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CURSO DE
BOAS PRÁTICAS DE
FABRICAÇÃO E
PROCEDIMENTOS PADRÃO DE
HIGIENE OPERACIONAL NA
INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
Aluno:
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CURSO DE
BOAS PRÁTICAS DE
FABRICAÇÃO E
PROCEDIMENTOS PADRÃO DE
HIGIENE OPERACIONAL NA
INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
MÓDULO II
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presidentes; uma Secretaria FAO/OMS, que tem como finalidade fornecer apoio
operacional à Comissão e a seus órgãos auxiliares em todo o procedimento de
elaboração das normas; e um Comitê Executivo, ao qual compete implementar as
decisões da Comissão e atuar em seu nome nos períodos entre suas reuniões.
Possui, ainda, dois órgãos assessores: JECFA (Grupo FAO/OMS de peritos
sobre Aditivos e Contaminantes) e o JMPR (Grupo FAO/OMS de peritos sobre
Resíduos de Pesticidas). Tem como órgãos auxiliares 27 Comitês, distribuídos da
seguinte maneira:
9 Comitês de Assuntos Gerais;
9 Comitês de Produtos;
3 Forças Tarefas;
6 Comitês Regionais de Coordenação.
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4.2 COMITÊS DE PRODUTOS
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como: manipulação/industrialização, fracionamento, armazenamento e transporte de
alimentos, destinados ao comércio nacional e internacional.
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6 HIGIENE DOS ALIMENTOS
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7 PERIGOS QUE PODEM SER ENCONTRADOS NOS ALIMENTOS
FIGURA 3 -
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químicos, físicos e biológicos. E eles variam quanto ao grau de severidade e riscos
potenciais de manifestação em consumidores e são específicos para cada produto,
tais informações podem ser obtidas por dados epidemiológicos de uma região, ou
por literatura científica.
Perigo é uma contaminação inaceitável de natureza biológica, química ou
física, e/ou sobrevivência ou multiplicação de microrganismos que comprometam a
segurança (ou deterioração do alimento), e/ou produção ou persistência inaceitável
de toxinas ou outros produtos indesejáveis do metabolismo microbiano em
alimentos.
Enquanto os perigos químicos são os mais temidos pelos consumidores e os
perigos físicos os mais comumente identificados (pelos, fragmentos de osso ou de
metal, etc.), os perigos biológicos são os mais sérios do ponto de vista de saúde
pública, e representam a grande maioria das ocorrências totais ocasionadas,
principalmente, por bactérias.
Por esta razão, ainda que o sistema APPCC trate dos três tipos de perigo,
os perigos biológicos devem ser abordados em maiores detalhes. Por exemplo, uma
espinha (perigo físico) pode provocar uma lesão bucal em um consumidor, ao passo
que a contaminação de um lote de ostras com Salmonella pode afetar centenas de
consumidores.
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presentes em todos os lugares, podem passar facilmente ao alimento devido à falta
de higiene pessoal, higiene de utensílios e também por falta de cuidados especiais
no momento da preparação e distribuição.
Nos alimentos, os microrganismos se multiplicam muito rapidamente,
especialmente se não forem tomados cuidados com a temperatura de
armazenamento e distribuição. A faixa ótima de temperatura para o desenvolvimento
dos microrganismos está entre 15ºC e 37ºC, fazendo com que se multipliquem
rapidamente, estragando os alimentos e, dependendo do agente presente, podem
causar desde leves diarreias até a morte.
A ausência de organismos infecciosos está entre as qualidades desejáveis
dos alimentos. Contudo, alcançar níveis de “tolerância zero” de microrganismos,
mesmo com a aplicação das BPF, talvez não seja possível. Em vista disso, o
objetivo é a produção de alimentos com o mínimo de microrganismos possível. Os
microrganismos podem desempenhar papéis muito importantes nos alimentos,
sendo possível classificá-los em três grupos distintos, conforme o tipo de interação
existente entre o microrganismo e o alimento:
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Estes agentes estão geralmente associados aos seres humanos e aos
alimentos crus que entram em contato com os alimentos que estão sendo
preparados. Muitos destes organismos são encontrados naturalmente no meio onde
os alimentos são produzidos. A maioria é destruída pelo cozimento adequado e os
números de microrganismos podem ser diminuídos por meio de boas práticas de
manuseio e armazenagem (tempo, temperatura e higiene).
As principais fontes de contaminação dos alimentos por microrganismos são:
solo e água; plantas; utensílios contaminados como recipientes, facas, tábuas,
moedores de carne; manipuladores de alimentos por intermédio da microbiota das
mãos, narinas, boca, pele, e até mesmo microrganismos do trato gastrointestinal,
quando a higiene pessoal é precária; pele dos animais durante a ordenha ou abate
dos mesmos; ar e poeira.
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7.1.1 Bactérias
FIGURA 5 - BACTÉRIAS
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mucosa ou ainda produção de toxinas. Entre as bactérias invasivas, destacam-se
Salmonella, Shigella, Escherichia coli invasora, Yersinia enterocolítica, entre outras.
Entre as toxigênicas, incluem-se Vibrio cholerae, Escherichia coli enterotoxigência,
Campylobacter jejuni, entre outras.
7.1.2 Vírus
FIGURA 6 - ROTAVÍRUS
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Vírus entéricos podem ser de origem alimentar, aquáticos ou transmitidos
aos alimentos por contato humano ou animal. Diferente das bactérias, os vírus não
podem se multiplicar fora das células vivas (hospedeiras), ou seja, nos alimentos.
Estes microrganismos podem chegar até os alimentos por meio do homem ou por
contaminação via fômites, solo ou água.
Vírus patogênicos como da hepatite A, da poliomielite e aqueles causadores
de gastrenterites (Rotavírus e vírus Norwalk) podem ser veiculados por água e
alimentos. Constituem, particularmente, um risco nos moluscos bivalves, que são
organismos filtradores, sujeitos à contaminação.
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FIGURA 8 - OOCISTO DE CRYPTOSPORIDIUM PARVUM
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incluem toxinas naturais (ciguatoxinas, toxinas paralisantes, neurotóxicas,
amnésicas e diarreicas, entre outras), toxinas microbianas (micotoxinas), metabólitos
tóxicos de origem microbiana (histaminas), pesticidas, herbicidas, contaminantes
inorgânicos tóxicos, antibióticos, anabolizantes, aditivos e coadjuvantes alimentares
tóxicos, lubrificantes, pinturas (tintas) e desinfetantes, pesticidas.
Produtos de limpeza (detergentes e sanitizantes, por exemplo), metais
pesados e uma grande quantidade de produtos que podem entrar em contato com o
alimento. Os contaminantes químicos dos alimentos podem ter origem natural ou
podem ser adicionados durante a fabricação dos alimentos. A existência de
químicos nocivos em altos níveis tem sido associada a casos graves de toxinfecção
alimentar e, em níveis mais baixos, pode ser responsável pela ocorrência de
doenças crônicas.
Podem chegar aos alimentos por intermédio da matéria-prima, como em
carnes, que podem conter antibióticos, ou em vegetais, que podem conter
agrotóxicos. Os perigos químicos também chegam aos alimentos por descuido
durante a preparação e a distribuição. Sobras de desinfetantes e detergentes nos
equipamentos e utensílios (enxágue mal feito), a troca de produtos,
reaproveitamento de embalagens de produtos tóxicos e identificação incorreta nos
produtos também representam perigos químicos para os alimentos.
A contaminação química dos alimentos pode ocorrer em qualquer momento
da sua fabricação desde a produção de matérias-primas, até o consumo do produto
final. Os efeitos dos contaminantes químicos no consumidor podem ser em longo
prazo (crônicos), como os produzidos por produtos químicos carcinogênicos,
cumulativos (por exemplo, mercúrio) que podem se acumular no organismo durante
muitos anos, ou podem ser em curto prazo (agudos), como os produzidos por
alimentos alergênicos.
De posse desses dados, a equipe elaborará uma listagem dos perigos
químicos identificados como importantes durante a análise do perigo e em que ponto
eles ocorrem.
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7.2.1 Toxinas Naturais
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7.2.2 Micotoxinas
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7.2.3 Substâncias Químicas Usadas Durante o Processamento de Alimentos
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gerar resistência bacteriana, e os hormônios e os promotores de crescimento podem
ter efeitos tóxicos ao serem consumidos.
Os aditivos são usados para produzir alimentos seguros e higiênicos, e
também como coadjuvantes da produção e para melhorar o aspecto de alimentos
que são nutritivos, porém pouco atrativos. Apesar dos limites constantes na
legislação serem considerados seguros, a adição de aditivos químicos é um perigo a
ser considerado durante o processamento. A adição de determinados conservantes,
como o nitrato (nitrito) e agentes de sulfitação podem representar um perigo,
dependendo da quantidade adicionada.
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Os fragmentos de vidro podem provocar cortes na boca dos consumidores e, se
engolidos, causam sérias consequências. As peças lisas de cristal, como as de
relógios, podem também causar problemas de engasgamento, ou quebrar em
fragmentos afiados, ao serem mordidos pelo consumidor.
O vidro pode estar presente nas matérias-primas, como uma matéria
estranha proveniente de um ponto de produção, ou a partir da embalagem das
matérias-primas. Por isso, a importância das BPF durante o processamento, onde se
preconiza a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) e medidas
higiênico-sanitárias para evitar a contaminação dos produtos.
Além disso, a higiene e a sanitização dos equipamentos e utensílios é de
suma importância para garantir um ambiente limpo e seguro para produção de
alimentos. Os metais podem ser introduzidos nos produtos a partir das matérias-
primas, ou durante a produção, podendo produzir engasgamentos ou, as peças
afiadas, feridas.
As pedras são fáceis de serem encontradas nas matérias-primas de origem
vegetal, podendo ser recolhidas juntamente com a colheita. Podem produzir danos
nos dentes do consumidor, ou engasgamento; as pedras afiadas podem causar os
mesmos problemas que o cristal e o metal.
O plástico é utilizado frequentemente para substituir outros perigos físicos,
como a madeira e o vidro; porém, é necessário ressaltar que os pedaços de plástico
duro podem ser perigosos. O plástico é usado nos envoltórios e como parte do
vestuário de proteção, como luvas e aventais.
As pragas são consideradas como produtoras de perigos biológicos,
mediante a introdução de microrganismos patógenos nos alimentos. Também
podem ser consideradas como produtoras de perigos físicos, uma vez que sua
presença no alimento pode produzir ferida ou engasgamentos. As mais importantes
são os insetos grandes e os pedaços de roedores ou pássaros.
Os fragmentos de ossos podem provocar perfurações/cortes na boca e/ou
danos nos dentes do consumidor, ou engasgamento. Ossos podem ser incorporados
às carnes industriais na formação dos blocos, por fornecedores inidôneos.
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