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Curso de Direito
Trabalho de Conclusão de Curso
Autores:
Brasília - DF
2015
JULIANA BRAGA FELICIANO
RAFAELA MARTINS BARBOSA
VAILSON MACHADO SILVA
VANDER RIBEIRO DE MORAIS
Brasília
2015
Documentário de autoria de JULIANA BRAGA FELICIANO, RAFAELA MARTINS
BARBOSA, VAILSON MACHADO SILVA, VÂNDER RIBEIRO DE MORAIS intitulada
“A IMPUTABILIDADE DO SERIAL KILLER”, apresentado como requisito parcial para
obtenção do grau de Bacharel em Direito da Universidade Católica de Brasília, em
_____ de _____________ de _______ defendido e aprovado pela banca
examinadora abaixo assinada:
_______________________________________________
Prof. Heloisa Maria de Vivo Marques
Orientadora
Direito – UCB
_______________________________________________
Prof.
Direito – UCB
_________________________________________________
Prof.
Direito – UCB
Brasília
2015
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradecemos a Deus, por ter nos dado saúde e força,
pela sabedoria para que pudéssemos superar as dificuldades durante esta longa
jornada.
(Ruy Barbosa)
DEDICATÓRIA
This article aims to analyze, in the light of Brazilian Legislation, along with
jurisprudence, doctrine and interviews, the classification that the Serial Killer should
be framed. It was Approached the relationship between the Serial Killer and the
Psychopath as well as if Crimes committed by Serial Killers should have a different
Emphasis by the Justice. Moreover, if these killers comprehend the gravity of their
actions, the capacity of being considered guilty, and the Criminal Ratings: Imputable,
which is an able person to answer for his or her crimes, Semi-Imputable: which is a
person who has impaired judgments, and unimputable, the person who is not able to
answer for his acts. Lastly, it is made a study about the Senate’s Law Project nº
140/2010, that deals specifically with the punishment for Serial Killers.
3. JUSTIFICATIVA.................................................................................................. 133
8. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 29
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. JUSTIFICATIVA
Um assunto que até então não tinha grande repercussão no Brasil, mas que o
número de casos vem aumentando consideravelmente são os assassinatos em
série.
Esses delitos chamam atenção e causam grande revolta popular, pois
normalmente são cometidos de forma fria, e com requintes de crueldade, chocando
a sociedade e incitando grande clamor por punição.
Tais crimes geram uma grande problemática em nosso ordenamento jurídico,
uma vez que, primeiramente são difíceis de serem investigados, e ainda, na
legislação brasileira não há o reconhecimento e a definição especifica da figura do
serial killer.
Diante desta realidade, consideramos extremamente importante a discussão
acerca da imputabilidade do serial killer, bem como do Projeto de Lei do Senado
140/2010, que vem como uma tentativa de definir o assassino em série e preencher
essa lacuna do Código Penal Brasileiro.
Devido à falta de legislação pertinente a este assunto, espera-se que com
este trabalho consigamos relatar como este tipo de criminoso vem sendo punido até
então, e quais ferramentas a justiça brasileira usa para basear suas condenações.
14
4. REFERENCIAL TEÓRICO I
Autora: Juliana Braga Feliciano
1
http://www.votenaweb.com.br/projetos/pls-140-2010
2
http://www.votenaweb.com.br/projetos/pls-140-2010
18
5. REFERENCIAL TEÓRICO II
Autora: Rafaela Martins Barbosa
A partir dessa classificação, nota-se que, a maioria dos serial killers apresenta
traços de insanidade mental, apesar de, geralmente, não apresentarem qualquer
quadro específico de transtornos mentais que possam ser considerados como
justificativa para o cometimento de assassinatos em série, pois como explica Illana
(2004), o serial killer, em seu convívio social, normalmente comportam-se de forma a
não levantar qualquer suspeita sobre si, o que demonstra que ele tem consciência
da gravidade de seus atos, a exceção dos assassinatos em série cometidos por
psicopatas.
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Uma das principais características do serial killer é a escolha das vítimas que
ocorre de forma cuidadosa, geralmente sendo selecionadas pessoas do mesmo tipo
e com características semelhantes. De acordo com Marta e Mazzoni (2009, p. 23):
Observa-se, nos escritos sobre o serial killer, que um ponto comum nas
abordagens defendidas pelos autores é o fato de que a maioria dos assassinos em
série age motivada pela busca de controle e domínio de suas vítimas como uma
forma de obtenção de satisfação pessoal. Outro aspecto que deve ser considerado
ao se diagnosticar o serial killer é seu contexto histórico e familiar, pois como foi
afirmado pelos autores pesquisados, esse indivíduo, em geral, passou por situações
traumáticas durante a infância e essas podem ter-lhe desencadeado uma série de
frustrações que o levam a viver em um mundo imaginário no qual sente a
necessidade de causar as suas vítimas os sofrimentos pelos quais passou (MARTA
e MAZZONI, 2009).
23
7. REFERENCIAL TEÓRICO IV
Autor: Vânder Ribeiro de Morais
É evidente que o assassino em série não é uma pessoa normal. Mas não
significa que ele não tenha consciência do que faz. Os assassinos em série,
em sua maioria, são diagnosticados como portadores de transtorno de
personalidade antissocial e, muito embora possam não ter domínio para
controlar seus impulsos, sabem muito bem distinguir o que é certo e errado,
tanto que se preocupam em não ser apanhados.
penal ao assassino em série, trazendo em seu art. 9º um texto de defende que seja
vedada “a concessão de anistia, graça, indulto, progressão de regime ou qualquer
tipo de benefício penal ao assassino em série”.
Este ponto do Projeto de Lei 140/2010 merece uma análise mais profunda e
criteriosa para que se evite ferir os direitos constitucionais do assassino em série,
inclusive no que diz respeito a princípio da igualdade (FREIRE, 2015) e levando-se
em consideração todos os pormenores que envolvem a personalidade do sujeito, os
fatores que motivaram seus atos ilícitos e demais aspectos legais do caso em
análise.
No entanto, não se pode negar a necessidade de uma reformulação do
Código Penal brasileiro para que o serial killer seja tratado de forma juridicamente
adequada.
29
8. CONCLUSÃO
9. SUMÁRIO EXECUTIVO
9.1. Objetivo
9.2. Formato
9.3. Viabilidade
9.4. Estratégia
10. ESCALETA
2015
Fala de
abertura –
00:00:00 Introdução “Eles praticam os crimes
Fala do geralmente com o mesmo
- Entrevista entrevistado Trilha sonora: modus operandi, é... contra
delegado Dr. instrumental um grupo determinado de
00:00:07 Bruno vítimas,
Gordilho
Fala de
abertura –
00:00:08 Introdução “Em casos mais moderados
Fala do e graves é.. no meu
- Entrevista entrevistado Trilha sonora: entendimento as pesquisas
psicologo Dr. instrumental indicam claramente que o
00:00:15 Luciano tratamento não funciona.”
Costa
Fala de
abertura –
00:00:16 Introdução Fala do “De tal forma que o
entrevistado assassino em série mata de
- Entrevista Trilha sonora: pouco a pouco, mas
procurador instrumental continuamente.”
00:00:22 Dr. Diaulas
Ribeiro
Fala de
abertura –
00:00:22 Introdução Fala do “Precisariam ficar num lugar
entrevistado longe da sociedade, por
- Entrevista Trilha sonora: quanto tempo eles
psiquiatra Dr. Imagem de instrumental vivessem, porque não
00:00:32 Guido Arturo internet diminui a periculosidade
Palomba social deles”
Fala de
abertura –
00:00:33 Introdução
Fala
- Entrevista do entrevistado Trilha sonora: “Então esse indivíduos,
defensor instrumental como regra, vão responder
00:00:36 público Dr. penalmente por esses
Carlos fatos.”
Praxedes
Animação
Vinheta de passando
00:00:47 abertura movimentos da Trilha sonora -
rua e filmagem do Apologia
- entrevistado Sonora - -
Tiago Henrique Mente
00:01:05 Gomes da Rocha. Psicopata
“Psicopatia e assassinatos
em série caminham a par e
baixo. Você tem muitos
Entrevista Fala do assassinos em série que
00:01:22 com entrevistado são psicopatas. Agora, nem
Psiquiatra todos assassinos em série
- Dr. Guido Fala sobre a - são psicopatas, você pode
Arturo relação do serial ter também doentes
00:01:56
Palomba killer com a mentais, e até mesmo
psicopatia indivíduos portadores de,
vamos chamar assim...
normalidade mental nos
indivíduos chamados
criminosos comuns, que
não são nem doentes
mentais, nem psicopatas,
“É possível que em
Entrevista Falas do determinada situação esse
00:02:31 com entrevistado - um.. serial killer, um
Defensor assassino em série, possa
- Público Dr. Faz introdução haver uma...a..
Carlos sobre desconfiança em relação à
00:02:47 Praxedes Imputabilidade sua saúde psíquica.”
“Quanto ao grau de
imputabilidade penal, é a
Fala do assim: de uma maneira
entrevistado estática, você tem o
00:02:48 Entrevista assassino criminoso
com Fala sobre a comum, seja serial, seja é...
- psiquiatra Dr. Imputabilidade não serial, o assassino puro
Guido Arturo e simplesmente, ele vai
00:03:30
Palomba Imagens da para a imputabilidade. O
internet de - assassino serial doente
arquivo de mental ele vai para a
entrevista do Dr. inimputabilidade, e o
Guido. assassino serial fronteiriço,
ou seja, psicopata, ele vai
para semi-imputabilidade.”
“O grau de imputabilidade,
ele não depende
especificamente e
exclusivamente do
diagnóstico do indivíduo,
claro que tem uma certa
34
entendimento doentio,
mórbido e delirante,
portanto não é um
entendimento correto,
certo? Um.. um
entendimento ah..ah.. certo.
Então, é.. ele não tinha de
fato capacidade de
entender o que ele fazia.”
Pedrinho: Gostar...Vício...
Próprio vício é um hábito..
Eu gosto mais de mata na
faca né, estilete, e quando
não tem vai na mão
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Pedrinho: eu sentia um
alívio né?
Marcelo Resende: Ah é?
Pedrinho: é, um alivio, já
- descarregou o que tinha
Entrevista de Imagem da
que descarregar, sem
00:10:27 Marcelo internet –
contar que matando ele ali
Resende Entrevista de
- “cê” descarrega.
com Marcelo Resende
“Pedrinho com “Pedrinho Marcelo Resende: Você
00:11:05 matador” matador” saia normal?
Pedrinho: Normal.
Pedrinho: nada.
Marcelo Resende: de
diferente?
Pedrinho: nada, de
diferente não.
Pedrinho: é, um banho
gelado (risadas).
Marcelo Resende: é?
Pedrinho: é verdade!
“Geralmente esses
Entrevista Falas do criminosos são pessoas é..
00:11:06 com entrevistado muito inteligentes. Eles tem
delegado Dr. um desvio de
- Bruno Fala sobre o perfil personalidade, um
Gordilho do psicopata transtorno psicopático, é...
00:11:23 não tem remorso, e... são
pessoas até bem
sucedidas, na maioria das
vezes.”
39
“O projeto
acrescenta o parágrafo 6º
ao artigo 121, que trata do
crime de homicídio, e
considera assassino em
série o agente que comete
três homicídios dolosos, no
mínimo, em determinado
Falas do intervalo de tempo. Como
Entrevista entrevistado eu destaquei, não define
com qual é o intervalo, sendo
00:13:21 procurador Aborda as que a conduta social e a
Dr. Diaulas mudanças personalidade do agente,
- Costa previstas pelo - perfil idêntico das vítimas e
Projeto de Lei as circunstâncias dos
00:14:37 140/2010 homicídios indicam que o
modo de operação do
homicídio implica em uma
maneira de agir, operar ou
executar os assassinatos
sempre obedecendo a um
padrão pré-estabelecido, a
um procedimento criminoso
idêntico. O parágrafo oitavo,
também do artigo 121 do
Cógido, ou seja, mistura
processo com direito penal,
o agente considerado
assassino em série sujeitar-
se-á a uma expiação
mínima, mínima, de trinta
anos de reclusão, quando
nosso sistema clássico já
determina que a pena
máxima é de trinta nos,
portanto ele quer alterar
todo sistema jurídico,
resvalando, inclusive, pelo
texto constitucional. Em
regime integralmente
fechado. O Supremo já
definiu que é.. não pode
haver regime integralmente
fechado. Ou submetido à
medida de segurança, por
igual período. Ou, não
existe ou mais em direito
penal. Ou é pena, ou
medida de segurança. Se
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sensibilidade. Estou
disposto a colaborar com a
justiça e humildemente
peço perdão pelo que
aconteceu. E seja o que
Deus quiser... Um recado à
justiça: Podes tentar me
aborrecer mas tentem medir
forças com meu pai. Passar
bem. Tiago”
Repórter: o que que você
tem vontade hoje?
Tiago: receber ajuda né?
De alguma forma.
Repórter: Que tipo de ajuda
Tiago?
00:20:47 Entrevista Tiago: ajuda especializada,
com Tiago Imagens da que conheça esse caso. Eu
- -
Henrique internet - TV não conheço muita coisa.
00:21:21 Gomes da Goiânia Uma doença.. Queria sabe
Rocha qual é né, e se tiver cura
também saber né, se eu
posso ser curado ou não.
Repórter: você nunca
,nunca procurou ajuda?
Tiago: Não
00:21:22 Entrevista “Tem alguma defesa aí que
com posso adiantar ao menos
- advogada Falas da quanto falei com o laudo. O
criminal de entrevistada laudo deu instabilidade,
00:21:29 Tiago Dra. mas nada ainda está
Bruna colocado como certo.
Moreno
Pai da vítima Isadora: “E o
que ele for condenado, pra
“nóis da famia” é pouco né?
Porque o sofrimento, a dor
pra “nóis” é enorme. Mas
que ele fique muito tempo
00:21:32 Homenagem Imagens da Trilha sonora: preso lá, que ele pegue a
aos internet Renato Russo pena máxima.”
- – Os bons
familiares
das vítimas Familiares das morrem jovens Pai da vítima Bruna de
00:22:27
do serial vítimas Souza: “Choro a semana
killer inteira, o dia inteiro, ela não
sai do meu pensamento.”
Créditos
Mãe da vítima Bruna de
Souza: “Ela tinha tanto
“sonho”, queria fazer
faculdade, em agosto.”
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11. METODOLOGIA
algum criminoso que esteja respondendo por processo, classificado como serial
killer psicopata.
Desde o início nos reunimos com a professora Heloísa Maria de Vivo
Marques, que tem formação em Psicologia Jurídica, que nos orientou a respeito do
tema e o que seria importante relatar em nosso trabalho. A princípio nos indicou
alguns livros e algumas pessoas que deveríamos entrevistar. Desse modo,
continuamente foi nos assessorando na delimitação do tema, sobre como pesquisar
e realizar as entrevistas e no direcionamento das perguntas.
Diante disso, dividimos as tarefas entre os integrantes do grupo e fomos
fazendo os agendamentos de entrevistas, levantamento de referencial teórico,
contatos por telefonemas e e-mails com profissionais que seriam entrevistados e em
outros momentos com as autorizações de uso de imagem para o documentário.
Realizamos as entrevistas na seguinte ordem: Dr. Guido Arturo Palomba
(psiquiatra forense); Dr. Luciano da Costa (psicólogo forense); Dr. Carlos André
Praxedes (defensor público); Dr. Diaulas Costa Ribeiro (procurador de justiça);
Bruno Gordilho (delegado de polícia); Bruna Moreno (advogada criminal); Tiago
Henrique Gomes (autor de crimes, considerado serial killer); Gilmar Cândido dos
Reis (pai de Isadora, uma das vítimas de Tiago).
Algumas entrevistas foram realizadas em Goiânia, em virtude do caso que
envolve o Tiago Henrique Gomes, o qual responde por crimes considerados em
série. Outras foram feitas em Brasília e uma por telefone, por se tratar do Dr. Guido
Palomba que reside em São Paulo e nos concedeu entrevista por telefonema.
Assim, todos os entrevistados estão de alguma maneira envolvidos com o tema
tratado no presente trabalho.
Durante a produção deste trabalho encontramos algumas dificuldades quanto
à existência de material acerca do referido tema. Embora recorremos à orientação
da Dr. Heloísa que mais uma vez nos direcionou. Ainda, a seleção do material das
entrevistas para compor o documentário não foi fácil, pois coletamos muita coisa
importante que ao final tivemos que restringir por conta do tempo permitido para o
documentário. Por sorte, um dos integrantes do grupo tem os conhecimentos
técnicos necessários para a edição e produção do referido documentário. Mas não
deixamos de experienciar muita ansiedade e nervosismo para ver tudo pronto e
acabado.
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12. CRONOGRAMA
2015
Etapa
JAN FEV MAR ABR MAI JUN
Pesquisa e Produção X X X
Levantamento X X X
Bibliográfico
Análise Crítica do X X X
Material
Elaboração do Roteiro X X X
Filmagem X X X
Decupagem X X X
Edição do Documentário X
Depósito do Trabalho X
Defesa / Exibição do X
Documentário
50
CASOY, Illana. Serial killer: louco ou cruel. São Paulo: Editora Madras, 2004.
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal: parte geral. 16. ed. Rio de
Janeiro: Forense, 2004.