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ATENDIMENTO

INICIAL AO
POLITRAUMATIZADO
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
• Principal causa de morte (1-44)
• 60 Milhões traumas/ano
• 3,6 Milhões de internações
• 161.000 mortes/ano
• 300.000 seqüelas definitivas
• Custo superior a 100 bilhões de dólares
AVALIAÇÃO INICIAL
E TRATAMENTO
OBJETIVOS
• Identificar sequência de prioridades
• Estabelecer o tratamento durante avaliação
primária e secundária
• Identificar os componentes chaves na história do
evento e do paciente
• Explicar as técnicas que devem ser utilizadas na
fase de ressuscitação e tratamento definitivo
AVALIAÇÃO INICIAL
Conceitos
• Rápida Avaliação Inicial
• Ressuscitação
• Avaliação secundária detalhada
• Reavaliação
• Iniciar tratamento definitivo
AVALIAÇÃO INICIAL E A
RESSUSCITAÇÃO DAS
FUNÇÕES VITAIS
(SIMULTÂNEAS)
PREPARAÇÃO
• Pré-hospitalar
– Hospital apropriado mais perto
• Intra-hospitalar
– Planejamento prévio essencial
– Equipamento, pessoal e serviços
– Proteção contra doenças comunicáveis
– Transferência com contato prévio
TRIAGEM
• Escolha dos pacientes de acordo com os
recursos disponíveis e com a gravidade.
AVALIAÇÃO
PRIMÁRIA
Avaliação
Primária

ADULTOS E CRIANÇAS:
MESMAS PRIORIDADES
A - Vias Aéreas e controle da col. cervical
B - Respiração
C - Circulação com controle da hemorragia
D - Avaliação Neurológica
E - Exposição prevenção da hipotermia
A – VIAS AÉREAS
 CUIDADO COM LESÃO CERVICAL

• Desobstruir boca e orofaringe com


estabilização da coluna cervical;
MANOBRA DE JAW TRUST
PACIENTES INCONSCIENTES
SUSPEITAR DE TRAUMA CERVICAL
• Toda vítima inconsciente é portadora de TRM até
que se prove o contrário;
• Qualquer lesão acima da clavícula deve ser
investigada para possível lesão de coluna
cervical;
• Trauma Multissistêmico;
• Lesões acima de T1 (C1 a C7) resultam em
tetraplegia e abaixo de T1, resultam em
paraplegia.
POSIÇÃO NEUTRA
A - VIAS AÉREAS
Controle da coluna cervical

• Desobstruir boca e orofaringe com


estabilização da coluna cervical;
• Aspiração com cateter de ponta rígida;
A - VIAS AÉREAS
Controle da coluna cervical

• Desobstruir boca e orofaringe com


estabilização da coluna cervical;
• Aspiração com cateter de ponta rígida;
• Oxigenação – “ambu” com máscara;
• Cânula orofaríngea ou nasofaríngea;
• Intubação oro-traqueal, máscara laríngea,
combitube;
• Cricotireoidostomia.
A - VIAS AÉREAS
Controle da coluna cervical
Técnica de inserção da cânula de
cricotireoidostomia já acoplada a uma agulha
Avaliação
Primária

B - RESPIRAÇÃO

Avaliar

Oxigenar

Ventilar
BREATHING – VENTILAÇÃO
• Expor o tórax: inspeção, ausculta, percussão e
palpação;
• Observar presença de lesões graves que
implicam em risco imediato de vida como:
1. Pneumotórax hipertensivo
2. Pneumotórax aberto
3. Hemotórax maciço
4. Tórax instável
5. Tamponamento Cardíaco
PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO
Aumento progressivo da pressão intrapleural
produzida pela entrada contínua de ar neste espaço,
sem permitir a sua saída.
Sinais clínicos: dor torácica, expansão torácica
irregular, abolição dos murmúrios vesiculares,
taquidispnéia, na percussão hipertimpânico, sinais
tardios: desvio de traquéia, cianose e hipotensão,
distensão das jugulares.
Conduta imediata: descompressão imediata com gelco
14 e drenagem do tórax.
PNEUMOTÓRAX ABERTO
Essa condição consiste na passagem preferencial do
ar por um orifício na parede do tórax ao invés de
vencer as forças resistivas da via aérea.
Sinais clínicos: ferida soprante com abertura maior
que 3 cm, resultando em hipóxia e hipercarbia.
Conduta imediata: curativo quadrangular de 3 pontas
e drenagem do tórax.
CURATIVO DE 3 PONTOS
HEMOTÓRAX MACIÇO
Acúmulo rápido de mais de 1,5 litro de sangue na
cavidade pleural proveniente dos vasos intercostais,
da mamária interna, do parênquima pulmonar ou de
seus vasos.
Sinais clínicos: dispnéia, murmúrios vesiculares
abolidos, macicez à percussão.
Conduta imediata: descompressão da cavidade
torácica com drenagem do tórax, reposição volêmica,
auto-transfusão.
TÓRAX INSTÁVEL
Também conhecido como tórax flácido ou
afundamento do tórax, ocorre quando um segmento
da parede torácica não tem mais continuidade óssea
com o resto da caixa torácica.
Sinais clínicos: dor, insuficiência respiratória,
movimento paradoxal, crepitação à palpação.
Conduta imediata: administração de O2, via aérea
definitiva, analgésicos e hidratação.
TAMPONAMENTO CARDÍACO
Acúmulo de sangue no saco pericárdico que
restringe a atividade cardíaca interferindo no seu
enchimento.
Sinais clínicos: confusão mental e agitação
inicialmente, tríade de Beck = distensão jugular,
hipotensão e bulhas abafadas.
Conduta imediata: pericardiocentese com jelco
14, torneirinha e seringa de 20ml.
C - CIRCULAÇÃO
• Hemorragia
• Perfusão (teste de enchimento capilar)
• Pele (cor, temperatura, umidade)
• Pulso (bradicardia, taquicardia, ritmo
regular)
 Controle do sangramento ativo com
compressão digital
• Controle da hemorragia: cada hemácia é
importante!!!
– Pressão direta
– Torniquete
– Se suspeitar de hemorragia interna, deve-se
expor o abdome e proceder o exame físico.
Deve-se palpar a pelve – se positivo PASG e
volume aquecido.
Avaliação
Secundária

ABDOMEN
• Inspeção, ausculta, percussão e palpação
• Reavaliação freqüente
• Métodos diagnósticos especiais
– FAST ultrassom

– Tomografia
D - AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
• Nível de consciência rebaixado:
– Oxigenação cerebral diminuída;
– Lesão do SNC;
– Intoxicação por droga e álcool;
– Distúrbio metabólico
• Aplicar a Escala de Coma de Glasgow – OVM
• Pupilas
E – EXPOSIÇÃO/AMBIENTE

• Despir o paciente completamente


• Movimentar em bloco – observar
fraturas;
• Prevenir hipotermia.
MÚSCULO-ESQUELÉTICO
• Extremidades
– Contusões, deformidade e dor
• Pelve
– Crepitação e movimentos anormais
• Muscular
– Avaliar todos os pulsos periféricos
• Coluna
– Achados físicos e mecanismo de lesão
Ressuscitação

MONITORIZAR
• Sinais Vitais • Temperatura

• Débito Urinário • ECG

• Oximetria de pulso • HGA


• CO2 Expiratório
RESSUSCITAÇÃO
• Assegurar e proteger a via aérea
• Ventilar / oxigenar
• Terapia vigorosa contra o choque
 Catéteres urinários e gástricos
RESSUSCITAÇÃO
• Tratar as lesões que ameaçam a vida na
ordem em que forem identificadas
• Considerar a necessidade de transferência:
 Contato prévio médico para médico
Ressuscitação

ANTES DA
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
• Completar a Avaliação Primária
• Iniciar a Ressuscitação
• Reavaliar o ABC
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
• Examinar da cabeça a ponta do dedo
• Exame neurológico completo
• Avaliação radiológica
• Procedimentos Especiais
• “Dedos e tubos em todos os orifícios”
• Reavaliação
HISTÓRIA AMPLA
• Alergias
• Medicações
• Doenças associadas
• Última refeição
• Evento/Ambiente
REAVALIAÇÃO
• Novos Achados
– Melhorou /Piorou
• Alto Índice de suspeição
• Monitorização Contínua
• Alívio da dor
TRATAMENTO DEFINITIVO
• Centro de Trauma
• Hospital apropriado mais perto
REGISTROS E
ASPECTOS LEGAIS
• Documentação precisa e cronológica
• Consentimento para o tratamento
Acima de tudo…
NÃO CAUSAR MAIS DANO

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