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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 1.145.001 - RS (2009/0114810-2)

RELATORA : MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA


RECORRENTE : LEANDRO SANTI DA SILVA
ADVOGADO : GILNEI LUCAS BELÍSSIMO
RECORRIDO : UNIÃO
EMENTA

RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO.


ERRÔNEA INDICAÇÃO DA ALÍNEA DO PERMISSIVO
CONSTITUCIONAL. DISPOSITIVO LEGAL SUPOSTAMENTE
VIOLADO DEVIDAMENTE APONTADO. ADMISSIBILIDADE.
MILITAR. FAB. AJUDA DE CUSTO. MISSÃO. PORTARIAS NºS
R-260/GC6, DE 11 DE JUNHO DE 2003 E R-327/GC3, DE 10 DE JULHO
DE 2003. VALOR INTEGRAL DEVIDO APENAS AOS MILITARES
ACOMPANHADOS DE DEPENDENTE. LEGALIDADE
1. A errônea indicação da alínea do permissivo constitucional que ampara a
interposição do recurso especial, ou mesmo a sua ausência, não impede a
sua apreciação por este Superior Tribunal de Justiça se devidamente
indicados os dispositivos legais tidos por violados. Precedentes.
2. Definindo a Medida Provisória nº 2.215/2001 a ajuda de custo como o
direito pecuniário devido ao militar para custeio de despesas de locomoção
e instalação, não há falar em ilegalidade ou desproporcionalidade das
Portarias da Aeronáutica que previam o pagamento integral do benefício
apenas aos militares que tivessem sido acompanhados em missão por
dependente, por terem gastos maiores dos que os daqueles que se deslocam
e se instalam sem dependentes.
3. Recurso especial improvido.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas,


acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça: "A Turma, por
unanimidade, negou provimento ao recurso, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora."
Os Srs. Ministros Og Fernandes, Sebastião Reis Júnior e Alderita Ramos de Oliveira
(Desembargadora convocada do TJ/PE) votaram com a Sra. Ministra Relatora.
Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Og Fernandes.

Brasília, 19 de junho de 2012(Data do Julgamento)

Ministra Maria Thereza de Assis Moura


Relatora

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RECURSO ESPECIAL Nº 1.145.001 - RS (2009/0114810-2)

RELATORA : MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA


RECORRENTE : LEANDRO SANTI DA SILVA
ADVOGADO : GILNEI LUCAS BELÍSSIMO
RECORRIDO : UNIÃO
RELATÓRIO

MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA(Relatora):

Cuida-se de recurso especial, interposto por LEANDRO SANTI DA


SILVA, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
Consta dos autos que o ora recorrente, militar da Força Aérea Brasileira,
ajuizou a presente ação em face da UNIÃO, na qual pleiteia o pagamento de diferenças
devidas a título de ajuda de custo, por ter realizado missão em agosto e setembro de 2004,
que lhe teria sido paga em valor inferior ao estabelecido pela Medida Provisória nº
2.215/2001 em seu anexo IV, Tabela I, alínea "c".
O pedido foi julgado improcedente na sentença, tendo o Juízo de primeiro
grau concluído que a ajuda de custo é devida "para pagar as despesas de locomoção e
instalação. Exatamente por isso é que as legislações dispõem valores maiores para aqueles
que têm que se deslocar e instalar seus dependentes. Desta maneira, nenhuma ilegalidade
existe nas Portarias da Força Aérea que estabelecem que o recebimento integral dos
valores dependem do efetivo acompanhamento dos dependentes, devendo ser julgado
improcedente o pedido."
Interposto recurso de apelação, a Corte Regional houve por bem manter a
sentença com base nos seguintes fundamentos:

As bases da sentença recorrida mostram-se inatacáveis. Não se faz


necessário maior esforço interpretativo para concluir que o entendimento
sustentado pelo recorrente traduz abertura para o enriquecimento sem justa
causa. É inadmissível o pagamento de ajuda de custo para dependentes que
não geram o mesmo custo a ser ressarcido. Interpretar a lei nesse sentido e
com esse alcance fere todo o sistema do direito positivo e compromete a
moralidade. (fl. 95)

A ementa do aresto foi redigida nos seguintes termos:

ADMINISTRATIVO. MILITAR. AJUDA DE CUSTO.


É inadmissível o pagamento de ajuda de custo para dependentes que
não geram o mesmo custo a ser ressarcido.
Interpretação de lei nesse sentido e com esse alcance fere todo o sistema
do direito positivo e compromete a moralidade.

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Nas razões do recurso especial, alega o recorrente afronta ao anexo IV,
Tabela I, alínea "c", da Medida Provisória nº 2.215/2001.
Afirma que o Comando da Aeronáutica, por meio da Portaria nº R-260/GC6
de 11 de junho de 2003 e da Portaria nº R-327/GC3 de 10 de julho de 2003, emprestou
interpretação equivocada ao referido dispositivo ao asseverar que o militar deveria ser
acompanhado com dependentes para as missões para receber o valor integral da
remuneração.
Sustenta que as referidas Portarias foram posteriormente revogadas, por
meio da Portaria nº 1005/GC6 de 31 de agosto de 2005, tendo o Comando voltado a pagar
normalmente aos militares em missão acima de 15 dias uma remuneração na ida e outra na
volta.
Aduz que no dispositivo legal em referência não há "qualquer
condicionamento ao pagamento da ajuda de custo nos moldes do exposto no texto legal à
efetiva presença dos dependentes dos militares nas comissões."
Argumenta, outrossim, que as portarias, sendo atos normativos infralegais,
não podem impor restrição não imposta em lei e que a intenção do legislador era a de
determinar apenas se o militar possui ou não dependentes, não havendo necessidade de
levá-los nas missões. No ponto, acrescenta que, "se fosse o interesse do legislador que os
dependentes acompanhassem o Militar em missões, certamente expressaria tal exegese na
própria Lei."
Por fim, ressalta que "a única ajuda de custo legal que se preocupa se o
militar possui dependentes ou não é a elencada no art. 55 no seu § único do Decreto nº
4.307/2000, onde o militar mudará de sede e por consequência deverá instalar seus
dependentes."
Em contrarrazões, afirma a União a inviabilidade do recurso por ausência de
pressuposto recursal, ante a ausência de indicação do dispositivo constitucional
autorizador do recurso especial.
No mérito, esclarece que, à época em que o recorrente realizou a missão em
tela, aplicavam-se as Portarias nºs R-260/GC6, de 11 de junho de 2003 e R-327/GC3, de
10 de julho de 2003, segundo as quais "o ato de designação do militar para realização de
comissão deveria indicar expressamente se a movimentação far-se-ia com o
acompanhamento de dependentes, o que possibilitaria o seu enquadramento na alínea
respectiva da Tabela I do Anexo da MP 2.215-10, de 31 de agosto de 2001."
Assevera que, com o advento da Portaria nº 1.005/GC6, de 31 de agosto de
2005, o pagamento do benefício passou a ser efetuado, com base na conveniência
administrativa, levando-se em conta apenas se o militar possuía ou não dependentes. No
entanto, salienta, "a mudança de entendimento acerca do tema não gerou prejuízo para os
militares que realizaram comissões na vigência das Portarias anteriores, dado o caráter
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indenizatório do benefício."
É o relatório.

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EMENTA

RECURSO ESPECIAL. PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO.


ERRÔNEA INDICAÇÃO DA ALÍNEA DO PERMISSIVO
CONSTITUCIONAL. DISPOSITIVO LEGAL SUPOSTAMENTE
VIOLADO DEVIDAMENTE APONTADO. ADMISSIBILIDADE.
MILITAR. FAB. AJUDA DE CUSTO. MISSÃO. PORTARIAS NºS
R-260/GC6, DE 11 DE JUNHO DE 2003 E R-327/GC3, DE 10 DE JULHO
DE 2003. VALOR INTEGRAL DEVIDO APENAS AOS MILITARES
ACOMPANHADOS DE DEPENDENTE. LEGALIDADE
1. A errônea indicação da alínea do permissivo constitucional que ampara a
interposição do recurso especial, ou mesmo a sua ausência, não impede a
sua apreciação por este Superior Tribunal de Justiça se devidamente
indicados os dispositivos legais tidos por violados. Precedentes.
2. Definindo a Medida Provisória nº 2.215/2001 a ajuda de custo como o
direito pecuniário devido ao militar para custeio de despesas de locomoção
e instalação, não há falar em ilegalidade ou desproporcionalidade das
Portarias da Aeronáutica que previam o pagamento integral do benefício
apenas aos militares que tivessem sido acompanhados em missão por
dependente, por terem gastos maiores dos que os daqueles que se deslocam
e se instalam sem dependentes.
3. Recurso especial improvido.

VOTO

MINISTRA MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA(Relatora):

Inicialmente, cumpre esclarecer que, conquanto o presente recurso especial


tenha sido interposto com amparo na alínea "c" do permissivo constitucional, da leitura das
razões recursais extrai-se que foi manejado com base na alínea "a", pois devidamente
apontada a violação à lei federal. Ocorre que a errônea indicação da alínea, ou mesmo a
sua ausência, não impede a apreciação do recurso especial se devidamente indicados os
dispositivos legais tidos por violados.
Nesse sentido, confiram-se:

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE


CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. ILÍCITO EXTRACONTRATUAL
(ACIDENTE DE TRÂNSITO). POSSIBILIDADE DE DISCUSSÃO DO
VALOR DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR.
(...)
II - “A errônea indicação da alínea não impede a apreciação do mérito
do recurso, notadamente quando a matéria a ele referente se encontra
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pacificada” (EREsp 72075/RS, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES).
III – Conhecimento do recurso especial pela alínea a do inc. III do art.
105 da CF, em que pese a indicação, por parte do recorrente, da alínea c,
cuja hipótese de cabimento é, aliás, abrangida pela prevista naquela alínea.
(...)
(AgRg nos EDcl no REsp 688.524/MA, Rel. Ministro PAULO DE
TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/12/2010,
DJe 10/12/2010)

ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE


INDICAÇÃO DE ALÍNEA DO PERMISSIVO CONSTITUCIONAL.
POSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO DO APELO NOBRE NA
HIPÓTESE. PEDIDO DE SOBRESTAMENTO DO EXAME DO
RECURSO ESPECIAL ATÉ A ANÁLISE, PELO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL, DA ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO
FUNDAMENTAL 83/ES. INSUBSISTENTE. ANÁLISE DE
DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE NA VIA DO
ESPECIAL. OFENSA AO ART. 535, INCISO II, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL CONFIGURADA. RETORNO DOS AUTOS.
NECESSIDADE. PREJUDICADA A MC 14.970/ES, BEM COMO O
AGRAVO REGIMENTAL NELA INTERPOSTO. RECURSO ESPECIAL
PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA EXTENSÃO,
PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Conquanto ausente a indicação da alínea a do permissivo
constitucional como fundamento para o recurso especial, esta circunstância,
por si só, não é suficiente para impedir a apreciação do apelo, desde que, das
razões deste, seja possível inferir a alegação de ofensa à lei federal.
(...)
(REsp 1134523/ES, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA,
julgado em 04/08/2011, DJe 18/08/2011)

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL.


ADMISSIBILIDADE. INDICAÇÃO DO PERMISSIVO
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO.
PRESCRIÇÃO. REQUERIMENTO NA VIA ADMINISTRATIVA.
SUSPENSÃO. SUCUMBÊNCIA. SUCUMBÊNCIA RECIPROCA. NÃO
OCORRÊNCIA.
1. "A falta de indicação do permissivo constitucional em que se baseia
o recurso especial não impede sua apreciação se ficaram claramente
apontados, nas razões recursais, os artigos da lei federal que se têm por
contrariados. Precedentes." (EDcl no REsp nº 974.304/PR, Relator o
Ministro Castro Meira, DJe de 5/8/2008)
(...)
(AgRg no REsp 948326/MG, Rel. Ministro PAULO GALLOTTI,
SEXTA TURMA, julgado em 18/11/2008, DJe 19/12/2008)

Desse modo, não prospera a alegação da recorrida de inviabilidade do


recurso por ausência de pressuposto recursal.
No mérito, cinge-se a controvérsia ao valor devido a título de ajuda de custo
a militar da Força Aérea Brasileira que realizou missão relativa a suas atividades, por
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período superior a 15 dias e inferior a 3 meses, no período de agosto a setembro de 2004,
sem acompanhamento de seus dependentes.
A Medida Provisória nº 2.215/2001, que dispõe sobre a reestruturação da
remuneração dos militares das Forças Armadas, em seu artigo 3º, inciso XI, alínea "a"
define ajuda de custo como o direito pecuniário devido ao militar, conforme
regulamentação, para custeio de despesas de locomoção e instalação:

Art. 3º Para os efeitos desta Medida Provisória, entende-se como:


(...)
XI - ajuda de custo - direito pecuniário devido ao militar, pago
adiantadamente, conforme regulamentação:
a) para custeio das despesas de locomoção e instalação, exceto as de
transporte, nas movimentações com mudança de sede; e
b) por ocasião de transferência para a inatividade remunerada, conforme
dispuser o regulamento;

Por outro lado, o Anexo IV, Tabela I, alínea "c", da Medida Provisória nº
2.215/2001, regulamentada pelo Decreto nº 4.307/2002, estabelece que "O Militar, com
dependente, nas movimentações para comissão superior a quinze dias e igual ou inferior a
três meses, sem desligamento de organização militar", tem direito a "uma vez o valor da
remuneração na ida e outra na volta."
No que se refere, contudo, ao Militar sem dependente, prevê a alínea "e" da
referida Tabela o direito à metade do valor da remuneração na ida e na volta.
No entender do recorrente, deveria ter recebido a ajuda de custo com base
na alínea "c", embora tenha recebido nos termos da alínea "e", uma vez que tinha
dependentes, embora não o tenham acompanhado na missão.
Ocorre, porém, que à época dos fatos aplicavam-se, com base na expressa
previsão da Medida Provisória nº 2.215/2001 à regulamentação da ajuda de custo, as
Portarias nºs R-260/GC6, de 11 de junho de 2003 e R-327/GC3, de 10 de julho de 2003,
segundo as quais nas comissões em que fosse efetivamente acompanhado de dependentes
teria o militar direito à ajuda de custo no valor da remuneração integral.
Referidos atos não afrontam a Medida Provisória nº 2.215/2001 ou
extrapolam o poder regulamentar conferido pela lei à Administração.
É sabido que o poder regulamentar, que tem a finalidade de viabilizar a
efetiva execução da lei, não pode contrariá-la ou extrapolar os limites por ela fixados,
devendo seu exercício estar em conformidade com o conteúdo da lei. Admite-se, no
entanto, o estabelecimento de obrigações derivadas das obrigações legais, desde que
observada a devida adequação.
Sobre o tema, oportuno trazer à baila a lição do administrativista José dos
Santos Carvalho Filho:
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É legítima, porém, a fixação de obrigações subsidiárias (ou derivadas) -


diversas das obrigações primárias (ou originárias) contidas na lei - nas quais
também se encontra imposição de certa conduta dirigida ao administrado.
Constitui, no entanto, requisito de validade de tais obrigações sua necessária
adequação às obrigações legais. Inobservado esse requisito, são inválidas as
normas que as prevêem e, em consequência, as próprias obrigações. (...) O
que é vedado e claramente ilegal é a exigência de obrigações derivadas
impertinentes ou desnecessárias em relação à obrigação legal; neste caso,
haveria vulneração direta ao princípio da proporcionalidade e ofensa direta
ao princípio da reserva legal, previsto, como vimos, no art. 5º, II, da CF.
(Manual de Direito Administrativo. 20ª ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2008, p. 52).

Nesse sentido, definindo a Medida Provisória nº 2.215/2001 a ajuda de


custo como o direito pecuniário devido ao militar para custeio de despesas de locomoção e
instalação, não há falar em ilegalidade, ou mesmo em desproporcionalidade, das Portarias
referidas em prever o pagamento integral do benefício apenas aos militares que tivessem
sido efetivamente acompanhados em missão por dependente, por terem gastos maiores dos
que os daqueles que se deslocam e se instalam sem dependentes.
Ante o exposto, nego provimento ao recurso especial.
É como voto.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
SEXTA TURMA

Número Registro: 2009/0114810-2 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.145.001 / RS

Número Origem: 200771120043219


PAUTA: 19/06/2012 JULGADO: 19/06/2012

Relatora
Exma. Sra. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro OG FERNANDES
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. MOACIR MENDES DE SOUSA
Secretário
Bel. ELISEU AUGUSTO NUNES DE SANTANA
AUTUAÇÃO
RECORRENTE : LEANDRO SANTI DA SILVA
ADVOGADO : GILNEI LUCAS BELÍSSIMO
RECORRIDO : UNIÃO
ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Militar -
Sistema Remuneratório e Benefícios

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia SEXTA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
"A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso, nos termos do voto da Sra.
Ministra Relatora."
Os Srs. Ministros Og Fernandes, Sebastião Reis Júnior e Alderita Ramos de Oliveira
(Desembargadora convocada do TJ/PE) votaram com a Sra. Ministra Relatora.
Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Og Fernandes.

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