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A POSSIBILIDADE DA TEOLOGIA (NOTAS DE AULA)

PROF. GUILHERME NUNES

MODERNISMO:

A. O ponto da virada epistemológica: Do pré-modernismo ao modernismo.


B. Características do Modernismo:

I. Humanista
II. Naturalista
III. Método Científico
IV. Determinismo (leis)
V. Reducionismo
VI. Fundacionalismo
VII. Realismo metafísico
VIII. Linguagem referêncial

C. Outras características:

I. Busca da verdade
II. Absolutismo
III. Pensamento linear
IV. Racionalismo
V. Certeza, do intelectual em oposição ao afetivo.

D. Exemplo em René Descartes

E. Algumas importantes citações

"Os pensadores modernos acreditavam que as verdades universais da razão poderiam


provocar a emancipação humana universal através da tecnologia, da moral e da
democracia [...] Kant respondeu seu próprio questionamento" O que é a iluminação? ",
́
dizendo que é uma confiança no pró prio poder de raciocinio da pessoa, em vez de
confiar nas autoridades e tradição".

[...] A modernidade é assim caracterizada por um desejo Faustiano por conhecimento


que poderia servir como um fundamento correto e universal para nossas reivindicações
por um significado, verdade e valor [...]

O intelectual moderno é um arquiteto cujo conhecimento, não só de fundações, mas de


estruturas, permite que ele construa a Cidade do Homem de acordo com os princi ́pios
da razão arquitetô nica, com um único projeto racional. "

Kevin Vanhoozer, Christianity and the Postmodern Turn: Six Views ".

F. Como isso apareceu na teologia:


A. Pensamento liberal
B. Apologética evidêncialista

Pós-modernismo:

A. Características:

I. Conhecimento condicionado

#Análise geneaoló gico como bulverismo:

Lewis imagina o momento em que o bulverismo nasceu, quando Ezekiel, de cinco anos,
ouviu sua mãe dizer ao pai:" Oh, você diz isso porque você é um homem [...] "Bulver
intuitivamente percebeu a impressionante implicação: argumentos não precisam ser
refutados, apenas situados".

Lewis, God in the Dock: Essays on Theology and Ethics (Grand Rapids: Eerdmans, 1970),
271–77.

II. O lugar do significado:

# Cácere
# Construção
# Social
# Persuasão

III. Ceticismo em direção à teorias que se propõem a explicar tudo.

IV. Rejeição do fundacionalismo

Onde o arquiteto observou projetos com confiança e esperança, o arqueólogo examina


entre as rui ́nas. É difi ́cil para o arqueólogo acreditar nas fundações quando tudo o que
resta são fragmentos quebrados [...] ele, arqueólogo pó s-moderno, não está realmente
interessado em construir algo novo; Por que se incomodar, uma vez que nenhum
fundamento ou material de construção pode resistir aos estragos do tempo? Assim, o
arqueólogo desconstró i, analisando o processo da construção original de uma coisa,
tomando nota especial das contingências de sua construção e, portanto, da natureza
não necessária ou arbitrária do produto final ".

Kevin Vanhoozer, “Christianity and the Postmodern Turn: Six Views

B. Exemplo de pós-modernismo Michael Foucult:


1. AS PRÁ TICAS DE SI

"As “práticas de si” são um exerci ́cio de si sobre si mesmo através do qual o sujeito
procura se elaborar, se transformar e atingir um certo modo de ser."

"Estética da existência. Subjetivação. Criar novas formas de ser que não sejam criadas
pela relação direta da genitália e gênero".

2. DISCURSIVIDADES

Atos de fala e performances. Estruturas de poder, onde cada épistemes servem a criação
de um ”verdade".

3. INSTITUIÇÕES

Burquesia, Fami ́lia,patriarcado...

C. Exemplo de pós-modernismo: Teoria Queer e Judith butler (problemas de


gênero):

[...] em que medida as práticas reguladoras de formação e divisão do gênero constituem


a identidade, a coerência interna do sujeito, e, a rigor, o status autoidêntico da pessoa?
[...]

[...] a “coerência” e a “continuidade” da “pessoa” não são caracteri ́sticas lógicas


ou anali ́ticas da condição da pessoa, mas, ao contrário, normas de inteligibilidade
socialmente institui ́das e mantidas

[o gênero não é] uma identidade estável ou um locus de agência a partir do qual se
seguem vários atos; antes, o gênero é ... Institui ́do... Por meio da repetição estilizada de
atos [habituais]”

D. Outro exemplo de Pós modernismo: A nova tolerância:

Mudamos de permitir a livre expressão de opiniões contrárias para aceitar todas as


opiniões; saltamos da permissão da articulação de crenças e argumentos dos quais
discordamos para a afirmação de que todas as crenças e todos os argumentos são
igualmente válidos. Assim passamos da antiga para a nova tolerância,

A nova tolerância tende a evitar qualquer envolvimento em difíceis questões morais,


analisando cada uma delas com base no eixo tolerante/intolerante, excluindo do
panteão dos virtuosos todos aqueles que não se alinhem com esse eixo.

Carson, A intolerância da tolerância.


4. O perspectivismo e a ideologia

A. DÉIA COSMONÔ MICA

1. Visão-da-totalidade: Um conjunto de crenças que controla toda análise teó rica


2. Contém como base central qual a origem e a qual a natureza da ordem
có smica
3. Os “ismos” teriam a sua raiz na busca racional por um fundamento último da
realidade na própria realidade
4. Identifica certa dimensão com a essência ou fundamento ú ltimo da realidade
5. Procura explicar todas as outras dimensõ es da experiência a partir dessa
teoria.
6. “idolatria” intelectual
7. Escala de modalidades
8. Hierarquicamente organizadas, mas independentes

5. A possibilidade da Teologia:

“Embora a objetividade perfeita não seja atingível, é desejável, e uma aproximação o


mais próxima possível deve ser buscada ”. M.E.TC

A. Pós-perspectivismo:

i. Autobiografia intelectual
ii. Interações com perspectivas diferentes (etno-centrismo, crono-centrismo)

Milton Friedman disse: Você não pode ter certeza de que está certo, a menos que você
conheça os argumentos contra sua visão melhor do que seus oponentes.”

B. Visões da verdade:

I. Correspondente
II. Coerente
III. Pragmática

C. Neo-fundacionalismo (um ponto de partida)


D. Em algum sentido a lógica comum é necessária:

Na frente (camisa) estão as palavras: "A frase na parte de trás desta camisa é falsa". O
verso traz a mensagem "A frase na frente desta camisa é verdadeira". Outra é a
afirmação que eu às vezes dirijo a um pós-modernista. e, em seguida, ficar em silêncio,
esperando por uma reação: "Eu concordo completamente com você e você está
totalmente errado." Trecho de: Erickson, Millard J. "Teologia cristã".
“Não é um absolutismo que acredita que se tem perfeita compreensão da realidade,
mas sim a crença de que tal conhecimento é possível e desejável, e se esforça para
aproximá-lo cada vez mais de perto. Ela utilizará imaginação e criatividade na
formulação de seus modelos e hipóteses. ”

Trecho de: Erickson, Millard J.

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LIVRO TEXTO: ERICKSON, Millard. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 2015.

REQUERIMENTOS DO CURSO:

1. Participação em Sala (20%)

O aprendizado é um esforço cooperativo, onde professor e alunos estão juntos


no processo. Não hesite em fazer qualquer pergunta dentro e fora da sala. Sua
participação só vem a somar no aprendizado do grupo. Para isso é importante
que você esteja fazendo as leituras exigidas para cada momento em sala.

2. Testes semanais (20%): São testes rápidos que podem ocorrer no segundo
período da aula.

3. Leituras (30%) – o aluno deve ter lido um total de 750 páginas durante o curso.

Esquema de leituras requeridas:

A. (SOMENTE LEITURA) ERICKSON, Millard. Teologia Sistemática. (páginas


indicadas no cronograma).
B. (RESENHA) Alister Mcgrath: A Gênese da Doutrina (entregar a resenha no
final do curso)
C. (RESUMOS OCASIONAIS) Artigos indicados pelo professor (entregar, em
datas indicadas pelo professor, pequenos resumos)

4. Exame oral/escrito (30%)

O aluno deve ser capaz de já ir preparando seu exame doutrinário. Deverá


também defendê-lo em sala de aula segundo sorteio já a partir de Maio. O
Exame escrito deverá ser entregue no último dia de aula.

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