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7 sinais que evidenciam baixos níveis de

serotonina
setembro 4, 2017 em Psicologia 3039 Compartilhados




Níveis de serotonina adequados no cérebro contribuem para nos sentirmos positivos,


felizes, tranquilos e seguros. No entanto, baixos níveis desse neurotransmissor podem
levar ao aparecimento de sentimentos negativos, preocupações ou irritações.
Assim, o déficit de serotonina pode fazer você se sentir pessimista, triste, desconfiado,
ou pode fazer você ter um ataque de pânico. Também pode causar depressão, ansiedade
e outros transtornos de saúde.

A serotonina age como um neurotransmissor, um tipo de substância química que ajuda a


transmitir sinais de uma área do cérebro para outra. Esse neurotransmissor é uma
poderosa substância do cérebro que provoca, com sua presença ou ausência, uma
grande influência no nosso estado de espírito. Assim, determinar se os neurônios não
a liberam ou a capturam em quantidade suficiente de sinapses é um primeiro passo
essencial para superar problemas relacionados ao controle dos impulsos e ao estado de
espírito.

Com níveis adequados de serotonina, o cérebro funciona normalmente.

Esse neurotransmissor tem um grande número de funções no cérebro e no corpo.


No cérebro, ele regula o estado de espírito, o comportamento social, a libido, o sono, a
memória e o aprendizado.

O que a serotonina faz?

Como neurotransmissor, ela ajuda a retransmitir mensagens de uma área do


cérebro para a outra. Devido à distribuição generalizada das células que têm
receptores para a serotonina, acredita-se que seus níveis influenciam diferentes funções
psicológicas, assim como a regulação de vários processos fisiológicos.

Nesse sentido, a maioria das aproximadamente 40 milhões de células cerebrais é


influenciada direta ou indiretamente pela serotonina. Isso inclui as células cerebrais
relacionadas ao estado de espírito, ao desejo e ao desempenho sexual, ao apetite, ao
sono, à memória e ao aprendizado, à regulação da temperatura corporal e a alguns
comportamentos sociais. Em termos de funcionamento do organismo, esse
neurotransmissor também pode afetar o funcionamento do sistema cardiovascular,
dos músculos e de diversos elementos do sistema endócrino, entre outros.
Relação entre a serotonina e a depressão

Por outro lado, há muitos pesquisadores que acreditam que um desequilíbrio nos níveis
de serotonina pode influenciar o estado de espírito, de tal forma que pode inclusive
provocar uma depressão. Os possíveis problemas incluem:

 A baixa produção de serotonina das células cerebrais


 A falta de receptores para receber a serotonina produzida
 A incapacidade da serotonina chegar aos receptores
 A escassez de triptofano, um aminoácido essencial necessário para a sintetização
desse neurotransmissor.

Os pesquisadores acreditam que se qualquer uma dessas falhas biológicas acontecer,


pode provocar uma depressão, assim como transtorno obsessivo-compulsivo,
ansiedade, pânico e até raiva em excesso. No entanto, ainda há muito a se pesquisar
sobre a relação entre a serotonina e a depressão.

Meus neurônios não liberam serotonina em quantidade suficiente?

Ser capaz de identificar um déficit desse neurotransmissor pode nos ajudar a tomar
medidas e agir para elevar seus níveis. Nesse sentido, embora a depressão e a
consequente perda de prazer sejam os sinais mais conhecidos dos baixos níveis de
serotonina, certamente não são os únicos. De fato, conhecer esses sinais pode nos ajudar
a prevenir a depressão, a ansiedade e outros males maiores.

Entre os sintomas que acompanham a carência desse neurotransmissor, estão as


irritações frequentes, a sensibilidade incomum a dor, os desejos por carboidratos e
a compulsão, a prisão de ventre e distúrbios digestivos. Outros sintomas são a
sensação de mal-estar pela falta de luz solar, se sentir muito dependente dos outros, se
sentir sobrecarregado, a insônia, as enxaquecas, a baixa autoestima e uma função
cognitiva ruim, entre outros.

Relação entre a serotonina e a depressão

Por outro lado, há muitos pesquisadores que acreditam que um desequilíbrio nos níveis
de serotonina pode influenciar o estado de espírito, de tal forma que pode inclusive
provocar uma depressão. Os possíveis problemas incluem:

 A baixa produção de serotonina das células cerebrais


 A falta de receptores para receber a serotonina produzida
 A incapacidade da serotonina chegar aos receptores
 A escassez de triptofano, um aminoácido essencial necessário para a sintetização
desse neurotransmissor.

Os pesquisadores acreditam que se qualquer uma dessas falhas biológicas acontecer,


pode provocar uma depressão, assim como transtorno obsessivo-compulsivo,
ansiedade, pânico e até raiva em excesso. No entanto, ainda há muito a se pesquisar
sobre a relação entre a serotonina e a depressão.

Meus neurônios não liberam serotonina em quantidade suficiente?

Ser capaz de identificar um déficit desse neurotransmissor pode nos ajudar a tomar
medidas e agir para elevar seus níveis. Nesse sentido, embora a depressão e a
consequente perda de prazer sejam os sinais mais conhecidos dos baixos níveis de
serotonina, certamente não são os únicos. De fato, conhecer esses sinais pode nos ajudar
a prevenir a depressão, a ansiedade e outros males maiores.

Entre os sintomas que acompanham a carência desse neurotransmissor, estão as


irritações frequentes, a sensibilidade incomum a dor, os desejos por carboidratos e
a compulsão, a prisão de ventre e distúrbios digestivos. Outros sintomas são a
sensação de mal-estar pela falta de luz solar, se sentir muito dependente dos outros, se
sentir sobrecarregado, a insônia, as enxaquecas, a baixa autoestima e uma função
cognitiva ruim, entre outros.

A seguir, vamos analisar alguns dos sinais mais importantes que indicam a ocorrência
de baixos níveis de serotonina, por serem fáceis de detectar precocemente.

Desejo de comer alimentos doces e ricos em carboidratos

Sabe-se que os carboidratos, especialmente os alimentos doces – principalmente


chocolates, bolos, balas, batata frita e outros aperitivos, hambúrgueres, etc. – impactam
indiretamente nos níveis de serotonina. Por isso, é comum as pessoas com baixos
níveis de serotonina desejarem alimentos ricos em carboidratos. Isso se manifesta
em forma de desejos e necessidade de comer compulsivamente.
Esses alimentos aumentam temporariamente os níveis desse neurotransmissor e fazem
você se sentir melhor. No entanto, pouco depois do consumo, os níveis de serotonina
diminuem drasticamente. Essa diminuição drástica da serotonina leva a sentimentos
de sonolência, hostilidade, ansiedade e depressão.

Insônia

A quantidade de serotonina disponível também afeta diretamente a produção de


melatonina. Assim, quando os níveis de serotonina estão baixos, a capacidade de
produzir melatonina é afetada e, como parte de um efeito dominó, o ciclo circadiano se
altera.

Quando isso acontece, é extremamente difícil para alguém seguir um ritmo natural de
sono/vigília. Concretamente, é afetada negativamente a capacidade de dormir e de
continuar dormindo. No entanto, não se pode esquecer que os problemas de insônia
podem ter outras causas, não apenas o déficit de serotonina.

A serotonina deve estar disponível para se transformar em melatonina, o hormônio


responsável pelo controle do nosso relógio biológico.

Ansiedade

Através da observação de imagens do cérebro, demonstrou-se que pessoas que têm a


ansiedade como uma companhia constante liberam uma quantidade menor dessa
substância nas áreas do cérebro responsáveis pelos impulsos e pelo controle
emocional.

Vale destacar aqui que a deficiência na liberação desse neurotransmissor


geralmente não é o único fator no desenvolvimento de transtornos de ansiedade,
mesmo que algumas pessoas tenham uma predisposição genética para apresentar baixos
níveis de serotonina. Na verdade, outros três neurotransmissores, o ácido gama-
aminobutírico, a dopamina e a adrenalina também desempenham um papel nos
transtornos de ansiedade.

A baixa serotonina se associa com o transtorno de ansiedade generalizada, o transtorno


do pânico e o transtorno obsessivo compulsivo.

Declínio cognitivo

A serotonina é uma substância importante para o funcionamento cognitivo


normal. As pesquisas demonstraram que níveis adequados desse neurotransmissor
melhoram a capacidade cognitiva e podem ajudar a compensar o funcionamento
cognitivo limitado.

Embora acredite-se que esse neurotransmissor desempenhe um papel nas habilidades de


pensamento global, seu impacto mais significativo é na memória. As pessoas com
baixos níveis de serotonina são mais propensas a ter problemas com a consolidação da
memória.

Problemas digestivos

A serotonina é uma substância importante na transmissão de sinais entre o cérebro e o


sistema digestivo. Nesse sentido, cabe destacar que, embora esse neurotransmissor
esteja quase sempre associado à função cerebral, ao estado de espírito e ao bem-estar
mental, surpreendentemente 95% da serotonina é fabricada no intestino, e não no
cérebro. Apesar disso, a serotonina utilizada pelo cérebro deve ser produzida lá, já que
a serotonina fabricada no intestino não viaja até o cérebro.

No entanto, mesmo que as pesquisas sobre as funções da serotonina no intestino sejam


bastante novas, até agora sabe-se que ela desempenha um importante papel no
apetite e na digestão. De fato, o motivo de haver tanta atividade de serotonina nos
intestinos continua sendo, em grande medida, um mistério.

Além disso, os profissionais descobriram um vínculo entre a síndrome do intestino


irritável e níveis adequados desse neurotransmissor. Foi demonstrado que, no caso da
síndrome do intestino irritável, o funcionamento frequentemente volta à normalidade
quando as deficiências nos processos digestivos são corrigidas.

Fadiga ou cansaço

Os níveis de serotonina têm um efeito importante na produção de energia. Algumas


pessoas que sentem fadiga crônica apresentam quantidades insuficientes dessa
substância química. No entanto, quando os níveis desse neurotransmissor são
restabelecidos, é comum que as pessoas que sofrem de fadiga percebam uma melhora
significativa nos níveis de energia.

No entanto, se sentir cansado ou exausto pode ser resultado de muitas condições


diferentes, embora não se possa descartar um problema na liberação desse
neurotransmissor. Em longo prazo, a fadiga crônica aumentas as chances de que a
liberação desse neurotransmissor seja menor.
Mudanças na libido

Dentre as muitas propriedades da serotonina, está o efeito sobre a libido (o desejo


sexual). Os baixos níveis dessa substância química estão diretamente relacionados a
um maior desejo de ter relações sexuais, mas também com uma diminuição da
capacidade de se conectar emocionalmente com o outro, o que não é uma boa fórmula
para um relacionamento satisfatório.

Além disso, as flutuações nos níveis desse neurotransmissor podem afetar ainda mais as
atitudes, para não falar das capacidades físicas relacionadas à atividade sexual.

O que fazer quando há baixos níveis de serotonina?

Conseguir um aumento dos níveis de serotonina de forma natural e sem recorrer a


medicamentos é possível. Algumas formas de conseguir esse aumento são as seguintes:

 Fazer esportes de forma recreativa, ou seja, fazer um exercício que proporcione


prazer, não sofrimento.
 Comer alimentos ricos em proteínas (contêm triptofano).
 Comer alimentos ricos em carboidratos, como verduras, frutas secas, leguminosas e
cereais integrais (o cérebro precisa de açúcar para sintetizar o triptofano).
 Não coma produtos ricos em gorduras saturadas e açúcares simples.
 Consumir alimentos ricos em ômega 3 para que seu cérebro funcione adequadamente.
 Limitar o consumo de cafeína.
 Cuidar do sono.
 Consumir alimentos ricos em vitaminas do grupo B, especialmente a vitamina B6 (essa
vitamina ajuda no desenvolvimento e no funcionamento da serotonina no cérebro).
 Passar algum tempo ao ar livre e receber um pouco de luz solar.
 Praticar a meditação ou o mindfulness (consciência plena).

Como vimos ao longo desse artigo, a serotonina é um neurotransmissor que participa de


muitos processos importantes. Portanto, um déficit na sua liberação pode comprometer
gravemente esses processos, alguns muito importantes, como a regulação emocional ou
o sono.

7 sinais de que alguma coisa não vai bem


na sua mente
Na verdade não se pode falar de uma mente “normal” e outra “anormal”. Se você olhar
bem, o que em uma determinada época e local é “normal”, em outro tempo e outro lugar
pode ser considerado patológico. A mente e o comportamento humano têm
manifestações muito variadas, e o fato de saírem do comum não significa dizer que
estejamos diante de algum tipo de problema.

Apesar disso, também é bom lembrar que a mente pode apresentar problemas e/ou
adoecer. Por exemplo, isto acontece quando alguém desenvolve ideias ou condutas que
sistematicamente machucam a si mesmo ou aos outros, ou quando existe uma
dificuldade severa para distinguir os fatos das fantasias.

“As cadeias da escravidão somente amarram as mãos: é a mente que torna o homem
livre ou escravo”.
-Franz Grillparzer-

A grande dificuldade está nas pessoas que têm problemas psicológicos e que muitas
vezes não são conscientes disso. Em geral isso se reflete em um relacionamento de
confrontos: quanto mais graves os problemas, menos consciente a pessoa é. Isso se deve
ao fato de que a dificuldade se cria na mente, e essa mesma mente é a que realiza a
avaliação.

Por isso é importante estar atentos aos sintomas. Estes se definem como traços, sinais
ou características de conduta. Não são conclusivos, mas podem sugerir a existência de
alguma dificuldade na mente. A seguir apresentamos 7 deles.

A percepção e os problemas na mente

A percepção é a capacidade de captar o mundo com os sentidos. Audição, visão,


tato, paladar e olfato. O correto é perceber as cores, as formas, os cheiros, etc., tal como
são. Está bem, ok, existe uma margem, o nosso sistema de percepção é especialista em
nos “passar a perna” e não por isso existe um problema sério em nossas mentes. Para
determinar se é ou não é, uma dica é avaliar se estas “passadas de perna” estão
condicionando a sua vida, e se são ou não a causa de um mal-estar.
Às vezes nossas mentes percebem coisas que realmente não estão ali. Vemos,
ouvimos ou sentimos alguma coisa que não existe. Isto é vivenciado de forma muito
real, mesmo não sendo. É comum que todos alguma vez tenhamos alguma experiência
alucinógena. É comum, por exemplo, quando estamos sozinhos ou estamos em uma
casa antiga: nestas situações a mente amplifica a intensidade de qualquer tipo de
estímulo. Pense que o problema aparece quando isso se torna constante e o mal-estar
que provoca se intensifica.

A organização do pensamento

É compreensível que todos tenhamos momentos ou fases de dispersão. Passamos de um


assunto para outro, ou de uma atividade para outra, sem muita ordem. O estresse ainda
faz o caos aumentar. Em geral, a consequência é “apenas” mais estresse.

O problema aparece quando essa dispersão se transforma em incoerência e se


mantém de forma quase constante. Tal incoerência se refere a uma certa incapacidade
de manter o fio de um pensamento ou de uma conversa. A pessoa pula de uma ideia
para outra, sem nexo aparente entre uma e outra.

O conteúdo do pensamento

O conteúdo do pensamento denota uma mente afetada quando tem certos traços. O mais
notável deles é a fixação. As crenças inflexíveis e intensas são, em si mesmas, um
problema. Mas quando além disso estão afastadas da realidade, podem ser fonte de
grande angústia.

Uma coisa é que alguém ter uma convicção absurda, mas que consiga superá-la. Isso
quer dizer que lhe causa um mal-estar, nem intenso, nem constante, nem frequente.
Neste caso, poderíamos falar de uma intolerância. Mas se essa crença fixa causar
grandes doses de angústia, poderíamos falar de um problema de outro nível.

O estado de consciência

Na nossa vida diária existem muitos fatos que fogem da consciência. Isso é próprio
de qualquer mente “normal”. Por exemplo, acontece quando levantamos da cadeira para
fazer alguma coisa e, assim que ficamos de pé, esquecemos ou deixamos para trás de
forma deliberada nossas intenções.

No caso destas fugas de consciência se tornarem corriqueiras, ou envolverem fatos


relevantes, poderíamos falar de um problema na mente. Se alguém faz alguma coisa e
depois não tem ideia de por que ou para que ou como o fez, então há uma boa razão
para suspeitar.

A mente e a atenção

Os problemas de atenção têm a ver com uma ausência ou excesso de concentração.


Quando existe falta de foco, a mente dança de um lado para o outro, sem rumo. Por
exemplo, a pessoa é incapaz de seguir uma instrução passo a passo.

Se, pelo contrário, existe um excesso de foco, a pessoa perde a atenção periférica. Isso
quer dizer que é incapaz de se conectar com o entorno quando dirige a sua atenção para
alguma coisa. Obviamente, para que seja um problema da mente este sintoma precisa
ser severo e se manter presente durante o tempo que os critérios diagnósticos estipulam.
A memória e o reconhecimento

Os lapsos de memória e a incapacidade de reconhecimento podem ter muitas causas.


Surgem do estresse, da fadiga, ou do excesso de estímulos, entre outros fatores. A
memória humana não é como a de um computador. Por exemplo, pense que as emoções
influenciam muito na profundidade com que registramos um fato ou um dado.

O que algumas pessoas chamam de “lacunas mentais” ou amnésias parciais ou totais de


fatos relevantes constituem um indicador de que alguma coisa está acontecendo naquela
mente. O esquecimento recorrente, ou a incapacidade de reconhecer fatos nos quais
esteve envolvido, são fontes de suspeita com fundamento.

A linguagem e a mente

A linguagem é o principal veículo do pensamento. Uma linguagem clara fala de uma


mente clara. Mas ao contrário, sempre que existe um problema na mente, isso se reflete
em uma linguagem confusa, desorganizada ou pouco pertinente.

No campo da linguagem cabem expressões não estritamente verbais, como o tom de voz
ou o gestual. Alguém que não é capaz de sustentar o olhar ou que faz excessivos
movimentos quando fala também pode ter problemas. Lembre-se de que neste, como
nos outros casos, é necessário que a análise seja feita por um profissional.

Imagens cortesia de Henrietta Harris.


5 gestos que prejudicam a imagem que
você projeta para os outros
Todos nós sabemos que os gestos e as posturas revelam muito sobre a
personalidade, a atitude ou o estado de espírito de qualquer pessoa. Sem nos
darmos conta, cada um de nós vai adotando formas de olhar, de caminhar, de se
posicionar frente aos outros. Incorporamos essas maneiras e elas acabam fazendo parte
de um estilo próprio, que às vezes “nos delata” e mostra aquilo que não queríamos
deixar passar.

Há situações sociais nas quais o tratamento é fugaz e efêmero. As pessoas formam


uma ideia de nós considerando aspectos dos quais estamos conscientes e outros dos
quais não estamos. Elas criam uma opinião a partir do que dizemos, mas também a
partir do que expressamos através dos nossos gestos e das nossas posturas.

Ser ‘perceptivo’ significa ser capaz de identificar as contradições entre as palavras de


uma pessoa e a linguagem do seu corpo.”
-Allan Pease-

Isso não seria um problema se não fosse o fato de que essas situações efêmeras
também têm grande importância. Pode ser o caso de uma entrevista de trabalho ou de
uma reunião específica para estabelecer contatos que são do nosso interesse. Também –
e por que não? – aquelas situações nas quais queremos agradar alguém que nos interessa
afetivamente e nas quais queremos que a outra pessoa leve uma sensação boa e positiva
desse encontro.

Por essas razões, vale a pena aprender a reconhecer nossos gestos e decifrar o que
eles expressam. Também é importante conseguir melhorá-los para que joguem do
nosso lado nas diversas situações da vida. Para conseguir isso, veremos a seguir alguns
gestos que nos prejudicam e que seria bom mudar.

1. Morder o lábio inferior, um dos gestos que nos delatam

Ao morder o lábio inferior, independentemente da forma, você passa um certo grau de


rejeição em relação ao que sai da sua boca. Sem que você nem os outros estejam
conscientes disso, é um dos gestos que vai ser interpretado como dúvida, ou falsidade
em relação ao que você estiver dizendo.

Esse gesto também indica que há uma mensagem oculta. Geralmente as pessoas
dizem “mordi a boca para não falar disso ou daquilo”. É uma interpretação correta.
Quando você realiza esse gesto, demonstra que há alguma coisa que você não está
dizendo e que contraria em algum nível o que foi dito.

2. Franzir a testa constantemente

A testa franzida é um sinal de irritação, incômodo ou reprovação. A verdade é que


se trata de um dos gestos que, na maioria dos casos, é realizado devido a alguma tensão
no momento. No entanto, há quem o realize com tanta frequência que acaba esculpindo
esse gesto no rosto.

Quando há medo ou nervosismo, se franze a testa. Além disso, esse gesto pode
comunicar falta de confiança tanto no outro como em si mesmo. Nós também apertamos
as sobrancelhas quando queremos enfatizar a observação ou quando adotamos uma
posição defensiva.

3. Piscar de forma rápida e frequente

Esse é um dos gestos mais difíceis de controlar, já que se trata de uma reação quase
automática frente a situações que provocam nervosismo. O normal é piscar de 14 a
17 vezes por minuto. Mas quando estamos nervosos esse número aumenta
significativamente.

O pior é que quando começamos a piscar muito e repetidamente, a atenção do


nosso interlocutor se volta para esse curioso gesto. É fácil que nosso interlocutor pare
de ouvir o que estamos dizendo e passe a se concentrar mais nessa falta de segurança
que expressamos com os olhos.

4. Esconder as mãos enquanto fala

As mãos são expressão pura. Elas enfatizam, fogem, pontuam ou complementam o que
você diz. Por isso, quando uma pessoa fala e movimenta muito suas mãos, ela é
vista pelos outros como alguém mais espontâneo e confiável. Gera a sensação de
sinceridade.

Por outro lado, quando alguém esconde as mãos quando fala, comunica o contrário. É
como se a pessoa estivesse escondendo alguma coisa. Não é conveniente colocar as
mãos para trás, colocar nos bolsos, esconder debaixo da mesa nem cruzar os braços. Se
você fizer isso, estará levantando uma barreira na sua comunicação.

5. Não sorrir ou rir o tempo todo

O sorriso é, sem dúvida alguma, um dos gestos que mais abre os corações. Quando
alguém sorri na sua direção, sem perceber, você se abre positivamente para a
conversa. Esse é um excelente precedente para fazer com que o diálogo seja positivo,
sereno e amável.
No entanto, quando uma pessoa sorri ou ri o tempo todo, o efeito pode ser adverso.
Nesse caso, ela expressa nervosismo, falta de concentração ou desejo excessivo de ser
aceito. Essa mensagem não é positiva e se transforma em um obstáculo para você ser
adequadamente valorizado.

Em todos esses casos, não se trata de assumir uma identidade falsa ou maquiada.
Pelo contrário. Através dos gestos, uma pessoa pode conhecer muito mais a si mesma.
Assim, ao se tornar consciente da forma como se comunica com os outros, através da
sua linguagem corporal a pessoa pode adequar a mensagem que realmente quer
expressar de si mesma.
Devemos amar de tal forma que a pessoa que amamos se sinta livre, mas queira
ficar. O amor não é um barco que precisa ser ancorado. É preciso deixar o amor à deriva,
mas sem soltar o leme. Claro que não é fácil, ninguém disse que seria, mas a recompensa
vale o esforço.

É preciso se libertar dessa ideia de escravidão consentida que nos submete às curtas
distancias e às longas. Pode acontecer de um relacionamento se fundamentar a princípio
no amor, mas seus membros podem colecionar motivos para ir embora.

Portanto, mesmo não sendo fácil, a construção de um relacionamento enriquecedor depende


de cada um ter um tempo reservado para tecer as suas asas, lavá-las, cuidá-las, acariciá-las e
se lançar a voar. Ou seja, uma relação onde não exista a coerção, somente a liberdade.

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Quando não queremos voar

Às vezes as nossas asas ficam preguiçosas e se acomodam ao costume de uma vida


de casal. Nos moldamos à tranquilidade que a rotina nos oferece e relaxamos a ponto de
tudo se transformar em monotonia. E a monotonia leva ao tédio, à chatice e à preguiça, o
que nos faz perder o hábito e nos faz esquecer de como levantar voo.

Contudo, em outras circunstâncias, as asas estão feridas e, portanto, voar dói. É


provável que tenham se machucado ficando amarradas ou que, na sua agitação
desesperada, tenham se batido contra a nossa indiferença, ficando vencidas por muito
tempo.

Pode haver mil desculpas, mas não há motivos que justifiquem o fato de não se permitir voar.
Neste sentido, um casal deve se ajudar, incitar-se a elevar a sua vida, a escalar para conseguir
outra pluma e, assim, poder sustentar um olhar elevado sobre o mundo.

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A raiz faz a árvore firme

Ajudar a nossa árvore a criar raízes não significa ter que controlar tudo ou achar que o
que foi estabelecido prevalecerá para sempre. Os relacionamentos livres e saudáveis
são dinâmicos e mutantes, do mesmo jeito que as pessoas também são.

Arraigar significa nutrir e dar alimento a nossos sentimentos, insuflá-los de ar e deixá-los


respirar. Neste sentido, são muito importantes a confiança e o equilíbrio que trabalhar nas
nossas asas nos oferece, e deixar que se complementem com as raízes.
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Isto é, se quisermos um relacionamento sólido e forte é preciso deixar que as nossas asas
voem em busca do sustento que nos mantém fortes e sadios. Do contrário, as nossas
raízes não terão de onde tirar os nutrientes que precisam para viver, fazendo com que
o amor pereça.

Equilíbrio nos relacionamentos: voar colecionando motivos para ficar

Para equilibrar os nossos relacionamentos é preciso colecionar motivos para ficar.


Mas cuidado, colecionar não é o mesmo que amontoar em um sótão. Colecionar motivos
é cuidar de cada momento que contribua para manter vivo o amor, cada sorriso e cada
gesto.

A metáfora da árvore nos ajuda a compreender a importância de cuidar dos pequenos


detalhes e de não nos esquecermos de que ao nos prendermos perdemos a perspectiva e
o alimento. Ou seja, do mesmo jeito que para criar o amor é preciso apagar a fantasia,
para mantê-lo é preciso poder sustentar as nossas decisões e a nossa permanência.

É preciso deixar que o amor se explique por si só e que as nossas sementes cresçam
com liberdade. Permitamos que as nossas asas voem e ofereçamos aos outros a nossa
ajuda para fazê-lo. Não nos escravizemos, porque o amor não é isso.

Em resumo, que as raízes que lancemos sejam de liberdade e que as nossas asas estejam vivas,
que irradiem sonho e que respirem confiança. Porque, no fim das contas, esta é a única
maneira que temos de dar sentido ao que sentimos.

Quando não queremos voar

Às vezes as nossas asas ficam preguiçosas e se acomodam ao costume de uma vida


de casal. Nos moldamos à tranquilidade que a rotina nos oferece e relaxamos a ponto de
tudo se transformar em monotonia. E a monotonia leva ao tédio, à chatice e à preguiça, o
que nos faz perder o hábito e nos faz esquecer de como levantar voo.

Contudo, em outras circunstâncias, as asas estão feridas e, portanto, voar dói. É


provável que tenham se machucado ficando amarradas ou que, na sua agitação
desesperada, tenham se batido contra a nossa indiferença, ficando vencidas por muito
tempo.

Pode haver mil desculpas, mas não há motivos que justifiquem o fato de não se permitir voar.
Neste sentido, um casal deve se ajudar, incitar-se a elevar a sua vida, a escalar para conseguir
outra pluma e, assim, poder sustentar um olhar elevado sobre o mundo.
A raiz faz a árvore firme

Ajudar a nossa árvore a criar raízes não significa ter que controlar tudo ou achar que o
que foi estabelecido prevalecerá para sempre. Os relacionamentos livres e saudáveis
são dinâmicos e mutantes, do mesmo jeito que as pessoas também são.

Arraigar significa nutrir e dar alimento a nossos sentimentos, insuflá-los de ar e deixá-los


respirar. Neste sentido, são muito importantes a confiança e o equilíbrio que trabalhar nas
nossas asas nos oferece, e deixar que se complementem com as raízes.

sto é, se quisermos um relacionamento sólido e forte é preciso deixar que as nossas asas
voem em busca do sustento que nos mantém fortes e sadios. Do contrário, as nossas
raízes não terão de onde tirar os nutrientes que precisam para viver, fazendo com que
o amor pereça.
Equilíbrio nos relacionamentos: voar colecionando motivos para ficar

Para equilibrar os nossos relacionamentos é preciso colecionar motivos para ficar.


Mas cuidado, colecionar não é o mesmo que amontoar em um sótão. Colecionar motivos
é cuidar de cada momento que contribua para manter vivo o amor, cada sorriso e cada
gesto.

A metáfora da árvore nos ajuda a compreender a importância de cuidar dos pequenos


detalhes e de não nos esquecermos de que ao nos prendermos perdemos a perspectiva e
o alimento. Ou seja, do mesmo jeito que para criar o amor é preciso apagar a fantasia,
para mantê-lo é preciso poder sustentar as nossas decisões e a nossa permanência.

É preciso deixar que o amor se explique por si só e que as nossas sementes cresçam
com liberdade. Permitamos que as nossas asas voem e ofereçamos aos outros a nossa
ajuda para fazê-lo. Não nos escravizemos, porque o amor não é isso.
Em resumo, que as raízes que lancemos sejam de liberdade e que as nossas asas estejam vivas,
que irradiem sonho e que respirem confiança. Porque, no fim das contas, esta é a única
maneira que temos de dar sentido ao que sentimos.

A alta sensibilidade é um dom, uma ferramenta que lhe permite aprofundar e ter empatia
com todas as coisas e pessoas. Poucas pessoas têm essa capacidade de aprendizagem
de vida. Foi Elaine N. Aron que, no início dos anos noventa ao investigar as
personalidades introvertidas, explicou em detalhes as características que refletiam uma
realidade social: as pessoas altamente sensíveis são pensativas, empáticas e
emocionalmente reativas.

Se este é o seu caso, se você se identificou com as características que a Dra. Aron publicou
em seu livro “A pessoa altamente sensível”, é importante saber que essa sensibilidade
não é uma razão para se sentir estranho ou diferente. Pelo contrário, você deve se
sentir feliz por ter recebido esses quatro dons.
Os quatro dons das pessoas altamente
sensíveis (PAS)
Por que eu vejo as coisas de forma diferente dos demais? Por que sofro mais que as outras
pessoas? Por que encontro alívio na minha própria solidão? Por que sinto e vejo coisas
que os outros não percebem? Quando se está em minoria, o primeiro sentimento é
sentir-se em desvantagem e com medo.

Fazer parte dos 20% da população que se reconhece como altamente sensível não é uma
desvantagem e nem o rotula como “diferente”. É bem possível que, ao longo da sua vida
e principalmente durante a sua infância, você tenha tido consciência desta distância
emocional, e muitas vezes tenha lidado com a sensação de viver em uma bolha de
alienação e solidão.

A alta sensibilidade é um dom, uma ferramenta que lhe permite aprofundar e ter empatia
com todas as coisas e pessoas. Poucas pessoas têm essa capacidade de aprendizagem
de vida. Foi Elaine N. Aron que, no início dos anos noventa ao investigar as
personalidades introvertidas, explicou em detalhes as características que refletiam uma
realidade social: as pessoas altamente sensíveis são pensativas, empáticas e
emocionalmente reativas.

Se este é o seu caso, se você se identificou com as características que a Dra. Aron publicou
em seu livro “A pessoa altamente sensível”, é importante saber que essa sensibilidade
não é uma razão para se sentir estranho ou diferente. Pelo contrário, você deve se
sentir feliz por ter recebido esses quatro dons.

Os dons das pessoas altamente sensíveis


1- O dom do conhecimento interior

Desde a infância, a criança altamente sensível perceberá aspectos do seu dia a dia que lhe
trarão uma mistura se sentimentos: angústia, contradição e muita curiosidade. Seus
olhos captarão aspectos que os adultos nem percebem.

Aquele olhar de frustração de seus professores, a expressão preocupada da sua mãe… Ser
capaz de perceber as coisas que outras crianças não veem lhes ensinará desde cedo
que, às vezes, a vida é difícil e contraditória. É uma criança precoce que percebe o
mundo sem a maturidade suficiente para entender as emoções.

O conhecimento das emoções é uma arma poderosa. Nos faz entender melhor as pessoas,
mas também nos torna mais vulneráveis à dor e ao comportamento dos demais.

A sensibilidade é uma luz resplandecente, mas sempre ouviremos comentários do tipo:


“você leva tudo muito a sério”, ou então “você é muito sensível.”

Você é o que é. Um presente exige grande responsabilidade, o seu conhecimento sobre


as emoções exige cuidados e proteção.
2- O dom de desfrutar da solidão

As PAS encontram prazer em seus momentos de solidão. São pessoas criativas que
gostam de música, leitura, hobbies.... Isso não significa que não gostem da companhia
dos outros, mas sim que também se sentem felizes sozinhas.

Elas não têm medo da solidão. É nesses momentos que conseguem se conectar com eles
mesmos, com os seus pensamentos, livres de apegos e olhares curiosos.

3- O dom de viver com o coração

As pessoas altamente sensíveis vivem através do coração. Vivem intensamente o amor,


a amizade e sentem muito prazer com os pequenos gestos do cotidiano.
Elas são frequentemente associadas ao sofrimento pela sua tendência a
desenvolver depressão, tristeza e vulnerabilidade frente ao comportamento das pessoas.
No entanto, vivem o amor com muita intensidade.

Não estamos falando somente dos relacionamentos afetivos, mas da amizade, dos
carinhos do dia a dia, da beleza de uma pintura, de uma paisagem ou uma música especial.
Tudo é vivenciado com muita intensidade pela pessoa altamente sensível.

4- O dom do crescimento interior

A alta sensibilidade não pode ser curada. A pessoa já nasce com essa característica e esse
dom se manifesta desde criança. Suas perguntas, sua intuição, o seu desconforto com
luzes ou cheiros fortes e a sua vulnerabilidade emocional já demonstram a sua
sensibilidade exagerada.

Não é fácil viver com esse dom. No entanto, se você reconhecer que é altamente sensível,
deve aprender a administrar essa sensibilidade. Não deixe que as emoções negativas o
desestabilizem e o façam sofrer.

Perceba que os outros têm um ritmo diferente do seu. Muitas vezes eles não vivem as
emoções tão intensamente quanto você. Isso não significa que o amem menos; é
somente uma forma diferente de vivenciar as emoções. Tente entendê-los e respeitá-los.

Conheça a si mesmo e as suas habilidades; encontre o seu equilíbrio e promova o seu


crescimento pessoal. Você é único e vive a partir do coração. Fique em paz, viva
em segurança e seja muito feliz.
PESSOAS ALTAMENTE SENSÍVEIS

Há uma parcela da população que se vê afetada por diferentes estímulos de forma mais
contundente que o restante das pessoas, e por consequência, reagem de maneira mais
exagerada frente a estes. Possuem uma percepção interna que os faz estar sempre em
estado de alerta com relação a tudo que ocorre ao seu redor. São as pessoas altamente
sensíveis. Quando a pessoa se reconhece como hipersensível, provavelmente se
pergunta: será que sou portador de um dom ou de uma maldição?

Características das pessoas altamente sensíveis

Falamos de pessoas sensíveis e introvertidas, conscientes de que o entorno que as rodeia


lhes resulta mais complicado e difícil do que para o resto das pessoas. Pode ser que
incomodem as luzes brilhantes de um semáforo ou se deprimam por causa das escadas
em caracol do seu trabalho, coisas que não afetam aos outros. Mas o que mais afeta seus
sentidos é o jeito comum das pessoas, interpretando-as, em sua maioria, como homens e
mulheres carentes de sensibilidade, superficiais e indiferentes.

As PAS costumam encaixar num determinado perfil ou estereótipo: dotados de


intuição e grande empatia, buscam com gosto a solidão enquanto demonstram uma
conexão emocional enorme com os outros. A timidez é um recurso na sua relação social,
do mesmo jeito que a sua altíssima capacidade para perceber qualquer traço de beleza.

Toleram, com certo grau de dificuldade, estímulos sonoros, auditivos e olfativos que para
as outras pessoas podem parecer imperceptíveis, como luzes e ruídos estridentes, cheiros
pouco agradáveis, o caos, a desordem. Qualquer situação que implique mudanças, falar
publicamente, sentir-se observado, desencadeia o despertar da sua sensibilidade e diminui
a sua capacidade para pensar. Se há algo que chama a atenção nas pessoas
hipersensíveis, é a sua percepção de tudo aquilo que aos outros parece sutil.

A LINGUAGEM DA REPRESSÃO

A repressão é um mecanismo através do qual uma pessoa expulsa de sua


consciência os pensamentos, sentimentos ou desejos que acredita serem
inadmissíveis. Ou seja, tudo aquilo que não tolera sentir, pensar ou desejar.

Podemos entender melhor com um exemplo. Suponhamos que existe alguém que tem
um(a) parceiro(a) estável com o(a) qual se sente feliz. No entanto, de repente, essa
pessoa se sente atraída por outra e percebe isso como uma ameaça. Sendo assim, essa
pessoa decide expulsar essa ideia de sua consciência, pretendendo que ela jamais ocorra.

“A repressão sexual e a culpa relacionada a nossos desejos sexuais fazem com que nos
denigramos, que nos odiemos e odiemos, com frequência, outras pessoas mais livres e
menos reprimidas.”
-Albert Ellis-

Até aqui, tudo bem. O problema é que há uma lei psíquica: o que foi reprimido não
desaparece, mas segue atuando inconscientemente. De fato, os conteúdos reprimidos,
por terem sido reprimidos, adquirem uma força inusitada.
Tudo o que foi reprimido retorna. O desejo não se elimina tirando-o da consciência,
ele toma diferentes formas para voltar a se manifestar uma e outra vez. A repressão tem
sua própria linguagem e essa é sua principal expressão.

Os sonhos, uma linguagem de repressão

No momento de dormir, a consciência deixa de ser aquela sentinela que está todo o
tempo dizendo quais pensamentos e sentimentos você deve admitir e quais não.
Durante o sono, a censura se levanta e o inconsciente se expressa plenamente.

Às vezes esses conteúdos reprimidos ficam diretamente expostos enquanto dormimos.


Por exemplo, a pessoa sonha que não deixou aquela por quem se sentia atraída ir
embora, e que está em uma relação com ela.

Se o que foi reprimido tem um grau maior de complexidade, ou se refere a conteúdos


que são verdadeiramente intoleráveis para a pessoa, o sonho tenderá a ter também
uma composição mais enigmática. Já não vão aparecer cenas literais, mas cada
elemento aparecerá como símbolo ou encoberto. São aqueles sonhos que não parecem
ter pé nem cabeça. Em muitos outros casos, nem sequer nos lembramos do que foi
sonhado.
Os atos falhos

O que foi reprimido não retorna somente através dos sonhos, mas também através de
ações concretas que realizamos “sem querer” em nosso dia a dia.

Voltando ao exemplo que abordamos anteriormente, um ato falho seria, por exemplo,
que no lugar de marcar o número de telefone do(a) parceiro(a), a pessoa ligasse “sem
querer” para aquele que lhe desperta atração.

Tudo aquilo que fazemos “sem querer querendo” corresponde ao conceito de ato
falho ou ato alcançado, uma forma de repressão. Falho porque não era isso que,
conscientemente, queríamos. Alcançado porque, no fundo, era isso que queríamos fazer.

Os lapsos de linguagem ou lapsos de escrita

Operam de uma maneira muito similar aos atos falhos, mas aparecem unicamente no
terreno da linguagem. São “erros” involuntários no momento de falar (lapsos de
linguagem) ou ao escrever (lapsos de escrita). Lembro-me de um que aconteceu
comigo: eu queria escrever para uma menina “você é bela”, mas sem querer omiti uma
letra e terminei escrevendo “você é ela”.

Também existem os lapsos de memória, nos quais esquecemos, momentaneamente, algo


que não tinha por que esquecermos. Por exemplo, o nome do chefe, ou inclusive de um
filho.

Os sintomas neuróticos

Os sintomas neuróticos são outro tipo de repressão. São ações mais ou menos
absurdas que empreendemos em nossa vida cotidiana, ou situações inexplicáveis que
sobrevivem sem sabermos o porquê. O que expressam é esse desejo que reprimimos e
que tenta se manifestar.

Por exemplo: uma pessoa que constantemente sente que vai provocar um incêndio e acaba
confirmando várias vezes que o fogão está desligado. Ou alguém que revisa três ou quatro
vezes se deixou a porta fechada, porque tem a impressão de tê-la deixado aberta.

Também há alguns casos como o de um funcionário que tenha sido maltratado por seu
chefe e queira responder, mas não tem coragem. Então, ele pode acabar perdendo a voz
ou começar a sentir dores em sua garganta.

As piadas

As piadas expressam o que está reprimido não no plano individual, mas sim no
social. Esta forma de repressão revela sentimentos de rejeição, desafia tabus e despe
desejos coletivos.

Há muitas piadas xenofóbicas, sexistas, etc., que permitem expressar sentimentos ou


ideias que, se ditas de outra maneira, seriam censuradas socialmente. Neste ponto, para
muitas pessoas, reside a graça de muitas delas.
O CAMINHO DA LIBERDADE

A maior parte das nossas dificuldades provêm dos laços fortes que criamos e
mantemos atados durante a nossa vida. O que nos prende pode ser um relacionamento,
a dependência dos pais, fatos do passado que não conseguimos esquecer, um vício ou um
comportamento. A verdade é que, apesar de saber e odiar essa situação, você acredita que
não conseguirá se libertar dela.

Felizmente, em algum momento, você conseguirá tomar uma decisão definitiva, seja
porque a situação se tornou insuportável ou graças a algum fato novo em sua vida.
É claro que libertar-se não é fácil. Depois de tomar essa decisão, aparecem as dúvidas, os
questionamentos e as perdas. Muitas pessoas não aprovarão esse novo comportamento;
libertar-se é um ato de coragem. Abaixo, listamos algumas situações que serão
enfrentadas nesse caminho rumo à libertação.

A perda de amigos

Sem perceber, você cultivou algumas amizades que o ajudaram a reforçar a ideia de que
esse vínculo é necessário. Eles são os primeiros a desaparecer quando você decide se
libertar. Alguns deles podem questionar suas decisões, aconselhá-lo a desistir e, se
você não aceitar, se afastarem.

Você se sente confuso

Uma decisão importante muitas vezes nos deixa confusos. Os seres humanos, são por
natureza, resistentes a mudanças, e a confusão faz parte desse processo. Encontramos
milhares de argumentos contra e a favor; não sabemos exatamente como agir.

Enfrentará muitos momentos de tristeza

Ainda que pareça estranho, quando perdemos os problemas passamos por um processo
de luto. Parece que perdemos um ente querido. Esses vínculos fazem parte de você e sua
ausência produz uma sensação de vazio e dor.

Você se torna monotemático

Você não consegue pensar em outra coisa e fica repetindo o mesmo assunto. Muitas
pessoas vão perceber a sua obsessão em falar do mesmo problema. Não se preocupe; isso
é normal.

Receberá muitas mensagens desencorajadoras

No início, muitas pessoas vão tentar fazê-lo desistir. Não dê ouvidos; seja determinado.
Continue buscando seu bem-estar e tranquilidade.

A insegurança aparece

Em muitos momentos, você pode se achar incapaz. As dúvidas aparecem: “será que
estou preparado para enfrentar esses desafios?”.
Mudança de hábitos

Aos poucos, você começa a mudar sua rotina: Procura conhecer pessoas e lugares
diferentes, fazer novas atividades ou ter um novo hobby. Nessa fase, a liberdade está
próxima.

Valorize-se

Você vai perceber que uma mudança na sua aparência e aquela viagem dos seus sonhos
podem ser ótimas ideias. Pode optar também por uma dieta mais saudável e dizer sim, ou
não, com maior segurança. Você começa a gostar mais de você mesmo.

Não há como voltar atrás

Valorize todo seu esforço e não volte atrás. Esta nova vida lhe trará uma sensação de
plenitude que você não vai querer trocar por nada. Você conseguiu!

CINQUENTA VERDADES DO MANUAL DO PESSIMISTA

Frases do Manual do Pessimista

1-O que se pode esperar de um dia que começa tendo que se levantar da cama?
(Wendy R. Ellner)

2-A única vez na vida em que a mulher é bem-sucedida na tarefa de mudar um homem
acontece quando ele é um bebê. (Natalie Wood)

3-Não há nada de errado com os adolescentes que não possa ser piorado ao argumentar
com eles. (Vários)

4-Mantenha os olhos bem abertos antes de se casar, e meio fechados depois. (Vários)

5-A única maneira de conservar a saúde é comer o que não se quer, beber o que não se
gosta e fazer aquilo que se preferiria não fazer. (Mark Twain)

6-As únicas pessoas normais são aquelas que você não conhece bem. (Joe Ancis)

7-Pare de se preocupar com a sua saúde. Ela vai ir embora. (Robert Orben)

8-A experiência é uma coisa maravilhosa: ela nos permite reconhecer um erro cada vez
que o repetimos.

9-Após um ano de terapia, meu psiquiatra me disse: “Talvez a vida não seja para
todos…” (Larry Brown)

10-Só porque você é paranoico não quer dizer que não estejam atrás de você.

11-Um pessimista é um otimista com experiência. (Don Marquis)


12-Não importa o que você decidir fazer; o mais provável é que você erre. (Ashleigh
Brilliant)

13-Eu sempre espero o pior e sempre acontece pior do que o esperado. (Henry James)

14-A vida é mais simples do que a gente pensa; basta aceitar o impossível, dispensar o
indispensável e suportar o intolerável. (Kathleen Norris)

15-Por que você tortura a si mesmo se a vida se encarregará de torturá-lo? (Laura Walker)

16-Nenhuma boa ação está livre de castigo. (Clare Boothe Luce)

17-A vida não é uma maldição atrás da outra; é a mesma maldição que se repete
várias vezes. (Edna St Vincent)

18-Bem-aventurado é o homem que nada espera, pois nunca sofrerá uma decepção.
(Alexander Pope)

19-As coisas vão piorar muito antes de piorar. (Lily Tomlin)

20-A vida é um negócio duro do qual ninguém sai com vida. (Herbert Frankel)

21-Pode ser um pecado pensar mal dos outros, mas raramente será um engano. (H.L.
Mencken)

22-Quando você tentar causar uma boa impressão a alguém, certamente irá cometer
alguma estupidez. (Tamara Valjean)

23-A diferença entre o gênio e a estupidez é que o gênio tem seus limites. (Autor
desconhecido)

24-Sempre que você quiser se casar com alguém, vá almoçar com a ex-mulher dele.
(Shelley Winters)

25-Quando um homem traz flores para sua mulher sem nenhum motivo, é porque
há um motivo. (Molly McGee)

26-Há tão pouca diferença entre maridos que sai mais em conta ficar mesmo com o
primeiro. (Adela Rogers St. Johns)

27-Envelhecer é melhor do que a alternativa de morrer jovem. (Vários)

28-Quanto mais a pessoa vive, menos futuro ela tem para se preocupar. (Ashleigh
Brilliant)

29-O problema de certas mulheres é que elas ficam excitadas por qualquer bobagem – e
depois se casam com esta bobagem. (Cher)

30-O sucesso é a capacidade de ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo.


(Winston Churchill)
31-Quando finalmente conseguirmos, já não o suportaremos. (Malcolm Forbes)

32-Existem duas tragédias na vida: uma é não conseguir o que se quer e a outra é
conseguir. (George Bernard Shaw)

33-Uma pessoa começa a se sentir jovem aos 60 anos, mas já é tarde demais. (Pablo
Picasso)

34-A primeira metade de nossas vidas é arruinada por nossos pais e a segunda, por
nossos filhos. (Clarence Darrow)

35-Corrija-me se eu estiver errado, mas a linha tênue que há entre a loucura e a sanidade
não ficou ainda mais tênue?

36-Começa com um príncipe beijando um anjo e termina com um careca olhando


para uma mulher gorda do outro lado da mesa. (Anônimo)

37-Felicidade é ter uma família grande, carinhosa, diligente, que se preocupa uns com os
outros e que esteja unida, mas em outra cidade. (George Burns)

38-O amor é fogo. Mas nunca se sabe se você vai aquecer o coração ou queimar sua
casa. (Joan Crawford)

39-Tenha coragem! Não importa o que você decidir fazer; o mais provável é que você
erre. (Ashleigh Brilliant)

40-O pão sempre cai com o lado da manteiga para baixo. (Provérbio inglês)
41-Não existe um problema tão pequeno que não possa ser aumentado de forma
desproporcional. (Stuart Hughes)

42-Quer case, quer não, você vai sempre se arrepender. (Paul Brown)

43-Quando uma jovem se casa, ela troca a atenção de muitos homens pela desatenção de
um. (Helen Rowland)

44-É melhor não saber como são feitas as salsichas e as leis. (Desconhecido)

45-Às vezes parece uma lástima que Noé e todos de seu grupo não tenham perdido a arca.
(Mark Twain)

46-Não há quase nada no mundo que outra pessoa não possa fazer um pouco pior e
vender um pouco mais barato. (John Ruskin)

47-Tenho dinheiro suficiente para o resto da minha vida, a não ser que eu compre alguma
coisa. (Jackie Mason)

48-Todo homem é completamente feliz duas vezes na sua vida: logo depois de conhecer
seu primeiro amor e logo depois de largar o último. (H.L. Mencken)

49-Cem mil lêmingues (roedores da Noruega, que se lançam à morte de um penhasco


seguindo o líder quando há excesso de população) não podem estar errados. (Vários)

50-Somente duas coisas são infinitas: o Universo e a estupidez humana. E não estou
seguro quanto à primeira. (Albert Einstein)

O QUE APRENDI LENDO MURAKAMI

Murakami é um dos raros escritores que gozam do acolhimento do grande público e


que ao mesmo tempo contam com a aprovação de grande parte dos críticos
literários. Por exemplo, se olharmos para a lista dos últimos prêmios Nobel de
literatura, encontraremos muitos autores desconhecidos para muitos leitores habituais,
para não falar do quanto eles podem ser anônimos para quem não desfruta do prazer da
leitura. Infelizmente Murakami nunca recebeu esse prêmio, mas pelo menos foi
considerado nos últimos anos.

Também é, talvez, um desses autores que escolhe títulos que poucas editoras
escolheriam e que falam do peso que o autor tem na hora de decidir detalhes que
envolvem os seus livros. Além disso, é talvez o autor com a melhor capacidade de
retratar um personagem de forma independente da etapa de vida pela qual está
passando

A cultura japonesa está muito presente em seus romances, especialmente a parte


cerimonial que os japoneses costumam conceder às relações de confiança. Por outro
lado, em seus personagens, desde os mais jovens até os mais velhos, sempre
encontramos esse ponto de tristeza que parece lhes dar a solidão que costuma
acompanhá-los. Em seus romances, a companhia parece ser um estado acidental, e
a solidão, o estado natural. Isso talvez também tenha muito a ver com a própria
personalidade do autor, que confessa ser uma pessoa muito introvertida.

A força de vontade não está tão presente quanto pensamos

Quem passa o dia exercitando sua força de vontade escolheu um plano de vida
equivocado. Murakami aborda este tema de forma extraordinária quando se refere ao
exercício. Neste sentido, muitas das pessoas que praticam esportes todos os dias são
reconhecidas por outras muitas como possuidoras de uma enorme força de vontade.
Talvez seja verdade que dentro deste grupo haja pessoas assim, mas para a maioria das
pessoas que realizam uma atividade física durante anos, elas não fazem isso
contando com a vontade.

Elas fazem isso porque para elas é mais fácil, mais divertido e mais motivador do que
outras alternativas. Elas preferem uma hora de exercícios do que um hora de reunião ou
de aulas de inglês, preferem isso a muitas outras atividades. O contrário, salvo por
motivos de saúde, seria uma tortura que poucas vontades aguentariam.

Neste sentido, existem muitas atividades mitificadas; por exemplo, lembro do caso de
um rapaz que sentia um prazer enorme em ficar em casa numa noite de sábado lendo
tranquilamente e que, pelo contrário, enfrentava uma prova de vontade ao ter que passar
um tempo em uma discoteca.

Parece que as coisas saudáveis, recomendáveis e positivas têm que ser, além disso,
pouco apetecíveis, ingratas e desmotivantes. Pelo contrário, o oposto parece ser a
tentação, o desejo, o capricho. No entanto, muitas vezes não é assim e é aqui
que começa a confusão da vontade. Assim, podemos passar um tempo nadando contra a
corrente, mas uma vida fazendo isso não faz sentido.
Até no injusto costuma haver uma espécie de justiça

O mundo é dividido em dois tipos de pessoas: aquelas que “comem pelos cotovelos”
e não engordam, e aquelas que têm uma capacidade especial para integrar em seu corpo
qualquer caloria que se aproxima. O normal é que o primeiro grupo seja motivo de
inveja para o segundo. Na verdade, nunca ouvimos um comentário no outro sentido.
“Que inveja, você pode comer de tudo e não engorda!”.

No entanto… essa espécie de injustiça genética tem sua contrapartida. As pessoas


com uma maior tendência a engordar costumam cuidar mais de sua alimentação,
preocupam-se em seguir uma dieta mais variada e em não torturar seu metabolismo
com refeições exageradas quando seu ritmo é muito baixo. Desta forma, não é raro que
uma pessoa que esteja acima do peso recomendado para sua altura tenha um exame de
sangue muito mais equilibrado e saudável do que o de uma pessoa muito magra.

Assim, as pessoas que são mais sensíveis às flutuações de peso contam com um “sinal
de alarme” que dispara mais facilmente diante de muitos problemas de saúde. Por isso,
essa é uma vantagem que muitos de nós ignoramos. Além disso, este é apenas um
exemplo de algumas situações que consideramos negativas enquanto ignoramos as
vantagens que elas também têm.
Ser diferente tem um preço

A globalização desenfreada que estamos testemunhando nos últimos anos é a fusão de


culturas, mas em grande parte também está tendo como efeito a homogeneização das
mesmas. Por outro lado, estamos em um mundo competitivo em que a criatividade é
tão escassa que seu preço é enorme. Assim, de alguma forma, todos nós queremos ter
uma voz própria, um estilo próprio, ao mesmo tempo em que queremos que os grupos
com os quais nos identificamos nos acolham. É o paradoxo de querer parecer com os
outros sendo diferentes.

Bem, independentemente do tipo de motivação para isso, a verdade é que não há


pessoas iguais. O preço exato por essas diferenças são as discussões, os mal-
entendidos e os desentendimentos. Sim, isso de que gostamos tão pouco.

Assim como você e eu, os personagens de Murakami são muito diferentes e desfrutam dessas
diferenças pagando o mesmo preço que nós.

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Não entregue sua liberdade a ninguém

Ninguém merece carregar esse peso nem ter esse privilégio em suas mãos. Ninguém e
nem nada, uma vez que atingimos a idade adulta. Seja uma pessoa que você ama ou um
trabalho que você gosta. Não é só porque a sua liberdade é um privilégio que deveria
pertencer a você de forma intrínseca (dentro dos limites da lei, como é óbvio), mas
porque se você entregar sua liberdade a alguém ou a algo, estará condenando-a ao
mesmo tempo.

Talvez no início você consiga suportar, mas mais cedo ou mais tarde você vai acabar
se arrependendo. Isso provavelmente vai fazer com que a relação que você tem com a
pessoa amada acabe ou se deteriore, ou vai fazer com que você deixe de sentir toda essa
paixão pela profissão que antes te completava.

Amamos as pessoas de corpo e alma

“Não estava claro quem era ela. Não era mais que um ser. E estava dotada de uma
habilidade especial que permitia separar o corpo do coração. ‘Te ofereço um dos dois’,
disse a Tsukuru. ‘Ou o meu corpo ou o meu coração, não posso dar os dois. Por isso
você tem que escolher um agora mesmo, porque o outro darei a outra pessoa’, disse
ela. No entanto, Tsukuru a desejava por inteiro. Não podia aceitar que ela entregasse a
outra metade a outro homem. A ideia lhe parecia insuportável”.

“E queria dizer que, se tivesse que ser assim, não queria nada dela, mas não podia
dizer isso. Era incapaz de avançar ou retroceder”.
-H. Murakami. A Peregrinação do Rapaz Sem Cor-

Nada melhor do que as próprias palavras do autor para explicitar sua própria reflexão. É
que o amor tem uma poderosa parte química, mas não é menos certo que tem uma
poderosa parte física. Renunciar a alguma das duas dimensões é ferir mortalmente o
próprio amor. Condená-lo a uma insatisfação perpétua que não vai tardar a acabar com
ele. Talvez conceitualmente possamos separar alma e corpo, mas o amor
precisa que ambos formem uma orquestra para tocar em sintonia.

Certamente se você se aproximar da obra de Murakami, será capaz de retirar seus


próprios ensinamentos. Pode ser que seus personagens não falem muito, mas seus
livros são uma comunicação aberta para a reflexão, para o enriquecimento pessoal e,
acima de tudo, para a apreciação.

“Algum dia a morte pegará na nossa mão. Mas até o dia em que ela nos pegar, nos
veremos livres dela. Eu pensava assim. Me parecia um raciocínio lógico. A vida está
neste lado; a morte, no outro. Nós estamos aqui, e não ali”.
-H. Murakami. Tokio Blues-




Reco

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