Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Não é difícil imaginar que, dentro de uns quatro ou cinco anos, todos os milhões de
CD-ROMs existentes atualmente, fitas DAT, disquetes de 3 polegadas, e outros meios
em existência, também ficarão obsoletos e não poderão ser lidos. O leitor pode
argumentar: bom, mas esse é um problema fácil de resolver ! Basta transferir
periodicamente toda a informação armazenada digitalmente para meios mais
modernos. Fácil de falar, mas difícil de fazer... Eu mesmo tenho ainda caixas de
cartões perfurados, com dados de minha tese de doutorado, feita em 1977, que
gostaria de reanalizar um dia. Não vou conseguir, pois nunca tive a oportunidade nem
o tempo de transferir o seu conteúdo para disquetes de 8 polegadas, e depois para
disquetes de 3 1/2 (meu computador atual já não tem drive para ler os disquetes de 5
1/4 !). Felizmente, ainda guardo os protocolos de registro em papel, e terei que
redigitar tudo de novo.
Ainda conseguiremos ler um papiro caldeu, contendo inscrições de três mil anos atrás,
armazenado no Museu Britânico, mas não conseguiremos ouvir uma canção gravada
em 1930 ! Como vêm, não é um problema fácil de resolver, e nem creio que haja
interesse em resolvê-lo, pois é própria da revolução digital essa busca por meios de
capacidade e de velocidade de gravação e leitura cada vez maiores.
Mas não deixa de ser curioso que é justamente essa revolução, que está nos fazendo
entrar numa era de informação pura e cada vez mais volumosa, que será a assassina
da história...
Até hoje se fabricam LP e toca-discos, que ainda são objetos de relíquia e estima para
audiófilos e entusiastas de música em geral.
A indústria do disco e dos aparelhos, está ganhando uma "nota" com os CDs e os
aparelhos de baixa qualidade (ninguem percebe). Um CD custa entre 3 e 7 vezes o
preço de um vinyl antigo e um aparelho de som hoje, custa 3 a 20 vezes o que
realmente vale.
O som é quase infinito na sua amplitude. A informação digitalizada em 0's e 1's não
pode conter toda essa informação porque se o fizesse cada CD levaria meia dúzia de
minutos de música. Assim sendo, o que é feita é uma AMOSTRAGEM digital, isto é,
selecionam uma amplitude determinada (no caso do CD, 44 ou 48 kHz) e é só isso
que vai para o CD. Todo o resto é cortado. Todo o resto.
Quando se ouve um bom vinil ouve-se TUDO o que a banda gravou. Tudo o que eles
ou elas queriam que nós ouvissemos. Um mau vinil terá praticamente tudo também,
simplesmente não com a clareza e o brilho original. Eis o som analógico.
Os seres humanos, até que se prove o contrário, são analógicos, não são 'digitais', e
por isso reagem melhor ao som analógico. Se ouvir o mesmo álbum, nas mesmas
condições e com material de igual qualidade, muito provavelmente preferirá ouvir em
vinil. Testes 'cegos' (isto é, sem que os testados soubessem qual era o CD e qual o
vinil) tiveram os resultados que se esperaria - a grande maioria das pessoas prefere
o vinil. O som em vinil é quase sempre descrito como mais 'quente' e mais 'profundo'.
O som digital, quando comparado com o analógico, é descrito usualmente como mais
'frio' e 'linear'.
Por fim, e apesar de ser uma razão talvez menor, há que referir o trabalho gráfico. Um
LP é ENORME, e a capa do disco é GRANDE. As fotos dos ídolos são MAIORES e
as letras não ficam em corpo 8!
Qual a diferença entre gravação Analógica e Digital?
Som analógico: Ondas sonoras são as oscilações do ar, que vão variando ao longo
do tempo de acordo com as características dos sons. Um microfone as reconhece,
por uma membrana, e cria uma corrente elétrica que varia de forma análoga
(semelhante) a elas. Essa corrente é o sinal elétrico, analógico, do áudio. Esse sinal
passa pela mesa e outros circuitos e entra num gravador. O cabeçote recebe o sinal
elétrico e vai magnetizando a fita enquanto ela passa, de acordo com a voltagem do
sinal de entrada. As partículas metálicas que cobrem a fita vão mudando de posição,
de acordo com o maior ou menor magnetismo. Para tocar a fita, ocorre o inverso:
quando ela passa diante do cabeçote, este reconhece o magnetismo das partículas a
cada instante, recriando o sinal elétrico, que segue pelos circuitos até ser
transformado novamente em som mecânico (vibrações do ar) pelo alto-falante.
Som digital: O gravador digital recebe o mesmo sinal elétrico, mas ele entra primeiro
num conversor analógico-digital (AD). O conversor “redesenha” a onda sonora,
medindo a variação da amplitude em milhares de pontos por segundo. Essa imensa
lista de volumes é gravada na fita ou num disco magnético ou ótico como bytes de
computador (dígitos). Para reproduzir o som, o cabeçote lê a fita ou o disco e envia
esses dados a um conversor digital-analógico (DA) que liga os pontos e transforma
de novo essas informações em sinal elétrico
DJ Cascão
"Em primeiro lugar o vinil tem melhor qualidade que o cd. Segundo é muito mais fácil
de se manusear sendo que o cd é digital. Particularmente eu prefiro tocar com vinil.
Mas no momento não estou podendo (falta dinheiro) Se as casas noturnas aqui no
Japão investissem um pouco em material resolveria o problema."
DJ Cobra
"não acho que o vinil seja melhor que um cd. é claro que para a maioria das pessoas
o formato do cd é muito mais prático e conveniente que o 12" (vinil), afinal com o cd
você pode ouvir as músicas e carrega-las para qualquer lugar sem muito esforço. Já
para um dj o vinil é eterno! é um instrumento que não saiu de moda, pelo contrário.
com o vinil o dj tem a oportunidade de mostrar suas habilidades e técnicas de
mixagens com muito mais intensidade do que num cd. Para se tocar com vinil são
necessárias as pick ups (vitrolas), aparelho de muita precisão e que possibilita infinitos
recursos para o dj contagiar a multidão! A atenção do dj tem que ser maior quando
estiver usando o vinil, pois o manuseio deste é manual e mecânico, ao contrário do
cd, ou seja, você tem que estar sempre atento pois não dispõe de mecanismos que
auxiliam na visualização do andamento da música. Para se melhor entender: o vinil
está para o dj assim como the Beatles estão para a história do rock!"
DJ Fofão
"O vinil é melhor porque além de ter um grave melhor que o cd,não tem perigo da
música pular igual o cd caso estiver riscado,o cara tem que pegar o vinil na mão,sentir
a música mas a geração de hoje só querem saber de CDR que é lamentável,
resumindo o cd é o seguinte:é a mesma coisa que vc dar o maior foda da sua vida e
não ver a cara da pessoa,já no vinil você toca,passa a mão,sente e vê a cara dela. "
DJ Ken
DJ Piu Jack
"Para nós Dj`s, que aprendemos a "tocar" com vinil basicamente, é o que vira, pois o
disco de vinil 12" (ou o 12 "inch"- polegadas) como chamamos, vem somente com um
ou no máximo dois títulos de música, e na hora de procuramos uma música, só de
olhar para a capa do vinil, nos vem toda a construção da música na cabeça, assim
como qual versão que há no disco, e etc... Sem falar na praticidade do vinil ser muito
mais rápido de se fazer o "acerto", pois você coloca o disco acha o ponto e ainda pode
dar uma conferida na música... Tem o tal do "gingado da mão" que é o movimento de
vai e vem que fazemos com o vinil, na hora de acertar o ponto, que é muito gostoso.
Com o vinil, nós literalmente manipulamos a música... ao contrário do Cd, que tem
que se apertar botões p/ se fazer algo..."
DJ Roger
"Em primeiro lugar, a questão da qualidade é indiscutível. O vinil (single para DJ) além
da satisfação de tocar com as MKS, te dá mais segurança. O CD tem uma qualidade
diferente que no meu ponto de vista ainda não se iguala ao de 12" que ainda é o mais
apropriado para uma casa noturna!"
DJ Ronaldo Gasparian
"Essa é uma questão polêmica. O vinil não é melhor ou pior do que o CD, os dois têm
suas vantagens e desvantagens. O importante é que o DJ se sinta confortável e
seguro com o formato que ele resolveu trabalhar. Se mixar com vinil para você for
mais fácil, vá em frente. Se o CD for mais acessível, não hesite. O importante no final
é fazer a galera dançar, não é?"
Analógico X Digital
Também é indiscutível a qualidade que tínhamos nos encartes e arte da capa dos
álbuns em vinil.
Ivan Lessa
"Era um ritual simples e gostoso. Você tirava o bichinho da capa, punha no prato da
vitrola, pegava a pequena alavanca do braço (ou pick-up), virava para o lado que
queria (78 ou 33 e 45) e, com cuidado, deixava pousar no sulco do disco.
Daí ficava curtindo o som gordo e amigo. E, às vezes tinha uns estalinhos ou chiado.
Igualzinho à vida. E tome polca, com ou sem Adelaide Chiozzo. Ou valsa, samba,
chorinho, fox-trot, Bach, Beethoven, Mozart.
Fomos invadidos como um Iraque e nos deram até o relativíssimo poder de decidir
nossa constituição. Contanto, é lógico, que não fosse analógica e em vinil.
Não satisfeitos, tacaram o MP3. Nome que bem define o torpedo arrasador que nos
acabou com a vida. Nem vou falar das capas dos LPs. Uma arte que também acabou.
Capinhas dos 45 rotações, agora chamados de singles, como corretores safados
registrados com nome falso em motel, também dava para virar arte. Bastaria
imaginação e engenho.
Não é o que informa a BPI, ou seja, a Indústria Fonográfica Britânica (eles morrem de
vergonha desse “fonográfica”). O vinil está voltando. Feito Madonna, para ficar numa
comparação desagradável porém inteligível ao grande público.
Por fim, a HMV, a maior rede de lojas de discos do Reino Unido, vem se gabando de
que nunca vendeu tanto vinil quanto neste ano, agora, neste século que nos põe para
rodar na vitrola. Ou fonógrafo. Ou toca-discos. Ou aparelho de som. Qualquer coisa.
Contanto que seja em vinil.
Um dia, ainda chegaremos a Artie Shaw, Charlie Parker, Sarah Vaughan, por aí. Tudo
em vinil."
Fonte:http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2005/11/051130_ivanlessa
.shtml
Lave-os uma vez por ano: lave com água e um pouco de detergente depois seque-o
e passe, sempre na direção em que ele toca, uma solução de água e álcool, metade
água metade alcool; isso irá tirar a estática do vinil proporcionando um som limpo
como foi gravado.