Prova DNIT Comentada

Prova comentada
DNIT 2013 (ESAF)

Engenharia Civil
Pré-edital
PROJETO NOMEAÇÃO
DNIT & aIE

cupom: organiza10
Projeto Nomeação DNIT-AIE
Concursos de Engenharia Civil
1. RAIO X DA PROVA
Olá, pessoal! Tudo bem? Vamos resolver hoje a prova de conhecimentos específicos
(Engenharia) do último concurso do DNIT. Mas antes de resolver a prova em si, trago
aqui algumas informações acerca do último concurso:
• Banca: ESAF
• Ano: 2012 (Edital) / 2013 (Prova)
• Cargo: Analista em Infraestrutura de Transportes – Engenharia Civil
• Salário: R$ 7.815,81 (2012) / R$ 13.544,63 (Reajuste aprovado em 2023);
• Vagas: 140 Ampla Concorrência + 7 Pessoa com Deficiência;
• Concorrência:
o Menor concorrência: 38,39 candidatos/vaga (Sede / Brasília-DF)
o Maior concorrência: 121,6 candidatos/vaga (PR).
• Data do edital: 05 de novembro de 2012;
• Data da prova: 20 de janeiro de 2013;
• Prazo edital-prova: 76 dias (dois meses e 15 dias).
A prova anterior abrangeu um total de sete (7) disciplinas. Dentre elas, a Engenharia
Civil foi a mais importante, como evidenciado pela tabela a seguir.
% DA NOTA
DISCIPLINA QUESTÕES PESO TOTAL
FINAL
Português 15 1 15 7,14%
Raciocínio Lógico-Matemático 5 1 5 2,38%
Direito Constitucional 5 1 5 2,38%
Direito Administrativo 10 1 10 4,77%
Direito Financeiro 10 1 10 4,77%
Economia Brasileira 5 1 5 2,38%
Engenharia Civil 50 2 100 47,61%
Discursiva 1 60 60 28,57%
TOTAL 210 100%
Em relação ao conteúdo cobrado, dentro da prova de engenharia civil, houve uma

predominância do Obras Rodoviárias e de Planejamento e Controle de Obras.
Seja esperto, estude com o Organiza. 2

A dificuldade da prova em questão foi de “intermediária a difícil”. A taxa média de

acertos das questões da prova no TEC é de cerca de 60%.
Além disso, a prova foi bastante contestada: 10 das 50 (20%) questões de engenharia
foram anuladas e, como verá nos comentários, há outras questões cuja opinião dos
professores é de que deveriam ter sido anuladas.
Dito isso, excelentes estudos! Vamos às questões!

2. QUESTÕES
QUESTÃO 01
No planejamento de uma obra, os cronogramas são elementos que permitem o
acompanhamento do desenvolvimento físico e financeiro de um empreendimento. A
respeito da elaboração de cronogramas e dos seus principais tipos, é correto afirmar
que
a) o uso da informática acelera as informações e permite sua reprogramação, mas não
permite simulações, logo não melhora na execução dos cronogramas.
b) para fins de cálculo de custos, o quantitativo de serviços a executar apresenta maior
variação que o de mão de obra.
c) a rede de atividades é um tipo usual de cronograma.
d) o gráfico de Gantt apresenta o inconveniente de não permitir o acompanhamento
do tempo de duração das atividades de um empreendimento.
e) o ordenamento das atividades não interfere na elaboração de um cronograma.
COMENTÁRIO
Disciplina – PNFL - Planejamento, Execução, Fiscalização, Acompanhamento e
Controle de Obras, Normas e Legislação. Licitações e Contratos.
Assunto – Controle de obras
Tópico – Cronogramas
A questão em análise nos cobra conceitos sobre cronogramas aplicados ao

gerenciamento e controle de obras. É interessante que tragamos alguns conceitos
antes de analisar os itens da questão:
Cronograma físico-financeiro
O cronograma físico-financeiro é aquele que relaciona a evolução das atividades

(físico) com e a evolução dos custos (financeiro). Trata-se de uma ferramenta integrada
com o orçamento e o cronograma de atividades, logo, observa-se que é uma ferramenta
dinâmica e não estática. O cronograma físico-financeiro deve ser atualizado sempre
que houver modificações na duração dessas atividades ou no orçamento destas.

Figura 1 – Exemplo de cronograma físico-financeiro
Gráfico de GANTT
O cronograma de GANTT é um gráfico de barras horizontais, que representam as

atividades em uma escala de tempo, nas quais são demarcados o tempo de início, a
duração e o fim de cada atividade. Podem ter barras duplas, uma indicando as
atividades planejadas e outra as efetivamente executadas, para comparação e controle.
Figura 2 – Exemplo de gráfico de Gantt
MS Project
O MS Project é um software de gerenciamento de projetos que possibilita o

planejamento, execução e controle das atividades, juntamente com a análise de
recursos e custos envolvidos, a elaboração de cronogramas e demais aspectos
relevantes no âmbito de projetos.
Citados os conceitos iniciais, vamos à análise das alternativas:
a) INCORRETA. A informática, a exemplo do uso do MS PROJECT possibilita o

planejamento, execução, controle, aceleração e reprogramação de atividades,
modificações e uma consequente melhoria da execução dos cronogramas.
b) INCORRETA. O quantitativo de mão de obra apresenta variação maior quando

comparada ao quantitativo de serviços, já que os serviços permanecem praticamente

constantes ao longo da execução da obra, enquanto a mão de obra varia conforme com
a produtividade da equipe.
d) INCORRETA. O diagrama de Gantt possibilita o acompanhamento do tempo e

duração das atividades, conforme descrito anteriormente. Porém, o diagrama não
permite observar a interdependências das atividades.
e) INCORRETA. A ordem das atividades interfere diretamente na elaboração de um

cronograma; a definição da rede das atividades é anterior à concepção do cronograma.
Deste modo, temos como gabarito a alternativa C.
A rede de atividades é um exemplo de cronograma que representa a sequência e a

dependência das atividades.
GABARITO Q01: C
Link TEC: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94213

QUESTÃO 02
A elaboração de um orçamento prévio é uma etapa do planejamento das obras, antes
do fim do detalhamento do projeto, com finalidade de verificar a viabilidade do
empreendimento. Uma forma de estimar o custo é considerar elementos provenientes
de uma obra semelhante, com quantidades de materiais e serviços e respectivos
custos conhecidos, cujo método é conhecido como:
a) estimativa por analogia.
b) método paramétrico.
c) estimativa Bottom-Up.
d) estimativa por adaptação.
e) estimativa por verificação.
COMENTÁRIO
Controle de Obras, Normas e Legislação – Direito Ambiental
Assunto – Planejamento
Tópico – Métodos/analogia
A opção correta é a alternativa A. Vejamos:
A estimativa por analogia, também conhecida como método de comparação, é uma

forma de estimar o custo de uma obra ou projeto com base em elementos provenientes
de uma obra similar que já foi executada, utilizando quantidades de materiais e
serviços e seus respectivos custos conhecidos. Nesse método, é feita uma comparação
detalhada entre as características da obra de referência e a obra em questão, levando
em consideração fatores como a área, o tipo de construção, a complexidade e outras
variáveis relevantes.
As outras opções mencionadas não correspondem ao método descrito na pergunta:
B) INCORRETA. O método paramétrico envolve o uso de fórmulas matemáticas ou

modelos estatísticos para estimar o custo com base em parâmetros pré-definidos,
como área construída, número de pavimentos etc.
C) INCORRETA. A estimativa Bottom-Up, ou de baixo para cima, é um método de

estimativa detalhada que envolve a análise de cada componente individual do
projeto, calculando-se os custos e somando-os para obter o custo total.
D) INCORRETA. A estimativa por adaptação não é um método conhecido de estimativa

de custos na construção civil.

e) INCORRETA. A estimativa por verificação não é um termo comumente utilizado no

contexto da estimativa de custos na construção civil.
GABARITO Q02: A

QUESTÃO 03
A execução direta é uma das modalidades de execução de obras e serviços na qual a
Administração Pública executa a obra com os seus próprios recursos de mão de obra,
materiais e equipamentos e, eventualmente, contando com a participação de
empresas terceirizadas para execução de serviços especializados. A execução indireta,
que é o caso mais comum, é aquela no qual a Administração Pública conta com os
serviços terceirizados para a realização dos serviços. Neste caso, o órgão decide se a
contratação abrangerá apenas os materiais, apenas a mão de obra ou todo o conjunto.
A modalidade de contratação pela qual é estabelecido um preço total para a execução
da obra é denominada empreitada
a) por preço unitário.
b) por preço global.
c) integral.
d) turn-key.
e) por tarefa.
COMENTÁRIO
Disciplina – Licitações
Assunto – Contratação direta
Tópico – Regime de contratação
A opção correta é a alternativa B. Vejamos:
Na modalidade de empreitada por preço global, é estabelecido um valor total para a

execução da obra ou serviço. Nesse tipo de contrato, o empreiteiro ou a empresa
contratada assume a responsabilidade de executar todas as etapas da obra,
fornecendo tanto a mão de obra quanto os materiais e equipamentos necessários.
Ao optar pela contratação por preço global, a Administração Pública define um valor
fixo que engloba todos os custos associados à execução da obra, incluindo materiais,
mão de obra, equipamentos, despesas administrativas, lucro e demais itens pertinentes.
Dessa forma, cabe ao contratado a responsabilidade de gerenciar e arcar com os custos
e riscos associados à execução do empreendimento.
Sobre as demais questões, adicionamos o seguinte:
A) INCORRETA. A empreitada por preço unitário é aquela em que o contrato

estabelece um valor unitário para cada item ou serviço a ser executado, sendo
multiplicado pelas quantidades efetivamente utilizadas.

C) INCORRETA. A modalidade de empreitada integral se dá quando se contrata um

empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras,
serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua
entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos
técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional
e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada, também
conhecida como turn-key.
D) INCORRETA. Vide alternativa c.
E) INCORRETA. A empreitada por tarefa é uma modalidade de contratação na qual o

preço é estabelecido com base nas tarefas ou atividades realizadas durante a
execução da obra, geralmente por meio de medições periódicas. Cada tarefa possui um
preço unitário definido e o pagamento é feito de acordo com as quantidades de tarefas
realizadas.
GABARITO Q03: B

QUESTÃO 04
Considere que o desenvolvimento de uma determinada etapa da construção de uma
obra tenha a sua rede CPM esquematizada na figura abaixo. Julgue os itens abaixo,
relativos a essa rede.
I. O percurso crítico na rede é aquele que requer mais tempo para ser
completado.
II. Na rede CPM, os círculos representam as atividades desenvolvidas.
III. Na rede CPM, as setas indicam os eventos realizados.
IV. A atividade G não consome tempo nem recursos, sendo chamada de fictícia ou
fantasma.
V. Os círculos representam os eventos e as letras, as atividades.
É correto o que se afirma em:
a) I, IV e V.
b) I, II e III.
c) I e II.
d) III e IV.
e) II e III.
COMENTÁRIO
Controle de Obras, Normas e Legislação - Direito Ambiental
Assunto – Planejamento e controle de obras
Tópico – Rede PERT/CPM
A questão trata sobre o conceito da rede PERT/CPM. Sobre o assunto é importante

frisar que na verdade se trata de dois modelos de planejamento em rede, PERT e CPM.

PERT
O PERT – (Program Evaluation and Review Technique – Técnica de Avaliação e

Revisão de Programas), foi elaborado por volta de 1958 por uma equipe de Projetos
Especiais da Marinha dos EUA que necessitava desenvolver um projeto muito
complexo.
A técnica consiste em determinar o tempo esperado para uma atividade a partir de três
cenários, com prazos distintos: prazo máximo (𝒃), prazo normal (𝒎) e prazo mínimo
(𝒂). O tempo esperado (T) é dado por:
𝑎 + 4𝑚 + 𝑏
𝑇=
6
𝑏–𝑎
O desvio padrão é 𝜎 = e a variância é 𝜎².
6
Por causa desse tratamento estatístico, a técnica PERT é chamada de probabilística.
CPM
A técnica CPM (Critical Path Method - Método do Caminho Crítico) foi desenvolvida em
1957, por uma empresa de produtos químicos (Dupont) que, ao expandir seu parque
fabril, resolveu planejar suas obras por meio da técnica de redes, considerando para
as atividades durações obtidas em projetos muito semelhantes, executados por ela
anteriormente.
Assim, para uma dada atividade, a empresa possuía em seus arquivos o prazo e as
condições em que foi executada, possibilitando a elaboração da rede com uma única
determinação de prazo para cada atividade. Por causa disto o CPM é chamado de
determinístico.
Quanto à rede CPM podemos considerar que:
1) O caminho crítico é a sequência de atividades compreendidas entre o início e o fim

da rede que apresentam folga zero. Vislumbra-se que em uma rede pode haver mais
de uma sequência de atividades cujas folgas, caso ultrapassadas, farão com que o
projeto não seja concluído no tempo planejado, fazendo com que possa existir mais
de um caminho crítico. Quando há mais de um caminho crítico, ele é conhecido como
caminho crítico alternativo.
2) Os círculos representam os eventos que determinam o início ou fim de uma atividade

e as setas representam atividades;

3) Pode-se definir atividade fantasma como a representação de uma atividade sem o

respectivo atributo visando solucionar problemas de interdependência entre as
atividades ou estabelecer uma melhor comunicação gráfica.
A duração estabelecida para uma atividade fantasma é zero, sendo representada por
uma linha tracejada.
É importante destacar que entre dois eventos sucessivos somente pode existir uma
única atividade. Para evitar confusão, é criada a atividade fantasma (não consome
tempo nem recursos).
Figura 3 – Exemplo de atividade fantasma
Desta forma, observa-se que a resposta correta da questão é a alternativa A.
GABARITO Q04: A

QUESTÃO 05
A função do planejamento é a de planejar os trabalhos da obra antes do seu início, de
tal forma que sejam escolhidos os métodos construtivos e os meios de produção mais
adequados e estes sejam coordenados entre si, considerando-se todo o quadro de
condicionantes internos e externos à empresa. O orçamento de obras é composto
pelas composições de preço unitário de cada serviço ou atividade, que, por sua vez,
são compostos por seus insumos e seus respectivos consumos.
Julgue os itens subsequentes, referentes a custos e orçamentos de obras de
construção civil.
I. O preço de um empreendimento é composto das seguintes parcelas: custo
direto, custo indireto relativo à administração central, custo indireto relativo à
administração do canteiro de obras e lucro.
II. Entende-se por BDI de um empreendimento o custo indireto originário da
administração central subtraído de impostos, taxas e lucro.
III. Mobilização (contratação e transferência de pessoal, equipamentos etc.),
consultorias e trabalhos técnicos especiais não são considerados custos
indiretos integrantes dos preços unitários componentes da planilha de custos
de uma obra.
IV. Na composição de custos de uma obra, são considerados encargos sociais
básicos, entre outros, a Previdência Social, o Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço e o seguro contra acidentes de trabalho.
É incorreto que se afirma em
a) I, III e IV.
b) I, II e III.
c) I e II.
d) III e IV.
e) II e III.
COMENTÁRIO
Controle de Obras, Normas e Legislação - Direito Ambiental
Assunto – Orçamentos
Tópico – BDI e outros
A questão foi anulada pela banca. No entanto, é importante que destaquemos alguns
conceitos cobrados de forma fixa-los e, assim, aperfeiçoar nossos estudos.

Item I
INCORRETO. O item I trata do preço de um empreendimento. Sabe-se que este é

composto pelas parcelas custos diretos (mão de obra, material e equipamentos), custos
indiretos que são aqueles necessários a logística, infraestrutura e gestão necessária
para realização da obra. São custos, portanto, que não estão diretamente associados a
execução dos serviços. A alternativa limitou somente a custo direto e custo indireto
relativo à administração central, custo indireto relativo à administração do canteiro
de obras e lucro, o que torna o item incorreto.
Item II
INCORRETO, visto que o BDI (bonificação e despesas indiretas) é composto por duas
parcelas:
• Despesas indiretas: são despesas decorrentes da atividade empresarial que

incidem de forma percentual sobre os custos da obra. Trata-se de recursos
destinados ao pagamento de tributos; ao rateio dos custos da
administração central; à remuneração ao construtor pela assunção de riscos
do empreendimento; e à compensação de despesas financeiras ocasionadas
pelo intervalo decorrido entre gasto, medição e recebimento;
• Lucro ou Bonificação: é a parcela destinada à remuneração da empresa pelo
desenvolvimento de sua atividade econômica.
Em relação aos tributos que devem ser incluídos no orçamento de referência, são
aqueles que incidem sobre o preço de venda e que não sejam personalíssimos (IRPJ
e CSLL). São tributos que normalmente são incluídos na determinação do BDI: ISS
(imposto sobre serviços), COFINS (Contribuição Social para Financiamento da
Seguridade Social) e PIS (Programa de Integração Social).
Item III
O item III foi o que responsável pela anulação da questão.
Há uma divergência sobre a classificação do item mobilização e desmobilização. Para

o SINAPI, classifica-se como custo indireto. Para o TCU, classifica-se como direto.
Assim, por não ter discriminado de acordo com qual classificação se pediu a análise do
item, optou-se por anular o mesmo.
Conforme o SINAPI, os custos indiretos são:

Custo da LOGÍSTICA, INFRAESTRUTURA E GESTÃO necessária para

a realização da obra. Corresponde à soma dos custos dos serviços
auxiliares e de apoio à obra, para possibilitar a sua execução.
Englobam os custos previstos para a Administração Local,
Mobilização e Desmobilização, Instalações e Manutenção de Canteiro
Acampamento, Seguros e outros.
Para o TCU, no acordão 2622/TCU (Plenário):
9.3.2. ORIENTE OS ÓRGÃOS E ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA FEDERAL A:
9.3.2.1. DISCRIMINAR OS CUSTOS DE ADMINISTRAÇÃO LOCAL,
CANTEIRO DE OBRAS E MOBILIZAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO NA
PLANILHA ORÇAMENTÁRIA DE CUSTOS DIRETOS, por serem
passíveis de identificação, mensuração e discriminação, bem como
sujeitos a controle, medição e pagamento individualizado por parte da
Administração Pública, em atendimento ao princípio constitucional da
transparência dos gastos públicos, à jurisprudência do TCU e com
fundamento no art. 30, § 6º, e no art. 40, inciso XIII, da Lei n.
8.666/1993 e no art. 17 do Decreto n. 7.983/2013;
Item IV
CORRETO. Conforme a planilha de encargos sociais da Caixa, são considerados

encargos sociais básicos: Previdência Social, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço,
seguro contra acidentes de trabalho, SESI, SENAI, INCRA, SEBRAE, Salário Educação e
Seconci.
Aprofundando:
Os encargos sociais incidem sobre a remuneração do trabalhador (custos incidentes

sobre a folha de pagamentos de salários), tendo como origem as disposições na CLT,
Constituição, Convenções Coletivas e legislações específicas. São agrupados em quatro
grupos distintos:
• Grupo A: Encargos Sociais Básicos, derivados de legislação específica ou

de convenção coletiva de trabalho, que concedem benefícios aos
empregados, como Previdência Social, Seguro Contra Acidente de Trabalho,
Salário Educação e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço; ou que
instituem fonte fiscal de recolhimento para instituições de caráter público,
tais como INCRA, SESI, SENAI e SEBRAE;

• Grupo B: Encargos Sociais que recebem incidência do Grupo A e

caracterizam-se por custos advindos da remuneração devida ao
trabalhador sem que exista a prestação do serviço correspondente, tais
como o repouso semanal remunerado, feriados e 13º salário;
• Grupo C: Encargos Sociais que não recebem incidência do Grupo A, os
quais são predominantemente indenizatórios e devidos na ocasião da
demissão do trabalhador, como aviso prévio, férias (quando vencidas) e
outras indenizações;
• Grupo D: Reincidências de um grupo sobre outro.
Com base no exposto, a banca optou pela anulação da questão.
GABARITO: ANULADA

QUESTÃO 06
Para avaliar o comportamento do solo são empregados ensaios de laboratório de
modo a se determinar parâmetros de resistência e deformabilidade. Com relação aos
ensaios de laboratório, analise as afirmativas.
I. O ensaio de cisalhamento direto não permite a determinação do módulo de
cisalhamento.
II. No ensaio de compressão triaxial adensado não drenado (CU), a pressão
neutra durante o ensaio é praticamente nula, e as tensões totais aplicadas
indicam as tensões efetivas.
III. O ensaio de compressão edométrica avalia a compressibilidade e a resistência
dos solos.
É correto o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) I, II e III.
COMENTÁRIO
Disciplina – Obras Rodoviárias.
Assunto – Solos
Tópico – Ensaios
Os conceitos da questão foram obtidos do livro Curso Básico de Mecânica dos Solos de
Carlos de Sousa Pinto. De acordo com o autor, tem-se que:
I. CORRETO. O ensaio de cisalhamento direto determina a resistência ao

cisalhamento dos solos, porém não permite a determinação dos parâmetros de
deformabilidade, nem módulo de cisalhamento, uma vez que não é conhecida a
distorção neste ensaio.
II. INCORRETO. No ensaio de compressão triaxial adensado não drenado (CU) o corpo
de prova é adensado sob pressão confinante e as tensões neutras não são nulas. As
tensões neutras existem e são medidas para a determinação das tensões efetivas e da
envoltória em termos de tensão efetiva.
III. INCORRETO. O ensaio de compressão edométrica é efetuado para estudo de

recalque das argilas saturadas e para determinar o grau de compressibilidade de

determinado solo. Ele não determina resistência, que são obtidas, normalmente, através
do ensaio de cisalhamento direto e ensaio de compressão triaxial.
Assim, temos como gabarito a alternativa a).
GABARITO Q06: A

QUESTÃO 07
Considerando os resultados da sondagem à percussão apresentados na figura, a
profundidade do NSPT é superior a 20 a partir de:
a) 6,0 m.
b) 7,0 m.
c) 7,5 m.
d) 8,0 m.
e) 9,0 m.
COMENTÁRIO
Disciplina – Obras Rodoviárias
Assunto – Sondagens
Tópico – SPT
Essa prova nos trouxe várias questões anuladas e esta, infelizmente, deveria ser mais
uma delas.
Sabe-se que O NSPT é representado pela soma do número de golpes do 2º e 3º trechos

de 15 cm de cada etapa de penetração. No gráfico, este somatório está representado

pela linha pontilhada. Conforme a figura, o NSPT ultrapassa 20 na profundidade

aproximada de 7,20 m.
Com isso, nenhuma das alternativas corresponde ao gráfico.
Aproveitando para trazer o conceito de SPT:
NBR 6484:2001 Sondagem de simples reconhecimento com SPT -

Método de ensaio
3.1 SPT (standard penetration test): Abreviatura do nome do ensaio
pelo qual se determina o índice de resistência à penetração (N).
3.2 N: Abreviatura do índice de resistência à penetração do SPT, cuja
determinação se dá pelo número de golpes correspondente à
cravação de 30 cm do amostrador-padrão, após a cravação inicial de
15 cm, utilizando-se corda de sisal para levantamento do martelo
padronizado.
Em resumo, pode-se dizer que o ensaio SPT (Standard Penetration Test) consiste na
cravação de um amostrador padrão no solo através da queda livre de um peso de 65

kg caindo de uma altura de 75 cm. A soma do número de golpes necessários à

penetração dos 30 cm do amostrador é designada por N.
Ao se realizar uma sondagem pretende-se conhecer:
• O tipo de solo atravessado através da retirada de uma amostra deformada,

a cada metro perfurado.
• A resistência (NSPT) oferecida pelo solo à cravação do amostrador padrão,
a cada metro perfurado.
• A posição do nível ou dos níveis d'água (N.A.);
• A profundidade da camada impenetrável à percussão.
OBS: O ensaio SPT não permite conhecer a resistência do maciço rochoso.
GABARITO Q07: D
GABARITO PROPOSTO PELO PROFESSOR: ANULADA

QUESTÃO 08
Existem métodos empíricos para estimar a tensão admissível a partir de ensaios de
campo como a sondagem à percussão e o ensaio de cone. Um dos métodos propostos
estima a tensão admissível, em MPa, como sendo o produto do NSPTmédio por 0,02.
Em que o NSPTmédio é a média aritmética dos NSPT da região localizada entre a cota
de apoio da sapata e o término do bulbo de pressões, considerado aproximadamente
1,5 vezes a menor dimensão da sapata.
Para a construção de uma residência com carga máxima nos pilares de 20 toneladas,
a ser executada no terreno onde foi realizada a sondagem apresentada anteriormente,
foram dimensionadas sapatas com dimensões (2,0 x 1,0) m, assentes na profundidade
mostrada na figura anterior.
Considerando essa situação, analise as afirmativas.
I. A profundidade estimada para o bulbo de pressão das sapatas será de 5,0 m.
II. A tensão admissível estimada em função do NSPT será de 0,4 kgf/cm2
III. As dimensões das sapatas estão adequadas à tensão admissível estimada para
o solo.
IV. Observa-se a presença do nível d’água a 3,5 m do RN, o que dificultaria o
assentamento das sapatas em profundidades maiores.
a) I.
b) II.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
COMENTÁRIO
Assunto – Sondagem
Tópico – Tensões Admissíveis
Antes de se iniciar a análise dos itens que compõem a questão, é interessante destacar
os conceitos de fundações rasa e de bulbo de tensões para melhor entendimento da
questão.

Conforme a NBR 6122/2019:
3.28 fundação rasa (direta ou superficial):

Elemento de fundação cuja base está assentada em profundidade
inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação, recebendo aí as
tensões distribuídas que equilibram a carga aplicada; para esta
definição adota-se a menor profundidade, caso esta não seja
constante em todo o perímetro da fundação.
O bulbo de tensões ou bulbo de pressões de uma fundação direta, calculado

utilizando-se as hipóteses de Boussinesq, é definido pelo conjunto de linhas de mesmo
valor de tensão vertical (isóbaras), em valor percentual da carga aplicada pela
fundação.
As linhas do bulbo de tensão representam os pontos que possuem o mesmo valor de
tensão vertical.
Figura 4 – Exemplo de bulbo de tensões
Conforme Rebello (2008):
No bulbo de tensões, a uma certa profundidade, as tensões

transmitidas ao solo são tão baixas que podem ser desconsideradas.
Na prática, a profundidade é considerada igual ao dobro do maior lado
da sapata.

Figura 5 – Bulbo de tensões
Considerando os conceitos elucidados acima, analisemos os itens a seguir.
Item I. INCORRETO.
A questão nos traz que o bulbo de tensões se prolonga até 1,5 vezes a menor dimensão
da sapata. Assim, a menor dimensão da sapata é de 1m e o bulbo de tensões se
prolonga até 1,5 m abaixo da base da sapata. Logo, Somando-se a profundidade do
bulbo + profundidade da sapata obtemos um bulbo de tensões de até 3,5 m de
profundidade.
Item II. CORRETO.

O NSPTmédio será calculado por meio da média aritmética do NSPT a 2 metros (cota de
apoio da sapata) e a 3,5 metros (término do bulbo de tensões).
O NSPT para essas profundidades é igual a 2 e conforme o gráfico fornecido na questão:

Logo:
2+2
𝑁𝑆𝑃𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑜 = = 2
2
𝑁𝑆𝑃𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑜 2
𝜎𝑎𝑑𝑚 = = = 0,04 𝑀𝑃𝑎
50 50
Considerando que 1 MPa = 10 kgf/cm², conclui-se que a:
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,4 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²
Item III. INCORRETO.

Inicialmente, calcula-se a carga por pilar é 20 t, ou 20.000 kg. Considerando g = 10
m/s²:
𝐹 = 20000 ∗ 10 = 200000 𝑘𝑔𝑓
Em seguida, calculamos a área da sapata temos:

𝐴 = 200 𝑥 100 = 20.000 𝑐𝑚².
A tensão aplicada na sapata pelos pilares será:
𝐹 200000
𝜎= = = 𝟏𝟎 𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎𝟐
𝐴 20000
É notável que a tensão aplicada pela sapata sobre o solo é 25 vezes maior que a tensão
admissível calculada anteriormente.
Item IV. INCORRETO.

Observa-se no gráfico que a partir da profundidade 3,5 metros, há a presença de água
no solo.
O erro da questão está no conceito de fundação rasa.

Conforme a NBR 6122/2019:
3.28 fundação rasa (direta ou superficial):

inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação, recebendo aí as
tensões distribuídas que equilibram a carga aplicada; para esta
Logo, caso a fundação fosse assentada em 3,5 metros não poderia ser mais uma sapata
de 2,0m x 1,0m.
Temos, portanto, que o único item correto é o item II.
GABARITO Q08: B

QUESTÃO 09
Tomando como referência o desenho esquemático de um terreno onde serão
construídas as projeções destacadas e suas respectivas áreas, o número mínimo de
furos de sondagem de simples reconhecimento, considerando a fase de planejamento
do empreendimento, será de:
a) 11.
b) 17.
c) 18.
d) 19.
e) 20.
COMENTÁRIO
Tópico – Número de Furos
Conforme preconiza a NBR 8036:1983 - Programação de sondagens de simples

reconhecimento dos solos para fundações de edifícios, observa-se:
Nos casos em que não houver ainda disposição em planta dos edifícios, como nos
estudos de viabilidade ou de escolha de local, o número de sondagens deve ser fixado

de forma que a distância máxima entre elas seja de 100 m, com um mínimo de três
sondagens.
No caso de já existir uma área de projeção em planta dos edifícios, as sondagens devem
ser, no mínimo, de uma para cada 200 m² de área da projeção em planta do edifício,
até 1200 m² de área.
Entre 1200 m² e 2400 m² deve-se fazer uma sondagem para cada 400 m² que
excederem de 1200 m².
Acima de 2400 m² o número de sondagens deve ser fixado de acordo com o plano
particular da construção.
Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser:
• dois para área da projeção em planta do edifício até 200 m²;

• três para área entre 200 m² e 400 m².
De acordo com o descrito anteriormente, temos:
• A1=800 m²:
800
= 4 𝑓𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑛𝑑𝑎𝑔𝑒𝑚
200
• A2=1000 m²:
1000
200
• A3=600 m²:

600
200
• A4=2000 m²:
1200 800
= 6 𝑓𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑛𝑑𝑎𝑔𝑒𝑚 + = 2 𝑓𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑛𝑑𝑎𝑔𝑒𝑚
200 400
TOTAL = 4 + 5 + 3 + 6 + 2 = 20 FUROS DE SONDAGEM
GABARITO Q09: E

QUESTÃO 10
A figura abaixo mostra o esquema do equipamento utilizado para os ensaios de CPT
(Cone Penetration Test) e CPTU (Piezocone Penetration Test), que nos últimos anos
vem se destacando como importante ferramenta para prospecção geotécnica.
De acordo com os princípios desses ensaios, é correto afirmar que:
a) a cravação é realizada de forma dinâmica, medindo-se a força necessária para cravar

a ponta cônica.
b) os resultados obtidos podem ser usados para estimar a resistência ao cisalhamento
e o coeficiente de adensamento horizontal do solo.
c) no CPT são realizadas medidas de resistência de ponta e de atrito lateral, além do
monitoramento das pressões neutras geradas durante a cravação.
d) o registro da resistência à penetração, da mesma forma que no ensaio de SPT, é
realizado a cada metro de profundidade.
e) esse ensaio é mais indicado para argilas compactas e rígidas graças a sua elevada
capacidade de carga.
COMENTÁRIO
Tópico – CPT e CPTU

a) A cravação não é realizada de forma dinâmica no CPT e CPTU. O ensaio consiste na

penetração controlada de um cone no solo, geralmente por meio de uma sondagem
estática.
c) No CPT, são realizadas medidas de resistência de ponta e de atrito lateral, além do

monitoramento das pressões neutras geradas durante a cravação. No CPTU, além
dessas medidas, também são realizadas medidas de poro pressão de durante o ensaio.
d) O registro da resistência à penetração no CPT e CPTU não é realizado a cada metro

de profundidade, como ocorre no ensaio de SPT (Standard Penetration Test). O registro
da resistência deve ser efetuado, no mínimo, a cada 20 cm de avanço da ponteira.
e) O ensaio é indicado para lodos e argilas muito moles e médias, argilas siltosas ou
arenosas, areias argilosas, areias médias e grosseiras com seixo e areias finas e médias
siltosas ou lodosas.
Portanto, gabarito da questão letra b), a estimativa de resistência ao cisalhamento é

obtida com o ensaio CPT e o coeficiente de adensamento horizontal do solo é obtido
com o ensaio CPTU.
GABARITO Q10: B

QUESTÃO 11
Faça a correlação das diferenças entre os pavimentos flexível e rígido.
( 1 ) Pavimento (XXX) Melhores características de drenagem

Flexível superficial: escoa melhor a água superficial.
( 2 ) Pavimento (XXX) Mantém íntegra a camada de rolamento, não

Rígido sendo afetado pelas intempéries.
(XXX) Absorve a umidade com rapidez e, por sua

textura superficial, retém a água, o que requer
maiores caimentos.
(XXX) É fortemente afetado pelos produtos químicos

(óleo, graxas, combustíveis).
(XXX) Maior segurança à derrapagem em função da

textura dada à superfície (veículo precisa de 16%
menos de distância de frenagem em superfície seca,
em superfície molhada 40%).
Assinale a opção que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

a) 2 – 2 – 1 – 2 – 1.
b) 1 – 2 – 1 – 1 – 2.
c) 2 – 1 – 2 – 1 – 2.
d) 1 – 2 – 1 – 2 – 2.
e) 2 – 2 – 1 – 1 – 2.
COMENTÁRIO
Assunto – Pavimentação
Tópico – Classificação dos sistemas de pavimentação
A questão nos cobra conceitos a respeito dos sistemas de pavimentação que são
classificados basicamente em três: pavimentação flexível, semirrígida e rígida. Vejamos
as definições e características de cada um deles.

Pavimentos rígidos
São aqueles constituídos por camadas que trabalham bem à tração. Assim, observa-
se que o revestimento tem uma elevada rigidez em relação às camadas inferiores e,
portanto, absorve praticamente todas as tensões provenientes do carregamento
aplicado. São pouco deformáveis com uma vida útil maior.
Exemplo de pavimento rígido: pavimento constituído por lajes de concreto de cimento

Portland.
Pavimentos flexíveis
Os pavimentos flexíveis, diferentemente dos rígidos, não trabalham à tração. Neles,

todas as camadas trabalham em conjunto quando recebem carregamento. São, ainda,
capazes de sofrer deformações até certo limite, sem serem levados à ruptura.
Assim, os pavimentos flexíveis são aqueles que em todas as camadas sobre

deformação elástica significativa sob carregamento aplicado e, portanto, a carga se
distribui em parcelas aproximadamente equivalentes entre as camadas.
Desta forma, a fim de garantir uma boa deformação, é importante que o revestimento
apresenta elevada plasticidade. Normalmente são constituídos de revestimento
betuminoso delgado sobre camadas puramente granulares. A capacidade de suporte é
função das características de distribuição de cargas por um sistema de camadas
superpostas, onde as de melhor qualidade encontram-se mais próximas da carga
aplicada.
O dimensionamento do pavimento flexível é comandado pela resistência do subleito e

das demais camadas que compões o pavimento.
Os principais exemplos são os compostos por uma base de brita (brita graduada,
macadame) ou por uma base de solo pedregulhoso, mas constituídos de revestimentos
betuminosos.
Pavimento semirrígido
São uma situação intermediária entre os pavimentos flexíveis e rígidos. Diversos

autores têm empregado a terminologia de pavimentos semirrígidos para aqueles com
revestimentos asfálticos que possuam em sua base ou sub-base materiais
cimentados, que também são solicitados à tração.
Os pavimentos semirrígidos são caracterizados por uma base cimentada por algum
aglutinante com propriedades cimentícias como, por exemplo, por uma camada de solo-
cimento revestida por uma camada asfáltica.

Abaixo segue uma tabela comparativa entre os pavimentos rígido e flexíveis:
PAVIMENTOS RÍGIDOS PAVIMENTOS FLEXÍVEIS

Estruturas mais delgadas de pavimento. Estruturas mais espessas (requer maior
escavação e movimento de terra) e
camadas múltiplas.
Resiste a ataques químicos (óleos, É fortemente afetado pelos produtos
graxas, combustíveis). químicos (óleo, graxas, combustíveis).
Maior distância de visibilidade horizontal, A visibilidade é bastante reduzida
proporcionando maior segurança. durante a noite ou em condições
climáticas adversas.
Pequena necessidade de manutenção e Necessário que se façam várias
conservação, o que mantém o fluxo de manutenções e recuperações, com
veículos sem interrupções. prejuízos ao tráfego e custos elevados.
Falta de aderência das demarcações Melhor aderência das demarcações
viárias, devido ao baixo índice de viárias, devido a textura rugosa e alta
porosidade. temperatura de aplicação (30 vezes mais
durável).
Vida útil mínima de 20 anos. Vida útil máxima de 10 anos (com
manutenção).
Maior segurança à derrapagem em A superfície é muito escorregadia quando
função da textura dada à superfície molhada.
(veículo precisa de 16% menos de
distância de frenagem em superfície seca,
em superfície molhada 40%)
De coloração clara, tem melhor difusão De cor escura, tem baixa reflexão de luz.
de luz. Permite até 30% de economia nas Maiores gastos com iluminação.
despesas de iluminação da via.
O concreto é feito com materiais locais, a O asfalto é derivado de petróleo
mistura é feita a frio e a energia importado, misturado normalmente a
consumida é a elétrica. quente, consome óleo combustível e
divisas.
Melhores características de drenagem Absorve a umidade com rapidez e, por
superficial: escoa melhor a água sua textura superficial, retém a água, o
superficial. que requer maiores caimentos.
Mantém íntegra a camada de rolamento, Altas temperaturas ou chuvas
não sendo afetado pelas intempéries. abundantes produzem degradação.
Tabela 1 – Características dos pavimentos rígidos e flexíveis

Com base no exposto acima, voltando a análise da questão, concluímos que

correspondência correta é 2-2-1-1-2.
(1) Pavimento (2) Melhores características de drenagem superficial:

Flexível escoa melhor a água superficial.
(2) Pavimento (2) Mantém íntegra a camada de rolamento, não

Rígido sendo afetado pelas intempéries.
(1) Absorve a umidade com rapidez e, por sua textura

superficial, retém a água, o que requer maiores
caimentos.
(1) É fortemente afetado pelos produtos químicos

(óleo, graxas, combustíveis).
(2) Maior segurança à derrapagem em função da

textura dada à superfície (veículo precisa de 16%
menos de distância de frenagem em superfície seca,
em superfície molhada 40%).
GABARITO Q11: E

QUESTÃO 12
A compactação pode ser entendida como ação mecânica por meio da qual se impõe
ao solo uma redução do seu índice de vazios. Julgue os itens subsequentes, referentes
a compactação de solos.
I. A compactação confere maior densidade aos solos, diminuindo sua
compressibilidade e aumentando a sua resistência ao cisalhamento.
II. Os parâmetros de compactação dos solos, ou seja, teor de umidade ótima e
massa específica seca máxima, dependem da energia de compactação
adotada. Quanto maior a energia adotada, maiores valores para a massa
específica seca máxima e menores valores para os teores de umidade ótima
são encontrados.
III. Para que um solo atinja as condições ideais de compactação, ou seja, teor de
umidade ótimo e massa específica seca máxima, ele deve se encontrar na
condição saturada.
IV. O fenômeno do solo borrachudo pode ocorrer quando se tenta compactar um
solo com umidade acima da ótima.
É incorreto o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) I, II, III e IV.
COMENTÁRIO
Assunto – Terraplenagem
Tópico – Compactação
Vamos analisar as alternativas individualmente:
I. CORRETA. A compactação de solos envolve a aplicação de energia mecânica para

reduzir o índice de vazios do solo, resultando em uma maior densidade. Isso, por sua
vez, diminui a compressibilidade do solo e aumenta sua resistência ao cisalhamento.
II. CORRETA. Os parâmetros de compactação de solos, como o teor de umidade ótima

e a massa específica seca máxima, são influenciados pela energia de compactação
aplicada. Em geral, quanto maior a energia adotada, maiores serão os valores da massa

específica seca máxima e menores serão os valores dos teores de umidade ótima
encontrados.
III. INCORRETA. Um solo nunca alcançará condições ideais de compactação na

condição saturada. Quando a umidade do solo é maior do que a ótima, não adianta
maiores energias de compactação, já que não conseguem provocar aumento de
densidade, uma vez que não consegue expelir o ar dos vazios.
IV. CORRETA. O fenômeno do solo borrachudo pode ocorrer quando se tenta

compactar um solo com umidade acima do teor de umidade ótimo. Nessa condição, o
solo se torna excessivamente plástico e não consegue atingir a densidade desejada
durante o processo de compactação.
Portanto, a resposta correta é a opção (c).
GABARITO Q12: C

QUESTÃO 13
As máquinas de terraplenagem estão em contínuo processo de aprimoramento
tecnológico e com elevado valor de mercado, exigindo operadores bem treinados.
O equipamento apresentado na figura acima é:

a) Escavadeira de Iâmina frintal.
b) Retroescavadeira.
c) Moto scraper.
d) Motoniveladora.
e) Bobcat.
COMENTÁRIO
Tópico – Equipamentos
A figura fornecida pela questão representa um moto-scraper.

O moto-scraper ou scraper automotriz é um scraper, unido com um rebocador

motorizado, de pneus, unido por meio de um ou dois eixos. Assim como o scraper
rebocado, o moto-scraper executa a escavação, a carga, o transporte e a descarga dos
solos. Esse equipamento possui um bom desempenho e produção em distâncias
pequenas de transporte, que variam entre 200 e 500 metros.
Demais itens:
a) Escavadeira de lâmina frontal
b) Retroescavadeira
d) Motoniveladora

e) Bobcat
GABARITO Q13: C

QUESTÃO 14
As juntas podem ser definidas como “detalhe construtivo, que deve permitir
movimentações de retração e dilatação do concreto e a adequada transferência de
carga entre placas contiguas, mantendo a planicidade, assegurando a qualidade do
piso e conforto do rolamento. Com relação a juntas em pavimentos rígidos, assinale a
opção incorreta.
a) As juntas são utilizadas para controle de fissuras.
b) Para manter as placas unidas, usa-se barras de ligação.
c) Seção enfraquecida na placa de concreto, formada por meio de corte ou ranhura
(profundidade 1/4 e 1/6 da altura da placa).
d) As juntas podem ser transversais e longitudinais.
e) Para transferir as cargas de uma placa para outra, utiliza-se barras de transferência.
COMENTÁRIO
Tópico – Pavimento Rígido - Juntas
A questão foi anulada pela banca, considerando que todos os itens descritos estão
CORRETOS.
Analisemos cada um deles abaixo:
a) As juntas são utilizadas para controle de fissuras: As juntas em pavimentos rígidos

são projetadas para controlar e evitar o surgimento de fissuras, permitindo que o
concreto se movimente durante as variações de temperatura e retração.
b) Para manter as placas unidas, usa-se barras de ligação: Barras de ligação são
elementos opcionais usados para reforçar a conexão entre as placas de concreto
adjacentes, garantindo a estabilidade e a continuidade do pavimento.
c) Seção enfraquecida na placa de concreto, formada por meio de corte ou ranhura

(profundidade 1/4 e 1/6 da altura da placa): As juntas em pavimentos rígidos são criadas
por meio de seções enfraquecidas, que podem ser obtidas através de cortes ou
ranhuras na placa de concreto. Essas seções enfraquecidas permitem a
movimentação controlada do concreto e acomodam as tensões decorrentes das
variações volumétricas.
d) As juntas podem ser transversais e longitudinais: Existem dois tipos principais de

juntas em pavimentos rígidos, as juntas transversais, que atravessam
perpendicularmente a direção do tráfego, e as juntas longitudinais, que seguem

paralelas à direção do tráfego. Ambas têm a finalidade de controlar as tensões e evitar

o surgimento de fissuras.
e) Para transferir as cargas de uma placa para outra, utiliza-se barras de transferência:
As barras de transferência são elementos utilizados para garantir a transferência
adequada de carga entre as placas de concreto adjacentes, assegurando a
estabilidade estrutural do pavimento.
GABARITO Q14: ANULADA

QUESTÃO 15
Os pavimentos são estruturas sujeitas a solicitações diversas, que devem ser
dimensionadas e executadas de forma apropriada para garantir sua vida útil e
condições satisfatórias de operação. Com relação a esse assunto, assinale a opção
correta.
a) A sequência típica de camadas constituintes de um pavimento rodoviário flexível,
partindo-se da superfície do pavimento para baixo, é: revestimento, sub-base, base,
reforço de subleito e subleito.
b) O grau de compactação do solo em uma obra de pavimentação é dado pela razão
entre o peso específico seco do solo no campo e o peso específico seco máximo obtido
em ensaios de laboratório.
c) De acordo com normas técnicas disponíveis, a expansibilidade de um solo a ser
utilizado em um pavimento rodoviário pode ser determinada em ensaios de Índice de
Suporte Califórnia, pela verificação do aumento da altura da amostra compactada
após sua imersão em água por 24 horas.
d) Classificam-se como pavimentos rígidos aqueles construídos com camadas de solo
e sobre subleitos que apresentam valores de Índice de Suporte Califórnia superiores
a 90%.
e) A umidade de equilíbrio do subleito de uma rodovia é o valor máximo do teor de
umidade do solo de subleito atingido após a ocorrência de chuva com tempo de
recorrência não inferior a 50 anos.
COMENTÁRIO
Tópico – Cálculo de Volumes
Por abordar assuntos de temáticas diferentes, comentaremos item por item.
a) INCORRETA. A alternativa inverte a ordem que a base e a sub-base aparecem no

pavimento. A sequência típica de camadas constituintes de um pavimento rodoviário
flexível partindo da superfície do pavimento para o subleito é: revestimento, base, sub-
base, reforço do subleito, regularização do subleito, conforme figura abaixo.

Figura 6 – Estrutura típica de um pavimento
b) CORRETA. O grau de compactação do solo em uma obra de pavimentação é dado

pela razão entre a densidade seca do solo no campo e a densidade seca máxima obtida
em ensaios de laboratório.
c) INCORRETO. O tempo de imersão é de 96 horas. Vejamos o que a NBR 9895:2014

traz:
O ensaio de Índice de Suporte Califórnia (CBR - California Bearing Ratio) é utilizado

para determinar a resistência de um solo compactado em relação ao carregamento
aplicado.
No ensaio de CBR, uma amostra compactada do solo é submetida a carregamento

axial em condições controladas. Durante o ensaio, a amostra é imersa em água por
um período de 96 horas. Leituras de deformação são realizadas a cada 24 horas para
determinar a variação da altura da amostra.
A imersão da amostra em água por 96 horas permite avaliar a estabilidade do solo em

condições saturadas, pois a umidade da água influencia nas propriedades mecânicas
do solo. As leituras de deformação são registradas para calcular o Índice de Suporte
Califórnia, que é a relação entre a carga aplicada e a carga padrão estabelecida para
um solo-padrão.
d) INCORRETO. Pavimentos rígidos são compostos por uma camada de concreto de

cimento Portland, que proporciona uma superfície sólida e resistente. Ao contrário dos
pavimentos flexíveis, que se baseiam na distribuição de cargas através de camadas de
asfalto, os pavimentos rígidos suportam as cargas do tráfego principalmente pela
rigidez do concreto. Eles são projetados para suportar altas cargas, oferecer longa vida
útil e exigir menos manutenção ao longo do tempo.
Os pavimentos construídos com camadas de solo e sobre subleitos são os flexíveis.

Quanto ao Índice de Suporte Califórnia, seguem os valores para as camadas do
pavimento flexível:

CBR (ISC) e expansão das camadas do pavimento flexível:

SUB-LEITO: >= 2% e expansão < = 2%;
REFORÇO DO SUB-LEITO: > do Sub-Leito e expansão < = 1%;
SUB-BASE: >= 20% e expansão < = 1%;
BASE: >= 80% para 𝑁 > 5 ∗ 106
ou >= 60% para 𝑁 ≤ 5 ∗ 106
e expansão < = 0,5%;
e) INCORRETO. A umidade de equilíbrio do subleito também pode ser definida como

o valor médio das variações de umidade ao longo de um ano, uma vez que o solo
tenha passado pela fase de acomodação inicial após a construção do pavimento.
Após a fase de acomodação, o solo atinge um estado de equilíbrio, no qual as variações
de umidade se estabilizam e um valor médio pode ser estabelecido. Esse valor médio
da umidade de equilíbrio é determinado com base em monitoramento contínuo das
variações de umidade ao longo de um período representativo, geralmente de um ano,
considerando as condições climáticas sazonais e a influência das atividades de uso da
rodovia.
Assim, temos como gabarito a letra B.
GABARITO Q15: B

QUESTÃO 16
As obras subterrâneas, principalmente os túneis, são as obras que mais exigem
exatidão das investigações geológicas e geotécnicas e nas quais o conhecimento da
geologia da área a ser estudada é mais exigido. A presença de água em locais onde
se executam túneis é um fator de grande importância. Em relação às pressões e à
construção de túneis sob essas condições, pode-se dizer que:
a) a fase de maior dificuldade é durante a construção do túnel, sendo os efeitos da

infiltração desprezíveis após a execução de seu revestimento.
b) qualquer quantidade de água de infiltração deve ser evitada sob risco de acentuar
as pressões que atuam sobre o túnel.
c) as regiões de calcários são as que apresentam as melhores propriedades, devido à
inexistência de canais de dissolução.
d) a execução de túneis abaixo do nível d’água é inaceitável, devido aos efeitos
permanentes de infiltração que a obra irá sofrer.
e) mesmo após o seu término, os túneis podem agir como elemento drenante, sendo
necessário interceptar e remover as águas de infiltração.
COMENTÁRIO
Assunto – Obras de Arte Especiais
Tópico – Túneis

A resposta correta é a letra E: mesmo após o seu término, os túneis podem agir como
elemento drenante, sendo necessário interceptar e remover as águas de infiltração.
Quando se constrói um túnel, é importante considerar a presença de água e como lidar
com ela. A água pode estar presente no subsolo devido a lençóis freáticos, rios
subterrâneos ou infiltração de água de chuva. Durante a construção do túnel, a água
pode representar um desafio significativo, pois pode aumentar as pressões sobre o
túnel e causar problemas de estabilidade.
No entanto, mesmo após a conclusão da construção do túnel e a instalação do
revestimento adequado, a água ainda pode infiltrar-se no interior do túnel ao longo do
tempo. Portanto, é importante implementar sistemas de drenagem para interceptar e
remover a água de infiltração, garantindo a segurança e a durabilidade da estrutura.
Acerca das demais alternativas:
a) INCORRETA. A fase de maior dificuldade é durante a construção do túnel, pois é

nesse momento que a presença de água pode representar um desafio significativo. A
água infiltrada pode aumentar as pressões hidrostáticas e causar instabilidades no
túnel em construção. No entanto, mesmo após a execução do revestimento, é
necessário monitorar a infiltração, pois pequenas quantidades de água podem
continuar a penetrar nas estruturas ao longo do tempo, especialmente em solos
permeáveis ou em áreas com altos níveis de água subterrânea.
b) INCORRETA. É desejável evitar a infiltração de água em túneis, pois ela pode

acentuar as pressões hidrostáticas e aumentar a carga atuante na estrutura, o que pode
levar a problemas de estabilidade. Portanto, técnicas de impermeabilização, drenagem
e contenção de água são amplamente utilizadas durante a construção e operação de
túneis, visando minimizar os riscos associados à presença de água. No entanto, atuação
da água sobre o túnel é inevitável, mesmo com a aplicação das técnicas descritas
anteriormente.
c) INCORRETA. Regiões com calcários podem apresentar características geológicas
favoráveis para a construção de túneis. Os calcários são rochas sedimentares que
podem ter boa resistência e baixa permeabilidade, o que pode facilitar a construção do
túnel. No entanto, a existência de canais de dissolução em algumas formações de
calcário pode representar desafios, pois esses canais podem permitir a circulação de
água e a ocorrência de instabilidades.
d) INCORRETA. A execução de túneis abaixo do nível d'água é um desafio técnico
complexo, mas não necessariamente inaceitável. Com técnicas adequadas de
impermeabilização, contenção de água e drenagem, é possível construir túneis
subaquáticos. No entanto, é preciso considerar os efeitos permanentes de infiltração e
adotar medidas para garantir a segurança e durabilidade da estrutura ao longo do
tempo.

GABARITO Q16: E

QUESTÃO 17
Concreto betuminoso é um produto originado da mistura, em proporções
convenientes, de agregados e betume, destinado ao uso, principalmente em
pavimentos (Figura 2) no qual são requeridas coesão, flexibilidade e resistência.
Neste uso, os agregados devem atender a alguns requisitos de qualidade para que
possam apresentar bom desempenho. Entre as opções abaixo, assinale a qualidade
do agregado que não é recomendada para ser usada em concreto betuminoso.
a) Boa tenacidade e resistência ao polimento, para suportar as ações mecânicas

promovidas pelo avanço dos pneus dos veículos.
b) Boa resistência à compressão, para resistir ao peso dos veículos.
c) Boa adesividade, para impedir o deslocamento da película de betume.
d) Presença de minerais alteráveis, para resistir às ações intempéricas.
e) Forma a mais equidimensional possível, para diminuir o consumo de betume e,
também, melhorar a resistência mecânica.
COMENTÁRIO
Tópico – Concreto Betuminoso
A questão trata sobre o concreto betuminoso. Conforme as normas do DNIT

(Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Concreto betuminoso é um
material composto por agregados minerais (como brita e areia), ligados por um ligante
betuminoso, que pode ser asfalto ou outro material betuminoso. O concreto
betuminoso é utilizado principalmente na pavimentação de rodovias e vias urbanas.

A referência normativa para o concreto betuminoso no Brasil é a norma DNIT

031/2006-ES, intitulada "Concreto Betuminoso Usinado a Quente".
Quanto a análise da questão, a resposta correta é a opção d) Presença de minerais
alteráveis, para resistir às ações intempéricas.
No concreto betuminoso, os agregados devem apresentar boa tenacidade, resistência
ao polimento (para suportar as ações mecânicas dos pneus dos veículos), resistência à
compressão (para suportar o peso dos veículos) e boa adesividade (para evitar o
deslocamento da película de betume).
Além disso, a forma equidimensional dos agregados é desejável para reduzir o
consumo de betume e melhorar a resistência mecânica.
No entanto, a presença de minerais alteráveis nos agregados não é recomendada.
Minerais alteráveis são aqueles que podem sofrer reações químicas ou alterações
físicas quando expostos a condições climáticas adversas, como chuva, umidade,
variações de temperatura, entre outros. Essas alterações podem comprometer a
durabilidade e resistência do concreto betuminoso, afetando negativamente o seu
desempenho ao longo do tempo.
Portanto, a presença de minerais alteráveis não é desejável nos agregados utilizados
em concreto betuminoso.
GABARITO Q17: D

QUESTÃO 18
De acordo com as definições abaixo, analise as assertivas com V para as Verdadeiras
e com F para as Falsas.
(XXX) Asfalto - comumente é definido como uma mistura de hidrocarbonetos solúvel
no bissulfeto de carbono.
(XXX) Alcatrão - mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo de forma natural
ou por destilação, cujo principal componente é o betume, podendo conter ainda outros
materiais, como oxigênio, nitrogênio e enxofre, em pequena proporção.
(XXX) Betume - é uma designação genérica de um produto que contém
hidrocarbonetos, que se obtém da queima ou destilação destrutiva do carvão, madeira
e outros materiais.
Assinale a opção que apresenta a sequência correta de letras.
a) F, F, V
b) F, V, F
c) V, F, F
d) F, F, F
e) V, V, F
COMENTÁRIO
Tópico – Ligantes
De acordo com a norma DNIT ME 049/2006, que trata da terminologia e definições dos
materiais betuminosos, podemos definir cada um dos itens da seguinte forma:
• Asfalto: é a designação utilizada para um material betuminoso, obtido

principalmente a partir do refino do petróleo. Consiste em uma mistura
complexa de hidrocarbonetos, na forma líquida ou semissólida, que é
solúvel no bissulfeto de carbono. O asfalto é utilizado na construção e
pavimentação de estradas, como ligante para agregados minerais.
• Alcatrão: a literatura define alcatrão como é uma substância de cor escura,
viscosa e pegajosa, composta principalmente por hidrocarbonetos
aromáticos policíclicos. É obtido a partir da destilação destrutiva de
materiais orgânicos, como carvão, madeira. O alcatrão é tradicionalmente
utilizado em aplicações como impermeabilização, revestimento de
estruturas metálicas e preservação de madeira. No entanto, seu uso em

pavimentação e construção de estradas diminuiu significativamente, sendo

substituído pelo asfalto e outros materiais betuminosos.
• Betume: a norma DNIT ME 049/2006 define o betume como uma substância
obtida principalmente a partir do refino do petróleo. É composto por
hidrocarbonetos e pode ser encontrado nas formas líquida, semissólida
ou sólida. O betume é utilizado como ligante na produção de materiais
betuminosos, como o concreto betuminoso.
Assim, analisando os itens da questão, temos que:
(XXX) Asfalto – comumente é definido como uma mistura de hidrocarbonetos solúvel
no bissulfeto de carbono (FALSO).
(XXX) Alcatrão – mistura de hidrocarbonetos derivados do petróleo de forma natural ou
por destilação, cujo principal componente é o betume, podendo conter ainda outros
materiais, como oxigênio, nitrogênio e enxofre, em pequena proporção (FALSO).
(XXX) Betume – é uma designação genérica de um produto que contém
hidrocarbonetos, que se obtém da queima ou destilação destrutiva do carvão, madeira
e outros materiais (FALSO).
A sequência correta de letras é:

d) F, F, F
GABARITO Q18: D

QUESTÃO 19
Para a execução de um pavimento asfáltico, foi feita a aplicação de uma camada de
material betuminoso sobre a superfície de uma base concluída, objetivando aumentar
a coesão da superfície da base pela penetração do material betuminoso empregado,
impermeabilizar a base e promover condições de aderência entre a base e o
revestimento. Essa prática é chamada de
a) calcinação.
b) compactação.
c) extrusão.
d) regularização.
e) imprimação.
COMENTÁRIO
Tópico – Imprimação
A prática descrita na questão corresponde à imprimação, portanto o gabarito da

questão é a letra E.
A imprimação tem finalidade garantir a impermeabilização, coesão e a aderência na
interface entre a camada de base e a camada de revestimento. Trata-se de uma
camada que permite realizar essa ligação entre materiais com características bem
distintas.
A imprimação pode ser feita com asfalto diluído de petróleo ou emulsão.
Conforme a norma DNIT ME 055/2006 - Pavimentação asfáltica – Imprimação, temos
que:
A imprimação é uma etapa importante na construção de pavimentos

asfálticos. Consiste na aplicação de uma fina camada de material
betuminoso sobre a superfície preparada da base, geralmente
utilizando emulsões asfálticas ou asfaltos diluídos. Essa camada
tem a função de melhorar a aderência entre a base e o revestimento
asfáltico, além de impermeabilizar a base e proporcionar uma
superfície coesa para a aplicação da camada de revestimento.
Ainda conforma a norma supracitada, podemos aprofundar sobre os tipos de emulsões

asfálticas e asfaltos diluídos utilizados na imprimação.

De acordo com a norma DNIT ME 055/2006 - Pavimentação asfáltica - Imprimação, os

tipos de emulsões asfálticas ou asfaltos diluídos utilizados na imprimação asfáltica são:
Emulsões asfálticas
São classificadas em três tipos, de acordo com a sua natureza e comportamento. São
eles:
• Emulsão Asfáltica de Ruptura Lenta (EAR): É uma emulsão estável, na qual

a ruptura ocorre lentamente após a aplicação. É indicada para imprimação e
trabalhos de selagem.
• Emulsão Asfáltica de Ruptura Média (EAR-M): É uma emulsão que possui
um tempo de ruptura intermediário entre a EAR e a ECR. Também é utilizada
na imprimação, dependendo das condições específicas da obra.
• Emulsão Asfáltica de Cura Rápida (ECR): É uma emulsão que tem uma
rápida ruptura após a aplicação. É recomendada para imprimação em
condições em que se deseja obter uma cura rápida da emulsão.
Asfaltos diluídos
São classificados de acordo com a viscosidade do material betuminoso utilizado na
diluição. Os principais tipos utilizados na imprimação asfáltica são:
• Asfalto Diluído de Baixa Viscosidade (AD-1): É uma solução de asfalto em

um solvente de baixa viscosidade, utilizado para imprimação e trabalhos de
selagem.
• Asfalto Diluído de Média Viscosidade (AD-2): É uma solução de asfalto em
um solvente de viscosidade intermediária. Também é utilizado na
imprimação, dependendo das condições da obra.
Quanto aos demais itens da questão, analisemos a seguir:
A calcinação refere-se ao processo de aquecimento de substâncias sólidas para
promover a decomposição térmica ou a remoção de impureza.
A compactação é um processo realizado após a aplicação do revestimento asfáltico,
que visa melhorar a densidade e estabilidade do pavimento.
A extrusão refere-se ao processo de forçar um material através de uma abertura,
resultando em um formato contínuo e específico
A regularização refere-se ao processo de nivelamento ou ajuste da superfície antes da
aplicação do revestimento asfáltico.
GABARITO: E

QUESTÃO 20
Os asfaltos são aglomerantes de grande interesse em obras de construção civil por se
tratar de um poderoso ligante, rapidamente adesivo, altamente impermeável e de
longa durabilidade.
I. Durante o aquecimento e manipulação de um cimento asfáltico, a temperatura
deve se manter sempre superior à correspondente ao ponto de fulgor.
II. O asfalto líquido de cura rápida é uma mistura de cimento asfáltico, de 80 a
120 de penetração, e de um solvente altamente volátil, em geral com ponto de
evaporação próximo ao da gasolina.
III. As emulsões asfálticas são misturas homogêneas de cimento asfáltico com
solvente de hidrocarboneto de baixa volatilidade.
IV. Nos asfaltos líquidos de cura média, utiliza-se cimento asfáltico com
penetração menor que a do cimento asfáltico usado nos asfaltos líquidos de
cura rápida.
A respeito das características dos diferentes tipos de asfalto, assinale a opção
incorreta.
a) I, II e III
b) II, III e IV
c) I e II
d) II e IV
e) I, III e IV
COMENTÁRIO
Tópico – Aglomerantes/Asfalto
A questão trata sobre conceitos associados ao aglomerante asfalto. Analisemos cada

um dos itens a seguir:
I. Durante o aquecimento e manipulação de um cimento asfáltico, a temperatura

deve se manter sempre superior à correspondente ao ponto de fulgor.
INCORRETO. O ponto de fulgor é a temperatura de aquecimento mais baixa, na qual,
aplicando-se uma chama de ensaio sobre a superfície de um hidrocarboneto, os vapores
destes se inflamam momentaneamente.
Senço (1997) ainda apresenta a seguinte definição para ponto de fulgor:

É definido como a menor temperatura em que ocorre um lampejo

provocado pela inflamação dos vapores que se desprendem de uma
amostra, durante o aquecimento, pela passagem de uma chama-
piloto de diâmetro entre 3,2 e 4,8 mm.
A utilidade dessa determinação é mais ou menos óbvia, pois procura-se determinar qual
a temperatura máxima a que o asfalto pode ser aquecido sem perigo de incêndio, o que
é um dado importantíssimo não só do ponto de vista da segurança, mas também do
ponto de vista econômico.
Observa-se, assim, que o ensaio do ponto de fulgor visa alcançar dois aspectos: a
segurança na usina de asfalto e a economia.
Durante o aquecimento e manipulação de um cimento asfáltico, a temperatura deve
se manter sempre inferior à correspondente ao ponto de fulgor.
II. O asfalto líquido de cura rápida é uma mistura de cimento asfáltico, de 80 a 120
de penetração, e de um solvente altamente volátil, em geral com ponto de
evaporação próximo ao da gasolina.
CORRETO. Conforme mencionado na obra "Pavimentação Asfáltica - Fundamentos
Essenciais para Engenheiros", a categorização do asfalto líquido de cura rápida está
relacionada à taxa de evaporação do solvente que pode ser a gasolina ou nafta.
III. As emulsões asfálticas são misturas homogêneas de cimento asfáltico com

solvente de hidrocarboneto de baixa volatilidade.
INCORRETO. A emulsão asfáltica é uma dispersão do asfalto em água, que são
líquidos imiscíveis (não se misturam), promovida por meio da adição de um agente
emulsificante que permite que as partículas de asfalto permaneçam em suspensão na
água. Não são utilizados solventes na mistura.
IV. Nos asfaltos líquidos de cura média, utiliza-se cimento asfáltico com penetração
menor que a do cimento asfáltico usado nos asfaltos líquidos de cura rápida.
INCORRETO. A característica de penetração é semelhante tanto para o asfalto
líquido de cura rápida quanto para o de cura média. No entanto, de acordo com o livro
"Pavimentação Asfáltica - Fundamentos Essenciais para Engenheiros", a distinção
entre os dois está na taxa de evaporação do solvente. No caso do asfalto líquido de
cura rápida, utiliza-se geralmente gasolina ou nafta como solventes, enquanto para o
asfalto líquido de cura média, emprega-se querosene.

Com base no exposto, observa-se que a resposta da questão é a letra E).
GABARITO Q20: E

QUESTÃO 21
Para o cimento asfáltico de petróleo (CAP), são realizados ensaios na determinação
de suas propriedades. Ensaios esses que são: penetração, viscosidade, ductilidade,
ponto de amolecimento, ponto de fulgor, solubilidade, efeito do calor e do ar, e o índice
de suscetibilidade térmica. Faça a correlação dos ensaios abaixo com sua definição.
(XXX) determina a temperatura máxima em

(1) Penetração que o asfalto pode ser aquecido sem perigo
de incêndio.
(XXX) determina a temperatura em que o
(2) Ponto de fulgor
asfalto se torna fluido.
(XXX) distância, em centímetros, em que um
corpo de prova de material betuminoso, em
(3) Ponto de amolecimento condições padronizadas, submetido a
uma tração em condições especificadas, se
rompe.
(XXX) tempo em segundos em que 60 ml de
(4) Ductilidade amostra fluem através do orifício “Saybolt-
Furol” numa determinada temperatura.
(XXX) avalia a consistência do asfalto, que é
(5) Viscosidade a resistência a fluir dependente da
temperatura.
Assinale a opção que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

a) 2 – 3 – 4 – 5 – 1
b) 2 – 1 – 4 – 5 – 2
c) 1 – 2 – 3 – 4 – 5
d) 4 – 1 – 3 – 5 – 2
e) 2 – 5 – 4 – 2 – 1
COMENTÁRIO
Tópico – Ensaios
A questão trata sobre os ensaios realizados na determinação das propriedades do

cimento asfáltico de petróleo (CAP).

Analisemos a seguir a definição de cada um dos citados na questão:
Penetração
A penetração é a profundidade, em décimos de milímetro, que uma agulha de massa
padronizada (100g) penetra numa amostra de volume padronizado de cimento
asfáltico, por 5 segundos, à temperatura de 25ºC. Em cada ensaio, três medidas
individuais de penetração são realizadas. A média dos três valores é anotada e aceita,
se a diferença entre as três medidas não exceder um limite especificado em norma. A
consistência do CAP é tanto maior quanto menor for a penetração da agulha.
Ponto de fulgor
O ponto de fulgor é a temperatura de aquecimento mais baixa, na qual, aplicando-se
um chama de ensaio sobre a superfície de um hidrocarboneto, os vapores destes se
inflamam momentaneamente.
Ponto de amolecimento
O ponto de amolecimento é uma medida empírica que correlaciona a temperatura na
qual o asfalto amolece quando aquecido sob certas condições particulares e atinge
uma determinada condição de escoamento.
O ensaio é feito com um equipamento conhecido como anel e bola. A bola possui massa
padronizada e o anel com o ligante metálico são aquecidos a uma taxa constante. À
medida que o conjunto é aquecido, o asfalto se torna mais fluído e o conjunto bola-
asfalto “afunda”.
O ponto de amolecimento é a temperatura na qual o material que envolve a bola toca
uma placa colocada a uma distância padronizada
Figura 7 – Aparelho (anel e bola) para medida do ponto de amolecimento

Figura 8 – Ensaio de anel e bola
Ductilidade
Define-se ductilidade de um material betuminoso como a distância (medida em
centímetros) com que se rompe um corpo de prova desse material betuminoso
padronizado, submetido a uma tração em condições especificadas.
Este ensaio visa indicar se o material betuminoso é dúctil ou não. A maioria dos
cimentos asfálticos para pavimentação tem ductilidade superior a 100.
Ductilidades altas indicam asfaltos mais susceptíveis às mudanças de temperatura.
Inversamente, ductilidades baixas indicam pequena susceptibilidade às variações de
temperatura.
Viscosidade
Para o ensaio Saybolt-Furol, a viscosidade é definida como o tempo necessário (em
segundos) para que 60 mililitros de asfalto fluam, de modo contínuo, no viscosímetro
de Saybolt-Furol, através de um orifício de 4,3 mm e sob condições especificadas.
O objetivo principal desse ensaio de viscosidade é determinar a consistência dos
asfaltos a várias temperaturas, em estado líquido, que usualmente são trabalhados
nos diversos serviços.
Basicamente, aquece-se o asfalto (quando necessário) até a temperatura mínima para
liquefazer a amostra. Em seguida, a amostra é colocada no tubo do viscosímetro.
O tubo, cheio de material a ensaiar, é colocado num recipiente com óleo (banho) com o
orifício fechado. Quando o material estabiliza na temperatura exigida (25 a 170ºC

dependendo do material e 135ºC para os cimentos asfálticos), abre-se o orifício e inicia-

se a contagem do tempo.
Com base no exposto, observa-se que a sequência correta é:
(2) determina a temperatura máxima em que o asfalto

(1) Penetração
pode ser aquecido sem perigo de incêndio.
(3) determina a temperatura em que o asfalto se torna
(2) Ponto de fulgor
fluido.
(4) distância, em centímetros, em que um corpo de
prova de material betuminoso, em condições
(3) Ponto de amolecimento
padronizadas, submetido a
uma tração em condições especificadas, se rompe.
(5) tempo em segundos em que 60 ml de amostra fluem
(4) Ductilidade através do orifício “Saybolt-Furol” numa determinada
temperatura.
(1) avalia a consistência do asfalto, que é a resistência
(5) Viscosidade
a fluir dependente da temperatura.
GABARITO Q21: A

QUESTÃO 22
Na execução do ensaio de Índice Suporte Califórnia (CBR), ao proceder à moldagem
do corpo de prova, compactando-se em cinco camadas, cada camada deverá receber
um número “x” de golpes caso o ensaio seja o AASHO normal, intermediário ou
modificado. Este método prescreve o procedimento para determinação do valor do
Índice de Suporte Califórnia e da expansão de solos em laboratório, utilizando
amostras deformadas, não reusadas, de material que passa na peneira de 19 mm, com
um mínimo de 5 corpos de prova.
Assinale a opção abaixo que apresenta respectivamente esses números “x” de golpes.
a) 12; 26; 55
b) 13; 24; 55
c) 13; 26; 52
d) 12; 24; 48
e) 13; 26; 48
COMENTÁRIO
Tópico – Ensaios CBR
O ensaio de Índice de Suporte Califórnia (CBR) tem como objetivo determinar a relação
entre a pressão necessária para produzir uma penetração do pistão em um corpo de
prova de solo e a pressão necessária para produzir a mesma penetração em uma brita
padronizada. Essa metodologia foi padronizada nos Estados Unidos pela American
Association of State Highway Officials (AASHO).
Conforme a Tabela de Energias de Compactação, presente no item 4.1 da norma ABNT

NBR 7182/1986 - Ensaios de Compactação, o ensaio de CBR pode ser realizado em
três níveis de energia de compactação, dependendo das especificações da obra.
CARACTERÍSTICAS ENERGIA
INERENTES A CADA
CILINDRO
ENERGIA DE Normal Intermediária Modificada
COMPACTAÇÃO
Soquete Pequeno Grande Grande
Número de camadas 3 3 5
Pequeno
Número de golpes por
26 21 27
camada

Soquete Grande Grande Grande
Número de camadas 5 5 5
Grande Número de golpes por

12 26 55
camada
Altura do disco espaçador

63,5 63,5 63,5
(mm)
Logo:
• A Energia Normal requer 12 golpes por camada.

• A Energia Intermediária requer 26 golpes
• A Energia Modificada requer 55 golpes.
Esses números de golpes estão de acordo com as normas mencionadas.
Assim, observa-se que a resposta da questão é a letra a) 12; 26; 55.
GABARITO Q22: A

QUESTÃO 23
Pavimento: superestrutura constituída por um sistema de camadas de espessuras fi
nitas, assentados sobre um semiespaço considerado teoricamente como infinito
(infraestrutura ou terreno de fundação) a qual é designada de subleito (Manual do
DNIT, 2006).
Julgue os itens subsequentes, relativos a pavimentação.
I. O revestimento tradicional é a camada, o mais impermeável possível, que
recebe diretamente a ação do rolamento dos veículos.
II. Base de um pavimento, sobre a qual se constrói um revestimento, é a camada
destinada a resistir aos esforços verticais oriundos dos veículos, distribuindo
tais esforços sobre o terreno.
III. Sub-base é a denominação dada ao terreno de fundação de um pavimento ou
revestimento.
IV. Subleito é a camada corretiva da sub-base, ou complementar à base, que é
utilizada quando, por qualquer circunstância, não é aconselhável construir o
pavimento diretamente sobre a base.
a) I, III e IV.
b) I, II e III.
c) I e II.
d) III e IV.
e) II e III.
COMENTÁRIO
Tópico – Camadas do pavimento flexível
A questão trata sobre as camadas do pavimento flexível e suas características. Trago a

seguir os conceitos de cada uma delas:

Leito: é a superfície resultante da terraplenagem ou da terraplenagem e obra-de-arte

e conformada ao seu greide e aos seus perfis transversais;
Subleito: é o terreno de fundação do pavimento;
Regularização do subleito: a camada localizada sobre o leito, tem a finalidade de

conformá-lo transversal e longitudinalmente conforme às especificações; é importante
destacar que a regularização do subleito não constitui uma camada de pavimento
propriamente dita. Tal operação pode ser feita em corte do leito implantado ou feita de
forma sobreposta ao leito. É uma camada de espessura variável;
Reforço do subleito: é uma camada de espessura constante, construída por

circunstâncias técnico-econômicas acima da camada de regularização. Tem como
característica o fato de serem geotecnicamente inferiores ao material usado na
camada que lhe for superior, no entanto com características geotécnicas melhores
que as do material do subleito;
Sub-base: é a camada complementar à base, quando por circunstâncias técnico-

econômicas não for aconselhável construir a base diretamente sobre regularização;
Base: é a camada destinada a resistir e distribuir os esforços oriundos do tráfego e

sobre a qual se constrói o revestimento;
Revestimento: é a camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe

diretamente a ação do rolamento dos veículos e destinada a melhorá-la, quanto à
comodidade e segurança e a resistir ao desgaste.
Com base no descrito acima, analisemos os itens da questão:
I. O revestimento tradicional é a camada, o mais impermeável possível, que recebe

diretamente a ação do rolamento dos veículos.
VERDADEIRO. Conforme a definição do conceito supramencionado.

II. Base de um pavimento, sobre a qual se constrói um revestimento, é a camada

destinada a resistir aos esforços verticais oriundos dos veículos, distribuindo tais
esforços sobre o terreno.
VERDADEIRO. Conforme a definição do conceito supramencionado.
III. Sub-base é a denominação dada ao terreno de fundação de um pavimento ou

revestimento.
FALSO. Esse é o conceito de subleito.
IV. Subleito é a camada corretiva da sub-base, ou complementar à base, que é

utilizada quando, por qualquer circunstância, não é aconselhável construir o
pavimento diretamente sobre a base.
FALSO. O subleito não é a camada corretiva da sub-base, mas o terreno de fundação

do pavimento.
Logo, os itens corretos são I e II, trazendo a letra c) como o gabarito da questão.
GABARITO Q23: C

QUESTÃO 24
Ao se fazer o levantamento das áreas contribuintes de pistas, taludes e terrenos
lindeiros, facilmente obtém-se a vazão de projeto, para pequenos trechos da rodovia.
Para se obter a vazão de projeto, ao se dimensionar os dispositivos de condução
longitudinal da drenagem, utiliza-se:
a) fórmula de Bazin.
b) fórmula de Manning.
c) método do hidrograma unitário.
d) método racional.
e) fórmula de Izzard.
COMENTÁRIO
Assunto – Drenagem
Tópico – Dimensionamento
A questão trata sobre a drenagem em obras rodoviária e solicita que identifiquemos

qual o método que se utiliza para se obter a vazão de projeto ao se dimensionar os
dispositivos de condução longitudinal da drenagem.
A resposta da questão é a letra d) método racional.
O método racional é comumente utilizado para estimar a vazão de projeto em pequenos

trechos de rodovias. Ele leva em consideração a precipitação média anual, a área de
contribuição e os coeficientes de escoamento superficial para determinar a vazão
máxima esperada.
O método racional é uma técnica utilizada para estimar a vazão de projeto em

sistemas de drenagem. Ele é comumente empregado para dimensionar dispositivos
de condução longitudinal da drenagem, como galerias, bueiros e canais, em trechos
específicos de rodovias ou outros empreendimentos.
Nesse método, a vazão de projeto é determinada com base na fórmula:
𝑄 = 𝐶∗𝑖∗𝐴
Na qual:
• Q representa a vazão máxima esperada;

• C é o coeficiente de escoamento superficial;

• i é a intensidade de precipitação pluviométrica;
• A é a área de contribuição ao escoamento.
Agora analisaremos as definições dos demais métodos citados na questão:
Fórmula de Bazin
A fórmula de Bazin é uma equação empírica utilizada para estimar a vazão em canais
abertos. Ela é especialmente aplicada para o cálculo da vazão em canais de escoamento
livre com fundo rugoso.
A fórmula leva em consideração diversos parâmetros, como a largura do canal, o

coeficiente de rugosidade, a declividade do canal e a profundidade da água.
A fórmula de Bazin é expressa da seguinte forma:
𝑄 = 𝐾 ∗ 𝐵 ∗ 𝐻1,5 ∗ 𝑆 0,5
Na qual:
• Q é a vazão (m³/s),
• K é um coeficiente que leva em consideração a rugosidade do canal,
• B é a largura do canal (m),
• H é a profundidade da água (m),
• S é a declividade do canal (m/m).
Fórmula de Manning
A fórmula de Manning, também conhecida como equação de Manning, é uma equação

empírica amplamente utilizada para calcular a vazão em canais abertos, como rios,
canais de irrigação e sistemas de drenagem. Essa equação é baseada na relação entre
a rugosidade do canal, a área molhada e a declividade do canal.
A fórmula de Manning é expressa da seguinte forma:
1 2 1
𝑄= ∗ 𝐴 ∗ 𝑅3 ∗ 𝑆 2
𝑛
Na qual:

• Q é a vazão (m³/s),
• n é o coeficiente de rugosidade de Manning (adimensional),
• A é a área molhada transversal do canal (m²),
• R é o raio hidráulico (m) definido como A/P, onde P é o perímetro molhado
(m),
• S é a declividade do canal (m/m).
Método do hidrograma
O método do hidrograma unitário é uma técnica utilizada para estimar o hidrograma de

vazão em uma bacia hidrográfica a partir de uma chuva de projeto. Ele considera que a
resposta do escoamento de uma bacia é proporcional à resposta de um hidrograma
unitário, que é o hidrograma resultante de uma chuva unitária de duração e intensidade
específicas.
Fórmula de Izzard
Trata-se de uma equação empregada no dimensionamento de sarjetas ou canais

triangulares, que foi introduzida em 1946 na publicação "Procedings Highway Research
Board" pelo Engenheiro Izzard, do Bureau of Public Roads em Washington.
Na realidade, essa fórmula permite calcular a capacidade teórica de escoamento das

sarjetas, por meio de uma modificação proposta por Izzard na equação de Manning.
GABARITO Q24: D

QUESTÃO 25
O Sistema de Custos Rodoviários do DNIT (SICRO) utiliza metodologia e critérios para
o cálculo dos custos unitários dos insumos e serviços necessários à execução das
obras de construção, restauração e sinalização rodoviária e dos serviços de
conservação rodoviária. De acordo com a metodologia adotada pelo SICRO, indique
qual das opções apresenta corretamente os critérios de medição a serem adotados.
a) O serviço de desmatamento, destocamento e limpeza de árvores com diâmetro
entre 0,15m e 0,30m serão medidos em função da área efetivamente trabalhada.
b) A medição do serviço de regularização do subleito será feita por m3 de acordo com
a seção transversal do projeto, incluindo mão-de-obra, equipamentos eventuais, e
transporte de água.
c) Os serviços de imprimação e pintura de ligação serão medidos através da área
efetivamente executada, em m2, incluídas todas as operações, abrangendo
armazenamento, perdas e transporte do material betuminoso, dos tanques de
estocagem à pista.
d) O serviço de limpeza e enchimento de juntas de pavimento de concreto será medido
por m3 de pavimento executado, incluindo mão-de-obra, equipamentos, eventuais e
materiais.
e) Nos serviços de concreto betuminoso usinado a quente, o transporte da mistura até
a pista será medido em m3.km.
COMENTÁRIO
Assunto – Orçamento
Tópico – Sicro
A questão nos cobra conhecimentos sobre os processos de medição conforme o Manual

de Custos Rodoviários - SICRO-2. Analisemos cada um dos itens a seguir à luz do
dispositivo mencionado.
a) O serviço de desmatamento, destocamento e limpeza de árvores com diâmetro

entre 0,15m e 0,30m serão medidos em função da área efetivamente trabalhada.
ERRADA. A alternativa "A" está incorreta porque afirma que os serviços de

desmatamento, destocamento e limpeza de árvores com diâmetro entre 0,15m e 0,30m
serão medidos em função da área efetivamente trabalhada, enquanto o Manual do DNIT
estabelece que as árvores com diâmetro igual ou superior a 0,15m devem ser medidas
por unidade.

b) A medição do serviço de regularização do subleito será feita por m3 de acordo

com a seção transversal do projeto, incluindo mão-de-obra, equipamentos
eventuais, e transporte de água.
ERRADA. A alternativa "B" está incorreta porque afirma que a medição do serviço de
regularização do subleito será feita em metros cúbicos (m³), enquanto o Manual do
DNIT especifica que a medição desse serviço deve ser feita em metros quadrados (m²).
d) O serviço de limpeza e enchimento de juntas de pavimento de concreto será

medido por m3 de pavimento executado, incluindo mão-de-obra, equipamentos,
eventuais e materiais.
ERRADA. A alternativa "D" está incorreta porque afirma que o serviço de limpeza e
enchimento de juntas de pavimento de concreto será medido em metros cúbicos (m³)
de pavimento executado, quando o Manual do DNIT indica que a medição desse serviço
deve ser feita em metros lineares (m) de juntas executadas.
e) Nos serviços de concreto betuminoso usinado a quente, o transporte da mistura

até a pista será medido em m3 .km.
ERRADA. A alternativa "E" está incorreta porque afirma que o transporte da mistura de
concreto betuminoso usinado a quente será medido em metros cúbicos por quilômetro
(m³.km), enquanto o Manual do DNIT estabelece que a medição desse transporte deve
ser feita em toneladas.
Referência: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Manual de

Custos Rodoviários - SICRO-2.
Logo, a alternativa correta é a letra c).
GABARITO Q25: C

QUESTÃO 26
Para realização do serviço de reforço do subleito, não faz parte da equipe mecânica
a(o)
a) motoniveladora.
b) trator agrícola.
c) grade de disco.
d) rolo compactador Tanden vibratório auto propelido.
e) caminhão tanque - 10.000 l.
COMENTÁRIO
Assunto – Orçamento
Tópico – Sicro
A questão nos cobra qual item não faz parte da equipe mecânica para regularização do
subleito.
Aqui há uma divergência quanto a consideração dos equipamentos, dependendo da

norma consultada.
Os itens que fazem parte da equipe mecânica do serviço de reforço do subleito, de

acordo com o Manual de Especificação de Serviços do DNIT - Volume 3 - Serviços
Auxiliares de Terraplenagem e Pavimentação, são:
• Motoniveladora: Utilizada para nivelamento e regularização do subleito,

removendo irregularidades e garantindo uma superfície adequada.
• Trator agrícola: Pode ser utilizado para auxiliar no espalhamento de
materiais no subleito, como por exemplo, espalhamento de solo selecionado
ou brita graduada.
• Grade de disco: Utilizada para a preparação e nivelamento do solo,
promovendo a remoção de detritos e desagregação de torrões.
• Rolo compactador Tandem vibratório auto propelido: É responsável pela
compactação do subleito, garantindo sua adequada resistência e
estabilidade.
Aqui, observa-se que o caminhão tanque não faz parte da equipe para a execução do
serviço de regularização do subleito.
Porém, ao consultar o Manual do SICRO-2 para a atividade/serviço de Reforço do

Subleito, é possível identificar os equipamentos que compõem a equipe mecânica. São
eles:

• Motoniveladora - E006 (93 kW)

• Trator Agrícola - E007 (77 kW)
• Rolo Compactador - pé de carneiro autopropelido. 11,25t vibratório - E013
(85 kW)
• Grade de Discos - GA 24 x 24 - E101
• Rolo Compactador - de pneus autopropelido. 21 t - E105 (97 kW)
• Caminhão Basculante - 10 m3 - 15 t - E404 (170 kW)
• Caminhão Tanque - 10.000 l - E407 (170 kW)
Esses equipamentos são utilizados na execução do serviço de reforço do subleito, de

acordo com as especificações do Manual do SICRO-2.
Observa-se assim que há divergência quanto a formação da equipe, de acordo com a

fonte pesquisada e utilizada pela banca. No caso em tela, a alternativa correta foi dada
pela alternativa d) rolo compactador Tandem vibratório autopropelido.
No entanto, por existir divergência na literatura, propõe-se o gabarito nulo da questão.
GABARITO Q26: C
GABARITO PROPOSTO PELO PROFESSOR: ANULADA

QUESTÃO 27
O equipamento mostrado na figura compõe a equipe mecânica necessária à execução
do serviço de tratamento superficial triplo com CAP. A capacidade do tanque é de
6000 l, o consumo do caminhão é de 3 l/m2, o fator de eficiência é de 0,50, a distância
percorrida no trecho é de 10 km e o tempo total de ciclo é de 300 min. A produção
horária do equipamento é de:
a) 100 m2/h.
b) 180 m2/h.
c) 200 m2/h.
d) 300 m2/h.
e) 330 m2/h.
COMENTÁRIO
Tópico – Produtividade
A produtividade do caminhão tanque em cada ciclo pode ser calculada da seguinte

maneira:
6000 𝑙
= 2000 𝑚².
𝑙
3 2
𝑚
Considerando que o fator de eficiência seja de 0,50, teremos:
2000 𝑚2 ∗ 0,50 = 1000 𝑚²

Para determinar a produção horária, é necessário dividir a produção de cada ciclo pelo
tempo fornecido. O tempo de ciclo fornecido é de 300 minutos, que é igual a 5 horas.
Logo, a produção horária é:
1000 𝑚²
= 𝟐𝟎𝟎 𝒎²/𝒉
5ℎ
GABARITO Q27: C

QUESTÃO 28
A utilização de equipamentos em canteiros de obras e as atividades de construção
devem ser realizadas de forma eficientes e seguras, obedecendo às normas vigentes
relativas à segurança do trabalho. Com relação a esse assunto, julgue os seguintes
itens.
I. Os elevadores de caçamba devem ser utilizados somente para transporte
de operários da obra. II. No caso da utilização de bate-estacas para a
execução das fundações da obra, quando este não estiver em operação, o
pilão deve permanecer em repouso a uma altura de pelo menos 4 m acima
do nível do terreno.
II. Os acessos verticais ao andaime de fachada devem ser feitos em escada
incorporada à sua própria estrutura ou por meio de torre de acesso.
III. A instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de
materiais ao longo da periferia da edificação só deve ser realizada a partir
do início dos serviços necessários à concretagem da 4.ª laje da edificação.
IV. No que se refere a equipamentos de proteção individual, a utilização do
cinto de segurança do tipo paraquedista só é obrigatória em atividades a
mais de 4 m de altura do piso, nas quais haja risco de queda do trabalhador.
a) III.
b) I, II, IV e V.
c) III, IV e V.
d) I e III.
e) II, III, IV e V.
COMENTÁRIO
Disciplina – Edificações
Assunto – Segurança do Trabalho
Tópico – NR 18
A questão em tela encontra-se desatualizada em virtude da atualização da NR 18 em

2020, conforme a Redação dada pela Portaria SEPRT n.º 3.733, de 10 de fevereiro de
2020.
Porém, conforme a NR vigente à época, podemos fazer a análise a seguir.
I. INCORRETO. Conforme o item 18.14.18 da NR - 18, os elevadores de caçamba

devem ser utilizados apenas para transporte de materiais a granel.

II. INCORRETO. No caso da utilização de bate-estacas, quando este não estiver em

operação, o pilão deve permanecer em repouso sobre o solo ou no fim da guia de seu
curso, conforme a alínea i do item 18.36.3 da NR - 18.
III. CORRETO. De acordo com o item 12.15.20 da NR - 18, os acessos verticais ao

andaime fachadeiro devem ser feitos em escada incorporada à sua própria estrutura ou
por meio de torre de acesso.
IV. INCORRETO. Conforme o item 18.13.4 da NR - 18, a instalação de proteção contra

queda de trabalhadores e projeção de materiais ao longo da periferia da edificação deve
ser realizada a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje
da edificação.
V. INCORRETO. A utilização do cinto de segurança do tipo paraquedista é obrigatória

em atividades a mais de 2 metros de altura do piso, nas quais haja risco de queda do
trabalhador, conforme o item 18.23.3 da NR - 18.
Portanto, como pode ser observado, a sequência de itens incorretos está presente na
alternativa "B".
GABARITO Q28: B

QUESTÃO 29
A sinalização permanente, composta em especial por sinais em placas e painéis,
marcas viárias e dispositivos auxiliares, constitui-se num sistema de dispositivos fixos
de controle de tráfego que, ao serem implantados nas rodovias, ordenam, advertem e
orientam os seus usuários. De modo geral, a sinalização deve conquistar a atenção e
a confiança do usuário, permitindo-lhe ainda um tempo de reação adequado. A
conquista deste objetivo se dá pelo uso de sinais e marcas em dimensões e locais
apropriados, e a escolha das dimensões e locais adequados depende, por sua vez, de
um conjunto de fatores que compõem o ambiente rodoviário. Com relação a esse
assunto, assinale a opção incorreta.
a) A sinalização horizontal representa o conjunto de dispositivos, símbolos e legendas
aplicados sobre o revestimento de uma rodovia, obedecendo a um projeto específico
desenvolvido para atender às condições de segurança e conforto do usuário.
b) As marcações de faixas longitudinais nas rodovias são do tipo contínua e
descontínua, nas cores branca ou amarela, sendo executadas nas bordas e no eixo do
pavimento, de acordo com o projeto de sinalização.
c) As tintas destinadas à pintura de sinalização horizontal devem possuir propriedades
que permitam uma elevada resistência ao desgaste por abrasão pela incidência do
tráfego, invariabilidade na sua cor, e elevada refletividade quando da incidência da luz
dos veículos.
d) A sinalização vertical é constituída por dispositivos montados sobre suportes, no
plano vertical, fixos ou móveis, por meio dos quais são apresentadas mensagens de
caráter permanente e, eventualmente variáveis, através de legendas ou símbolos, com
o propósito de regulamentar, advertir ou indicar o uso das vias pelos veículos e
pedestres, da forma mais segura e eficiente, visando ao conforto e segurança do
usuário, e melhor fluxo do tráfego.
e) Os balizadores são dispositivos de sinalização horizontal, utilizados para delinear
os bordos dos acostamentos e obstruções existentes.
COMENTÁRIO
Assunto – Sinalização
Tópico – Sinalização
A questão em tela nos traz conceitos associados a sinalização, conforme o Manual de

Custos Rodoviários, vol. 6 – Composição de Custos Unitários de Referência - Obras
de Sinalização Rodoviária.

Em relação à Sinalização Horizontal, de acordo com informações presentes no manual

mencionado:
A Sinalização Horizontal abrange um conjunto de dispositivos,

símbolos e legendas aplicados sobre o pavimento das rodovias,
seguindo um projeto específico para garantir a segurança e o conforto
dos usuários. Isso inclui pinturas em forma de setas, marcações e
faixas zebradas, que são executadas em locais determinados. As
marcações de faixas longitudinais podem ser contínuas ou
descontínuas, nas cores branca ou amarela, sendo aplicadas nas
bordas e no eixo da via, conforme o projeto de sinalização. As tintas
utilizadas para essa sinalização devem possuir propriedades que
garantam alta resistência ao desgaste causado pelo tráfego,
manutenção da cor e refletividade adequada quando expostas à luz
dos veículos.
No que diz respeito à Sinalização Vertical – Placas de Sinalização e Balizadores, de

acordo com o mesmo manual:
A Sinalização Vertical é composta por dispositivos fixos ou móveis,

montados em suportes verticais, nos quais são apresentadas
mensagens permanentes ou, ocasionalmente, variáveis, por meio de
legendas ou símbolos. Seu objetivo é regular, advertir ou indicar o uso
adequado das vias por veículos e pedestres, visando proporcionar
segurança, conforto e melhor fluxo de tráfego. Os balizadores, por sua
vez, são dispositivos de sinalização vertical utilizados para delinear os
limites dos acostamentos e obstruções presentes nas vias.
Assim, o item D está correto, pois é uma reprodução fiel do texto original do primeiro
parágrafo acima. O item E contém uma incoerência ao afirmar que os balizadores são
dispositivos de sinalização horizontal, quando na verdade pertencem à sinalização
vertical.
GABARITO Q29: E

QUESTÃO 30
O controle da poluição sonora tem como objetivo garantir o bem-estar da população
residente próxima aos trechos em obras e evitar reclamações que possam vir a
ocasionar embargos, mesmo que temporários. Sobre o assunto julgue os itens
subsequentes.
I. Deve-se evitar a operação de máquinas e equipamentos em horários de
repouso, junto às áreas habitadas.
II. Realizar manutenção periódica de equipamentos e máquinas visando a
baixos níveis de ruído. III. Providenciar a divulgação do evento nos meios
de comunicação locais, bem como comunicar à Polícia Rodoviária e,
antecedendo o evento, utilizar sinal sonoro para as intervenções com
utilização de explosivos que deverão ocorrer em horários pré-estipulados.
III. Divulgar nos meios de comunicação e/ou ao longo das obras, por meio de
placas, números de telefones para que a população possa registrar queixas
de poluição sonora.
IV. As medidas de controle de ruídos eficazes serão implementadas quando
houver reclamações.
a) I.
b) II.
c) III e V.
d) IV e V.
e) V.
COMENTÁRIO
Assunto – Segurança do Trabalho
Tópico – Poluição Sonora
A respeito do controle da poluição sonora, analisando os itens fornecidos, podemos

fazer as seguintes considerações:
I. CORRETO. É correto afirmar que se deve evitar a operação de máquinas e

equipamentos em horários de repouso próximos a áreas habitadas. Isso contribui para
o bem-estar da população e para evitar reclamações.

II. CORRETO. A realização de manutenção periódica de equipamentos e máquinas com

o objetivo de reduzir os níveis de ruído é uma medida adequada e eficaz no controle da
poluição sonora.
III. CORRETO. A divulgação do evento nos meios de comunicação locais e a

comunicação prévia à Polícia Rodoviária, assim como o uso de sinal sonoro para
intervenções com explosivos em horários pré-estipulados, são medidas que visam
garantir a segurança e minimizar os impactos da poluição sonora. Portanto, a afirmação
é correta.
IV. CORRETO. Divulgar números de telefone para que a população possa registrar
queixas de poluição sonora é uma medida válida para manter um canal de comunicação
e atender às demandas da população afetada.
V. INCORRETO. As medidas de controle de ruídos eficazes não devem ser

implementadas apenas quando houver reclamações. As medidas de controle devem ser
adotadas preventivamente, levando em consideração as normas e regulamentos
existentes.
Portanto, a opção incorreta é a letra e) V, pois as medidas de controle de ruídos não

devem ser implementadas apenas em resposta a reclamações, mas sim de forma
preventiva e adequada.
GABARITO Q30: E

QUESTÃO 31
A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos serviços e obras - Diário
de Obra, com páginas numeradas em 3(três) vias, sendo 2(duas) destacáveis. O diário
de obras deve conter o registro de
a) fatos normais do andamento dos serviços.
b) autorizações para modificações do prazo contratual.
c) condições climáticas.
d) serviços em andamento.
e) efetivo de pessoal.
COMENTÁRIO
Disciplina – Planejamento
Assunto – Fiscalização
Tópico – Diário de Obra/Livro de Ordem
A questão trata sobre diário de obra, item bastante recorrente em questões do assunto
fiscalização. É importante destacar que essa questão é do ano de 2012 e utilizou-se
como fundamentação o Manual de Obras Públicas.
Segundo o Manual de Obras Públicas – Construção, Anexo 3:
3.8 A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos

serviços e obras (Diário de Obra), com páginas numeradas em 3(três)
vias, 2(duas) destacáveis, contendo o registro de fatos normais do
andamento dos serviços, como: entrada e saída de equipamentos,
serviços em andamento, efetivo de pessoal, condições climáticas,
visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as atividades de suas
subcontratadas.
Observa-se que somente o item contido na letra b) não faz parte da lista de eventos
a serem registrados no "diário de obras". Assim, a banca optou por anular a questão.
IMPORTANTE
Em 2017 a Resolução CONFEA n.º 1.094/2017 revogou a Resolução
CONFEA n.º 1.024/2009, e esta previsão de destino das vias não
consta mais do normativo.

Sua recomendação se restringe apenas a:

Art. 4º O Livro de Ordem deverá conter o registro, a cargo do
responsável técnico, de todas as ocorrências relevantes do
empreendimento.
§ 1º Serão registradas no Livro de Ordem informações tais como:
I - dados do empreendimento, de seu proprietário, do responsável
técnico e da respectiva ART;
II - as datas de início e de previsão da conclusão da obra ou serviço;
III - as datas de início e de conclusão de cada etapa programada;
IV - os relatos de visitas do responsável técnico;
V - o atual estágio de desenvolvimento do empreendimento no dia de
cada visita técnica;
VI - orientação de execução, mediante a determinação de providências
relevantes para o cumprimento dos projetos e especificações;
VII - acidentes e danos materiais ocorridos durante os trabalhos;
VIII - nomes de empresas e prestadores de serviço contratados ou
subcontratados, caracterizando seus encargos e as atividades, com as
datas de início e conclusão, e números das ARTs respectivas;
IX - os períodos de interrupção dos trabalhos e seus motivos, quer de
caráter financeiro ou meteorológico, quer por falhas em serviços de
terceiros não sujeitas à ingerência do responsável técnico;
e
X - outros fatos e observações que, a juízo ou conveniência do
responsável técnico pelo empreendimento, devam ser registrados.
§ 2º A data de encerramento do Livro de Ordem será a mesma de
solicitação da baixa por conclusão do empreendimento, por distrato
ou por outro motivo cabível.
§ 3º Uma mesma obra ou empreendimento poderá contar com tantos
Livros de Ordem quantos forem os responsáveis técnicos cujas
atividades técnicas tenham obrigatoriedade de registro para emissão
de CAT, conforme definido pelas Câmaras Especializadas.
Art. 5º Os modelos porventura já existentes, físicos ou eletrônicos, tais
como Boletim Diário, Livro de Ocorrências Diárias, Diário de Obras,
Cadernetas de Obras etc., ainda em uso pelas empresas privadas,
órgãos públicos ou autônomos, poderão ser admitidos como Livro de
Ordem, desde que atendam às exigências desta resolução.


QUESTÃO 32
A figura abaixo representa um tipo de fundação superficial denominada:
a) sapata corrida.
b) radier.
c) sapata distorcida.
d) sapata associada
e) viga alavanca.
COMENTÁRIO
Assunto – Fundações
Tópico – Viga alavancada
A questão trata sobre fundações superficiais. Exploremos alguns conceitos abaixo

antes da resolução da questão propriamente dita.
Fundação rasa (direta ou superficial), segundo a norma 6122:2022, é definida como:

inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação, recebendo aí
as tensões distribuídas que equilibram a carga aplicada; para esta
Trazemos abaixo os conceitos dos itens descritos na questão:

Sapata corrida
Sapata sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de
três ou mais pilares ao longo de um mesmo alinhamento, desde que
representem menos de 70 % das cargas da estrutura.
Radier
Elemento de fundação rasa dotado de rigidez para receber e distribuir
mais do que 70% das cargas da estrutura.
O radier é uma fundação em forma de laje, que pode ser adotada quando (VELLOSO,
2011):
• as áreas das sapatas se aproximam umas das outras ou mesmo se

interpenetram (em consequência de cargas elevadas nos pilares e/ou de
tensões de trabalho baixas);
• se deseja uniformizar os recalques (através de uma fundação associada).
Quanto à forma ou sistema estrutural, os radiers são projetados segundo quatro tipos
principais. Os tipos abaixo estão listados em ordem crescente da rigidez relativa
(VELLOSO, 2011):
• radiers lisos;
• radiers com pedestais ou cogumelos;
• radiers nervurados;
• radiers em caixão.
Figura 9 – Exemplos de radiers

Sapata distorcida
O item não é descrito na literatura nem na NBR 6122/19.
Sapata associada
Sapata comum a dois pilares; a denominação se aplica também a
sapata comum a mais do que dois pilares, quando não alinhados e
desde que representem menos de 70% das cargas da estrutura.
As sapatas associadas existem quando ocorre interferência entre duas sapatas isoladas
e o espaço disponível não permite a solução com sapata isolada.
A viga que une os pilares (dois ou mais) é conhecida como viga de rigidez e tem a
finalidade de distribuir as cargas verticais para a sapata e esta para o solo, de modo a
permitir que a sapata trabalhe com tensão constante.
Figura 10 – Vista lateral de uma viga de rigidez
Essa viga de rigidez, como é denominada, tem esse nome uma vez que os esforços
preponderantes no dimensionamento são de flexão.
Figura 11 - Perspectiva da viga de rigidez

A Banca organizadora do concurso anulou a questão, pois o gabarito preliminar

erroneamente considerou o item E como a alternativa correta. O conjunto ilustrado na
questão representa uma "sapata com viga alavanca" e não apenas uma "viga alavanca".
Essa distinção levou à anulação da questão de acordo com os argumentos
apresentados.

QUESTÃO 33
Não faz parte das atribuições da Fiscalização a atividade de
a) conferir a fidelidade da planta do levantamento planialtimétrico com o terreno,
reavivando, se possível, os marcos usados no levantamento inicial.
b) durante a execução do movimento de terra, verificar visualmente se as principais
características do solo local confirmam as indicações contidas nas sondagens.
c) controlar a execução dos aterros, verificando a espessura das camadas,
programando a realização dos ensaios necessários ao controle de suas qualidades.
d) cadastrar redes de águas pluviais, esgotos e linhas elétricas existentes na obra.
e) determinar previamente, em conjunto com a contratada, os locais de bota-fora e
empréstimo do material terraplenado, quando estes locais não forem definidos em
projeto.
COMENTÁRIO
Tópico – Atribuições
A fim de garantir a adequada execução dos serviços dentro do cronograma estabelecido

e com qualidade, a fiscalização precisa realizar uma série de atividades. Em sua função
de controle, análise e avaliação, a fiscalização deve também solicitar, interromper e
aprovar os serviços realizados pela contratada. É uma tarefa que requer uma análise
crítica da fiscalização, seja para demandar correções, seja para aprovar os serviços.
A seguir, apresentamos uma lista exemplificativa das atividades desempenhadas pela

fiscalização:
• Analisar e aprovar o projeto das instalações provisórias e do canteiro de

obras apresentado pela contratada no início dos trabalhos.
• Avaliar e aprovar o plano de execução e o cronograma detalhado dos
serviços e obras apresentados pela contratada no início dos trabalhos.
• Obter da contratada o Manual de Qualidade contendo o Sistema de Gestão
de Qualidade e verificar sua efetiva utilização.
• Realizar reuniões periódicas no canteiro de obras para análise, discussão
sobre o andamento dos serviços, esclarecimentos e providências necessárias
para cumprir o contrato.
• Esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissões identificadas nos
desenhos, memoriais, especificações e demais elementos de projeto, além

de fornecer informações e instruções necessárias para o desenvolvimento

dos trabalhos.
• Resolver dúvidas e questões relacionadas à prioridade ou sequência dos
serviços e obras em execução, bem como às interferências e interfaces entre
as atividades da contratada e outras empresas ou profissionais contratados
pelo contratante.
• Garantir a presença dos autores dos projetos no canteiro de obras, sempre
que necessário, para verificar a correspondência exata entre as condições
reais de execução e os parâmetros, definições e conceitos do projeto.
• Interromper e/ou solicitar a reexecução de qualquer serviço que não esteja
em conformidade com o projeto, normas técnicas ou quaisquer disposições
oficiais aplicáveis ao objeto do contrato.
• Solicitar a substituição de materiais e equipamentos considerados
defeituosos, inadequados ou inaplicáveis aos serviços e obras.
• Solicitar a realização de testes, exames, ensaios e qualquer outra prova
necessária para o controle de qualidade dos serviços e obras do contrato.
• Exercer um controle rigoroso sobre o cronograma de execução dos serviços
e obras, aprovando eventuais ajustes que ocorram durante o
desenvolvimento dos trabalhos.
• Aprovar partes, etapas ou a totalidade dos serviços executados, verificar e
atestar as medições correspondentes, além de conferir, assinar e encaminhar
as faturas emitidas pela contratada para pagamento.
• Verificar e aprovar a substituição de materiais, equipamentos e serviços
solicitados pela contratada e aceitos no Caderno de Encargos, com base na
comprovação da equivalência entre os componentes, conforme os requisitos
estabelecidos.
• Verificar e aprovar os relatórios periódicos de execução dos serviços e obras,
elaborados de acordo com os requisitos estabelecidos no Caderno de
Encargos.
• Solicitar a substituição de qualquer funcionário da contratada que obstrua
ou dificulte a ação da fiscalização.
Observa-se que a opção "D" não está presente entre os elementos mencionados
anteriormente.
GABARITO Q33: D

QUESTÃO 34
Em novembro de 2012, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT) lançou um sistema que permite acompanhar a execução física e financeira das
obras rodoviárias pela internet - O Boletim Eletrônico de Medição (BEM). O sistema
permite escolher o estado, a rodovia e o trecho em obras, disponibilizando os dados
do contratos e as medições realizadas. Ao selecionar uma medição é possível
acompanhar o desenvolvimento da obra.

De acordo com os dados apresentados, assinale a opção correta.

a) As quantidades previstas para os serviços 110.334 e 300.818, folha 3/7, foram
superiores às quantidades medidas.
b) O Boletim de Medição apresentado refere-se à 10ª Medição da Obra da BR-
135/MG.
c) No boletim de medição de Outubro/2012, folha 3/7, foram medidos os serviços
referentes aos itens 9.2, 9.3, 9.4 e 9.6.
d) Na medição atual, apresentada na figura, a quantidade medida para o item concreto
estrutural fck=25 MPa foi de 24,399 m3.
e) Os serviços de superestrutura da ponte sobre o Rio Calindó foram concluídos
anteriormente ao mês de setembro.
COMENTÁRIO
Tópico – Medição
Vamos proceder à análise de cada opção da questão:
a) As quantidades estimadas para os serviços 110.334 e 300.818, conforme a página

3/7, foram superiores às quantidades medidas.
CORRETA. No caso do item 110.334, a estimativa era de 78,000 t, enquanto a medida

foi de 75,000 t.
Quanto ao item 300.818, a estimativa era de (46.482,000 + 3.170,000) e a medida foi

de (46.082,000 + 3.170,000).
Observa-se que as quantidades previstas são, de fato, maiores do que as medidas.

Portanto, a alternativa "a" está correta.
b) O Boletim de Medição apresentado corresponde à 10ª Medição da Obra da BR-

135/MG.
INCORRETA. Na verdade, o Boletim corresponde à 25ª medição.
c) No boletim de medição de Outubro/2012, página 3/7, foram registrados os

serviços relacionados aos itens 9.2, 9.3, 9.4 e 9.6.

INCORRETA. Ainda não houve medição para o serviço 9.6.
d) Na medição atual, mostrada na figura, a quantidade medida para o item concreto

estrutural fck=25 MPa foi de 24,399 m3.
INCORRETA. Na medição atual, não foi registrada nenhuma quantidade para esse item.
O valor apresentado se refere a medições acumuladas.
e) Os serviços de superestrutura da ponte sobre o Rio Calindó foram concluídos

antes do mês de setembro.
INCORRETA. Com base no Boletim, não é possível afirmar que o serviço foi concluído,
pois o total acumulado é inferior ao que foi projetado.
Com base no exposto, o gabarito da questão é a letra a).
GABARITO Q34: A

QUESTÃO 35
Considere que a empresa J. Malucelli entregou sua proposta de preços em julho de
2010, solicitando reajustes em agosto de 2011 e setembro de 2012. Para o reajuste
de preços do item 9.2 – Ponte sobre o Rio Calindó / Superestrutura, os índices de
reajuste de preços (I0 e I1 ) a ser considerado para o cálculo do reajustamento em
2012 será de.

a) I0 = 207,357 e I1 = 219,02.
b) I0 = 217,473 e I1 = 229,545.
c) I0 = 207,198 e I1 = 217,293.
d) I0 = 217,872 e I1 = 227,909.
e) I0 = 217,473 e I1 = 227,13.
COMENTÁRIO
Tópico – Reajuste
A questão trata sobre o conceito e aplicação de Reajuste em contratos de engenharia.
O reajuste é uma forma de atualizar, de forma automática, os preços previstos

incialmente no orçamento (com base nos sistemas de referência – SINAPI, SICRO,
SEINFRA etc.) com base em índices (IPCA, INPC etc.), sendo uma cláusula obrigatória
do contrato. Vejamos conforme Brasil (Lei no 14.133 - Lei de licitações e contratos
administrativos, 2021):
Art. 6°
(...)
LVIII - reajustamento em sentido estrito: forma de manutenção do
equilíbrio econômico-financeiro de contrato consistente na
aplicação do índice de correção monetária previsto no contrato, que
deve retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a
adoção de índices específicos ou setoriais;
Art. 25.

(...)
§ 7º Independentemente do prazo de duração do contrato, será
obrigatória a previsão no edital de índice de reajustamento de
preço, com data-base vinculada à data do orçamento estimado e
com a possibilidade de ser estabelecido mais de um índice
específico ou setorial, em conformidade com a realidade de mercado
dos respectivos insumos.
§ 8º Nas licitações de serviços contínuos, observado o interregno
mínimo de 1 (um) ano, o critério de reajustamento será por:
I - reajustamento em sentido estrito, quando NÃO HOUVER
REGIME DE DEDICAÇÃO EXCLUSIVA DE MÃO DE OBRA OU
PREDOMINÂNCIA DE MÃO DE OBRA, mediante previsão de índices
específicos ou setoriais;
II - repactuação, quando houver regime de dedicação exclusiva de
mão de obra ou predominância de mão de obra, mediante
demonstração analítica da variação dos custos.
O contratado terá direito a aplicação do reajuste (e consequente medição e pagamento)

após a data-base estabelecida.
O reajuste que deve ser aplicado em contratos com duração superior a um ano (12
meses) e tem como função principal corrigir o preço dos itens previstos em contrato
devido a variação de preços. Essa correção é aplicada apenas para o remanescente, ou
seja, não será aplicada para serviços já executados.
O reajuste é calculado de acordo com a seguinte formula:
𝐼𝑁𝐶𝐶𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙
Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 =
𝐼𝑁𝐶𝐶𝑒𝑝
Na qual:
• 𝐼𝑁𝐶𝐶𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙 = índice atual;

• 𝐼𝑁𝐶𝐶𝑒𝑝 = índice da data de entrega da proposta ou data do orçamento da
Administração Pública.
Feitas as considerações conceituais, analisemos a questão.
A empresa entregou sua proposta de preços em julho de 2010.

O reajuste deve ser aplicado apenas após o prazo de 12 meses, assim, para 2011 a data
de reajuste se refere ao mês de julho (07/2011).
Consultando a tabela, encontramos o valor de I0 = 217,872.
Para o ano de 2012, considera-se um ano após o reajuste anterior, que foi 12 meses
após julho de 2011. Assim, teremos o mês de julho de 2012 (07/2012) como data para
o novo reajuste.
Consultando a tabela, encontramos o valor de I1 = 227,909.
Assim, temos como gabarito a letra d)
GABARITO Q35: D

QUESTÃO 36
Considerando o Boletim de Medição apresentado e a Composição de Custo Unitário
para o serviço Concreto Asfáltico abaixo, assinale a opção correta.

A) Quem determina a produção da equipe mecânica desse serviço é a vassoura

mecânica.
B) Sabendo que a quantidade de cimento asfáltico a ser transportado por tonelada de
CBUQ produzida é de 0,06 t/t, o valor correto a ser medido no boletim para o item
220.256 seria de 4,666 t.
C) Para transportar as 75 t de CBUQ medidos no boletim, são necessárias 14,75 horas
de caminhão basculante.
D) Para a produção de 1 tonelada de CBUQ, o Rolo Tandem permanece mais de 50%
do seu tempo improdutivo.
E) Para a quantidade medida de CBUQ, foram necessárias mais de 15 t de areia.
COMENTÁRIO
Disciplina – Obras Rodoviárias / Planejamento, Normas, Fiscalização e Legislação
Assunto – Equipamentos e produtividade / Orçamentos
Tópico – Produção de patrulha mecânica / Composições de preço unitário
Vamos analisar cada uma das alternativas separadamente:
A) Quem determina a produção da equipe mecânica desse serviço é a vassoura

mecânica.
INCORRETO. De modo geral, a produção de uma equipe mecânica é determinada pelo

líder da equipe. Normalmente, o líder da equipe é o equipamento que não para de
trabalhar, isto é, possui aquele que utilização operativa igual a 1,00. Ao olharmos as
utilizações operativas na composição de custos unitário, vemos que o líder da equipe é
o caminhão basculante. A alternativa é incorreta.
B) Sabendo que a quantidade de cimento asfáltico a ser transportado por tonelada

de CBUQ produzida é de 0,06 t/t, o valor correto a ser medido no boletim para o item
220.256 seria de 4,666 t.
INCORRETO. A quantidade de CBUQ medida foi de 75 t (Item 110.334 CONCRETO

ASFÁLTICO). Logo, considerando a taxa de uso de cimento asfáltico informado na
alternativa (0,06 t/t), temos:
0,06 𝑡
𝐶𝑐𝑎𝑝 = ∗ 75,0 𝑡 = 𝟒, 𝟓 𝒕
𝑡
A quantidade medida no item 2020.256 está correta, são 4,5 t. A alternativa é incorreta.

C) Para transportar as 75 t de CBUQ medidos no boletim, são necessárias 14,75

horas de caminhão basculante.
INCORRETO. Novamente, basta olharmos a composição de custo unitário. A produção

da equipe mecânica é de 75 t de Concreto Asfáltico (CBUQ) e, para isto, usou-se 1,53
caminhão basculante por 1 hora: um total de 1,53 horas de caminhão basculante. A
alternativa é incorreta.
D) Para a produção de 1 tonelada de CBUQ, o Rolo Tandem permanece mais de 50%

do seu tempo improdutivo.
INCORRETO. Mais uma vez, basta olharmos a composição de custo unitário. A

utilização improdutiva do Rolo Tandem é de 0,44 (44%). Logo, o Rolo Tandem não
passa mais da metade do tempo parado. A alternativa é incorreta.
E) Para a quantidade medida de CBUQ, foram necessárias mais de 15 t de areia.
CORRETO. Na composição de preços unitário, verificamos a necessidade de transporte

de areia por tonelada de CBUQ (0,242 t/t). Considerando que foram medidas 75 t de
CBUQ:
0,242 𝑡
𝐶𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = ∗ 75 𝑡 = 𝟏𝟖, 𝟏𝟓 𝒕
𝑡
A quantidade necessária de areia (18,15 t) é, de fator, maior que as 15 t informadas na
alternativa. A alternativa está correta.
GABARITO Q36: E

QUESTÃO 37
Em um edital de licitação do DNIT, foram exigidos os seguintes documentos:
I. Registro ou inscrição da empresa e do responsável técnico no Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA com jurisdição
sobre o domicílio da sede do proponente. Se o proponente for de outro
Estado, para participar da licitação deverá obter o necessário “visto” do
CREA/SC.
II. Balanço patrimonial e demonstrações do resultado do exercício dos
últimos 5(cinco) anos, já exigíveis e apresentados na forma de lei, que
comprovem a boa situação financeira da empresa, vedada a sua
substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo ser
atualizados, quando encerrados há mais de 3 (três) meses da data de
apresentação da proposta.
III. Certidão Negativa de Falência ou Concordata, referente aos últimos dois
anos, expedida pelo(s) Distribuidor(es) da Justiça do domicílio da sede da
empresa em data não anterior a 90 (noventa) dias da data limite da entrega
das propostas.
Das exigências editalícias relacionadas acima, estaria em conformidade com a Lei n.
8.666/93 apenas o que se solicita em
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.
COMENTÁRIO
Disciplina – Planejamento, Normas, Fiscalização e Legislação
Assunto – Lei 8666/1993
Tópico – Qualificação técnica / Qualificação econômico-financeira
Esta questão, já adianto, foi anulada e parte desta anulação parte do fato que foi mal
redigida. Ela sequer apresenta qual seria o objeto da licitação, de modo que só
poderíamos supor ser uma obra ou serviço de engenharia (edital de licitação do DNIT),
mas não há como ter certeza: o DNIT também realiza licitação de compras, por exemplo.
Em todo caso, vamos analisar a questão em relação a dois pontos: a documentação

relativa à qualificação técnica e a documentação relativa à qualificação econômico-
financeira.

Qualificação técnica
O Art. 30 da Lei 8666/1993 trata da documentação que pode ser exigida como
comprovação da qualificação técnica do licitante. Vejamos:
Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

I – registro ou inscrição na entidade profissional competente;
De fato, há permissão para exigir registro ou inscrição junto a entidade profissional

competente. Contudo, as informações do enunciado não permitem afirmar que esta
entidade competente seria o CREA – não há certeza acerca do objeto da licitação ser
uma obra ou serviços de engenharia.
Além disso, exige-se visto junto ao CREA/SC, no entanto, não há, no enunciado,
indicativo de que a obra será executada no referido Estado.
Logo, a afirmativa I está incorreta.
Qualificação econômico-financeira:
O Art 31 da Lei 8666/1993 lista quais documentos poderão ser solicitados como
comprovação da situação econômico-financeira de um licitante. O referido artigo
informa o seguinte:
Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-financeira

limitar-se-á a:
I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício
social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a
boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por
balancetes ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por
índices oficiais quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data
de apresentação da proposta;
II - certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo
distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial,
expedida no domicílio da pessoa física;
[...]

A partir da redação da lei, é notável que a afirmativa II da questão está incorreta, por
dois motivos: (1) o balanço e demonstrações a serem apresentadas devem ser do último
exercício financeiro e não dos últimos 5 anos; (2) a atualização, apesar de permitida
quando o exercício for encerrado a mais de três meses da data da proposta, deve ser
feito por índices oficiais, parte que foi omitida na afirmação II.
Similarmente, a afirmativa III da questão está incorreta pois a lei não apresenta a
limitação de tempo de 90 dias exigida no edital.
Não há alternativa correta, logo, a questão foi, adequadamente, anulada.

QUESTÃO 38
A figura abaixo representa uma embarcação fluvial denominada
A) chata.
B) empurrador.
C) comboio.
D) flutuador.
E) catamarã.
COMENTÁRIO
Disciplina – Obras portuárias
Assunto – Veículos aquaviários
Tópico – Tipos de embarcações
A figura apresenta um rebocador, um tipo de barco cuja função é empurrar, puxar e

rebocar barcaças e navios. Veja na Figura 12 rebocadores em ação. Dentre as
alternativas apresentadas, a que mais se aproxima de um rebocador é a alternativa B)
empurrador.

Figura 12 – Rebocador1
GABARITO Q38: B
1
https://www.lachmann.com.br/tipos-de-rebocadores/

QUESTÃO 39
A dragagem é uma operação que visa aprofundar portos e vias navegáveis removendo
parte do fundo do mar ou do leito dos rios e canais. Geralmente junto à draga operam
uma chata e um rebocador, para recolhimento e descarte do material extraído. Para
dragagem de areia fina cimentada, não seria recomendado a utilização de:
A) escavadeira hidráulica sobre flutuante.
B) guindaste Clamshell.
C) draga com sucção e recalque.
D) draga alcatruzes.
E) draga dipper.
COMENTÁRIO
Assunto – Dragagem
Tópico – Tipos de dragas
Alfredini e Arasaki, em Obras e Gestão de Portos e Costas (pg. 644), apresentam a

adequabilidade de diferentes tipos de dragas (Tabela 2) para o trabalho com diversos
tipos de solos. Dentre as dragas apresentadas na questão, apenas a draga do tipo
Clamshell é desaconselhada para a dragagem de areias finas cimentadas
(adequabilidade difícil). As demais possuem uma adequabilidade razoável para este
tipo de solo.
Draga de
Draga Draga Draga de Draga
Tipos de solo sucção e Clamshell
dipper alcatrazes sucção hopper
recalque
Muito
vagarosa
Seixos Razoável pode - - - -
requerer
adaptações
Calhau ou
Calhau com Razoável Razoável Difícil Difícil Difícil Razoável
cascalho
Difícil a Difícil a
Cascalho Fácil Razoável Razoável Razoável
razoável razoável
Cascalho Razoável a Razoável a Razoável a Razoável a
Fácil Razoável
arenoso fácil fácil fácil fácil
Areia média Razoável a
Fácil Fácil Fácil Fácil
Areio fina fácil, mas

Areia muito com alta

fina Fácil, mas perda de
baixa material
Areia siltosa
produção Razoável pelo
fina
overflow
Areia fina Razoável a
Razoável Razoável - Difícil Difícil
cimentada fácil
Razoável a
fácil, com
Difícil a
Silte - Fácil Fácil alta perda Razoável
razoável
pelo
overflow
Argila
arenosa dura
ou compacta Difícil a Difícil a Difícil a
Razoável - -
com cascalho razoável razoável razoável
(argila com
seixos)
Argila siltosa
Razoável a
mole (argila - Fácil Razoável Fácil
fácil
de aluvião)
Argila siltosa
Razoável a Razoável a Difícil a
dura ou Faial . Razoável
fácil fácil razoável
compacta
Fácil se
Turfa - Fácil - não contém Razoável Fácil
gás
Tabela 2 – Adequabilidade dos tipos de dragas
A alternativa correta é a letra B.
GABARITO Q39: B

QUESTÃO 40
Em relação às embarcações fluviais, assinale a opção correta.
A) A boca é a distância entre as verticais tangentes aos extremos de bombordo e
boroeste da seção mestra.
B) O calado corresponde à distância entre a altura da quilha e o convés principal.
C) Pontal é a distância entre os extremos de proa e popa.
D) Porte bruto é o peso do volume de água deslocado pela embarcação.
E) Squat é a diferença entre os calados a Vante e a Ré.
COMENTÁRIO
Assunto – Veículos aquaviários
Tópico – Dimensões de embarcações
Para resolver à questão, vamos analisar cada alternativa separadamente. A figura a

seguir nos auxiliará neste feito.
Figura 13 – Dimensões características de uma embarcação2
2
https://www.ctborracha.com/borracha-sintese-historica/aplicacoes/projecto-de-
defensas/principais-caracteristicas-dos-navios/

A) A boca é a distância entre as verticais tangentes aos extremos de bombordo e

boroeste da seção mestra.
CORRETO. A boca é a maior largura de uma embarcação. É medida a partir de verticais

tangentes ao ponto mais à esquerda (bombordo) da embarcação e ao ponto mais à
direita (boreste) da embarcação.
B) O calado corresponde à distância entre a altura da quilha e o convés principal.
INCORRETO. O calado é a distância entre a quilha do navio e a linha d’água.
C) Pontal é a distância entre os extremos de proa e popa.
INCORRETO. O pontal é a distância entre a quilha do navio e a linha reta do vau.
D) Porte bruto é o peso do volume de água deslocado pela embarcação.
INCORRETO. Porte bruto é o máximo peso variável que o navio é capaz de embarcar
E) Squat é a diferença entre os calados a Vante e a Ré.
INCORRETO. Squat é uma diminuição da folga abaixo da quilha dos navios causada
pelo movimento frontal do navio. O movimento da água em relação ao navio provoca
uma diminuição da pressão da água abaixo da embarcação e, consequentemente, o
calado aumenta. O efeito é mais acentuado quanto maior for a velocidade do navio e
menores forem a profundidade e largura do canal.
GABARITO Q40: A

QUESTÃO 41
Com relação ao projeto de hidrovias, deve-se garantir a navegação livre e segura das
embarcações tipo adotadas. Definidas essas embarcações, a hidrovia deve ser
dimensionada, atendendo a diretrizes básicas. Com relação às diretrizes, analise as
afirmativas a seguir.
I. A largura mínima em trechos retilíneos para permitir o cruzamento seguro
e sem redução de velocidades de embarcações é de 4,4 vezes a boca da
embarcação tipo.
II. A área hidráulica do canal deve ser superior a 5 vezes a área da seção
mestra da embarcação tipo.
III. Para que não haja restrição de velocidade nas curvas, o raio mínimo de
curvatura deve ser de 5 vezes o comprimento da embarcação tipo.
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e II.
E) II e III.
COMENTÁRIO
Assunto – Projeto de Hidrovias
Tópico – Dimensões mínimas de hidrovias
Em relação às dimensões básica de hidrovias, Alfredini e Arasaki, em Obras e Gestão

de Portos e Costas (pg. 655), afirmam o seguinte:
Largura mínima
Em trecho retilíneos, a largura mínima necessária para garantir o
cruzamento segura e sem redução de velocidades de embarcações-
tipo é de 4,4 vezes a boca da embarcação tipo, e em não havendo
cruzamentos, a largura mínima deverá corresponder a 2,2 a boca da
embarcação-tipo.

Área mínima da seção molhada

Para que a hidrovia não produza significativa perda de rendimento
propulsivo da embarcação-tipo, a área hidráulica do canal deve ser no
mínimo de 5 a 6 vezes a área da seção-mestra da embarcação-tipo.
Raio de curvatura
Para que não ocorra restrição de velocidade nas curvas, o raio mínimo
de curvatura deverá ser de 10 vezes o comprimento da embarcação.
Nesse sentido, verifica-se que as afirmativas I e II estão corretas. A alternativa III, por
outro lado, está incorreta.
Considerando a redação do enunciado, há três alternativas corretas: A, B e D. Em razão

disto, a questão foi anulada.

QUESTÃO 42
Anualmente, em face da dinâmica fluvial, os canais de navegação têm que ser
redefinidos e, por conseguinte, rebalizados e re-sinalizados. A figura abaixo apresenta
a sinalização de uma hidrovia de acordo com o Sistema de Balizamento Marítimo –
Região “B” – da IALA. Assinale a opção que define corretamente a simbologia de
sinalização utilizada.
A) 1 – Boia de luz indicativa de águas seguras.

B) 2 – Boia de sinal cardinal leste.
C) 3 – Baliza sinalizando canal preferencial a bombordo.
D) 4 – Boia sinalizando entrada a boroeste.
E) 5 – Boia de luz de sinal cardinal oeste.
COMENTÁRIO
Assunto – Sinalização marítima
Tópico – Sistema de Balizamento Marítima, IALA, região B

Esta é mais uma das questões anuladas da prova. Ocorre que a simbologia adotada
pelo Sistema de Balizamento Marítimo – Região “B” – da IALA aborda cores
específicas e a prova foi impressa em preto e branco. Em razão disto, foi considerada
prejudicada a capacidade dos candidatos de resolverem a questão e, por conta disso, a
questão foi anulada.
Em todo caso, vamos analisar cada uma das alternativas.
A) 1 – Boia de luz indicativa de águas seguras.
CORRETO. Pelo Sistema de Balizamento Marítimo – Região “B” – da IALA, a figura

apresenta um sinal de águas seguras, cujas características são:
5.2. Descrição dos Sinais de Águas Seguras
Cor: Faixas verticais encarnadas e brancas.
Forma: Esférica, pilar ou charuto com marca de tope esférica.
Marca de Tope (se houver): Uma esfera encarnada.
Luz (quando houver):
Cor: Branca.
Ritmo: Isofásico, ou de ocultação, ou lampejo longo a cada 10
segundos ou a letra «A» em código Morse.
B) 2 – Boia de sinal cardinal leste.
INCORRETO. O desenho mostra um sinal cardinal sul, cujas características são:

3.3.3. Sinais Cardinais Sul
Cor: Amarela acima da preta.
Forma: Pilar ou charuto.
Marca de Tope: Dois cones, um acima do outro, ambos com os
vértices para baixo.
Cor: Branca.
Ritmo: Grupo de lampejos muito rápido, (6) + lampejo longo, a cada
10 segundos ou grupo de lampejos rápidos (6) + lampejo longo, a
cada 15 segundos.
C) 3 – Baliza sinalizando canal preferencial a bombordo.
INCORRETO. O desenho mostra um sinal de boreste, cujas características são:

2.2.2. Sinais de Boreste
Para serem deixados por boreste segundo a «Direção Convencional
do Balizamento».

Cor: Encarnada.
Forma (bóias): Cônica, pilar ou charuto.
Marca do Tope (se houver): Um cone encarnado com o vértice para
cima.
Cor: Encarnada.
Ritmo: Qualquer, com exceção do previsto para os sinais de canal
preferencial (itens 2.2.3 e 2.2.4).
D) 4 – Boia sinalizando entrada a boroeste.
INCORRETO. O desenho se aproxima de um sinal de canal preferencial a bombordo,

cujas características são:
2.2.4. Canal Preferencial a Bombordo (Sinal de Boreste Modificado)
Quando um canal se bifurca, seguindo a «Direção Convencional do
Balizamento», e o canal preferencial for a bombordo, o sinal lateral de
Boreste Modificado pode ser usado:
Cor: Encarnada, com uma larga faixa horizontal verde.
Forma (bóias): Cônica, pilar ou charuto.
Marca de Tope (se houver): Um cone encarnado com o vértice para
cima.
Cor: Encarnada.
Ritmo: Grupo de lampejos compostos (2 + 1) por período.
E) 5 – Boia de luz de sinal cardinal oeste.
INCORRETO. O desenho mostra um sinal cardinal de leste, cujas características são:

3.3.2. Sinais Cardinais Leste
Cor: Preta com uma larga faixa horizontal amarela.
Forma: Pilar ou charuto.
Marca de Tope: Dois cones pretos, um acima do outro, o superior
com o vértice para cima e o inferior com o vértice para baixo.
Cor: Branca.
Ritmo: Grupo de lampejos triplos muito rápidos a cada 5 segundos ou
grupo de lampejos triplos rápidos a cada 10 segundos.

A alternativa correta seria a letra A.

QUESTÃO 43
Lastro de ferrovia é um corpo granular, com distribuição granulométrica conveniente,

sobre o qual se assentam os dormentes que, por sua vez, suportam os trilhos (Figura
1). Neste uso, os agregados exercem diversas funções. De acordo com as funções
abaixo, assinale o item incorreto.
A) Dificultar o crescimento de vegetação daninha nas vias.

B) Preencher os vazios entre os dormentes, evitando seu deslocamento quando da
passagem das composições.
C) Assegurar uma boa drenagem, evitando que os dormentes se instabilizem, caso o
lastro fique saturado em água.
D) Impedir a subida de lama da plataforma, quando esta eventualmente se saturar.
E) Apresentar forma adequada das partículas, alta tenacidade, alta resistência ao
desgaste, alta resistência à compressão e apresentar minerais inalteráveis.
COMENTÁRIO
Disciplina – Obras Ferroviárias
Assunto – Estrutura complete da via permanente
Tópico – Lastro da ferrovia
A questão trata das funções exercidas pelo lastro de uma ferrovia. A Instrução de
Serviço Ferroviário – ISF 212: PROJETO DE SUPERESTRUTURA DA VIA PERMANENTE
– LASTRO E SUBLASTRO do DNIT lista as seguintes funções para o lastro de uma
ferrovia:
O lastro tem as seguintes funções:

• Distribuir de forma uniforme sobre a plataforma os esforços

resultantes das cargas dos veículos, produzindo uma taxa de
trabalho adequado na plataforma;
• Impedir os deslocamentos dos dormentes, tanto vertical como
horizontalmente;
• Formar um suporte, até certo limite de forma elástica,
atenuando as trepidações resultantes da passagem dos
veículos rodantes;
• Sobrepondo-se a plataforma, suprimir suas irregularidades,
formando uma superfície contínua e uniforme para os
dormentes e trilhos;
• Facilitar a drenagem da superestrutura;
Observe que as funções de impedir (1) impedir a subida de lama e (2) dificultar o
crescimento de ervas daninhas não é mencionada pela referida instrução de modo que
teríamos duas alternativas corretas: A) e D). Em razão disto, a questão foi anulada.
Como complemento ao estudo, adiciona aqui que a função de evitar bombeamento de

finos (indicada pelo enunciado como “impedir a subida de lama”) é uma função, na
verdade, do sublastro:
Sublastro é uma camada de material que compõe a superestrutura,

está posicionada acima da plataforma ferroviária para receber o lastro.
A função do sublastro é a de absorver os esforços transmitidos pelo
lastro e transferi-los para o terreno subjacente, na taxa adequada à
sua capacidade de suporte, evitar o fenômeno do bombeamento de
finos do subleito e diminuir a altura necessária de lastro.

QUESTÃO 44
Os dormentes é um dos principais elementos das vias férreas, com as seguintes
funções: suportar os trilhos, manter o eixo da via constante e transmitir ao lastro as
ações verticais e horizontais dos eixos dos veículos ferroviários. Com relação a este
assunto, assinale o item incorreto.
A) Os dormentes são estruturas submetidas a esforços dinâmicos repetitivos, os
dormentes devem apresentar resiliência compatível com as solicitações. Por isso, são,
muitas vezes, empregadas fibras na composição do concreto.
B) Os dormentes devem apresentar faces com superfície retangular e limpa, apoio
para trilhos plano e liso. Não é permitido nenhum tipo de acabamento para dissimular
defeitos.
C) Os dormentes de concreto devem possuir cobrimento mínimo de 20 mm na base e
30 mm nas demais faces, e o concreto deve apresentar resistência característica
mínima de 40 MPa.
D) Os dormentes de madeira se deterioram pelo tempo de uso e pelo clima, devendo,
portanto, ser tratados e recuperados. Este tratamento é realizado em estações de
tratamento de dormentes com o uso de herbicidas.
E) A escolha do material a ser utilizado para estes fins depende de um estudo da
análise de viabilidade econômica, que considere, entre outros fatores, o custo de
fabricação, o preço de colocação, substituição e a manutenção e o valor residual.
COMENTÁRIO
Disciplina – Obras ferroviárias
Assunto – Estrutura complete da via permanente
Tópico – Dormentes
A questão solicita que seja identificada a alternativa incorreta. Neste sentido, vamos
analisar cada uma das alternativas:
A) Os dormentes são estruturas submetidas a esforços dinâmicos repetitivos, os

dormentes devem apresentar resiliência compatível com as solicitações. Por isso,
são, muitas vezes, empregadas fibras na composição do concreto.
CORRETA. Os dormentes fazem parte da estrutura completa da via permanente. Essa

estrutura inclui trilhos e dormentes apoiados sobre um meio elástico (lastro, sublastro
e plataforma da via, ou outro meio similar). Toda essa estrutura é solicitada por esforços
dinâmicos verticais, laterais e longitudinais. A primeira parte da alternativa está
correta.

Em relação aos dormentes de concreto, especificamente, seu dimensionamento

conforme a NBR 11709:2015 consiste, basicamente, em dimensionamento à flexão e
requer o emprego de armadura passiva (concreto armado) ou ativa (concreto
protendido). Considerando que o termo “fibras” pode assumir o significado de
armadura, a segunda parte da alternativa está correta.
B) Os dormentes devem apresentar faces com superfície retangular e limpa, apoio

para trilhos plano e liso. Não é permitido nenhum tipo de acabamento para
dissimular defeitos.
CORRETA (pela banca). INCORRETA (opinião do professor). De fato, segundo o

PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE MATERIAL, PIM 15 – DORMENTES DE
CONCRETO, do DNIT, as superfícies laterais e a superfície superior dos dormentes
monoblocos devem apresentar uma aparência uniforme e lisa; e as mesas de apoios
dos trilhos devem ser planas, lisas e livres de quaisquer grandes vazios. Até aqui, a
alternativa está correta.
Não há, no entanto, exigência para que as faces sejam retangulares. Vejamos, nos
dormentes de madeira, duas formas são padronizadas: serrado (prismático), que é
retangular; e os duas faces (semirroliços), que não são retangulares.
Figura 14 – Dormente de madeira serrado (prismático)
Figura 15 – Dormente de madeira duas faces (semirroliço)

Similarmente, as formas padronizadas para os dormentes de concreto não são

retangulares. Em virtude disto, minha opinião é de que a alternativa é incorreta.
C) Os dormentes de concreto devem possuir cobrimento mínimo de 20 mm na base

e 30 mm nas demais faces, e o concreto deve apresentar resistência característica
mínima de 40 MPa.
INCORRETA. Responderei esta alternativa com base na atual norma de dormentes de

concreto (NBR 11709:2015), mas as prescrições de resistência e cobrimento mínimo
não mudaram em relação à norma anterior. O primeiro erro da alternativa é não indicar
se o dormente em questão é de concreto armado ou protendido, pois as prescrições
variam em razão disto:
CONCRETO
REQUISITO CONCRETO ARMADO
PROTENDIDO
Classe mínima de concreto C45 (45 MPa) C40 (40 MPa)
Cobrimento na base do
30 mm 25 mm
dormente
Cobrimento no apoio do
20 mm 15 mm
trilho
Cobrimento nas demais
20 mm 20 mm
regiões
Tabela 3 – Requisitos de cobrimento e classe de concreto empregados em dormentes
Se considerarmos os dormentes como de concreto armado, a resistência indicada

estaria correta. Se considerarmos como de concreto protendido, não. No entanto, os
cobrimentos estariam errados em ambos os casos: o cobrimento mínimo na base do
dormente é de 30 mm para CP e 25 mm para CA e não 20 mm como indicado na
alternativa. Além disso, para as demais regiões, é de 20 mm e não de 30 mm como
informado na alternativa.
D) Os dormentes de madeira se deterioram pelo tempo de uso e pelo clima, devendo,

portanto, ser tratados e recuperados. Este tratamento é realizado em estações de
tratamento de dormentes com o uso de herbicidas.
CORRETA (pela banca). INCORRETA (opinião do professor). De fato, a madeira é um

material suscetível à deterioração por distintos agentes. O tempo de uso e o clima são

alguns destes. Até aqui, a alternativa é, de fato, correta. No entanto, a alternativa afirma
que o tratamento de dormentes é feito com herbicidas. Na realidade, os tratamentos
de madeira empregam, em geral, fungicidas e inseticidas e não herbicidas. O
PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE MATERIAL, PIM 14 – DORMENTE DE MADEIRA,
do DNIT, inclusive requer o emprego de tratamento profilático de dormentes de madeira
com produto preservativo fungicida e inseticida.
E) A escolha do material a ser utilizado para estes fins depende de um estudo da

análise de viabilidade econômica, que considere, entre outros fatores, o custo de
fabricação, o preço de colocação, substituição e a manutenção e o valor residual.
CORRETA. Como a grande maioria das soluções de engenharia, a escolha do material

de um dormente é uma ponderação de variáveis de segurança, economia, impacto
ambiental e outras. A solução adotada deve, obrigatoriamente, ser viável
economicamente (de outra forma não é possível executá-la). Logo, uma análise de
viabilidade econômica é uma ferramenta adequada para auxiliar na escolha da solução
a ser adotada.
Segundo a banca, o gabarito é a letra C. No entanto, há mais de uma alternativa

incorreta e a anulação da questão teria sido o mais adequado à época do concurso.
GABARITO Q44: C

QUESTÃO 45
O início das atividades de preservação de madeira no Brasil teve como base o
tratamento de dormentes pela indústria ferroviária e dos postes para redes de
distribuição de energia elétrica. A seleção adequada do preservante a ser utilizado e
a escolha do método de aplicação são condições fundamentais para conferir uma boa
proteção e exigem o conhecimento das condições de agressividade biológica a que a
madeira está sujeita quando empregada, além de sua permeabilidade e resistência
natural. O produto utilizado na preservação da madeira deve apresentar diversas
características apresentadas abaixo.
Com relação a essas características, assinale a opção incorreta.
A) Ser tóxico aos organismos como fungos e insetos.
B) Não ser de utilização perigosa no momento do tratamento.
C) Resistir a perdas por evaporação e/ou lixiviação.
D) Não alterar as propriedades físicas e mecânicas da madeira.
E) Apresentar custos razoáveis a fim de assegurar a competitividade da madeira
preservada em relação a outros materiais.
COMENTÁRIO
Disciplina – Obras ferroviárias
Assunto – Materiais de construção
Tópico – Preservação da madeira
A questão foi retirada, diretamente, do artigo OS DORMENTES FERROVIÁRIOS, SEU

TRATAMENTO E O MEIO AMBIENTE, de Gleicy Alves e Maria Sinay. Neste artigo, as
autoras afirmam que:
O produto utilizado na preservação da madeira deve apresentar as
seguintes características:
• Ser tóxico aos organismos como fungos e insetos;
• Não ser de utilização perigosa no momento do tratamento;
• Resistir a perdas por evaporação e/ou lixiviação;
• Não alterar negativamente as propriedades físicas e
mecânicas da madeira; e
• Apresentar custos razoáveis a fim de assegurar a
competitividade da madeira preservada em relação a outros
materiais.

As propriedades físicas e mecânicas da madeira podem ser alteradas pelo preservativo.

Na verdade, é esperado que sejam alteradas, preservativo hidrossolúveis, por exemplo,
vão, inicialmente, aumentar a umidade da madeira. O preservativo de madeira não deve
alterar negativamente suas propriedades.
Logo, a alternativa incorreta – gabarito da questão – é a letra D.
GABARITO Q45: D

QUESTÃO 46
Com relação ao modal de transporte rodoviário de carga no Brasil, analise as
assertivas com V para as verdadeiras e com F as falsas.
(XXX) Possui maior representatividade entre as modais.
(XXX) Alto custo de implantação.
(XXX) Alta capacidade de carga sem limitação de volume e peso.
(XXX) Adequado para curtas e médias distâncias.
Assinale a opção que apresenta a sequência correta de letras.
A) F – F – V – V.
B) V – F – F – V.
C) V – F – V – F.
D) V – V – F – F.
E) F – V – F – V.
COMENTÁRIO
Disciplina – Engenharia de Transportes
Assunto – Transporte rodoviário
Tópico – Características, vantagens e desvantagens do modal rodoviário
Vamos analisar as alternativas separadamente:
(XXX) Possui maior representatividade entre as modais.
VERDADEIRO. À época de elaboração da prova, o modal rodoviário era o mais

empregado no Brasil. A estimativa do PNLT acerca do seu uso era de que este
representava cerca de 52% da distribuição de cargas em 2011. Hoje em dia, a
estimativa do CNT é que cerca de 60% das cargas do país sejam transportadas por
rodovias.
(XXX) Alto custo de implantação.
FALSO. Em média, o custo de implantação de uma rodovia (R$/km) é menor do que o

custo de implantação de uma ferrovia – modal com o qual é mais comparado. Por outro
lado, possui custos operacionais maiores em relação ao modal ferroviário.
(XXX) Alta capacidade de carga sem limitação de volume e peso.

FALSO. Os pesos e volumes a serem transportados em qualquer modal são limitados

pela capacidade dos veículos empregados. No caso de rodovias, dos carros e caminhões
empregados. Além disso, comparativamente, a capacidade de transporte do modal
rodoviário é menor que a capacidade de transporte dos modais aquaviário e ferroviário.
(XXX) Adequado para curtas e médias distâncias.
VERDADEIRO. Viagens a curta e média distâncias são os usos mais eficientes do modal
rodoviário.
A sequência correta é V – F – F – V (letra B)
GABARITO Q46: B

QUESTÃO 47
O Ministério dos Transportes nos próximos 20 anos tem como meta modificar a matriz
modal de transportes.
Julgue os itens subsequentes.
I. Priorizar investimentos no setor ferroviário e hidroviário, oferecendo
melhor qualidade ambiental, menor consumo de petróleo e menor poluição
atmosférica.
II. Priorizar investimentos no setor rodoviário, pois já temos uma malha
rodoviária que atende todas as necessidades do transporte no País.
III. Priorizar investimentos no setor aeroviário, pois pode-se atender todas as
necessidades com maior rapidez e segurança.
A) I
B) II
C) III
D) I e II
E) II e III
COMENTÁRIO
Assunto – Legislação de Transportes
Tópico – Plano Nacional de Logística de Transportes
À época de elaboração da prova, vigorava o Plano Nacional de Logística de Transportes

revisado em 2011 e publicado em 2012
(https://bibliotecadigital.economia.gov.br/bitstream/123456789/559/1/arq135274391
7.pdf). Nele, há um portfólio de investimentos prioritários (Figura 16).

Figura 16 – Percentual de projetos prioritários por modais de transporte
Dessa figura, podemos identificar que as prioridades de investimento eram os modais

rodoviário, ferroviário e hidroviário. Neste sentido, já podemos dizer que a afirmativa
III é incorreta.
Acerca das demais, podemos afirmar que:

I. CORRETA. Além de ser prioridade no PNLT (como vimos), os modais
hidroviários e ferroviários possuem, sim, um menor consumo de combustível por
carga transportada. Logo, apresentam ganhos ambientais e econômicos, neste
quesito, quando comparados ao modal rodoviário.
II. INCORRETA. O setor rodoviário, para o referido PNLT, era um investimento
prioritário. Contudo, a afirmativa erra ao afirmar que a malha rodoviária
brasileira já atendia todas as necessidades de transporte do país – se isto fosse
verdade, não seriam necessários mais investimentos em infraestrutura de
transporte e sequer existiria discussão acerca de que modal priorizar.
A alternativa correta é a letra A.
GABARITO Q47: A

QUESTÃO 48
Estudos para implantação de trens de alta velocidade incorporam regiões de elevada
densidade demográfica.
Os trechos que estão sendo analisados são:
I. Campinas/SP – Belo Horizonte/MG.
II. São Paulo/SP – Belo Horizonte/MG.
III. São Paulo/SP – Curitiba/PR.
IV. Campinas/SP – Triângulo Mineiro.
V. Campinas/SP – Curitiba/PR.
A) I e II
B) II e III
C) III e IV
D) II e IV
E) II e IV
COMENTÁRIO
Retornamos, novamente, ao PNLT

(https://bibliotecadigital.economia.gov.br/bitstream/123456789/559/1/arq135274391
7.pdf). Nele, está disposto o seguinte:
Na atual análise, considerando as distâncias e demandas potenciais
(associadas às populações), foram feitas estimativas de demanda para
o estudo inicial de planejamento (ressalta-se que ainda não é estudo
de viabilidade) em potenciais corredores para implantação do TAV. Os
trechos considerados foram: São Paulo – Curitiba, São Paulo - Belo
Horizonte e São Paulo – Triângulo Mineiro.
Nota-se, neste sentido, que as afirmativas I, IV e V estão incorretas. Não há alternativa

que abarque estas afirmativas. Além disso, as letras D e E estão repetidas. Decorre, daí,
a anulação da questão.


QUESTÃO 49
Vetores logísticos representam uma nova forma de organização espacial do País.
Dessa organização resultaram sete agrupamentos. Com relação a esse assunto, de
acordo com o PNLT (Plano Nacional de Logística e Sistemas de Transportes), assinale
a sequência correta.
A) Amazônico, centro-oeste, nordeste-sententrional, leste, centro-sudeste, oeste e
norte-sul.
B) Nordeste-sententrional, centro-sul, centro-sudeste, sul, norte-sul, centro-norte e
amazônico.
C) Amazônico, centro-norte, nordeste-sententrional, nordeste-meridional, leste,
centro-sudeste e sul.
D) Amazônico, nordeste, centro-oeste, centro-sul, sudeste, nordeste-meridional e
norte-sul.
E) Nordeste, centro-sul, centro-oeste, sul, norte-sul, centro-norte e amazônico.
COMENTÁRIO
Os vetores logísticos considerados no PNLT são: amazônico, centro-norte, nordeste-

setentrional, nordeste-meridional, leste, centro-sudeste e sul.
Figura 17 – Vetores logísticos considerados na elaboração do PNLT

A alternativa correta é a letra C.
GABARITO Q49: C

QUESTÃO 50
O Plano Nacional de Logística e Sistemas de Transportes (PNLT) do Ministério do
Transporte tem como meta enquadrar e validar os projetos em vetores logísticos
estruturantes do desenvolvimento social e econômico do País, considerando os
seguintes objetivos, julgue os itens abaixo.
I. Aumento da eficiência produtiva em áreas consolidadas.
II. Indução ao desenvolvimento de áreas.
III. Redução de desigualdades regionais.
IV. Interação regional sul-americana.
A) I, II, III e IV.
B) I, III e IV.
C) II, III e IV.
D) I e II.
E) II e III.
COMENTÁRIO
Entre os objetivos dispostos no PNLT (2007,

https://bibliotecadigital.economia.gov.br/bitstream/123456789/561/1/arq135274226
0.pdf), estão:
• AEP – Aumento da eficiência produtiva em áreas consolidadas;
• IDF – Indução ao desenvolvimento de áreas de expansão de fronteira
agrícola e mineral;
• RDR – Redução de desigualdades regionais em áreas deprimidas;
• IRS – Integração regional sul-americana.
A única afirmativa que apresenta redação idêntica – ou pelo menos sentido idêntico – à
presente no PNLT é a afirmativa I. Como não há alternativa contendo apenas a
afirmativa I, a questão foi anulada.

3. GABARITOS
Q GAB LINK TEC %TEC DIFICULDADE

1 C https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94213 60-80 INTERMEDIÁRIO
2 A https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94214 60-80 INTERMEDIÁRIO
3 B https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94215 60-80 INTERMEDIÁRIO
5 Anulada https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94217
7 D https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94219 40-60 DIFÍCIL
8 B https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94220 20-40 MUITO DIFÍCIL
9 E https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94221 60-80 INTERMEDIÁRIO
10 B https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94222 20-40 MUITO DIFÍCIL
11 E https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94223 40-60 DIFÍCIL
13 C https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94225 80-100 FÁCIL
17 D https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94229 80-100 FÁCIL
19 E https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94230 80-100 FÁCIL
20 E https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94232 20-40 MUITO DIFÍCIL
21 A https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94233 80-100 FÁCIL
23 C https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94235 80-100 FÁCIL
26 D https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94238 20-40 MUITO DIFÍCIL
33 D https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94245 60-80 INTERMEDIÁRIO
34 A https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94246 40-60 DIFÍCIL
36 E https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94248 40-60 DIFÍCIL
38 B https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94250 40-60 DIFÍCIL
39 B https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94251 40-60 DIFÍCIL
40 A https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94252 40-60 DIFÍCIL

45 C https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94256 40-60 DIFÍCIL
48 A https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94259 80-100 FÁCIL
50 C https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94261 40-60 DIFÍCIL

Prova DNIT Comentada

Enviado por

Dados do documento

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Prova DNIT Comentada

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Prova comentada

DNIT 2013 (ESAF)

DNIT & aIE

Em relação ao conteúdo cobrado, dentro da prova de engenharia civil, houve uma

Seja esperto, estude com o Organiza. 2

A dificuldade da prova em questão foi de “intermediária a difícil”. A taxa média de

Dito isso, excelentes estudos! Vamos às questões!

Seja esperto, estude com o Organiza. 3

A questão em análise nos cobra conceitos sobre cronogramas aplicados ao

O cronograma físico-financeiro é aquele que relaciona a evolução das atividades

Seja esperto, estude com o Organiza. 4

Figura 1 – Exemplo de cronograma físico-financeiro

O cronograma de GANTT é um gráfico de barras horizontais, que representam as

Figura 2 – Exemplo de gráfico de Gantt

O MS Project é um software de gerenciamento de projetos que possibilita o

Citados os conceitos iniciais, vamos à análise das alternativas:

a) INCORRETA. A informática, a exemplo do uso do MS PROJECT possibilita o

b) INCORRETA. O quantitativo de mão de obra apresenta variação maior quando

Seja esperto, estude com o Organiza. 5

d) INCORRETA. O diagrama de Gantt possibilita o acompanhamento do tempo e

e) INCORRETA. A ordem das atividades interfere diretamente na elaboração de um

Deste modo, temos como gabarito a alternativa C.

A rede de atividades é um exemplo de cronograma que representa a sequência e a

Link TEC: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94213

Seja esperto, estude com o Organiza. 6

A opção correta é a alternativa A. Vejamos:

A estimativa por analogia, também conhecida como método de comparação, é uma

As outras opções mencionadas não correspondem ao método descrito na pergunta:

B) INCORRETA. O método paramétrico envolve o uso de fórmulas matemáticas ou

C) INCORRETA. A estimativa Bottom-Up, ou de baixo para cima, é um método de

D) INCORRETA. A estimativa por adaptação não é um método conhecido de estimativa

Seja esperto, estude com o Organiza. 7

e) INCORRETA. A estimativa por verificação não é um termo comumente utilizado no

Link TEC: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94214

Seja esperto, estude com o Organiza. 8

A opção correta é a alternativa B. Vejamos:

Na modalidade de empreitada por preço global, é estabelecido um valor total para a

Sobre as demais questões, adicionamos o seguinte:

A) INCORRETA. A empreitada por preço unitário é aquela em que o contrato

Seja esperto, estude com o Organiza. 9

C) INCORRETA. A modalidade de empreitada integral se dá quando se contrata um

D) INCORRETA. Vide alternativa c.

E) INCORRETA. A empreitada por tarefa é uma modalidade de contratação na qual o

Link TEC: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94215

Seja esperto, estude com o Organiza. 10

A questão trata sobre o conceito da rede PERT/CPM. Sobre o assunto é importante

Seja esperto, estude com o Organiza. 11

O PERT – (Program Evaluation and Review Technique – Técnica de Avaliação e

Por causa desse tratamento estatístico, a técnica PERT é chamada de probabilística.

Quanto à rede CPM podemos considerar que:

1) O caminho crítico é a sequência de atividades compreendidas entre o início e o fim

2) Os círculos representam os eventos que determinam o início ou fim de uma atividade

Seja esperto, estude com o Organiza. 12

3) Pode-se definir atividade fantasma como a representação de uma atividade sem o

Figura 3 – Exemplo de atividade fantasma

Desta forma, observa-se que a resposta correta da questão é a alternativa A.

Link TEC: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/94216

Seja esperto, estude com o Organiza. 13

Seja esperto, estude com o Organiza. 14

INCORRETO. O item I trata do preço de um empreendimento. Sabe-se que este é

• Despesas indiretas: são despesas decorrentes da atividade empresarial que

O item III foi o que responsável pela anulação da questão.

Há uma divergência sobre a classificação do item mobilização e desmobilização. Para

Conforme o SINAPI, os custos indiretos são: