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TRADUÇÃO
Lorran Neves1
O experimento de Michelson-Morley
Ao longo dos anos desde 1881, o inferômetro de Michelson teve inumeráveis aplicações, a
maioria das quais são agora principalmente de interesse histórico. Uma das mais significativas
delas foi a sua utilização no experimento de Michelson-Morley. Durante o último século, os
cientistas geralmente acreditavam que existia um meio, o éter luminífero (transportador de luz), no
qual permeava toda a matéria, impregnado em todo o espaço, não possuía massa, não era sólido,
líquido, nem gasoso. Como James Maxwell escreveu na Enciclopédia Britânica:
“Os éteres foram inventados para os planetas nadarem, para
constituírem atmosferas elétricas e afluências magnéticas, para
transmitir sensações de uma parte de nossos corpos para outra, e
assim por diante, até que todo o espaço tivesse sido banido três ou
quatro vezes com éteres… O único éter que sobreviveu é aquele que
foi inventado por Huygens para explicar a propagação da luz.”
Estava bem estabelecido que a luz era uma onda, então era natural ter um meio no qual a
perturbação fosse propagada. Com essa suposição, a natureza do éter tinha que coincidir com o
observador terrestre e astronômico. Na época, não havia como negar a existência real de éter; o
debate centrou-se em suas propriedades físicas. Estaria o éter estacionário no espaço,
fornecendo assim um referencial a partir do qual podemos medir o movimento absoluto de todos
os outros objetos? Ou foi arrastado pelos planetas enquanto se moviam pelo espaço? Se o éter
estivesse parado, um observador na Terra seria capaz de detectar um vento de éter em direção a
sua superfície, enquanto se movia em órbita. A. A. Michelson, mais tarde acompanhado por E. W.
Morley, começou a medir os efeitos do vento de éter, usando seu interferômetro, que foi projetado
especificamente para esse propósito. Ele foi orientado, como mostrado na Fig. 9.65, com o braço
OM1, paralelo à velocidade v da Terra através do espaço.
O raciocínio básico da abordagem de
Michelson-Morley, derivado de leis puramente
clássicas da física, era o seguinte: quando o feixe
de luz viaja para a direita, sua velocidade relativa
em relação ao interferômetro em movimento é c -
v, ele está se movendo contra o vento do éter, e o
tempo para percorrer o comprimento OM, é
onde
ou
Uma diferença de tempo nos dois caminhos corresponde a uma diferença no número
de comprimentos de onda que se ajustam entre OM10 e OM20:
Cada homem se revezava andando com a pedra girando lentamente, enquanto observava
continuamente o padrão de franja. Com uma velocidade assumida como igual à velocidade orbital
da Terra de cerca de 30 km/s e o deslocamento de franja na rotação
deveria ser
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ou
O feixe combinado que chega ao fotomultiplicador, sendo o resultante de duas ondas harmônicas
coplanares, foi modulado em amplitude por uma variação relativamente lenta. Esses batimentos
tinham uma frequência igual à diferença entre as dos dois feixes de laser constituintes. A
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frequência precisa do modo em que cada laser operado era governada pelo comprimento da
respectiva cavidade ressonante e a velocidade da luz nela. Se ambos os lasers, funcionando a
cerca de 3x10^4 Hz, foram girados 90 °, o vento éter afetaria a velocidade da luz nas cavidades e,
portanto, a diferença de frequência entre elas. Uma mudança relativa em v de 3 MHz seria
esperado a partir da hipótese do vento éter, por causa da velocidade orbital da Terra. Nenhuma
alteração na frequência de batimento foi detectada, com uma precisão de 3 kHz ou, 1/1000 do
previsto.