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Influência social (pp para trabalho individual, reflexão critica de um documentário)

O que é a influência social? Pode não ser direta, uma pessoa nem sempre tem intenção de
influenciar, mudar o comportamento de outra pessoa/grupo

Principais fontes de influência? Redes sociais, mídias (desenhos animados, telejornal), irmãos,
relações, pessoas, cada pessoa influência de maneira diferente, até cerca de 12 anos é a
família, a partir da adolescência deixa de ter tanta influencia, mais tarde as questões da
política, religião

-Quanto mais baixa for a nossa auto estima mais facilmente somos influenciados, quanto
menos soubermos sobre um tópico mais facilmente somos influenciados, existem fatores que
se vão acumulando como pessoas que gostamos há maior potencial para influência

Como se resiste à influência? As questões do SELF, ter autoconceito, autoeficácia, autoestima.


Não fechar o tópico à primeira informação que ouvimos ou vimos, ter mais vontade de
perceber. Com pensamento critico, principalmente, combatemos a influência.

Para sermos influenciados precisamos de uma ação que vá condicionar outra, o seu
comportamento modifica na presença de outro

Nesta área falamos sobre como as normas ocorrem, a conformidade, a obediência e as


minorias. Influência de minorias que partiram para as maiorias

Normalização: processo de criação e interiorização de normais sociais, isto sendo um processo


de influência já, começa logo na família (como sentar, como vestir, como comer). É uma
prescrição, ditam como devemos estar e ser, e se não cumprirmos estas normas poderá haver
discriminação, desconforto

Ás vezes estamos em contextos que não existem normas, ou não sabemos. Num grupo
desconhecido, tendem a criar normas mesmo elas já existindo.

Normas sociais: Regras que orientam o comportamento; São, sobretudo, transmitidas


transgeracionalmente; Reduzem confusão, incerteza e conflito: Estão inscritas na organização
social; Variam culturalmente; Aprendidas através da socialização

Exemplo: Fazemos uso das normas socias que conhecemos. Em contextos desconhecidos,
Muzafer Sheriff, quis perceber como nos comportamos. Chamou a isto de Experiência do Efeito
Auto cinético (ilusão de ótico, ex: estamos no escuro e ligamos a luz e parece que ela se mexeu)

Como se comporta sozinho?

A primeira vez é aleatório, depois vamos criando referencia, torna-se uma norma, este
processo chama-se normalização subjetiva individual

Como se comporta em grupo?

A resposta muda, vão ser influenciados pelo grupo

Quando começa pela situação sozinha e depois passa para o grupo a resposta muda para a
norma coletiva

Quando começa pelo grupo e depois estavam sozinhos, já estavam influenciados pela norma
coletiva
Normas coletivas dependem sempre do processo de interação, são um valor-padrão,
sobrepõem-se à norma individual, e pressupõem a adoção, pelo grupo, de quadros de
referência comuns (coesão)

-A normalização implica o efeito recíproco dos elementos de um grupo em que não existe
consenso da maioria sobre uma resposta “correto”, isto é feito para evitar conflitos com os
outros.

Obediência: obedecer à autoridade, começou no Pós Segunda Guerra Mundial para perceber
porque as pessoas fizeram certas coisas horríveis só por obediência. Auto-perceção do
individuo enquanto instrumento que executa as ordens de outra pessoa

-A obediência implica a desresponsabilização, “pois foi o outro que mandou não fui eu”.
Pressupõe a conformidade, obedecemos a alguém que tem mais poder que nós “cumprindo as
ordens não vou ser responsabilizado”

-Quanto maior a proximidade física com a vítima, menor a obediência.

-Quanto maior a proximidade física com a autoridade, maior a obediência.

-Quanto maior a perceção de prestígio de autoridade, maior é a ordem.

-O apoio social tem um enorme potencial de libertação.

-A inconsciência da autoridade diminui consideravelmente a obediência

Milgram cunhou dois estados:

Estado Agêntico: o sujeito é submetido a uma fonte de autoridade, real ou percecionada,


tornando-se um executante da ordem. Como crê que a sua função é instrumental, assume a
desresponsabilização no que diz respeito às consequências da ordem. Este estado agêntico
opõe-se ao estado autónomo.

Estado Autónomo: O sujeito sente-se responsável pelos seus atos, tendo sido executados a
partir de ordens ou não. Utiliza a sua consciência para guiar o comportamento (i.,e.,
consequências)

Conformidade: não é necessário haver esta hierarquia de poder, “não quero é ser diferente”

A conformidade ocorre quando os indivíduos mudam o seu comportamento para se


adequarem às expectativas dos outros, acontece geralmente em prol da adesão às normais
sociais existentes (normas maioritárias definidas)

Ash percebeu que existem 3 tipos de conformistas:

Conformistas a nível percetivo- (mais facilmente influenciados) os sujeitos conformam-se sem


estarem conscientes da distorção dos julgamentos pela maioria

Conformistas ao nível do julgamento- inicialmente até têm a sua resposta correta, mas depois
hesitam porque todos os outros têm uma resposta diferente

Conformistas a nível comportamental- Apesar de saberem que estão certos os sujeitos


juntam-se à maioria para não parecerem desadequados.
Participantes independentes-Não conformistas:

Participantes verdadeiramente independentes: mostram-se inabaláveis na sua convicção,


ainda que afetados pelo conflito entre a evidência percetiva e a resposta da maioria, mas
preferiram seguir a sua opinião

Falsos independentes: (pode estar ligado à questão da autoridade) Deram respostas certas,
mas acreditavam que o grupo é que está correto, por isso fizeram-no porque estavam a seguir
à risca as instruções do experimentador – “dar a sua opinião”, ou seja, conformaram-se ao
experimentador.

Condições facilitadores do conformismo:

1. Os sujeitos experimentam conflito entre a conformidade e a independência e tomam uma


decisão, moderada por diversos fatores;

2. Falta de unanimidade do grupo maioritário: Quando uma outra pessoa no grupo partilha da
posição minoritária, a probabilidade de conformismo será menos provável.

3. Ambiguidade da situação: A pressão aumenta com quanto mais estranha e desconfortável


for a situação, uma vez que não tem quadros de referência para “medir” a situação.

4. Natureza da resposta: A tendência para o conformismo verifica-se sobretudo em contexto


público (aquilo que se diz), mas não tanto em privado (aquilo que se pensa);

5. Importância do grupo maioritário: se o indivíduo quiser pertencer ao grupo, será mais


facilmente influenciado por este;

6. Autoestima do indivíduo potencialmente conformado: Quanto mais inseguro for o indivíduo,


mais permeável estará à influência externa.

Mas porquê a conformidade?

1. Desejo de estar certo. Os comportamentos dos outros como fontes úteis de


informação: INFLUÊNCIA INFORMATIVA
2. Desejo de ser aceite, de ser socialmente aprovado e de evitar a crítica: INFLUÊNCIA
NORMATIVA

Perigos da Conformidade:

• Ilusão de que o grupo maioritário é invulnerável e não pode cometer erros de julgamento;

• Desvalorização da informação contraditória;

• Pressão sobre os membros do grupo para se conformarem segundo o ponto de vista da


maioria;

• Desencorajamento dos defensores do ponto de vista minoritário, devido à pressão exercida


pelo grupo;
• O grupo é encarado como representante da justiça e da moralidade, assumindo que os seus
julgamentos estão segundo esses dois conceitos.

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