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Conformismo e obediência

 Respondemos de várias formas à


influência social, isto é, à pressão real ou
imaginada de outros indivíduos ou de um
grupo. A obediência e o conformismo são
duas manifestações que, de natureza
diferente, correspondem a modificações
comportamentais suscitadas pela pressão
de determinados agentes sociais.
O conformismo
 o conformismo é uma
mudança de
comportamento ou de
atitude que visa estas
atitudes e
comportamentos
consistentes com as
normas de um grupo
ou as expectativas dos
outros actores sociais.
 Mudança de atitude ou de comportamento
em que, publicamente ou por vezes em
privado, cedemos à pressão para pensar e
agir como os outros. A coesão do grupo a
que pertencemos ou a que queremos
pertencer pode aumentar o índice de
conformismo. Ter uma pessoa que pensa
como nós -contra a opinião da maioria -
reduz significativamente a tendência
conformista.
 Em termos simples,
podemos caracterizá-
la como «seguir a
opinião dos outros»
em virtude da pressão
por estes exercida
(real ou imaginada).
 Por exemplo, se afirmo gostar de um dado grupo
musical ou de certo tipo de música para evitar que
os meus amigos ou os meus colegas de turma
ponham em causa o meu gosto, então estou a
manifestar conformismo. Este é, em suma, uma
tendência para nos comportarmos de acordo com
as expectativas dos outros. Frequentemente, o
conformismo traduz-se em aceitação pública do
ponto de vista dos outros e em discordância
privada.
Que factores influenciam as
atitudes e comportamentos
conformistas?
 BAIXA AUTO-ESTIMA
OU FALTA DE
AUTOCONFIANÇA
 SENSAÇÃO DE
ISOLAMENTO (SÓ
CONTRA TODOS)
 O IMPACTO DA
PRESENÇA DOS
OUTROS (O
CONTACTO VISUAL)
BAIXA AUTO-ESTIMA OU FALTA DE
AUTOCONFIANÇA
 As pessoas com fraco nível de
auto-estima tendem a atribuir
demasiada importância ao que os
outros possam pensar delas e, por
isso, é escassa a sua capacidade
para resistir à influência e à
persuasão do grupo em que se
inserem. O conformismo é uma
forma de se sentirem aprovadas. À
falta de independência associa-se a
falta de confiança em si próprias
ou o reconhecimento de que os
outros sabem mais, têm mais
prestígio, etc.
SENSAÇÃO DE ISOLAMENTO (SÓ
CONTRA TODOS)
 Quanto maior for a coesão
de um grupo tanto maior a
sua tendência para a
unanimidade e tanto mais
difícil fugir à sua
influência, agindo ou
pensando de modo oposto.
Perante a unanimidade em
contrário dos outros o que
parecia evidente e óbvio a
um indivíduo, pode tornar-
se duvidoso
 Por outro lado, estamos habituados a confundir
unanimidade com objectividade.
 Por vezes, basta haver alguém no grupo que junte
a sua voz à nossa para que a nossa convicção
inicial seja realmente expressa em oposição à
maioria. Portanto, mais do que a dimensão do
grupo, o factor persuasivo e condicionante é a
unanimidade dos seus membros. É difícil estar do
lado oposto quando se está sozinho.
O IMPACTO DA PRESENÇA DOS OUTROS (O
CONTACTO VISUAL)

 Segundo os
investigadores, o
conformismo é
significativamente
menor quando não
temos de enfrentar o
olhar dos outros.
 Podemos apontar outros factores que nos podem
conduzir ao conformismo:
- pertencermos a um grupo composto por vários
membros cujo estatuto social é admirado;
- ter falta de informação sobre determinado
assunto; sentimento de insegurança ou timidez;
- viver numa sociedade que valoriza mais o
colectivo do que o indivíduo.
A EXPERIÊNCIA DE
SOLOMON ASCH
 No estudo de Solomon Asch sobre o conformismo eram
mostrados aos sujeitos participantes dois cartões contendo
um deles uma linha recta e o outro três linhas rectas. O
problema consistia em saber qual das linhas rectas presentes
no segundo cartão era de comprimento semelhante à recta do
primeiro cartão. O problema tinha uma solução muito óbvia
e simples.
 Sete sujeitos participaram de cada vez na investigação. Seis
deles estavam previa­mente instruídos para responder errado
(A, por exemplo). O outro, chamado sujeito
 «ingénuo» porque nada sabia deste conluio ou desta
combinação, daria a sua resposta depois dos outros seis.
 Após várias experiências, Asch chegou à conclusão de
que isoladamente interrogados os «sujeitos ingénuos»
responderam correctamente 99% das vezes. Contudo, em
grupo, nas condições descritas, 37% revelaram
conformismo, seguiram a opinião errada dos outros
membros do grupo. O facto de 63% terem revelado
independência não obstou a que Asch comentasse: «Este
resultado levanta questões sobre o modo como somos
educados e sobre os valores que guiam a nossa conduta».
No estudo de Asch sobre o conformismo, o
verdadeiro e único sujeito da experiência
(com o cartão n,o 6) sentava-se entre outros
6 sujeitos que, sem ele o saber, tinham sido
previamente instruídos para dar respostas
incorrectas numa tarefa muito fácil.

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