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DIDÁTICA: QUE DISCIPLINA É ESSA?

Luciana Bessa Silva

1. OBJETO DE ESTUDO: reflexão acerca da Didática de uma turma de Pós-graduação.


2. OBJETIVOS: a relatar a importância da Didática no Ensino Superior, como um instrumento que orienta
os futuros professores a tornar sua prática mais instigante, além de refletir sobre as principais dúvidas
que ela venha a suscitar por parte de alunos do Curso de Política Social, Serviço Social e Seguridade Social
de uma faculdade da região do Cariri.
3. METODOLOGIA: A metodologia dessa pesquisa é de natureza qualitativa-descritiva desenvolvida com
alunos do Curso de Política Social, Serviço Social e Seguridade Social de uma faculdade da região do
Cariri, através da aplicação de um levantamento.
4. ANÁLISE DOS REULTADOS:
A) Qual a relação da Didática com o Serviço Social?
O Assistente Social que quer se tornar um docente - essa atuação se constitui como atribuição privativa
desses profissionais - não pode esquecer que o saber docente é plural e múltiplo “oriundos da formação
profissional e de saberes disciplinares, curriculares e experienciais” (TARDIF, 2012, p. 36).
B) Por que a Didática não fez parte da matriz curricular do Serviço Social?
O Assistente Social trabalha com as mais diversas expressões da questão social – violência contra a
mulher, exploração sexual infantil, adolescentes grávidas, famílias em risco social. Por isso, o conteúdo
estudado está voltado para a compreensão da realidade social no qual estamos inseridos para possibilitá-
lo a intervir na realidade de indivíduos em situação de vulnerabilidade social.
O curso de Bacharelado em Serviço Social, conforme a Resolução do CEPE em seu artigo 4º, declara que
(...) como princípios educativos básicos a abordagem dos conteúdos teóricos a partir das exigências do
cotidiano profissional e o domínio de métodos de investigação e intervenção que possibilitem a
construção do conhecimento na área de Serviço Social. (2005, p. 2)
C) Como se aprende Didática?
Vivencia-se a Didática. Aprender Didática é fazer um exercício de reflexão sobre as práticas e
metodologias de ensino, o planejamento e o processo avaliativo
D) A Didática garante que os alunos prestem atenção às aulas?
Na verdade, a Didática contribui para uma melhor organização do conteúdo a ser estudo, da aula em si,
do planejamento feito pelo professor e pela maneira como o aluno deve ser avaliado. “O que
aprendemos depende da condição da aprendizagem”. (GADOTTI, 2007, p. 12).
E) Por que alguns profissionais têm resistência à Didática?
“Resistência implica em negação, insubmissão, reelaboração, reinvenção, rejeição, podendo ser
decorrente de comportamentos conscientes ou inconscientes” (ANDRÉ, 1988, p. 36).
F) Qual a relação da Didática com as novas tecnologias?
Tanto as redes sociais como as novas tecnologias mudaram nossas vidas. A praticidade dos recursos
audiovisuais têm contribuído para deixar o contexto da sala de aula menos tradicional e menos cansativo.
Pelo contrário: estudar torna-se mais empolgante, agradável e prazeroso.
5) REFERÊNCIAS
ANDRE, Maria Eliza Dalmazo Afonso de. O repensar da Didática a partir do estudo da dominação e
resistência do cotidiano escolar. R. Fac. Edu. São Paulo 14 (1): 35-41, jan-jun. 1998.
BAGNO, Marcos. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. 14 ed. São Paulo: Loyola, 1998.
BEHRENS, Marilda Aparecida. A prática pedagógica e o desafio do paradigma emergente. Revista
brasileira Est. Pedag. Brasília, v. 80, n.196, p. 383-403, set/dez.
FREIRE, Paulo. A educação na cidade. São Paulo: Primavera, 1991.
_____________. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 1996.
GADOTTI, Moacir. A escola e o professor: Paulo Freire e a paixão de ensinar – São Paulo : Publisher Brasil,
2007.
PEEX - PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ENSINO-EXTENSÃO: UMA
ESTRATÉGIA DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR
1) OBJETO DE ESTUDO: relatar a experiência do PEEX como estratégia didática para
promover a integração da extensão ao currículo acadêmico.
2) OBJETIVOS: Refletir sobre uma didática crítica no contexto do ensino superior, analisar as dimensões do
ensino-pesquisa-extensão e descrever a atuação do PEEX no contexto da UFCA.
3) METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa bibliográfica, documental com abordagem qualitativa.
4) ANÁLISE DE RESULTADOS:
No segundo semestre de dois mil e dezesseis foram enviados à PROEX onze (11) relatórios dos seguintes
cursos: Administração (2), Administração Pública (2), Design de produtos (1), Bacharelado em História (1),
Medicina (3) e Agronomia (2). Cada relatório é composto por dez (10) perguntas abertas cujo objetivo é
compreender de que forma articula-se a Didática no contexto do Ensino –Extensão.
As pesquisadoras elegeram a questão número sete (7) - “Quais os pontos positivos e negativos na interação
entre pesquisa e extensão?” - dos relatórios (4 no total) dos cursos de Administração e Administração
Pública.
Projeto A - “A articulação da teoria e prática na formação discente” . A dinamicidade das aulas, maior
participação dos estudantes e integração entre eles, o desenvolvimento da percepção crítica diante dos
problemas relacionados ao campo de atuação dos discentes o que gera uma maior aproximação com os
futuros setores de atuação profissional.
Projeto B - destacou a contribuição que a Universidade forneceu à comunidade externa
por meio das ações do projeto (rodas de conversas, oficinas), como ponto positivo.
Projeto C e D - A possibilidade de pensar e estruturar um novo formato de ensino com um modelo diferente
do convencional e paradigmático existente, numa dinâmica menos tradicional e mais inovadora. O projeto
D destacou ainda o estímulo ao desenvolvimento da autonomia do estudante, o qual foi gerado a partir das
atividades da ação.
Projeto B, C e D- relataram como pontos negativos: a falta de assiduidade, comprometimento e ausência
de iniciativa com as ações da disciplina, organização e execução das atividades do projeto, por parte de alguns
discentes. A falta de compromisso para com as práticas educativas não são apenas características de alguns
discentes, são também de muitos professores.
Projetos A e C - destacaram como ponto negativo a limitação e dificuldade de organização dos horários para
a realização das ações, pelo fato de serem estudantes do turno da noite; autogestão dos alunos, bem como,
a dificuldade inerente ao processo de construção da autonomia, devido ao modelo de educação ao estamos
convencionados.
Em suma, o PEEX tem propiciado vivências aos estudantes que vão ajudá-los enquanto
pessoas, sobremaneira enquanto futuros profissionais.

REFERÊNCIAS
ARROYO, M. G. Outros sujeitos, outras pedagogias. Petrópolis –RJ: Vozes, 2012.
BARROS; Aidil da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos da
metodologia científica. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
BEHRENS, M. A. O paradigma emergente e a prática pedagógica. Petrópolis –RJ: Vozes,
2005.
BRASIL – Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de dezembro de1988
CARVALHO. M. P. de. No coração da sala de aula. São Paulo: Xamã, 1999.
CHARLOT. B. Da relação com o saber às práticas educativas. São Paulo: Cortez, 2013 - (Coleção Docência
em Formação: Saberes Pedagógicos).
FREIRE. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e
Terra. 1996.
FORPROEX. Política Nacional de Extensão Universitária. Manaus. 2012

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