Você está na página 1de 17

1

CENTRO UNIVERSITÁRIO REDENTOR

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA ORTOMOLECULAR,


BIOFUNCIONAL E FITOTERAPIA

USO DO FITOTERÁPICO CAMÉLIA SINENSIS TRATAMENTO DA


OBESIDADE

Vera Lúcia Medeiros Santos

Orientador: Prof. Cristina Fajardo Diestel

Rio de Janeiro

2018
2

CENTRO UNIVERSITÁRIO REDENTOR

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO CLÍNICA ORTOMOLECULAR,


BIOFUNCIONAL E FITOTERAPIA

USO DO FITOTERÁPICO CAMELLIA SINENSIS TRATAMENTO DA


OBESIDADE

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como método parcial de
avaliação para obtenção de certificado
de especialização em Nutrição Clínica
Ortomolecular, Biofuncional e
Fitoterapia.·.

Vera Lúcia Medeiros Santos

Orientador: Prof. Cristina Fajardo Diestel

Rio de Janeiro

2018
3

RESUMO

A obesidade é considerada como um importante problema de saúde pública no


mundo, sendo responsável por diversas patologias. A Organização Mundial de Saúde,
tem a estimativa que no ano de 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com
sobrepeso e mais de 700 milhões, obesos. O chá-verde originário da planta Camellia
sinensis L. é bastante estudado como possivelmente eficaz na perda de peso. Nessa
perspectiva, esta pesquisa teve como objetivo revisar na literatura científica a ação do
chá verde (Camellia sinensis L.) no tratamento da obesidade. Realizou-se um estudo
bibliográfico do tipo exploratório-descritivo, utilizando-se os bancos de dados SCIELO,
Google acadêmico, Science direct, com as palavras-chave mediante consulta aos
Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da Bireme: Chá verde, obesidade,
fitoterapia. Os mecanismos de atuação da camélia sinensis incluem a, inibição de
enzimas reguladoras do metabolismo lipídico e expressão de genes ativadores da
oxidação de gordura. Entende-se que apesar de apresentarem resultados positivos,
a área necessita de investigações mais apuradas quanto os efeitos de seu uso de
maneira científica, e melhor forma de prescrição no tratamento da obesidade. Assim
é relevante o desenvolvimento de mais pesquisas para melhor padronizar os suas
ações e efeitos.

Palavras-chave: chá verde. obesidade. Fitoterapia. Camélia Sinensis.


4

ABSTRACT

Obesity is considered as an important public health problem in the world, being


responsible for various pathologies. The World Health Organization has the estimate
that in the year 2025, about 2.3 billion adults are overweight and more than 700 million,
obese. The tea-green originating from the plant Camellia sinensis L. is quite efficient
in weight loss. In this perspective, this research aimed to revise in the scientific
literature the action of green tea (Camellia sinensis L.) in the treatment of obesity. A
bibliographical study of the exploratory-descriptive type was carried out, using the
SCIELO databases, Google scholar, Science Direct, with the keywords by consulting
the descriptors in Health Sciences (DeCS) of the Bireme: green tea, Obesity, herbal
medicine. The acting mechanisms of the Camellia sinensis include the inhibition of
enzymes regulating lipid metabolism and the expression of activators of fat oxidation.
It is understood that despite presenting positive results, the area needs more accurate
investigations as to the effects of its use in a scientific manner, and better form of
prescription in the treatment of obesity. So it is relevant to develop more research to
better standardize its actions and effects.

Key words: Obesity. Phytotherapy. Camélia Sinensis.


5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 06
2 OBJETIVO................................................................................................ 09
3- JUSTIFICATIVA....................................................................................... 10
4- MÉTODO.................................................................................................... 11
5- DESENVOLVIMENTO............................................................................... 12
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 18
REFERÊNCIAS .......................................................................................... 19
6

1- INTRODUÇÃO

A obesidade é considerada como um importante problema de saúde pública no


mundo, sendo responsável por diversas patologias. De acordo com a Organização
Mundial de Saúde, a estimativa é que no ano de 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos
estejam com sobrepeso e mais de 700 milhões, obesos. (OMS, 2012). No Brasil
aproximadamente 50% da população estão acima do peso.(VIGITEL) (BRASIL, 1999,
2012),

Trata-se de um problema global que afeta tanto países desenvolvidos como


países em desenvolvimento. É uma doença crônica de origem multifatorial que
engloba vários fatores biológicos, socioeconômicos, psicológicos e ambientais. O
consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura e pobre em fibras aliados a falta de
atividade física juntamente com o tempo gasto na televisão e aparelhos eletrônicos
como um todo, modificam a qualidade de vida, levando ao aumento da incidência de
sobrepeso e obesidade (CORSO, 2012).

A obesidade pode ser definida como acúmulo de tecido adiposo no organismo,


caracterizado, principalmente, pelo desequilíbrio do que se ingere ao que se gasta de
energia. A obesidade está associada a diversas comorbidades: Diabetes tipo II,
Dislipidemia e Hipertensão Arterial Sistêmica (RIVERA, 2010). Estas patologias
associadas a obesidade torna–se um assunto bastante discutido nas últimas décadas
por ser um fator determinante de qualidade de vida. O número de obesos atingindo
abrange diversas faixas etárias, bem como seus agravos à saúde e a interação social
(PASSOS et al, 2005). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se
que, pelo menos, 1 bilhão de pessoas estejam com excesso de peso e
aproximadamente 300 milhões sejam obesos (HASLAW et al, 2005).

Dentre os tratamentos para o excesso de peso e obesidade destaca-se, além


das medidas primordiais de mudança do estilo de vida, o uso da Camellia sinensis –
chá verde, pode ser um potente auxiliar pelo seu, possível efeito metabólico quanto a
redução e manutenção do peso corporal. A maneira como a Camellia sinensis é mais
comumente usada é na forma de chá, considerado a segunda bebida mais popular e
saudável desde a Antiguidade. (ALTERIO, FAVA e NAVARRO, 2007).
7

A Camellia sinensis L. é de origem asiática, pertencente à família Theaceae.


Do processamento desta planta, obtêm-se os tipos de chás conhecidos como chá- da-
índia ou chá verde (PEREIRA et al, 2010). Segundo Ornelas (2007), entende-se por
chá exclusivamente o produto obtido por meio do processamento adequado de partes
́ imo três tipos de chás,
da planta Camellia sinensis, da qual são produzidos no min
diferenciáveis por seu grau de fermentação. A Camellia sinensis é um arbusto de
origem asiática, pertencente à famiĺ ia Theaceae. Do processamento desta planta,
obtêm-se os tipos de chás genericamente conhecidos como chá-da-in
́ dia ou chá
verde, oolong e chá-preto, em referência ao produto resultante do preparo de
fermentação diferencial das folhas (SÁ; TURELLA e BETTEGA, 2007).

Para se produzir o chá verde, é feita uma rápida inativação da polifenol-


oxidase; as folhas frescas da planta são submetidas ao calor seco em alta
temperatura, preservando seus compostos fenólicos. Já o chá-preto passa por vários
processamentos, inclusive pela fermentação, que promove a oxidação enzimática de
seus constituintes (PIMENTEL; FRANCKI e GOLLÜCKE, 2005; PEREIRA et al, 2010).
O chá verde, obtido da planta Camellis sinensis é uma bebida da classe dos alimentos
funcionais e tem sido objeto de vários estudos que demonstram sua possível eficácia
na redução do peso corporal e da gordura corporal, bem como na prevenção da
obesidade e as doenças a ela associadas. (AUVICHAYAPAT e COLABORADORES,
2008). É descrito que o chá verde possui efeito termogênico e a capacidade de oxidar
a gordura corporal resultando no auxílio à perda de peso em humanos. As catequinas,
principalmente a epigalocatequinagalato presentes no chá verde são as principais
responsáveis por esses benefić ios (Alterio, Fava e Navarro, 2007).

A partir da exposição de seus efeitos benéficos, o chá verde tem sido bem
aceito pelas pessoas, principalmente por aquelas que estão acima do peso e também
́ uos eutróficos que tem por finalidade a manutenção do seu peso corporal
por individ
(CRUZ, 2010).Os flavonoides e polifenóis do chá inibem a catecol-O-metiltransferase
(COMT), uma enzima responsável pela degradação da noradrenalina –
neurotransmissor envolvido na termogênese e na oxidação de gorduras, que evita o
aumento no tamanho e quantidade das células de gorduras os adipócitos e,
consequentemente, seu armazenamento no organismo de forma a auxiliar a regular
o peso corporal. (LIMA et al, 2009). Os mecanismos fisiológicos atuação do consumo
8

de chá verde incluem a ativação do sistema nervoso central, inibição de enzimas


reguladoras do metabolismo lipídico.(RAYALAM, DELLA-FERA; BAILE, 2008)

2- OBJETIVO

Descrever o efeito da Camellia sinensis no tratamento da obesidade.

3- JUSTIFICATIVA

O uso da Camellia sinensis vem sendo analisado, enquanto eficácia e ação no


tratamento da obesidade. A utilização popular dessa planta é crescente no que se
refere ao emagrecimento, porém ainda há necessidade de uma base científica que
suporte seu uso clínico e possíveis resultados positivos. Assim, é relevante o
desenvolvimento de mais pesquisas que abordem melhor as propriedades, e
mecanismos de ação do chá verde padronização de seus efeitos no tratamento para
obesidade.

4- MÉTODO

Realizou-se um estudo bibliográfico do tipo exploratório-descritivo, utilizando-


se os bancos de dados SCIELO, Google acadêmico, Science direct, com as palavras-
chave mediante consulta aos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da Bireme:
́ os artigos sobre o
Camellia sinensis, fitoterapia, chá verde, obesidade. Foram incluid
consumo de chá verde na perda de peso e sua relação com o excesso de peso e
obesidade. Selecionaram-se artigos publicados em revistas indexadas entre 2008 e
2016.
9

5- DESENVOLVIMENTO

A prevalência da obesidade é um problema global que afeta tanto países


desenvolvidos como países em desenvolvimento. É uma doença crônica de origem
multifatorial que engloba vários fatores biológicos, socioeconômicos, psicológicos e
ambientais. A substituição por alimentos ricos em açúcar e gordura e pobre em fibras
aliados a falta de atividade física juntamente com o tempo gasto em TV e aparelhos
eletrônicos, modificam a qualidade de vida (CORSO, 2012).

A obesidade pode ser definida como acúmulo de tecido adiposo distribuído no


corpo, caracterizado pelo desequilíbrio do que se ingere ao que se gasta de energia,
é um fator que se associa a várias comorbidades: Diabetes tipo II, Dislipidemia e
Hipertensão Arterial Sistêmica (RIVERA, 2010).

Alguns fatores podem estar relacionados com a obesidade como: fatores


genéticos, endócrinos, neurológicos, psicológicos, ambientais e fatores nutricionais, e
na grande maioria das vezes as causas da obesidade são hábitos alimentares
errôneos com alta ingestão calórica e baixo gasto energético, sendo um forte
contribuinte para o desenvolvimento de patologias associadas como cardiopatias,
diabetes, hipertensão, acidente vascular cerebral, entre outras.l (MOHAMED, et al,
2014).

. Com o modo de vida atual das pessoas, a cada dia cresce o número de
obesos. As pessoas obesas vivenciam uma série de problemas que acabam
atrapalhando a qualidade de vida e a interação social (MORENO et al, 2005) Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, pelo menos, 1 bilhão de
pessoas esteja com excesso de peso e aproximadamente 300 milhões sejam obesos
(HASLAM et al, 2005).

A obesidade representa um risco de vida pois o aumento de peso desencadeia


outras doenças como diabetes, acidente vascular cerebral, doenças cardiovasculares,
dislipidemia, aterosclerose, artrite, síndrome de apneia do sono, refluxo
gastroesofágico, infertilidade, alguns tipos de câncer, entre outras (NOGUEIRA et al,
2013).

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)


verificou-se nos anos de 2002-2003 uma prevalência entre a população com 20 anos
10

de idade, sendo a incidência maior para os homens com 41,1% enquanto para as
mulheres o índice de 8,9% (WHO, 2009).

A doença é uma epidemia mundial e afeta cerca de 1,7 bilhões de pessoas. No


Brasil a 2% da população apresenta a obesidade grau III ou mórbida, quando o Índice
de Massa Corpórea (IMC) é maior que 40kg/m². Tratar a obesidade é complexo, pois
apenas a perda de peso não soluciona a obesidade e, sim, a manutenção do peso
após a perda. Tratamentos farmacológicos são apenas um paliativo para atingir o
peso ideal, mas não o suficiente. É preciso um conjunto de ações como a adoção de
dieta ou plano alimentar com baixa quantidade de gordura que seja capaz de
promover a quantidade de proteína, vitaminas e sais minerais necessárias ao corpo
humano (WHO, 2009).

O tratamento da obesidade requer ações e planejamento integrados que


possam facilitar a recuperação da qualidade de vida do indivíduo. Na tentativa de
buscar soluções para o tratamento da obesidade tem despontado, além de adoção
de práticas alimentares adequadas, o uso de fitoterápicos na diminuição do peso
corporal, sendo a Camellia sinensis, ou chá verde, uma das principais alternativas
estudadas. As pesquisas vem revelando de forma crescente que o efeito das
propriedades compostas nesse fitoterápico restauram os estados patológicos e por
ser um produto de fácil acesso, o seu custo é baixo e seu uso vem sendo um
importante aliado no manejo nutricional (MORENO et al, 2005).

A composição química do chá verde inclui diversas classes de compostos


fenólicos ou flavonóides, tais como flavonóis e ácidos fenólicos, além de cafeína,
pigmentos, carboidratos, aminoácidos e certos micronutrientes como as vitaminas B,
E, C e minerais como o cálcio, magnésio, zinco, potássio e ferro. Os principais
flavanóis presentes no chá verde são os monômeros de catequinas (Cardoso, 2011).

As catequinas do chá verde incluem, por exemplo, a catequina (C), a


galocatequina (GC), a epicatequina (EC), a epigalocatequina (EGC), a epicatequina
galato (ECG) e a epigalocatequina galato (EGCG). Os flavonoides e polifenóis do chá
inibem a catecol-O-metiltransferase (COMT), enzima responsável pela degradação da
noradrenalina – neurotransmissor envolvido na termogênese e na oxidação de
gorduras, evitando assim, o aumento no tamanho e quantidade de adipócitos e,
11

consequentemente, prevenindo o depósito de gordura no organismo e regulando o


peso corporal (Cardoso, 2011)..

Os mecanismos fisiológicos de atuação da suplementação de chá verde


incluem a ativação do sistema nervoso central, inibição de enzimas reguladoras do
metabolismo lipídico e o aumento da expressão de genes ativadores da oxidação de
gordura. Estudos apontam também que os compostos bioativos do chá verde exercem
um papel preponderante na prevenção de doenças crônicas e no processo
inflamatório crônico como a obesidade e síndrome metabólica. (Cardoso, 2011)

Estudos realizados em humanos e ratos comprovaram que o chá verde diminui


a concentração de colesterol e o perfil lipídico, como, lipoproteína de baixa densidade
(LDL) e triacilglicerol (Nagao e colaboradores, 2005). Além desses, Duloo et al (1999)
pesquisaram sobre a diminuição do gasto energético de 24 horas e do quoeficiente
respiratório de 24 horas e aumento na excreção da urina das pessoas que
consumiram o chá verde.

Os efeitos termogênicos do chá verde resultam de interações entre catequinas,


cafeína e noradrenalina. A catequina inibiria a COMT (catecol-ometiltransferase
hepática), enzima responsável por degradar a noradrenalina na fenda sináptica, o que
prolongaria seu efeito, a cafeína inibiria o complexo enzimático fosfodiesterase, que
degrada AMP-c, prolongando seu efeito na célula (WESTERTERP ;WESTERTERP-
PLANTENGA 2006). Essa interação sinérgica resultaria em um aumento e efeito
prolongado da noradrenalina na termogênese (Duloo e colaboradores, 1999; Duloo e
colaboradores, 2000 e Diepvens, Westerterp e Westerterp-Plantenga, 2006). Para
Diepvens, Westerterp e Westerterp-Plantenga (2006), o chá verde teria propriedades
anti-angiogênicas que poderiam prevenir o desenvolvimento de sobrepeso e
obesidade.

A Camellia sinensis é muito estudada por possuir em sua composição as


catequinas, especialmente a epigalocatequina galato (EGCG), as quais, em ação
sinérgica com seus outros componentes, trazem diversos benefícios não apenas na
redução de gordura corporal, mas também em relação à ação antioxidante, auxiliando
na profilaxia de enfermidades como diabetes e dislipidemias, além de doenças
cardiovasculares, ateroscleróticas, entre outras (Beltran et al, 2014).
12

Sabe-se que a infusão é a melhor maneira de se consumir a Camelia sinensis,


pois o chá reduz os efeitos indesejáveis. Em contrapartida, a absorção de seus
bioativos também é reduzida; sendo assim, o consumo da bebida é indicado várias
vezes ao dia e de maneira contínua (Beltran et al, 2014).

A proporção adequada de consumo ainda deve ser mais avaliada, pois os


estudos não são conclusivos. Para avaliar mais detalhadamente seus mecanismos de
ação, o chá verde necessita de estudos mais específicos, uma vez que fica clara a
dificuldade de avaliação nos resultados que envolvem seres humanos, pois variáveis
como hábitos de vida e metabolismo dificultam a padronização de seus efeitos. Outro
ponto que ainda deve ser abordado são as interações medicamentosas, em razão de
seus efeitos adversos não serem totalmente elucidados. A bebida não deve ser
consumida por grávidas e por pessoas com sensibilidade a seus componentes,
principalmente à cafeína, que pode provocar efeitos colaterais se consumida em
excesso (Beltran et al, 2014). O Chá Verde é totalmente não fermentado por causa do
processo de eliminação das enzimas. Cada ano uma variedade grande de Chá Verde
é produzida na China. Entre eles, os principais são: Sencha, o Gunpowder e
Chunmee. A folha e o caldo verde são as principais características do Chá Verde. A
eliminação de enzimas, a secagem e a mistura são os processos básicos para a
preparação do Chá Verde. As folhas são colhidas ainda jovens, antes de estarem
completamente desenvolvidas. Procede-se rapidamente a secagem e são enroladas
ainda quentes para a formação do Chá Verde. As folhas são expostas a vapor d’água
e depois as expõem a altas temperaturas com a finalidade de eliminar a fermentação.
Logo após são secas rapidamente, adquirindo assim um produto final de cor verde
escura e forma enrolada.

A fim de apresentar os resultados desta revisão em um formato sinóptico,


elaborou-se um quadro síntese (Quadro 1) que enfatiza informações relevantes dos
estudos selecionados.

Quadro 1 - Síntese dos estudos que compuseram a amostra final.


13

TÍTULO/BASE DE DADOS/ PAÍS OBJETIVO TIPO DE RESULTADOS


ESTUDO
Araujo, L.R.S; Farias, L.O; Silva, N.F.L; A pesquisa teve pesquisa de Os dois tipos
Caldas, J.N.C; Coelho, F.O.A.M; Lima, como objetivo campo com estudados de
J.R.C; PINHO verificar a abordagem chás
aceitação do chá quantitativa apresentaram
verde e do chá aceitação
termogênico e positiva pelo
posteriormente público-alvo da
determinar o mais pesquisa,
aceito entre os ambos podem
dois. ser utilizados
como
instrumentos
complementare
s no processo
de
emagrecimento.
Alterio, A. A.; Fava, D. A. F. Navarro, F Avaliar o efeito do Revisão O chá verde
chá verde na bibliográfica tem efetividade
perda de peso e na prevenção e
sua manutenção controle de
peso.
Agência Nacional de Vigilância Descrição dos Revisão Conhecer
Sanitária. Formulário de Fitoterápicos fitoterápicos bibliográfica inúmeros
Farmacopeia Brasileira. existentes no trabalhos
Brasil desenvolvidos
por pessoas
sérias e com
total
comprometimen
to técnico e
científico que
buscam nessa
alternativa
terapêutica uma
forma eficaz e
segura de
aplicação
médica
14

Beltran, C. C et al Conhecer os Revisão O chá verde


benefícíos do chá bibliográfica demonstra
verde no efetividade na
metábolísmo dá maioria das
gordurá corporál pesquisas
observadas,
porém sua
utilização ainda
deve ser
estudada, pois
os mecanismos
de ação são
variados, e a
dosagem certa
a ser
consumida não
possui
recomendação
exata

6- CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Camelllia Sinensis parece ser eficaz no auxílio ao tratamento da obesidade.


O efeito é realizado pelo aumento da oxidação lipídica e energética, por possuir em
sua composição as catequinas, as quais, em ação sinérgica com seus outros
componentes, trazem diversos benéficios como redução de gordura corpora mas,
também, em relação à ação antioxidante.

Sugere-se que a infusão seja uma das melhores maneiras de se consumir a


Camellia sinensis, pois o chá reduz os efeitos indesejáveis, sendo o consumo da
́ ua. A proporção adequada de
bebida indicado várias vezes ao dia e de maneira contin
consumo ainda deve ser elucidada, pois os estudos avaliados não são conclusivos.
Para avaliar mais detalhadamente seus mecanismos de ação, a Camellia sinensis
necessita de estudos mais especif́ icos, quanto sua padronização uma vez que fica
clara a dificuldade de avaliação nos resultados que envolvem seres humanos, pois
variáveis como hábitos de vida e metabolismo podem infuenciar seus efeitos. Outro
ponto que ainda deve ser abordado são as interações medicamentosas, em razão de
seus efeitos adversos não serem totalmente elucidados. A bebida não deve ser
consumida por grávidas e por pessoas com sensibilidade a seus componentes,
15

principalmente à cafein
́ a, que pode provocar efeitos colaterais se consumida em
excesso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Araujo, L.R.S; Farias, L.O; Silva, N.F.L; Caldas, J.N.C; Coelho, F.O.A.M; Lima, J.R.C;
PINHO. Aceitação do chá verde e do chá termogênico como instrumento
complementar por pessoas com desejo de emagrecer. SANARE. V.14 . Suplemento
COPISP.2015.

Alterio, A. A.; Fava, D. A. F. Navarro, F. Interação da ingestão diária de chá verde


(camellia sinensis) no metabolismo celular e na célula adiposa promovendo
emagrecimento. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. Vol. 1.
Núm.3. p.27-37. 2007. Disponível em: <http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/arti
cle/view/26/24>

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos Farmacopeia


Brasileira. Brasília: Anvisa; 2011.

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de


Diretoria Colegiada no. 48 de 16 de março de 2004. Aprova o regulamento técnico de
medicamentos fitoterápico junto ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. DOU.
Diário Oficial da União, Poder Executivo, DF, Brasília, 18 mar. 2004. 23.

Brasil. Ministério da Saúde. Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para doenças


Crônicas por inquérito Telefônico. 2012. Disponível em:
<http://portalsaude.saude.gov.br/arquivos/pdf/ acesso em 15 de julho de 2018.

Brasil. Ministério da Saúde do Brasil. Resolução nº89, de 16 de março de 2004.


Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na Atenção
Básica. Brasília: Secretaria de Atenção à Saúde; 2012.
16

Brasil. Ministério da Saúde. Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para doenças


Crônicas por inquérito Telefônico. 2012. Disponível em:
<http://portalsaude.saude.gov.br/arquivos/pdf/
2012/Ago/22/vigitel_2011_final_0812.pdf>

Beltran, C. C et al. Os benefícios do Chá Verde no metabolismo da gordura corporal.


Revista Científica da FHO|UNIARARAS. São Paulo, v. 2, n. 1/ 2014.

Brito, L. P; Navarro, A. C. Avaliação da composição corporal decorrente de


alimentação suplementar por chá verde e prescrição de exercício físico. Revista
Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. v. 2. n. 8. 2008.

Cardoso, G. A. Efeito do consumo de chá verde aliado ou não ao treinamento de força


sobre a composição corporal e taxa metabólica de repouso em mulheres com
sobrepeso ou obesas. 128 f. Dissertação (Mestre em Ciências e Tecnologias de
Alimentos) – Departamento de Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2011.

Cardoso, G. A; Salgado, J. M; Cesar, M. C. Avaliação do efeito do consumo de


Alfonso, Valenzuela B. El consumo te y la salud: características y propiedades
benéficas de esta bebida milenaria. Revista Chilena de Nutrición. Santiago. Vol. 31.
Num. 2. 2004.

Dulloo A.G.; Seydoux J.; Girardier L.; Chantre P.; Vandremander J. Green tea
andthermogenesis: interactions between catechinpolyphenols, caffeine and
sympathetic activity. International Journal Obesity and Related Metabolic Disorders.
Vol. 24. Num. 2. 2000

Hernandez-Figueroa T.T.; RodriguezRodriguez E.; Sanchez-Muniz F.J. The green tea,


a good choice for cardiovascular disease prevention? Archivos Latinoamericanos de
Nutrición. Caracas. Vol. 54. Num. 4. 2004

Nagao T.; Komine Y.; Soga S.; Meguro S.; Hase T.; Tanaka Y.; Tokimitsu I. Ingestion
of a tea rich in catechins leads to a reduction in body fat and malondialdehyde-
modified LDL in men. American Journal of Clinical Nutrition. Vol. 81. Num. 1. 2005

IBGE. Análises da Disponibilidade Domiciliar de Alimentos do Estado Nutricional no


Brasil. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003. Rio de Janeiro, IBGE 2004.
Disponível em http: . Acesso em 10 jun.2008. Acesso em: 16 agos 2014.
17

Cruz, M.M. Intervenção nutricional no tratamento cirúrgico da obesidade mórbida:


resultados de um protocolo diferenciado. Rev Nutr Campinas, v.17, n.2, p.263-77,
2004.

Kao Y.H.; Hiipakka R.A.; Liao S. Modulation of endocrine systems and food intake by
green tea epigallocatechin gallate. Endocrinology. Vol. 141. Num. 3. 2000. p.980- 7.

Ribeiro PCP, de Oliveira PBR. Culto ao Corpo: beleza ou doença? Adolescência &
Saúde 2011; 8(3):63–69. 13.

Nogueira F, Souza A, Brito A. Prevalence of the use and ergogenic resources effects
by body builders in Brazilian academies: a systematic review. Revista Brasileira de
Atividade Física & Saúde 2013; 18(1):16-30

Who. World Health Organization. Obesity And Overweight . 2009. 11.

Who. World Health Statistics 2012 (World Health Statistics Annual) Geneva; 2012.

Fitoterápicos aplicados à obesidade Demetra; 2016; 11(2); 473-492 489 12.

Você também pode gostar