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VANDOIR SPECHT
Florianópolis
2005
Orientador:
Prof. Loreci João Borges, Dr.
Florianópolis
2005
Compuseram a banca:
__________________________________________
Prof. Orientador Loreci João Borges, Dr.
Departamento de Ciências Contábeis – UFSC
___________________________________
Prof. Pedro José Von Mecheln, Dr.
Departamento de Ciências Contábeis – UFSC
___________________________________
Profª. Fabrícia Silva da Rosa, Msc.
Departamento de Ciências Contábeis – UFSC
___________________________________
Prof. Elisete Dahmer Pfitscher, Dr.
Coordenadora de Monografia - UFSC
Aos meus pais, Ortécio e Ana Cecília, que nunca mediram esforços para concretizar
colaboração e carinho;
Ao meu orientador, professor Dr. Loreci João Borges, que me deu subsídios para a
Muito obrigado.
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 9
1.1 Assunto/Justificativa ..................................................................................... 9
1.2 Tema........................................................................................................... 11
1.3 Problema .................................................................................................... 11
1.4 Objetivos..................................................................................................... 11
1.5 Metodologia ................................................................................................ 12
1.6 Limitações................................................................................................... 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................... 16
2.1 Breve histórico do direito previdenciário e trabalhista................................. 16
2.2 Empregado, empregador e remuneração ................................................... 19
2.2.1 Empregado .......................................................................................... 19
2.2.2 Empregador ......................................................................................... 21
2.2.3 Remuneração ...................................................................................... 21
2.3 Caracterização de Tributos......................................................................... 23
2.4 Caracterização dos encargos sociais ......................................................... 23
2.5 Encargos Sociais X Encargos Trabalhistas ................................................ 24
2.6 Obrigações Trabalhistas Compulsórias ...................................................... 25
2.6.1 Seguridade e Previdência Social ......................................................... 26
2.6.2 FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço ............................. 26
2.6.3 PIS/PASEP .......................................................................................... 27
2.6.4 Salário Educação................................................................................. 28
2.6.5 Contribuição SENAI ou SENAC........................................................... 29
2.6.6 Contribuição SESI ou SESC................................................................ 29
2.6.7 Décimo-terceiro Salário ....................................................................... 30
2.6.8 Adicional de Remuneração.................................................................. 30
2.6.9 Férias e Adicional de 1/3 de Férias ..................................................... 31
2.6.10 Ausência Remunerada ........................................................................ 32
2.6.11 Licenças............................................................................................... 32
2.6.12 Repouso Remunerado e Feriado......................................................... 33
2.6.13 Aviso prévio ......................................................................................... 34
2.6.14 Salário Família..................................................................................... 34
2.6.15 Vale Transporte ................................................................................... 35
3 PERCENTUAL DO CUSTO DA MÃO-DE-OBRA SOBRE O SALÁRIO........... 36
3.1 Percentual de encargos sobre os salários segundo José Pastore.............. 36
3.2 Percentual de encargos sobre os salários segundo o DIEESE .................. 39
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 43
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 45
trabalho.
1.1 Assunto/Justificativa
contratar um trabalhador.
ou não sendo aplicada. Muitas dessas leis são responsáveis pela estipulação de
encargos que incidem sobre a Folha de Pagamento de uma empresa. Seus fins são
O que tem sido motivo de debates é o real impacto desses encargos para a
debatido maneiras de diminuir a carga tributária, mas que não acabem com os
Conforme Pastore (1994, p. 63), “no setor industrial, por exemplo, para cada
Neste ponto de vista são considerados como encargos sociais vários itens
25,1% sobre os salários, pois este não considera encargos os itens citados.
essas obrigações estão aquelas que podem ser consideradas como encargos
encargos sociais não são sinônimos de obrigações trabalhistas, são somente parte
delas.
trabalho, mas que não revertem em benefício direto e integral do trabalhador. São
1.2 Tema
dos encargos sociais no gasto com pessoal para a empresa, os tributos incidentes
1.3 Problema
acadêmico. Dentre esses tributos, temos uma série de contribuições que incidem
funcionário.
1.4 Objetivos
O objetivo geral deste trabalho é verificar qual o impacto dos tributos sobre a
Folha de Pagamento das empresas, no aspecto que tange aos encargos frente ao
trabalhador;
1.5 Metodologia
tendo isso base na forma quase que instantânea que as informações chegam até as
Tal ação consciente tornou-se cada vez maior à medida que o homem foi
sobre eles.
e não sua posse. Tem o homem como tema permanente de suas considerações.
divina. Essas revelações podem ser transmitidas por alguém, por tradição, ou por
escritos sagrados.
saber por quê. Os primeiros a refletir sobre a distinção entre o saber vulgar e o saber
uma pesquisa exploratória, uma vez que tem como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito, e será feita sob a
forma de uma pesquisa bibliográfica, que conforme Gil (1991, p.48), “é desenvolvida
uma gama muito mais ampla de fenômenos do que numa pesquisa direta, mas sua
1.6 Limitações
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, com carga horária mensal
proteção militar e política prestada pelo senhor feudal dono das terras, mas não
eram livres. Eram obrigados a trabalhar na terra de seus senhores e a entregar parte
da produção rural como preço pela fixação na terra e pela defesa que recebiam.
de trabalho ainda não permitiam a existência de uma ordem jurídica nos moldes com
que mais tarde surgiria o direito do trabalho. Mas havia uma transformação: uma
políticas e jurídicas.
assalariado em ampla escala, do mesmo modo que a manufatura cedeu lugar à linha
de produção.
do homem no trabalho.
mulheres.
Segundo Ferrari et all (1988), datam de 1893 alguns dos primeiros projetos
direito do trabalho.
1943 foi aprovado o Decreto-lei 5.452. Surgia assim a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), que reuniu uma série de leis esparsas, mas trazendo poucas
novidades.
regulamentadas e novas sendo criadas, até atingirmos os dias atuais onde existe
2.2.1 Empregado
Mas, esta nos parece ainda ser uma explicação bastante restrita, pois ela
pessoa jurídica. A proteção que a lei dá destina-se ao ser humano, à sua vida,
pessoa.
mais amplo do que aquele dado pela própria legislação pertinente ao tema.
2.2.2 Empregador
personalidade jurídica, como também o será tanto a pessoa física como a pessoa
jurídica, com ou sem fim lucrativo, que tiver empregado. A CLT, em seu Art. 2º nos
dá a seguinte definição:
prestação de serviços.
2.2.3 Remuneração
confusão se dá na própria CLT que hora trata como remuneração, hora como
empregado, ela estará pagando um salário indireto, o que é uma forma de melhorar
unidades produzidas; e o salário por tarefa, aonde este é pago com base na
o pagamento em dinheiro. Mas não pode ser em qualquer dinheiro. A CLT em seu
art. 463 exige que o pagamento seja efetuado em moeda corrente do país, e
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
Sendo assim, é preciso que qualquer tributo para ser considerado legal,
trabalhadores.
pelo empregador para financiamento das políticas públicas que beneficiam de forma
indireta o trabalhador. Existe no Brasil uma discussão acerca dos itens que integram
uma única definição para tal. Para o DIEESE, os encargos sociais se referem
trabalhador.
Nesse caso, o pagamento pelo tempo não trabalhado como férias, descanso
remunerado, aviso prévio, licenças, etc., e que de uma forma ou outra fazem parte
da renda do trabalhador, são tratados como salário indireto e não como encargos. É
nesse ponto onde existe a maior divergência entre autores e institutos que tratam do
parte do custo total do trabalho, mas que não são revertidos em benefícios diretos e
integrais ao trabalhador.
etc.).
limite, devendo a empresa recolher este valor até o segundo dia do mês
empresa, que neste trabalho considerar-se-á o código FPAS 515, ou seja, será
esta lei e outros recursos a ele incorporados devendo ser aplicados com atualização
sendo dia útil, antecipar-se-á o seu recolhimento. O mesmo percentual deverá ser
recolhido também sobre as parcelas do 13º salário. Está amparado nas leis: Lei
5.107/66, Lei 7.839/89, Lei 8.036/90, Lei 8.678/93, Lei 8.922/94, Lei 9.491/97, Lei
afastamento:
• Gozo de férias.
2.6.3 PIS/PASEP
municípios e sobre a folha de pagamento das entidades sem fins lucrativos, além do
na sua conta nos casos de: aposentadoria, reforma ou transferência para a reserva
escolarização obrigatória.
empresas devem recolher a cota que lhes cumpre ao Instituto de Previdência. São
pois pelo entendimento da nova lei, não havia mais obrigatoriedade do recolhimento
FPAS 515, incidente sobre o total da remuneração paga pelas empresas do setor
programas que contribuam para o bem estar social dos empregados e suas famílias,
código FPAS 515, incide sobre o total da remuneração paga pelas empresas
comerciais aos empregados e avulsos que lhe prestem serviços. Está amparado na
Lei nº 9.853/46.
trabalhador, por mês de serviço, e será pago em duas parcelas. A primeira entre os
ou no valor da aposentadoria.
perigosos.
abono pecuniário. Para tal, o mesmo deverá ser requerido pelo empregado até 15
descanso ao empregado.
O pagamento das verbas de férias deverá ser feito até dois dias antes de o
Eleitoral;
Tais situações estão amparadas no art. 473 da CLT e nos art. 97 e 102 do
2.6.11 Licenças
do seu cargo, função ou emprego, por razões apontadas na lei, podendo perceber
saúde. Nos primeiros 15 dias de afastamento o ônus ficará com a empresa, que
pagos pelo INSS que concede o beneficio aos empregados que contribuem com o
instituto de previdência.
diretamente se relaciona.
tradição local.
antecedência.
demissionário.
jornada de trabalho reduzida, sem prejuízo do salário integral, podendo optar por
reduzir duas horas diariamente ou faltar ao serviço durante 07 (sete) dias corridos.
trabalhadores com salário mensal de até R$ 623,44 que tenham filhos com até 14
pai quanto a mãe, desde que estejam nas categorias e faixa salarial que têm direito
são os seguintes:
vice-versa.
que não cubra integralmente o deslocamento deste, deve conceder o vale transporte
trabalhado.
valor das férias, os feriados, o 13º salário, o aviso prévio em caso de demissão por
empresas (Sebrae).
termos percentuais.
encargos fica aquém dos 102% defendidos por Pastore. Tal fato ocorre
principalmente porque Pastore toma como base o setor industrial, e aqui é analisado
deve ser avaliado dessa forma, pois se trata de um fator que poderá ocorrer
grupo 1 x 36,36% de “tempo não trabalhado I”, o que resulta em: 0,3480 x
0,3636 = 12,65%.
PERCENTUAL SOBRE O
ITENS DA REMUNERAÇÃO DIRETA DO TRABALHADOR SALÁRIO CONTRATUAL
de 1/3 de férias (R$ 100,00/12 meses x 1/3 = 2,78%), ambos recebidos anualmente.
salário contratual mensal, sobre o 13º salário e sobre o adicional de 1/3 de férias) e
salário contratual.
FGTS (8%), pois este já está sendo incluído nos cálculos do Quadro 3.
Neste sentido, tem-se uma conclusão bem diversa daquela de José Pastore
contratual, o que é um valor muito aquém daquele defendido por estudiosos da área
e parte do empresariado.
Observa-se também que nesse caso o valor dos encargos chega a ser
somente de 24,82%, e não de 25,10% como afirma o DIEESE. Isso se explica pelo
que está baseada numa média sobre a remuneração anual de todos os setores e
fiscal, entre outras, tornam sempre atual a discussão acerca dos encargos sociais
em nosso país.
contratante.
Nos dias atuais, torna-se cada vez mais importante o processo de elisão
de melhores resultados.
predominantes.
como base as horas efetivamente trabalhadas. Como já foi dito anteriormente, este
percentual pode variar dependendo de uma gama maior ou menor de custos que
pagamento das empresas, assim como também não há um consenso sobre o que
Uma vez que mais tempo, menos tempo a empresa sofrerá fiscalização dos
órgãos competentes, seja por denúncia ou por rotina, e neste caso além de ter que
BRASIL. Código Tributário Nacional. 27ª ed. São Paulo: Saraiva, 1998.
CARRION, Valentin. Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. 23ª ed. São
Paulo: Saraiva, 1998.
FRANCO, Hilário & MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil. São Paulo: Atlas, 1992.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos: inclui o ABC. 8ª ed. São Paulo: Atlas,
2001.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao Direito do Trabalho. 17ª ed. rev. e atual.
São Paulo: LTr, 1991.
OLIVEIRA, Aristeu de. Cálculos trabalhistas. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.
___________________ Manual de prática trabalhista. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.