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O ARMAGEDOM E A QUEDA DA BABILÔNIA

As relações intertextuais e contextuais


da última batalha

Vanderlei Dorneles
Casa Publicadora Brasileira
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Ap 16:12-16

“E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas
águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do
lado do nascimento do sol.

Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso


profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque são espíritos de
demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro
com o fim de ajuntá-los para peleja do grande dia do Deus Todo-Poderoso.

Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as
suas roupas, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.

Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom.”


Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Na história adventista

1) 1844 a 1862: Armagedom é a batalha final entre Cristo


e as forças de Satanás no segundo advento.

1) A partir de 1870s: Armagedom é uma guerra política e militar entre as nações pelo
domínio do território sagrado da Palestina (Uriah Smith).

2) 1903 a 1952: Armagedom é um conflito secular entre as nações do Oriente e do


Ocidente pela supremacia do mundo, centralizado na Palestina (W. A. Spicer).

3) A partir de 1952: Retomada a posição dos primeiros pioneiros em que o Armagedom


é uma batalha escatológica centralizada na questão do sábado, entre os exércitos
de Cristo e os de Satanás (W. E. Read).
Hans K. LaRondelle (435-436)
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Comentário Bíblico Adventista

O ajuntamento das nações é um “processo gradativo” que se inicia “antes das pragas”.
A “batalha do Armagedom começa quando os poderes religiosos e políticos da Terra
iniciam seu ataque final ao povo remanescente de Deus”.

No entanto, o mesmo Comentário também reporta o entendimento de que “os


preparativos para a batalha ocorrem durante a sexta praga” (ed. Nichol, 7:937, 934).

Hans K. LaRondelle

A visão de “Apocalipse 19:11-21 apresenta a mais elaborada descrição simbólica do


Armagedom” (377).
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Ranko Stefanovic

“Ap 16:12-16 não mostra a real batalha, mas somente a preparação


e o grande ajuntamento dos poderes religiosos e políticos da
humanidade rebelde para o Armagedom. A verdadeira batalha
ocorre após a sexta praga e é descrita em Ap 16:17–19:21. João
vê, mais tarde, ‘a besta e os reis da Terra e seus exércitos
congregados para guerrear’ contra Cristo vindo do Céu como Rei
dos Reis e Senhor dos Senhores acompanhado por seu exército (Ap
19:19; cf. 17:14).”

“O clímax da sétima praga é a batalha do Armagedom. ... A


preparação para a batalha é descrita na cena da sexta praga e a
batalha propriamente dita é descrita em Ap 16:17–19:21”.
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Jon Paulien

A queda da Babilônia é o desfecho do Armagedom. As visões relatadas


em Ap 17 e 18 descrevem a batalha.

“A sexta praga em si mesma não é a batalha do Armagedom; em vez


disso, ela é o ajuntamento das forças para esse conflito. ... A batalha
em si mesma é referida na sétima praga” (2008, 60).

Jacques Doukhan

“Com base no evento de Ciro e no retorno do exílio babilônico, com


vistas a reedificar a antiga Jerusalém, o profeta João revela sua visão
da sexta praga. A queda da Babilônia mística e a batalha que se
segue preparam o caminho para a libertação final e a criação da nova
Jerusalém” (151, 152).
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Implicações

1) Durante a sexta praga, sob influência dos “espíritos”, os ímpios se preparam para a
última batalha.

2) Por ocasião da segunda vinda, os ímpios lutam contra os santos e contra Cristo.

3) O clímax do Armagedom se dá com a parousia, quando as forças ímpias


perseguidoras são destruídas.

4) De modo geral, o Armagedom é caracterizado como crítico para os santos, que são
passivos na batalha vencida por Cristo na segunda vinda.
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Problema:

Se a sexta praga prevê os “preparativos” dos ímpios para o Armagedom, então os


inimigos, em vez de serem punidos durante essa praga, conseguem se organizar para
lutar contra Deus.

Se a praga é mais uma “taça” da ira de Deus (Ap 16:12; cf. Sl 75:8; Jr 25:15; Is 51:17,
22; Jr 49:12), qual é o resultado desse flagelo sobre os ímpios?

Se a retirada das águas do Eufrates determina a queda final da Babilônia, por que ela
ainda seria castigada após essa praga?

Em que consiste a sexta praga e quando e onde é travada a batalha do


Armagedom?
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Objetivos:

1) Identificar as batalhas de Israel referidas no Armagedom.

2) Discutir o papel dos santos e a condição dos ímpios na batalha final.

3) Discutir o contexto imediato do Armagedom e seu ponto de partida.

4) Definir a sexta praga e seu impacto sobre os inimigos dos santos.


Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Intertextualidade:

“Intertextualidade é o engaste de fragmentos, imagens e ecos de um texto dentro de


outro” (Sloan & Newman, 2002, 58-59).
É a criação de um texto a partir de outro.

Os rabinos consideravam que a exegese intertextual se baseava na ideia de que “o


texto contém um mistério comunicado por Deus que não é compreendido até que a
solução seja dada por outro intérprete inspirado” (Klyne Snodgrass, 2001, 218).

“O propósito das alusões [intertextuais] é levar o leitor a considerar a passagem do AT


em questão e aplicar seu significado à passagem do Apocalipse” (Paulien, 2004, 139).

Resultado:
1) O significado do texto anterior é incorporado ou aplicado ao novo texto.
2) A intertextualidade amplia o contexto interpretativo.
Armagedom: Natureza do Conflito

Premissas

“O relacionamento estrutural do Armagedom (Ap 16) com os capítulos anteriores e os


seguintes indica que o tema só pode ser entendido à luz do contexto imediato dos
capítulos 12 a 19” (LaRondelle, 374).

O uso da imagem do secamento das águas do Eufrates e do “monte” de Megido indica


que o significado da sexta praga bem como do Armagedom depende dos textos
originais dessas imagens no AT.

A sexta praga é a única narrada em linguagem simbólica, e o fato de Ap 17:1 tratar de


uma nova visão, sob assistência de “um dos sete anjos que têm as sete taças” sugere
que o significado dessa praga é explicado nas visões subsequentes.
Armagedom: Natureza do Conflito

(1) Armagedom: “Monte de Megido”


a) Com Débora e Baraque, Israel venceu o exército de Sísera (Jz 4:14; 5:19).

b) Elias derrotou os profetas


de Baal no histórico confronto
do Carmelo (1Rs 18).

c) O rei Josias morreu na


batalha contra o faraó Neco
(2Rs 23:29; 2Cr 35:22).

e) A rainha Jezabel morreu


na cidade de Jezreel
(2Rs 9:30-37).
Armagedom: Natureza do Conflito

a) Débora e Baraque no vale de Jezreel

A aliança entre os “espíritos” e os “reis da terra” (Ap 16:14; 17:1) faz alusão ao Salmo 83
que canta a vitória de Débora e Baraque sobre o exército de Sísera (Jz 4:4–5:31).

“Ó Deus, ... os teus inimigos se alvoroçam ... tramam astutamente contra o teu povo e
conspiram contra os teus protegidos. Dizem: Vinde, risquemo-los de entre as nações; e
não haja mais memória do nome de Israel. Pois tramam concordemente e firmam
aliança contra ti. [...] Faze-lhes como fizeste a Midiã [Gideão], como a Sísera” (v. 1-5, 9).

O Salmo retrata a batalha com a linguagem do grande conflito: uma coalizão de infiéis
se ergue contra os eleitos de Deus; contudo, são destruídos (Sl 83:10; cf. Ap 19:18).

A alusão a Baraque e Gideão pode sugerir um papel ativo dos santos na batalha final.
Armagedom: Natureza do Conflito

b) Elias no monte Carmelo

1 Reis 18-19 Apocalipse 12-19

Monte Carmelo Monte de Megido (Armagedom)


Yahweh x Baal Trindade divina x trindade satânica
Elias Remanescente
“Todo o Israel” “Reis do mundo inteiro”, “habitantes da terra”
(qabats; sunago, 18:20): “Ajuntar” “Ajuntar” (sunago, 16:14, 16) os reis
Idolatria a Baal Adoração à besta e sujeição aos espíritos
(18:30) Elias restaura o altar Remanescente restaura a verdade (14:6-12)
Jezabel controla Acabe Meretriz domina a besta e os reis
Deus envia fogo sobre o Carmelo Cristo lança inimigos no lago de fogo
Rei Jeú mata Jezabel, em Jezreel Reis destroem a Meretriz, no Armagedom
Elias mata os profetas de Baal Cristo elimina besta, falso profeta e dragão
Armagedom: Natureza do Conflito

b) Elias no monte Carmelo

“A narrativa de Elias no monte Carmelo é como uma


história de fundo para todo o relato de Apocalipse
12 a 19. Ela funciona exatamente como a narrativa
da queda da Babilônia para o mesmo conjunto de visões” (Paulien, 2008, 58).

Tendo o relato do Carmelo como seu texto de fundo, João prevê a batalha do
Armagedom em termos de um confronto entre a verdadeira e a falsa religião.

A alusão a Elias reforça papel ativo dos santos que restauram a verdade na Terra.

“A proclamação do evangelho eterno enfraquece a aliança do poder secular com a


Babilônia (Ap 17:16). Mas a repentina mudança de atitude para odiá-la deve resultar da
impotência da Babilônia em proteger do terror das pragas” (Stefanovic, 490).
Armagedom: Natureza do Conflito

c) Morte de Josias no vale de Jezreel

A palavra “pranto” (gr. penthos) ocorre seis vezes em Ap 18 (v. 7, 8, 11, 15, 19).

Esse “pranto” faz alusão a Zc 12:11, que menciona o choro de Hadade-Rimom por seu
primogênito, e relaciona o Armagedom com a décima praga do Egito (Êx 12:29-36).

“Pelo que haverá grande clamor em toda a terra do Egito, como nunca houve” (Êx 11:6).

Também alude ao “pranto” por Josias. Neco matou Josias em 609 a.C., no vale de
Jezreel. Essa morte deu início ao fim de Judá e foi motivo de “grande lamento” (2 Cr
35:24, 25). Isso seria um prenúncio de um grande lamento por Babilônia.

A LXX traduz “Megido” pelo verbo ekkopto (“ser cortado”, Zc 12:11). “Isso indica que o
termo simbólico Harmagedon (Ap 16:16) pode derivar do radical gadad (‘cortar’), de
modo que o sentido literal pode ser ‘monte da matança’” (LaRondelle, 382).
Armagedom: Natureza do Conflito

c) Morte de Josias em Jezreel: Lamento

“Sobre todos os deuses do Egito executarei juízos: Eu sou o Senhor” (Êx 12:12).

“Armagedom evoca mais do que um campo de batalha. Sugere o desfecho dela. ... A
morte dos primogênitos egípcios ocasionou mais do que a perda de um filho único ou o
fim do nome da família. Foi a morte da religião deles” (Doukhan, 156, 158).

O “lamento” pela morte do primogênito sugere que o Armagedom será crítico para os
ímpios. O pranto será despertado na primeira praga e se intensificará na sexta.

Os deuses (religiões) das nações serão “cortados”/tirados da Terra.


Armagedom: Natureza do Conflito
Êxodo: Êx 14:21,
22: “Um forte vento
(2) O secamento das águas do Eufrates ... fez retirar-se o
mar, que se tornou
Queda da Babilônia terra seca”

a. “Espíritos” buscam apoio dos “reis” (16:13). Cativeiro: Is 11:15;


b. Meretriz está “montada” sobre os “reis” (17:2, 3, 17) 44:27: “Com a força
do seu vento
e “sentada sobre muitas águas” (17:1). moverá a mão
contra o Eufrates,
c. “Águas são povos, multidões, nações” (Ap 17:15). ferindo-o, o dividirá”
d. Logo, a retirada das “águas” indica o fim do apoio
dos reis e das nações da Terra (16:12). Armagedom: Ap
16:12: “Derramou a
O contexto imediato e a alusão à queda de Babilônia sua taça sobre o rio
sugerem que a secagem das águas determina a queda Eufrates, cujas
águas secaram”
da coalisão formada pelos espíritos e os reis da Terra.
Armagedom: Natureza do Conflito

(3) Os reis do oriente


Os “reis que vêm ...” é uma alusão a Ciro e seus
aliados. Ciro tomou a Babilônia vindo do “oriente”
(Is 41:2; 45:21; 46:11).

No NT, a frase “do nascente do sol” é usada


metaforicamente em referência a Cristo (Lc 1:78; Ap 22:16; Mt 24:27-31).

Alguns relacionam os “reis que vêm do lado do nascimento do sol” com a segunda vinda
de Cristo com seus anjos para a libertação de seu povo do cativeiro do pecado.

Mas a expressão pode ser uma alusão a Cristo e seus santos. Eles “reinarão” com
Cristo (Dn 7:18, 27; Ap 3:21; 5:10; 20:6; 22:5). Anjos não são referidos como reis.
Armagedom: Natureza do Conflito

(3) Os reis do oriente


Os adjetivos “chamados, eleitos e fiéis” são usados para os santos (Rm 1:6, 7; 1Co 1:2).
Os santos são chamados de “reis” e “sacerdotes” (Ap 1:6; 5:10; 20:4, 6).

Os “exércitos que há no céu” seguem a Cristo (Ap 19:14). O “chifre pequeno” faz guerra
contra o “exército do céu” (Dn 8:10; Dt 17:3: “sol, lua e estrelas”; Ap 12:1).

As vestes do “exército” e as dos santos (cf. Ap 19:14, 8): “linho finíssimo, branco e puro”.

Ap 17:14: Besta e os reis “pelejam” contra Cristo e os “eleitos e fiéis”.


Ap 19:19: Besta e os reis “congregados” (sunago) contra Cristo e seu “exército”.

Contexto geral de Ap 16 indica que os santos têm um papel ativo e cooperativo na


vitória de Cristo. “Vencerão também os ... que se acham com Ele” (Ap 17:14).
Armagedom: Natureza do Conflito

(3) Os reis do oriente


Os adjetivos “chamados, eleitos e fiéis” são usados para os santos (Rm 1:6, 7; 1Co 1:2).
Os santos são chamados de “reis” e “sacerdotes” (Ap 1:6; 5:10; 20:4, 6).

Os “exércitos que há no céu” seguem a Cristo (Ap 19:14). O “chifre pequeno” faz guerra
contra o “exército do céu” (Dn 8:10; Dt 17:3: “sol, lua e estrelas”; Ap 12:1).

As vestes do “exército” e as dos santos (cf. Ap 19:14, 8): “linho finíssimo, branco e puro”.

Ap 17:14: Besta e os reis “pelejam” contra Cristo e os “eleitos e fiéis”.


Ap 19:19: Besta e os reis “congregados” (sunago) contra Cristo e seu “exército”.

Contexto geral de Ap 16 indica que os santos têm um papel ativo e cooperativo na


vitória de Cristo. “Vencerão também os ... que se acham com Ele” (Ap 17:14).
Armagedom: Tempo do Conflito

(4) Os três espíritos


As três mensagens angélicas (Ap 14) restauram a verdade e a lei de Deus na Terra.
Os três demônios difundem um falso sistema religioso e contrário à lei de Deus.

Representam a contrapartida dos três anjos de Ap 14 (Paulien, 2008, 76).

Dragão: império romano + paganismo


Besta: império dos papas + catolicismo (“adorada”, v. 8)
2ª Besta: império americano + protestantismo ( “grandes sinais”, v. 13)

O falso profeta é um bajulador conivente com o poder político (1Rs 18:19; 22:6, 8, 10).

Os “espíritos” se dirigem aos “reis da terra” (poder político). Isso sugere que no tempo
indicado em Ap 16:14, os poderes religiosos estão separados do poder político.
Armagedom: Tempo do Conflito

Implicações

Os “sinais” operados pela segunda besta (13:14) e os “sinais” dos três espíritos
(16:14) criam um paralelo entre as duas visões, destacando o fascínio do poder
religioso como o elemento catalisador dos “reis da terra” para o Armagedom.

Assim, a ação dos espíritos em ajuntar “os reis do mundo inteiro” (Ap 16:14) pode
ser um parêntese na narrativa da sexta praga. Revela como a sustentação política
da Babilônia foi construída, antes das pragas.

A ação da segunda besta, o mais poderoso dos “reis da terra”, em impor a marca da
besta e um boicote econômico global contra os que não têm o selo da besta (Ap
13:15-16) pode marcar o início do Armagedom.

A campanha dessa besta para os que “habitam sobre a terra para que façam uma
imagem à besta” (13:14) indica o momento crucial da adesão dos reis da Terra.
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Ap 16:12-16 Estrutura

“E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates, A sexta praga
cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que Queda da Babilônia
vêm do lado do nascimento do sol.

Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso Parêntese (flashback)
profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque são Alusão à formação da
espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do coalisão perseguidora, a ser
mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para peleja do grande dia do fragmentada na sexta praga
Deus Todo-Poderoso.

Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e Advertência
guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam a sua Jesus não tarda a vir
vergonha.

Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Guerra


Armagedom.” Uma série de confrontos
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Implicações: Uma só batalha prolongada

1) Dragão entra em “peleja” (polemos) contra o “remanescente” (Ap 12:17).

2) Duas bestas pelejam (polemeo) contra “os que não têm a marca” (Ap 13:4, 7, 16).

3) Reis e espíritos fazem “peleja” (polemos) contra os que “guardam e vigiam” (16:14).

4) Besta e os reis “pelejarão” (polemeo) contra o Cordeiro e os “eleitos” (Ap 17:14).

5) Besta e os reis fazem peleja (polemos) contra o Cavaleiro e seu “exército” (Ap 19:19).

“A palavra grega mache significa ‘batalha’, enquanto polemos indica ‘guerra’. O sentido é
parecido, mas o escopo é diferente. Uma ‘batalha’ é um conflito isolado entre dois exércitos,
que, mesmo intenso, é limitado no tempo e no espaço; enquanto polemos indica uma série de
confrontações por um período longo” (Richard. C. Trench, New Testament Synonymos, 301-2).
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Implicações: Uma só batalha prolongada

1) Dragão entra em “peleja” (polemos) contra o “remanescente” (Ap 12:17).

2) Duas bestas pelejam (polemeo) contra “os que não têm a marca” (Ap 13:4, 7, 16).

3) Reis e espíritos fazem “peleja” (polemos) contra os que “guardam e vigiam” (16:14).

4) Besta e os reis “pelejarão” (polemeo) contra o Cordeiro e os “eleitos” (Ap 17:14).

5) Besta e os reis fazem peleja (polemos) contra o Cavaleiro e seu “exército” (Ap 19:19).

“A palavra grega mache significa ‘batalha’, enquanto polemos indica ‘guerra’. O sentido é
parecido, mas o escopo é diferente. Uma ‘batalha’ é um conflito isolado entre dois exércitos,
que, mesmo intenso, é limitado no tempo e no espaço; enquanto polemos indica uma série de
confrontações por um período longo” (Richard. C. Trench, New Testament Synonymos, 301-2).
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Implicações: Uma só batalha prolongada

Sexto selo:
“abertura do céu”:
os “reis, grandes,
comandantes,
Remanescente ricos e
Espíritos poderosos” se
escondem nas
1844 Alto clamor Início do Pragas 6ª Praga “cavernas”
Chuva serôdia Armagedom Proteção Vindicação (Ap 6:14, 15;
Decreto Is 34:4).
Angústia
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Ellen White

“Assim [Ap 18:1-3] será proclamada a mensagem do terceiro anjo. ...


Os pecados de Babilônia serão revelados. Os terríveis resultados
das leis religiosas pela autoridade civil, as incursões do espiritismo,
os furtivos mas rápidos progressos do poder papal – tudo será desmascarado”
(GC, 606).

“Esta passagem indica um tempo em que o anúncio da queda de Babilônia, feito pelo
segundo anjo de Apocalipse 14, deve se repetir com a menção adicional das
corrupções que têm estado a se introduzir nas várias organizações que constituem
Babilônia” (GC, 603).
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Ellen White

“O tempo atual é solene e terrível para a igreja. Os anjos já estão


cingidos, esperando a ordem de Deus para derramar suas taças de ira
sobre o mundo. .... O Espírito de Deus está gradualmente se retirando do mundo.
Satanás também está arregimentando suas forças do mal, dirigindo-se ‘aos reis
do mundo inteiro’, ajuntando-os sob sua bandeira, ... para ‘a peleja do grande Dia do
Deus Todo-Poderoso’”
(Ms 1a, 1890; CBA, 7:1099).

“Um terrível conflito encontra-se diante de nós. Aproximamo-nos da peleja do grande


dia do Deus Todo-poderoso. ... Os principados e poderes da Terra estão em acirrada
revolta contra o Deus do Céu. Estão cheios de ódio contra os que O servem, e em
breve, muito em breve, será travada a última grande batalha entre o bem e o mal.
A Terra será o campo de batalha – o local da peleja e da vitória final”
(RH, 13/05/1902; EF, 250).
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Conclusões
1) Com a imagem da secagem das águas, a sexta praga prevê a retirada do apoio dos
reis à meretriz, não o ajuntamento deles para uma batalha.
2) O Armagedom pode começar antes das pragas com a emergência da segunda besta
e deve se estender até a segunda vinda.
3) As pragas legitimam a pregação do remanescente e, na sexta praga, a confederação
dos inimigos de Cristo e seu povo sofre uma fragmentação insuperável.
4) Não parece haver perspectivas de a confederação religiosa (dragão, besta, falso
profeta) se organizar para unir os reis e guerrear, na iminência da segunda vinda.
5) Os santos têm um papel ativo no Armagedom. Eles restauram a verdade na Terra,
desmascaram a Babilônia, preparando o caminho para sua queda, na sexta praga.
6) O final do Armagedom é extremamente crítico para os ímpios, sendo previsto um
lamento sem precedentes em decorrência da sexta praga.
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

O Cavaleiro e sua obra

Is 63:1-6
“Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes de vivas cores, que é glorioso
em sua vestidura, que marcha na plenitude da sua força? Sou Eu que falo em justiça,
poderoso para salvar. Por que está vermelho o traje, e as tuas vestes, como as daquele
que pisa uvas no lagar? O lagar, Eu o pisei sozinho, e dos povos nenhum homem se
achava comigo; pisei as uvas na minha ira; no meu furor, as esmaguei, e o seu sangue
me salpicou as vestes e me manchou o traje todo. Porque o dia da vingança me estava
no coração, e o ano dos meus redimidos é chegado. ... Na minha ira, pisei os povos, no
meu furor, embriaguei-os, derramando por terra o seu sangue.”
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Ellen White

“As multidões estão cheias de furor. ‘Estamos perdidos!’, exclamam;


‘e vós sois a causa de nossa ruína’; e voltam-se contra os falsos pastores.
Aqueles mesmos que mais os admiravam, pronunciarão as mais terríveis maldições
sobre eles. As mesmas mãos que os coroavam de lauréis, levantar-se-ão para destruí-
los. As espadas que deveriam matar o povo de Deus, são agora empregadas para
exterminar os seus inimigos. Por toda parte há contenda e morticínio” (GC, 656).

“Como a Babilônia é finalmente destruída pelas multidões iradas é uma questão


bastante negligenciada na interpretação do Armagedom no adventismo tradicional”
(LaRondelle, 446).
Armagedom: Natureza e Tempo do Conflito

Ellen White

“Há um grande terremoto ‘como nunca tinha havido desde que há


homens sobre a Terra’ (Ap 16:18). O firmamento parece abrir-se
e fechar-se. A glória do trono de Deus dir-se-ia atravessar
a atmosfera. ... A grande Babilônia veio em lembrança perante Deus, ‘para lhe
dar o cálice do vinho da indignação da Sua ira’ (Ap 16:19, 21). Grandes pedras de
saraiva, cada uma ‘do peso de um talento’, estão a fazer sua obra de destruição. ...
Abrem-se sepulturas, e ‘muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão’ (Dn 12:2)”
(GC, 637).

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