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RIO DE JANEIRO
2016
Sistemas Processuais Penais
Por volta do ano 150, A.C. surge o embrião do sistema acusatório, com as
chamadas questões perpétuas. Tais questões perpétuas surgem na segunda fas e de Roma
(Fase Republicana). Cada questão perpétua era criada por uma Lex (lei). Assim, com as
questões perpétuas, surge o Princípio da Legalidade (Anterioridade). As questões
perpétuas adquiriram esse nome, pois atingiram uma aceitação tão grande que, de
provisórias, passaram a ser definitivas.
A composição das questões perpétuas é a origem do Tribunal do Júri. Tais
questões definiam a atuação de órgãos jurisdicionais que eram de composição
heterogênea: um “praetor” (juiz) e mais 50 jurados (cidadãos romanos).
Nessa época, não existiam os Ministérios Públicos. Assim, a ação penal
condenatória poderia ser ajuizada por qualquer cidadão romano que narrasse o fato do
crime. Cabe ressaltar que não havia ressarcimento para aquele que ajuizasse a ação penal
condenatória. As vantagens para o cidadão que ajuizasse uma ação penal condenatória
eram:
1. “Prêmio” Financeiro: previa a legislação da época que, caso a sentença do caso fosse
condenatória, o autor receberia um prêmio financeiro.
2. Oratória: outra motivação para o ajuizamento da ação penal condenatória é o
aperfeiçoamento da oratória.
3. Notoriedade pública: quem visava um cargo político, buscava ajuizar ação penal
condenatória para ganhar visibilidade, notoriedade.
b. Características Principais
A prova mais importante desse sistema era a regina probatorum, que era a
confissão. Tal prova era pré-definida em lei. No sistema inquisitivo, o acusado respondia
ao processo preso.
O inquisidor era investido no seu cargo por uma sucessiva transmissão de poderes.
Assim, era necessário um mecanismo que verificasse o cumprimento das ordens da Igreja
pelo inquisidor. Portanto, era necessário que o processo fosse escrito. Para verificar se o
inquisidor não estava excedendo seus poderes havia a apelatio.
Obs.: “testisunus, testis nullius”: eram necessárias, ao menos, duas testemunhas oculares
(exceção: Papa).
b. Características Principais
c. Características Secundárias
3. Sistema Misto
Obs.: Atualmente não existem mais sistemas processuais “puros”, predominando o
sistema misto.
LOPES JR, Aury. Direito processual penal e sua conformidade constitucional. 9. ed. São
Paulo: Saraiva, 2012