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INFORME DE LEITURA

Nome: Luis Guilherme Silva Nunes Data: 09/06/1999

Ficha bibliográfica.

Naselli, Andrew David. A brief introduction to Verbal Aspect in New


Testament Greek. Detroit Baptist Seminary Journal. Vol. 12. 2007, pág. 17-28.

Temática – Aspecto Verbal

Breve Resumo

A proposto do autor é fazer uma análise introdutória da teoria do aspecto verbal 1.


Com as publicações de teses importantes acerca do assunto, como a de Stanley E. Porter
e Buist M. Fanning, Adrew Naselli procura apresentar um panorama dos principais
pontos da teoria.

O ponto de partida da teoria é a distinção entre semântica e pragmática com


respeito aos verbos. Semântica se refere aos elementos que não são modificados pelo
contexto, ou seja um significado de um tempo verbal fora de um contexto específico.
Pragmático se refere aos elementos que sofrem modificações em diferentes contextos.
A semântica dos tempos verbais, segundo a teoria, se refere a escolha do autor em
gramaticalizar como ele deseja que a ação seja vista (aspecto verbal). Já os elementos
pragmáticas, o Tipo de Ação (Aktionsart) e o tempo, são os elementos que sofrem
modificações provenientes de um contexto específico. Apesar, como salienta o autor, de
uma certa divergência entre linguistas e gramáticos acerca de alguns pontos da teoria do
aspecto verbal, a distinção acima é fundamental: aspectos preocupam-se com a
semântica e Aktionsart e tempo com a pragmática.

Em seguida o autor apresenta outras visões dos tempos verbais contrastando com
a TAV. A primeira (que a algum tempo entrou em desuso), se refere a visão do tempo

1
A partir de agora TAV
absoluta, a segundo e terceira visão podem ser resumidas como as que focam no “tipo
da ação” e a última a do “ponto de vista da ação”.

A quarta visão que é representada na terminologia de Stanley Porter, como


podemos ver a seguir: 1) a forma verbal aoristo gramaticalizam o Aspecto Perfectivo,
onde o narrador, ou autor, apresenta ação como um todo, completa (deve-se ter cuidado
para não entender completada; 2) as formas verbais presente e imperfeito
gramaticalizam o Aspecto Imperfectivo, onde o autor apresenta ação em processo,
diferindo um do outro quanto ao distanciamento (background, foreground e
frontground) no discurso, seja ele de tempo, espaço ou ênfase, como afirma Naselli; 3)
as formas verbais perfeito e mais que perfeito gramaticalizam o Aspecto Estativo,
apresentando o evento como estado de relação ou condição, divergindo entre si quanto
ao distanciamento no evento. Naselli nesse ponto, apresenta ainda boas e claras
definições de Porter acerca da TAV.

Depois apresenta três argumentos contra a TAV de Stanley Porter. A primeira é


como o tempo será terminado? A resposta é através de fatores pragmáticos, léxicos e o
contexto, tais como os indicadores de tempos, os chamados deíxis. O outro argumento
diz respeito a diferencia entre aquelas formas verbais que gramaticaliza o mesmo
aspecto, como o presente e o imperfeito, Naselli apresenta nesse ponto como resposta a
do distanciamento, fator que envolve os planos do discurso. A última objeção
apresentada pelo autor é a questão se a forma verbal futuro não representa o tempo
futuro? O autor mostra que não há um uníssono das quatro visões apresentadas, apesar
de concordarem que é o tempo futuro é anômalo. A visão de Porter acerca do tempo
futuro é que esse gramaticaliza expectativa, Fanning e Campbell argumentam que o
tempo futuro é um exceção e representa o tempo futuro e na visão de Kenneth L. Mckey
representa intensão simples futuridade.

Conceitos chave ou ideias centrais:

 Aspectos preocupam-se com a semântica e Aktionsart e tempo com a


pragmática.

 As formas verbais dos tempos verbais não gramaticalizam tempo, mas aspecto,
isto é, o ponto de vista do autor ou narrador de como ele deseja que ação seja
concebida, que pode ser através dos aspectos perfectivo, imperfectivo ou
estativo.

Assuntos de valor que encontro no texto e são desafios para mim.

A teoria do aspecto verbal é uma ferramenta valiosa para evitarmos falácias


gramaticais com relação aos tempo verbais. Outra importância da TAV, junto com
outros fatores, é que esta serve na prática da exegese como ferramenta para encontrar a
intenção pretendida pelo o autor do texto bíblico.

Deficiências ou divergências que tenho com o texto.

A análise panorâmica e introdutória do texto foi desenvolvido de forma bastante


clara, sua didática e divisões fazem do texto um ótimo recurso para quem está
começando no assunto da TAV. Talvez a única questão é a falta de alguns exemplos a
mais da análise de textos bíblicos. No mais o texto é didático e me ajudou muito.

Como tentarei usar este material?

Usarei este material como fonte de aprofundamento no entendimento da TAV,


observando suas indicações de textos para maior compreensão. Futuramente, certamente
esse é um bom material para usar na sala de aula como introdução ao assunto.

A quem recomendaria esta leitura?

Recomendo a estudantes que já possuem uma base do Grego do novo


testamento, a pastores e líderes que ainda possivelmente estejam desatualizados em
relação ao assunto e a professores que desejam introduzir seus alunos a TAV.

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