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FEUDALISMO

Sistema econômico, político, social e cultural característico da Europa na Idade


Média (476-1453).
AS CAUSAS
Invasões Bárbaras;
Elementos romanos - clientela e colonato;
Elementos germânicos - comitatus e beneficium;
Desmembramento do Império Carolíngio;
Hegemonia muçulmana no Mediterrâneo.
AS CARACTERÍSTICAS
Poder político descentralizado;
Sociedade estamental (imóvel);
Influência da aristocracia rural;
Economia natural;
Pouco uso da moeda;
Comércio pouco desenvolvido;
Mão de obra servil;
Predomínio do poder espiritual sobre o poder temporal.
O FEUDO
Unidade de produção do Feudalismo;
Era uma propriedade territorial indivisível, hereditária e reversível;
Senhor feudal (suserano) doava o feudo ao servo (vassalo), mediante certas
obrigações.
AS OBRIGAÇÕES SERVIS
Talha: pagamento ao senhor em dinheiro ou em produtos;
Corveia: trabalho obrigatório na reserva do senhor, dois ou três dias por semana,
sem pagamento;
Banalidades: taxa que o servo pagava pelo uso das instalações do castelo
(moinho, forno, celeiro, etc.);
Mão-morta: taxa paga na transmissão da herança.
A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA
Poder político descentralizado, exercido pelos senhores feudais;
O rei era o "suserano dos suseranos", possuía o poder de direito, mas não o
exercia de fato;
Feudos autônomos: poder localizado.
O CONTRATO DE ENFEUDAÇÃO
Homenagem; era a declaração solene da dependência do vassalo para com o
suserano;
Juramento; era feito pelo vassalo sobre os Evangelhos ou a relíquia de um
santo;
Investidura; era o ato pelo qual o suserano investia o vassalo na posse do feudo,
simbolizado por um objeto qualquer.
A relação entre o vassalo e o suserano implicava deveres para cada um deles;
Na realidade, o vassalo apenas “possuía” o feudo, mas não sua propriedade.
Enquanto prestasse serviços, continuaria a manter o feudo e a transmiti-lo a seu
herdeiro.
DIVISÃO DOS PODERES
REI; chefe do poder temporal (do Estado).
PAPA; chefe do poder espiritual (da Igreja).
OS DEVERES DOS SUSERANOS
A natureza da obrigação do suserano era simples: devia defender o vassalo na
posse do feudo;
Caso o vassalo fosse atacado por outros senhores, o suserano convocava os
outros vassalos para defendê-lo.
AS PRERROGATIVAS DOS SENHORES FEUDAIS
Administrar a justiça;
Arrecadar impostos e taxas;
Declarar guerra, recrutar soldados para a defesa e assinar a paz;
Receber dádivas dos servos.
A ORGANIZAÇÃO SOCIAL
Sociedade rural, dividida em três estamentos:
Clero: aqueles que rezam;
nobreza: aqueles que lutam;
campesinato: aqueles que trabalham.
O CLERO
A Igreja, nos primórdios do feudalismo, foi um elemento dinâmico e progressista;
Preservou muito da cultura romana, fundou escolas, ajudou os pobres, cuidou
das crianças desamparadas, construiu hospitais, administrou melhor suas terras
e prestou auxílio espiritual.
PORQUE A IGREJA TORNOU-SE PODEROSA
Os homens, temerosos do inferno, pela vida que tinham levado, doavam-lhe
antes de morrer, suas terras;
Recebia dos reis e dos nobres, vencedores de guerras, doações valiosas;
Não dividiu as terras, como o fizeram os nobres, procurava adquirir cada vez
mais;
Cobrava o dízimo (imposto territorial) e outros tributos.
A NOBREZA
Estava dividida em:
Alta nobreza: duques, condes, marqueses;
Baixa nobreza: barões, viscondes, cavaleiros.
Apenas a alta nobreza tinha o direito de “enfeudar” (conceder feudos a outros
nobres)

A ECONOMIA
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
Agrária a agricultura como atividade principal;
Autossuficiente tudo o que o feudo precisava era produzido lá mesmo;
Natural não visava lucro;
De subsistência produzia os alimentos do feudo.
A economia feudal era baseada na agricultura;
A terra arável dividia-se em duas partes: uma, do senhor, era cultivada para ele;
a outra era dividida entre os arrendatários;
As terras não eram contínuas, mas sim dispersas em faixas;
Para não exaurir o solo foi adotado o sistema de rodízio de culturas.
AS PRIMEIRAS MANUFATURAS
A indústria da época feudal era doméstica;
No pátio interno do domínio do senhor feudal, fiava-se, tecia-se, espremiam-se
as uvas para fazer vinho, executavam-se os serviços rudimentares de ferreiro e
moía-se o grão para fazer farinha.
O COMÉRCIO E O FEUDALISMO
O comércio era pobre, na base da troca;
Os principais comerciantes eram os judeus;
A Igreja Católica dificultava o comércio porque pregava o preço justo (sem lucro)
e condenava a usura (prática de empréstimo de dinheiro a juros).
FATORES QUE IMPEDIAM O COMÉRCIO
O feudo produzia aquilo de que necessitava e o dinheiro pouco mudava de mãos;
As estradas eram péssimas, malfeitas, estreitas, enlameadas, frequentadas por
salteadores e havia a cobrança de pedágio;
As moedas variavam de um feudo para outro;
Os transportes eram caros e inseguros;
A Igreja possuía capital, mas estático, inativo, imóvel, improdutivo.
AS CAUSAS DA DECADÊNCIA
As Cruzadas;
O Renascimento Urbano;
O Renascimento Comercial;
A Formação das Monarquias Nacionais;
A Peste Negra;
A Guerra dos Cem Anos;
A Guerra das Duas Rosas (Inglaterra).
Apesar da sua decadência no final da Baixa Idade Média, as relações feudais
ainda vão existir por um longo tempo no continente europeu;
Os resquícios do feudalismo só serão abolidos totalmente em 1789, com a
Revolução Francesa, de caráter burguês.
CURIOSIDADE
A palavra feudalismo vem do latim feodum e significa a concessão – geralmente
uma propriedade territorial – que um nobre recebia de outro senhor, igualmente
nobre, mediante certas obrigações.
A Igreja procurava impedir as guerras privadas servindo-se de dois expedientes;
A Paz de Deus, que punia os que violassem os lugares de adoração e
roubassem os pobres;
A Trégua de Deus, que proibia a luta desde o anoitecer da sexta-feira até o
amanhecer da segunda e em época de plantio e de colheita;
Quem desobedecesse, era excomungado

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