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Sau007 LP Introducao Ao Servico Social Aula3 PDF
Sau007 LP Introducao Ao Servico Social Aula3 PDF
CAPITALISMO: E O PROJETO
PROFISSIONAL DO SERVIÇO
SOCIAL
Conhecer o modo de produção capitalista- O surgimento da
Burguesia, Revolução Francesa/Burguesa e as fases da Revolução
Industrial;
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1. INTRODUÇÃO
Nesta direção verificaremos a relação do serviço social com sistema capitalista, uma
vez que a profissão é inserida na divisão sócio técnica do trabalho; ou seja, no mundo do
trabalho e sua inserção foi resultante das transformações históricas, sociais, políticas e
econômicas. Iniciaremos a discussão sobre a construção histórica do Projeto Profissional do
Serviço Social.
SOCIAL.
Da mesma forma que a religião não pode viver sem a morte, também o
capitalismo não só vive da pobreza como a multiplica. “ José Saramago”.
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Sobre Karl Marx - As teorias de Marx sobre a sociedade, a economia e a política — a compreensão coletiva de que é conhecido
como o marxismo — sustentam que as sociedades humanas progridem através da luta de classes: um conflito entre uma
classe social que controla os meios de produção e a classe trabalhadora, que fornece a mão de obra para a produção e que
o Estado foi criado para proteger os interesses da classe dominante. Elogiado e criticado, Marx tem sido descrito como uma
das figuras mais influentes na história da humanidade. Muitos intelectuais, sindicatos e partidos políticos em nível mundial
foram influenciados por suas ideias, com muitas variações sobre o seu trabalho base. Marx é normalmente citado, ao lado
de Émile Durkheim e Max Weber, como um dos três principais arquitetos da ciência socia lmoderna. Disponível:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx
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iremos tratar do Feudalismo, do surgimento da burguesia e as fases da revolução da
industrial, na qual encontra-se o capitalismo.
O Feudalismo vem da palavra latina “ Feudo” que era o nome dado as terras que o rei
distribuía aos seus nobres, em troca da sua vassalagem (obediência e apoio). No feudalismo
as classes sociais se configuravam da seguinte maneira – Conforme tabela 1.
1º Nobreza
2º Clero
3º Comerciantes
4º Pequenos artesões
5º Servos
Tabela 1: Modo de produção. 2
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Fonte: Autoria própria a partir de dados da aula 1.
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Fonte: Disponível https://www.slideshare.net/Gilmares1/a-idade-mdia-68431787
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O Comércio começou a modificar o modo de produção. A burguesia necessitava de
um mercado livre para colocar sua mercadoria, a fome pelo lucro era grande.
Neste sentido tivemos um choque com o modo de produção Feudal x Burguesa. Isso
possibilitou a Revolução Burguesa que foi um movimento sociopolítico.
Deste movimento nasceu a Revolução Francesa que foi um movimento que rompeu
definitivamente com o feudalismo, destruiu o Estado absolutista e criou condições para o
avanço da Revolução Industrial. Dando origem ao nascimento de um novo modo de produção,
o Capitalismo. O capitalismo nasceu em 1789, em Paris com a Revolução Francesa, conforme
Figura 2.
A revolução Francesa, foi uma luta de classes generalizada, uma batalha onde todos
lutavam contra a nobreza, e o clero. Quando derrubado o inimigo o poder passou para as mãos
da burguesia. Os camponeses ganharam a propriedade da terra, mas os servos e outros
trabalhadores continuavam na mesma situação; ou seja, sem nada.
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Fonte: https://www.slideshare.net/alcidon2/revoluo-francesa-30413559
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Esta revolução (Burguesa/Francesa), foi seguida de uma outra revolução A revolução
Industrial. A humanidade inventou máquinas para substituir a manufatura, isto revolucionou
o modo de produção. Esses dados estão descritos na Figura 3.
EXEMPLIFICANDO
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Fonte: Disponível: https://routgeo.wordpress.com/2012/06/13/fases-da-revolucao-industrial
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3. TRANSFORMAÇÕES SOCIETÁRIAS E SUA RELAÇÃO COM PROJETO
PROFISSIONAL.
EXEMPLIFICANDO
E estes dados são identificados em nossa história recente, visto que, em resposta a
crise do capital que vem explodindo no cenário internacional desde meados das décadas de
70, tais como: financerirização 6 do capital, geração de lucro e o desenfreado acumulo de
capital, esses elementos trouxeram diversas alterações societárias e para o mundo do
trabalho impactando diretamente a vida população com graves consequências nas questões
sociais.
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Sobre Financeirização do capital: Para entender o conceito de financeirização, fase do capitalismo em que as transações e
mercados financeiros ganham força no sistema econômico mundial, é preciso compreender a fundo as transformações
globais da economia e seus reflexos nas sociedades. Disponível: http://www.usp.br/agen/?p=88247
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Como você já verificou em estudos anteriores, o Serviço Social é uma profissão
inserida na divisão sócio técnica do trabalho; ou seja, no mundo do trabalho e sua inserção
foi resultante das transformações históricas, sociais, políticas e econômicas.
Esses primeiros passos foram dados nas décadas de 80/90, no qual foi construído um
Projeto Profissional, através da organização das entidades da categoria como o conjunto
(CFESS/CRESS) – Conselho Federal e Estadual de Serviço Social, ABEPSS – Associação
Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social, a executiva Nacional dos Estudantes de
Serviço Social – ENESSO e a Associação de Assistentes Sociais.
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Para trabalhar a hegemonia do projeto ético- político faz-se necessário pontuar, segundo Netto (1999), que os elementos
éticos de um projeto profissional, não se limitam às normatizações e/ou prescrições, mas envolvem escolhas teóricas,
ideológicas e políticas das categorias e dos profissionais que compõe o mesmo. Disponível: http://www.cress-
mg.org.br/arquivos/simposio/O%20PROJETO%20%C3%89TICO%20POL%C3%8DTICO%20%C3%89%20HEGEM%C3%94NICO%2
0E%20N%C3%83O%20HOMOG%C3%8ANEO.pdf
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Os projetos profissionais apresentam a autoimagem de uma profissão,
elegem os valores que a legitimam socialmente, delimitam e priorizam seus
objetivos e funções, formulam os requisitos (teóricos, práticos e
institucionais) para o seu exercício, prescrevem normas para o
comportamento dos profissionais e estabelecem as bases das suas relações
com os usuários de seus serviços, com as outras profissões e com as
organizações e instituições sociais privadas e públicas (inclusive o Estado, a
que cabe o reconhecimento jurídico dos estatutos profissionais).
É importante destacar que a criação das diretrizes curriculares teve impacto no sentido
de reafirmar o projeto profissional.
FIQUE ATENTO
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Ainda assim, em 13 de março de 1993, foi aprovado o Código de Ética Profissional que
define para o assistente social os princípios éticos fundamentais e que fazem parte do projeto
ético político da profissão.
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Fonte: Autoria própria a partir de dados do CFESS – disponível: http://www.cfess.org.br/arquivos/folder_cofisite.pdf
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1979- Congresso da 1993 – Reformulação do
Virada – rompimento com Código de Ética profissional.
o conservadorismo.
1982 – Revisão Curricular 1993 – Regulamentação da
Incorporação da teoria profissão do Serviço Social Lei
marxista. 8662/93
1986 – Aprovação do 1996 – Diretrizes curriculares
Código de Ética para o curso de Serviço Social
Profissional. (ABEPSS)
Todas estas conquistas foram importantes, mas não estão esgotadas. Essas
indagações nos acompanham constantemente tanto na teoria como na prática.
EXEMPLIFICANDO
Assim, refletindo: Como o assistente social tem uma prática condizente com o projeto
ético político profissional diante das adversidades do sistema capitalista que permeia nossa
história e a nossa prática profissional?
Estas respostas iremos compreendendo ao longo dos nossos estudos. Neste sentido
é importante que você estude e reflita sobre o modo de produção capitalista, as expressões,
ou manifestação das questões sociais, os projetos societários e profissional do Serviço
Social.
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Fonte: Autoria própria a partir de dados do CFESS – disponível: http://www.cfess.org.br/arquivos/folder_cofisite.pdf
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5. REVISÃO DA AULA
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6. REFERÊNCIAS
ESTEVÃO, Ana Maria Ramos. O que é serviço social. São Paulo: Brasiliense, 1984.
LOPES, Josefa Batista. Objeto e especificidade do serviço social. São Paulo: Cortez,1978.
NETTO, José Paulo. A construção do projeto ético-político do Serviço Social. Brasília: CFESS,
1999.
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