Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
15706
2021/2022
Índice:
TÓPICO 1 - Papel de um técnico auxiliar de saúde
TÓPICO 17 - VIH
Introdução
Além disso, numa vertente mais prática, é uma forma de frequentar formação inserida nas
horas que a minha entidade patronal tem de disponibilizar aos colaboradores.
Autobiografia
Chamo-me Natália Madeira Braz Cravo, tenho 46 anos, sou natural de França, mas sou
Portuguesa. Tenho 2 filhos o Pedro e o Bruno.
Gosto muito de caminhar, ler e passear com a minha família.
Trabalho no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), em Coimbra, que fica a 15Km
da minha residência. Trabalho no CHUC há 2 anos e meio. Nesta instituição, atualmente estou
a exercer funções de Técnico Auxiliar de Saúde.
Considero-me uma pessoa responsável tanto no trabalho como a nível pessoal, gosto muito
de conversar por isso acho que a comunicação no trabalho é muito importante.
Considero me uma mulher guerreira por tudo o que já passei e continuo de pé sempre bem-
disposta e com um sorriso nos lábios embora por vezes apeteça chorar. Casei com 20 anos e
divorciei me 15 anos mais tarde num processo de divorcio muito complicado e ruim. Sou
teimosa, persistente e quando quero alguma coisa luto por ela até ao fim. Sou amiga da minha
amiga amo os meus filhos até ao infinito como lhes costumo dizer todos os dias. Sou religiosa
não praticante embora tenha em casa um pequeno santuário em que acendo as minhas velas
e peço a DEUS que me dê forças para continuar e acredito que eles me ouvem.
Gosto de dançar toda a noite com os meus amigos, gosto de ver tv com os meus filhos e de
jogar no telemóvel.
No meu trabalho que adoro faço-o com muito empenho com muito carinho e amor. Porque
quem está naquelas camas são seres humanos que apesar do mau humor que possam ter
estão certamente com medo com duvidas e rodeados de gente estranha e num ambiente que
não lhes é conhecido num momento mais frágil da vida deles.
Embora haja dias em que eu mesma so me apeteça chorar tento dar o melhor de mim todos
os dias.
Tento dar o melhor de mim com o maior respeito e carinho por todos tratando os todos por
igual, mas sempre tendo a atenção divida da idade deles.
Mas o trabalho em si se não tivermos uma boa equipa em que todos se deem bem e saibam
conversar entre si torna o trabalho muito mais difícil do que já é. Tem que haver respeito pelos
doentes e entre colegas.
Na minha vida profissional já fiz muita coisa entre os quais trabalhei em fábricas,
supermercados e lares de idoso daí a minha vida tenha sido grande parte dela a tratar de
idosos. Não imagino a minha vida a fazer outra coisa embora se me tivessem dito a alguns
anos atras que eu iria trabalhar nesta área na altura diria que nunca iria fazer isso.
Hoje adoro.
Curriculum Vitae
• DADOS PESSOAIS:
Nome: Natalia Madeira Braz Cravo
3150-134 Condeixa-a-Nova
Contacto: 929012155
Email: nataliacravo75@gmail.com
Nacionalidade: Portuguesa
CC: 10955665
NIF: 205249647
• HABILITAÇÕES LITERÁRIAS:
- 12º Ano de escolariedade, com média de 12 valores na Escola Secundaria de Condeixa a Nova.
• FORMAÇÃO PROFISSIONAL:
-Carta de Condução: C- 596385 7, desde 1996.
• EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL:
-PT CONTACT, entre Maio de 1999 e Fevereiro de 2008, onde desempenhava as funções de
comunicadora num Call Center.
-IMPERCASA, entre Agosto e Novembro de 2008, com a função de Comercial, em part time.
-OPTIMUS, nas equipas Best, entre 2008 e 2009, como gestora comercial em que lidava
diariamente com empresas e particulares na venda de produtos da rede fixa, movel, internet
e banda larga.
-CARITAS, em Cernache, com a função de auxiliar de 2º, na area do apoio domiciliario, em que
lidavamos com os idosos na sua limpeza e alimentação, durante 6 meses em regime de
substituição de férias entre Agosto e Dezembro de 2010.
-FARMALABOR, durante 2 meses do ano 2012, com a função de Embaladora numa fábrica de
medicamentos e loções corporais, em regime de substituição de baixa.
-INTERMARCHE de Condeixa-a-Nova entre Março de 2016 ate Outubro desse mesmo ano.
● Ele auxilia os enfermeiros nos cuidados de higiene e conforto aos doentes, ajudando os
enfermeiros a dar banho aos doentes e a posicioná-los para que tenham um melhor conforto.
● Limpa, desinfeta e esteriliza os materiais e equipamentos que são utilizados nos diferentes
serviços ou então transporta-os para o serviço indicado para a sua esterilização ou desinfeção.
● Tem de trocar os sacos do lixo quando estiverem com ¾ da sua capacidade por vazios e levá-
los para os locais corretos e transportá-los consoante o seu grau de risco de infeção.
equipa de saúde; deve trabalhar em conjunto com os outros profissionais; têm que atuar na
área da sua competência e reconhecer as outras especialidades e manter o desempenho das
suas funções.
Tópico 2
A comunicação é o elo que nos liga às outras pessoas, por isso uma boa comunicação entre
profissionais, utentes e família proporciona uma melhor compreensão do estado de saúde do
doente e qual as necessidades a realizar para uma melhor recuperação.
O técnico auxiliar de saúde tem que comunicar de uma forma clara, precisa e assertiva, para
compreender e satisfazer as necessidades dos doentes, de forma mais eficaz influenciando os
comportamentos no sentido de promoção de saúde e prevenção de doenças. Quando há uma
comunicação assertiva, há demonstração de segurança, decisão e firmeza nas palavras e
atitudes. Assim o doente fica mais confiante, aumenta o respeito e admiração pelo
profissional de saúde. Uma comunicação assertiva, aumenta a proximidade entre as pessoas
e uma maior satisfação nessa mesma comunicação.
A comunicação em saúde com doentes e familiares, tem de ser uma comunicação clara,
precisa e assertiva e ao longo do tempo é personalizada. É uma comunicação feita à medida
das necessidades de cada doente naquele momento, adaptado ao seu nível cultural e estado
cognitivo, isto é, temos que adaptar a comunicação à situação e recetor em causa de forma
que a mensagem seja realmente compreendida. Há doentes que necessitam de uma
comunicação mais simples e clara, com termos não técnicos, para que percebam o que o
profissional lhe está a tentar comunicar, em relação ao seu estado de saúde.
Tópico 3
O plano de prevenção e controlo de infeção, foi criado para reduzir e prevenir as infeções
associadas aos cuidados de saúde, aplicando os princípios epidemiológicos e científicos.
Estas infeções associadas aos cuidados de saúde, são infeções que ocorrem durante a
prestação de cuidados a um doente, num hospital ou em instituições de saúde, que não
estavam presentes no momento da admissão. São provocadas por agentes resistentes e 30%
a 40% são resultado da falta de higienização das mãos dos profissionais.
Por isto, foi criado um programa nacional de controlo e prevenção, que consiste na criação,
dentro das próprias instituições de saúde, de uma comissão de controlo de infeção, que
implementou um plano operacional de prevenção e controlo. Tem como objetivo analisar e
interpretar toda a informação de retorno, sobre as infeções nas unidades de saúde, conhecer
melhor as ocorrências nacionais e reunir esforços para que haja uma diminuição das infeções,
contribuindo para a segurança dos doentes.
A população que abrange este programa, são todos os utilizadores da rede de cuidados de
saúde primários, de cuidados continuados, das unidades privadas e todos os profissionais de
saúde que prestam cuidados de saúde diretamente ou indiretamente (profissionais de
transportes, voluntariado, etc..).
1. Vigilância epidemiológica
2. Formação / Informação
Foram criadas estratégias para reduzir os problemas de infeção, associada aos cuidados de
saúde na qual, foi assumir a IACS, como um programa de qualidade e segurança para os
doentes; estabelecer critérios claros para a prevenção e controlo de infeção; incentivar e
promover um ambiente seguro nas unidades de saúde e boas práticas de higienização; utilizar
os desinfetantes, antibióticos e antissépticos de modo racional; ter recursos e meios
de isolamento dos doentes, nas unidades de saúde e na utilização de equipamentos de
proteção individual.
O objetivo deste plano em relação aos profissionais e aos utilizadores da rede de cuidados de
saúde, é estabelecer orientações de boas práticas, ter um manual de procedimentos em todas
as unidades, para realizar auditorias internas dos procedimentos e às estruturas de prevenção
e controlo de infeções. Tem que haver uma boa formação dos profissionais, sobre os riscos
que correm, na prevenção e controlo de infeções e tem que haver uma melhor informação
dos utilizadores da rede de prestação de cuidados.
Depois foram criadas estratégias para saber se estes planos eram produtivos. Para isso foi
preciso registar e monitorizar a eficácia das atividades desenvolvidas, na qual vão melhorar a
informação e o conhecimento epidemiológicos. Estas estratégias são de assegurar uma
vigilância epidemiológica ativa, através da identificação dos casos e de colocar um sistema de
alerta de infeções por agentes resistentes. Dar todas as informações em tempo útil aos
profissionais de saúde e aos órgãos de gestão dos resultados com impacto no IACS. Estabelecer
um sistema de deteção e notificação dos IACS nos centros de saúde, hospitais e assegurar uma
melhor comunicação entre essas
unidades, para identificar surtos e reduzir o risco de transmissão cruzada. Tem que haver uma
participação na rede nacional de registo do IACS.
A célula é a unidade básica do Corpo Humano. É através dela que se constituem os 6 níveis
estruturais que formam os sistemas orgânicos. O 1º nível corresponde ao nível químico, onde
há interação dos átomos e é através destas combinações que se formam as moléculas. O 2º
nível corresponde ao nível celular, que é a combinação entre as moléculas da qual se formam
as células. O 3º nível é o nível dos tecidos, é um conjunto de células, que formam os tecidos,
que podem ser epiteliais, musculares, conjuntivos e nervosos. O 4º nível é o nível dos órgãos,
é um conjunto de tecidos, que desempenham uma ou várias funções que formam os órgãos.
O 5º nível é o nível do sistema orgânico, é um conjunto de órgãos, considerado uma unidade,
na qual apresenta uma ou mais funções comuns que formam os sistemas orgânicos. E por
último existe o 6º nível, que é um conjunto de sistemas, que constitui o organismo global, do
ser humano.
● Sistema respiratório
● Sistema urinário
● Sistema osteoarticular
● Sistema gastrointestinal
● Sistema reprodutor
● Sistema neurológico
● Sistema endócrino
● Sistema muscular
Tópico 5
Uma situação de risco de vida iminente, é quando, por exemplo, uma pessoa tem sintomas e
sinais de alerta, que vai ter um acidente vascular cerebral. Perante uma pessoa destas, temos
que ter em atenção a esse sinal, que são designados como os 5F’s. Temos que ter atenção à
fala, à face, à força, à falta de visão súbita e a fortes dores de cabeça. Se detetarmos que a
pessoa está com dificuldade em falar, se está com a boca de lado, com falta de força
de um dos lados do corpo, perda súbita de visão num ou nos dois olhos e dor de cabeça súbita,
há uma enorme probabilidade de esta pessoa estar a ter um AVC. Perante esta situação tem
que se chamar de imediato o 112, para prestar os primeiros socorros e transportá-la
devidamente acompanhada para o hospital, pois se não for vista por um médico, num curto
espaço de tempo, pode falecer ou ficar com sequelas graves para toda a vida.
Há várias causas para que ocorra um AVC. Uma delas é a causa aterosclerótica, que acontece
quando ocorre uma obstrução de uma artéria ou veia por placas de aterosclerose, que vai
reduzindo o calibre das mesmas, dificultando a passagem do sangue em quantidades e
velocidades normais, até que interrompem totalmente a passagem sanguínea a uma área do
cérebro, aonde deixa de ser irrigada, por consequência as células cerebrais deixam de receber
oxigênio e morrem. Este é considerado um AVC isquémico.
A pessoa também pode ter um AVC hemorrágico, que acontece quando há uma rutura da
artéria ou veia, por uma obstrução. As mesmas não suportam a pressão e rebentam
espalhando o sangue pela caixa craniana.
Tópico 6
Perante uma vítima encontrada no chão inconsciente, tem que se verificar em primeiro lugar
antes de chegar ao pé dela, as condições de segurança para dar início ao auxílio. Ao chegar ao
pé da vítima, temos que
abaná-la suavemente e perguntar-lhe se ela está bem. Com isto vai-se perceber se está
consciente ou não. Se ela responder, perguntamos se está tudo bem, tentamos perceber o
que aconteceu, estando vigilante e deixamos a vítima na posição em que a encontrámos.
Se ela não responder gritamos por ajuda, colocamos a vítima em posição dorsal e
permeabilizar a via aérea (elevação do queixo e extensão da cabeça e abrimos a boca) e
fazemos o VOS, colocamos a nossa cara junto à boca dela e vemos se há movimentos torácicos,
ouvimos se há sons respiratórios e sentimos a respiração da vítima no nosso rosto. Esta
avaliação deve demorar 10 segundos.
Se a vítima não respira, chamamos de imediato o 112, dando a localização o mais exata
possível, descrevendo o estado da vítima, dando conhecimento que se vai iniciar o SBV.
Começamos a fazer as manobras de suporte básico de vida, na qual começa-se por fazer 30
compressões torácicas (o socorrista coloca as mãos com os dedos entrelaçados sobre o
esterno acima do apêndice xifoide), o tórax deve descer pelo menos 5 cm. De seguida inclina
se a cabeça para trás, tapa-se o nariz da vítima e faz-se 2 insuflações. Faz-se mais 30
compressões torácicas e 2 insuflações e assim sucessivamente. Só devemos parar quando a
vítima começar a respirar, abrir os olhos, mexer-se, até ao cansaço do socorrista e chegar a
ajuda diferenciada.
É muito importante quando há uma paragem cardíaca, fazer esta reanimação o mais rápido
possível para haver circulação sanguínea no coração e ar nos pulmões, para salvar a vítima. A
paragem cardíaca é a principal causa de morte.
Tópico 7
Uma prestação de saúde com qualidade, significa que é dado a um doente um atendimento
de excelência, isto é, quando entra numa instituição prestadora de cuidados sai de lá satisfeito
com esses mesmos serviços. Esta qualidade deve ser definida pela opinião dos utentes, dos
prestadores de saúde e pelos gestores.
Para haver uma prestação de saúde com qualidade, é necessário haver Efetividade - os
cuidados de saúde prestados correspondem às necessidades do doente; Eficácia - é quando
todos os serviços são realizados corretamente, atingindo o grau de satisfação e objetivos
atingidos ; Eficiência - procurar que os cuidados de saúde sejam feitos com os recursos mais
adequados e sem desperdício dos mesmos; Acessibilidade - tem que haver uma prestação de
cuidados de uma forma acessível a cada utente; Equidade - os cuidados de saúde tem que ser
para todos, independentemente da raça, cultura, condições socioeconómicas, estatuto, etc.
Segurança - a recomendação de boas práticas, no cuidado de saúde, por forma a minimizar os
riscos e danos desnecessários. Também é necessário haver uma satisfação dos profissionais
de saúde, dos doentes, haver uma continuidade dos cuidados, existir uma boa estrutura física
e organizacional da instituição, uma maior competência e empatia dos profissionais.
Para haver implementação da qualidade, tem que haver uma acreditação da instituição
prestadora dos cuidados de saúde. O doente quando procura uma destas instituições, sente-
se mais confiante, mais seguro dos cuidados que vai ter.
Os cuidados de higiene e conforto são muito importantes para os doentes, pois muitos deles
é neste período que passam por momentos agradáveis e de descontração. Estes cuidados
servem para manter o doente limpo e descontraído, o que contribui para a sua autoestima.
Eles ficam mais despertos, mais bem-dispostos, mais bem-humorados para enfrentarem mais
um dia de internamento. Se não houver um bom cuidado de higiene e conforto, vai haver um
desequilíbrio entre os sistemas do corpo humano, o que pode levar à doença. A higiene é
necessária
Temos que ajudar nas tarefas de alimentação e hidratação do doente. Temos que preparar o
pequeno-almoço e acompanhar o mesmo durante a refeição. Temos que ter atenção quais os
doentes que podem comer normalmente, pois os que têm sondas naso- gástricas, tem que ter
uma supervisão do enfermeiro, pois são eles que administram os pequenos-almoços. Alguns
doentes podem ir fazer exames, cirurgias e não podem comer antes de serem realizados.
Quando um doente está em recusa alimentar, temos que informar o enfermeiro e tentar
perceber o porquê dessa recusa.
Ao dar banho ao doente, percebo que o penso se descolou, na qual tenho que informar
imediatamente o enfermeiro, para ele ver o estado da úlcera de pressão para de seguida lhe
fazer um novo penso.
Como sou a única pessoa disponível no serviço, ao atender o telefone, tenho que me
identificar e identificar o serviço. Tenho que falar com um tom de voz cordial, com um
vocabulário simples e claro. Pedir a identificação da pessoa que está a telefonar. Eu como
auxiliar, não posso dar nenhuma informação sobre o estado do doente. Informo a pessoa, que
de momento não está nenhum profissional de formação superior disponível e pedia-lhe o
contacto para ser contactada mais tarde, para assim lhe darem todas as informações sobre o
estado clínico do marido. Tenho que mostrar foco no que a senhora me está a dizer e entender
qual a informação pretendida para satisfazer as suas necessidades ou então para comunicar
ao profissional superior quando ele chegar.
Não foi respeitado o princípio da autonomia e responsabilidade individual, pois o doente não
queria tomar banho de manhã na qual o enfermeiro não respeitou a sua decisão e mesmo
assim deu-lhe banho matinal. Este princípio diz
que todo o doente tem direito a tomar as suas decisões, desde que tome a responsabilidade.
Todo o profissional de saúde tem que respeitar essas decisões e quando tem que fazer alguma
intervenção há que ter o consentimento do doente.
É respeitado o princípio da confidencialidade de dados, pois eu como auxiliar não posso dar
nenhuma informação clínica ao familiar do doente.
Na passagem de turno da manhã para o da tarde, comunico aos meus colegas todas as
informações sobre os doentes. Há quanto tempo é que foram posicionados, quais os que
queriam fazer a sua higiene da parte da tarde, todos os procedimentos de limpeza que foram
realizados, que os pensos, gases, algálias, sondas e todo o material que os enfermeiros
necessitam para aplicar num doente estão todos arrumados e estão em stock. Informar os
colegas que há um doente que termina a sessão de hemodiálise às 17 horas e é preciso ir
buscá-lo e transportá-lo novamente para o serviço.
Quando entro ao serviço tenho que me fardar, tem que ser uma farda limpa pois esta não
pode andar suja. Há a mudança de turno e os colegas passam-nos todas as informações
necessárias para a continuação do nosso turno. Começa-se com o auxílio aos enfermeiros na
higienização dos doentes tanto no leito, como aos que podem ir fazer a sua higienização à casa
de banho. Antes de começar com o processo de higiene, temos que colocar tudo o que é
necessário para a poder realizar, como, toalhas, produtos de higiene, creme de hidratação,
água quente (morna), roupa para vestir ao doente. Antes do contato com algum doente temos
que fazer a higienização das mãos, calçar as luvas e só depois é que começamos a fazer a
higiene ao doente. Descalçamos as luvas, higienizando as mãos, voltamos a calçar outras luvas
limpas para mudarmos a roupa suja da cama e colocamos a mesma logo dentro de um saco e
atamos. Descalçamos as luvas, desinfetamos as mãos e fazemos a cama com roupa lavada, na
qual a seguir o doente pode voltar para a mesma. De seguida preparamos o pequeno-almoço
e acompanhamos o doente na sua alimentação. Após o pequeno-almoço, o auxiliar tem que
lavar e desinfetar todo o material das refeições que pode ser manualmente, mecanicamente
ou quimicamente. Se os enfermeiros colheram amostras biológicas para análise, cabe a nós,
depois de higienizar as mãos e calçar as luvas, verificar se os recipientes estão bem fechados
e acondicioná-los em recipientes próprios para os transportar para o serviço adequado.
Há que fazer a limpeza e a higienização do espaço onde o doente está internado. Temos que
ter o cuidado para não desligar nem alterar os dispositivos médicos sob pena de prejudicar o
mesmo. Ao fazer a limpeza do espaço, temos que recolher, transportar, fazer a seleção dos
resíduos hospitalares e pô-los nos respetivos sacos adequados, dependendo do seu grau de
risco de infeção. Entretanto é hora de almoço, na qual distribuímos as refeições com a
supervisão e orientação do enfermeiro. Acompanhamos o doente durante a refeição. No final
temos que recolher e voltar a lavar e desinfetar o material utilizado na refeição.
Se durante o turno, houver necessidade de transportar um doente, por exemplo para realizar
exames médicos e se ainda á hora da mudança de turno não tiver despachado, tenho que
informar os colegas que vão entrar ao serviço, que o doente da cama …, não se encontra na
sua cama e que é necessário depois ir buscá-lo ao local onde se encontra.
Se durante o meu turno, algum doente for transferido para outro local, tenho que auxiliar o
transporte e também informar o próximo turno do sucedido.
Durante o meu turno, também tenho o dever de manter os doentes o mais confortável
possível, como por exemplo, realizar os posicionamentos juntamente com o enfermeiro.
Antes de terminar o turno, temos de repor, arrumar todo o material e equipamentos nos locais
próprios, de modo que quando são solicitados pelos enfermeiros ou médicos, temos que os ir
buscar de uma forma rápida e organizada.
Chegou a hora de mudança de turno. Tenho que comunicar aos meus colegas que vão entrar
ao serviço, todas as ocorrências mais significativas que aconteceram durante o meu turno.
~
Tópico 9
Tem que levar os doentes ao WC em cadeira de rodas, quando eles conseguem estar sentados
e sem alteração de postura corporal. O TAS tem que lavar as mãos, preparar o material
necessário para higiene, manter as portas e janelas fechadas para não haver correntes de ar.
Tem de informar o doente dos procedimentos que se vai realizar, mantendo a sua privacidade
fechando a porta e cortina. Tem de calçar as luvas, retirar a roupa do doente e colocá-la no
saco, ajudá-lo a entrar para o chuveiro, auxiliá-lo e orientá-lo a executar a sua higiene sempre
de cima para baixo. Depois do banho a pele tem que ser bem seca e hidratada ( CREME ATL ).
O auxiliar descalça as luvas e veste o doente, seca lhe o cabelo e incentiva-o a realizar a higiene
oral e de seguida lava as mãos. Devemos sempre estimular o doente, para que ele ajude e
participe nas suas atividades da vida diárias. Após estas tarefas, o auxiliar leva o doente
novamente para o quarto e sentado num sofá e verifica se ele fica confortável.
Deve ser realizado por 1 pessoa, se o doente conseguir ajudar, ou por 2 pessoas. Para esta
realização é necessário luvas, 2 bacias, manápulas, gel de banho, elixir, toalhas, lençóis,
fronhas, saco de roupa suja, fraldas e resguardos. Tem que se informar o doente do que vai
ser feito para que ele possa ajudar o auxiliar. As portas e janelas tem que ser fechadas para
que não haja correntes de ar e fecha-se as cortinas para que ele tenha privacidade no
procedimento da sua higiene. Começa-se por lavar as mãos e preparar o material necessário
á sua higiene. Calça-se as luvas, começa se por retirar a roupa da cama da parte de cima,
coloca-se o doente em decúbito dorsal e começa-se a despi-lo e cobri-lo com um lençol.
Começa-se por lavar a cabeça (posiciona-se o doente na diagonal de modo que a cabeça fique
na beira da cama, coloca-se um resguardo impermeável debaixo do doente e outro na fronha,
uma bacia debaixo da cabeça e começa-se a lavá-la. De seguida limpa-se com água limpa e
abundante para tirar o resto do shampoo, seca se bem o cabelo, penteia-se e coloca-se o
doente numa posição mais confortável). De seguida lava-se a cara, lavando os olhos com soro
fisiológico no sentido de fora para dentro, seca-se bem com uma compressa e utiliza-se uma
área diferente da compressa para cada olho. A seguir lava-se os braços, o tórax, o abdómen,
pernas e pés. Utilizamos 1 bacia para realizar estes procedimentos e a outra bacia é para fazer
os cuidados de higiene aos genitais. À medida que o doente é lavado, a pele tem que ser logo
seca. De seguida colocamos o doente em decúbito lateral, enrola-se logo o lençol de baixo até
à costa, que é para de seguida se colocar o lençol lavado e limpo após os cuidados de higiene
às costas e à região nadegueira. Por fim faz-se a lavagem dos genitais e zona anal. Esta lavagem
no sexo feminino tem que ser feita de frente para trás e de dentro para fora. No sexo
masculino, tem que se desdobrar o prepúcio do pénis e lavar a glândula, mas não se pode
secar. De seguida dobra-se o prepúcio para não garrotar. O material usado neste cuidado de
higiene, não pode entrar em contato com a água e tem que ir logo para o lixo. Após a higiene
feita, toda a pele do doente tem que ser hidratada. Retira-se o lençol e resguardo sujo e
coloca-se de imediato toda a roupa num saco de lixo de cor preto. Retira-se as luvas, lava-se
as mãos e coloca-se um resguardo, lençol limpo, coloca-se o doente em decúbito dorsal e
começa-se a vesti-lo. Volta-se novamente a penteá-lo, desfazer a barba (HOMEM), limpa-se e
corta-se as unhas. Faz-se o resto da cama e deixa-se o doente confortável. A lavagem da boca
acontece
após cada refeição, toma de comprimido e antes de ir para a cama. A um doente que não
tenha prótese, tem que ser realizada a escovagem dos dentes com a escova a 45 graus,
realizando movimentos verticais desde a gengiva até à extremidade do dente. A língua é limpa
de dentro para fora e no final bochecha-se a boca utilizando um antisséptico oral. A um doente
que tenha prótese tem que retirá-la e escová-la fora da boca. Na gengiva, na língua e no
palato, utiliza-se uma escova muito macia. Por fim, o doente deve enxaguar bem a boca e deve
colocar a prótese. No final de realizar todos os cuidados de higiene e conforto, deve-se
arrumar, limpar todo o meio envolvente ao doente e lavar se as mãos.
Tópico 10
Cada ser humano, tem que estar bem nutrido, para prevenir doenças, para ter um bom
desenvolvimento físico, mental e uma boa qualidade de vida.
As necessidades nutricionais de cada ser humano varia de acordo com a idade - uma criança
tem maiores necessidades nutricionais, pois está em desenvolvimento. Em adulto, deve-se
comer, para manter um bom funcionamento do organismo. No idoso as necessidades
nutricionais vão diminuindo, há uma diminuição da necessidade de ingerir alimentos; Doença
- uma pessoa doente não tem tanta vontade de comer como uma pessoa saudável, por isso a
nível hospitalar, existem vários tipos de dietas conforme a patologia dos doentes: dieta geral,
dieta mole, dieta líquida, dieta sem glúten, dieta diabética, dieta hipossalina, dieta
hipocalórica, dieta híper ou Hipo proteica. Estas dietas, dependem da sua situação clínica, se
podem ou não deglutir e servem para satisfazer as necessidades nutricionais de
cada doente; Religião - os doentes com certas religiões (muçulmanos, judeus indianos), não
comem determinados alimentos. Por isso tem restrições na sua dieta; Situação
socioeconómica - vai influenciar o que se come, pois só se compra o que se pode e por vezes
não há dinheiro para comprar os alimentos mais benéficos para a saúde; Cultura - interfere
nas necessidades nutricionais pelos hábitos alimentares e como se cozinha em determinados
pontos do mundo (utilização de especiarias, utilização de pouco sal ou muito sal, de
condimentos, etc.); o apetite também pode levar às diferentes necessidades nutricionais de
um indivíduo e também a boca seca por diminuição do número de papilas gustativas na
língua. Por esse motivo, é muito importante que a comida tenha um bom aspeto e cheire bem
para despertar nessas pessoas uma boa alimentação saudável.
Tópico 11
As alterações físicas variam de pessoa para pessoa. Para uns é mais cedo do que para outros.
Depende dos estilos de vida, de fatores genéticos, ambientais, sociais, económicos e atividade
física. Os sinais do envelhecimento são aqueles que estão mais visíveis, vai havendo queda de
cabelo, a pele vai ficando enrugada e há uma alteração nos órgãos dos sentidos.
Na pele, vai havendo perda de tecido subcutâneo e gordura o que leva ao aparecimento das
rugas, ela fica mais flácida e fina. As pessoas ficam mais sensíveis ao frio pela perda da
gordura; há diminuição de colagénio e fibras elásticas a pele fica mais fina e seca e com esta
fragilidade o idoso tem mais probabilidade de ter lesões, havendo riscos de infeções (úlceras
de pressão); há um aumento de fragilidade capilar, o cabelo fica fino e fraco; há uma
diminuição de glândulas sudoríparas, o idoso perde a capacidade de suar e fica com mais
sensibilidade ao calor pois a pele não arrefece por falta de sudação.
Os órgãos dos sentidos também são afetados pelo envelhecimento. Na visão a capacidade de
ver é reduzida com o avançar do tempo. A audição vai diminuindo porque há uma perda de
células auditivas, o paladar e o olfato sofrem alterações, porque os seus recetores são
afetados por isso há uma necessidade de estimular a comida com a adição de especiarias ou
ervas aromáticas para terem um bom sabor.
Tópico 12
A criança só deve ser hospitalizada, quando for estritamente necessário, pois este
internamento pode levar a experiências traumáticas, stress e ansiedade, tais como, a
separação do ambiente familiar, as alterações das rotinas do dia-a-dia, o que prejudica o seu
estado de saúde. A criança entra num mundo desconhecido, onde ela não conhece ninguém,
sente dor e sofrimento por causa da doença e por estar num sítio totalmente diferente, onde
lhe é limitada a sua liberdade e onde a sua privacidade é afetada devido aos cuidados que os
profissionais têm que lhes prestar.
A reação a este tipo de stress depende da idade, de experiências prévias com a doença,
gravidade e sintomas a ela associadas, sistema de suporte e capacidade de defesa.
TOPICO 13
Segundo a carta da criança hospitalizada, ela tem direito a ter a presença dos pais durante o
internamento independentemente do seu estado e idade.
Os pais são encorajados a participar nos cuidados da criança e nas decisões de tudo o que lhe
diz respeito. Tem o direito de estarem informados sobre o seu estado de saúde e quais os
tratamentos a realizar. Estes direitos são muito importantes para haver um vínculo afetivo
entre pais / filhos, para um bom desenvolvimento, quer psicológico e físico da criança.
Estando os pais junto do filho e ajudando nos cuidados ao mesmo, vai aliviar o stress sentido
pela criança. Esta vai sofrer menos, vai melhor a nível escolar, não fica sozinha e não tem
dificuldades em expressar as suas emoções e sentimentos.
A importância dos pais como parceiros e cuidadores de uma criança, leva a que essa não tenha
ansiedade, não pense que é um castigo por estar separada dos pais, fica menos irritável, não
é agressiva e não tem comportamentos regressivos. Ela sente-se protegida e aconchegada
pela presença dos pais. Perante esta situação também há ansiedade e insegurança por parte
dos pais. Por isso é necessário encorajá-los a colaborar nos cuidados do filho. Cabe aos pais
serem o suporte afetivo dos filhos e informarem a equipa médica, quais os hábitos da criança,
para que os cuidados sejam feitos de forma individualizada, tendo em conta as suas
preferências e escolhas de maneira que não altere muito as suas rotinas.
Os pais sentem-se mais confortáveis, mais úteis e com maior controlo sobre a situação e a
criança sente-se mais protegida.
Tópico 14
A qualidade dos cuidados de saúde materna, são uma prioridade do SNS. Tem que haver
vigilância da grávida porque na gravidez e no parto, pode haver riscos que diminuem com essa
vigilância. Esta vigilância tem como objetivo eliminar comportamentos de risco, prevenir
problemas da mãe e tratar ou reduzir complicações que possam prejudicar o feto. A partir de
1989, melhorou com o plano nacional de saúde materno infantil. Foi criado para que a grávida
e o recém-nascido tivessem igual acesso à vigilância de saúde. Começou a haver uma melhor
qualidade e segurança nos partos, foi elaborado um boletim de saúde da grávida onde é
registado tudo o que se relaciona com a saúde da mesma e foram criadas especializações nesta
área de profissionais de saúde. Estas vigilâncias começam nos centros de saúde onde dão a
resposta a dúvidas que as parturientes possam ter. Nestas unidades de cuidados primários,
existem consultas de enfermagem de planeamento familiar e consultas de enfermagem de
saúde materna onde os casais procuram o médico, o enfermeiro que os aconselham, vigiam e
cuidam em relação à sua saúde, aos meios pré-concecionais e em relação ao futuro do filho.
As consultas de planeamento familiar, tem como objetivo fazer uma avaliação de riscos e
tratamento de situações que possam colocar a vida da mãe e do filho em risco; fazem uma
avaliação do estado nutricional da grávida e aconselham a contraceção que permite que a
mulher possa escolher o momento certo para engravidar.
As consultas da saúde materna, serve para detetar e tratar infeções da futura mãe; serve para
avaliar o estado de nutrição da grávida e se for preciso prescrevem vitaminas necessárias para
o bom desenvolvimento do feto; esclarecem dúvidas sobre a gravidez, parto e realizam
exames complementares de diagnósticos - ecográficos. Tem que haver muita atenção à
mulher grávida imigrante, pois a ansiedade delas pode aumentar devido às dificuldades na
linguagem entre os profissionais e ela, na qual isto leva a um maior risco na gravidez. Por isso,
tem que ser tudo muito bem explicado, dar-lhe a oportunidade de expor as suas dúvidas e
inseguranças.
Tópico 15
Nas alterações de pensamentos, os indivíduos não são capazes de perceber a mensagem que
lhe é transmitida. Uma destas alterações é uma perturbação grave do foro psiquiátrico--
esquizofrenia. Estas pessoas fazem uma separação entre sentimentos e pensamentos, fazem
uma separação entre a realidade individual e social, tem presença de delírios e de alucinações.
Não distinguem a realidade da fantasia. É chamada a doença dos 4A´s. Os doentes têm
perturbação na associação (repetem palavra); afeto ( não mostram as suas emoções );
autismo ( só se preocupam com eles mesmos, não mostram interesse pela realidade exterior
); ambivalência ( podem ter sentimentos oposto por alguém em simultâneo ). Os profissionais
de saúde não devem reforçar as alucinações, não rir alto nem sussurrar, tem que transmitir
confiança, ser honestos, proporcionar um ambiente calmo e comunicar de uma forma simples
e clara. Outra perturbação é o delírio, o doente tem ideias fixas e seguras de que são
resistentes e não são possíveis de modificar, mesmo mostrando à pessoa que estão erradas.
Perante uma pessoa com delírio, o profissional tem que manter a calma, não discutir, aceitar
o doente como ele é e não pela doença, comunicar de uma forma clara e simples e manter um
ambiente calmo. Pode haver situações com perturbações cognitivas, que são caracterizadas
por défices de orientação, défices de memória, déficit de funcionamento intelectual, déficit
de juízo crítico e déficits afetivos. Na demência, causada pela doença de alzheimer, o doente
pode desorientar-se, perder-se, perde a capacidade de fazer juízos de valor, ficam com
esquecimento e por vezes nem se lembram do nome dos familiares, apresentam incontinência
urinária e fecal e são incapazes de cuidar de si próprios.
Nas alterações de humor, a pessoa pode estar com doença bipolar, doença em que o doente
pode ir da mania extrema à depressão extrema. Com depressão, pode levar ao suicídio. Com
estes indivíduos, os profissionais devem tentar comunicar afastando os pensamentos
negativos. Tem que ser pacientes, serem honestos, e orientar os dias desses doentes com
atividades básicas da vida. Eles podem ter necessidade de serem encorajados, para se
alimentarem, para se auto cuidarem, para realizar sua higiene pessoal e de um ambiente
calmo.
Na alteração de comunicação, os profissionais não devem julgar, interrogar, menosprezar,
pressionar, apressar, pois estes indivíduos com atitudes diferentes destas, vão perdendo a
confiança, podendo ficarem mais agressivos e mais doentes do foro psiquiátrico.
Tópico 16
O consumo de drogas e álcool, leva a que haja um excesso de conflitos interpessoais, perda
de emprego, serem rejeitados por pessoas que não consomem ou bebem. Há uma exclusão
do meio social e o afastamento das famílias. Com o consumo exagerado dessas substâncias ao
longo da vida, começam a ter problemas a nível físico e a nível psicológico. Começa-se por
danificar a maior parte dos órgãos vitais do corpo humano (sistema gastrointestinal, sistema
neuromuscular, disfunção sexual e do sistema cardiovascular). Leva a acidentes de trabalho e
de viação, comportamentos agressivos, leva a uma desorganização familiar, homicídios e
suicídios. Estes consumos levam a distúrbios, emagrecimentos da própria pessoa,
dependência, depressão, paranoia e a serem contaminados por doenças infectocontagiosas.
As famílias destes doentes, sentem-se inseguras, são desconfiadas, têm medo, sentem culpa,
desilusão, solidão, raiva, vergonha, isolamento e sofrimento por verem os seus familiares em
situações lastimáveis. Não só os doentes precisam de ajuda, como também os seus familiares
para poderem ultrapassar estas situações.
Tópico 17
Tópico 18
Erro humano, é quando há uma falha no atingir de uma ação que foi planeada. O erro humano,
é causado pelo homem devido a uma má formação, ao cansaço de estar a realizar muitas
tarefas ao mesmo tempo (sobrecarga de trabalho), ao stress, à falta de atenção ao que está a
ser feito ou ao que lhe foi dito (falha de comunicação ) na qual pode haver um excesso de
confiança em si mesmo. Uma das principais causas do erro humano é o stress, pois é uma
resposta a um estímulo. Leva a consequências nocivas, que podem causar danos nos doentes
e em si próprios. Estes danos, podem ter consequências a nível profissional, individual e
criminal. Os profissionais sentem-se cansados a nível físico e mental. Varia de pessoa para
pessoa, depende do que ela faz, da sua vulnerabilidade e das suas características. O stress
como erro humano, leva os profissionais a fazerem trabalhos pouco eficientes. A sua saúde
deteriora-se, levando a doenças, ao consumo excessivo de café e álcool, que serve para os
estimular e relaxar. Tem por vezes, inseguranças nas decisões sobre tratamentos a realizar,
sentem-se irritados e são agressivos para os doentes. Por isso, apresentam baixas médicas
com frequência, a relação familiar é afetada, há uma desmotivação e há risco de abandono da
profissão. Uma das medidas preventivas para o erro humano e stress, é trabalhar em
equipa. Esta tem que ter um líder, que a organiza nos cuidados de saúde. Ao trabalhar em
equipa, enfrenta-se os problemas, descobre-se as causas e tenta-se resolver em conjunto,
falando entre os elementos da mesma sobre situações que fazem sofrer, partilhar angústias,
emoções, cansaço e desinteresse. É boa esta partilha, pois todos eles se apoiam uns aos outros
e ajudam a ultrapassar essas dificuldades para minimizar o erro humano e aumentar a
concentração e dedicação ao trabalho. Além do trabalho em equipa tem que se criar
estratégia de soluções nos momentos de maior stress, sair do lugar onde se está e ir arejar,
não alimentar discussões com doentes, familiares e colegas de equipa.
Tópico 19
Uma pessoa em fim de vida, pode ter fatores que impossibilitam o seu bem-estar. Ele pode
apresentar-se ansioso, pois tem medo de morrer e da separação da família; pode ficar
agressivo, como não aceita a morte, tem atitudes agressivas para com os profissionais e fala
de uma maneira mais rude; outros podem entrar em depressão, afastando-se de tudo e de
todos, isolando-se, porque tem sentimentos negativos sobre si. Mas há fatores que promovem
a saúde dessas pessoas. Os profissionais de saúde devem tratar estes doentes de uma forma
digna, respeitá-los, ouvindo as suas queixas, tendo atitudes positivas e respeitar a sua
individualidade. Estes doentes, têm direito a que os profissionais aliviam o seu sofrimento,
respeitem a qualidade de vida que o doente escolheu para ele e tenham compaixão face ao
sofrimento do mesmo. Para promover a saúde destes doentes, também é necessário a
resolução de problemas - se um doente se queixar com dores, deve-se logo chamar o
enfermeiro, para o avaliar e administrar medicamentos necessários para aliviar o seu
sofrimento. Nunca se deve desvalorizar uma queixa de um doente ou de um familiar. Tem que
haver uma interação positiva por parte dos profissionais, ao aproximar-se de um doente tem
que haver sorrisos, disponibilidade para o ajudar e um olhar atento para que ele se sinta
respeitado e acarinhado. Tem que haver ajuda espiritual, na qual, o doente vai buscar o
equilíbrio entre as coisas materiais e físicas. Quando o doente solicitar a presença de um
padre, tem que se avisar o enfermeiro para ele providenciar esse pedido.
Os profissionais de saúde, têm que ter boa disposição e pensamentos positivos. Têm que ser
otimistas, para que consigam influenciar o estado dos doentes. É bom para o seu bem-estar e
para os acalmar em situações stressantes.
Tópico 20
Tópico 21
No SNS, existem subsistemas de saúde, instituições prestadoras de cuidados de saúde, que
são instituições privadas, público-privadas e públicas. As instituições públicas, são os centros
de saúde, os hospitais e as unidades locais de saúde. Quem regula as atividades desses
estabelecimentos, é a entidade reguladora da saúde. Na rede nacional de saúde, existem
vários serviços de prestação de cuidados de saúde. O SNS é agrupado em 5 ARS: ARS do Norte,
ARS do centro, ARS de Lisboa e Vale do Tejo; ARS do Alentejo e ARS do Algarve. Podem-se
prestar esses serviços em hospitais, que dependendo da patologia de cada pessoa, em
serviços de consulta externa, em serviço de urgência, em serviço de patologia clínica, em
serviço de estomatologia, em serviço de otorrinolaringologista, em serviço de imagiologia,
em serviço de cardiologia, em serviço de pediatria, em serviço de ginecologia/obstetrícia, em
serviço de fisioterapia e de reabilitação, em serviço de ortopedia e trauma, em serviço de
medicina nuclear e em serviço de farmácia.
Tópico 22
Em todos os serviços, as tarefas efetuadas pelo técnico auxiliar de saúde, tem que ser com a
supervisão e orientação do enfermeiro. O TAS onde trabalha, tem que conhecer os
equipamentos do respetivo serviço, a sua utilidade e onde estão guardados, assim como
quando forem solicitados, eles os levem o mais rápido possível. Nas consultas externas, o TAS
faz o transporte dos processos clínicos do doente. No serviço de patologia clínica, os auxiliares
transportam o material biológico dos outros serviços, até este para serem analisados. Neste
serviço é necessário o uso de equipamentos de proteção individual, pois é manuseado
produtos contaminados. No serviço de estomatologia, têm que auxiliar o médico nas
diferentes áreas e nos diferentes tratamentos. O auxiliar tem que desinfetar ou esterilizar o
material, que é utilizado nos tratamentos. O serviço de otorrinolaringologia, assiste doentes
com problemas de ouvidos, nariz, seios paranasais, faringe, laringe, etc., o técnico auxiliar tem
que verificar as condições de limpeza dos equipamentos que são necessários a este serviço,
de forma a manuseá-los sem os danificar. No serviço de imagiologia, são realizados exames
de imagem. É o TAS que transporta os doentes de outros serviços para este, para a realização
do exame, com a indicação do técnico, têm de ajudar estes doentes a manter a posição
necessária e certa para a sua realização. Terá de repor o material necessário à realização
desses exames, vigiar o material e se algum estiver danificado tem de comunicar ao técnico.
Compete ao TAS, a limpeza das salas. O serviço de cardiologia estuda o aparelho
cardiovascular e o auxiliar tem como tarefa arrumar o material necessário para a intervenção
a um doente. No serviço de pediatria, as funções do TAS, é de ajudar os pais nos cuidados às
crianças, disponibilizar o material necessário aos cuidados, tem que mostrar simpatia e se
notar alguma alteração no estado da
A nível hospitalar, existem materiais de uso único. São aqueles que são descartáveis a cada
utilização (fraldas, seringas, agulhas, material de plástico, etc.). Há que ter o cuidado de o
repor no local indicado e verificar que estão sempre disponíveis. Há materiais reutilizáveis que
após cada utilização, são limpos e desinfetados ou esterilizados (material cirúrgico,
arrastadeiras, urinóis, ambos, máscara facial, colares cervicais, etc.). É da responsabilidade do
TAS, providenciar essa limpeza e desinfeção ou então encaminhar o material para a
esterilização. Os materiais usados por um só doente, pode ser considerado material
reutilizável (câmaras expansoras, são utilizadas para administrar broncodilatadores, seringas
vesicais que servem para administrar alimentação através de sonda Naso gástrica). Quando
há dúvida, se o material é ou não reutilizável, tem que se ler as informações fornecidas pelo
fabricante.
Em todos os serviços deve haver: Arrecadação de materiais, onde são armazenados todos os
materiais necessários aos cuidados de saúde dos doentes. O enfermeiro é responsável pela
reposição e organização deste espaço. O TAS só vai a esta arrecadação, quando precisa de ir
buscar o material que necessita para repor os carros de pensos, armários de serviço e quando
algum profissional de saúde o solicitar. Arrecadação de equipamentos, onde são armazenadas
as macas, banheiras, elevadores e material específico desse serviço. O TAS, é responsável por
organizar, limpar,
desinfetar os materiais usados e o espaço. Após cada utilização, tem que os limpar e arrumar
no sítio correto, para que quando forem solicitados estarem disponíveis. Arrecadação de
roupas, onde são armazenadas todas as roupas das camas e dos doentes. É da
responsabilidade do TAS da rouparia central, a sua reposição em horário pré-definido ou
então é o TAS do serviço que a vai buscar à rouparia. Sala de despejos, sujos e lixos é onde se
encontra todo o material de limpeza do serviço, as máquinas de lavagem e desinfeção das
arrastadeiras e urinóis, que depois são colocados em armários. É neste espaço que se coloca
todo o material que esteve em contato com os doentes. As camas são limpas e desinfetadas
pelo TAS e todo o ambiente envolvente ao doente. Quando se deteta alguma avaria ou
material estragado, tem que se comunicar ao enfermeiro para ele chamar o serviço de
manutenção. Os carros de transporte servem para transportar comida, lixo, roupa, processos
e medicamentos. Após cada utilização, têm que ser limpos e desinfetados por quem os utiliza,
para os deixar em ótimas condições para voltarem a ser utilizados. Para haver um maior
controle de gastos, foi implantado em cada serviço as PDA’s, que são utilizadas para etiquetar
com códigos de barras todo o material que entra no serviço. Assim é mais fácil haver controlo,
pois quando se vai buscar material a estas arrecadações tem que ficar registada a quantidade
e o material que se retira. Com este método, o enfermeiro fica a saber o que foi retirado, a
hora e qual o material que está em falta no serviço. Quando um hospital quer adquirir um
equipamento, tem que pedir a intervenção do serviço de instalação de equipamentos. É este
serviço que vai avaliar o nível de tecnologia, o preço, condições de prazo, garantias, custos de
manutenção e manuais deste equipamento. Após a análise e respeitando todos os critérios,
os equipamentos são adquiridos e instalados pelo SIE. Também é da responsabilidade do SIE
cumprir os prazos de manutenção e funcionamento de todos os equipamentos a nível
hospitalar, para uma melhor prestação de cuidados de saúde aos doentes.
Tópico 24
CONCLUSÃO
E desta forma conclui o meu portfolio. Deu muito trabalho e muito tempo despendido que é
algo que todos nos não tempos TEMPO. Gostei e aprendi muita coisa. Mas também aprendi
ou voltei a lembrar, que o tempo que damos aos outros, neste caso, aos doentes é o melhor
que podemos dar a alguém. É algo que não se esquece. E por vezes basta o doente sair a andar
da enfermaria já é o nosso agradecimento.
NATALIA CRAVO