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Sumário
1. INTRODUÇÃO........................................................................3
2. SOCIABILIDADE COMO CARACTERÍSTICA
ESSENCIALMENTE HUMANA..................................................3
3. IMPLICAÇÕES DA SOCIABILIDADE E POLITICIDADE.....4
4. CONCEPÇÕES DE SOCIABILIDADE E POLITICIDADE NA
MODERNIDADE.........................................................................5
5. A SOCIABILDADE E O ESTADO MODERNO......................5
6. CONCLUSÃO.........................................................................6
Referências................................................................................7
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1. Introdução
As discussões que permeiam a realidade humana sempre chamaram a atenção de
muitos filósofos durante o caminhar dos anos. Não diferente a este fato, o estudo do
homem inserido em um contexto social e político é alvo de nosso estudo.
Partindo do entendimento lógico do que vem a ser a própria sociabilidade e a
politicidade humana neste trabalho será exposto um breve comentário a respeito
desse tema utilizando como principais artifícios a explicação de diversos filósofos e
ou sociólogos no decorrer dos anos. Assim como uma explanação de como se da à
relação entre estes princípios tão corriqueiros no cotidiano dos homens.
Será abordada, primeiramente, a questão da sociabilidade do homem como
característica essencial da sua própria condição humana enquanto ser plural. Após
essa primeira abordagem, serão apresentados os fatores que propiciaram o
surgimento da esfera política do homem a partir de elementos intrínsecos a ele,
como o fato da própria sociabilidade humana, bem como a concepção das relações
que estas dimensões do homem se desenvolvem na mentalidade que permeiam a
modernidade.
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4. Concepções de sociabilidade e politicidade na
modernidade
Na Modernidade encontramos filósofos que defendiam a idéia individualista de
Platão e outros que defendiam idéia do coletivo de Aristóteles. Dentre os defensores
de Platão, destacam-se Spinosa, Hobbes, Locke, Rousseau e Vico, citados por
Mondim (2002, p. 166). Contudo, é necessário lembrar que a concepção destes
aproxima-se de Platão apenas na defesa do homem como ser mais importante do
que o coletivo, pois logicamente suas explicações diferem-se devido ao próprio
momento histórico-econômico onde esses estão localizados (todos são filósofos
Iluministas, portanto, defendem o capitalismo).
A criação de um Estado, segundo esses estudiosos, é necessária apenas para evitar
o suicídio da humanidade, visto que o homem tem a liberdade de produzir tudo, mas
não pode fazê-lo, sendo por isso a idéia de Estado secundária. Para que esse
Estado apareça e “regularize” a sociedade é firmado entre os homens um contrato
social, onde esses abrem mão de parte de sua liberdade em prol de um bem
comum.
Cabe destacar que esses filósofos por serem Iluministas defendem o capitalismo e a
função reguladora desse Estado é de extrema importância para o crescimento da
atividade comercial burguesa.
Contrário a esses filósofos as concepções de Karl Marx e Comte, citados por
Mondim (2002, p.169) priorizam o coletivo em detrimento do individual. O primeiro
utiliza as palavras de Freurbach para chamar atenção da necessidade da vida em
sociedade, dizendo que o homem não é genérico, portando, não pode viver sozinho.
Marx é ainda mais radical ao afirmar que o homem que não vive na sociedade não
existe e ainda muito extremista em sua concepção ao criticar a Declaração dos
Direitos Humanos. Esse sociólogo afirma que essa declaração é a prova maior do
egoísmo do homem visto que ela se aplica ao individuo e não a sociedade. Aí surge
um questionamento, até que ponto a sociedade não é o próprio indivíduo?
Ainda favoráveis a idéia do coletivo em detrimento do individual, surgem no século
XX dois sociólogos de destaque: Durkheim e Levy-Brull, citados por Mondim (2002,
p. 170). Ambos buscam explicar a sociedade através de analise científica dos fatos.
A moral é vista por eles como consciência do individuo, contudo, por viverem em
sociedade essa é muitas vezes esquecida e a “moral social” é assim aceita.
Durkheim explica que essa aceitação acontece devido a pressão social ao qual o
homem é submetido e diz ainda que a consciência individual é um epifenômeno do
coletivo.
Em suma, todos esses filósofos e/ou sociólogos tentam achar uma explicação para a
necessidade do homem de viver em grupo. O princípio da autotrancendência
humana é uma das principais provas científicas dessa necessidade. Seja pelo
diálogo ou mesmo pelos chat na Internet o ser humano sempre busca o outro para
satisfazer uma necessidade própria do seu eu, que é a vida em sociedade. Como diz
Maritain (1963, p.149): “A pessoa como tal é um todo. Dizer que a sociedade é um
todo composto de pessoas quer dizer que a sociedade é um todo composto de
muitos todos”.
6. Conclusão
Constatou-se que o homem sente exigência imprescindível de encontrar-se em
constante relação com outros e sente sentimento particular de satisfação quando
consegue realizar essa sua disposição, estabelecendo-se de fato como homo
socialis.
A sociedade não constitui em si uma realidade superior aos indivíduos, à qual
seriam subordinados como as partes de edifício ao inteiro conjunto. A sociedade é
organismo que está essencialmente ao serviço dos indivíduos, para permitir a cada
um realizar plenamente a si mesmo. A política surge como resultado natural da
manifestação dos seres humanos
Sociabilidade e politicidade são, portanto, duas dimensões fundamentais do homem.
Isso pode ser perfeitamente justificado através de sua evolução histórica e social, a
sociedade e a política encontram-se intimamente relacionados à época e a situação
econômica a qual as pessoas estão submetidas.
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Referências
CHAUI, Marilena. Filosofia. São Paulo: Ática, 2002. Série Novo Ensino Médio.
MONDIM, Batista. Fenomenologia do homem. São Paulo: Ed. Paulus, 2002. p. 162
– 170.