os orixás associados a elementos da natureza, como o

POVOS E CULTURAS AFRICANAS trovão, rios, arco-íris, etc. Pesquisadores afirmam que
O REINO DE GANA
Ganhou a fama de ser uma terra que tinha muito
ouro. No século IX, mantinha contatos comerciais com
árabes e outros grupos viajantes, que traziam produtos
e diversas regiões, como o sal. Entre os viajantes que
faziam comércio, estavam os berberes, que eram povo
do deserto. Por volta do ano 1077, uma dinastia de
berberes conquistou a capital Kumbi-Saleh, tornando o
reino dependente e obrigado a pagar impostos.
O Reino de Gana permaneceu sob domínio
árabe até o século XIII, quando então, após algumas
décadas de declínio, acabou sendo dominado pelo povo
mali.
O IMPÉRIO DE MALI
Existem várias tradições orais sobre o Império de
Mali. Relatos dizem que, no século XII, surgiu um
pequeno reino chamado Mali. Décadas depois, um rei
de outra região lutou contra o rei de Mali, e o
massacrou, juntamente com seus filhos. Um dos filhos
do rei de Mali era Sundiata que, quando criança era
bastante doente e sofria de uma paralisia nas pernas.
De acordo com a tradição, Sundiata, quando tinha 7
anos, foi curado de forma milagrosa. Sundiata anos
mais tarde vinga sua família, derrotando em 1235 os
opressores de Mali. Começou assim um processo de
conquista territorial, que fez do pequeno reino de Mali
um grande império.
Os reis de Mali eram chamados de Mansa,
palavra que significa Imperador. Mali foi o mais rico
governo da África Ocidental, pois tinha muitas minas de
ouro, e mantinha comércio com regiões distantes.
Foram influenciados pelos muçulmanos e muitos
adotaram a fé islâmica. A decadência do império Mali
ocorreu na primeira metade do século XV com vários
conflitos que deixaram o reino vulnerável. A influência
portuguesa também colaborou para o declínio, uma vez
que os chefes locais, em troca de vantagens comerciais
com os portugueses, capturavam pessoas para serem
escravas dos europeus.
no século XVI, os iorubas acreditavam em mais de 600
orixás. Os iorubas serviam a um orixá por herança ou
mesmo por indicação de um adivinho. Alguns orixás
eram mais importantes em certas aldeias ou cidades, ou
mesmo numa área cultural mais ampla. Havia rituais
coletivos, sacrifícios de animais e muitas festas. A
prática da adivinhação era comum.
O REINO DO CONGO
Tem suas origens no fim do século XIV. Ocupou
um território que corresponde a partes de Angola,
cabinda, República do Congo, República Democrática
do Congo e Gabão. Os reis do Congo eram chamados
de Manicongos, palavra que significa “senhor do
Congo”. A economia do reino se fundamentava na
agricultura e no pastoreio. Eles utilizavam também o
ferro para fazer armas, como espadas lanças; e cobre
para fazer joias. Em 1482, o navegador português Diogo
Cão chegou à parte do litoral africano onde ficava o
poderoso Reino do Congo.
A presença de homens diferentes impressionou a
população, que recepcionou os portugueses de forma
bastante amistosa. Em contato com os portugueses o
manicongo pretendia fortalecer ainda mais seu reino.
Em 1491, uma igreja católica foi construída. O rei, sua
esposa e um dos filhos foram batizados.
Seus nomes foram trocados para nomes portugueses.
O rei foi chamado Dom João I; sua mulher, Leonor; e se
filho, Afonso. Outro filho se negou a assumir o
catolicismo. Na luta para decidir quem seria o próximo
rei, Afonso conseguiu a vitória, com a ajuda das armas
portuguesas.

OS IORUBÁS

Os reinos iorubás não tinham uma unidade

política, apesar de manterem práticas culturais em
comum. Suas tradições, religiosidade, atividades
produtivas, eram semelhantes. No território que
compreende a atual Nigéria tinham muitas comunidades
iorubas, algumas delas com mais de 20 mil habitantes.
A religião ioruba se baseia na adoração a vários deuses,