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USOS E COSTUMES
São parte majoritária da doutrina como fonte formal do direito do trabalho, com fundamento no artigo
8” da CLT: Art. 8 da CLT (princípios e normas gerais de direito, jurisprudência, analogia, por
equidade, direito comum). jurisprudência,
analogia, art 253 CLT e súmula 438 TST
equidade art 852 CLT, I e art 8 direito material
SÚMULAS VINCULANTES.
Com a Emenda Constitucional 45/2004 o Supremo Tribunal Federal (STF) tem o poder de aprovar
súmulas que vinculam a Administração Pública, ou seja, dotadas de generalidade, impessoalidade e
abstração e que, por isso, podem ser consideradas como fontes formais: CF/88, art. 103-A.
Art. 769 CLT (casos omissos) – fase de conhecimento
Interpretação dos arts. 769 e 889 da CLT na ausência de normas trabalhistas, e desde que haja
compatibilidade principiológica, deverá ser aplicado na fase de conhecimento o direito processual
comum de forma subsidiária ao processo trabalhista. Já na fase executória, será aplicada a Lei
6.830/1980 que versa sobre a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública.
Aplica se no caso à subsidiária – esta, no caso, considerada como técnica de integração, na forma dos
artigos 769 e 889 da CLT.
Art. 15, CPC. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos,
as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.
ART, 114 da CF (Fonte Básica do Direito Processual do Trabalho)
Assim, o artigo 114 atribuiu competência ao pretório trabalhista para processar e julgar ações oriundas
da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta
e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Fase executória trabalhista
A execução trabalhista é a fase do processo em que se impõe o cumprimento do que foi determinado
pela Justiça, o que inclui a cobrança forçada feita a devedores para garantir o pagamento de direitos,
que tem início quando há condenação e o devedor não cumpre espontaneamente a decisão judicial ou
quando há acordo não cumprido. Art. 889 da CLT . A primeira parte da execução é a liquidação, em
que é calculado, em moeda corrente, o valor do que foi objeto de condenação. A liquidação pode
ocorrer a partir de quatro tipos de cálculos: 1. cálculo apresentado pela parte, 2. cálculo realizado por
um contador judicial, 3. cálculo feito por um perito (liquidação por arbitramento) 4. artigos de
liquidação (procedimento judicial que permite a produção de provas em questões relacionadas ao
cálculo). Os valores definidos na execução trabalhista podem ser contestados, logo, antes de proferir a
sentença de liquidação, o juiz do Trabalho pode optar por abrir vista às partes por um prazo sucessivo
de dez dias para manifestação sobre o cálculo, em que devem ser indicados itens e valores objeto da
discordância, sob pena de preclusão (perda da oportunidade de impugnar o cálculo depois), conforme
o art. 879, § 2º., da Consolidação das Leis do Trabalho. Já o art. 884 da CLT possibilita a homologação
direta dos cálculos pelo magistrado, com possibilidade de eventual impugnação posterior, quando
efetuado o depósito do valor em conta judicial ou realizada a penhora do bem de valor igual ou
superior ao da execução. Proferida a sentença de liquidação, o juiz expede mandado para que o oficial
de Justiça intime a parte condenada a pagar a dívida mediante depósito de dinheiro em juízo ou
oferecimento de bens a penhora no prazo de 48 horas. A alienação dos bens penhorados durante a
execução trabalhista só ocorre após o trânsito em julgado do processo de execução, ou seja, após
decisão final sobre o montante devido, sem que haja qualquer recurso pendente de julgamento ou
quando se tenha esgotado o prazo para recorrer sem que qualquer das partes tenha se manifestado. A
partir daí, o depósito judicial é liberado para o pagamento da dívida ou o bem penhorado é levado a
leilão para ser convertido em dinheiro.
No caso em que se o devedor não tiver bens para o pagamento, o processo vai para o arquivo
provisório até que sejam localizados bens do devedor para pagamento da dívida trabalhista.
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Desta forma, teremos um prazo máximo de 15 dias desde a distribuição para ocorrer a
audiência, bem como um prazo mínimo de 5 dias desde a notificação para audiência ocorrer.
objetivo deste rito é o atendimento ao princípio da celeridade processual,
esse procedimento não é admitido para as demandas que sejam partes a Administração Pública
direta, autárquica e fundacional, no entanto, pode ser aplicado às empresas públicas e sociedades de
economia mista
NÃO cabe citação por edital
máximo de 2 testemunhas
é inaplicável o rito sumaríssimo aos processos iniciados antes da vigência da
Lei nº 9.957/2000 (OJ 260, I, SDI-1, do TST)
Os requisitos basilares deste rito (852-B, da CLT), dentre eles:
a) O pedido pode ser certo ou determinado, mas sempre líquido (indicará o valor
correspondente). Não será admitido pedido genérico
b) Deve ser indicado o nome e endereço do reclamado, pelo fato de não ter citação por
edital, será por carta de aviso de recebimento
c) A apreciação da reclamação deverá ser feita em no máximo 15 dias do ajuizamento.
Na ausência dos requisitos acima haverá consequências processuais, (852-B, § 1º, da CLT). quais
sejam:
o arquivamento da reclamação trabalhista (sem resolução do mérito:
a sentença será terminativa ou processual)
reclamante será condenado ao pagamento das custas, calculados sobre o valor da
causa
O procedimento Sumaríssimo não se aplica às pessoas jurídicas de direito público
da administração Direta, ou seja, na Indireta poderá se valer deste procedimento.
O procedimento Sumaríssimo não se aplica às pessoas jurídicas de direito público da
administração Direta, ou seja, na Indireta poderá se valer deste procedimento.
Pela Lei o prazo máximo desde a distribuição da Ação até a audiência, será de 15 dias. Neste
procedimento a audiência será obrigatoriamente UNA, se por algum motivo interromper, haverá um
prazo de 30 dias para retomar.
Desta forma, teremos um prazo máximo de 15 dias desde a distribuição para ocorrer a
audiência, bem como um prazo mínimo de 5 dias desde a notificação para audiência ocorrer.
OBS: No procedimento sumaríssimo serão 2 testemunhas para cada parte, no ordinário e
sumário 3 e no inquérito para apuração de falta grave serão 6.
Ao fim da audiência UNA o juiz já dará sentença, e a partir deste momento iniciará o prazo de
30 dias para a audiência final.
TEORIA DOS RECURSOS : Direito que decorre do direito de ação, com intuito de rever uma
decisão. Os recursos serão sempre Interpostos e remetidos ao juízo revisor, excetuando-se os embargos
de declaração que são opostos e revistos pelo próprio juízo.
PRESSUPOSTOS RECURSAIS :
Intrínsecos ou Subjetivos–> deverá guardar consigo interesse (terá que ter sempre para interposição
da Ação), capacidade (tendo plena não há problema, porém se preciso terá que demonstrar a
representação) e legitimidade(o interesse decorre dessa legitimidade, tendo este requisito: a
procuradoria do INSS, MP como custus legis e a parte que perdeu no caso em tela).
Extrínsecos ou Objetivos –> tem como requisitos o cabimento
**Cabimento- hipóteses de cabimento dos recursos e suas exceções.
1º – não cabe recurso de decisões interlocutórias, havendo como exceção a Súmula 214 TST.
Súmula Nº 214 – Decisão interlocutória. Irrecorribilidade.
Decisão Interlocutória. Irrecorribilidade. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º,
da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de
decisão:
1. a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação
Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
2. b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;
**c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal
Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799,
§ 2º, da CLT. –> no caso de rejeitar, não caberá recurso !!!
Competência da matéria Art.114 CF/88, competência territorial (no local da prestação de
serviços, havendo 3 exceções – Art 651, CLT)
Distribuição de determinada ação na VT, a reclamada veio a alegar a incompetência territorial
(tivemos alteração no CPC/15 mas não no processo do trabalho), o momento desta alegação será em
Preliminar de Contestação, só cabendo para incompetência material, já a incompetência territorial
será alegada através da Exceção de Incompetência (art.799 CLT).
Deste modo, o juiz poderá rejeitar ou acolher. A decisão que rejeita a exceção de incompetência não
permite a interposição de recurso.
Já a decisão que acolhe a exceção de incompetência terá 2 possibilidades:
manter os autos no próprio TRT (sendo uma decisão interlocutória, não cabendo assim
recurso imediato, somente da decisão definitiva);
remeter os autos para outro TRT (sendo decisão terminativa, caberá RO desta decisão,
conforme art.799, parágrafo 2º c/c Súmula 214 TST c/c Art.895, I CLT).
NÃO cabe recurso das decisões proferidas no Procedimento Sumário, salvo se houver afronta à
CF/88, conforme Lei 5584/70, Art.2º e seguintes (Lei procedimento sumário).
Adequação – identificação do recurso cabível ao caso.
O que poderão suscitar é o Princípio da Fungibilidade Recursal, remetendo ao Jus Postulandi, ou seja,
a parte poderá postular sem advogado em juízo, permitindo a aplicabilidade deste recurso nestes casos.
Tempestividade – Todos recursos serão interpostos no prazo de 8 dias, salvo Embargos de
declaração com prazo de 5 dias e Recurso Extraordinário com prazo de 15 dias.
OBS: Estado, MP como uma das partes, estes terão prazo em dobro no processo do trabalho também.
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No Art.229 CPC/15 trata-se do prazo em dobro para litisconsorte porém a OJ-SDI1 310 do TST trata
da inaplicabilidade deste artigo devido à celeridade processual, ou seja, não se aplica o prazo em
dobro para litisconsortes.
Preparo – composto pelas custas, gastos para manutenção do processo e depósito Recursal,
necessário para interposição do recurso. Art.789 CLT Isenção quanto ao pagamento das custas –
art.790, parágrafo 3º CLT (beneficiário da justiça gratuita), o Estado, na forma do Art.790-A CLT.
O Depósito Recursal é a garantia da Execução, com fundamento no Art.899 e parágrafos CLT..
O réu realizará esse recolhimento, devendo este ser empregador devedor, sendo embasado pela
Sumula 161 TST, ou seja, o depósito Recursal pressupõe a condenação em pecúnia, por isso envolverá
sempre o empregador devedor.
OBS1: No caso de um grupo econômico, conforme Súmula 128 TST, o depósito feito por uma das
empresas aproveitará aos demais, entretanto, se esta requerer a exclusão da lide, as demais ficarão
sem suporte, julgando deserto este Recurso.
Exemplo: Sentença condenando o empregador em 5.000, o depósito será neste mesmo valor.
Valores dos Recursos: R.O. – 10.000 / R.R. – 20.000 / ETST – 20.000 / RExt – 20.000 / A.I.-
metade dos valores.
Se uma das empresas do mesmo grupo econômico depositar, não precisarão todas depositar pois se
fizerem diversos haverá excesso. No caso da empresa que fez o depósito sair da lide, o depósito a
acompanhará e, por isso, o Processo ficará sem garantia na Execução.
Conforme Súmula 245 TST – Depósito recursal. Prazo.
O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição
antecipada deste não prejudica a dilação legal. –> ou seja, o depósito será realizado no mesmo
prazo para o recurso.
OJ-140 SDI1 TST: DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS. DIFERENÇA ÍNFIMA. DESERÇÃO.
OCORRÊNCIA. (nova redação, DJ 20.04.2005)
Ocorre deserção do recurso pelo recolhimento insuficiente das custas e do depósito recursal,
ainda que a diferença em relação ao “quantum” devido seja ínfima, referente a centavos.–>
havendo recolhimento a mais não terá problemas porém o fazendo a menor, o recurso será julgado
como deserto.
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GRATUIDADE
Concessão da gratuidade da justiça e o TST - súmula nº 463 do TST. Para tanto, traz dois pontos, um
em relação a pessoas físicas ou outra a pessoas jurídicas: Para pessoas físicas:
basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado.
a procuração do advogado deve ter poderes específicos para o pedido de assistência judiciária.
Essa interpretação segue o art. 105 do CPC de 2015.
Para pessoas jurídicas:
Não basta a simples declaração, será necessário prova cabal de sua impossibilidade
econômica.
Neste sentido, interpretando-se a OJ 304 da SDBI-1 (30/06/2017), temos a súmula 463 do
TST. O entendimento de TST tem firmado que a contratação de advogado particular não impede a
concessão da gratuidade da justiça. A CF88, estabeleceu no Art. 5º, o acesso à Justiça. O preceito está
disposto no inciso, XXXV, in verbis: “A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito.”
GRATUIDADE DA JUSTIÇA E A REFORMA TRABALHISTA
A reforma trabalhista cria nova regra para interpretação de acesso ao judiciário. O faz ao incluir o §
3o no art. 790 da CLT. Assim, a lei faculta ao juiz conceder o benefício da justiça gratuita àqueles que
perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do RGPS, que e de
R$5.531,31 e foi regulamentado pela portaria nº8 de 13/01/2017 do Ministério do Trabalho. Os de
renda de até R$2.213,72 seria uma faculdade ao juiz conceder ou não os benefícios da gratuidade da
justiça.
HONORÁRIOS DE SUCUMBENCIAS
A reforma trabalhista introduziu o artigo 791-A na CLT permitindo a concessão de honorários de
sucumbência, sendo que a mínimo/máximo legal delimitado no art. 791-A, em 5% à 15%. Isso porque
o próprio código de processo civil atual determina que esta variação é 10% à 20% (art. 85 do NCPC).
Em defesa da ética processual
A parte ao buscar suas pretensões junto ao judiciário, logo é crescente a ideia de sujeitos que atuam no
processo e praticam atos que violam os deveres processuais configurando prática de litigância de má-
fé. 793-A e 793-B na CLT
TUTELA PROVISÓRIA - Art. 294 e 297 CPC
TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA ART 300 CPC,
TUTELA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE – ART 303 CPC.
ESTABILIZAÇÃO DA DECISÃO ANTECIPATÓRIA – tutela antecipada Art. 304, CPC
EMENDA À INICIAL - Art. 321. O juiz, verificar que a petição inicial não preenche os requisitos
dos arts. 319 e 320 CPC E TST, SUM-263 PETIÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO.
INSTRUÇÃO OBRIGATÓ-RIA DEFICIENTE
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO - SUM Nº 421. TST
CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO - Art. 995 CPC, SUMULA 414 TST
POSSIBILIDADE DE SANAR O VÍCIO DE PREPARO. Art. 1.007, CPC
ADMISSIBILIDADE DO JUÍZO “A QUO” Art. 1.010, CPC
EFEITO DEVOLUTIVO NO RECURSO ORDINÁRIO. Art. 1.013, CPC E SUM Nº 393.
DE FATO CONSTITUTIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR
FATO CONSTITUTIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR NCPC Art.
493 e Art. 1.014, CPC. FATO SUPERVENIENTE. ART. 493 cpc
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Prazos Processuais
Os prazos processuais correspondem ao lapso de tempo para a prática ou a abstinência de um ato
processual.
Há diversas formas de classificação dos prazos processuais, sendo que a maioria dos doutrinadores o
classifica de acordo com a sua origem, a sua natureza e os seus destinatários.
Quanto à origem da sua fixação, os prazos podem ser:
a) Legais, considerados os que são fixados pela própria lei, como o prazo para recorrer;
b) Judiciais, os fixados pelo próprio juiz da causa, como aquele fixado para o perito apresentar seu
lado; e
c) Convencionais, que são aqueles baseados na convenção entre as partes, como a suspensão do
processo para tratativas de conciliação, por exemplo.
Já quanto à sua natureza, classificam-se em:
a) Dilatórios, também chamados de prorrogáveis, são os que decorrem de normas de natureza
dispositiva, ou seja, que são passiveis de disposição entre as partes, como o pedido de dilação do prazo
para manifestação acerca de documentos, que precisa ser deferido pelo juiz; ou
b) Peremptórios, também chamados de prazos fatais ou improrrogáveis, que são aqueles decorrentes
de normas cogentes imperativas ou de ordem pública, que não podem ser dilatados.
O art. 775 da CLT que discorre sobre a natureza dos prazos, dispõe que os mesmos, são contínuos e
irreleváveis e continua estabelecendo que podem: entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente
necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada.
A classificação dos prazos quanto aos seus destinatários, dividem-se em:
a) Próprios, quando são destinados às partes, e sujeitos à preclusão, podendo advir de previsão legal
ou fixação pelo juiz da lide, e na ausência de fixação, será considerada a regra do art. 218, §3º, do
NCPC, segundo a qual é de 5 dias o prazo para a parte praticar determinado ato processual; e
b) Impróprios, que são os legalmente previstos e destinados aos juízes e aos servidores do Poder
Judiciário e que não se sujeitam ao fenômeno da preclusão.
Ministério Público, possuem prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer, com base no
Decreto-Lei nº 779/69.
Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão
prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, art. 229 do CPC, há a Orientação
Jurisprudencial da SBDI-1 do TST, OJ nº 310,
Aos prazos impróprios, prevê o art. 658, d, da CLT que os juízes do trabalho deverão despachar e
praticar os atos processuais cabíveis dentro dos prazos legais, os quais, consoante fixa o art. 226 do
CPC, será de 5 (cinco) dias para os despachos, 10 (dez) dias para as decisões interlocutórias, e as
sentenças no prazo de 30 (trinta) dias. O art. 227 do CPC, contudo, faz a ressalva de que, em qualquer
grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, os prazos a que
está submetido. Na prática, sabe-se que, por serem considerados não vulneráveis ao fenômeno da
preclusão, os prazos impróprios são válidos mesmo que praticados fora do prazo estabelecido, o que
não quer dizer que não estejam os praticantes sujeitos às sanções de ordem disciplinar.
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Suspensão
suspensão, entende-se o fenômeno que “paralisa” a contagem do prazo processual, de forma que
quando cessada a causa suspensiva, retoma-se a contagem do prazo de onde ele parou. Situação
diversa se dá com a interrupção do prazo, que quando reinicia, é devolvido integralmente à parte
interessada, como se ele nunca tivesse iniciado. Há o recesso forense anual de 20 de dezembro a 6 de
janeiro, e, conforme disciplina a Lei 5.010/66, estes dias estão compreendidos como feriados, além
dos já fixados, mas não há uniformidade na sua interpretação. Súmula 262 do TST , a qual delineia
que o recesso forense e as férias coletivas do Ministério do TST suspendem os prazos recursais. No
processo trabalhista os prazos processuais serão contínuos (art. 775 da CLT).
DESPESAS
As despesas processuais são os custos econômicos e financeiros do processo despendidos por aqueles
que dele participam,são gênero que tem como espécie as custas, os honorários do perito, do assistente
técnico e do advogado, os emolumentos, as indenizações de viagens, as diárias de testemunhas, as
multas impostas pelo juiz e todos os demais gastos tidos por aqueles envolvidos na relação processual.
Existem duas espécies de despesas processuais: a) voluntárias como os honorários dos assistentes
técnicos; b) obrigatórias como emolumentos e custas.
custas do processo trabalhista
art. 789 da CLT, as custas do processo trabalhista de conhecimento, nos dissídios coletivos e
individuais ou em quaisquer outras ações que sejam de competência da justiça laboral, incidirão na
base de 2%, observando-se o mínimo de R$ 10, 64
Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente quanto às custas, calculadas
sobre o valor atribuído na decisão, ou pelo presidente no Tribunal (art. 789, § 4º da CLT). Caso o
empregado não obtenha o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato
interveniente no processo responderá solidariamente para o pagamento das custas devidas, conforme
dispõe o art. 790 da CLT. As isenções de custas processuais na justiça do trabalho são aplicáveis: aos
empregados beneficiários da justiça gratuita, a União, os Estados, o Distrito Federal, os municípios e
respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem
atividade econômica e o Ministério Público (790, § 3º da CLT)
DISTRIBUIÇÃO E REGISTRO
art. 783 da CLT que a distribuição das reclamações será feita entre as Varas do Trabalho, ou os Juízes
de Direito nos casos previstos no art. 669, § 1º da CLT, pela ordem de sua apresentação ao distribuidor,
quando houver. Serão registradas as reclamações em livro próprio, sendo que este deve ser rubricado
em todas as folhas pela autoridade a que estiver subordinado o distribuidor (784 CLT).
Será fornecido pelo distribuidor ao interessado um recibo com o nome do reclamante e do reclamado,
a data de distribuição, objeto da reclamação e a Vara (ou o Juízo) a que coube a distribuição (785
CLT), sendo que a reclamação verbal será distribuída antes da sua redução a termo De acordo com o
princípio da publicidade, pode ser feita a fiscalização da distribuição tanto pela parte ou por seu
procurador (289 CPC). A distribuição também pode ser por dependência (conexão e continência) (286
CPC), em virtude da “liga. O artigo 286 do CPC aplicável ao processo do trabalho (art. 769 da CLT)
dispõe que serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza. A ideia de conexão está
expressa no art. 55 do CPC, sendo que ela ocorre quando entre dois processos ou mais em curso
perante juízes distintos, há objeto ou causa de pedir comuns. Verifica-se que o objeto é o pedido, a
causa de pedir é constituída dos fundamentos de fato e de direito que ocasionam a propositura da ação
(ALVIM, 2010).
A concepção de continência está mais próxima da ideia de litispendência, estabelecendo o art. 56 do
CPC: dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade quanto às partes e a
causa de pedir, mas o pedido de uma, pode ser mais amplo, abrange os das demais. Assim, as relações
conexas ou que exista relação de continência devem ser reunidas e julgadas conjuntamente, para que
não haja decisões conflitantes (art. 57 CPC). Caso a distribuição seja por dependência, deverá haver a
compensação, sendo que o juízo que recebe um processo a mais, receberá após um a menos,
compensando a anterior distribuição (art. 288 CPC).
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CAPACIDADE PROCESSUAL
A capacidade processual, ou capacidade de estar em juízo é determinada pelo direito positivo às
pessoas que possuem capacidade civil (art. 70 do CPC ), a qual pode ser entendida como faculdade
que tem o indivíduo de praticar todos os atos da vida civil, além de administrar seus bens.
O indivíduo pode ter capacidade de ser parte e não a capacidade processual. Todas as pessoas, têm
capacidade de ser parte, uma vez que são titulares de direitos e obrigações, ou seja, tem capacidade
para ser parte, independentemente de sua idade ou condição psíquica e mental, seja para propor ação,
seja para defender-se. A capacidade de ser parte é um direito que não se limita apenas as pessoas
físicas.A lei processual estende a capacidade de ser parte a alguns entes despersonalizados, a) A massa
falida, pelo sindicato nomeado (CPC, art. 12, III); b) A herança jacente ou vacante, pelo procurador
que for nomeado (CPC, art. 12, IV); c) O espólio, pelo inventariante nomeado e compromissado (CPC,
art. 12, V, e Lei n. 6.858/1980) d) A massa de bens, decorrente da declaração de insolvência civil ao
devedor, pelo administrador que for nomeado (CPC, art. 766, II).
Na seara laboral, a capacidade plena dos empregados dá-se aos 18 anos. A partir deste momento
poderá demandar e ser demandado na Justiça do Trabalho, sendo-lhe lícito, também, constituir
advogado. Tal ilação é extraída do art. 402 da CLT. Exemplo que expõe a capacidade de ser parte,
mas que não há a capacidade processual (de estar em juízo), é o caso dos absolutamente incapazes (art.
17 e art. 71, do CPC), haja vista que a capacidade processual é conferida ao representante ou assistente
do incapaz.
“Jus Postulandi” (art. 791 da CLT): É a capacidade de litigar em juízo, independentemente de
representação por advogado. Exceto no grau de recurso, quando exige que o advogado esteja presente.
Para recorrer, a pessoa tem que ter conhecimento técnico muito apurado. Tem que conhecer os
pressupostos de admissibilidade dos recursos (sejam genéricos ou específicos), e esses conhecimentos
a parte não tem. O jus postulandi limita-se as varas do trabalho e aos TRTs, conforme sum. 425 TST,
não alcançando a ação rescisória, ação cautelar, MS e os recursos ao TST, qual seja o Rec. Revista.
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REPRESENTAÇÃO
atuar em nome de outrem, conforme a vontade do representado, substituindo-lhe. Na esfera processual
há representação quando alguém figura em um dos polos da relação jurídica processual em nome, e
também para salvaguardar os interesses, de outrem.
Há duas espécies de representação. A primeira, a legal, que decorre, como o próprio nome aduz, da
previsão legal, expressa na lei. A segunda espécie é a representação convencional, que é verificada
quando a parte se fazer representar em juízo, sendo que este tipo ocorre quando o empregador é
representado pelo preposto, no âmbito do dissidio individual ou coletivo. Representação judicial, é
dispensada apresentação de procuração neste caso pois consta em ata quem é o advogado (mandado
tácito), neste caso só não pode substabelecer. Sumula 164 TST. OJ. 349 TST Art 830 CLT
A representação no processo laboral pode ser dividida também em geral ou parcial. A geral é o total
exercício da legitimatio ad processum para todos os atos processuais como, por exemplo, a
representação do incapaz, pelo pai, tutor ou curador, enquanto que a parcial é aquela que se detêm em
alguns atos ou fases processuais, como ocorre na representação somente para a audiência de
empregado doente ou que possua motivo poderoso
Representação das pessoas físicas
Toda pessoa física que possui capacidade civil também tem capacidade processual. Porém, quando não
se tem a capacidade civil, conforme o art. 71 do CPC, o indivíduo será representado ou assistido por
seus pais, tutores ou curadores. Na forma do artigo supracitado, ao réu que não tiver representante
legal, ou se houver colisão de interesses entre ele e seu representante, o juiz nomeará curador especial.
Representação do empregado pelo Sindicato
Quando se tratar de ações individuais trabalhistas, os empregados e empregadores podem ser
representados pelo respectivo sindicato da categoria, profissional ou econômica. Frisa-se que o
entendimento majoritário é no sentido que a representação do trabalhador pelo sindicato de sua
categoria profissional não depende de ele ser sócio da associação sindical correspondente
c) Representação do empregado menor
Aos 18 anos o empregado possui a maioridade trabalhista e com essa idade adquire a capacidade
processual. Na seara processual trabalhista, fazendo-se a aplicação dos pressupostos constitucionais,
antes dos 16 anos o menor deveria ser representado pelo responsável legal, e com mais de 16 e menos
de 18, assistido. Conquanto a norma do art. 5º, parágrafo único, V, do CC, expressa que cessa para os
menores a incapacidade pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com 16 (dezesseis) anos completos tenha economia
própria. A CLT, nesse sentido, no seu art. 793, não faz a distinção entre os menores de 14 e 18 anos,
apenas aduz que: a reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita pelos seus representantes
legais e, na falta desses, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo Ministério Público estadual ou
curador nomeado em juízo. Diante do art. 793 da CLT e do art. 5º, parágrafo único, V, do CC, é
possível fazer a seguinte construção hermenêutica:
a) Entre 16 anos completos e 18 anos incompletos – adquire capacidade plena (por emancipação)
para exercer todos os atos da vida civil desde que tenha carteira de trabalho devidamente anotada e
percebendo os direitos sociais trabalhistas correspondentes. Logo, após poder celebrar e rescindir
contrato de trabalho, adquirirá capacidade processual para demandar pessoalmente (jus postulandi) na
Justiça do Trabalho ou contratar advogado para representa-lo.
b) Abaixo de 16 (dezesseis) anos – é incapaz para prática de atos da vida civil. será representado por
quem detenha o poder familiar art. 1634. CC ou, na sua falta, de forma sucessiva, pelo MPT, pelo
sindicato da correspondente categoria profissional, pelo MP estadual ou curador nomeado pelo juiz.
Dessa forma, o menor de 18 anos, mesmo possuindo a capacidade processual não poderá trabalhar em
horário noturno e atividades insalubres, perigosas e penosas ou que comprometam sua sadia qualidade
de vida, e o menor de 14 não pode laborar, apenas se for na condição de aprendiz. Transparece assim,
a preocupação que o legislador tem com o menor, com sua higidez física, mental e moral.
c) Preposto e a representação das Pessoas Jurídicas e outros entes sem personalidade - com o
advento da reforma trabalhista o preposto não mais necessita ser empregado do
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reclamado, conforme estabeleceu expressamente o § 3º, do art. 843 da CLT. Configura-se como um
representante sui generis do empregador pessoa jurídica, que deve substituí-lo em audiência e prestar
declarações que o vincularão para fins de confissão dos atos vinculados a relação processual.
Ressalta-se que o preposto irá apenas representar o empregador na audiência, não podendo interpor
recurso, devido a sua não legitimação para tanto. Se o advogado for empregado do reclamado deverá
optar por atuar como preposto ou como procurador, já que não pode ocorrer a acumulação de funções
na Justiça do Trabalho (art. 23, Código de Ética e Disciplina da OAB).
Para além das pessoas físicas e das pessoas jurídicas, há outros entes, universalidade de pessoas ou de
bens, que embora não possuam personalidade da pessoa física ou jurídica, podem estar representadas
em juízo, como esclarece Bezerra Leite (2015, p. 512):
a) A massa falida, pelo sindicato nomeado (CPC, art. 12, III);
b) A herança jacente ou vacante, pelo procurador que for nomeado (CPC, art. 12, IV);
c) O espólio, pelo inventariante nomeado e compromissado (CPC, art. 12, V, e Lei n. 6.858/1980)
d) A massa de bens, decorrente da declaração de insolvência civil ao devedor, pelo administrador que
for nomeado (CPC, art. 766, II).
Evidencia-se desta maneira, a possibilidade tanto das pessoas físicas e jurídicas comparecem
representadas como os entes sem personalidade jurídica.
Cabe ressaltar, que não pode ser confundida a ilegitimidade de parte com a ilegitimidade de
representação. No primeiro caso o indivíduo que se apresenta como parte não tem condição legal
para tanto, já na ilegitimidade de representação, em contraponto, a parte tem qualidade para ser, mas
pelo fato de não poder figurar no processo se faz representar de modo irregular
Quando ocorrer a ilegitimidade da representação, deve o juiz propiciar a sua regularização, não ela
causa de liminar extinção do processo. Tendo como escopo o processo do trabalho, como não há
despacho saneador, deverá ser adiada a audiência para que haja a correta representação. Se persistir,
cabe à extinção, seja por arquivamento ou à revelia. Exemplo claro, é o menor representado pelo tio,
mesmo que esteja sob o poder familiar.
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EXECUÇÃO
Os recursos no processo do trabalho possuem efeito devolutivo, amplo e profundo (podendo o juiz
modificar tudo), sendo assim, desde a sentença será possível a execução provisória.
Neste momento, impende destacar que a sentença deverá ser líquida, consoante Art.879 CLT, podendo
ser feita a liquidação por: cálculos (mera operação matemática), por arbitramento (neste caso, será
necessário um conhecedor técnico, contador) ou por artigos (um dispositivo concatenando.
Se uma das partes não concordar, apresentará uma impugnação, no prazo de 10 dias, previsto no
mesmo dispositivo legal supracitado.
Logo após, o juiz realizará a homologação dos cálculos, vindo a expedir o mandado de citação e
penhora, fazendo com que o OJ entregue ao devedor o ofício, requerendo que em 48 horas adote uma
das seguintes medidas:
1º- Realizar o pagamento
2º- Realizar o depósito do valor correspondente em uma conta judicial com intuito de discutir algo
nesta execução.
3º- Não tendo valores, nomeará bens à penhora.
4º- Permanecendo inerte, será realizada a penhora forçada.
Em prosseguimento, se houver garantia dada pelo devedor, este poderá apresentar Embargos à
Execução, assim como o credor poderá apresentar impugnação, no caso de estar insatisfeito em
relação à garantia, ambos no prazo de 5 dias, estes mecanismos são tidos como meios de defesa e não
como recursos.
Ao fim, será proferida uma sentença, à qual poderá ser interposto Agravo de Petição na VT, seguindo
ao TRT que proferirá um Acórdão, onde deste caberá Recurso de Revista com fundamento em ofensa à
CF/88.
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Pedido determinado (novo CPC, art. 324), entenda-se como aquele definido quanto à quantidade e
qualidade. O inverso é o pedido genérico ou indeterminado.
O pedido indeterminado é uma exceção.
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O pedido genérico, sem amparo da norma processual em estudo, resultará em sentença sem
resolução de mérito (CPC, art. 485, inc. I), com amparo de inépcia da petição inicial (novo CPC,
art. 330, § 1º, inc. II).
No que se refere ao pedido certo, as exceções legais sempre foram os pedidos implícitos, que a
jurisprudência e a doutrina processual trabalhista sempre admitiram também como aplicáveis ao
processo do trabalho, tais como as prestações sucessivas (art. 323 do CPC), os juros e a correção
monetária, assim como também parece claro que se aplicará o mesmo tratamento, após a reforma
trabalhista, às verbas de sucumbência e honorários advocatícios, na forma do art. 322, § 1o, do
CPC. A incidência da multa prevista no art. 467, poderiam ser inseridas dentro do conceito de
pedido implícito.
O pedido já determinado na petição inicial, isso resultará em uma sentença líquida (NCPC, art.
492, parágrafo único), não dependendo, por conseguinte, de sua posterior liquidação (novo CPC,
art. 509 e segs).
Um dos pedidos mais comuns no processo do trabalho, que é o pedido de pagamento de horas
extras. O fundamento da necessidade da cautelar seria a aferição dos cartões de ponto e dos recibos
de pagamento que estão na posse do empregador.
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