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Introdução

Nesse trabalho falaremos sobre as virtudes cardeais e oque elas são.


Quais são as quatro virtudes cardeais ?

1 - Prudência

É o reto agir, o bom senso, o equilíbrio. Cuida do lado prático da vida, da ação
correta e busca os meios para agir bem. Prudência é o mesmo que sabedoria,
previdência, precaução. O prudente é previdente e providente. É pessoa que
abandona as preocupações e abraça as soluções. Deixa as ilusões e opta pelas
decisões. Rejeita as omissões e se empenha nas ocupações. O lema dos
prudentes é: “Ocupação sim, preocupação não.” A prudência coloca sua atenção
na preparação dos fatos e eventos e nunca na precipitação nem no amadorismo
ou improvisação. Ciência sem prudência é um perigo.

2 - Temperança

É o auto-controle, auto-domínio, renúncia, moderação. A temperança ordena


afetos, domestica os instintos, sublima as paixões, organiza a sexualidade,
modera os impulsos e apetites. Abre o caminho para a continência, a castidade, a
sobriedade, o desapego. É próprio da temperança o cuidado conosco mesmo,
com os outros e com a natureza. A temperança não permite que sejamos
escravos, mas livres e libertadores e nos encaminha para o cumprimento dos
deveres e para a maturidade humana. Sem renúncia não há maturidade. Grande
fruto da renúncia é a alegria e a paz.

3 - Fortaleza

Faz-nos fortes no bem, na fé, no amor. Leva-nos a perseverar nas coisas difíceis e
árduas, a resistir à mediocridade, a evitar rotina e omissões. Pela fortaleza
vencemos a apatia, a acomodação e abraçamos os desafios e a profecia. É
virtude dos profetas, dos heróis, dos mártires e dos pobres. A fortaleza dos
mártires e a ousadia dos apóstolos, como também a força dos pequenos e dos
fracos é um sinal do dom da fortaleza na vida humana e na história da Igreja. Hoje
a fortaleza nos leva a enfrentar a depressão, o stress, o câncer, a AIDS, os golpes
da vida. Grandes são os conflitos humanos, porém maior é a força para superá-
los. A vida é luta renhida, dizia nosso poeta e a fé é um combate espiritual.
“Coragem, Eu venci o mundo!” (Jo 16,33).

4 - Justiça

Regula nossa convivência, possibilita o bem comum, defende a dignidade


humana, respeita os direitos humanos. É da justiça que brota a paz. Sem a justiça
nem o amor é possível. É a virtude da vida comunitária e social que se rege pelo
respeito à igualdade da dignidade das pessoas. Da justiça vem a gratidão, a
religião, a veracidade. Não se pode construir o castelo da caridade sobre as ruínas
da justiça. Pelo contrário, o primeiro passo do amor é a justiça, porque amar é
querer o bem do outro. A justiça é imortal (Sab 1,15). Esta virtude trata de nossos
direitos e nossos deveres e diz respeito ao outro, à comunidade e à sociedade.
Fale sobre a prudência ?

Uma reflexão do então cardeal Ratzinger referindo-se a São José, esposo de


Santa Maria Virgem, nos oferece um esboço do que é a prudência, um desafio
que consiste na vigilância interior e no cultivo da capacidade de fazer o bem e
tomar decisões concretas, além de nos ajudar a evitar erros dos quais depois nos
lamentamos.
Ratzinger indicava São José como modelo de prudência, todo o contrário de
quem age de maneira precipitada, guiado por impulsos. A prudência nos vincula
objetivamente à realidade, exigindo um conhecimento da verdade que permite
fazer o bem. É uma virtude que conquistamos com o tempo. Daí que o Papa
Bento XVI tenha afirmado que a prudência é algo muito diferente da astúcia.
A prudência é uma virtude essencial para a vida cristã. Segundo São Tomás de
Aquino, ela é “a virtude mais necessária para a vida humana”, porque é uma
faculdade que compromete nossas ações e como nos comportamos. Ela nos
afasta do triunfalismo, bem como do pessimismo, ajudando-nos a aproximar-nos
da realidade em busca de diversos fatores ou elementos para agir retamente,
tendo como perspectiva a esperança que nos dá a fé na vitória do Senhor e em
suas promesas

Neste contexto, a prudência está intimamente unida à verdade. O homem


prudente é aquele que faz da verdade seu principal critério de ação. A prudência
exige uma inteligência disciplinada e vigilante, que não se deixa levar por
preconceitos; que não julga segundo seus desejos e paixões, mas que sempre
busca a verdade, inclusive quando a verdade é incômoda. Para crescer em
prudência, é vital fazê-lo também em humildade. O defeito contrário é a
imprudência, que inclui a precipitação, a impulsividade, a inconsideração, a
inconstância, em suma, a falta de senhorio sobre as paixões.

A humildade nos ajuda a aceitar que, como afirma David Isaacs, “todos nós temos
algum tipo de mania, pequena ou grande, e isso pode influenciar a visão objetiva
de cada situação”.

A prudência requer um cultivo constante e paciente. “Trata-se – acrescenta


Isaacs – de discernir, de ter critérios, de julgar e decidir. (…) Para conhecer a
realidade, em primeiro lugar, é preciso querer conhece-la e reconhecer que não se
está em possessão de toda a verdade.”.
Qual a importância prática da temperança na vida cotidiana ?

Quando desenvolvemos a capacidade de controlar os impulsos de temperamento


e a nossa tendência à comodidade, dizemos que temos autodomínio ou
temperança.

Os jovens que não podem ficar quietos numa cerimônia religiosa, ou os


adolescentes que não podem estar senão em polvorosa em todas as
circunstâncias, ou a timidez que nos impede de realizar o que devemos, ou ainda
o pai impaciente porque está cansado e que não pode dialogar com os filhos e
assim por diante, são exemplos de um comportamento sem autodomínio.Por falta
de autodomínio também podemos cair numa preguiça que nos impede de realizar
muitas coisas e não colaboramos com as relações sociais que poderiam se
estabelecer não fosse a preguiça.

O valor do autodomínio nos amadurece porque nos exercita no senhorio de nós


mesmos, nos libera do desânimo e das oscilações de humor dos quem vivem
voluntariosamente e vamos aos poucos sendo capazes de, não importando as
circunstâncias e as provações da vida, fazer o que efetivamente achamos certo. O
autodomínio também nos torna mais discretos e nos ajuda a evitar a murmuração,
a fofoca, e a crítica toda vez que encontramos algo diferente do nosso modo de
pensar, atitude arrogante essa geralmente decorrente de instintos primitivos que
não se dominam.

O autodomínio também nos ajuda a aproveitar melhor o tempo, a fazer mais pelo
nosso desenvolvimento profissional e a ter mais cuidado com o que fazemos.
Devemos analisar que situação nos “tiram do sério” e mudar nossas disposições
de modo positivo.

Uma excelente maneira de exercitar o autodomínio é nessas comodidades e


manias pessoais que acabam restringindo nosso modo de ser: comer uma
guloseima no meio da manhã ou como compensação para aborrecimentos e
tédios, perder tempo com atividades e desculpas para adiar o que tem que fazer,
ficar na cama mais do que o devido por comodidade ou preguiça, etc. A qualidade
do autodomínio nos faz reagir com serenidade na adversidade e de forma mais
compreensiva e paciente na Vida em Sociedade.

Pontos Práticos
* Evitar o que nos faz perder tempo ou fugir de nossas obrigações.Ter horário para
acordar, dormir, comer, fazer oração.

* Aprender a escutar.

* Procurar não chamar atenção por modos extravagantes ou chamativos.

* Procurar não se inteirar do que não lhe compete, fazer comentários imprudentes,
e dar conselhos não solicitados.

* As pessoas desprezam muitas coisas boas para não ter que fazê-las.

* Afasta esses pensamentos inúteis que nunca vão acontecer como medos
aflições, diálogos conosco mesmos porque são barreiras que erguemos à nossa
frente. Se sobra tempo para ficarmos pensando em nós mesmos é porque
estamos mergulhados em tibieza. Poderíamos estar fazendo algo útil.

* A prática do automínio é na vida cotidiana, na vida em sociedade e nos


pequenos gestos. Se hoje já saiu de um proposito, torne a recomeçar e cumpra a
próxima atividade sem adiamentos. A vida, os grandes ideais se realizam
desdobrados em dias que por sua vez são desdobrados em pequenos minutos
onde podemos corresponder às nossas obrigações, que equivalem ao que Deus
quer, ou podemos nos desviar tantas vezes repetidas que vamos ser algo muito
diferente do que projetamos. O autodomínio nos ajuda a manter na rota do bem
que projetamos.
Qual conceito de justiça ?

O conceito de justiça tem a sua origem no termo latino iustitĭa e refere-se a uma
das quatro virtudes cardinais (ou cardeais), aquela que é uma constante e firme
vontade de dar aos outros o que lhes é devido. A justiça é aquilo que deve fazer
de acordo com o direito, a razão e a equidade. Por outro lado, a justiça refere-se
ao Poder Judicial e à pena ou ao castigo público. Desta forma, quando a
sociedade “pede justiça” perante um crime, o que faz é pedir ao Estado que
garanta que o crime seja julgado e castigado com a pena merecida, de acordo
com a lei vigente. Iniciativa da Defensoria Pública de Mato Grosso e do Tribunal
de Justiça do Mato Grosso, por meio do Juizado Ambiental, a Expedição
Ribeirinho Cidadão tem o objetivo de prestar assistência jurídica e social, integral
e gratuita, à população que reside em regiões inóspitas do Pantanal mato-
grossense.

A expedição teve início em 2008, motivada pela realidade enfrentada por milhares
de ribeirinhos, desassistidos de políticas públicas, sem assistência jurídica e
acesso à cidadania e, na medida em que foi sendo realizada, foram incorporados
novos serviços, por meio da ampliação das parcerias.
O exemplo da oitava edição, realizada em 2015, quando, além da assistência
jurídica, foram emitidas carteiras de trabalho, identidade e CPF, realizados
atendimentos odontológicos, oftalmológicos e de clínicos gerais, dinâmicas de
consciência ambiental, doação de materiais como vestimentas, calçados e
cobertores, mediante a entrega de lixo retirado das margens dos rios, consulta
sobre aposentadoria, benefícios de prestação continuada, auxílio doença, laudo
de perícia psicossocial e programa Bolsa Família.
O número de atendimentos superou todas as expectativas. Em 15 dias foram
realizados 5.421 mil atendimentos e procedimentos, um aumento de 26,2% em
relação a última edição.
A corregedora nacional de Justiça ministra Nancy Andrighi, conheceu o projeto
durante visita à cidade de Cuiabá no último dia 14 de julho.
Fale sobre a virtude da fortaleza :

Segundo o Catecismo da Igreja Católica a fortaleza é “a virtude moral que dá


segurança nas dificuldades, firmeza e constância na procura do bem. Ela firma a
resolução de resistir às tentações e superar os obstáculos na vida moral. A virtude
da fortaleza nos faz capazes de vencer o medo, inclusive da morte, de suportar a
provação e as perseguições. Dispõe a pessoa a aceitar até a renúncia e o
sacrifício de sua vida para defender uma causa justa. “Minha força e meu canto é
o Senhor” (Sl 118,14). “No mundo tereis tribulações, mas tende coragem: eu venci
o mundo” (Jo 16,33).[1] Tanquerey, define a virtude da fortaleza como “força de
caráter ou virilidade que dá força à alma para perseguir o bem árduo, sem deter-
se por medo, nem mesmo pelo temor da morte”. Destaca como objeto desta
virtude reprimir os movimentos de temor que tendem a paralisar nossos esforços
para o bem, e moderar a audácia para não degenerar em temeridade. Seus atos
se reduzem basicamente em enfrentar e sustentar. O homem forte é aquele que
vai à frente, é decidido, tem valor e é constante na sua busca. É o soldado que
avança no campo de batalha. Por outro lado, sabe suportar com paciência e
mansidão as dificuldades, sem desesperar ou desanimar na batalha quando as
coisas não lhe correm bem. São duas faces de um mesmo esforço, ora
progredindo, ora sustentando o bem conquistado.
A capacidade de suportar a dor, de ferir-se, não é o fim último da virtude da
fortaleza. Mais do que um estoicismo é a busca de um bem maior. Como é
característico de uma virtude fundamental, promove outras em sua atuação. No
caso da fortaleza está a magnanimidade, a audácia, a valentia, a paciência, a
constância, a perseverança, a persistência, e muitas outras que vão se
desenvolvendo e sustentando o progresso da via virtuosa.”[2] “Fortaleza é a
virtude da reta razão que põe firmeza na vontade frente ao apetite sensitivo
irascível (Sum. Theo. II-II, q123,a2,c). Partes integrais: confiança, magnificência,
magnanimidade, paciência e perseverança.”[3]
Considerações finais
Bibliografia

www.catolicoorante.com.br/virtudescardeais.html
https://pt.aleteia.org/2014/09/18/quer-saber-o-que-e-a-prudencia-aprenda-com-
sao-jose/
https://www.comshalom.org/temperanca-e-disciplina-do-nosso-dia-a-dia
http://www.cnj.jus.br/corregedoriacnj/exemplos-de-justica
https://asvirtudescardeais.blogspot.com/2010/07/fortaleza-virtude-cardeal.html
Centro Educacional La Salle

As virtudes cardeais

PROFESSOR: Edinelto Silva de Carvalho

ALUNA: Ana Carolina Dutra Brufato

DISCIPLINA: Ensino Religioso

Manaus

AM

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