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PLANO DE AULA

TEMA DA AULA: A alienação das relações, entorno das mídias sociais

PROFESSOR (A): RAFAEL DA SILVA DOS SANTOS

NÍVEL DE ENSINO / MATÉRIA: DURAÇÃO DA AULA:

1º Ano do Ensino Médio / Sociologia 50 Min

PALAVRAS CHAVE:

Mídias Sociais; Reflexão; Pensamento Crítico; Singularidade.

OBJETIVOS:

Para este fim, o conteúdo em questão pretende, com a contribuição dos alunos
construir um lugar outro de reflexão que viabilize a criação de um discurso significante, ao
inserir o ato de pensar os contextos que o cercam, para corporizar as linguagens, verdades e
sentidos de um “externo” que lhes transpassa, como sujeito social e por vezes são ignoradas
pela percepção critica.

CONTEÚDO:

Considerando o ensino em sociologia como, uma reflexão e análise que questione a


formação social (Martins,2006), e inter-relacione a construção de um pensamento de crítico
e um novo devir mundo, tanto na possibilidade de desarticular as micropolíticas de
dominação, como na consolidação de outros discursos elaborem singularidades e
perspectivas que contribuam para uma sociedade mais humana (Guattari e Rolnik,1996).
Desta forma, a elaboração do tema se depositará, em possibilitar os alunos um espaço livre
e crítico de pensamento, que lhes implique evocar suas interpretar e opiniões e juntos com
os seus colegas formular hipóteses ou até mesmo, nega-las. Criando uma paisagem própria
de recortes, estilhaços, colagens e rabiscos de singularidades, de relações e significados, que
não só falem do mundo, mas insiram os alunos em próprio mundo.

DESENVOLVIMENTO:

A produção com os alunos se dará de maneira com que os mesmos, possam fazer
recortes da realidade e deles reterem as impressões que mais lhe tocaram, a partir dos
lugares que interagem no dia a dia. Por exemplo: se leem jornais, serão convidados a
destacar as notícias que envolvem as relações humanas e as tecnologias midiáticas. Se não,
podem fazê-lo por meio de prints de fontes virtuais como sites e redes sociais. Podem
também, tirar fotos dos ambientes em que passarem e perceberem alguma identificação com
as temáticas propostas, além de poderem gravar notícias televisivas jornalísticas, de humor
ou de outro teor que tratem as questões de mídia.

Com este material, se estruturará um quadro formado de palavras que represente ou


signifique as situações, problemas e as novidades que possam estar contidas nos materiais
apresentados pelos alunos. Realizaremos, com essas palavras uma roda de conversa,
pensando em como contribuir com outros olhares e fazeres que possam, se integrar-se na
sociedade produzindo diálogos que nos tornem mais humanos. Para finalizar, os alunos se
dividirão em grupos e produzirão um mural a partir das discussões realizadas, validando-as
com pesquisas bibliográficas de autores que conversem com a temática.

RECURSOS DIDÁTICOS:

- Sala de aula

- Computadores

- Jornais e Revistas

- Cartolina e Cola

AVALIAÇÃO:

A avaliação se estabelecerá em torno de dois eixos, o primeiro teórico, isso é, a de


articulação dos alunos entre os conceitos e o mundo que os cerca. O segundo social, que
consistirá no engajamento do sujeito com, nas relações éticas com a sociedade que o cerca e
também o produz. E isso será diagnosticado, ou melhor interpretado pelas perspectivas que
giram entorno das relações de respeito e parcerias com os colegas, bem como a elaboração
crítica do pensamento e na interação com os discursos propostos.

BIBLIOGRAFIA:

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez Editora, 2006

GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica. Cartografias do Desejo. 4ªEd.


Petrópolis: Editora Vozes, 1996

MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. São Paulo: Editora Brasiliense,


2006. (Coleção Primeiros Passos, 54)

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Média e Tecnológica.


Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: Ministério da
Educação, 2000.

Quais pressupostos da educomunicação dizem respeito à proposta do plano de


aula? Isto é, de que maneira a sua proposta dialoga com as linhas de articulação
teóricopráticas educomunicativas apresentadas?

Nosso plano de aula, se caracteriza pelo compartilhamento de informações, na sua troca


com os semelhantes e principalmente no entendimento da mesma, pelos sujeitos
envolvidos. Assegurando a especificidade da integração e inclusão que asseguram e
incorporam vínculos, que rejeitam a falta de afeto, de consciência e sensibilidade. Desta
maneira o ato de comunicar, deixa de ser um ato frio de informar alguma questão
consolidando-se em uma simultânea aprendizagem entre as relações edificadas. Se na
teoria as concepções de educomunicação possuem intervenções possíveis no campo
mundo do aprendizado, nosso plano de aula, os territorializa em torno da mediação e
dos usos múltiplos da tecnologia como processo reflexivo da vida. Em torno de uma
crítica epistemológica, que se soergue em cima de conceitos a serem investigados e não
somente expostos, mas provados.

- Apresente e aplique ao menos uma das leis da mídia em uma tecnologia utilizada
na sua proposta.

Utilizaremos três ideias contidas em McLuhan, que acreditamos está presente em nosso
trabalho: Aperfeiçoar, reverter e obsoletar. Escolheremos o computador dentre a gama
de mídias de nosso plano de aula, para salientar estas três proposições que codificam as
leis de mídia. O computador dentro das metodologias de nossas atividades, aperfeiçoam
o conhecimento dos conteúdos desenvolvidos, contribuindo com um fazer pedagógico
que proporciona novas formas de pesquisa e interações com os materiais fonte,
possibilitando também o trânsito em tempo real, de diálogos entre os diversos dados
coletados mudando e contribuindo com o vivido, enquanto, aprimoramento do seu
próprio ato de viver e fazer-se mudança. A reversão neste prisma impõe-se ou convoca
um esgotamento das fontes físicas, bem como, abre um espaço outro para reuni
elementos, formas e modelos de variados meios de comunicação revertendo os
anteriores que sendo “estrangulados” ao máximo, cedem um lugar a um outro canal.
Essa reversibilidade não vem, sem a condição de obsoletar-se, tornando-se na prática da
ação de ensino um mecanismo ou instrumento, que já não relacionam mais, a vida, o
cotidiano, as pessoas e as suas relações. Estando em um passado, que já não interliga
mais os sujeitos com essas tecnologias.

- Comparando diferentes possibilidades de cenários curriculares, cite a relação da


sua proposta com os paradigmas em superação e em implementação, e justifique
apontando as maneiras que estes paradigmas se apresentam.
Pensar o currículo é mergulhar em uma lógica de multiplicidades que permite aos
variados alunos uma produção de liberdade, de crítica e análise, pressupondo tanto por
parte do professor, quando por parte do aluno, a viabilização competências, criação de
contextos mundo e ligações teóricas ensino-aprendizagem-experiência para além dos
convencionalismos científicos. Apontamos estas questões, justamente para poder
construir a ideia de superação presente nas atividades em torno do nosso plano de aula,
como uma possibilidade intencional e atitudinal de provocar competências: Como
respeito, sensibilidade de escuta, reflexão conceitual do saber e sua utilidade, criticidade
social, as relações humanas, o dinamismo e experiência explorativa. Poderíamos ainda
dizer que este plano de aula, dentro de sua proposta curricular implementa no espaço
educacional, a destituição da repetição a-significante, ou seja o pensamento singular,
gerência a descoberta, a criatividade, a fixação conceitual e a assimilação
epistemológica. Isso significa dizer, que tudo que se supera caminha em direção aos
homens sociais e tudo que se implementa, passa antes pelo crivo de quem testifica as
ações.

- Como promover a avaliação diagnóstica e-ou formativa dos alunos a partir do


procedimento de avaliação sugerido pelo plano de aula?

A avaliação diagnótica no trabalho realizado por nós se apresenta na mirada que


observa a capacidade dos alunos em dialogar com os conceitos propostos. Desta forma a
roda de conversa, servirá como uma fábrica de discursos, que expressam o
entendimento, a acomodação significante, e a aprendizagem sensorial, tecendo materiais
bases, que servirão para a interpretação do educador e posteriormente como norteadora
de novas propostas na construção do currículo educacional, sempre vivo e adaptando-se
a mundo em constante mudança, levando em conta a diversidade discente e suas
questões. Assim fica explicito a defasagem entre os conceitos tratados e sua apreensão
por parte dos discentes, para alterar os meios didáticos.

A avaliação formativa também está presente tanto na primeira parte da atividade, ainda
que expressa de maneira mais silenciosa, no entanto, já na segunda parte, a culminância
do mural sustentam essa avaliação de maneira mais direta. A segunda parte se
territorializa, na pesquisa e no trabalho em grupo sem a participação direta do educador
e constitui-se na articulação entre o aprendido teórico e a vida, correlacionando e
sistematizando os assuntos desenvolvidos, os conteúdos bibliográficos e as relações de
saberes adquiridos. Tornando possível a verificação da absorção do conteúdo e avanço
para outras complexidades.

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