the aim to verify the suitability of the Brazilian Wind Code, NBR-6123, to
structures with distinct architectural configurations from those indicated in the codes, specially the torsional
moments. The work presents the results of several wind tunnel studies of the static wind action on reinforced
concrete tall buildings built in Brazil, with sundry cross-sections.
Keywords: Tall buildings; Torsion, Wind Tunnel; Structural Design

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.382


.

1 Introdução
Este trabalho tem o intuito de verificar a adequação da NBR-6123 a estruturas com
configurações arquitetônicas distintas daquelas previstas na própria norma, verificando-se
principalmente os momentos torçores (CARPEGGIANI (2004)). O trabalho apresenta os
resultados de estudos, em modelos reduzidos, da ação estática do vento sobre edifícios
altos com diversas seções transversais, construídos no Brasil. Os ensaios foram
realizados no túnel de vento Prof. Joaquim Blessmann do Laboratório de Aerodinâmica
das Construções da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. São realizadas
comparações dos resultados experimentais com os resultados teóricos obtidos a partir
das metodologias indicadas na norma brasileira, NBR-6123 (1988) - Forças devidas ao
vento em edificações.

2 Considerações gerais
As cargas torcionais tornam-se mais evidentes quando a incidência do vento for obliqua a
uma das fachadas ou mesmo quando o sistema estrutural não for simétrico (o eixo de
torção não coincide com o eixo geométrico). Entretanto, ensaios realizados em túneis de
vento têm mostrado que mesmo em um edifício prismático de planta retangular (inclusive
de secção quadrada) e com eixo de torção coincidindo com o eixo geométrico, aparecem
esforços de torção consideráveis em certas incidências oblíquas do vento médio
(ISYUMOV e POOLE, (1983) e ZHANG et al. (1994)). Portanto, pode-se atribuir os efeitos
de torção a três causas: forma externa da edificação, efeitos de interferência da
vizinhança e pelos efeitos dinâmicos na estrutura devidos à turbulência atmosférica. Os
engenheiros projetistas podem exercer uma leve influência na primeira causa, nenhuma
na segunda, mas muito na terceira (BOGGS et al. (2000)). A torção não pode ser
eliminada, mas possivelmente pode ser reduzida, ou pelo menos, a estrutura pode ser
projetada para absorver esses esforços. O uso do túnel de vento como ferramenta para a
obtenção dos coeficientes de torção para edifícios com algumas características acima
descritas é imprescindível e correto, conduzindo a resultados coerentes e aceitáveis para
o cálculo estrutural.

3 Projeto dos modelos


A determinação experimental das características do escoamento em torno de um sólido
imerso em um fluido em movimento se faz necessária sempre que um estudo teórico não
é capaz de fornecer resultados confiáveis ou quando não há informação disponível na
literatura. Em raros casos é empregado um modelo em escala natural, entretanto o estudo
pode ser feito em modelo reduzido. Este estudo implica na determinação das condições
que devem ser satisfeitas para que os escoamentos em torno de corpos geometricamente
semelhantes sejam também semelhantes.
Foram construídos vários modelos reduzidos, em escalas que variaram entre 1/220 e
1/400, conforme mostrado na tabela 1 a seguir. Os modelos receberam tomadas de
pressão nas fachadas, sendo as mesmas distribuídas de modo a permitir um
levantamento representativo das pressões em toda a edificação, girando-se o modelo de
360°, com medidas a cada 15° de incidência do vento.

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.383


.

Tabela 1 – Quadro geral com os modelos reduzidos testados.


MODELO FOTO SEÇÃO TRANSVERSAL ALTURA CIDADE PROJETO CONTRATANTE

VM Garcia GALMO
1 Engenharia Engenharia e
Torre de 118,00 m Londrina/PR
Estrutural Construções
Málaga S/C Ltda. Ltda.

França & INPAR


2 São Associados Incorporações
L’Essence 120,10 m
Paulo/SP Eng. S/C Participações
Jardins Ltda. Ltda.

Julio
3 75,00 m
São Kassoy e Tishman Speyer
RochaVerá Paulo/SP Mário Método
Franco

4 São
Pasqua e
MATEC
SP 93,50 m Graziano
Paulo/SP Engenharia
Wellness Associados.

França & Brascan


5 São Associados Imobiliária –
Brascan 108,60 m
Paulo/SP Engenharia Incorporações
Century S/C Ltda. S.A

6 Vantec
Cyrela São
72,52 m Engenharia Cyrela S.A.
Classique Paulo/SP
Ltda
Klabin

França &
7 São Associados
Gafisa 142,50 m Gafisa S.A.
Paulo/SP Engenharia
Eldorado S/C Ltda.

França &
8 149,50 m
São Associados Munir Abbud e
e-Tower Paulo/SP Engenharia Tecnum
S/C Ltda.

Option de
9 63,50 m
Rio de SOMA Eng.
Investimentos
Mandarim Janeiro/RJ Ltda.
Imobiliários Ltda.

10 Rio de SOMA Eng.


b = 22,08 m

56,50 m Gafisa S.A.


Sundeck Janeiro/RJ Ltda.
a = 43,82 m

Novo AXIAL Mosmann


11 93,30 m Hamburgo Engenharia Incorporações
Sunset /RS Ltda. Ltda.

J.P.G Natal
12 ACGM Eng.
Incorporações
Estrela do 130,24 m Natal/RN Associados
Imobiliárias Ltda.
Atlântico Ltda.

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.384


.

4 Ensaios em túnel de vento


Os ensaios foram realizados no túnel de vento Prof. Joaquim Blessmann da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (BLESSMANN (1982) e COOK (1990)), mostrado na figura
1. Trata-se de um túnel de vento de camada limite de retorno fechado, projetado
especificamente para ensaios estáticos e dinâmicos de modelos de construções civis.
Este túnel permite a simulação das principais características de ventos naturais. Tem
relação “comprimento / altura” da câmara de ensaios superior a 10. A velocidade máxima
do escoamento de ar nesta câmara, com vento uniforme e sem modelos, é de 150 km/h.
A simulação correta das principais características do vento natural em túneis de vento é
requisito básico para aplicações em Engenharia Civil (DAVENPORT e ISYUMOV (1967)),
sem a qual os resultados obtidos podem se afastar consideravelmente da realidade.

Figura 1 – Túnel de Vento Prof. Joaquim Blessmann.

5 Simulação do vento natural


A simulação correta das principais características do vento natural em túneis de vento é
requisito básico para aplicações em Engenharia Civil (DAVENPORT e ISYUMOV (1967)),
sem a qual os resultados obtidos podem se afastar consideravelmente da realidade.
A reprodução das características do vento é obtida através da combinação adequada de
obstáculos colocados em uma gaveta no início da câmara de ensaios e blocos
disseminados no piso da secção principal de ensaios. Uma outra possibilidade de
reprodução da estrutura do vento natural é através de jatos de ar lançados
perpendicularmente ao vento gerado no túnel, a partir de seu piso. Maiores informações
sobre a reprodução das características do vento natural no túnel em questão podem ser
obtidas em BLESSMANN (1982).
Os modelos foram ensaiados na mesa M-II submetidos a ventos deslizantes e turbulentos
com perfis potenciais de velocidades médias de expoente p=0,19, p=0,23 e p=0,34.
O perfil das velocidades médias é expresso, aproximadamente, pela lei potencial:
p
V ( z ) ⎛⎜ z ⎞

= (Equação 1)
Vref ⎜⎝ z ref ⎟

sendo:
V (z ) velocidade média na altura z;
Vref
velocidade média em uma altura de referência (no túnel,
z ref
= 450 mm – cota do eixo longitudinal do túnel);
p expoente da curva de potência.

Os ventos simulados englobam a gama de rugosidades existente em cada caso estudado.


Em torno dos modelos instrumentados foram reproduzidas as edificações mais próximas,

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.385


.

na escala dos modelos, para que as condições de escoamento correspondessem o mais


fielmente possível às condições reais às quais as edificações testadas estariam sujeitas
depois de concluídas. Com o correr dos anos há tendência de aumento da rugosidade
das zonas construídas devido a prováveis futuras urbanizações, o que poderá causar
alguma redução nos esforços estáticos em algumas zonas da edificação. Por outro lado,
possíveis efeitos nocivos de vizinhança, pela construção futura de outras edificações nas
cercanias imediatas das edificações em estudo, podem ocorrer.
Em situações reais, o expoente p da curva de potência varia entre 0,16 e 0,40, em função
do tipo de terreno e da estabilidade da atmosfera, mostrado na figura 2.
600

45
500

400 40 45
0,40
V∞z
300
35 40 45
0,28
200 V∞z
0,16
30 35 V∞z 40
100
20 30 35
15 20 30
0

Figura 2 – Perfil de velocidade média sobre terrenos de distinta rugosidade.

6 Resultados dos ensaios em túnel de vento


A partir dos registros das pressões estáticas foram calculados os coeficientes de pressão
externa, médios, nas faces do modelo, definidos por:
cp = ∆p / q (Equação 2)
sendo:
∆p pressão estática efetiva média no ponto de estudo, na superfície da
edificação;
q pressão dinâmica de referência, no topo da edificação.

Foi adotada a seguinte convenção de sinais:

coeficientes positivos: sobrepressão (+)


coeficientes negativos: sucção (-)

Os coeficientes de pressão assim calculados permitiram a determinação de coeficientes


de forma externos (C). O coeficiente de forma externo, C, aplicável a uma superfície plana
de área A, é definido por:
C = F / (q A) (Equação 3)
sendo F a resultante das pressões externas sobre a superfície plana (é uma força
perpendicular a esta superfície).
Conforme a (Equação 2):
F =∫ = ∫ c p q dA
(Equação 4)
A ∆p dA A

Substituindo na (Equação 3):


1
C =
AA
∫ c p dA (Equação 5)

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.386


.

Esta última expressão permitiu a obtenção de C a partir de cp, por integração numérica.
Para algumas incidências do vento, valores elevados de sucções externas aparecem em
zonas restritas da edificação, zonas estas situadas nas proximidades das bordas. Estas
sucções não aparecem simultaneamente em todas estas zonas, e são usadas apenas
para o dimensionamento, verificação e ancoragem de elementos de vedação e da
estrutura secundária por elas afetadas. As forças globais de arrasto são obtidas a partir
dos coeficientes de força, abaixo definidos:
Fx Fy
Cx = Cy = (Equação 6)
q By H q Bx H
Para a recomposição das forças globais, os coeficientes acima definidos devem ser
multiplicados por suas correspondentes áreas projetadas de referência, isto é, Ax = By × H
e Ay = Bx × H, e pela pressão dinâmica a uma altura equivalente ao topo da edificação
real. Na figura 28 são indicadas as duas direções x e y. Os coeficientes de torção são
definidos por:
Mt
Ct = (Equação 7)
q Bx B y H
sendo:
Mt momento torçor em relação ao centro da parte circular da fachada;
Bx , By dimensões nominais da seção transversal do prédio;
H altura de referência para o momento torçor.
As pressões devidas ao vento que atuam nas faces verticais das edificações causam
esforços que podem ser reduzidos às forças binárias Fx e Fy, sobre os dois eixos
coordenados, e quando aplicadas com uma excentricidade ea e eb, respectivamente, ao
centro de torção, originam momento torçor, conforme mostra a figura 3 abaixo:

Figura 3 – Eixo de coordenadas, excentricidades e esforços.

De acordo com a figura acima, a excentricidade em x pode ser definida como:


Mt
ea = (Equação 8)
Fy
Lembrando as equações 6 e 7, temos que:
M t qCt Bx By H Ct By
ea = = = (Equação 9)
Fy qCt Bx H Cy
E, finalmente normalizando a excentricidade na direção x por uma dimensão de
referência, temos:

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.387


.

ea
= coeficiente de excentricidade normalizado na direção x (Equação 10)
a
Analogamente, define-se um coeficiente de excentricidade normalizado na direção y:
eb
= coeficiente de excentricidade normalizado na direção y (Equação 11)
b

7 Recomposição das forças e momentos torçores devidos ao vento


Para efeitos de comparação com as forças determinadas pela NBR-6123, as forças
externas devidas ao vento oriundas dos ensaios em túnel de vento são recompostas
através de:
F=CqA (Equação 12)
sendo:
C coeficiente aerodinâmico;
q pressão dinâmica na altura de referência;
A área da zona em estudo (ou de sua projeção) para a qual está sendo
determinada a força F do vento.
A pressão dinâmica é obtida por
q = 0,613 Vk2 [q em N / m 2 , Vk em m / s] (Equação 13)
sendo:
Vk = Vo S1 S2 S3 (Equação 14)
Tendo sido reproduzido no túnel de vento o perfil vertical de velocidades médias do vento
natural nos locais das obras, e tendo sido adotada a velocidade do vento a cada referida
altura para o cálculo dos coeficientes, S2 deve ser sempre o correspondente a esta altura,
na respectiva Classe (a Classe a considerar depende da finalidade do cálculo ⎯ Ver item
5.3.2 da NBR-6123/88) e Categoria do terreno. Adotando-se um valor para a velocidade
básica do vento para cada cidade onde se localiza a obra, de acordo com a figura das
isopletas da velocidade básica do vento da NBR-6123 (1988).
O valor de Vk assim obtido aplica-se a toda edificação, independentemente da zona ou
região em estudo, mas dependendo da finalidade de cálculo, que fará variar S2 conforme
comentado no parágrafo anterior.
Os momentos torçores serão recompostos pelos coeficientes de torção Ct e a
comparação com a norma brasileira será em termos de coeficientes de excentricidade
normalizada, ea/a e eb/b. Primeiramente, os coeficientes de excentricidade apresentados
foram obtidos experimentalmente no túnel de vento, para tanto, as excentricidades são
definidas como:
M t exp
e= (Equação 15)
Fexp
sendo:
e excentricidade em relação ao eixo vertical geométrico, definindo o
ponto de aplicação da força;
Mt expl momento torçor resultante na base da edificação, obtido no túnel de
vento;
F exp força resultante na base da edificação, obtido no túnel de vento.

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.388


.

Para efeitos de comparação com a excentricidade prescrita na NBR-6123, a mesma será


obtida pela razão entre os valores de momento torçor experimentais com a força de
arrasto estimada pela norma brasileira:
 M
e = t TÚNEL (Equação 16)
FNBR −6123
sendo:

e excentricidade corrigida - valor que deveria ser utilizado na NBR, em
conjunto com a força obtida pela NBR, para chegar-se aos momentos torçores medidos;
Mt TÚNEL momento torçor resultante na base da edificação, obtido no túnel de
vento;
F NBR-6123 força resultante na base da edificação, estimada segundo a NBR.

8 Metodologia prevista pela NBR-6123 (1988)


Ao tratar de momentos torçores em edificações, a norma brasileira apresenta a seguinte
instrução:
“6.6 Excentricidade das forças de arrasto
6.6.1 Devem ser considerados, quando for o caso, os efeitos da excentricidade da força
de arrasto.
6.6.2 Para o caso de edificações paralelepipédicas, o projeto deve levar em conta:
- as forças devidas ao vento agindo perpendicularmente a cada uma das fachadas, de
acordo com as especificações desta Norma;
- as excentricidades causadas por vento agindo obliquamente ou por efeitos de
vizinhança. Os esforços de torção daí oriundos são calculados considerando estas forças
agindo, respectivamente, com as seguintes excentricidades, em relação ao eixo vertical
geométrico:
- edificações sem efeitos de vizinhança:
ea = 0,075a e eb = 0,075b
- edificações com efeitos de vizinhança:
ea = 0,15a e eb = 0,15b ,
sendo ea medido na direção do lado maior, a, e eb medido na direção do lado menor,b.

Os efeitos da vizinhança serão considerados somente até a altura do topo da ou das


edificações situadas nas proximidades, dentro de um círculo de diâmetro igual à altura da
edificação em estudo, ou igual a seis vezes o lado menor da edificação, b, adotando-se o
menor valor destes dois valores”.

9 Análise dos resultados


Abaixo serão apresentados gráficos polares do momento torçor na base, obtido
experimentalmente no túnel de vento, em função do ângulo de incidência do vento,
comparativamente com a prescrição da norma brasileira. Para os casos em que foram
testadas as situações dos modelos isolados e submetidos à influência de vizinhança,
ambos serão mostrados em conjunto.

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.389


.

Gráfico 1 – Comparação dos valores do momento Gráfico 2 – Comparação dos valores do momento
torçor Mt obtido no túnel de vento e do obtido pela torçor Mt obtido no túnel de vento e do obtido pela
norma brasileira, em função da incidência do vento, norma brasileira, em função da incidência do vento,
para o MODELO 1. para o MODELO 2.

Gráfico 3 – Comparação dos valores do momento Gráfico 4 – Comparação dos valores do momento
torçor Mt obtido no túnel de vento e do obtido pela torçor Mt obtido no túnel de vento e do obtido pela
norma brasileira, em função da incidência do vento, norma brasileira, em função da incidência do vento,
para o MODELO 3. para o MODELO 4.

Gráfico 5 – Comparação dos valores do momento Gráfico 6 – Comparação dos valores do momento
torçor Mt obtido no túnel de vento e do obtido pela torçor Mt obtido no túnel de vento e do obtido pela
norma brasileira, em função da incidência do vento, norma brasileira, em função da incidência do vento,
para o MODELO 5. para o MODELO 6.

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.390


.

Gráfico 7 – Comparação dos valores do momento Gráfico 8 – Comparação dos valores do momento
torçor Mt obtido no túnel de vento e do obtido pela torçor Mt obtido no túnel de vento e do obtido pela
norma brasileira, em função da incidência do vento, norma brasileira, em função da incidência do vento,
para o MODELO 7. para o MODELO 8.

Gráfico 9 – Comparação dos valores do momento Gráfico 10 – Comparação dos valores do momento
torçor Mt obtido no túnel de vento e do obtido pela torçor Mt obtido no túnel de vento e do obtido pela
norma brasileira, em função da incidência do vento, norma brasileira, em função da incidência do vento,
para o MODELO 9. para o MODELO 10.

Gráfico 11 – Comparação dos valores do momento Gráfico 12 – Comparação dos valores do momento
torçor Mt obtido no túnel de vento e do obtido pela torçor Mt obtido no túnel de vento e do obtido pela
norma brasileira, em função da incidência do vento, norma brasileira, em função da incidência do vento,
para o MODELO 11. para o MODELO 12.

Os gráficos abaixo, 13 ao 24, apresentam os coeficientes de excentricidade normalizada


corrigidos, conforme (Equação 16), relacionando os momentos torçores adquiridos nos
ensaios e a força de arrasto estimada pela NBR-6123, para cada prédio submetido aos
ensaios no túnel de vento.

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.391


.

0,4 0,4 L'Essence Jardins


Torre de Málaga
90°
para uso na NBR-6123

para uso na NBR-6123


0,2 0,2 to
excentricidade ea/a

Fy Ven

excentricidade ea/a
α
180° Mt 0°
Fx
0,0 0,0
270°

-0,2
-0,2
ensaio experimental ensaio experimental
-0,4 NBR-6123 NBR-6123
-0,4
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330
ângulo de incidência do vento [°]
ângulo de incidência do vento [°]

 
Gráfico 13 – Variação da excentricidade a em
e a Gráfico 14 – Variação da excentricidade a em
e a
função da incidência do vento para o MODELO 1 função da incidência do vento para o MODELO 2

0,5 0,5 SP Wellness


RochaVerá 90°
180°

para usar na NBR-6123


to
V en
para uso na NBR-6123

Fy Fy

excentricidade ea/a
α
excentricidade ea/a

Mt
90°
Fx
270° 180° Mt 0°
Fx

0,0 0,0
Ven
to

α

270°
Vizinhança - Túnel
Túnel - B
Isolado - Túnel
Túnel - C
-0,5 Vizinhança - NBR -0,5
Túnel - D
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 Isolado - NBR 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330
Túnel - E
ângulo de incidência do vento [°] ângulo de incidência do vento [°] NBR-6123
 
e a em
Gráfico 15 – Variação da excentricidade a
e a em
Gráfico 16 – Variação da excentricidade a
função da incidência do vento para o MODELO 3 função da incidência do vento para o MODELO 4

0,4 0,2
Brascan Century
Edifício Cyrela
para uso na NBR-6123

270°
0,2
para uso na NBR-6123
excentricidade ea/a

Fy 0,1 90°
excentricidade ea/a

to
Fy Ven
α
0,0 Mt
0,0
180° Mt
Fx

0° 180°
Fx
α
270°
-0,2 -0,1
90°

Vizinhança - Túnel
-0,4 ensaio experimental -0,2 Isolado - Túnel
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 NBR-6123 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 Vizinhança - NBR
ângulo de incidência do vento [°] ângulo de incidência do vento [°] Isolado - NBR

 
Gráfico 17 – Variação da excentricidade a em
e a Gráfico 18 – Variação da excentricidade a em
e a
função da incidência do vento para o MODELO 5 função da incidência do vento para o MODELO 6

0,5
0,5 Edifício e-Tower
Gafisa-Eldorado
para uso na NBR-6123

180°
para uso na NBR-6123

excentricidade ea/a

Fy
excentricidade ea/a

0,0 0,0
270° Mt 90°
Fx
Ven
to

α

ensaio experimental
ensaio experimental
-0,5 NBR-6123 -0,5 NBR-6123
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330

ângulo de incidência do vento [°] ângulo de incidência do vento [°]

 
Gráfico 19 – Variação da excentricidade a em
e a Gráfico 20 – Variação da excentricidade a em
e a
função da incidência do vento para o MODELO 7 função da incidência do vento para o MODELO 8

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.392


.

0,5
0,5
Mandarim Sundeck

para uso na NBR-6123


para uso na NBR-6123

90°

excentricidade ea/a
excentricidade ea/a

90°
Fy
to to
Ven Ven
Mt α Fy
0,0 180° 0° 0,0 α
Fx Mt
180°
Fx

270°
270°

Configuração I -0,5 E1 - Túnel


-0,5
Configuração II 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 E2 - Túnel
0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330
Vizinhança - NBR ângulo de incidência do vento [°] NBR-6123
ângulo de incidência do vento [°]
Isolado - NBR
 
e
Gráfico 21 – Variação da excentricidade a
a em e
Gráfico 22 – Variação da excentricidade a
a em
função da incidência do vento para o MODELO 9 função da incidência do vento para o MODELO 10

0,5 0,3
Sunset Estrela do Atlântico

para uso na NBR-6123


para uso na NBR-6123

excentricidade ea/a
excentricidade ea/a

0,0 0,0

Vizinhança - Túnel

-0,5 ensaio experimental -0,3 Isolado - Túnel


0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 NBR-6123 0 30 60 90 120 150 180 210 240 270 300 330 Vizinhança - NBR

ângulo de incidência do vento [°] ângulo de incidência do vento [°] Isolado - NBR

 
e
Gráfico 23 – Variação da excentricidade a
a em e
Gráfico 24 – Variação da excentricidade a
a em
função da incidência do vento para o MODELO 11 função da incidência do vento para o MODELO 12

As tabelas 2 e 3 apresentam resumidamente as características geométricas utilizadas no


processo de cálculo previsto na norma brasileira, bem como a escala e a situação de
exposição em que o modelo foi ensaiado, além da velocidade básica e o perfil de
velocidades médias do vento. As tabelas mostram resumidamente os coeficientes de
excentricidade, os momentos e as forças atuantes em cada caso, para os métodos
analítico e experimental empregados.
Na tabela 4, é apresentado um coeficiente de excentricidade para cada caso,
relacionando o momento torçor experimental, considerado exato, obtido através dos
ensaios em túnel de vento, com a estimativa da força de arrasto pela norma brasileira
(Túnel de Vento/NBR). Dessa forma, os valores obtidos por tal operação, seriam os
valores de coeficiente de excentricidade normalizada para codificação e projeto,
peculiares a cada edifício estudado.

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.393


.

Tabela 2 - Quadro comparativo geral – Forças, Momentos Torçores e Exentricidades.

Túnel de Vento NBR-6123


Vo H Bx By Escala do Vento
Moldelo Situação Planta Elevação
[m/s] [m] [m] [m] modelo [p] |Fy| |Mt| |Fy| |Fy|* |Mt|
[kN] [kNm]
ea /a [kN] [kN] [kNm]
ea /a

com
1 43 118,00 29,35 18,35 1:250 0,23 5.470 35.771 0,22 5.444 7.077 23.969 0,15
vizinhança

com 38
2 120,10 40,74 17,26 1:285 0,23 8.757 24.915 0,07 6.042 7.854 36.920 0,15
vizinhança

3 isolado 38 75,00 47,60 35,60 1:400 0,23 4.233 27.734 0,14 5.715 — 20.403 0,075

com
3 38 75,00 47,60 35,60 1:400 0,23 5.079 36.479 0,15 — 7.430 40.805 0,15
vizinhança

4 crítica 38 93,50 33,20 32,00 1:400 0,23 3.635 17.150 0,14 3.647 4.741 18.161 0,15

4 favorável 38 93,50 33,20 32,00 1:400 0,23 3.635 9.540 0,08 — — — —

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON.


com 0,23 e
5 38 108,60 37,56 37,56 1:350 3.471 36.503 0,28 3.743 4.866 21.089 0,15
vizinhança 0,34

6 isolado 38 72,52 45,61 22,80 1:250 0,23 4.138 17.448 0,09 3.435 — 11.750 0,075

com
6 38 72,52 45,61 22,80 1:250 0,23 4.775 17.179 0,08 — 4.465 23.500 0,15
vizinhança

Os valores de Fy referem-se à força incidindo perpendicularmente à fachada de maior dimensão em planta.


* Valores de Fy majorados pelo coeficiente máximo do FV.

XII.394
.

Tabela 3 - Quadro comparativo geral – Forças, Momentos Torçores e Exentricidades.

Túnel de Vento NBR-6123


Vo H Bx By Escala do Vento
Modelo Situação Planta Elevação
[m/s] [m] [m] [m] modelo [p] |Fy| |Mt| |Fy| |Fy|* |Mt|
[kN] [kNm]
ea /a [kN] [kN] [kNm]
ea /a

com
7 38 142,50 46,52 42,72 1:400 0,23 7.887 29.772 0,08 6.375 8.288 44.487 0,15
vizinhança

8 isolado 38 149,50 36,50 15,70 1:333 0,23 8.486 30.100 0,10 9.054 11.770 24.785 0,075

Conf. I
9 35 63,50 73,26 65,76 1:220 0,19 1.751 33.541 0,26 2.949 — 16.203 0,075
(isolado)

Conf. II
9 35 63,50 73,26 65,76 1:220 0,19 1.556 27.452 0,24 — 3.834 32.407 0,15
(c/ viz.)

0,11 e
10 E1 35 56,50 43,82 22,08 1:250 308 11.960 0,89 2.667 3.467 17.532 0,15
0,23

0,11 e
10 E2 35 56,50 43,82 22,08 1:250 2.299 36.226 0,36 — — — —
0,23

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON.


com
11 46 93,30 40,78 16,24 1:300 0,23 11.444 40.515 0,09 10.269 13.349 62.815 0,15
vizinhança

12 isolado 30 130,24 51,99 16,36 1:300 0,23 5.398 41.024 0,15 5.904 — 23.020 0,075

com
12 30 130,24 51,99 16,36 1:300 0,23 6.248 51.680 0,16 — 7.675 46.040 0,15
vizinhança

Os valores de Fy referem-se à força incidindo perpendicularmente à fachada de maior dimensão em planta.


* Valores de Fy majorados pelo coeficiente máximo do FV.

XII.395
.

Tabela 4 - Quadro comparativo geral – Excentricidades para Codificação e Projeto.


Túnel de Vento/NBR
a
Modelo Situação a/b h/a |Fy| |Fy|* |Mt| Planta Elevação
[m] ea /a
NBR NBR TÚNEL êa /a êa /a* NBR
[kN] [kN] [kNm]

com
1 vizinhança
29,35 1,60 4,02 5.444 7.077 35.771 0,22 0,17 0,15

com
2 vizinhança
40,74 2,36 2,95 6.042 7.854 24.915 0,10 0,08 0,15

3 isolado 47,60 1,34 1,56 5.715 — 27.734 0,10 — 0,075

com
3 vizinhança
47,60 1,34 1,56 — 7.430 36.479 — 0,10 0,15

com
4 vizinhança
33,20 1,04 2,82 3.647 4.741 17.150 0,14 0,11 0,15

com
4 vizinhança
33,20 1,04 2,82 3.647 4.741 9.540 0,08 0,06 0,15

com
5 vizinhança
37,56 1,00 2,89 3.743 4.866 36.503 0,26 0,20 0,15

6 isolado 45,61 2,00 1,59 3.435 — 17.448 0,11 — 0,075

com
6 vizinhança
45,61 2,00 1,59 — 4.465 17.179 — 0,08 0,15

com
7 vizinhança
46,52 1,09 3,06 6.375 8.288 29.772 0,10 0,08 0,15

8 isolado 36,50 2,33 4,10 9.054 11.770 30.100 0,09 0,07 0,075

Conf. I
9 (isolado)
73,26 1,11 0,87 2.949 — 33.541 0,16 — 0,075

Conf. II
9 (c/ viz.)
73,26 1,11 0,87 — 3.834 27.452 — 0,10 0,15

E1
10 (c/ viz.)
43,82 1,99 1,29 2.667 3.467 11.960 0,10 0,08 0,15

E2
10 (c/ viz.)
43,82 1,99 1,29 2.667 3.467 36.226 0,31 0,24 0,15

com
11 vizinhança
40,78 2,51 2,29 10.269 13.349 40.515 0,10 0,07 0,15

12 isolado 51,99 3,18 2,51 4.805 — 41.024 0,16 — 0,075

com
12 vizinhança
51,99 3,18 2,51 — 6.247 51.680 — 0,16 0,15

Os valores de Fy referem-se à força incidindo perpendicularmente à fachada de maior dimensão em planta.


* Valores de Fy majorados pelo coeficiente máximo do FV.

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.396


.

10 Conclusões e recomendações
Os ensaios em túnel de vento com modelos reduzidos comprovaram que as desiguais
distribuições de pressões, ao longo das fachadas dos prédios, originam efeitos de torção,
sendo esses mais significativos para edificações com secção transversal não retangular.
A aplicação da norma brasileira, ao tratar das forças de arrasto na base, conduz a uma
estimativa inferior em relação aos resultados experimentais, na maioria dos casos. Já os
momentos torçores medidos nos ensaios, em relação aos valores estimados pela NBR,
são superestimados em alguns casos, subestimados em outros e por vezes equivalem,
conforme o tipo de edificação.
No intuito de vincular o momento torçor obtido experimentalmente no túnel de vento com
a força estimada pela norma brasileira para fins comparativos, observou-se que as
excentricidades na maioria dos casos estavam de acordo com a indicação de 15% da
mesma, o que leva a concluir que a aplicação desse coeficiente de excentricidade
normalizada é seguro.
Com base nos dados obtidos nos ensaios em túnel de vento, para os casos de modelos
que foram testados com a simulação da condição isolado e com vizinhança, seria
razoável admitir a adoção de um valor único para a excentricidade, ou seja, 15% da maior
dimensão em planta, contrariando a norma brasileira que apresenta dois valores, um
considerando efeitos de vizinhança e outro sem efeitos de vizinhança.

11 Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT, Rio de Janeiro. Norma
Brasileira NBR-6123 (NB-599): Forças devidas ao vento em edificações. Edição 1988.
BLESSMANN, J. The Boundary Layer Wind Tunnel of UFRGS. Journal of Wind
Engineering and Industrial Aerodynamics, Amsterdam, vol.10, 1982 - pp.231-248.
BOGGS, D. W.; HOSOYA, N.; COCHRAN, L. Sources of torsional wind on tall buildings:
lessons from the wind tunnel. Advanced Technology in Structural Engineering
(Proceedings of the 2000 Structures Congress & Exposition), Philadelphia, May 2000,
SEI/ASCE.
CARPEGGIANI, E. A. Determinação dos Efeitos Estáticos de Torção em Edifícios
Altos Devidos à Ação do Vento. Dissertação de Mestrado – Curso de Pós-Graduação
em Engenharia Civil, Escola de Engenharia, UFRGS. Porto Alegre, 2004.
COOK, N. J. The designer’s guide to wind loading of building structures. Part 2: Static
Structures. (Building Research Establishment). London, UK, 1990.
DAVENPORT, A. G.; ISYUMOV, N. The Application of The Boundary Layer Wind Tunnel
to the Prediction of Wind Loading. In: Proceedings of the International Research
Seminar: Wind Effects on Buildings and Structures. Ottawa, Canada. September 11-
15. Vol. 1. pp. 201-230. 1967.
ISYUMOV, N.; M. POOLE. Wind induced torque on square and rectangular building
shapes. Journal of Wind Engineering and Industrial Aerodynamics, Amsterdam,
vol.13, 1983 - pp.183-193.

Anais do 47º Congresso Brasileiro do Concreto - CBC2005. © 2005 IBRACON. XII.397

Você também pode gostar