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2018
Flexibiliação de APP

Douglas Andrey Pedron


Regulari Engenharia
20/4/2018
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RELATÓRIO TÉCNICO AMBIENTAL


Estudo Ambiental Simplificado – E.A.S para Flexibilização de APP

ARCI BLODECK

CONSULTORIA TÉCNICA
Douglas Andrey Pedron
Engenheiro Ambiental
CREA/SC: 140096-2
E
André Luiz Ladevig
Engenheiro Ambiental
CREA/SC: 1379711-1

Indaial/2018

Rua: Dr. Blumenau, nº 3771, Encano Baixo, Indaial – SC, CEP 89130-000
Telefone (47) 3380-4509 E-mail: contato@regulariengenharia.com.br
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INDÍCE
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE 5
2. OBJETIVO 5
3. JUSTIFICATIVA 6
4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 6
4.1 DADOS DO IMÓVEL 6
4.1.1 Localização 6
4.1.2 Munícipis atingidos 7
4.1.3 Bacia Hidrográfica 7
4.2 CARACTÉRISTICAS TÉCNICAS DO EMPREENDIMENTO (DIAGNOSTICO
ATUALIZADO) 9
4.3 OBRAS E AÇÕES INERENTES A SUA IMPLEMENTAÇÃO 9
4.3.1 Limpeza do Terreno 9
4.3.2 Terraplanagem 9
4.4 MÃO DE OBRA NECESSÁRIA PARA A IMPLANTAÇÃO 9
4.5 MÃO DE OBRA NECESSÁRIA PARA A OPERAÇÃO 10
4.6 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO 10
5.0 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 10
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA 10
5.2 MEIO FÍSICO 11
5.2.1 Clima da região 11
5.2.2 Velocidade e Direção dos Ventos 12
5.2.3 Precipitação 13
5.2.4 Temperatura 15
5.2.5 Umidade Relativa do Ar 16
5.2.6 Ruídos 17
5.3 BIOLÓGICO 17
5.3.1 Flora 17
5.3.2 Cobertura Vegetal 18
5.3.3 Fauna 19
5.3.4 Avifauna 19
5.4 ATIVIDADE SÓCIOECONÔMICO 20
5.5 EMBASAMENTO LEGAL 24
5.6 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 43
5.7 INFRAESTRUTURA 44
5.8 DINÂMICAS SUPERFICIAIS 45
5.9 RECURSOS HÍDRICOS 50
5.10 CARACTERIZAÇÃO ARQUEOLÓGICA 51
6.0 IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 51
7.0 MEDIDAS MITIGADORAS 53
8.0 PROGRAMAS AMBIENTAIS 54
9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 54
10.0 BIBLIOGRÁFIA 55

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11.0 IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA 63


12.0 ANEXO ART 64

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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Hispometria da bacia do rio Itajaí (Fistarol, 2010). 8
Figura 2 - Mapa hidrográfico do rio Itajaí, sub bacias e hidrografia principal (Fistarol, 2010).
8
Figura 3 - – Bacia do Itajaí cobertura florestal e uso do solo (Fistarol, 2010). 9
Figura 4 - Área de Influência Direta em Vermelho (fonte: SIGSC). 11
Figura 5 - Gráfico da estação automática A817 do INMET da cidade de Indaial. 12
Figura 6 - Dados da direção do vento em Graus de junho à dezembro. 13
Figura 7 - Gráfico da Estação do INMET 15
Figura 8 - Gráfico mostrando a variação de temperatura em Indaial no ano de 2017 (fonte:
INMET). 16
Figura 9 - Umidade relativa do ar em Indaial no ano de 2017 (fonte: INMET). 16
Figura 10 – Mapa da ciadade de Indaial (fonte: IBGE) 21
Figura 11 - Área onde o imóvel está localizado dentro do Mapa de zoneamento da Cidade
de Indaial 44
Figura 14 - Mapa de elevação da área alvo do estudo (fonte: IBGE). 46
Figura 15 - Mapa das unidades geológicas ocorrentes na região. 48
Figura 16 - Mapa de solos do imóvel. 49
Figura 17: Mapa da microbacia hidrográfica e os cursos hídricos. 50

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1. IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE

Nome
Arci Blodeck
CPF
293.134.579-20
RG
3/R-613.708
Endereço
Rua Amadeu Felipe da Luz, 140, Bairro Centro.
Cidade/UF
Indaial – Santa Catarina
Data
13/04/2018
Consultoria Técnica
Douglas Andrey Pedron André Luiz Ladevig
Engenheiro Ambiental Engenheiro Ambiental
CREA/SC 140096-2 CREA/SC 137971-1
Responsável Técnico
Douglas Andrey Pedron
Telefone:
(47) 3380-4509
E-mail:
contato@regulariengenharia.com.br

2. OBJETIVO

O presente EAS tem por objetivo subsidiar as análises da Secretaria do Meio


Ambiente do município de Indaial, visando a flexibilização de uma APP, localizada
aos fundos do terreno, localizado na Avenida Brasil, nº 245, Bairro Nações.

Após a flexibilização não constará APP no terreno, onde o requerente, possui


2 (Duas) construções, um estabelecimento comercial e uma residência unifamiliar.
Este estudo irá apontar os impactos positivos e negativos desse empreendimento,
assim como as medidas mitigadoras, o controle e monitoramento das mesmas.

Considera-se entre outros documentos legais, o art. 6o da Resolução


CONAMA No 237 de 19 de dezembro de 1997, onde dispõe:

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Art. 6º - Compete ao órgão ambiental municipal, ouvidos os órgãos competentes da


União, dos Estados e do Distrito Federal, quando couber, o licenciamento ambiental
de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquelas que lhe
forem delegadas pelo Estado por instrumento legal ou convênio.

Ainda como base legal, a Resolução CONSEMA No 013/2013 aprova a


listagem causadora de degradação ambiental passíveis de licenciamento ambiental,
indicando o competente estudo ambiental para fins de licenciamento.

3. JUSTIFICATIVA

A área alvo do empreendimento está inserida em perímetro urbano do município


de Indaial, em constante desenvolvimento por moradias ou atividades econômicas
diversas. No local existem duas construções, uma com finalidade comercial, onde
existe uma loja de móveis usados, e uma residência unifamiliar.

As ações antrópicas, tendem a alterar as características do meio, o mesmo


ocorre no imóvel onde ele está inserido, sendo que, cessando toda atividade no local
restaram pequenos fragmentos de vegetação nativa, visto que o empreendimento é
cercado por outras construções residenciais, comerciais e institucionais.

4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

4.1 DADOS DO IMÓVEL

4.1.1 Localização

O imóvel alvo deste EAS está localizado na Avenida Brasil, nº 245, Bairro
Nações, nesta cidade de Indaial – SC, sob matrícula de nº 7137.

Coordenadas Geográficas
Latitude: 26°53'41.41"S e Longitude: 49°14'34.19"O

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4.1.2 Munícipis atingidos

Indaial – Santa Catarina.

4.1.3 Bacia Hidrográfica

A bacia hidrográfica do Rio Itajaí-Açu, está situada no domínio da Mata Atlântica,


sendo nela encontrados os mais significativos remanescentes no estado na Serra do Itajaí,
que constitui o divisor de águas entre os rios Itajaí-Açu e Itajaí-Mirim.

O território da bacia divide-se em três grandes compartimentos naturais - o alto, o


médio e o baixo vale – do Itajaí em função das suas características geológicas e
geomorfológicas (Comite do Itajaí). O alto vale compreende toda a área de drenagem à
montante da confluência do rio Hercílio com o Rio Itajaí-Açu, incluindo ainda as cabeceiras
do Rio Itajaí.

O Rio Itajaí-Açu é o rio mais importante do Vale do Itajaí. Forma-se no município de


Rio do Sul, pela confluência do Rio Itajaí do Sul com Rio Itajaí do Oeste. Seus maiores
afluentes pela margem esquerda são o Rio Itajaí do Norte (na divisa de Lontras e Ibirama),
o Rio Benedito (em Indaial) e o Rio Luís Alves (em Ilhota). No município de Itajaí, pouco
antes da foz do Oceano Atlântico - mais precisamente oito quilômetros - o Rio Itajaí-Açú
recebe as águas do principal afluente pela margem direita: o Rio Itajaí-Mirim. Passa, a partir
daí, a chamar-se Rio Itajaí.

Na figura a seguir podemos verificar a Hispometria da Bacia do Rio Itajaí:

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Figura 1 - Hispometria da bacia do rio Itajaí (Fistarol, 2010).

Nas figuras 2 e 3 apresentamos mapa contendo a bacia hidrográfica do rio Itajaí,


sub-bacias, hidrografia principal, cobertura florestal e ocupação do solo.

Figura 2 - Mapa hidrográfico do rio Itajaí, sub bacias e hidrografia principal (Fistarol, 2010).

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Figura 3 - – Bacia do Itajaí cobertura florestal e uso do solo (Fistarol, 2010).

4.2 CARACTÉRISTICAS TÉCNICAS DO EMPREENDIMENTO


(DIAGNOSTICO ATUALIZADO)

O terreno possui uma área total de 800,00m2 (Oitocentos metros quadrados),


dentro deste terreno se encontra apenas alguns exemplares de palmeiras.

4.3 OBRAS E AÇÕES INERENTES A SUA IMPLEMENTAÇÃO

4.3.1 Limpeza do Terreno

Não aplicável pois as construções já estão instaladas.

4.3.2 Terraplanagem

Não aplicável pois as construções já estão instaladas.

4.4 MÃO DE OBRA NECESSÁRIA PARA A IMPLANTAÇÃO

Não aplicável pois as construções já estão instaladas.

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4.5 MÃO DE OBRA NECESSÁRIA PARA A OPERAÇÃO

Não aplicável pois o empreendimento será utilizado para comercio e moradia.

4.6 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO

Não aplicável pois as construções já estão instaladas.

5.0 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O objetivo deste Diagnóstico Ambiental é apresentar os principais elementos


do meio físico, biótico e sócio-econômico, que podem sofrer algum tipo de dano ou
modificação com a implantação e operação do empreendimento.

No desenvolvimento e levantamento dos elementos dos meios físico,


socioeconômico e biótico deste diagnostico ambiental, sendo inter-relacionadas,
resultão em um diagnóstico integrado que permita a avaliação dos impactos sofridos.

A caracterização dos aspectos relevantes, foram feitas utilizando-se duas


escalas compatíveis com o nível de detalhamento requerido, sendo ela a Área de
Influência Direta (AID).
Segundo o glossário da Resolução CONAMA nº 305/2002, temos a seguinte
definição:

➢ Área de influência direta - Área necessária à implantação de obras/atividades,


bem como aquelas que envolvem a infraestrutura de operacionalização de testes,
plantios, armazenamento, transporte, distribuição de produtos/insumos/água, além da
área de administração, residência dos envolvidos no projeto e entorno.

Visando um diagnóstico integrado que permita a avaliação dos impactos


resultantes da implantação do empreendimento buscou-se um breve levantamento
histórico da área alvo.

5.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA

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A área alvo situa-se em perímetro urbanizado e abrange uma área de influencia


direta de 800,00 m2.
Para o estudo da Área de Influência Direta (AID), foram caracterizados os
meios descritos a seguir.

Figura 4 - Área de Influência Direta em Vermelho (fonte: SIGSC).

5.2 MEIO FÍSICO

5.2.1 Clima da região

O município de Indaial pertence à zona climática designada pela letra C,


com o tipo climático Cfa, segundo a classificação do clima de Köppen e Geiger. Tal
tipo climático se caracteriza por ser um clima subtropical úmido. A temperatura
média anual é de cerca de 20,6°C e a pluviosidade média é de 1.608 mm/ano. O
mês menos chuvoso é Julho com uma precipitação média de 93 mm e o mês com
a maior média é o mês de Fevereiro com média de 190 mm. (Comite do Itajaí).

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Indaial apresenta verões quentes, com temperaturas podendo alcançar os


40 °C, e invernos amenos. A média do mês mais quente é de aproximadamente
25,2ºC e a média do mês mais frio é de 16,6ºC. Eventuais enchentes e estiagens
atingem a cidade, prejudicando sua economia e a população (Comite do Itajaí).

5.2.2 Velocidade e Direção dos Ventos

A região é influenciada por massas de ar quente no verão, sendo as


instabilidades formadas junto as Frentes e Linhas de Instabilidade em virtude do
forte aquecimento solar característico da estação. Devido a mudanças bruscas do
tempo, tem-se uma maior influência na variabilidade pluviométrica do que na
variabilidade térmica, pois a área em estudo estando situada em latitude abaixo da
região temperada, não está sujeita a grandes desvios térmicos e sim às
consequências do encontro dessas Massas de Ar, chamadas de Frentes.

05 m/s
06 m/s 05 m/s

Figura 5 - Gráfico da estação automática A817 do INMET da cidade de Indaial.

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Pode-se dizer que a predominância da velocidade máxima dos ventos em


Indaial está entre 06 m/s e 05 m/s, conforme a imagem do gráfico acima.

Quanto a direção dos ventos conforme dados do INMET no período de 1961


à 1990 a predominância dos ventos na cidade de Indaial eram da região SW
(Sudoeste). Mas atualmente de junho a dezembro a variação dos ventos é
praticame constante, conforme mostra a figura abaixo.

Figura 6 - Dados da direção do vento em Graus de junho à dezembro.


5.2.3 Precipitação

Os dados apresentados representam o comportamento da chuva ao longo da


media climatólogica. As médias climatológicas são valores calculados a partir de um
série de dados de 30 (trinta) anos observados. É possível identificar as épocas mais
chuvosas/secas de uma região.

Conforme dados observados por esse período de 30 (trinta) anos, Indaial


possui uma média anual de precipitação de 1.558 milímetros e uma média mensal
de 129,80 milímetros, a tabela a seguir foi retirada do Clima Tempo e apresenta a
precipitação mensal na cidade de Indaial, obedecendo a série de dados coletadas
nos últimos 30 anos.

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Mês Precipitação (mm)


Janeiro 180
Fevereiro 180
Março 155
Abril 96
Maio 109
Junho 95
Julho 105
Agosto 94
Setembro 128
Outubro 130
Novembro 119
Dezembro 167

A seguir podemos verificar um gráfico das precipitações que ocorrem em


Indaial, nos meses de janeiro a julho de 2017 conforme a Estação Automática nº
A83872 do INMET, onde o maior índice de pluviosidade ocorreu no começo de
janeiro até o final do referido mês, outro mês com um alto índice de precipitação foi
maio onde de 15 de maio à 29 de maio, choveu cerca de 239 milímetros, podemos
observar que os dias mais chuvosos foram dias 15/05 e 29/05.

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88 mm 106 mm
75 mm
77 mm

Figura 7 - Gráfico da Estação do INMET

Como podemos observar no gráfico após o mês de julho, os períodos de


precipitação não foram mais coletados pela estação, ou os dados ainda não foram
processados.

5.2.4 Temperatura

Os dados a seguir mostram que os meses mais quentes são os de janeiro,


fevereiro, março e outubro. Em 2017 outubro foi o mes que atingiu as maiores
temperaturas chegando a 30 ºC, no final do mês de março as temperaturas
começaram a cair, conforme o gráfico a seguir.

Os meses de junho e julho são os que apresentaram as menores


temperaturas, chegando a marcar uma temperatura mínima de 10 ºC, demarcando
as estações de verão e inverno.

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Máxima: 30 ºC

Minima: 10 ºC

Figura 8 - Gráfico mostrando a variação de temperatura em Indaial no ano de 2017 (fonte: INMET).

5.2.5 Umidade Relativa do Ar

Observando a figura 11, nota-se que a umidade relativa do Ar (UR) máxima


chegou a 99% e a mínima foi de 47%. Após o mês de julho podemos notar que a
UR muda um pouco, mantendo uma media um pouco mais baixa do que a primeira
metade do ano.

Figura 9 - Umidade relativa do ar em Indaial no ano de 2017 (fonte: INMET).

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Conforme a Normais Climatológicas do Brasil, Período 1961-1990, a média da


umidade relativa do ar na cidade de Indaial foi de 78,1%.

5.2.6 Ruídos

O comércio não gera níveis significativos de ruído conforme norma da ABNT.

5.3 BIOLÓGICO

5.3.1 Flora

O levantamento Flora tem por objetivo principal descrever qualitativamente a


flora encontrada na AID. Buscando-se também identificar as espécies ameaçadas de
extinção e aquelas com deficiência de dados acerca do estado de conservação de
acordo com a Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção
(IN nº 6 de 09/2008, MMA). Também se buscou analisar a presença de espécies
endêmicas conforme a Lista de Espécies da Flora do Brasil (Forzza et al., 2010).

Para o levantamento da flora local do imóvel foi adotado o método de


caminhamento e observação da flora, com o levantamento de todas as espécies
nativas encontradas no local de estudo, buscando-se percorrer por toda extensão da
área.

Na Área de Influência Direta e em seu entorno, foram realizadas vistorias para


verificação de fauna e flora, nos períodos compreendido nos meses de março e abril
de 2018.

A vegetação típica da região analisada pertence ao Bioma Mata Atlântica, com


formação florestal de Floresta Ombrófila Densa (FOD), esta formação está
condicionada a ocorrência de temperaturas elevadas, em média 25ºC, e altas
precipitações, bem distribuídas durante o ano, cujo período seco varia de 0 a 60 dias,
esta interface cria condições particulares de fauna e flora.

A tabela a seguir mostra as espécies arbóreas que foram encontradas no local


alvo deste estudo.

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Nome cíentifico Nome popular


Archontophoenix Palmeira Real
cunninghamii
Terminalia catappa Sombreiro

Na propriedade alvo deste estudo foram encontrados apenas espécies de


palmeira (Archontophoenix cunninghamii), e sombreiro (Terminalia catappa). A
vegetação encontrada no imóvel é considerada estágio inicial de sucessão, pois
possui poucos exemplares de árvores.

5.3.2 Cobertura Vegetal

A cobertura florestal existente no local possui apenas um exemplar de espécie


nativa a Palmeira Real (Archontophoenix cunninghamii), o restante da vegetação
encontrada no local pode ser definida como exótica. Não será realizado supressão
de vegetação. Segue abaixo levantamento fotográfico.

01 02

03 04

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5.3.3 Fauna

O conhecimento da fauna é muito importante, pois os animais participam


ativamente da construção e manutenção dos ecossistemas. Quanto maior o
conhecimento sobre a ecologia dos animais silvestres, maior será a capacidade de
utilizar recursos naturais com o menor impacto sobre o ecossistema.

Para complementação deste EAS buscou-se realizar levantamento faunístico.


Neste sentido, através dos dados obtidos durante o Diagnóstico da Fauna Terrestre
na área de influência foi possível determinar quais as medidas a serem tomadas para
mitigar os impactos do empreendimento sobre a fauna local.

O objetivo do presente diagnóstico da fauna terrestre é levantar, através de


levantamento qualitativo, as espécies da área e identificar as espécies raras,
endêmicas, vulneráveis e/ou ameaçadas de extinção. Além da identificação de
habitats, biologia reprodutiva e alimentação das espécies mais relevantes que se
utilizam das áreas de influência do empreendimento.

Como o terreno já está cercado por outras atividades, nas duas semanas do
levantamento, não foi havistado nenhum tipo de mamífero, anfíbio ou réptil no terreno
em questão, pois o mesmo não possui área com vegetação densa, apenas alguns
exemplares isolados de vegetação.

5.3.4 Avifauna

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A Floresta Atlântica é o Bioma mais ameaçado do Brasil, sendo o segundo bioma


do Brasil em número de espécies que, por sua vez, possui uma das mais ricas
avifauna do mundo, com 1.832 espécies (Marini & Garcia, 2005; Bencke et al., 2006;
CBRO, 2011).

Segundo pesquisadores como Sick et al., (1981) e Rosário, (1996) o estado de


Santa Catarina possui atualmente aproximadamente 670 espécies de aves
registradas.

As aves por serem bem conhecidas, especializadas por hábitat e sensíveis a


alterações dos mesmos, são utilizadas como indicadores biológicos. Desta forma, o
adequado conhecimento da distribuição, biologia e ecologia deste grupo pode
fornecer dados para subsidiar programas de conservação e manejo (Regalado &
Silva, 1997).

Para o registro das espécies de aves foi realizada a seguinte metodologia:

Levantamento Qualitativo: foram anotadas e fotografadas as espécies de aves


visualizadas (Registro Visual – RV) com auxílio de binóculo e/ou identificadas
através de suas vocalizações (Registro Auditivo – RA).

A área de influência direta do empreendimento foi percorrida buscando-se


registrar as espécies nos mais diferentes tipos de ambientes possíveis. É importante
salientar que nenhum indivíduo foi capturado e/ou coletado durante os trabalhos em
campo.

Durante os levantamentos de campo não foram registrados espécies de aves


na área.

5.4 ATIVIDADE SÓCIOECONÔMICO

Conforme dados do último Censo realizado pelo IBGE, Indaial possuia cerca de
54.854 habitantes, estimava-se que no ano de 2017 a população de Indaial chegou a

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seus 66.497 habitantes. Indaial também possui uma densidade demográfica de


127,33 hab./km², possuindo uma área territorial de 430,790km2. O PIB per capita
gerado em 2015 foi de R$ 35.695,25 milhões (IBGE, 2015).
O terreno alvo do estudo não se encontra nas proximidades do Parque Nacional
da Serra do Itajaí.

Figura 10 – Mapa da ciadade de Indaial (fonte: IBGE)

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Na tabela a seguir podemos conferir que o município de Indaial, não possuí uma
diferença muito grande no números entre homens e mulheres, podemos obsevar
também que, conforme o tempo passa o número de mulheres ultrapassa o número
de homens no município.

Pirâmide Etária
Idade Indaial Santa Catarina Brasil
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
0 a 4 anos 1.921 1.864 206.935 198.810 7.016.614 6.778.795
5 a 9 anos 2.021 1.932 222.981 213.804 7.623.749 7.344.867
10 a 14 anos 2.288 2.198 264.941 254.842 8.724.960 8.440.940
15 a 19 anos 2.467 2.302 276.177 269.009 8.558.497 8.431.641
20 a 24 anos 2.645 2.545 287.316 278.342 8.629.807 8.614.581
25 a 29 anos 2.636 2.599 286.179 280.304 8.460.631 8.643.096
30 a 34 anos 2.370 2.272 256.324 254.824 7.717.365 8.026.554
35 a 39 anos 2.250 2.172 234.504 236.585 6.766.450 7.121.722
40 a 44 anos 2.140 2.064 230.018 234.200 6.320.374 6.688.585
45 a 49 anos 1.903 1.937 216.576 225.071 5.691.791 6.141.128
50 a 54 anos 1.447 1.513 179.383 187.597 4.834.828 5.305.231
55 a 59 anos 1.144 1.210 143.895 152.906 3.902.183 4.373.673
60 a 64 anos 812 935 106.909 116.561 3.040.897 3.467.956
65 a 69 anos 516 612 73.382 83.975 2.223.953 2.616.639
70 a 74 anos 415 512 52.332 64.645 1.667.289 2.074.165
75 a 79 anos 232 376 32.789 45.583 1.090.455 1.472.860
80 a 84 anos 136 217 18.552 29.628 668.589 998.311
85 a 89 anos 64 128 7.960 14.612 310.739 508.702
90 a 94 anos 24 29 2.517 5.149 114.961 211.589
95 a 99 anos 0 6 564 1.350 31.528 66.804
Mais de 100 anos 0 0 126 279 7.245 16.987
Tabela 1 - Tabela Etária entre homens e mulheres (fonte: IBGE)

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No próximo gráfico podemos verificar que apenas 3,5% da população se


encontram em área rural, sendo que tal fenômeno não se aplica apenas ao município
de Indaial, pois é sabido que desde a década de 70 ocorre o que é chamado de Êxodo
Rural em todo o Brasil.

52.927

26.451
26.476
1.927 980 947

Gráfico 1 - População do município nas áreas Urbans e Rurais (fonte: IBGE).

No ano de 2015 Indaial teve uma média salarial que girava em torno de 2,4
salários minímos. No mesmo ano os alunos dos anos iniciais da rede pública tiveram
nota média de 6,4 no IDEB – Índice de Desenvlolvimento da Educação Básica. Para
os alunos dos anos finais, essa nota foi um pouco mais baixa de 5,4, tendo uma taxa
de escolarização para pessoas de 06 a 14 anos de 98,1%, no ultimo senso realizado
em 2010.
No gráfico a seguir podemos vêr as matrículas pelo nível de escolaridade.

7.767

1.619
1.806

Gráfico 2 - Matrículas por nível de escolaridade ano 2015 (fonte: IBGE).

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5.5 EMBASAMENTO LEGAL

O conhecimento da legislação ambiental, e de aspectos importantes das normas


legais relacionadas ao estudo ambiental simplificado abrange as três esferas, federal,
estadual e municipal. Seguindo esse paradigma, a seguir é apresentado
levantamento dos seguintes materiais legais:

A Constituição Federal de 1988, com seu caráter dirigente dispõem em seu art.
225 o termo seguinte: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para presentes e futuras gerações”.

Cabendo, portanto, ao Poder Público esta obrigação bem como a previsão de


sanções que garantam a adequação do parcelamento do solo urbano e estipule
restrições, não só urbanísticas, mas também ambientais.

Ainda na Constituição Federal de 1988, o artigo 30 determina os dispositivos


legais cabíveis ao órgão municipal, sendo estes: Legislar sobre assuntos de interesse
local, complementar legislação federal ou estadual quando couber instituir e arrecadar
tributos de sua competência, e aplicar as rendas, criar e organizar distritos de acordo
com a legislação estadual. Compete aos municípios ainda organizar e prestar os
serviços públicos de interesse local de caráter essencial, promover o adequado
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano,
dentre outras providencias.

O meio ambiente é um bem fundamental à existência humana e, como tal, deve


ser assegurado e protegido para uso de todos, tais fatos traz este princípio expresso
no texto da Constituição, acima citado.

Deste modo a Lei Nº 9.605 de 12/02/1998, dispõe sobre: as sanções penais e


administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providencias;

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Art. 2º. Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos
nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua
culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e
de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa
jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a
sua prática, quando podia agir para evitá-la.

Seguindo este paradigma o Decreto Nº 6.514 de 22/07/2008, dispõe sobre: as


infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e estabelece o processo
administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providencias;

Art. 2º – Considera-se infração administrativa ambiental, toda ação ou omissão


que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação
do meio ambiente, conforme o disposto na Seção III deste Capítulo.

A Resolução CONAMA Nº 237 de 19 de dezembro de 1997, dispõe sobre a


regulamentação dos aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política
Nacional do Meio Ambiente, e define em seu Art. 1º Licenciamento Ambiental, Licença
Ambiental, Estudo Ambiental e Impacto Ambiental Regional.

Art. 1º - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:


I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão
ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos
ambientais , consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou
daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,
considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas
aplicáveis ao caso.
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle
ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física
ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou
atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental.
III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos
aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e
ampliação de uma atividade ou empreendimento, apresentado como
subsídio para a análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental,
plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar,
diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área
degradada e análise preliminar de risco.
IV – Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que
afete diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte,
o território de dois ou mais Estados.

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Já em seu Art. 2º dispõe sobre a localização, construção, instalação, ampliação,


modificação e operação de empreendimentos e as atividades utilizadoras de recursos
ambientais que são consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras, e os
empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de
outras licenças legalmente exigíveis.

Art 2º - § 1º- Estão sujeitos ao licenciamento ambiental os empreendimentos


e as atividades relacionadas no Anexo 1, parte integrante desta Resolução.
§ 2º – Caberá ao órgão ambiental competente definir os critérios de
exigibilidade, o detalhamento e a complementação do Anexo 1, levando em
consideração as especificidades, os riscos ambientais, o porte e outras
características do empreendimento ou atividade.
Art. 8º - O Poder Público, no exercício de sua competência de controle,
expedirá as seguintes licenças:
I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do
empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção,
atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e
condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua
implementação;
II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou
atividade de acordo com as especificações constantes dos planos,
programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle
ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo
determinante;
III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta
das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e
condicionantes determinados para a operação.
Art. 10 - O procedimento de licenciamento ambiental obedecerá às
seguintes etapas:
I - Definição pelo órgão ambiental competente, com a participação do
empreendedor, dos documentos, projetos e estudos ambientais,
necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à
licença a ser requerida;
II - Requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado
dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a
devida publicidade;
III - Análise pelo órgão ambiental competente, integrante do SISNAMA , dos
documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de
vistorias técnicas, quando necessárias;
IV - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão
ambiental competente, integrante do SISNAMA, uma única vez, em
decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos ambientais
apresentados, quando couber, podendo haver a reiteração da mesma
solicitação caso os esclarecimentos e complementações não tenham sido
satisfatórios;
V - Audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação
pertinente;

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VI - Solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão


ambiental competente, decorrentes de audiências públicas, quando couber,
podendo haver reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e
complementações não tenham sido satisfatórios;
VII - Emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer
jurídico;
VIII - Deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida
publicidade.
§ 1º - No procedimento de licenciamento ambiental deverá constar,
obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura Municipal, declarando que o local
e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a
legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, quando for o caso, a
autorização para supressão de vegetação e a outorga para o uso da água,
emitidas pelos órgãos competentes.
§ 2º - No caso de empreendimentos e atividades sujeitos ao estudo de
impacto ambiental - EIA, se verificada a necessidade de nova
complementação em decorrência de esclarecimentos já prestados,
conforme incisos IV e VI, o órgão ambiental competente, mediante decisão
motivada e com a participação do empreendedor, poderá formular novo
pedido de complementação.

A Resolução CONAMA de Nº 01 de 23 de janeiro de 1986, dispõe sobre a


necessidade de se estabelecerem definições, responsabilidades, critérios básicos e
as diretrizes gerais para o uso e a implementação da Avaliação de Impacto Ambiental
como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Em seu Art. 1º, é
definido impacto ambiental.

Art. 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental


qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.
......

Já ós art. 6º e 7º definem as atividades técnicas que o estudo de impacto deve


conter e a responsabilidade técnica.

Art. 6º - O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as


seguintes atividades técnicas:
I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa
descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como
existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da
implantação do projeto, considerando:

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a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos


minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d'água, o
regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas;
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora,
destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor
científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de
preservação permanente;
c) o meio sócio-econômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e
a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos,
históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a
sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura
desses recursos.
II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas,
através de identificação, previsão da magnitude e interpretação da
importância dos prováveis impactos relevantes, discriminando: os impactos
positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos
e a médio e longo prazo, temporários e permanentes; seu grau de
reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição
dos ônus e benefícios sociais.
III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas
os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos,
avaliando a eficiência de cada uma delas.
lV - Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os
impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem
considerados.
Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto
Ambiental o órgão estadual competente; ou o IBAMA ou quando couber, o
Município fornecerá as instruções adicionais que se fizerem necessárias,
pelas peculiaridades do projeto e características ambientais da área.
Artigo 7º - O estudo de impacto ambiental será realizado por equipe
multidisciplinar habilitada, não dependente direta ou indiretamente do
proponente do projeto e que será responsável tecnicamente pelos
resultados apresentados.

A Resolução CONSEMA Nº 10, de 17 de dezembro de 2010, dispõe em seu


dispositivo sobre a listagem das atividades consideradas de baixo impacto ambiental,
aprovadas por meio da Resolução CONAMA nº 369/2006. Em seus dispositivos legais
trata de itervenção de baixo impacto em APP.

I - Da Intervenção e Supressão de Baixo Impacto Ambiental em APP:

Art. 1º - Aprovar o enquadramento das ações e ou atividades consideradas


de baixo impacto ambiental, constantes do Anexo Único desta Resolução,
conforme prevê o inciso XI, do art. 11, da Resolução CONAMA nº 369, de
28 de março de 2006.
(...)
Art. 2º - Toda obra, plano, atividade ou projeto de baixo impacto ambiental,
de que trata o art. 1º, deverá obter do órgão ambiental competente a
autorização para intervenção ou supressão de vegetação em Área de
Preservação Permanente - APP, em processo administrativo próprio, nos

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termos previstos nesta Resolução, no âmbito do processo de licenciamento


ou autorização, motivado tecnicamente, observadas as normas ambientais
aplicáveis, especialmente, as condições previstas no artigo 3º e nos
parágrafos 1º, 2º e 3º, do art. 11, da Resolução CONAMA nº 369/2006.
§ 1º A intervenção ou supressão de vegetação em APP de que trata
o caput dependerá de autorização do órgão ambiental estadual competente,
ressalvado o disposto nos §§ 2º, 3º e 4º deste artigo.
§ 2º Com exceção da atividade prevista no item 7, do anexo desta
Resolução, a intervenção em APP de que trata o caput, situada em área
urbana, poderá ser autorizada pelo órgão ambiental municipal, desde que o
município possua Conselho de Meio Ambiente, com caráter deliberativo e
paritário, e Plano Diretor ou Lei de Diretrizes
Urbanas.
§ 3º A intervenção em APP prevista no item 7, do anexo desta Resolução,
quando situada em área urbana, poderá ser autorizada pelo órgão
ambiental municipal, desde que o município esteja habilitado no Conselho
Estadual de Meio Ambiente – CONSEMA, nos termos da Resolução
CONSEMA nº 002, de 14 de dezembro de 2006.
§ 4º A intervenção em APP de que trata o caput, situada em área rural,
poderá ser autorizada pelo órgão ambiental municipal, desde que o
município possua convênio com o Estado de Santa Catarina para fins do
exercício da gestão ambiental florestal compartilhada.
§ 5º Nos casos previstos nesta Resolução, em que houver necessidade de
supressão de vegetação, o município deverá estar conveniado com o
Estado de Santa Catarina para fins do exercício da gestão ambiental
florestal compartilhada.
(...)
Art. 3º - A Fundação do Meio Ambiente – FATMA, em parceria com a
Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente – ANAMMA
deverá editar Instrução Normativa relativa às atividades listadas no Anexo
desta Resolução, visando a padronização de procedimento entre Estado e
Municípios.
(...)
Art. 4º - Nos casos de intervenção ou supressão de vegetação em APP, com
impacto negativo, o órgão ambiental competente estabelecerá, previamente
à emissão da autorização, as medidas ecológicas, de caráter mitigador e
compensatório, previstas no § 4º, do art. 4º, da Lei no 4.771, de 1965, que
deverão ser adotadas pelo requerente.

Parágrafo único - As medidas de caráter compensatório de que trata este


artigo, consistem na efetiva recuperação ou recomposição de APP e deverá
ocorrer na mesma sub-bacia hidrográfica, e prioritariamente:

I - na área de influência do empreendimento, ou


II - nas cabeceiras dos rios.
II – Das Disposições Finais
(...)
Art. 6º - Somente a autorização prevista nesta Resolução não dispensa os
infratores do cumprimento das obrigações anteriormente impostas por
qualquer agente fiscalizador ou autoridade competente.

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A Resolução CONAMA nº 369, de 28 de março de 2006, dispoe sobre a


Intervenção ou Supressão Eventual e de Baixo Impacto Ambiental de Vegetação em
APP e traz os seguintes parâmetros legais:

Art. 10. O órgão ambiental competente poderá autorizar em qualquer


ecossistema a intervenção ou supressão de vegetação, eventual e de baixo
impacto ambiental, em APP.
(...)
Art. 11. Considera-se intervenção ou supressão de vegetação, eventual e
de baixo impacto ambiental, em APP:
I - abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões,
quando necessárias a travessia de um curso de água, ou a retirada de
produtos oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentável
praticado na pequena propriedade ou posse rural familiar;
II - implantação de instalações necessárias à captação e condução de água
e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da
água, quando couber;
III - implantação de corredor de acesso de pessoas e animais para obtenção
de água;
IV - implantação de trilhas para desenvolvimento de ecoturismo;
V - construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro;
VI - construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de
comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais
em áreas rurais da região amazônica ou do Pantanal, onde o abastecimento
de água se de pelo esforço próprio dos moradores;
VII - construção e manutenção de cercas de divisa de propriedades;
VIII - pesquisa científica desde que não interfira com as condições
ecológicas da área, nem enseje qualquer tipo de exploração econômica
direta, respeitados outros requisitos previstos na legislação aplicável;
IX - coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção
de mudas, como sementes, castanhas e frutos, desde que eventual e
respeitada a legislação específica a respeito do acesso à recursos
genéticos;
X - plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e
outros produtos vegetais em áreas alteradas, plantados junto ou de modo
misto;
XI - outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventual e de
baixo impacto ambiental pelo conselho estadual de meio ambiente.
§ 1º Em todos os casos, incluindo os reconhecidos pelo conselho estadual
de meio ambiente, a intervenção ou supressão eventual e de baixo impacto
ambiental de vegetação em APP nao poderá comprometer as funções
ambientais destes espacos, especialmente:
I - a estabilidade das encostas e margens dos corpos de água;
II - os corredores de fauna;
III - a drenagem e os cursos de água intermitentes;
IV - a manutenção da biota;
V - a regeneração e a manutenção da vegetação nativa; e
VI - a qualidade das águas.
§ 2º A intervenção ou supressão, eventual e de baixo impacto ambiental, da
vegetação em APP não pode, em qualquer caso, exceder ao percentual de
5% (cinco por cento) da APP impactada localizada na posse ou propriedade.

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§ 3º O órgão ambiental competente poderá exigir, quando entender


necessário, que o requerente comprove, mediante estudos técnicos, a
inexistência de alternativa técnica e locacional à intervenção ou supressão
proposta.

Ainda sobre as Áreas de Preseração Permanente, em 25 de maio de 2012 é


sancionada a Lei N° 12.651 (Novo Código Florestal), que em seu Art.3° Dispõem das
seguintes definições:

II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não


por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o
fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas;
VIII - utilidade pública:
a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;
b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços
públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos
parcelamentos de solo urbano aprovados pelos Municípios, saneamento,
gestão de resíduos, energia, telecomunicações, radiodifusão, instalações
necessárias à realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou
internacionais, bem como mineração, exceto, neste último caso, a extração
de areia, argila, saibro e cascalho;
c) atividades e obras de defesa civil;
d) atividades que comprovadamente proporcionem melhorias na proteção
das funções ambientais referidas no inciso II deste artigo;
e) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em
procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e
locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do
Poder Executivo federal;
IX - interesse social:
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação
nativa, tais como prevenção, combate e controle do fogo, controle da
erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies
nativas;
b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade
ou posse rural familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que
não descaracterize a cobertura vegetal existente e não prejudique a função
ambiental da área;
c) a implantação de infraestrutura pública destinada a esportes, lazer e
atividades educacionais e culturais ao ar livre em áreas urbanas e rurais
consolidadas, observadas as condições estabelecidas nesta Lei;
d) a regularização fundiária de assentamentos humanos ocupados
predominantemente por população de baixa renda em áreas urbanas
consolidadas, observadas as condições estabelecidas na Lei no 11.977, de
7 de julho de 2009;
e) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água
e de efluentes tratados para projetos cujos recursos hídricos são partes
integrantes e essenciais da atividade;
f) as atividades de pesquisa e extração de areia, argila, saibro e cascalho,
outorgadas pela autoridade competente;

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g) outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em


procedimento administrativo próprio, quando inexistir alternativa técnica e
locacional à atividade proposta, definidas em ato do Chefe do Poder
Executivo federal;
X - atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental:
a) abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e pontilhões,
quando necessárias à travessia de um curso d’água, ao acesso de pessoas
e animais para a obtenção de água ou à retirada de produtos oriundos das
atividades de manejo agroflorestal sustentável;
b) implantação de instalações necessárias à captação e condução de água
e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de uso da
água, quando couber;
c) implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo;
d) construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno ancoradouro;
e) construção de moradia de agricultores familiares, remanescentes de
comunidades quilombolas e outras populações extrativistas e tradicionais
em áreas rurais, onde o abastecimento de água se dê pelo esforço próprio
dos moradores;
f) construção e manutenção de cercas na propriedade;
g) pesquisa científica relativa a recursos ambientais, respeitados outros
requisitos previstos na legislação aplicável;
h) coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e produção
de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada a legislação
específica de acesso a recursos genéticos;
i) plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas e
outros produtos vegetais, desde que não implique supressão da vegetação
existente nem prejudique a função ambiental da área;
j) exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário e
familiar, incluindo a extração de produtos florestais não madeireiros, desde
que não descaracterizem a cobertura vegetal nativa existente nem
prejudiquem a função ambiental da área;
k) outras ações ou atividades similares, reconhecidas como eventuais e de
baixo impacto ambiental em ato do Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA ou dos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente;
(...)
Art. 4º considera Área de Preservação Permanente em zonas rurais ou
urbanas:
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da
calha do leito regular, em largura mínima de:
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros
de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a
50 (cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta)
a 200 (duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200
(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura
superior a 600 (seiscentos) metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura
mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até
20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta)
metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

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IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes,


qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50
(cinquenta) metros; (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de
2012).
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°,
equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive;
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extensão;
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo,
em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de
100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a
partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima
da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano
horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos
relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação;
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer
que seja a vegetação;

Em seu parâmetro legal define no Art. 8º e 9º sobre a intervenção ou supressão


em Área de Preservação Permannete e acesso nestas áreas respectivamente:

Art. 8º - A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de


Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade
pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previsto nesta
Lei.
§ 1o A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e
restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.
§ 2o A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de
Preservação Permanente de que tratam os incisos VI e VII do caput do art.
4º poderá ser autorizada, excepcionalmente, em locais onde a função
ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de obras
habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização
fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por
população de baixa renda.
§ 3o É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a
execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e
obras de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de
acidentes em áreas urbanas.
§ 4o Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras
intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das previstas nesta
Lei.
Art. 9o Dispõe sobre o acesso de pessoas e animais em Áreas de
Preservação Permanente.
É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação
Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de
baixo impacto ambiental.

Em caráter estadual sobre a intervenção em Áreas de Preservação Permanente


a Lei nº 16.342, de 21 de janeiro de 2014 que altera a Lei nº 14.675, de 2009, que
institui o Código Estadual do Meio Ambiente e estabelece outras providências.

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Subseção IV - Das APPs em Áreas Urbanas Consolidadas


Art. 122-A. Os Municípios poderão, através do Plano Diretor ou de
legislação específica, delimitar as áreas urbanas consolidadas em seus
respectivos territórios, disciplinando os requisitos para o uso e ocupação do
solo e estabelecendo os parâmetros e metragens de APPs a serem
observados em tais locais.
Parágrafo único. Os requisitos para regularização a que se refere o caput
deste artigo poderão ser definidos para a totalidade do território municipal
ou para cada uma de suas zonas urbanísticas.
Art. 122-B. Na ausência da legislação municipal de que trata o art. 122-A,
as edificações, atividades e demais formas de ocupação do solo que não
atendam aos parâmetros de APP indicados no art. 120-B desta Lei poderão
ser regularizados através de projeto de regularização fundiária.
Do Uso Econômico-Sustentável da APP
Art. 124-A. A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em APP
somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública de interesse social ou
de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei.
Art. 124-B. Para a aplicação desta Lei, são consideradas de utilidade
pública:
I - as atividades de segurança nacional e proteção sanitária:
II - as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços
públicos de transporte, sistema viário, inclusive aquele necessário aos
parcelamentos de solo urbana aprovados pelos Municípios, saneamento,
gestão de resíduos, energia, telecomunicações, radiodifusão, instalações
necessárias à realização de competições esportivas estaduais, nacionais ou
internacionais, bem como mineração, exceto, neste último caso, a extração
de areia, argila, saibro e cascalho;
III - atividades e obras de defesa civil;
IV - atividades que, com provadamente. proporcionem melhorias na
proteção das funções ambientais do local; e
V - outras atividades similares devidamente caracterizadas e motivadas em
procedimento administrativa próprio, quando inexistir alternativa técnica e
locacional ao empreendimento proposto, definidas em ato do Chefe do
Poder Executivo estadual.
(...)
Art. 124-D. Para a aplicação desta Lei são consideradas de atividades
eventuais ou de baixo impacto ambiental:
I - a abertura de pequenas vias de acesso interno e suas pontes e
pontilhões, quando necessárias à travessia de um curso d'água, ao acesso
de pessoas e animais para a obtenção de água ou á retirada de produtos
oriundos das atividades de manejo agroflorestal sustentável;
II - a implantação de instalações necessárias à captação e condução de
água e efluentes tratados, desde que comprovada a outorga do direito de
uso da água, quando couber;
III - a implantação de trilhas para o desenvolvimento do ecoturismo:
IV - a construção de rampa de lançamento de barcos e pequeno
ancoradouro;
V - a construção de moradia de agricultores em pequenas propriedades ou
posses rurais, remanescentes de comunidades quilombolas e outras
populações extrativistas e tradicionais em áreas rurais, onde o
abastecimento de água se dê peto esforço próprio dos moradores;
VI - a construção e manutenção de cercas na propriedade:

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VII - a pesquisa cientifica relativa a recursos ambientais, respeitados outros


requisitos previstos na legislação aplicável;
VIII - a coleta de produtos não madeireiros para fins de subsistência e
produção de mudas, como sementes, castanhas e frutos, respeitada a
legislação especifica de acesso a recursos genéticos;
IX - o plantio de espécies nativas produtoras de frutos, sementes, castanhas
e outros produtos vegetais, desde que não implique supressão da
vegetação existente nem prejudique a função ambiental da área:
X - a exploração agroflorestal e manejo florestal sustentável, comunitário e
familiar, incluindo a extração de produtos florestais não madeireiras, desde
que não descaracterizem a cobertura vegetal nativa existente nem
prejudiquem a função ambiental da área; e
XI - outras ações ou atividades similares, reconhecidas cano eventuais e de
baixo impacto ambiental em ato do Conselho Estadual de Mero Ambiente.

Para estudos direcionados a proteção da vegetação nativa a Resolução


CONAMA: nº 10 de 01de outubro de1993, que dispõe sobre os parâmetros básicos
para análise dos estágios de sucessão de Mata Atlântica:

Art. 1º Para efeito desta Resolução e considerado o que dispõem os artigos


3º, 6º e 7º do Decreto 750, de 10 de Fevereiro de 1993, são estabelecidos os
seguintes parâmetros básicos para análise dos estágios de sucessão da
Mata Atlântica;
I - fisionomia;
II - estratos predominantes;
III - distribuição diamétrica e altura
IV - existência, diversidade e quantidade de epífitas;
V - existência, diversidade e quantidade de trepadeiras;
VI - presença, ausência e características da serapilheira;
VII - subosque;
VIII - diversidade de dominância de espécies;
IX – espécies vegetais indicadoras.
§ 1º - .....
§ 2º - .....
Artigo 2º - Com base nos parâmetros indicados no artigo 1º desta Resolução,
ficam definidos os seguintes conceitos:
I - Vegetação Primária - vegetação de máxima expressão local, com grande
diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a
ponto de não afetar significativamente suas características originais de
estrutura e de espécies;
II - Vegetação Secundária ou em Regeneração - vegetação resultante de
processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da
vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais podendo ocorrer
árvores remanescentes da vegetação primária.
Artigo 3º - Os estágios de regeneração da vegetação secundária a que se
refere o artigo 6º do Decreto 750/93, passam a ser assim definidos:

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I - Estágio Inicial:
a) - fisionomia herbáceo/arbustiva de porte baixo, com cobertura vegetal
variando de fechada a aberta;
b) - espécies lenhosas com distribuição diamétrica de pequena amplitude;
c) - epífitas, se existentes, são representadas principalmente por liquens,
briófitas e pteridófitas, com baixa diversidade;
d) - trepadeira, se presentes, são geralmente herbáceas;
e) - serapilheira, quando existente, forma uma camada fina pouco
descomposta, contínua ou não;
f) - diversidade biológica variável com poucas espécies arbóreas ou
arborescentes, podendo apresentar plântulas de espécies características de
outros estágios;
g) - espécies pioneiras abundantes;
h) - ausência de subosque.
II - Estágio Médio:
a) - fisionomia arbórea e/ou arbustiva, predominando sobre a herbácea,
podendo constituir estratos diferenciados;
b) - cobertura arbórea, variando de aberta a fechada, com a ocorrência
eventual de indivíduos emergentes;
c)- distribuição diamétrica apresentando amplitude moderada, com
predomínio de pequenos diâmetros;
d) - epífitas aparecendo com maior número de indivíduos e espécies em
relação ao estágio inicial, sendo mais abundantes na florestas ombrófila;
e) - trepadeiras, quando presentes são predominantemente lenhosas;
f) - serapilheira presente, variando de espessura de acordo com as estações
do ano e da localização;
g) - diversidade biológica significativa;
h) - subosque presente.
III - Estágio Avançado:
a) - fisionomia arbórea, dominante sobre as demais, formando um dossel
fechado e relativamente uniforme no porte, podendo apresentar árvores
emergentes;
b) - espécies emergentes, ocorrendo com diferentes graus de intensidade;
c) - copas superiores, horizontalmente amplas;
d) - distribuição diamétrica de grande amplitude;
e) - epífitas, presentes em grande número de espécies e com grande
abundância,principalmente na floresta ombrófila;
f) - trepadeiras, geralmente lenhosas, sendo mais abundantes e ricas em
espécies na floresta estacional;
g) - serapilheira abundante;
h) - diversidade biológica muito grande à complexidade estrutural;
i) - estratos herbáceo, arbustivo e um notadamente arbóreo;
j) - florestas neste estágio podem apresentar fisionomia semelhante à
vegetação primária;
l) - subosque normalmente menos expressivos do que no estágio médio;
m) - dependendo da formação florestal, pode haver espécies dominantes.
Artigo 4º - A caracterização dos estágios de regeneração da vegetação,
definidos no artigo 3º desta Resolução, não é aplicável aos ecossistemas

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associados às formações vegetais do domínio da Mata Atlântica, tais como


manguezal, restinga, campo de altitude, brejo interiorano e encrave florestal
do nordeste.

Ainda nesta linha a Resolução: nº 4 de 04/05/1994, dispõe sobre a definição de


vegetação primária e secundária nos estágios inicial, médio e avançado de
regeneração da Mata Atlântica a fim de orientar os procedimentos de licenciamento
de atividades florestais no Estado de Santa Catarina e trás em seu dispositivo legal
as seguintes providencias:

Art. 1º Vegetação primária é aquela de máxima expressão local, com grande


diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a
ponto de não afetar significativamente suas características originais de
estrutura e de espécies, onde são observadas área basal média superior a
20,00 metros quadrados por hectare, DAP médio superior a 25 centímetros e
altura total média superior a 20 metros.
Art. 2º Vegetação secundária ou em regeneração é aquela resultante dos
processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da
vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais, podendo
ocorrer árvores remanescentes da vegetação primária.
Art. 3º Os estágios em regeneração da vegetação secundária a que se refere
o artigo 6o. do Decreto 750/93, passam a ser assim definidos:
I - Estágio inicial de regeneração:
a) Nesse estágio a área basal média é de até 8 metros quadrados por hectare;
b) Fisionomia herbáceo/arbustiva de porte baixo; altura total média até 4
metros, com cobertura vegetal variando de fechada a aberta;
c) Espécies lenhosas com distribuição diamétrica de pequena amplitude:
DAP médio até 8 centímetros;
d) Epífitas, se existentes, são representadas principalmente por liquens,
briófitas e pteridófitas, com baixa diversidade;
e) Trepadeiras, se presentes, são geralmente herbáceas;
f) Serapilheira, quando existente, forma uma camada fina pouco decomposta,
contínua ou não;
g) Diversidade biológica variável com poucas espécies arbóreas ou
arborescentes, podendo apresentar plântulas de espécies características de
outros estágios;
h) Espécies pioneiras abundantes;
i) Ausência de subosque;
j) Espécies indicadoras: j.1) Floresta Ombrófila Densa: Pteridium aquilium
(Samambaia- das-Taperas), e as hemicriptófitas Melinis minutiflora (Capim-
gordura) e Andropogon bicornis (capim-andaime ou capim-rabo-de-burro)
cujas ervas são mais expressivas e invasoras na primeira fase de cobertura
dos solos degradados, bem assim as tenófitas Biden pilosa (picão-preto) e
Solidago microglossa (vara-de-foguete), Baccharis elaeagnoides (vassoura)
e Baccharis dracunculifolia (Vassoura-braba), j.2) Floresta Ombrófila Mista:

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Pteridium aquilium (Samambaia-das Taperas), Melines minutiflora (Capim-


gordura), Andropogon bicornis (Capim-andaime ou Capim-rabo-de-burro),
Biden pilosa (Picão-preto), Solidago microglossa (Vara-de-foguete),
Baccharis elaeagnoides (Vassoura), Baccharis dracunculifolia (Vassoura-
braba), Senecio brasiliensis (Flôr-das-almas), Cortadelia sellowiana (Capim-
navalha ou macegão), Solnum erianthum (fumo-bravo), j.3) Floresta
Estacional Decidual :Pteridium aquilium (Samambaia-das-Taperas), Melinis
minutiflora (Capim-gordura), Andropogon bicornis (Capim-andaime ou
Capim-rabo-de-burro), Solidago microglossa (Vara-de-foguete), Baccharis
elaeagnoides (Vassoura), Baccharis dracunculifolia (Vassoura-braba),
Senecio brasiliensis (Flôr-das-almas), Cortadelia sellowiana (Capim-navalha
ou macegão), Solanum erianthum (Fumo-bravo).
II - Estágio médio de regeneração:
a) Nesse estágio a área basal média é de até 15,00 metros quadrados por
hectare;
b) Fisionomia arbórea e arbustiva predominando sobre a herbácea podendo
constituir estratos diferenciados; altura total média de até 12 metros;
c) Cobertura arbórea variando de aberta a fechada, com ocorrência eventual
de indivíduos emergentes;
d) Distribuição diamétrica apresentando amplitude moderada, com
predomínio dos pequenos diâmetros: DAP médio de até 15 centímetros;
e) Epífitas aparecendo com maior número de indivíduos e espécies em
relação ao estágio inicial, sendo mais abundantes na floresta ombrófila;
f) Trepadeiras, quando presentes, são predominantemente lenhosas;
g) Serapilheira presente, variando de espessura, de acordo com as estações
do ano e a localização;
h) Diversidade biológica significativa;
i) Subosque presente;
j) Espécies indicadoras:
j.1) Floresta Ombrófila Densa: Rapanea Ferruginea (Capororoca), árvore de
7,00 a 15,00 metros de altura, associada a Dodonea viscosa (Vassoura-
vermelha); j.2) Floresta Ombrófila Mista: Cupanea vernalis (Cambotá-
vermelho), Schinus therebenthifolius (Aroeira-vermelha), Casearia silvestris
(Cafezinho-do-mato); j.3) Floresta Estacional Decidual: Inga marginata (Inga
feijão), Baunilha candicans (Pata-de-vaca).
III - Estágio avançado de regeneração:
a) Nesse estágio a área basal média é de até 20,00 metros quadrados por
hectare;
b) Fisionomia arbórea dominante sobre as demais, formando um dossel
fechado e relativamente uniforme no porte, podendo apresentar árvores
emergentes; altura total média de até 20 metros;
c) Espécies emergentes ocorrendo com diferentes graus de intensidade;
d) Copas superiores horizontalmente amplas;
e) Epífitas presentes em grande número de espécies e com grande
abundância, principalmente na floresta ombrófila;
f) Distribuição diamétrica de grande amplitude: DAP médio de até 25
centímetros;

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g) Trepadeiras geralmente lenhosas, sendo mais abundantes e ricas em


espécies na floresta estacional;
h) Serapilheira abundante;
i) Diversidade biológica muito grande devido à complexidade estrutural;
j) Estratos herbáceo, arbustivo e um notadamente arbóreo;
k) Florestas nesse estágio podem apresentar fisionomia semelhante à
vegetação primária;
l) Subosque normalmente menos expressivo do que no estágio médio;
m) Dependendo da formação florestal pode haver espécies dominantes;
n) Espécies indicadoras:
n.1) Floresta Ombrófila Densa:Miconia cinnamomifolia, (Jacatirão -açu),
árvore de 15,00 a 20,00 metros de altura, formando agrupamentos bastante
densos, com copas arredondadas e folhagem verde oliva, sendo seu limite
austral a região de Tubarão, Psychotria longipes (Caxeta), Cecropia
adenopus (Embaúba), que formarão os primeiros elementos da vegetação
secundária, começando a aparecer Euterpe edulis (palmiteiro), Schizolobium
parahiba (Guapuruvu), Bathiza meridionalis (Macuqueiro), Piptadenia
gonoacantha (pau-jacaré) e Hieronyma alchorneoides (licurana), Hieronyma
alchorneoides (licurana) começa a substituir a Miconia cinnamomifolia
(Jacutirão-açu), aparecendo també Alchornea triplinervia (Tanheiro),
Nectandra leucothyrsus (Canela-branca), Ocotea catharinensis (Canela-
preta), Euterpe-edulis (Palmiteiro), Talauma ovata (Baguaçu), Chrysophylum
viride (Aguai) e Aspidosperma olivaceum (peroba-vermelha), entre outras;
n.2) Floresta Ombrófila Mista: Ocotea puberula (Canela guaica), Piptocarpa
angustifolia (Vassourão-branco), Vernonia discolor (Vassourão-preto),
Mimosa scabrella (Bracatinga); n.3) Floresta Estacional Decidual: Ocotea
puberula (Canela-guacá), Alchornea triplinervia (Tanheiro), Parapiptadenia
rígida (Angico-vermelho), Patagonula americana (Guajuvirá), Enterolobium
contortisiliguum (Timbauva).
Art. 5º Os parâmetros de área basal média, altura média e DAP médio
definidos nesta Resolução, excetuando-se manguezais e restingas, estão
válidos para todas as demais formações florestais existentes no território do
Estado de Santa Catarina, previstas no Decreto 750/93; os demais
parâmetros podem apresentar diferenciações em função das condições de
relevo, clima e solos locais; e do histórico do uso da terra. Da mesma forma,
estes fatores podem determinar a não ocorrência de uma ou mais espécies
indicadoras, citadas no artigo 3º, o que não descaracteriza, entretanto, o seu
estágio sucessional.

Em âmbito municipal a Lei Complementar Nº 143, de 14 de agosto de 2013 que


altera a Lei Complementar nº 78/2007 e dá outras providências, dispõe dos seguintes
efeitos legais:

"Subseção I - Das Áreas De Preservação Permanente"


“Art. 41 São consideradas Áreas de Preservação Permanente (APP) no
Município de Indaial, aquelas assim classificadas pela legislação”.

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Parágrafo Único - O Poder Executivo Municipal deverá apontar no ato da


Consulta Prévia para Licenciamento de Obras, as áreas protegidas por lei
bem como as áreas sujeitas a algum tipo de risco ambiental, cabendo ao
interessado informar a existência de cursos d`água, nascentes,
reservatórios d`água e demais situação que possam se enquadrar como
áreas protegidas."
"Art. 42 Os limites para a ocupação dos terrenos e glebas que contenham
em seu interior áreas consideradas de preservação permanente (APP`s)
devem respeitar obrigatoriamente o estabelecido pela legislação
competente, salvo se possuam autorização de órgão competente para sua
utilização.
(...)
§ 2º No caso de terrenos e glebas consolidadas na data de aprovação desta
lei, localizadas na Área Urbana de Indaial, assim entendida àquelas
compreendidas no perímetro urbano delimitado no mapa em anexo (Anexo
I), a faixa não edificável será, desde que atendendo às seguintes
prerrogativas:
a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d`água, exceto os considerados
efêmeros, desde o seu nível mais alto, em faixa marginal cuja largura
mínima será:
1 - de 30 (trinta) metros, para o Rio Itajaí Açu;
2 - de 15 (quinze) metros, para os demais Rios, Ribeirões, Córregos e
Cursos D`Água.
b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d`água naturais, um raio
mínimo de 15 (quinze) metros, e, ao redor de lagoas, lagos ou reservatórios
d`água artificiais decorrentes de barramento ou represamento de águas
naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento;
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d`água",
qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50
(cinquenta) metros de largura;
d) o 1/3 (terço) superior dos topos de morros, montes, montanhas e serras;
e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45º(quarenta
e cinco graus), equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior
declive;
§ 3º Para efeitos desta lei, consideram-se glebas, terrenos e edificações
consolidadas, aquelas compreendidas nas faixas marginais ao longo dos
cursos d´água comprovadamente existentes, legalizadas ou aprovadas até
a aprovação desta lei, desde que não haja ato administrativo ou judicial
questionando a Área de Preservação Permanente e que atenda no mínimo
4 (quatro) dos seguintes requisitos:
I - malha viária com canalização de águas pluviais;
II - rede pública de abastecimento de água;
III - rede pública coletora para tratamento de esgoto;
IV - distribuição de energia elétrica;
V - iluminação pública;
VI - recolhimento de resíduos sólidos urbanos (lixo);
VII - tratamento de resíduos sólidos urbanos (lixo).
(...)
Parágrafo Único – “A supressão total ou parcial de florestas de preservação
permanente só será admitida com prévia autorização do Órgão Ambiental
competente, quando for necessário à execução de obras, planos, atividades
ou projetos de utilidade pública ou interesse social.”.

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Recentemente o Decreto Nº 863, de 05 de maio de 2014, que altera Decreto


nº 661/2014 e regulamenta procedimentos de análise dos estudos ambientais
previstos no § 5o do artigo 42 da lei complementar no 78/2007, com redação pela Lei
complementar no 143/2013 dá as seguintes providencias:

Art. 1º Os interessados em aplicar as faixas marginais previstas na alínea


"a" do § 2º do art. 42 da LC 78/07 (com redação dada pela LC 143/13), que
possibilita a flexibilização destas faixas marginais em comparação ao
previsto no Código Florestal, em razão de tratar-se de área urbana
consolidada, deverão apresentar um dos estudos ambientais referenciados
nos anexos II e III e previstos no § 5º do art. 42 da citada Lei Complementar,
elaborado por profissional ou equipe de profissionais habilitados para tanto,
com a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica - ART.

Parágrafo Único - Não serão necessários estudos ambientais quando


respeitados os limites e áreas de preservação permanente definidos no
Código Florestal, salvo em caso de situação excepcional definida pelo órgão
ambiental.

Art. 2º A possibilidade de flexibilização das faixas marginais previstas na


letra "a" do § 2º do art. 42 da LC 78/07, somente serão analisadas quando
da solicitação por protocolo específico junto ao Município de Indaial (Central
de Atendimento), devendo o interessado apresentar os seguintes
documentos:
I - Estudo preliminar da intervenção proposta, considerando o uso e ou
atividade, área construída e ou de ocupação, com planta de locação
georeferenciada (com coordenadas geográficas);
II - Estudo Ambiental Simplificado - EAS, ou, nos casos de residência
unifamiliar apresentar Relatório Ambiental Prévio - RAP, conforme
referenciado nos anexos II e III da LC 78/07, com ART assinada pelo(s)
profissional(is) habilitado(s);
III - Projeto de Recomposição da faixa marginal de APP que será mantida
conforme o projeto de uso apresentado, com ART assinada por profissional
habilitado (integrado ao RAP e ou EAS), quando for o caso.
IV - Comprovação de que se trata de área urbana consolidada, mediante
apresentação de documentos que comprovem que até a aprovação da Lei
Complementar143/2013 (agosto de 2013), o imóvel já possuía ao menos 4
(quatro) dos seguintes equipamentos públicos:
a) malha viária com canalização de águas pluviais;
b) rede pública de abastecimento de água;
c) rede pública coletora para tratamento de esgoto;
d) distribuição de energia elétrica;
e) iluminação pública;
f) recolhimento de resíduos sólidos urbanos (lixo);
g) tratamento de resíduos sólidos urbanos (lixo).
V - Certidão de Registro de Imóveis atualizada do imóvel (máx. 6 meses);
VI - Certidão de Cadastro Imobiliário;
VII - Certidão Negativa de Débitos municipais (CND) do proprietário do
imóvel; e
VIII - Comprovante de pagamento da Taxa referente a emissão de Parecer
Técnico prevista no Código Tributário Municipal, arts. 360 e 361.

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§ 1º Todos os documentos exigidos deverão ser entregues na Central de


Atendimento da Prefeitura em meio físico e em meio digital, em duas cópias
de cada, devendo uma via ser encaminhada a Secretaria de Planejamento
e Habitação e outra ao Departamento de Meio Ambiente para providências
e arquivo.
§ 2º A recomposição prevista no item III deste artigo fica limitada a área do
imóvel, terreno ou gleba, de propriedade ou posse dos interessados na
flexibilização das faixas marginais, ficando dispensada a recuperação nas
áreas de faixas marginais que não sejam de propriedade ou posse dos
interessados.
§ 3º Nos casos previstos pelo § 2º, os interessados deverão apresentar
declaração de que não são proprietários ou possuidores de qualquer forma,
das referidas áreas.
Art. 3º A equipe técnica da Prefeitura receberá os documentos
apresentados pelos interessados e analisará primeiramente as questões
ambientais, especialmente quanto a ausência de interesse ecológico
relevante, ausência de situação de risco, baixo impacto ambiental na
ocupação pretendida, os níveis de cotas de enchente e áreas alagáveis, e
demais fatores de interesse sócio ambiental.
Art. 4º Atendidas as questões ambientais previstas no artigo anterior, a
equipe técnica passará a analisar as questões de viabilidade de construção
e demais requisitos de planejamento urbanístico, de uso e ocupação do solo
e demais exigências legais cabíveis.
Art. 5º A equipe técnica do Município, concluída as análises necessárias,
poderá:
I - determinar afastamento superior ao mínimo previsto na legislação,
justificando com base nos preceitos ambientais e urbanísticos os motivos
para aplicação de tal afastamento.
II - solicitar novos estudos ou outros documentos complementares para
auxiliar na avaliação e conclusão das análises necessárias.
III - determinar exigências condicionantes, como obras complementares,
aos projetos pretendidos, como por exemplo: obras de contenção, obras de
drenagem, recomposição ou reflorestamentos específicos ao caso, etc.

Parágrafo Único - Após os procedimentos necessários e de análise a Equipe


Técnica da Prefeitura deverá emitir o competente Parecer Técnico com a
conclusão final de aprovação ou não aprovação dos referidos estudos
ambientais.

Art. 6º O prazo para análise dos estudos ambientais e projetos de


intervenção em área de preservação permanente, previstos neste Decreto,
será de 30 (trinta) dias a contar do protocolo de toda a documentação e
taxas necessárias para análise.
Art. 7º A flexibilização das faixas marginais de APP prevista na
LC 143/2013, regulamentada por este Decreto, não servirá para a
regularização de imóveis e obras já iniciadas ou pré-existentes a referida
lei, sobre os quais haja ato administrativo ou judicial questionando sobre a
área de preservação permanente.

Em se tratando de municipalidade, para a definição de zonas no Município em


Indaial, em 29 de setembro de 2000, foi sancionada a Lei Complementar N° 29, que
define o zoneamento e o uso e ocupação do solo, esta lei é parte integrante do Plano

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Diretor e visa atender aos requisitos legais para uso e a ocupação do solo na Zona
Urbana do Município de Indaial:

Art. 1º A presente Lei, parte integrante do Plano Diretor tem por objetivo
disciplinar o uso e a ocupação do solo na Zona Urbana do Município de Indaial.
Parágrafo Único - Para este fim o município de Indaial fica dividido em:
I - Área Urbana: definida segundo limites fixados pela lei do Perímetro Urbano;
II - Área Rural: área restante do território do município, na qual é proibido o
parcelamento do solo para fins urbanos.
Art. 8º - Zonas Residenciais (ZR) são aquelas destinadas à função
habitacional, complementadas ou não por atividades de comércio vicinal e
varejista, subdividindo-se em:
I- Zonas Residenciais Exclusivas (ZRE), para residências unifamiliares e
multifamiliares com baixa e média densidade;
II - Zonas Residenciais Predominantes (ZRP), para residências
unifamiliares e multifamiliares de baixa, média e alta densidade.
Art. 9º - Zonas Mistas (ZMC) são aquelas que concentram atividades
complementares à função residencial, como as atividades comerciais,
varejistas, de prestação de serviços, industriais, conforme tabela anexo II.1.
Art. 15 - A adequação dos usos às zonas é determinada pela avaliação
simultânea da sua espécie, porte e potencial de degradação ambiental;
podendo os mesmos ser adequados (A), Proibidos (P), conforme a tabela do
Anexo II.1.

5.6 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

A atividade fim do empreendimento não conflita com o uso do solo na


região, pois se encontra em área adequada para a atividade pretendida.

O imóvel onde o empreendimento está instalado, localiza-se em área já


Urbanizada, em Zona Mista Comercial 1 – Art. 9º Conforme tabela anexo II. 1. Da
Lei complementar nº 29, de 29 de dezembro de 2000.

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Figura 11 - Área onde o imóvel está localizado dentro do Mapa de zoneamento da Cidade de Indaial

O entorno da área em questão, é caracterizado por residências, atividades


industriais, comercio e lazer.

5.7 INFRAESTRUTURA

O empreendimento está localizado em área urbana consolidada e dispõe dos


seguintes itens de infraestrutura:

a) Malha viária;
b) Distibuição de Energia elétrica e Iluminação Pública;
c) Serviços de Telecomunicação;
d) Recolhimento de resíduos sólidos Urbanos;
e) Tratamento e distribuição de água;
f) Rede de drenagem pluvial;
g) Tratamento de resíduos sólidos urbanos;

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h) Transporte público integrado;


i) Limpeza pública;
j) Escolas Públicas;
k) Creches.

5.8 DINÂMICAS SUPERFICIAIS

Na região do Alto Vale do Itajaí existem altiplanos esculpidos sobre rochas


sedimentares. A erosão frequente dos rios Itajaí do Norte e Itajaí do Sul tem resultado
numa paisagem de forma escalonada (em degraus), devido ao desgaste diferenciado
nos vários pacotes de rochas sedimentares. Os rios Itajaí do Oeste e do Sul têm,
comparativamente, um poder erosivo menor que o Rio Itajaí do Norte, devido
diferença na velocidade de escoamento.

No Médio Vale do Itajaí existe uma transição, onde o rio corre por dentro de
rochas metamórficas, do Complexo Granulítico de Santa Catarina. As rochas mais
antigas da região pertencem a esta unidade, de idade arqueana, englobando diversos
tipos litológicos, resultantes de um polimetamorfismo, como gnaisses, quartzo-
feldspáticos, milonito-gnaisses, gnaisses-cataclásticos, migmatitos, ultramafíticos,
anortositos, quartzitos e kinzingitos. Essas litologias são de difícil separação
cartográfica, devido à intensa atuação da tectônica e intemperismo, por isso mesmo,
incluída dentro de uma mesma sequencia lito-estrutural.

Rochas graníticas também fazem parte do Complexo Granulítico geralmente


apresentam orientação incipiente dos constituintes minerais, cortadas por veios
quartzo-feldspáticos.

Os afluentes do rio Itajaí, neste trecho, se originam nas escarpas do altiplano do


planalto sedimentar. Devido a topografia acidentada (embasamento e planalto
sedimentar) os rios apresentam alto poder erosivo e transportador, carregando
grande quantidade de sedimentos que resultam na cor turva do Rio Itajaí-Açu.

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Na região de Indaial, incluindo parte considerável dos municípios de Blumenau,


Pomerode e Rio dos Cedros, onde afloram os granulitos, a morfologia é suavizada e
os vales assumem a forma de “U” aberto formando planícies com centenas de metros
de largura. Pela sua morfologia, constituição geológica e ausência de cheias
periódicas constituem áreas com vocação para expansão urbana.

De acordo com o mapa do IBGE o imóvel apresenta elevação predominante


entre 0 – 100 metros. Em relação ao relevo do imóvel este não apresenta Área de
Preservação Permanente por topo de morro.

Figura 12 - Mapa de elevação da área alvo do estudo (fonte: IBGE).

A característica da região do Baixo Vale do Itajaí é a existência das serras


litorâneas, esculpidas sobre rochas mais antigas do embasamento, incidindo granitos,
gnaisses e outras rochas metamórficas. Nesta área ocorre o alargamento da planície
sedimentar, onde as cotas altimétricas muitas vezes são inferiores a 100 m e o
escoamento é menor, sendo que o rio transporta apenas material mais selecionado
de granulação mais fina, iniciando o processo de deposição e surgindo as várzeas e

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as planícies de aluvião. Neste percurso os materiais são constituídos principalmente


por areia, silte e argila.

Levando se em consideração que a região norte do município de Indaial


apresenta em grande parte rochas do Complexo Granulítico, a unidade
litoestratigráfica que ocorrem no imóvel são de Depósitos Aluvionares e Granito
Subida, que geralmente se situam nas partes mais baixas e próximas aos rios e
corregos.

Os Depósitos aluvionares são constituídos por depósitos inconsolidados ou


fracamente consolidados de areias, siltes, argilas ou conglomerados, representados
na bacia do Itajaí por aluviões recentes junto aos principais cursos d’água como o Rio
Itajaí, formando várzeas de grande importância para o cultivo e por sedimentos
atribuídos ao Pleistoceno.

Já o Granito Subida representa a última atividade magmática a afetar os


metassedimentos do Grupo Itajaí, colocando posteriormente as deformações das
unidade que constituem a bacia, dados isotópicos sugerem, que os sedimentos foram
originados principalmente de litologias pertencentes ao Cinturão Dom Feliciano, e
subordinadamente de litologias do Complexo Granulítico de Santa Catarina.

O Mapa a seguir mostra as unidades litoestatigráficas características da região


do imóvel analisado.

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Figura 13 - Mapa das unidades geológicas ocorrentes na região.

De acordo com a EMBRAPA (1998), o município de Indaial é caracterizado por


solos do tipo argissolo vermelho-amarelo (podzólico), glei pouco húmico, solo litólico,
e cambissolos.

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Figura 14 - Mapa de solos do imóvel.

Segundo o mapa do IBGE (1981), a classe de solo que predomina o imóvel é


Glei Pouco Húmico 3.

São solos minerais, hidromórficos, apresentando horizontes A (mineral) ou H


(orgânico), seguido de um horizonte de cor cinzento-olivácea, esverdeado ou azulado,
chamado horizonte glei, resultado de modificações sofridas pelos óxidos de ferro
existentes no solo (redução) em condições de encharcamento durante o ano todo ou
parte dele. O horizonte glei pode começar a 40 cm da superfície. São solos mal
drenados, podendo apresentar textura bastante variável ao longo do perfil.

Podem apresentar tanto argila de baixa atividade, quanto de alta atividade, são
solos pobres ou ricos em bases ou com teores de alumínio elevado. Como estão
localizados em baixadas, próximas às drenagens, suas características são
influenciadas pela contribuição de partículas provenientes dos solos das posições
mais altas e da água de drenagem, uma vez que são formados em áreas de recepção
ou trânsito de produtos transportados.

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5.9 RECURSOS HÍDRICOS

De acordo com a Portaria nº 024 de 1979 que enquadra os cursos d’água do


Estado de Santa Catarina, todos os cursos d’água não incluídos na Classe 1 e 3
nem mencionados nominalmente nesta relação se enquadram na classe 2.

De acordo com o Artigo 4º da Resolução do CONAMA nº 357/05 as águas desta


classe podem ser destinadas ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional, à proteção das comunidades aquáticas, à recreação de
contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução
CONAMA nº 274, de 2000, à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques,
jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato
direto; e à aquicultura e outras atividade de pesca.

A área localiza-se na microbacia hidrográfica denominada Ribeirão Estradinha (IBGE,


1981) aos fundos do imóvel passa o Rio Itajaí-Açu.

Figura 15: Mapa da microbacia hidrográfica e os cursos hídricos.

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5.10 CARACTERIZAÇÃO ARQUEOLÓGICA

O Estado de Santa Catarina apresenta 22 bens nesta condição pelo Instituto do


Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), distribuídos em 8 municípios, entre
eles: Florianópolis, Rio dos Cedros, Joinville e Laguna (Lima, Melhem & Pope, 2009).
Para o município de Indaial não constam bens móveis ou imóveis registrados pelo
Instituto, de acordo com o referido documento.

De acordo com consulta realizada em 30 de abril de 2018 no site do IPHAN


constatou-se que não há sítios arqueológicos, bem como sítios urbanos tombados
cadastrados até a referida data para a área de estudo.

Contudo, segundo o Patrimônio Histórico Cultural da Fundação Indaialense de


Cultura, o município de Indaial possui 6 imóveis tombados pelo IPHAN e 12
propriedades pela Fundação Catarinense de Cultura.

Portando, de acordo com as referidas pesquisas não constam imóveis


tombados, muito menos sítios urbanos, arqueológicos e/ou chancela de Paisagem
Cultural na referida área analisada (AID).

6.0 IDENTIFICAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

A área alvo deste Estudo, não possui nenhum tipo de construção no terreno.
Mas se aprovado a flexibilização desta APP, será realizado a construção de um
empreendimento com 04 (quatro) andares, onde o mesmo será destinado para o
comercio e moradia. A identificação dos impactos ambientais podemos verificar na
tabela nº 02, que se encontra na página 53.

A susceptibilidade do terreno a erosão pode ser considerado baixo, visto que


este é praticamente plano e não haverá intervenções.

Os restantes dos impactos ambientais foram avaliados segundo a natureza,


tipo, abrangência, período, duração e reversibilidade, conforme a tabela a seguir:

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ATRIBUTOS VALORAÇÃO
NATUREZA TIPO ABRANGENCIA PERÍODO DURAÇÃO REVERSIBI-
LIDADE

LONGO PRAZO

IRREVERSÍVEL
CURTO PRAZO

MÉDIO PRAZO

PERMANENTE
TEMPORÁRIO

REVERSÍVEL
ORDEM

REGIONAL
NEGATIVO

IMEDIATO
INDIRETO
POSITIVO

GLOBAL

CICLICO
DIRETO

LOCAL
IMPACTOS

1 Alteração na arrecadação de tributos e na


dinâmica de renda de Indaial x x x x x x
2 Alteração no mercado imobiliário x x x x x x
3 Alteração no cotidiano da vizinhança x x x x x x
4 Mudança na paisagem local e perda de
referências histórico-culturais x x x x x x
5 Aumento do fluxo de veículos na via pública x x x x x x
6 Aumento do risco de acidentes de trabalho x x x x x x
7 Aumento dos níveis de ruído na vizinhança x x x x x x
8 Geração de resíduos contaminados x x x x x x
9 Alteração das características físicas do
ambiente natural x x x x x x
10 Afugentamento da fauna x x x x x x
11 Ampliação da demanda de bens e serviços x x x x x x
12 Aumento do risco de acidentes de trânsito x x x x x x
Tabela 2 - Valoração dos Atributos e Impactos gerados na área alvo do estudo.
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Na tabela a seguir apresentamos o resumo dos impactos


avaliados:
RESUMO DOS IMPACTOS AVALIADOS

Ordem Positivo Negativo Magnitude Relevância

1 Pequeno Pequeno
x
2 Pequeno Pequeno
x
3 Pequeno Pequeno
x
4 Pequeno Pequeno
x
5 Pequeno Pequeno
x
6 Pequeno Pequeno
x
7 Pequeno Pequena
x
8 Pequeno Pequena
x
9 Pequeno Pequeno
x
10 Pequeno Pequeno
x
11 Pequeno Pequeno
x
12 Pequeno Pequeno
x

Tabela 3 - Resumo dos impactos avaliados

7.0 MEDIDAS MITIGADORAS

Na tabela a seguir será analisado os impcatos negativos e suas devidas


medidas mitigadoras.

IMPACTO NEGATIVO MEDIDAS MITIGADORAS

Aumento do fluxo de veículos na via Área de estacionamento de veículos


pública para não sobrecarregar a via pública;
Horário de trabalho geral, 1º turno e
Geral;
Acesso facilitado de veículos para o
interior do pátio da empresa, visando
evitar sobrecarga na via pública;
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Aumento do risco de Programa de Prevenção de riscos ambientais –


acidentes de trabalho na PPRA;
implantação do Programa de Controle Médico e de Saúde
empreendimento Ocupacional – PCMSO;
Utilização adequada de EPI’s;
Treinamentos.
Geração de resíduos Destinação ambientalmente adequada dos
resíduos gerados;
Afugentamento da Fauna Ações de resgate da fauna silvestre, por
profissionais treinados para a captura e
relocação dos indíviduos.
Aumento do risco de Treinamento dos trabalhadores;
acidentes de trânsito Palestras;
Incentivo ao uso do transporte público.

8.0 PROGRAMAS AMBIENTAIS

Atualemte na área em questão não há nenhum tipo de programa ambiental. O


programa Ambiental só será iniciado com o inicio das obras, onde todos os resíduos
oriundos da construção terão seu destino ambientalmente adequado.

Todo depósito do material pertinente a construção será colocado o mais longe


possível do curso d’água em questão, para evitar qualquer tipo de contaminação do
mesmo.

9.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente Estudo Ambiental Simplificado – EAS, foi elaborado para subsidiar


a análise ténica da comissão Municipal, que avaliará o pedido de Flexibilização
desta APP para a construção de um imóvel localizado no terreno alvo deste estudo,
segundo a Lei complementar nº 143, de 14 de agosto de 2013, do município de
Indaial.

Nos aspectos, físico, geológico, erosão, enchentes, entre outros, desde que
seguindo as legislações ambientais pertinentes, não demonstra empecilhos para
que ocorra está flexibilização. O imóvel se encontra localizado em área urbana
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consolidade, circundado por uma vizinhança formada por residências unifamiliares,


empresas e indútrias.

Quanto a cobertura vegetal da área do estudo, existe pouca vegetação árborea


nativa, e estas isoladas, sendo que o remascente desta vegetação nativa não será
suprima, reiterando que se solicitado pelo órgão ambiental competente será
realizado a compensação ou recuperação desta área, para amenizar os impactos
quanto à fauna e flora.

Assim atesta-se a viabilidade desta ambientalmente, desde que sejam


seguidas corretamente a aplicação das medidas mitigadoras sugeridas e acatadas
todas a futuras sugestões dos órgãos ambientais.

10.0 BIBLIOGRÁFIA

Andrade, S. 2009. Levantamento da herpetofauna em dois fragmentos florestais


urbanos em Blumenau, Santa Catarina. Trabalho de Conclusão de Curso -
(Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Regional de Blumenau,
Blumenau.

Aumond, J. & Scheibe, L. F. 1994. Aspectos Geológicos e Geomorfológicos. In:


Dynamis: Revista Tecno-científica, vol. 2, nº 8, pg.117-123. Blumenau: FURB.

BASEI, M.A.S. 1985. O cinturão Dom Feliciano em Santa Catarina. Tese de


douoramento. Universidade de São Paulo, 1985.193p.

Bencke, G. A.; Maurício, G. N.; Develey, P. E. & Goerck, J. M. (org.) Áreas


importantes para a Conservação de Aves no Brasil – Parte I – Estados do
Domínio Mata Atlântica. São Paulo, Save Brasil. 2006. 494p.

Bérnils, R. S. & Costa, H. C. (org.). 2012. Répteis brasileiros: Lista de espécies.


Versão 2012.2. Disponível em <http://www.sbherpetologia.org.br/>. Sociedade
Brasileira de Herpetologia. Acesso em 22 julho de 2017.
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Borges - Martins, M.; Alves, M.L.M.; Araujo, M.L. de; Oliveira, R.B. de & Anés, A.C.
2007. Répteis p. 292-315. In: Becker, F.G.; R.A. Ramos & L.A. Moura (orgs.)
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Both, C. C. Invasão de Lithobates catesbeianus na Mata Atlântica Sul do Brasil:


relações com espaço, ambiente e anfíbios nativos. Tese de doutorado (Programa de
Pós Graduação em Zoologia) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul, Rio Grande do Sul. 2012.

Bonvicino, C. R; Oliveira, J. A.; D’Andrea, P. S. 2008. Guia dos Roedores do Brasil,


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BRASIL. RESOLUÇÃO CONAMA nº 4, de 4 de maio de 1994. Define vegetação


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BRASIL. INSTRUÇÃO NORMATIVA MMA N° 3, de 27 de maio de 2003. Lista nacional


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Cherem, J. J.; Simoes-Lopes, P. C.; Althoff, S.; Graipel, M. E. 2004. Lista dos
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Cimardi, a. v. 1996. Mamíferos de Santa Catarina. Florianópolis: Terceiro Milênio,


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COMITÊ BRASILEIRO DE REGISTROS ORNITOLÓGICOS - CBRO (2011). Listas


das aves do Brasil. 10ª Edição, 25/1/2011. Disponível em: <http://www.cbro.org.br>.
Acesso em: 15 julho. 2017.

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11.0 IDENTIFICAÇÃO DA EQUIPE TÉCNICA

Nome Nome
Douglas Andrey Pedron André Luiz Ladevig

CPF CPF
080.547.439-04 080.547.359-95

Endereço Endereço
Rua Dr. Blumenau, 3772 – Bairro Encano Rua Dr. Blumenau, 3772 – Bairro Encano

Cidade/UF Cidade/UF
Indaial/SC Indaial/SC

Data Data
27/07/2017 27/07/2017
Qualificação Profissional Qualificação Profissional
Engenheiro Ambiental Engenheiro Ambiental

Número registro Conselho de Classe Número registro Conselho de Classe


140096-2 /SC 137971-1

Telefone Telefone
(47) 3380-4509 (47) 3380-4509
E-mail E-mail
contato@regulariengenharia.com.br contato@regulariengenharia.com.br

Responsável Técnico

Os profissionais acima qualificados declaram, sob as penas da Lei, a veracidade


das informações prestadas no presente Estudo Ambiental Simplificado.

Indaial, em 28 de Julho de 2018.


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12.0 ANEXO ART

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