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Aula 03

Português p/ TRF 2ª Região (com videoaulas)


Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror

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Curso de Português para TRF 2ªR (todos os cargos)
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 03

Aula 03: Coordenação entre orações. Pontuação.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Diferença entre frase, período e oração 1
2. Esquema do período composto por coordenação 7
3. O que devo tomar nota como mais importante? 23
4. Lista das questões apresentadas 24
5. Gabarito 31

Olá, pessoal!
Tudo bem com vocês? Espero que sim e que o estudo esteja rendendo
bem!
Vimos na aula passada os termos da oração.
Nesta, veremos o período composto por coordenação, focando
principalmente na pontuação e nos valores semânticos dos conectivos.
Questões específicas de orações coordenadas não são muito vistas na
FCC, mas tal conhecimento é importante após trabalharmos os demais tipos de
período composto, haja vista o emprego da pontuação e dos conectivos.
Assim, mesmo esta aula sendo curta e com poucas questões disponíveis
da banca, ela é importante para o que veremos nas próximas aulas.
Vamos aos princípios de frase, período e oração!

Primeiramente, vamos trabalhar a diferença entre frase, período e


oração.
Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase.
Podemos dizer que o sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem
quando houver as seguintes pontuações finais (. ! ? : ...)
O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A
frase terminada com esta pontuação é chamada de frase declarativa:
As aulas terminaram mais cedo.
O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um
sentimento. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase
exclamativa:
Socorro! Te amo!
O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta:
Por que você não veio ontem?
Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção
do leitor:
O rombo da corrupção? O povo paga.

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Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma
bem objetiva: O povo paga o rombo da corrupção.
Mas o autor preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar
aquilo que poderia ser apenas uma declaração, como fizemos no exemplo
acima.

Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente


cobrados nas provas da FCC. Vimos na aula anterior que ele pode iniciar uma
enumeração (aposto enumerativo), explicação (aposto explicativo, comentário
do autor, expressões denotativas). Mas cabe aqui apenas os dois-pontos
finalizando frase. Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma
citação, a fala de alguém, o recorte de um outro texto. Para isso, deve-se
perceber que a citação se iniciará com letra inicial maiúscula. Veja:
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”
Perceba que a frase realmente foi finalizada pelo sinal de dois-pontos,
porque a próxima palavra (“Há”) está com letra inicial maiúscula.
Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que
transmite exatamente a fala de alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza
palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”.
Assim, o termo entre aspas ‘Há dois anos os juros estavam mais baixos’
seria a voz do personagem; e “O ministro declarou” seria a voz do narrador.
Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar”
do personagem. Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte
quando necessário. Veja:
Discurso direto:
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”
Discurso indireto:
O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos.
Questão 1: TRT MG 2015 Analista Judiciário (banca FCC)
Fragmento do texto: Nem bem chegara de lá e já tinha de ouvir o que
diziam dele depois que partira. A primeira a anunciar uma das fofocas foi a
vizinha, sempre disposta a disseminar novidades, verdadeiras ou não.
− Então, Antônio, soube que rompeu o noivado.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A conexão entre o discurso direto e as frases que o antecedem realiza-se por
meio do contexto, pois não há palavra ou expressão anterior que antecipe a
fala da vizinha.
Comentário: Esta questão não aborda pontuação, mas é importante
entender a estrutura do discurso direto nela apresentado.
A questão afirma erroneamente que não há palavra ou expressão
anterior que antecipe a fala da vizinha. Na realidade, há sim, pois a expressão
“A primeira a anunciar uma das fofocas foi a vizinha” indica que em seguida
haverá a fofoca da vizinha, expressa pelo discurso direto.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E
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Questão 2: TCE AM 2013 Auditor (banca FCC)


Fragmento do texto: Segundo o padre Jorge Benci, que esteve no país no
final dos 1600, a razão de submeter os escravos era "para que não se façam
insolentes, e para que não busquem traças e modos com que se livrem da
sujeição de seu senhor, fazendo-se rebeldes e indômitos".
(SCHWARCZ, Lilia M. e STARLING, Heloisa M.. Brasil:
uma biografia. 1. ed., São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 91)
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O que está entre aspas corresponde à fala do padre, mas não por sua própria
voz: as autoras é que narram e comentam o que ele disse.
Comentário: As aspas, no contexto, marcam a citação direta, isto é, o
discurso direto, a fala do padre. Assim, as autoras utilizaram as próprias
palavras do padre. Por isso, a afirmativa está errada.
Gabarito: E

Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em


diversas situações, mas cabe aqui apenas em final de frase.
Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a
declaração que vinha sendo feita ainda continua. Isso ocorre quando
recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas vezes o autor usa esta
continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto.
Uma casa de show com licença para acomodar 600 pessoas, porém havia
1500 jovens, isso combinado com um ambiente fechado com apenas uma
porta de saída. Então, alguém tem a infeliz ideia de acender fogos
pirotécnicos...
Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe
ocorrida no dia 26 de janeiro de 2013, na cidade de Santa Maria-RS. O autor
não precisa dizer mais nada, nós já entendemos que ele quer nossa atenção à
tragédia.
Questão 3: TRT 12 R 2010 Médio (banca FCC)
Fragmento do texto: Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom
nas novelas. Para ter público, a novela precisa dispor de personagens de todas
as classes sociais, explicava ela, o que exige uma trama complexa.
Acrescento: a mobilidade social é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo
amor entre ricos e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de
ascensão social pelo amor – genuíno ou fingido – em proporção maior que a
vida real .... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim, mas
como aqueles retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e
branco, mas, depois, cuidadosamente retocados e coloridos. O fundo é real. A
tela: ideais, sonhos, fantasias.
Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão social pelo amor –
genuíno ou fingido – em proporção maior que a vida real ...
O emprego das reticências no final do segmento transcrito acima denota
(A) nova referência, desnecessária, ao comentário de alguém alheio ao
contexto.
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(B) recurso adotado pelo autor, no sentido de estimular o interesse do leitor.
(C) certeza da concordância de um eventual leitor com a opinião ali exposta.
(D) desejo de que a ficção possa se deter, realmente, em fatos que ocorrem
na vida real.
(E) hesitação, pela presença de um comentário de cunho subjetivo, sem base
em dados reais.
Comentário: As reticências geralmente são usadas para marcar uma
continuação da fala do locutor, de certo grau de emoção, de se fazer
subentender. Por isso, cabe a interpretação de uma hesitação, pelo
comentário subjetivo, sem dados reais. Tudo isso ratificado pelo advérbio
“Provavelmente”.
Gabarito: E

Questão 4: TRT 24ªR 2011 Técnico (banca FCC)


Fragmento do texto: Tudo que nos permite explorar nossos pontos fortes e
driblar nossas fraquezas genéticas é resultante da combinação entre os
avanços nos cuidados com a aparência física e o estilo, a possibilidade de
envelhecer com saúde e, não menos essencial, a valorização de atributos
sociais como autoestima, simpatia, cultura e expressividade. "É o equilíbrio
dessas qualidades que torna um indivíduo mais ou menos atraente", diz o
cirurgião plástico Noel Lima, do Rio de Janeiro.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
As aspas isolam transcrição exata das palavras do médico citado no parágrafo.
Comentário: A expressão entre aspas é o recorte de um texto, as palavras
de alguém, é também chamado de citação, pois se encontra na estrutura de
um discurso direto. Assim, realmente há uma transcrição exata da fala de um
médico. Confirmamos isso com a expressão “", diz o cirurgião plástico...”.
Gabarito: C
Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período.
Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo.
Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois
terem sentido completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período
obrigatoriamente terá.
Assim, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período.
Veja:
“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.
“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo.
“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.
“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo.
Como o período deverá ter sentido completo, então a pontuação final
dele deve ser a mesma da frase: . ! ? : ...
Agora veremos a oração.
A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo.
Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.

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Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há
período, porque, além de ter sentido completo, tem verbo. Há orações,
porque cada oração terá um verbo diferente.
Assim, vejamos:
1. “Socorro!” (apenas frase)
2. “Ajude-me!” (frase, período e oração)
3. “Olá!” (apenas frase)
4. “Você está bem?” (frase, período e oração)
5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e
orações)
Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este
enunciado de período simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”,
“Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma oração
absoluta.
Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período
composto, como ocorre com “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de
vendas.”.
Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que
período simples e é o mesmo que uma frase, portanto terá a mesma
pontuação final de uma frase: . ! ? : ...
Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores
de cada oração dentro de um período composto é o nosso foco nesta aula. Por
isso dizemos que, além da pontuação final vista acima, a oração pode ser
sucedida por: ,; e às vezes não receberá nenhuma pontuação.
Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por
coordenação ou por subordinação. Isso vai depender da oração que nele se
inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. Quando
um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta.
Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque
sua relação semântica também muda e aí veremos o papel muito importante
da conjunção e da pontuação.
Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação:

1 3
2
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar
4
calmo durante a prova, passará no concurso.

Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com
isso, percebemos que temos também um período. Como há vários verbos, há
várias orações em um período composto.
O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que
alguém consiga esse resultado, deverá passar por algumas condições: “se
mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo durante a

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prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de
estruturas coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas
possuem o mesmo valor: condição.

Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO.

Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si.

Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas


em coordenação) foram necessárias para se ter um resultado: “passará no
concurso”.

Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam
sentido; por isso, além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do
resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas precisam de outra
para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido?

1 2 3
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar
calmo durante a prova ...passar
á no concurso do TSE.

Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que
as outras (subordinadas) tenham sentido.
Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas
entre si (justapostas, paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações
estão subordinadas em relação à oração 4 (principal).
A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração
coordenada se liga a outra também coordenada (ou também chamada de
oração inicial).

A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos.


Veja:
“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.”

Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os


termos “carnes”, “frutas” e “legumes” estão paralelos entre si. Essa estrutura
foi vista na aula passada, em que você estudou o aposto enumerativo. Mas a
enumeração de substantivos não ocorre apenas no aposto enumerativo, mas
em qualquer termo composto da oração (mais de um núcleo).
Então podemos entender que termos paralelos (enumerados,
coordenados) podem ser substantivos (quando queremos nominar os seres),
adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando queremos
demonstrar uma sequência de ações).

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Enumeração de substantivos:
1
Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno.
2 Enumeração de adjetivos:
Achei a pintura clara, intrigante, linda!
3 Sequência de ações
Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e
voltou para casa.
Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar
a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3,
respectivamente)? Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é?
Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente
os termos coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que
o último dos termos possa ficar separado pela conjunção “e”, para que o leitor
faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório. Veja que, na enumeração
dos adjetivos, o autor preferiu não inserir a conjunção “e”.
A Fundação Carlos Chagas algumas vezes pergunta o motivo dessas
vírgulas, e a resposta é que elas ocorrem porque separam termos de uma
enumeração, isto é, separam termos de mesmo valor.
Entendemos basicamente a estrutura enumerativa e o uso da pontuação
nestes casos. Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor
semântico de cada estrutura coordenada. Para isso, vamos ver que as
conjunções COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de acordo
com o esquema a seguir:
Esquema do período composto por coordenação

______________________ e ____________________. (aditiva)

______________________, mas _________________. (adversativa)

______________________ ou ___________________. (alternativa)

______________________, portanto ______________. (conclusiva)

______________________, pois _________________. (explicativa)

oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação


Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações
coordenadas. Os elementos coordenados estão unidos pelas conjunções “e”,
“mas”, “ou”, “portanto”, “pois”.
A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e
síndetos. Assim, quando uma oração coordenada é iniciada por conjunção, ela
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é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de seu valor
semântico, conforme apontado no esquema acima.
Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste
caso a chamamos de orações coordenadas assindéticas. É importante
reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do sentido.
Exemplo:
Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética)
Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética)
A Fundação Carlos Chagas não cobra o nome destas orações, mas temos
que entender sua estrutura para sabermos trocar conjunções de mesmo
sentido, saber quando usamos a vírgula, além de entender o funcionamento
textual destes valores e por que tal conjunção foi utilizada.
Vejamos os principais valores:
1) Aditivas:
______________________ e ____________________. (aditiva)
oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear


enumeração dentro de uma lógica. As principais são:
e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também,
senão também, tanto...como.
Ex.: Fechou a porta e foi tomar café.

Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso
no nosso esquema do período composto por coordenação. Mas, se o “e” for
substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como mostradas acima,
naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos.
Não trabalha nem estuda.
Não trabalha, tampouco estuda.
Tanto lê como escreve.
Não só pintava, mas também fazia versos.
Não somente lavou, como também escovou os cães.
A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações:
a) quando o sujeito for diferente:

Ana estudou, e Jucélia trabalhou.


Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é
facultativa.
b) quando o sentido for de contraste, oposição:
Estudei muito, e não entendi nada.

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Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste
caso houve uma contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode
ser substituída por “mas”. Apesar de alguns autores usarem esta estrutura
sem a vírgula, a norma culta a exige. Assim, pode-se considerá-la como
obrigatória.

c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter
valor significativo no texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja:
Enumeração subjetiva:
_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________.

A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se


calmamente, e chegou tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante.
A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações.
Chamamos de subjetiva ou enfática, porque se transmite uma carga de
emoção para se aumentar força nos argumentos.
Vimos quando empregamos vírgula antes da conjunção “e”, agora
vejamos um aprofundamento do que trabalhamos no início desta aula. A
pontuação numa enumeração, agora a objetiva:
Enumeração objetiva:
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se


calmamente, chegou tranquila, realizou a prova e saiu confiante.
Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor
simplesmente se atém a relatar aquilo que realmente ocorreu, sem
transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração
subjetiva.
Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas
são obrigatórias. Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da
enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja:
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se


calmamente, chegou tranquila, realizou a prova, saiu confiante.
A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a
entonação final da enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula.
Mas as duas construções estão corretas.
Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou
vírgula dentro dos termos enumerados. Com isso é natural separarmos esses
elementos por ponto e vírgula.

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Veja:
Uso do ponto e vírgula:
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

1 2 3 4 5 6

Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição


leve; alimentaram-se bem; chegaram tranquila e calmamente à sala;
realizaram a prova; e saíram confiantes.
Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por
ponto e vírgula, porque há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do
ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior clareza na
enumeração, assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une
os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é
utilizada para que o leitor não confunda o último termo enumerado e o
penúltimo como apenas um.
Assim, veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna:
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________.

1 2 3 4 5 6
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________.

1 2 3 4 5 6

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

1 2 3 4 5 6

Questão 5: TRT MG 2015 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Nem bem chegara de lá e já tinha de ouvir o que
diziam dele depois que partira. A primeira a anunciar uma das fofocas foi a
vizinha, sempre disposta a disseminar novidades, verdadeiras ou não.
− Então, Antônio, soube que rompeu o noivado.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O encadeamento entre os segmentos iniciais ocorre obrigatoriamente por
meio da palavra e, pois outra alternativa, como o emprego de uma vírgula,
constituiria um erro.

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Comentário: A questão faz referência ao primeiro período do texto:
Nem bem chegara de lá e já tinha de ouvir o que diziam dele depois que
partira.
Temos dois segmentos unidos pela conjunção “e”. Vimos que, quando a
conjunção “e” une dois elementos, podemos substituí-la pela vírgula. Veja:
Nem bem chegara de lá, já tinha de ouvir o que diziam dele depois que
partira.
Com a troca da conjunção “e” pela vírgula, não haverá prejuízo para o
sentido, a diferença será apenas sintática, pois deixaremos de ter uma oração
coordenada sindética para ter uma oração coordenada assindética.
Como a questão afirmou que tal troca representaria erro, está errada.
Gabarito: E

Questão 6: TRF 5ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Rodolfo produziu muito, mas não é sua atividade
pessoal como autor e comerciante de folhetos que o torna tão importante para
o movimento cordelista. Tampouco seu trabalho na indústria do cordel, que já
estava bem firmada quando ele apareceu. Nunca, aliás, possuiu impressora
própria. Sempre mandou fazer seus folhetos.
Tampouco seu trabalho na indústria do cordel, que já estava bem firmada
quando ele apareceu. Nunca, aliás, possuiu impressora própria.
Os elementos grifados na frase acima têm, respectivamente, o sentido de:
(A) também não − a propósito (B) não mais que − porém
(C) muito menos − qual seja (D) tal e qual − portanto
(E) ainda assim − por sinal
Comentário: Primeiramente, observe que a questão não pediu para substituir
as expressões, apenas pediu o mesmo sentido. Por esse motivo, não se pode
afirmar que os conectivos da primeira lacuna estão errados por estarem com
iniciais minúsculas.
O advérbio “Tampouco” é conectivo que adiciona duas informações
negativas. Assim, tem o mesmo sentido de “também não”.
Note que a palavra denotativa de retificação “aliás” tem o mesmo
sentido de “a propósito”. Assim, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

2) Adversativas:

______________________ , mas ____________________. (adversativa)


oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

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A Fundação Carlos Chagas explora pouco, mas é importante saber que
há vírgula obrigatoriamente antes da conjunção coordenativa adversativa, por
isso o esquema encontra-se com vírgula antecipando conjunção adversativa.
As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva,
compensação. As principais são:
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a
valor adversativo e podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao
passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar disso, em
todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor
adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas
memorizar as conjunções.
Ex.: Correu muito, mas não se cansou.
As árvores cresceram, porém não estão bonitas.
Falou alto, todavia ninguém escutou.
Chegamos com os alimentos, no entanto não estavam com fome.
Não o culpo, senão a você.
Peça isso a outra pessoa, que não a mim.
Fiz muito esforço, e nada consegui, (mas nada consegui)
O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver.

Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no início da


oração, as conjunções porém, entretanto, contudo, no entanto, todavia têm a
capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também no meio ou no final
da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):
Há muito serviço, porém ninguém trabalhava.
Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava.
Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém.
A banca FCC costuma cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O
posicionamento dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível
ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode ser substituída pela
conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto,
contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições
vistas acima.
Uso do ponto e vírgula:
Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-
se substituir a vírgula que separa as orações adversativas por ponto e vírgula.
Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava.
Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém.
Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções
deslocadas (como visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração,
é percebida em bons autores a divisão por ponto e vírgula. Veja:
Há muito serviço; porém ninguém trabalhava.
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Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode
posicionar-se após a conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda
será vista adiante.
Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava.
Questão 7: Manaus Previdência 2015 Analista Previdenciário (banca FCC)
Fragmento do texto: Dos 20 aos 30 anos, avança-se lentamente, com
sentimentos contraditórios. A escola foi há séculos, mas ser adulto ainda é
estranho. A resposta sincera a quantos anos você tem, nessa fase, seria: “26,
queria fazer 25”, “25, queria fazer 24”, até chegar a 20 − acho que ninguém,
a não ser dopado por doses cavalares de nostalgia e amnésia, gostaria de ir
além, ou melhor, aquém, e voltar à adolescência.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Mantendo-se a correção e o sentido, sem que nenhuma outra modificação seja
feita na frase, substitui-se corretamente mas ser adulto por “porquanto ser
adulto”.
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa, e nunca terá o
mesmo sentido da conjunção explicativa “porquanto”, a qual será vista
adiante. Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

Questão 8: Manaus Previdência 2015 Analista Previdenciário (banca FCC)


Manaus é uma cidade como as outras, só que ela tem, como as outras
cidades, algumas particularidades...
Mantêm-se as relações de sentido do texto substituindo-se o segmento
sublinhado por:
(A) uma vez que
(B) no entanto
(C) se acaso
(D) conquanto
(E) embora
Comentário: A expressão “só que” transmite contraste neste contexto, pois
entendemos que Manaus é uma cidade como as outras, mas ela tem algumas
particularidades.
Tal contraste se mantém com o conectivo coordenativo adversativo “no
entanto”, por isso a alternativa correta é a (B).
Os demais conectivos serão vistos nas próximas aulas. Por enquanto,
veja que “uma vez que” transmite valor adverbial de causa, “se acaso”
transmite valor adverbial de condição, “conquanto” e “embora” transmitem
valor adverbial de concessão.
Gabarito: B

Questão 9: TRE SE 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: A palavra vem do grego oikonomia, que significa
“administração da casa", e passou a significar o estudo das maneiras de gerir
os recursos e, mais especificamente, a produção e a permuta de bens e
serviços. A economia moderna surgiu como disciplina específica no século

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XVIII, sobretudo com a publicação em 1776 de A riqueza das nações, livro
escrito pelo grande pensador escocês Adam Smith. Contudo, o que motivou o
interesse no assunto não foram os textos de economistas, mas as enormes
mudanças na própria economia com o advento da Revolução Industrial. Os
pensadores mais antigos haviam falado da gestão de bens e serviços nas
sociedades, tratando de questões que surgiram como problemas da filosofia
moral ou política. Mas, com o surgimento das fábricas e da produção de bens
em massa, veio uma nova era de organização econômica que dava atenção ao
todo. Aí começou a chamada economia de mercado.
O termo Contudo, em destaque no segundo parágrafo, tem valor
a) explicativo, e equivale a Pois.
b) conclusivo, e equivale a Então.
c) final, e equivale a Para tanto.
d) adversativo, e equivale a Porém.
e) conformativo, e equivale a Conforme.
Comentário: A conjunção “contudo” só pode ter valor coordenativo
adversativo. Tal conjunção equivale a “porém”, “entretanto”, “no entanto”,
“todavia”. Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

Questão 10: TRT 15ªR 2015 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Conclusões principais do estudo? Pessoalmente,
interessam-me duas. A primeira, segundo o Global Slavery Index, é que a
escravidão é residual, para não dizer praticamente inexistente, no Ocidente
branco e "imperialista".
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo
contrário, a existência de movimentos abolicionistas que terminaram com ela.
A escravidão sempre existiu antes de portugueses ou espanhóis comprarem
negros na África rumo ao Novo Mundo. Sempre existiu e, pelo visto, continua
a existir.
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo
contrário, a existência de movimentos abolicionistas que terminaram com ela.
Mantém-se, em linhas gerais, o sentido da frase, substituindo-se o segmento
grifado por:
(A) foi não obstante a escravidão, apesar da existência
(B) não só foi a escravidão, mas também a existência
(C) ao invés de ter sido a escravidão, mas a existência
(D) não foi a escravidão, mas, sim, a existência
(E) não foi a escravidão, todavia, sem a existência
Comentário: Note na expressão que houve a negação de “escravidão” com a
expressão “não foi a escravidão”. Em seguida, há uma afirmação, mostrando
que houve a existência de movimentos abolicionistas.
Assim, há uma relação de oposição entre o segundo e o primeiro
segmento, reforçada pela expressão “pelo contrário”.
A alternativa (A) está errada, pois é gramaticalmente errado o acúmulo
de expressões adverbiais concessivas “não obstante” e “apesar da”. Apesar de

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questão não cobrar gramaticalidade, tais expressões não são admitidas, haja
vista a incoerência nos argumentos.
A alternativa (B) está errada, pois “não só...mas também” é uma
expressão correlativa de adição e não de oposição, como pede o contexto.
A alternativa (C) está errada, pois é gramaticalmente errado o acúmulo
de expressões contrastantes, como “ao invés de” e “mas”. Apesar de questão
não cobrar gramaticalidade, tais expressões não são admitidas, haja vista a
incoerência nos argumentos.
A alternativa (D) é a correta, pois há substituição literal das expressões-
chave do texto. A conjunção coordenativa adversativa “mas” substitui e
mantém o mesmo sentido de oposição de “pelo contrário”, e o advérbio “sim”
mantém a mesma ideia de afirmação empregada pelo verbo “foi”. Compare:

De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo


contrário, a existência de movimentos abolicionistas que terminaram com
ela.
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão, mas, sim, a
existência de movimentos abolicionistas que terminaram com ela.
A alternativa (E) está errada, pois a conjunção “todavia” até mantém o
valor de oposição, porém a preposição “sem” nega a existência de
movimentos abolicionistas, o que prejudica o sentido original.
Gabarito: D

Questão 11: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC)


Fragmento do texto: O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de
Goiás, é considerado o segundo maior bioma brasileiro. Ao viajar pelo estado,
chama a atenção quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração
viva do ipê. Entretanto, essa vegetação vem sofrendo com o avanço das
monoculturas.
Entretanto, essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas.
Mantendo-se a correção e o sentido, a conjunção sublinhada acima NÃO pode
ser substituída por:
(A) No entanto
(B) Todavia
(C) Nada obstante
(D) Contudo
(E) Conquanto
Comentário: A conjunção “Entretanto” tem valor coordenativo adversativo,
da mesma forma que “No entanto”, “Todavia”, “Nada obstante”, “Contudo”. A
conjunção “conquanto” tem valor adverbial concessivo, da qual falaremos na
próxima aula.
Gabarito: E

Questão 12: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Fragmento do texto: Os publicitários descobriram que é possível fazer o
inconsciente do consumidor trabalhar a favor do lucro de seus clientes. O

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inconsciente, como se sabe, não é ético ou antiético. O inconsciente é amoral.
Ele funciona de acordo com a lógica da realização (imediata) dos desejos, que
na verdade não é tão individual quanto parece. O desejo é social. Desejamos
o que os outros desejam, ou o que nos convidam a desejar. Uma imagem
publicitária eficaz deve apelar ao desejo inconsciente, ao mesmo tempo em
que se oferece como objeto de satisfação. Ela determina quais serão os
objetos imaginários de satisfação do desejo, e assim faz o inconsciente
trabalhar para o capital. Só que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda
a satisfação prometida no produto que lhe é oferecido.
Só que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda a satisfação
prometida...
Acrescentando-se uma vírgula imediatamente antes de “o sujeito”, o trecho
grifado acima pode ser substituído, sem prejuízo para a correção e o sentido
original, por:
(A) Contudo (B) Embora (C) Porquanto
(D) Dado que (E) Conquanto
Comentário: A expressão “Só que” faz subentender uma ressalva, um
contraste. É o mesmo que “mas”, “contudo”, “entretanto”, “todavia”. Assim, a
alternativa (A) é a correta.
Vimos que somente as conjunções coordenativas adversativas (exceto
“mas”) e as conclusivas admitem a inserção de vírgula em seguida. Assim,
com a substituição de “Só que” por “Contudo”, podemos inserir vírgula após
tal conjunção. Confirme:
Ela determina quais serão os objetos imaginários de satisfação do desejo, e
assim faz o inconsciente trabalhar para o capital. Contudo, o sujeito do
inconsciente nunca encontra toda a satisfação prometida no produto que lhe é
oferecido.
As demais conjunções têm valores diferentes: “embora” e “conquanto”
têm valor adverbial concessivo, “porquanto” tem valor coordenado explicativo,
“dado que” tem valor adverbial causal. Esses valores serão vistos adiante.
Gabarito: A

Questão 13: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Fragmento do texto: A publicidade se estabeleceu nas economias
capitalistas como um recurso indispensável para o escoamento dos bens de
consumo; mas o desenvolvimento de suas técnicas de aliciamento do
consumidor extrapolou o objetivo original de promover a venda de certas
mercadorias.
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)
O ponto e vírgula pode ser substituído por ponto final, fazendo-se as devidas
alterações entre maiúsculas e minúsculas.
Comentário: As orações coordenadas têm valor independente e muitas vezes
conseguimos transformá-las em períodos isolados, principalmente as
adversativas e conclusivas. Assim, a afirmação está correta. Confirme:
A publicidade se estabeleceu nas economias capitalistas como um recurso

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indispensável para o escoamento dos bens de consumo. Mas o
desenvolvimento de suas técnicas de aliciamento do consumidor extrapolou o
objetivo original de promover a venda de certas mercadorias.
Gabarito: C

Questão 14: TRT 11ªR 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


“... e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso
cautela...”
O segmento grifado acima denota
(A) finalidade decorrente do próprio desenvolvimento do texto.
(B) ressalva em correlação com o sentido da afirmativa anterior.
(C) temporalidade necessária à concretização da ação prevista.
(D) causa que justifica o posicionamento do pesquisador.
(E) condição para a realização da hipótese anterior a ele.
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa, por isso tem
valor de ressalva.
Dessa forma, a alternativa correta é a (B).
Gabarito: B

Questão 15: TRT 6ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos
protagonizados por guerreiras.
Mantendo-se a correção e a lógica, sem que qualquer outra alteração seja
feita na frase, o segmento grifado acima pode ser substituído por:
(A) Todavia. (B) Conquanto. (C) Embora.
(D) Porquanto. (E) Ainda que.
Comentário: O conectivo “No entanto” é coordenativo adversativo. Tal
conectivo pode ser substituído pela conjunção “Todavia”. Assim, a alternativa
correta é a (A).
As conjunções “Conquanto”, “Embora” e a locução conjuntiva “Ainda
que” têm valor adverbial concessivo, e a conjunção “porquanto” pode ter valor
coordenativo explicativo ou subordinativo adverbial causal.
Gabarito: A

3) Alternativas:
______________________ ou ____________________. (alternativa)
oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação


A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em
cada uma das orações. Com a conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas
normalmente não são separadas por vírgula, como vimos no esquema acima.
Veja as principais conjunções:
ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.

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Ex.: Faça sua parte, ou procure outro emprego.


A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada pela banca FCC
como conectivo de orações, ela normalmente cobra seu valor de inclusão ou
exclusão entre substantivos ou adjetivos.
Inclusão:
João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão)
Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual
dos termos, os dois possuem tal característica: Tanto João quanto Pedro
possuem as características de bons candidatos.
Exclusão:
João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão)
Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá
Pedro e vice-versa.
Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem
valor conjuntivo indicando alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer,
seja...seja, bem...bem. Eles devem ser duplos e iniciar cada uma das orações
alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece por bons autores
separando orações cujo conectivo é repetido:
Ora narrava, ora comentava.
Outro detalhe importante é que a conjunção “ou” permite ser precedida de
vírgula. Há exceção quando une núcleos de termos da oração, como núcleos
do sujeito, de objeto direto etc.
Questão 16: TRT 4ªR 2015 Analista Judiciário (banca FCC)
Fragmento do texto: E por que a ópera é a única forma de música erudita
que ainda desenvolve de modo significativo novas audiências, apesar de que,
no último século ou por volta disso, o fluxo de novas obras, que uma vez foi
seu sangue vital, secou até se reduzir a um débil gotejar?
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Se uma vírgula fosse introduzida antes da palavra ou, não haveria prejuízo
para a correção original.
Comentário: A conjunção coordenativa alternativa “ou” pode ser precedida
de vírgula naturalmente. Neste caso específico, notamos que a vírgula enfatiza
a expressão “ou por volta disso” como um comentário à parte do autor, não
prejudicando a correção gramatical.
Gabarito: C

Questão 17: TCE AM 2015 Auditor (banca FCC)


Fragmento do texto: Só se pode entender a montagem de uma instituição
do porte do escravismo moderno atentando-se para a articulação entre a
criação de colônias no ultramar e seu funcionamento sob a forma de grandes
unidades produtoras voltadas para o mercado externo. A monocultura em
larga escala exigia um grande contingente de trabalhadores que deveriam se

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submeter a uma rotina espinhosa, sem ter nem lucro nem motivação
pessoal. Recriou-se, desse modo, a escravidão em novas bases, com a
utilização de mão de obra compulsória e que exigia − ao menos teoricamente
− trabalhadores de todo alienados de sua origem, liberdade e produção. Tudo
deveria escapar à consciência e ao arbítrio desse produtor direto.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A substituição das palavras destacadas em sem ter nem lucro nem motivação
pessoal por "ou ... ou", em seu sentido de exclusão, mantém fidelidade à ideia
original.
Comentário: A expressão correlativa de adição “nem...nem”, como o próprio
nome diz, transmite adição de negações. Assim, entendemos que não haverá
lucro, também não haverá motivação pessoal.
Ao substituir pela expressão correlativa de alternância “ou...ou”,
naturalmente o sentido muda para alternância de valor de inclusão, isto é, o
fato de não haver lucro não exclui a possibilidade de não haver motivação.
Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

4) Conclusivas:

______________________, portanto ____________________. (conclusiva)


oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados


exemplos destas construções sem vírgula. Então não se cobra na prova a
obrigatoriedade ou não deste sinal de pontuação. Ele simplesmente pode
ocorrer, é o registro mais aceitável.
As conjunções coordenadas conclusivas são muito utilizadas em textos
dissertativos, como resultado de um fato originário, fechamento de argumento
conclusivo e dedução. As principais são:

logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por


isso, então, assim, em vista disso.

Ex.: Chegou muito cedo, logo não perdeu o início do espetáculo.


Todos foram avisados, portanto não procedem as reclamações.
É bastante cuidadoso; consegue, pois, bons resultados.
Estava desanimado, por conseguinte deixou a empresa.
É trabalhador, então só pode ser honesto.

Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenadas


conclusivas também têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar
no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):
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Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde.
Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde.
Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde.
Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula
pode posicionar-se após a conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda
é a conclusiva. Note o último exemplo da sequência anterior.
Questão 18: TRT MG 2015 Analista Judiciário (banca FCC)
Fragmento do texto: Nem bem chegara de lá e já tinha de ouvir o que
diziam dele depois que partira. A primeira a anunciar uma das fofocas foi a
vizinha, sempre disposta a disseminar novidades, verdadeiras ou não.
− Então, Antônio, soube que rompeu o noivado.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A palavra Então estabelece relação entre segmentos do texto do mesmo tipo
que estabelece em "Preciso de ajuda, então vou chamá-lo".
Comentário: O vocábulo “Então”, no texto original, é chamado de palavra
expletiva, ou seja, ela não é essencial para a compreensão do texto, apenas
transmite um aspecto situacional, como vimos na aula de sintaxe da oração.
Já, no exemplo inserido na questão, o conectivo “então” transmite o
resultado de uma ação, seu efeito, sua conclusão, tanto assim que
poderíamos substituir esse conectivo por “portanto”.
Dessa forma, os sentidos são diferentes e a afirmação está errada.
Gabarito: E

5) Explicativas:
______________________, pois ____________________. (explicativa)
oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

As conjunções coordenadas explicativas iniciam termo que esclarece uma


declaração anterior ou ameniza uma ordem. As principais conjunções são:
porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.
As conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é
natural a banca FCC pedir para substituir essas conjunções explicativas por
“uma vez que”, “já que”, etc. Reconheceremos a seguir conjunções.
Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas:

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a) Esclarecimento de uma informação anterior:
Chorou muito, porque os olhos estão inchados.
Choveu durante a madrugada, pois o chão está alagado.
Era uma criança estudiosa, porquanto sempre tirava boas notas.
A vírgula neste caso é facultativa.
b) Amenização de uma ordem:
Volte logo, que vai chover.
A vírgula neste caso é obrigatória, pois mudamos a entonação em cada
oração. A primeira expressa uma ordem; a segunda, uma explicação.
Tem sido cobrado bastante nas provas da Fundação Carlos Chagas a
inserção da conjunção coordenada explicativa com a retirada de ponto final ou
dois-pontos. Mas, para isso, deve-se entender SEMPRE o valor semântico da
oração no texto. Veja os exemplos:
Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia.
Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o
vocábulo “Sua” mude a inicial maiúscula para minúscula. Veja:
Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os
preocuparia.(Note que a vírgula antes da conjunção “pois” é facultativa.)
Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja:
Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia.
Finalizando, as orações coordenadas aqui vistas são chamadas de
independentes. Isso porque geralmente ela não depende de outra para fazer
sentido.
Questão 19: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC)
Fragmento do texto: O dano ao sono é inseparável do atual
desmantelamento da proteção social em outras esferas. Estado mais privado e
vulnerável de todos, o sono depende crucialmente da sociedade para se
sustentar. Um dos exemplos vívidos da insegurança do estado de natureza no
Leviatã de Thomas Hobbes é a vulnerabilidade de um indivíduo adormecido
diante dos inúmeros perigos de cada noite. Assim, uma obrigação rudimentar
dos membros da comunidade é oferecer segurança para os que dormem, não
apenas contra perigos reais, mas – igualmente importante − contra a
ansiedade e temores que geram.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Mantêm-se o sentido original e a correção substituindo-se a conjunção
sublinhada em Assim, uma obrigação rudimentar dos membros da
comunidade... por “Porquanto”.
Comentário: O conectivo “Assim” é coordenativo conclusivo, e a conjunção
“Porquanto” tem valor explicativo. Assim, a substituição certamente mudaria o
sentido original no trecho.
Gabarito: E

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Questão 20: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)
Fragmento do texto: Levando em conta o caráter representativo da Pintura
e da Escultura, o filósofo concluía, nesse diálogo, não só que essas artes estão
muito abaixo da verdadeira Beleza que a inteligência humana se destina a
conhecer, como também que, em comparação com os objetivos da ciência, é
supérflua a atividade daqueles que pintam e esculpem, pois o que produzem é
inconsistente e ilusório.
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)
Nas linhas 4 e 5, em “é supérflua a atividade daqueles que pintam e
esculpem, pois o que produzem é inconsistente e ilusório”, a inclusão de uma
vírgula após a palavra “pois” preserva a correção gramatical do segmento.
Comentário: Não cabe vírgula após conjunção. A exceção da inserção de uma
vírgula após conjunção ocorre nas coordenadas adversativas (como “porém”,
“contudo”, entretanto”, “todavia”) e nas conclusivas (como “portanto”, “por
conseguinte”, “logo”, “por isso”).
Gabarito: E

Questões cumulativas de revisão


Questão 21: TCE AM 2013 Auditor (banca FCC)
Fragmento do texto: Segundo o padre Jorge Benci, que esteve no país no
final dos 1600, a razão de submeter os escravos era "para que não se façam
insolentes, e para que não busquem traças e modos com que se livrem da
sujeição de seu senhor, fazendo-se rebeldes e indômitos". Servindo-se de um
discurso paternalista e também religioso − no sentido da promessa de
redenção futura −, o sistema era explicado a partir da necessidade do uso
exclusivo da coação.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O segmento apresentado entre travessões corrige a impropriedade do uso da
palavra religioso no trata mento do tema "escravidão".
Comentário: A expressão “no sentido da promessa de redenção futura” é um
comentário à parte do autor, o qual não corrige suposta impropriedade, pois
“promessa de redenção futura” era um discurso utilizado nos discursos
religiosos da época.
Gabarito: E

Questão 22: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)


Fragmento do texto: Há, finalmente, um outro caso de não leitura do qual
gostaria de lhes falar. Refiro-me aos livros que foram escritos e publicados,
mas estão − talvez para sempre − à espera de serem lidos. Eu conheço − e
cada um de vocês, eu acredito, poderia citar − livros que mereciam ser lidos e
não foram lidos, ou foram lidos por pouquíssimos leitores. Eu penso que, se
esses livros eram verdadeiramente bons, não se deveria falar de uma espera,
mas de uma exigência. Esses livros não esperam, mas exigem ser lidos,
mesmo que não o tenham sido ou não o serão jamais.
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Os travessões são utilizados para
(A) destacar uma correção.
(B) citar um depoimento.
(C) isolar uma enumeração.
(D) intercalar um comentário.
(E) fornecer uma definição.
Comentário: Note que as expressões “talvez para sempre” e “e cada um de
vocês, eu acredito, poderia citar” não fazem parte da estrutura sintática do
período: são apenas comentários extras do autor. Assim, os travessões
separam os comentários do autor e a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

Questão 23: TRT 6ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


Ela ignora o sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor alheia.
Mantendo-se a correção, a lógica e o sentido original, o elemento grifado
acima pode ser substituído por:
(A) afora. (B) através. (C) de encontro. (D) sobre. (E) embora.
Comentário: A palavra denotativa de exceção “salvo” tem o mesmo valor
que “afora”.
Gabarito: A

O que devo tomar nota como mais importante?

 Esquema do período composto por coordenação


______________________ e ____________________. (aditiva)
______________________, mas _______________. (adversativa)
______________________ ou __________________. (alternativa)
______________________, portanto _____________. (conclusiva)
______________________, pois ________________. (explicativa)
oração inicial oração coordenada sindética

Período composto por coordenação

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 Principais conjunções e seus valores semânticos (coordenadas)


1) Aditivas: e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como
também, senão também, tanto...como.
2) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
3) Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.
4) Conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do
verbo), por isso, então, assim, em vista disso.
5) Explicativas: porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.

 Esquema das possíveis construções da enumeração com divisão interna:

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____ , ____e____ , _________ , ____ e ____ , _________ e _________.

1 2 3 4 5 6

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____ , ____e____ , _________ , ____ e ____ , _________, e _________.

1 2 3 4 5 6

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____ ; ____e____ ; _________ ; ____ e ____ ; _________ e _________.

1 2 3 4 5 6

1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2

____ e_____ ; ____e____ ; _________ ; ____ e ____ ; _________; e _________.

1 2 3 4 5 6

Questão 1: TRT MG 2015 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Nem bem chegara de lá e já tinha de ouvir o que
diziam dele depois que partira. A primeira a anunciar uma das fofocas foi a
vizinha, sempre disposta a disseminar novidades, verdadeiras ou não.
− Então, Antônio, soube que rompeu o noivado.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A conexão entre o discurso direto e as frases que o antecedem realiza-se por
meio do contexto, pois não há palavra ou expressão anterior que antecipe a
fala da vizinha.

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Questão 2: TCE AM 2013 Auditor (banca FCC)


Fragmento do texto: Segundo o padre Jorge Benci, que esteve no país no
final dos 1600, a razão de submeter os escravos era "para que não se façam
insolentes, e para que não busquem traças e modos com que se livrem da
sujeição de seu senhor, fazendo-se rebeldes e indômitos".
(SCHWARCZ, Lilia M. e STARLING, Heloisa M.. Brasil:
uma biografia. 1. ed., São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 91)
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O que está entre aspas corresponde à fala do padre, mas não por sua própria
voz: as autoras é que narram e comentam o que ele disse.

Questão 3: TRT 12 R 2010 Médio (banca FCC)


Fragmento do texto: Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom
nas novelas. Para ter público, a novela precisa dispor de personagens de todas
as classes sociais, explicava ela, o que exige uma trama complexa.
Acrescento: a mobilidade social é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo
amor entre ricos e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de
ascensão social pelo amor – genuíno ou fingido – em proporção maior que a
vida real .... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim, mas
como aqueles retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e
branco, mas, depois, cuidadosamente retocados e coloridos. O fundo é real. A
tela: ideais, sonhos, fantasias.
Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão social pelo amor –
genuíno ou fingido – em proporção maior que a vida real ...
O emprego das reticências no final do segmento transcrito acima denota
(A) nova referência, desnecessária, ao comentário de alguém alheio ao
contexto.
(B) recurso adotado pelo autor, no sentido de estimular o interesse do leitor.
(C) certeza da concordância de um eventual leitor com a opinião ali exposta.
(D) desejo de que a ficção possa se deter, realmente, em fatos que ocorrem
na vida real.
(E) hesitação, pela presença de um comentário de cunho subjetivo, sem base
em dados reais.

Questão 4: TRT 24ªR 2011 Técnico (banca FCC)


Fragmento do texto: Tudo que nos permite explorar nossos pontos fortes e
driblar nossas fraquezas genéticas é resultante da combinação entre os
avanços nos cuidados com a aparência física e o estilo, a possibilidade de
envelhecer com saúde e, não menos essencial, a valorização de atributos
sociais como autoestima, simpatia, cultura e expressividade. "É o equilíbrio
dessas qualidades que torna um indivíduo mais ou menos atraente", diz o
cirurgião plástico Noel Lima, do Rio de Janeiro.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
As aspas isolam transcrição exata das palavras do médico citado no parágrafo.

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Questão 5: TRT MG 2015 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Nem bem chegara de lá e já tinha de ouvir o que
diziam dele depois que partira. A primeira a anunciar uma das fofocas foi a
vizinha, sempre disposta a disseminar novidades, verdadeiras ou não.
− Então, Antônio, soube que rompeu o noivado.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O encadeamento entre os segmentos iniciais ocorre obrigatoriamente por
meio da palavra e, pois outra alternativa, como o emprego de uma vírgula,
constituiria um erro.

Questão 6: TRF 5ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Rodolfo produziu muito, mas não é sua atividade
pessoal como autor e comerciante de folhetos que o torna tão importante para
o movimento cordelista. Tampouco seu trabalho na indústria do cordel, que já
estava bem firmada quando ele apareceu. Nunca, aliás, possuiu impressora
própria. Sempre mandou fazer seus folhetos.
Tampouco seu trabalho na indústria do cordel, que já estava bem firmada
quando ele apareceu. Nunca, aliás, possuiu impressora própria.
Os elementos grifados na frase acima têm, respectivamente, o sentido de:
(A) também não − a propósito (B) não mais que − porém
(C) muito menos − qual seja (D) tal e qual − portanto
(E) ainda assim − por sinal

Questão 7: Manaus Previdência 2015 Analista Previdenciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Dos 20 aos 30 anos, avança-se lentamente, com
sentimentos contraditórios. A escola foi há séculos, mas ser adulto ainda é
estranho. A resposta sincera a quantos anos você tem, nessa fase, seria: “26,
queria fazer 25”, “25, queria fazer 24”, até chegar a 20 − acho que ninguém,
a não ser dopado por doses cavalares de nostalgia e amnésia, gostaria de ir
além, ou melhor, aquém, e voltar à adolescência.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Mantendo-se a correção e o sentido, sem que nenhuma outra modificação seja
feita na frase, substitui-se corretamente mas ser adulto por “porquanto ser
adulto”.

Questão 8: Manaus Previdência 2015 Analista Previdenciário (banca FCC)


Manaus é uma cidade como as outras, só que ela tem, como as outras
cidades, algumas particularidades...
Mantêm-se as relações de sentido do texto substituindo-se o segmento
sublinhado por:
(A) uma vez que
(B) no entanto
(C) se acaso
(D) conquanto
(E) embora

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Questão 9: TRE SE 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)
Fragmento do texto: A palavra vem do grego oikonomia, que significa
“administração da casa", e passou a significar o estudo das maneiras de gerir
os recursos e, mais especificamente, a produção e a permuta de bens e
serviços. A economia moderna surgiu como disciplina específica no século
XVIII, sobretudo com a publicação em 1776 de A riqueza das nações, livro
escrito pelo grande pensador escocês Adam Smith. Contudo, o que motivou o
interesse no assunto não foram os textos de economistas, mas as enormes
mudanças na própria economia com o advento da Revolução Industrial. Os
pensadores mais antigos haviam falado da gestão de bens e serviços nas
sociedades, tratando de questões que surgiram como problemas da filosofia
moral ou política. Mas, com o surgimento das fábricas e da produção de bens
em massa, veio uma nova era de organização econômica que dava atenção ao
todo. Aí começou a chamada economia de mercado.
O termo Contudo, em destaque no segundo parágrafo, tem valor
a) explicativo, e equivale a Pois.
b) conclusivo, e equivale a Então.
c) final, e equivale a Para tanto.
d) adversativo, e equivale a Porém.
e) conformativo, e equivale a Conforme.

Questão 10: TRT 15ªR 2015 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Conclusões principais do estudo? Pessoalmente,
interessam-me duas. A primeira, segundo o Global Slavery Index, é que a
escravidão é residual, para não dizer praticamente inexistente, no Ocidente
branco e "imperialista".
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo
contrário, a existência de movimentos abolicionistas que terminaram com ela.
A escravidão sempre existiu antes de portugueses ou espanhóis comprarem
negros na África rumo ao Novo Mundo. Sempre existiu e, pelo visto, continua
a existir.
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo
contrário, a existência de movimentos abolicionistas que terminaram com ela.
Mantém-se, em linhas gerais, o sentido da frase, substituindo-se o segmento
grifado por:
(A) foi não obstante a escravidão, apesar da existência
(B) não só foi a escravidão, mas também a existência
(C) ao invés de ter sido a escravidão, mas a existência
(D) não foi a escravidão, mas, sim, a existência
(E) não foi a escravidão, todavia, sem a existência

Questão 11: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC)


Fragmento do texto: O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de
Goiás, é considerado o segundo maior bioma brasileiro. Ao viajar pelo estado,
chama a atenção quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração
viva do ipê. Entretanto, essa vegetação vem sofrendo com o avanço das
monoculturas.

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Entretanto, essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas.
Mantendo-se a correção e o sentido, a conjunção sublinhada acima NÃO pode
ser substituída por:
(A) No entanto
(B) Todavia
(C) Nada obstante
(D) Contudo
(E) Conquanto

Questão 12: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Fragmento do texto: Os publicitários descobriram que é possível fazer o
inconsciente do consumidor trabalhar a favor do lucro de seus clientes. O
inconsciente, como se sabe, não é ético ou antiético. O inconsciente é amoral.
Ele funciona de acordo com a lógica da realização (imediata) dos desejos, que
na verdade não é tão individual quanto parece. O desejo é social. Desejamos
o que os outros desejam, ou o que nos convidam a desejar. Uma imagem
publicitária eficaz deve apelar ao desejo inconsciente, ao mesmo tempo em
que se oferece como objeto de satisfação. Ela determina quais serão os
objetos imaginários de satisfação do desejo, e assim faz o inconsciente
trabalhar para o capital. Só que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda
a satisfação prometida no produto que lhe é oferecido.
Só que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda a satisfação
prometida...
Acrescentando-se uma vírgula imediatamente antes de “o sujeito”, o trecho
grifado acima pode ser substituído, sem prejuízo para a correção e o sentido
original, por:
(A) Contudo (B) Embora (C) Porquanto
(D) Dado que (E) Conquanto

Questão 13: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Fragmento do texto: A publicidade se estabeleceu nas economias
capitalistas como um recurso indispensável para o escoamento dos bens de
consumo; mas o desenvolvimento de suas técnicas de aliciamento do
consumidor extrapolou o objetivo original de promover a venda de certas
mercadorias.
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)
O ponto e vírgula pode ser substituído por ponto final, fazendo-se as devidas
alterações entre maiúsculas e minúsculas.

Questão 14: TRT 11ªR 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


“... e não sou contra a expansão da rede de usinas aqui, mas é preciso
cautela...”
O segmento grifado acima denota
(A) finalidade decorrente do próprio desenvolvimento do texto.
(B) ressalva em correlação com o sentido da afirmativa anterior.

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(C) temporalidade necessária à concretização da ação prevista.
(D) causa que justifica o posicionamento do pesquisador.
(E) condição para a realização da hipótese anterior a ele.

Questão 15: TRT 6ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


No entanto, da Antiguidade aos tempos modernos a história é fértil em relatos
protagonizados por guerreiras.
Mantendo-se a correção e a lógica, sem que qualquer outra alteração seja
feita na frase, o segmento grifado acima pode ser substituído por:
(A) Todavia. (B) Conquanto. (C) Embora.
(D) Porquanto. (E) Ainda que.

Questão 16: TRT 4ªR 2015 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: E por que a ópera é a única forma de música erudita
que ainda desenvolve de modo significativo novas audiências, apesar de que,
no último século ou por volta disso, o fluxo de novas obras, que uma vez foi
seu sangue vital, secou até se reduzir a um débil gotejar?
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Se uma vírgula fosse introduzida antes da palavra ou, não haveria prejuízo
para a correção original.

Questão 17: TCE AM 2015 Auditor (banca FCC)


Fragmento do texto: Só se pode entender a montagem de uma instituição
do porte do escravismo moderno atentando-se para a articulação entre a
criação de colônias no ultramar e seu funcionamento sob a forma de grandes
unidades produtoras voltadas para o mercado externo. A monocultura em
larga escala exigia um grande contingente de trabalhadores que deveriam se
submeter a uma rotina espinhosa, sem ter nem lucro nem motivação
pessoal. Recriou-se, desse modo, a escravidão em novas bases, com a
utilização de mão de obra compulsória e que exigia − ao menos teoricamente
− trabalhadores de todo alienados de sua origem, liberdade e produção. Tudo
deveria escapar à consciência e ao arbítrio desse produtor direto.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A substituição das palavras destacadas em sem ter nem lucro nem motivação
pessoal por "ou ... ou", em seu sentido de exclusão, mantém fidelidade à ideia
original.

Questão 18: TRT MG 2015 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Nem bem chegara de lá e já tinha de ouvir o que
diziam dele depois que partira. A primeira a anunciar uma das fofocas foi a
vizinha, sempre disposta a disseminar novidades, verdadeiras ou não.
− Então, Antônio, soube que rompeu o noivado.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A palavra Então estabelece relação entre segmentos do texto do mesmo tipo
que estabelece em "Preciso de ajuda, então vou chamá-lo".

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Questão 19: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC)


Fragmento do texto: O dano ao sono é inseparável do atual
desmantelamento da proteção social em outras esferas. Estado mais privado e
vulnerável de todos, o sono depende crucialmente da sociedade para se
sustentar. Um dos exemplos vívidos da insegurança do estado de natureza no
Leviatã de Thomas Hobbes é a vulnerabilidade de um indivíduo adormecido
diante dos inúmeros perigos de cada noite. Assim, uma obrigação rudimentar
dos membros da comunidade é oferecer segurança para os que dormem, não
apenas contra perigos reais, mas – igualmente importante − contra a
ansiedade e temores que geram.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Mantêm-se o sentido original e a correção substituindo-se a conjunção
sublinhada em Assim, uma obrigação rudimentar dos membros da
comunidade... por “Porquanto”.

Questão 20: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)


Fragmento do texto: Levando em conta o caráter representativo da Pintura
e da Escultura, o filósofo concluía, nesse diálogo, não só que essas artes estão
muito abaixo da verdadeira Beleza que a inteligência humana se destina a
conhecer, como também que, em comparação com os objetivos da ciência, é
supérflua a atividade daqueles que pintam e esculpem, pois o que produzem é
inconsistente e ilusório.
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)
Nas linhas 4 e 5, em “é supérflua a atividade daqueles que pintam e
esculpem, pois o que produzem é inconsistente e ilusório”, a inclusão de uma
vírgula após a palavra “pois” preserva a correção gramatical do segmento.

Questão 21: TCE AM 2013 Auditor (banca FCC)


Fragmento do texto: Segundo o padre Jorge Benci, que esteve no país no
final dos 1600, a razão de submeter os escravos era "para que não se façam
insolentes, e para que não busquem traças e modos com que se livrem da
sujeição de seu senhor, fazendo-se rebeldes e indômitos". Servindo-se de um
discurso paternalista e também religioso − no sentido da promessa de
redenção futura −, o sistema era explicado a partir da necessidade do uso
exclusivo da coação.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O segmento apresentado entre travessões corrige a impropriedade do uso da
palavra religioso no trata mento do tema "escravidão".

Questão 22: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)


Fragmento do texto: Há, finalmente, um outro caso de não leitura do qual
gostaria de lhes falar. Refiro-me aos livros que foram escritos e publicados,
mas estão − talvez para sempre − à espera de serem lidos. Eu conheço − e
cada um de vocês, eu acredito, poderia citar − livros que mereciam ser lidos e
não foram lidos, ou foram lidos por pouquíssimos leitores. Eu penso que, se
esses livros eram verdadeiramente bons, não se deveria falar de uma espera,

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mas de uma exigência. Esses livros não esperam, mas exigem ser lidos,
mesmo que não o tenham sido ou não o serão jamais.
Os travessões são utilizados para
(A) destacar uma correção.
(B) citar um depoimento.
(C) isolar uma enumeração.
(D) intercalar um comentário.
(E) fornecer uma definição.

Questão 23: TRT 6ª R 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)


Ela ignora o sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor alheia.
Mantendo-se a correção, a lógica e o sentido original, o elemento grifado
acima pode ser substituído por:
(A) afora. (B) através. (C) de encontro. (D) sobre. (E) embora.

1E 2E 3E 4C 5E 6A 7E 8B 9D 10 D
11 E 12 A 13 C 14 B 15 A 16 C 17 E 18 E 19 E 20 E
21 E 22 D 23 A

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