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AVALIAÇÃO Q UALITATIVA E

Q UANTITATIVA DAS ÁGUAS


CONTÉUDO

 Ciclo hidrológico
 Conceitos de hidrologia
 Águas Subterrâneas
 Redes de monitoramento
 Parâmetros de avaliação de qualidade das
águas superficiais e subterrâneas
C ICLO HIDROLÓGICO
C ICLO HIDROLÓGICO

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
C ICLO HIDROLÓGICO

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
C ICLO HIDROLÓGICO

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C ONCEITOS DE HIDROLOGIA

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Hidráulica e Ambiental/USP, 2011)
P RECIPITAÇÃO
PLUVIOMÉTRICA

 Parcela da chuva que se transforma em escoamento superficial devida ao


excesso de chuva sobre a capacidade de infiltração do solo:

t
Parte da Chuva
que infiltra
Precipitação
i, f Efetiva (Pe):

 Separando o hidrograma superficial, a precipitação efetiva deve ser igual


ao volume do escoamento superficial dividido pela área da bacia.

Pe = Ves / Abacia
E SCOAMENTO S UPERFICIAL
Qs

Qss
Qb
Seção do Riacho
Seção do rio
Seção AA Q = Qs + Qss + Qb
B

Qs = escoamento mais rápido


Qss = escoamento mais lento que Qs
Qb = escoamento muito lento C
A
A = início do escoamento
C = fim do escoamento rápico t
t ti tf
b
C ONCEITOS DE HIDROLOGIA

(Departamen
to de
Engenharia
Hidráulica e
Ambiental/U
SP, 2011)
C ONCEITOS DE HIDROLOGIA

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
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Medição por velocidade

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(Departamento de
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R EGIONALIZAÇÃO DE VAZÕES

Q=?

• Gerar
informação de
vazão em locais
sem dados.

34
VALORES CARACTERÍSTICOS

 Q7,10 - Vazão de referência como a média das vazões


de 07 dias consecutivos da estiagem com tempo de
retorno de 10 anos.
 Q90 - Vazão de referência definida pela estimativa da
curva de permanência das vazões naturais, cuja
probabilidade de superação é de 90%.
 Q95 - vazão com 95%, utilizada como estimador da
energia firme.
 Q50 - significa que 50% dos valores estão abaixo ou
acima deste valor, mas geralmente é menor que a
vazão média.
VALORES CARACTERÍSTICOS
R EGIONALIZAÇÃO DE VAZÕES :
MOTIVAÇÃO

 Medir vazões é um procedimento relativamente caro.

 Existem poucos postos fluviométricos com dados.

 Normalmente não existem dados de vazão exatamente no


local necessário.

 Assim, muitas vezes é necessário estimar valores a partir


de informações de postos fluviométricos próximos.

 A este procedimento, quando realizado de forma


cuidadosa e detalhada dá se o nome de regionalização
hidrológica.
O BJETIVO DA REGIONALIZAÇÃO

 Equações de regionalização para:


 Vazão média
 Vazões mínimas (Q7,10)
 Vazões da curva de permanência (Q50;
Q90; Q95)
 Vazões máximas (QTR=100 anos)
E STIMATIVA
PRELIMINAR :
RELAÇÃO DE ÁREAS DE DRENAGEM

Local de interesse

Local de medição

 A forma mais simples


de regionalização
hidrológica é o
estabelecimento de
uma relação linear
entre vazão e área de
drenagem da bacia.
VAZÃO ESPECÍFICA

 É útil, quando se usa a relação de áreas,


calcular a vazão específica de uma região:

QA
qA
AA

3 1 1
m s l s
2 ou 2
Unidades:
km km
VAZÃO ESPECÍFICA

Q90
q90
A

Q7 ,10
q7 ,10
A
Qmed
qmed
A
VAZÃO ESPECÍFICA

Local de interesse

Local de medição

Qual deve ser escolhido?


C ARACTERÍSTICAS DA CURVA DE
PERMANÊNCIA

Vazões
Q freqüentes
mínimas

máximas

probabilidade

• Usos: navegação, PCh, conservação ambiental, etc.


• Séries: geralmente vazões diárias.
• Características da curva - três trechos: vazões
máximas, patamar freqüente e vazões extremas
inferiores.
Curvas de Permanência

Q10%

Q20%
Q25%

Q80% Q75%
Q90%

Curva de permanência – vazões diárias. Período anterior e posterior a UHE Sobradinho.


D IQUES E TALUDES MARGINAIS AO RIO  DESCONEXÃO

TRANSVERSAL DO RIO ( CALHA FLUVIAL – VÁRZEAS )

Áreas inundáveis
Áreas inundáveis sazonalmente
sazonalmente
D IQUES E TALUDES MARGINAIS AO RIO  DESCONEXÃO

TRANSVERSAL DO RIO ( CALHA FLUVIAL – VÁRZEAS )

Área protegida
Perímetro irrigado

Talude estrada Dique


P RINCIPAIS BENEFÍCIOS AMBIENTAIS E ECOLÓGICOS INIBIDOS PELAS

ALTERAÇÕES HIDROLÓGICAS

Retenção de sedimentos, nutrientes, bioelementos


 Obstáculos a migrações longitudinais
R EDE P LUVIOMÉTRICA

 Catálogo dos postos brasileiros: publicado pelo DNAEE/ANEEL


com o catálogo de todos os postos até uma determinada data.

 Banco de dados Hidroweb.

 Postos com características climáticas: precipitação (com


pluviógrafo), Evaporação (tanque Classe A ou evaporímetro),
umidade, velocidade do vento, radiação do solar e insolação,
temperatura.

 Postos pluviométricos: pluviômetro ou pluviógrafo.

 Rede extensa com séries longas. As séries mais longas são dos
postos INEMET geralmente do início do Século XX.

 Estes postos estão localizados por latitude e longitude,


geralmente possuem informações de altitude, município de
localização, período da série e tipo de dado.
R EDE F LUVIOMÉTRICA

 Catálogo de postos fluviométricos publicado pelo DNAEE/ANEEL .

 Banco de Dados Hidroweb.

 A maioria dos postos é da ANA.

 Os postos podem medir somente nível, gerar vazões, amostras de


sedimentos e de qualidade da água.

 O intervalo de medição dos postos pode ser com duas leituras


diárias 7 e 17h ou com linígrafo com medição contínua de níveis.

 Os postos estão classificados de acordo com as bacias hidrográficas


brasileiras com numeração que início com 1 a 8 (oito bacias).

 A caracterização é realizada pelo rio com o nome da seção.

 São informadas a área da bacia, município, latitude e longitude,


período da série, disponibilidade das informações citadas acima.
F LUVIOMETRIA

 O objetivo é obter os níveis e vazões ao longo do tempo


num rio.

 A série de níveis pode ser obtida ao longo do tempo, pela


leitura de uma régua através de observador ou aparelho,
mas a vazão somente é obtida através de método indireto.

 Para obtenção da vazão é necessário construir uma curva


que relaciona nível e vazão, chamada curva-chave.

 A curva-chave é obtida através de medidas amostrais de


vazão ao longo do tempo no local de observação de níveis.

 Com estas medidas é possível determinar a curva chave e,


a partir desta, obter a série de vazões.
L OCALIZAÇÃO DA SEÇÃO
MEDIÇÃO E LEITURA DA RÉGUA

 Trecho com seção


aproximadamente uniforme Seção de leitura
do rio

 Trecho em reta, sem curvas

 Leito fixo, com baixa Seção de


mobilidade
medição
 Sem obstrução ou controle de
jusante como pontes,
estreitamento, lagos e oceano

 Próximo da residência do
observador Lance
de
 Seção de fácil medição de
régua
vazão
M EDIÇÃO DA VAZÃO
 A quantidade das medidas não é o mais
importante, mas a amostragem das
mesmas. Método do molinete
Q viAi
 Geralmente é possível obter medidas
para as vazões mais freqüentes, mas
para as vazões raras superiores ou
vi
inferiores as medidas dependem de
estar preparado para fazê-las.

 Métodos: molinete; barco móvel, ADCP.

 O método com o molinete é utilizado Ai


para rios pequenos e médios o do barco
móvel para grandes rios e o ADCP é a
Velocidade
evolução recente da hidrometria que
média em
permite com aparelhos adaptados a
cada seção
profundidade do rio medir nas
diferentes condições, mas o aparelho 53
tem custo alto.
C ONSISTÊNCIA

 Baseada em índices como: coeficiente de escoamento=


Q/P, valores médios anuais. Permite retirar erros de
tendenciosidade.

 Vazão específica regional: na região é possível conhecer


para a maioria dos postos os valores médios de vazão
específica em l/(s.km2).

 Uso da continuidade de volumes: vazões médias,


mínimas e máximas.
R EDES DE MONITORAMENTO
MONITORAMENTO HÍDRICO
D EFINIÇÕES :

Sanders et al. “A rede de monitoramento é a


(1983) localização espacial (frequência espacial)
dos pontos de amostragem e, portanto o
projeto da rede de monitoramento
significa a definição dos pontos de
amostragem, da frequência temporal e
duração da amostragem e da seleção das
variáveis a serem medidas”.
MONITORAMENTO HÍDRICO
D EFINIÇÕES :

Bartram & “Coleta de informações em locais pré-


Balance determinados em intervalos
(1996) temporais regulares com o objetivo
de obter dados que possam ser
utilizados para representar as
condições atuais, estabelecer
tendências, etc”.
MONITORAMENTO HÍDRICO
D EFINIÇÕES :

Ward “Um sistema de monitoramento ou um


(1999) sistema de informações de qualidade da
água consiste de amostragem (localização
dos pontos de coleta, escolha das variáveis,
determinação da freqüência e tipo de
amostragem estatística), análise
laboratorial, manuseio de dados, análise de
dados, preparação de relatórios e utilização
dos dados obtidos para efeito de tomada de
decisão.”
MONITORAMENTO HÍDRICO
D EFINIÇÕES :

Derísio “A rede de monitoramento é um


(2000) conjunto de estações de amostragem,
estrategicamente localizadas na área
de uma bacia hidrográfica, com o
intuito de representarem, com boa
aproximação, as condições e
tendências de evolução da qualidade
das águas”.
MONITORAMENTO HÍDRICO
D EFINIÇÕES :

Soares “A rede de monitoramento é parte do


(2003) sistema de informações sobre qualidade da
água, cujo objetivo é a descrição dos
fenômenos físicos, químicos e biológicos
relacionados à qualidade (e quantidade) do
corpo hídrico”.
MONITORAMENTO HÍDRICO
M ONITORAMENTO DA Q UALIDADE DA
Á GUA

 É o empenho em obter-se
informações quantitativas sobre as
características físicas, químicas e
biológicas da água através de
amostragem estatística.
MONITORAMENTO HÍDRICO

 Depende dos objetivos da rede de


monitoramento;
 Os objetivos podem variar desde a
violação da legislação até a
determinação de tendências temporais...
 Observar o que esta acontecendo com a
qualidade do corpo d’água no sentido de
se verificar se a legislação pertinente,
com relação à qualidade mínima, está
(ou não) sendo obedecida.
Refere-se a:
 Determinação dos pontos de amostragem;
 Cálculo da frequência de amostragem;
 Seleção da variáveis de qualidade da água a serem
monitoradas de modo ESTATÍSTICO E HIDROLÓGICO
MONITORAMENTO HÍDRICO
O PROJETO DA REDE DE
MONITORAMENTO :

 O Projeto de uma rede de


monitoramento refere-se de modo
principal com o projeto estatístico
e hidrológico da rede, embora
outras etapas como os
procedimentos de coleta de
amostra, análise laboratorial e
disponibilização da informação
também mereçam destaque.
MONITORAMENTO HÍDRICO
O BJETIVOS DO M ONITORAMENTO :

 Estabelecer e revisar padrões de qualidade de água


(Resolução CONAMA no. 357 );
 Verificar o atendimento aos padrões de qualidade da
água;
 Identificar corpos d´água impactados;
 Identificar as fontes e causas de impactos na qualidade da
água de corpos d´água;
 Apoiar a implementação de programas de gerenciamento
 Avaliar o desempenho das redes de monitoramento.
MONITORAMENTO HÍDRICO
E STRUTURAÇÃO DA R EDE DE
M ONITORAMENTO

Atividades
Detalhamento
Básicas
a) Localização das estações de
amostragem;
Definição da b) Escolha dos parâmetros;
1 c) Fixação da frequência de
rede
amostragem.
MONITORAMENTO HÍDRICO
E STRUTURAÇÃO DA R EDE DE
M ONITORAMENTO
Atividades
Básicas Detalhamento

• Técnica de amostragem;
• Medidas de campo;
• Local da coleta;
Coleta de
2 amostras • Preservação da amostra;
• Transporte da amostra;
• Controle da qualidade dos
dados.
MONITORAMENTO HÍDRICO
E STRUTURAÇÃO DA R EDE DE
M ONITORAMENTO

Atividades
Detalhamento
Básicas
a) Métodos de análise;
b) Procedimentos operacionais;
Análise de c) Controle da qualidade
3 laboratório analítica;
d) Registro de dados.
MONITORAMENTO HÍDRICO
E STRUTURAÇÃO DA R EDE DE
M ONITORAMENTO

Atividades
Básicas Detalhamento
a) Recebimento dos dados de
laboratório e de campo;
b) Triagem e verificação dos dados;
Processamento
4 de dados
c) Armazenamento e recuperação
dos dados;
d) Listagem dos dados;
e) Disseminação dos dados.
MONITORAMENTO HÍDRICO
E STRUTURAÇÃO DA R EDE DE
M ONITORAMENTO

Atividades
Básicas Detalhamento
a) Análise de regressão;
b) Interpretação e avaliação da
qualidade (do dado);
Análise de
5 dados
c) Análise de séries temporais;
d) Aplicação de índices de qualidade;
e) Aplicação de modelos de
qualidade.
MONITORAMENTO HÍDRICO
E STRUTURAÇÃO DA R EDE DE
M ONITORAMENTO

Atividades
Básicas Detalhamento

a) Verificação da necessidade de
informação;
Utilização da b) Forma de apresentação;
6 informação c) Procedimentos operacionais;
d) Avaliação da utilização
MONITORAMENTO HÍDRICO
E QUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO EM CAMPO

 Os amostradores ou medidores de descarga sólida


podem ser operados a vau, a partir de ponte, de
teleférico, de canoa ou de barco maior. São
fabricados para operação com cabos, hastes,
correntes, lastros, guinchos e demais dispositivos
necessários e comumente usados em hidrometria.
 O guincho hidrométrico apresentado a seguir é
utilizado para suspensão dos instrumentos,
permitindo um cômodo e rápido manejo dos
molinetes e dos amostradores de sedimento.
 Existe em diversos tamanhos e capacidades, de
acordo com o peso a suportar, as profundidades a
atingir e o tipo de instalação, seja no barco, ponte
ou outro apoio.
E QUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO EM
CAMPO
E QUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO EM
CAMPO

 Podem também ser utilizados guinchos especiais


construídos de acordo com a necessidade;
 Cabos aéreos ou teleféricos são utilizados em rios
estreitos, sujeitos a velocidades altas que
apresentam perigo com uso de barco;
 Outros equipamentos ou materiais sobressalentes
são: abrigos nos postos para guarda de
equipamentos, caixas de madeira para transporte e
acondicionamento de garrafas, cronômetro com
precisão de 0,2 segundos, termômetro de mergulho
com variação de 0 a 50ºC, cera e parafina para
vedação das garrafas, rótulos de identificação e lápis
especiais.
E QUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO EM
CAMPO
E QUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO EM
CAMPO
P LANEJAMENTO DE C AMPANHAS

 Um projeto monitorando deve ter um objetivo


claramente definido a um nível apropriado de
detalhes;
 Escoamentos em rios, lagos, regiões alagadas,
todos apresentam diferentes considerações
para o monitoramento;
 Por exemplo, o monitoramento à montante e à
jusante pode funcionar bem em um rio, mas
não em todos os lagos;
 Estuários são desafiadores devido a fatores
relativos à maré e à salinidade variável.
P LANEJAMENTO DE C AMPANHAS :
R OTEIRO
a) Decidir para qual problema (objetivo) da bacia ou do estuário será
direcionado o trabalho;
b) Identificar as metas do monitoramento;
c) Identificar quais variáveis (parâmetros) são apropriados ao plano
de estudo;
d) Identificar locais de amostragem que sejam seguros e de fácil
acesso;
e) Decidir com antecedência como serão controlados e
interpretados os dados coletados. Desenvolver uma estratégia
para comunicar as informações ao público e à mídia;
f) Determinar os procedimentos apropriados de garantia de
qualidade e controle de qualidade para atingir os objetivos;
g) Consultar o corpo técnico e gerência de recursos hídricos, do
órgão responsável pelo monitoramento, para assegurar-se de que
o plano está tecnicamente correto e pode ser aplicado.
P LANEJAMENTO DE C AMPANHAS

 É necessário um planejamento
detalhado antes da expedição, para
melhorar o rendimento durante as
coletas, minimizar erros de
amostragem e diminuir o custo
(diminuir o tempo de viagem sem
diminuir as atividades).
E TAPAS DE UM PLANEJAMENTO DE
AMOSTRAGEM

 Antes de tudo é necessário estabelecer os objetivos da


viagem, definindo os tipos de dados a serem coletados
(dados físicos e químicos, fitoplâncton e produção
primária, zooplâncton e ictioplâncton, peixes adultos
considerando diferentes metodologias para pelágicos e
demersais, bentos) e a metodologia de coleta
empregada (p.e. garrafas, redes de plâncton, dragas,
etc.).
 Dependendo da embarcação é melhor dividir em
etapas (levando-se em consideração a capacidade em
termos de pessoal embarcado e a autonomia do
barco).
 Definir também o número e a periodicidade da coleta.
E TAPAS DE UM PLANEJAMENTO DE
AMOSTRAGEM
 Fazer o plano de viagem (Survey design), com a previsão da duração
da viagem.
 Em linhas gerais, os itens do planejamento são:
 1- Definição da área geográfica a ser coberta,
 2- Decisão sobre a estratégia de amostragem e o tipo de deslocamento para
se efetuar a amostragem,
 3- Fazer um mapa plotando as posições das estações oceanográficas ou locais
dos arrastos a serem realizados,
 4- Cálculo do tempo de viagem, levando em consideração todas as atividades
planejadas.
 Um monitoramento sempre está sujeito a uma série de imprevistos, o que pode
levar a um atraso na execução dos trabalhos.
 Portanto, é conveniente acrescentar um tempo extra (cerca de 20% do período)
na viagem.
 5- Fazer a estimativa dos recursos necessários e o custo de cada cruzeiro.
E TAPAS DE UM PLANEJAMENTO
DE AMOSTRAGEM

 6- Listagem dos equipamentos e materiais em geral: A


viagem para a realização do monitoramento envolve uma
logística, muitas vezes complexa e dispendiosa. Daí a
necessidade de se fazer uma listagem completa de
equipamentos e materiais diversos a serem utilizados no
cruzeiro, que deve ser conferido, antes do embarque.
 7- Escolha da equipe: A montagem de uma boa equipe de
trabalho é fundamental para o bom andamento do
monitoramento.

 O ideal é que cada participante embarque com uma


função definida, sendo que, a bordo, as atividades
consistam principalmente em execução de
atividades, e o mínimo possível em discussões
metodológicas. Uma reunião prévia para definir as
funções é importante.
Á GUAS S UBTERRÂNEAS
Á GUAS S UBTERRÂNEAS

 Hidrogeologia

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
Á GUAS S UBTERRÂNEAS
Á GUAS S UBTERRÂNEAS

 Permeabilidade – Num sentido qualitativo


expressa a maior ou menor facilidade com que
um meio se deixa atravessar por um dado fluído.
 Porosidade – razão entre o volume de vazios,
ocupados por água ou ar, de um material e o seu
volume total.

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
Á GUAS S UBTERRÂNEAS

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
Á GUAS S UBTERRÂNEAS

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
Á GUAS S UBTERRÂNEAS

 Poço artesiano jorrante – é o poço em que a


água sai espontaneamente sem necessidade de
bombeamento.

 Poço artesiano – poço que intercepta um


aquífero artesiano (confinado).

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
S ISTEMAS AQUÍFEROS
Á GUAS S UBTERRÂNEAS

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
AQUÍFERO GRANULAR
AQUÍFERO FRATURADO
S ISTEMAS AQUÍFEROS

 Existem três tipos básicos de poços: os


escavados, tubulares rasos e tubulares
profundos.

 Os primeiros têm normalmente


diâmetros de 1 m ou mais, pouco
profundos, construídos manualmente, e
são os mais propícios à contaminação;
geralmente não têm uma proteção
mínima e estão expostos as águas de
escoamento superficial.

 Os tubulares rasos geralmente têm cerca


de 2 a 4 polegadas de diâmetro com
profundidades até 20 m e são instalados
em áreas arenosas, através de
equipamentos leves como trados
manuais ou mecânicos não havendo
necessidade de equipamentos pesados.
S ISTEMAS AQUÍFEROS

 Pela pouca profundidade e natureza da área onde são


instalados (regiões arenosas) são também fortes
contribuintes a poluição da água subterrânea.

Os tubulares profundos são construídos com


profundidades maiores que 20 m e são mais
bem estruturados com selos para proteção
de contaminação superficial e revestimentos
apropriados.

Por este motivo, estes tipos de poços são


menos susceptíveis a contaminação.

Poço tubular profundo deve ser uma obra de


engenharia regida por norma técnica
destinada a captação de água do aqüífero.
T ESTE B OMBEAMENTO

 Bombeamento: É a ação da retirada da


água de um poço por intermédio de uma
bomba.

 O ensaio de bombeamento destina-se a


determinar a vazão de explotação do
poço, utilizando-se o equipamento de
bombeamento adequado para sua
explotação, permitindo ainda a
determinação dos parâmetros
hidrodinâmicos do aqüífero e das perdas
de carga no poço e no aqüífero.

 Para tanto, são feitos os registros e


controle da vazão (Q), nível estático (NE) e
nível dinâmico (ND), durante um teste de
produção ou de aqüífero.
T ESTE B OMBEAMENTO

 Nível estático (NE) é a


distância da superfície
do terreno ao nível da
água dentro do poço
antes de iniciar o
bombeamento.

 Nível dinâmico (ND) é a


distância entre a
superfície do terreno e
o nível da água dentro
do poço após o início
do bombeamento.

 A variável Tempo é o
tempo decorrido a
partir do início do
bombeamento.
T ESTE B OMBEAMENTO

 Quando inicia-se o bombeamento de um poço, ocorre um rebaixamento


do nível da água do aqüífero, criando um gradiente hidráulico (uma
diferença de pressão) entre este local e suas vizinhanças.
 Este gradiente provoca o fluxo de água do aqüífero para o poço, enquanto
estiver sendo processado o bombeamento.
 A condição de exploração permanente (Q=cte) dá-se quando a vazão de
exploração e igual a vazão do aqüífero para o poço.
 Se o bombeamento parar, o nível d’água retorna ao nível original
(recuperação).
Á GUAS S UBTERRÂNEAS

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

(ANA, 2010)
Águas Minerais

 Águas minerais são águas subterrâneas, com especiais


características físicas e/ou químicas, naturais, com possibilidades
terapêuticas e/ou gosto especial; se a temperatura natural estiver
acima da temperatura ambiente, ela é denominada água termo-
mineral.

 Dependendo de qual seja sua composição química, quando os sais


minerais dissolvidos excederem ao padrão ideal, elas podem ser
indicadas para um determinado uso terapêutico ou, se for o caso,
elas poderão ter uma forte contra indicação.
Águas Minerais

 As águas denominadas “potáveis de mesa”, por outro lado, são


águas naturais que se caracterizam pela sua baixa concentração de
sais minerais na sua composição química sendo, portanto, indicadas
plenamente ao consumo, e sem restrições.

 Existem ainda as águas denominadas “mineralizadas” que teve,


recentemente, sua liberação aprovada pelo Ministério das Minas e
Energia. São as águas de qualquer natureza (não necessariamente
subterrânea), envasadas industrialmente, que passaram por um
processo de purificação e adição de sais minerais podendo, na
maioria das vezes, sofrer gaseificação artificial.
Á GUAS S UBTERRÂNEAS

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
Á GUAS S UBTERRÂNEAS

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
Á GUAS S UBTERRÂNEAS

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
Á GUAS S UBTERRÂNEAS

(Departamento de
Engenharia Hidráulica
e Ambiental/USP,
2011)
Á GUAS S UBTERRÂNEAS
Á GUAS S UBTERRÂNEAS
Á GUAS S UBTERRÂNEAS
Á GUAS S UBTERRÂNEAS
PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO DE
QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS
E SUBTERRÂNEAS
M ASSA , CONCENTRAÇÃO E
FLUXO

 Aspectos fundamentais da qualidade da


água são, normalmente, apresentados em
termos de concentração de substâncias
na água. A concentração é expressa como
a massa da substância por volume de
água, em mg.l-1, ou g.m-3.
 Por exemplo, ao acrescentar e dissolver
12 mg de sal em um litro de água pura,
obtém-se água com uma concentração de
12 mg.l-1 de sal.
C ONCENTRAÇÃO
 Concentração é a relação entre a
massa de uma substância e o
volume de água em que ela está
diluída ou dissolvida:

massa mg
C mg / l
Volume litro

Fluxo _ de _ massa C Q g/s ou Kg/s


M ISTURA
 De forma semelhante, quando são misturados volumes de água com
concentrações diferentes, a concentração final equivale a uma média ponderada
das concentrações originais, o mesmo ocorrendo no caso de vazões. Assim, se um
rio com vazão QR e concentração CR recebe a entrada de um afluente com vazão
QA e com concentração CA. Admitindo uma rápida e completa mistura das águas, a
concentração final é dada por:

QA CA QR CR

QF CF QR C R QA C A
CF
QR QA
VAZÃO DE DILUIÇÃO

 Vazão de diluição:
 Qual é a vazão de um rio “consumida” por um
lançamento de efluente para evitar que a
concentração exceda um determinado limite?

A carga ou fluxo de um poluente ou substância é


dada pelo produto entre a vazão e a concentração.
a) Fundo de rio com baixa deposição de sedimento

Penetração de luz,
Bactérias, protozoários e fotossíntese de
larvas de insetos ligados algas perifíticas
Muitos locais para
às rochas
pequenos peixes

b) O mesmo rio com alta deposição de sedimento

Organismos ligados
às rochas são
arrastados pela areia
Argila em suspensão e espalhados ao
impede penetração da luz longo do fundo

Quase todos organismos


eliminados
AUTODEPURAÇÃO DE UM CORPO D’ÁGUA

Curva de depressão de oxigênio


C OMPORTAMENTO DA ÁGUA
NO PERFIL DE ALTERAÇÃO

 Pontuais: atingem o aquífero através de um ponto:


sumidouros de esgotamento doméstico, aterros
sanitários, vazamentos diversos.

 Lineares: consequência da infiltração de águas


superficiais, rios e canais contaminados; depende da
direção dos fluxos hidráulicos; há locais onde os fluxos
podem estar invertidos.

 Difusas: contaminam áreas extensas; transportadas pelo


escoamento superficial, pelo vento e pela atividade
agrícola; em geral apresentam baixas concentrações e
atingem grandes áreas.
C OMPORTAMENTO DA ÁGUA
NO PERFIL DE ALTERAÇÃO
C OMPORTAMENTO DA ÁGUA NO
PERFIL DE ALTERAÇÃO
C OMPORTAMENTO DA ÁGUA NO PERFIL
DE ALTERAÇÃO

INTEMPERISMO:
FÍSICO, QUÍMICO E
BIOLÓGICO

O
A
B
C
INTEMPERISMO: FÍSICO,
QUÍMICO E BIOLÓGICO
INTEMPERISMO:
FÍSICO, QUÍMICO
E BIOLÓGICO
PARÂMETROS NÃO
CONSERVATIVOS

 Reagem com o ambiente alterando a

concentração.

 Exemplo: DBO, temperatura, coliformes, OD


N ÃO CONSERVATIVOS

 Reações químicas

 Consumo na cadeia trófica

 Sedimentação = deposição no fundo

 Trocas com a atmosfera


T EMPERATURA

 A temperatura é um fator que influencia praticamente


todos os processos físicos, químicos e biológicos que
ocorrem na água.

 A unidade usual de temperatura para fins de


monitoramento hidrológico é o grau Celsius – oC.

 Os valores dos parâmetros pH, condutividade elétrica,


DBO e oxigênio dissolvido são influenciados pela
temperatura, sendo necessária a medição simultânea
destes parâmetros com a temperatura da água.
PH

 As letras pH são a abreviação de potencial hidrogeniônico.


O pH é um parâmetro adimensional e tem o valor calculado
pelo negativo do logaritmo decimal da atividade ou
concentração dos íons hidrogênio (H+).
Ácido Neutro Básico
pH 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
[H+] 10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6 10-7 10-8 10-9 10-10 10-11 10-12 10-13 10-14

 O pH teórico da água pura é 7, denominado como pH


neutro. Entretanto, o valor do pH de águas naturais
normalmente difere do valor 7.

 Esta variação é devido à presença de outras substâncias,


tais como: o ácido carbônico e demais substâncias do
sistema carbonato, as substâncias húmicas, compostos
provenientes de despejos industriais, etc.
O XIGÊNIO D ISSOLVIDO

 O oxigênio na água, cuja unidade é mg/L, pode provir de


duas fontes: endógena e exógena. A primeira, diz
respeito ao oxigênio produzido através da fotossíntese
dos organismos aquáticos fotossintetizantes. A segunda
refere-se ao oxigênio atmosférico, transferido para água
através da difusão.

 A taxa de introdução do oxigênio nas águas a partir da


atmosfera depende do nível de turbulência da água, ou
seja, a taxa de reaeração superficial em uma cascata é
maior do que a de um rio de velocidade normal, que por
sua vez apresenta taxa superior à de um lago ou
reservatório.
S ÓLIDOS

 As águas naturais apresentam quantidades mais ou menos


elevadas de sólidos, quantificados em termos de
concentração, mg/L, provenientes das seguintes fontes:

 dissolução das rochas;


 decomposição da matéria orgânica (ácidos
húmicos);
 carreamento natural de sedimentos;
 processos erosivos; e
 atividades humanas (despejos industriais e
sanitários, agricultura, etc).

 A quantidade de sólidos nas águas é sazonal variando muito


do período seco para o período chuvoso, dependendo,
principalmente, do tipo do solo, da intensidade das chuvas,
do tipo de uso e ocupação da bacia hidrográfica, e do tipo de
cobertura vegetal.
N UTRIENTES – NITROGÊNIO E FÓSFORO

 O nitrogênio inorgânico provém principalmente da


atividade de bactérias nitrificantes que, a partir da
matéria orgânica vegetal ou animal, no solo ou na água,
produzem nitratos.

 Os nitratos podem provir do próprio terreno, em regiões


salitradas naturalmente ou adubadas quimicamente.
Além disso, é conhecido o fato de várias algas
cianofíceas terem a capacidade de fixar diretamente o
nitrogênio do ar.
C OLIFORMES TERMOTOLERANTES

 Os coliformes termotolerantes representam uma


grande variedade de microrganismos que habitam o
intestino dos animais de sangue quente.

 Podem ser encontrados em águas com altos teores de


matéria orgânica, ou em solo e material vegetal em
decomposição, sem necessariamente haver
contaminação fecal.

 São utilizados como padrão para a qualidade


microbiológica da água para balneabilidade, consumo
humano, aquicultura. Tem a vantagem de possuírem
métodos rápidos, simples e padronizados.

 Escherichia coli (água doce) e Enterococos (águas


salinas) são melhores indicadores de contaminação
fecal.
T URBIDEZ

 A turbidez das águas é causada pela dispersão dos


raios luminosos devido à presença de partículas em
suspensão, tais como: silte, partículas coloidais,
microorganismos, óleo emulsificado, etc. A unidade
de medida da turbidez é a NTU – unidade
nefelométrica de turbidez.

 Na determinação nefelométrica da turbidez a medida


da quantidade de material sólido suspenso, é feita a
partir da intensidade de luz dispersa num ângulo de
90 em relação a um feixe de luz incidente.

 As partículas em suspensão podem ser opacas ou


transparentes, coloridas ou incolores. Quando as
partículas são coloridas, podem absorver
seletivamente ou refletir a luz, dando origem a uma
cor aparente na água.
C ONDUTIVIDADE E LÉTRICA

 A condutividade elétrica mede a capacidade que a


água tem de transmitir corrente elétrica e está
diretamente relacionada à concentração de espécies
iônicas dissolvidas, principalmente inorgânicas.
 Geralmente a condutividade é expressa em μS/cm ou
mS/cm.
 A medida da condutividade elétrica pode ser
relacionada com a concentração de Sólidos
Dissolvidos Totais, em mg/L, o que facilita avaliar a
qualidade do corpo hídrico, pois é uma medida direta.
 Normalmente, a condutividade elétrica de águas
doces naturais é inferior a 500 μS/cm, sendo que
valores superiores a estes podem indicar problemas
de poluição.
M ETAIS

 Metais são elementos conservativos, ou seja, não


estão sujeitos a ação bacteriana, assim, em termos
práticos eles se mantém por um longo tempo no
ambiente marinho.

 Os organismos tendem a acumular metais nos tecidos,


em um processo denominado bioacumulação. Este
processo pode ser potencializado na cadeia alimentar
(“biomagnificação”).

 A concentração em um tecido pode ser calculada em


peso úmido (wet weigth e fresh weigth) e peso seco (dry
weigth). Em sedimentos, a concentração de
contaminantes é sempre calculada na base seca.
B IOMAGNIFICAÇÃO DO H G
L EGISLAÇÃO A PLICADA
RESOLUÇÃO N. 357, DE 17 DE
MARÇO DE 2005

 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e


diretrizes ambientais para o seu enquadramento,
bem como estabelece as condições e padrões de
lançamento de efluentes, e dá outras
providências.
RESOLUÇÃO N. 357, DE 17 DE
MARÇO DE 2005

Art. 2º

I - águas doces: águas com salinidade igual ou inferior a 0,5 ‰;

II - águas salobras: águas com salinidade superior a 0,5 ‰ e


inferior a 30 ‰;

III - águas salinas: águas com salinidade igual ou superior a 30


‰;

IV - ambiente lêntico: ambiente que se refere à água parada,


com movimento lento ou estagnado;

V - ambiente lótico: ambiente relativo a águas continentais


moventes;
RESOLUÇÃO N. 357, DE 17 DE
MARÇO DE 2005

Art. 2º
VII - carga poluidora: quantidade de determinado poluente
transportado ou lançado em um corpo de água receptor, expressa
em unidade de massa por tempo;
IX - classe de qualidade: conjunto de condições e padrões de qualidade
de água necessários ao atendimento dos usos preponderantes,
atuais ou futuros;
XII - condição de qualidade: qualidade apresentada por um segmento
de corpo d'água, num determinado momento, em termos dos
usos possíveis com segurança adequada, frente às Classes de
Qualidade;
XIII - condições de lançamento: condições e padrões de emissão
adotados para o controle de lançamentos de efluentes no corpo
receptor;
XIV - controle de qualidade da água: conjunto de medidas operacionais
que visa avaliar a melhoria e a conservação da qualidade da água
estabelecida para o corpo de água;
RESOLUÇÃO N. 357, DE 17 DE
MARÇO DE 2005

Art. 4º

 classe especial: águas destinadas:


 a) ao abastecimento para consumo humano, com
desinfecção;

 b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades


aquáticas; e,

 c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de


conservação de proteção integral.
RESOLUÇÃO N. 357, DE 17 DE
MARÇO DE 2005

Art. 4º
 classe 1: águas que podem ser destinadas:
 a) ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento simplificado;
 b) à proteção das comunidades aquáticas;
 c) à recreação de contato primário, tais como natação,
esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA
no 274, de 2000;
 d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de
frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam
ingeridas cruas sem remoção de película; e
 e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras
Indígenas.
RESOLUÇÃO N. 357, DE 17 DE
MARÇO DE 2005

Art. 4º

 classe 2: águas que podem ser destinadas:


 a) ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional;

 b) à proteção das comunidades aquáticas;

 c) à recreação de contato primário, tais como natação,


esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA
no 274, de 2000;

 d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques,


jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público
possa vir a ter contato direto; e

 e) à aqüicultura e à atividade de pesca.


RESOLUÇÃO N. 357, DE 17 DE
MARÇO DE 2005

Art. 4º
 classe 3: águas que podem ser destinadas:
 a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento
convencional ou avançado;

 b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;

 c) à pesca amadora;

 d) à recreação de contato secundário; e

 e) à dessedentação de animais.

 classe 4: águas que podem ser destinadas:


 a) à navegação; e

 b) à harmonia paisagística.
RESOLUÇÃO N. 430, DE 13
DE MAIO DE 2011

 Dispõe sobre as condições e padrões de


lançamento de efluentes, complementa e altera a
Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do
Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA.
RESOLUÇÃO N. 430, DE 13
DE MAIO DE 2011

Art. 2º

 A disposição de efluentes no solo, mesmo


tratados, não está sujeita aos parâmetros e
padrões de lançamento dispostos nesta
Resolução, não podendo, todavia, causar
poluição ou contaminação das águas
superficiais e subterrâneas.
RESOLUÇÃO N. 430, DE 13
DE MAIO DE 2011

Art. 4º

I - Capacidade de suporte do corpo receptor: valor


máximo de determinado poluente que o corpo
hídrico pode receber, sem comprometer a qualidade
da água e seus usos determinados pela classe de
enquadramento;
II - Concentração de Efeito Não Observado-CENO: maior
concentração do efluente que não causa efeito
deletério estatisticamente significativo na
sobrevivência e reprodução dos organismos, em um
determinado tempo de exposição, nas condições de
ensaio;
RESOLUÇÃO N. 430, DE 13
DE MAIO DE 2011

Art. 4º

 III - Concentração do Efluente no Corpo Receptor-CECR,


expressa em porcentagem:
 a) para corpos receptores confinados por calhas (rio,
córregos, etc):

CECR = [(vazão do efluente) / (vazão do efluente + vazão de


referência do corpo receptor)] x 100.

 b) para áreas marinhas, estuarinas e lagos a CECR é


estabelecida com base em estudo da dispersão física do
efluente no corpo hídrico receptor, sendo a CECR
limitada pela zona de mistura definida pelo órgão
ambiental;
RESOLUÇÃO N. 430, DE 13
DE MAIO DE 2011

Art. 4º

IV - Concentração Letal Mediana-CL50 ou Concentração


Efetiva Mediana-CE50: é a concentração do efluente
que causa efeito agudo (letalidade ou imobilidade) a
50% dos organismos, em determinado período de
exposição, nas condições de ensaio;

V - Efluente: é o termo usado para caracterizar os


despejos líquidos provenientes de diversas
atividades ou processos
RESOLUÇÃO N. 430, DE 13
DE MAIO DE 2011

Art. 18

 Cabe ao órgão ambiental competente a especificação


das vazões de referência do efluente e do corpo
receptor a serem consideradas no cálculo da
Concentração do Efluente no Corpo Receptor - CECR,
além dos organismos e dos métodos de ensaio a serem
utilizados, bem como a frequência de eventual
monitoramento.
RESOLUÇÃO CONAMA N. 396,
DE 3 DE ABRIL DE 2008

 Dispõe sobre a classificação e


diretrizes ambientais para o
enquadramento das águas
subterrâneas e dá outras
providências.
RESOLUÇÃO CONAMA N. 396,
DE 3 DE ABRIL DE 2008

Art. 3º
 Classe Especial: águas dos aquíferos, conjunto de aqüíferos
ou porção desses destinadas à preservação de ecossistemas
em unidades de conservação de proteção integral e as que
contribuam diretamente para os trechos de corpos de água
superficial enquadrados como classe especial;
 Classe 1: águas dos aquíferos, conjunto de aqüíferos ou
porção desses, sem alteração de sua qualidade por
atividades antrópicas, e que não exigem tratamento para
quaisquer usos preponderantes devido às suas
características hidrogeoquímicas naturais;
 Classe 2: águas dos aquíferos, conjunto de aqüíferos ou
porção desses, sem alteração de sua qualidade por
atividades antrópicas, e que podem exigir tratamento
adequado, dependendo do uso preponderante, devido às
suas características hidrogeoquímicas naturais;
RESOLUÇÃO CONAMA N. 396,
DE 3 DE ABRIL DE 2008

 Classe 3: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou


porção desses, com alteração de sua qualidade por
atividades antrópicas, para as quais não é necessário o
tratamento em função dessas alterações, mas que podem
exigir tratamento adequado, dependendo do uso
preponderante, devido às suas características
hidrogeoquímicas naturais;
 Classe 4: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou
porção desses, com alteração de sua qualidade por
atividades antrópicas, e que somente possam ser utilizadas,
sem tratamento, para o uso preponderante menos
restritivo; e
 Classe 5: águas dos aquíferos, conjunto de aquíferos ou
porção desses, que possam estar com alteração de sua
qualidade por atividades antrópicas, destinadas a
atividades que não têm requisitos de qualidade para uso.

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