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A SSOCIADOS
! Os riscos do endividamento de
curto prazo
ÍNDICE
PÁG
♦ APRESENTAÇÃO 3
♦ PRINCIPAIS CONCEITOS
♦ CONCLUSÃO 20
♦ CASO PRÁTICO 21
CONCEITOS
APRESENTAÇÃO
A análise mais detalhada dos números, no entanto, pode demonstrar que esta
situação pode ser normal, desde que haja uma boa relação entre o período de
fabricação de um produto, prazo para pagamento de matérias –primas e efetivo
recebimento de vendas. Neste contexto, o endividamento de curto prazo tem por
objetivo suprir a necessidade de recursos da companhia durante o seu processo
produtivo uma vez que os eventos de desembolso de caixa e recebimentos não ocorrem
de forma simultânea.
PRINCIPAIS CONCEITOS
Para uma análise mais detalhada, podemos definir como Ativo Circulante
Operacional, as contas que representam o investimento necessário para que as
atividades da companhia (como aquisição de matéria – prima, fabricação, estocagem e
venda do produto), sejam realizadas. Por fim, o financiamento destes eventos ocorre
através do Passivo Circulante Operacional.
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
CAIXA ENDIVIDAMENTO
ATIVO CLIENTE FORNECEDORES
CIRCULANTE PASSIVO
OPERACIONAL CIRCULANTE
ESTOQUES SALÁRIOS A PAGAR OPERACIONAL
MÚTUOS (*) IMPOSTOS A PAGAR
OUTROS
PASSIVO
CIRCULANTE
ATIVO OPERACIONAL
CIRCULANTE
OPERACIONAL
NECESSIDADE
DE
CAPITAL
DE
GIRO
1) Ciclo Operacional:
2) Ciclo de Caixa:
Pagamento
de
Matéria - Prima
De forma análoga, o ciclo de caixa nada mais é do que Ciclo Operacional menos
o prazo médio de pagamento de matérias – primas. Na demonstração gráfica fica clara a
defasagem entre prazos de pagamento e recebimentos que precisa ser coberta com
recursos de terceiros ou própria. Dentro deste contexto pode-se deduzir que o ciclo de
caixa representa o número de dias em que a empresa precisa buscar fontes de
Compras (*)
(*) Algumas observações devem ser feitas sobre este item, visto que não pode ser
encontrado de forma direta nas demonstrações financeiras:
2) Já em empresas industriais, esta metodologia não pode ser adotada, visto que o
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) engloba outros itens como
“desembolsos”com mão –de – obra. Dentro deste contexto, o mais adequado
seria obter o efetivo valor de compras junto a empresa analisada. Como nem
sempre isto é possível, o valor integral do CPV pode ser utilizado a título de
simplificação.
Receita Bruta
CPV
" É importante destacar que pelo fato de dados como CPV e Receitas Brutas
serem cumulativos, não é correto utilizar-se de forma direta dos saldos de
contas clientes, estoques e fornecedores por se tratarem de valores estáticos,
ao final do período. Dentro deste contexto, torna-se necessário efetuar uma
média aritmética simples entre valores iniciais e finais, conforme
demonstrado a seguir:
Exemplo: Saldo médio de clientes = Saldo de clientes inicial (*)+ Saldo de clientes final
(*) Pode ser encontrado nas demonstrações financeiras imediatamente anteriores àquela analisada
METODOLOGIA
DE
CÁLCULO DA NCG
(+) Clientes
(+) Estoques
Necessidade de Capital de Giro
= (-) Fornecedores
NCG
(-) Salários a Pagar
Exemplo:
A tradicional rede varejo “Easy Shop” vêm enfrentando uma forte pressão da
concorrência no sentindo de aumentar o prazo médio de financiamento de seus clientes
de 40 para 80 dias. Em virtude dos altos índices de inadimplência, algumas redes já
Principais Informações
31/12/00 31/12/01
31/12/00 31/12/01
Receita Bruta 100.000 105.000
CPV 85.000 89.250
Lucro Bruto 15.000 15.750
Margem Bruta 15,00% 15,00%
3) Prazos Médios
31/12/00 31/12/01
Recebimento 40 60
Pagamento 20 20
Giro de Estoques 30 30
Obs: Apenas para simplificação do exemplo, os prazos médios foram calculados pelo saldo final do período
31/12/00 31/12/01
Clientes Líquido 10.889 16.625
Estoques 7.083 7.438
Fornecedores -4.722 -4.958
Salários a Pagar -2.000 -2.000
Impostos a Pagar -1.000 -1.000
Necessidade de Capital de Giro 10.250 16.104
Variação da NCG 5.854
Como o esforço de curto prazo foi maior do que o benefício obtido podemos
deduzir que pode haver um aumento pouco recomendável dos níveis de alavancagem
financeira e que poderão ser traduzidos em problemas futuros para a companhia.
Com base no exemplo anterior, vamos supor que o maior prazo de recebimento
de clientes fosse compensado com um aumento de vendas de 10% bem como
incremento dos níveis de margem bruta (face a comercialização de ítens de maior valor
agregado) para 20%:
1) Demonstração de Resultados:
31/12/00 31/12/01
Receita Bruta 100.000 110.000
CPV 85.000 88.000
Lucro Bruto 15.000 22.000
Margem Bruta 15,00% 20,00%
31/12/00 31/12/01
PRINCIPAIS FONTES DE
FINANCIAMENTO DA NCG
3) Empréstimos bancários de longo prazo (pouco usual uma vez que estas
linhas são mais direcionadas a programas de investimentos da companhia de
maior porte como por exemplo, a ampliação de sua capacidade instalada).
FATORES DE RISCO DO
ENDIVIDAMENTO DE CURTO PRAZO
Esta condição, no entanto, deixa de ser válida quando se detectam alterações dos
níveis de operação da companhia, que podem ser caracterizados pelos seguintes
eventos:
" Má gestão dos prazos médios levando a empresa a forte descasamentos entre
recebimentos e pagamentos em níveis superiores a sua geração operacional
de caixa, fazendo-a recorrer contantemente a recursos de terceiros. É
importante lembrar que no caso brasileiro o custo do endividamento de curto
prazo ainda é muito elevado;
CONCLUSÃO
A priori, uma gestão eficiente dos prazos médios praticados deveria se traduzir
em constantes reduções da necessidade de capital de giro. Esta situação nem sempre é
verdadeira: muitas vezes em cenário de forte crescimento para a companhia é comum
que a necessidade de capital de giro também aumente.
Por fim a existência de um forte processo recessivo marcado por acirramento das
relações com fornecedores, necessidade de ampliação de financiamento a clientes bem
CASO PRÁTICO
Balanço Patrimonial
Demonstração de Resultados
31/12/00 31/12/01 31/12/02
31/12/01 31/12/02
Saldo médio de clientes 21.285 27.225
Saldo médio de estoques 20.500 20.500
Saldo médio de fornecedores 11.500 14.000
Onde,
31/12/01 31/12/02
Prazo Médio de Recebimento 49 60
Prazo Médio de Giro de Estoques 64 63
Prazo Médio de Pagamento 36 43
Onde,
CPV
Receita Bruta
CPV
31/12/01 31/12/02
Ciclo Operacional PME +PMR 113 122
Ciclo de Caixa Ciclo Oper.- PMP 77 80
Prazo a descoberto Ciclo de Cx. – 41
Oper.