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1. Identifica os tipos de abuso presentes em cada uma das situações.

Caso 1- Marcos, de 21 anos de idade, viciado em cocaína, crack e marijuana, foi


expulso da sua casa pelos pais (menores de 60 anos) por não suportarem mais os transtornos
causados pelo filho, que não trabalhava e chegava a casa diariamente drogado, e furtava
objetos e dinheiro do casal para adquirir drogas. Por isso passou a morar com os avós
Francisco e Josefina, ambos maiores de 60 anos, portanto, idosos. Poucos dias depois, Marcos
iniciou um tratamento. Depois de dois meses de tratamento, mostrava-se equilibrado e passou
a obter a confiança dos avós, que acreditaram piamente na sua recuperação. Daí em diante, o
avô Francisco resolveu entregar o seu cartão bancário e a sua senha a Marcos para que ele
fosse mensalmente ao banco levantar a reforma. No primeiro mês tudo correu bem (maio do
ano de 2014). Em junho, a avó Josefina, acreditando também na recuperação do neto,
entregou-lhe o seu cartão e a senha. No final do mês, Marcos foi ao bancou e sacou o dinheiro
dos avós e prestou contas direitinho. Nos meses seguintes, Marcos teve uma recaída, voltou a
usar drogas e se apropriou do dinheiro dos avós.

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Caso 2 - No dia 15 de abril de 2015, António, que vive em união de facto estável com Carla,
chegou a casa embriagado por volta das 02h e começou a discutir com ela, enciumado,
chamando-lhe vagabunda e prostituta. Revoltada, Carla chamou “gay” ao companheiro,
dizendo que realmente o tinha traído, repetindo isto insistentemente e partindo para cima do
seu companheiro, até que António lhe bateu na cara, provocando hematomas e lesões
corporais leves.
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Caso 3 - A Mariana tem seis anos e é a segunda filha de um jovem casal a residir em
Portugal, numa zona de fortes carências económicas e culturais. A própria família da Mariana
lida com dificuldades de natureza diversa, vivendo em luta constante com problemas
financeiros e conflitos familiares. Aos oito meses de idade, Mariana fica queimada num
incêndio que deflagrou na habitação. Ficou 9 meses num hospital especializado em
tratamentos e recuperação e queimaduras. Mesmo recuperada parcialmente, a Mariana
apresenta desfiguramento facial e corporal e ausência total de cabelo. A mãe inicia, quando
confrontada com as reais e permanentes sequelas físicas originadas pelas queimaduras, uma
rejeição aberta da filha, começando a referenciá-la como “o bicho”. De facto, desde cedo os
pais começaram a explorar extensiva e ostensivamente a condição da criança, fazendo recurso
à sua imagem física (através de fotografias) para fomentar a compaixão em diversas entidades
e agentes públicos e privados e, assim, facilitar o desbloqueamento de apoios financeiros que
revertiam em benefício próprio e não da criança. Desde a primeira hospitalização, começam a
ser notórios sinais de rejeição à criança, visíveis, sobretudo, na pouca frequência e duração das
visitas efetuadas. De acordo com o relato da equipa médica que acompanhou a Mariana nesta
altura, nenhum elemento da família visitava a criança durante semanas, sendo que esta
parecia abandonada por aqueles que deveriam garantir o apoio mais significativo e contínuo
numa fase tão delicada quanto aquela vivida pela Mariana. De regresso a casa, registava-se
uma propensão por parte dos pais para que a alimentação da criança fosse com posta
primordialmente por hidratos de carbono, facto que, conduzindo a um aumento do volume
corporal, incompatível com as grandes cicatrizes e retrações apresentadas pela criança,
comprometia o seu bem-estar. Quanto ao vestuário, registaram-se, em diversas ocasiões,
incongruências entre o clima e a roupa usada pela criança. Em relação à higiene, é de referir a
ausência de um banho diário, de cuidados ao nível do vestuário e pele da criança e a falta de
persistência no “desfralde”. Relativamente às questões da segurança, vários com portamentos
foram assinalados pela comunidade, tais como deixá-la em casa sem supervisão de um adulto
ou manter latas de combustível e sacos de dinamite dentro da residência familiar. Foi também
observada a ausência ou inconsistência (intraparental e interparental) ao nível das
regras/normas de funcionamento em casa, o que parecia suscitar diversos comporta mentos
desadequados por parte das crianças, em ambiente familiar. Havia também desinteresse face
à pontualidade na chegada ao jardim de infância, levando a Mariana a perder momentos
importantes da rotina diária como o Acolhimento e o Planeamento.

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