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Propostas da IV Conferência Municipal LGTTB já desenvolvidas pelo CRGLTTB

Proposta Desafio

Implementar programa intersetorial que envolva os serviços já existentes que Envolver o Fórum LGTTB.
trabalham com atendimento e acompanhamento familiar da SMCTAIS, de
modo a detectar, orientar, encaminhar e combater as diversas formas de
violência contra LGTTBs.

Fortalecer a abordagem e respeito às múltiplas orientações sexuais e identidades Envolver o Fórum LGTTB.
de gênero a partir do ECA, junto à rede de atendimento a crianças do Município
(por ex. capacitando os profissionais dos Abrigos)

Ampliar as ações do Projeto “Chegou a hora de Cuidas da Saúde” desenvolvido Dar continuidade a parceria com o PMDST/AIDS e Fórum LGBT sobre
pelo Programa Municipal de DST/AIDS este tema.

Propostas da IV Conferência Municipal LGTTB a serem desenvolvidas pelo CRGLTTB

Proposta Ação Desafio

Sensibilizar a Promotoria Pública, Vara da Infância e Juventude, Promover conversas, oficinas e uma
Conselho Tutelar sobre os danos psicológicos sofridos por integração maior entre esses órgãos nas
adolescente LGBTs nos conflitos familiares. questões relativas aos adolescentes LGBTs

Fomentar ações relativas às políticas públicas de combate à Promover reuniões com a rede pautadas
Exploração Sexuais de Crianças e Adolescentes travestis e transexuais nesta temática.
no município.
Divulgar as leis Antidiscriminatórias (Municipal e Estadual) Realizar com a Comissão de Direitos Produzir material específico
Humanos da Câmara Municipal e Fórum
LGBT

Incluir a temática da diversidade sexual e múltiplas identidades de Promover reuniões com a Secretaria Envolver o Fórum LGBT nas ações
gênero nas capacitações e cursos de formação obrigatórios para a Municipal de Cooperação nos Assuntos de
Guarda Municipal de Campinas Segurança Pública pautadas nas questões
relativas aos adolescentes LGBTs

Incluir a temática da diversidade sexual e múltiplas identidades de Promover reuniões com a Coordenadoria da
gênero nas ações da Coordenadoria da Juventude. Juventude pautadas nas questões relativas
aos adolescentes LGBTs

Sensibilizar a Secretaria Municipal de Educação quanto à necessidade Promover reuniões com SME
da retomada do Programa de Orientação Sexual. sobre os danos psicológicos sofridos por
estudantes LBGTs nas escolas do
municípios.

Sensibilizar a Secretaria Municipal de Educação quanto ao sofrimento Incluir o respeito às diversas orientações e Promover reuniões com a SME
físico e psicológico sofrido pelos estudantes LBGTs nas escolas do múltiplas identidades de gênero nas ações sobre este tema
município. da SME
Envolver o Fórum LGBT nas ações

Retomar o projeto que deu origem aos Kits de Orientação Sexual Solicitar prestação de contas da SME, sobre Promover reuniões com a SME
enviados às escolas do município. as ações do Projeto de Orientação Sexual de sobre este tema
2004/2005.
Envolver o Fórum LGBT nas ações
Incluir mensagens, frases e textos anti-discriminatórios nos materiais Promover reuniões com o Departamento de
desenvolvidos pela PMC Comunicação sobre este tema.

Fomentar a retomada do Projeto Cinema na Praça, pela Secretaria Incluir filmes sobre a temática LGBT no Promover reuniões com a SMC
Municipal de Cultura. projeto de exibição de cinema em praças sobre este tema
públicas do município da SMC.
Envolver o Fórum LGBT nas ações

Fomentar para que a SMS, através do CETS (Centro de Educação dos Promover reuniões com o CETS sobre este Promover reuniões com o CETS
Trabalhadores da Saúde) inclua em suas capacitações as temáticas das tema. sobre este tema.
múltiplas orientações sexuais e orientações sexuais, tanto de seus
servidores quando de seus usuários. Envolver o Fórum LGBT nas ações

Ampliar a divulgação entre a população LGBT da cidade, dos serviços Elaborar material de divulgação (cartaz e Elaborar material gráfico.
prestados pelo CRGLTTB. folder) mantendo uma boa relação com
imprensa local Elaborar release sobre as atividades
realizadas.

Verificar junto à Ouvidoria do Município, as denuncias de desrespeito Promover reuniões com a Ouvidoria sobre Promover reuniões com a Ouvidoria
à população LGBT em todos os serviços da PMC. este tema. sobre este tema.

Envolver o Fórum LGBT nas ações

Verificar junto à Secretaria de Assuntos Jurídicos o andamento dos Promover reuniões com a Secretaria de Promover reuniões com a Secretaria
processos relativos à Lei Municipal antidiscriminatória Assuntos Jurídicos sobre este tema. de Assuntos Jurídicos sobre este
tema.

Envolver o Fórum LGBT nas ações


A seguir apresentamos as propostas extraídas dos anais da I Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais que já
estão incorporadas, desde julho de 2003, a atuação dos técnicos, sendo norteadoras das ações e projetos deste Centro de Referência GLTTB, mas que
infelizmente não é uma realidade no restante do país:

Propostas da Conferência Nacional GLBT já realizadas pelo CRGLTTB

Ação Desafio
Proposta

Eixo 1 – Direitos Humanos

2. Implantar e implementar o Programa Brasil sem Homofobia nos As ações do CRGLTTB são pautadas nas
poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nas três esferas de ações e diretivas do Programa Brasil sem
governo (Federal, Estadual e Municipal) garantindo que se torne uma Homofobia.
Política de Estado, ampliando sua divulgação no âmbito internacional.

3. Garantir a implementação de programas de educação e Fomentamos a manutenção do Programa de


sensibilização para promover e aprimorar o gozo pleno de todos os Orientação Sexual da SME.
direitos humanos por todas as pessoas, considerando a orientação
sexual e identidade de gênero, raça e etnia, incluindo esta temática no Participamos das atividades do antigo OS.
Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos.
Realizamos intervenções nas escolas
Municipais e estaduais do município.

7. Apoiar iniciativas legislativas que tramitam no Congresso Nacional Enviamos mensagens, e-mails e assinamos
que dispõem sobre os direitos da população LGBT, buscando abaixo assinados que julgamos pertinentes
equiparação dos direitos já garantidos aos heterossexuais. a população LGBT
12. Desenvolver, elaborar e divulgar materiais informativos sobre as Elaboramos e editamos a Cartilha
fobias relacionadas à orientação sexual e identidade de gênero e a antidiscriminatória e participamos na
relação com os direitos humanos e de combate à intolerância religiosa revisão da cartilha do SOS Ação Mulher.
frente à população LGBT.

14. Assegurar, nas políticas públicas, a inserção da defesa dos direitos Esse principio norteia é nossa missão
da população LGBT na luta dos demais grupos historicamente
estigmatizados em função de sua origem geográfica, etnia, raça,
condição física e idade.

15. Promover a articulação e a parceria entre o poder público, Elaboramos o Mapa da Violência Articular parceria com universidade
sociedade civil organizada, institutos de pesquisa e universidades e sociedade civil organizada.
visando estabelecer estratégias específicas e instrumentos técnicos
que possam mapear a condição socioeconômica da população LGBT,
com o objetivo de monitorar o combate à discriminação por orientação
sexual e identidade de gênero com indicadores de resultados a serem
estabelecidos.

16. Articular uma rede nacional de combate a homofobia, lesbofobia Discussão levantada no último encontro dos
e transfobia formada pela administração direta ou indireta pública nos centros de referência em Brasília e
três níveis de poder em parceria com a sociedade civil organizada, sinalização de uma rede nacional.
garantindo a transversalidade da temática de Direitos Humanos.

18. Garantir o direito de ir e vir das (os) profissionais do sexo feminino Fomentamos esse direito junto aos órgãos
e masculino em todos os espaços públicos. de segurança..

20. Desenvolver processos de informação, comunicação e educação, Realizamos oficinas, debates e palestras em
que desconstruam estigmas e preconceitos que contribuam para a diversos espaços públicos e privados.
redução de vulnerabilidades da população LGBT.
24. Garantir apoio ao PL n 2976/2008 referente à troca do pré-nome Apoiamos esta iniciativa
das travestis.

27. Promover, apoiar e fomentar campanhas de combate à Esse principio norteia é nossa missão
discriminação homofobia e à violência institucional contra a
população LGBT.

28. Promover ações afirmativas em todas as esferas públicas que Realizamos oficinas, debates e palestras em
atendam a população LGBT, com recorte de gênero e étnico- diversos espaços públicos.
racial.162 ✔ Cidadania e Diferença
✔ Rede da Média Complexidade
✔ ESSCA

29. Apoiar, no âmbito do Ministério Público Federal, um


departamento e/ou mecanismo para acolhimento de denúncia sobre
discriminação em decorrência da orientação sexual e identidade de
gênero, bem como produção de banco de dados.

32. Criar estruturas nos âmbitos Estaduais e Municipais, como braços O próprio CRGLTTB
da administração direta de grau mais alto, com vistas à possibilidade
concreta e efetiva de se estabelecer políticas integradas, eficazes e
contínuas para o tratamento dos direitos e questões da população
LGBT.

39. Mobilizar, sensibilizar e capacitar gestores (as) e sociedade civil Esse principio norteia é nossa missão
para criar uma rede de proteção social para criança, adolescente,
jovem e idoso LGBT, primando pela garantia dos direitos sexuais e
reprodutivos, à convivência familiar, à inserção escolar, ao trabalho e
ao direito da religiosidade, divulgando, defendendo e garantindo a
implementação do ECA e Estatuto do Idoso em todo o território
nacional.

40. Apoiar e realizar estudos e pesquisas sobre a discriminação Apoiamos esta iniciativa
múltipla ocasionada pelo racismo, homofobia, sexismo, preconceito
de gênero, geração, orientação sexual e identidade de gênero, raça e
etnia, pessoas com deficiência ou de diversas crenças religiosas.

42. Estimular a implementação de ações no âmbito da administração Em nossas intervenções em outras


pública municipal, estadual, federal e da sociedade civil de combate secretarias de governo, programas, serviços
ao preconceito, homofobia e sexismo, que incluam o recorte de raça e e projetos, sempre pautamos essas questões.
etnia, gênero, classe social e pessoas com deficiência, considerando a
dimensão geracional.

45. Intensificar, no serviço público, políticas para o combate da Esse princípio norteia a nossa missão
discriminação por orientação sexual, identidade de gênero e raça.

55. Denunciar toda e qualquer atitude de discriminação à população Esse princípio norteia a nossa missão
LGBT.

65. Estabelecer políticas de inclusão da população LGBT nos Esse princípio norteia a nossa missão
programas de ação e desenvolvimento social, combatendo o estigma
e a discriminação a essa população e que o cadastro do Programa
Bolsa Família passe a observar os parceiros do mesmo sexo e
orientação sexual.
Capacitar os serviços de disque-mulher e as delegacias especializadas Temos realizado conversas e intervenções
de atendimento à mulher, garantindo a acolhida não discriminatória junto a DEAM
para mulheres lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais na aplicação
da Lei Maria da Penha, por meio da SEDH, SENASP e SPM.

Eixo 2 – Saúde

5. Sensibilizar, Capacitar e qualificar gestores, gerentes, servidores


públicos, colaboradores e profissionais de saúde, por meio de
oficinas, grupos de trabalho, palestras, teatros, campanhas
educativas, seminários e workshops, com os temas: sexualidade ,
corporalidade, gênero, questão étnico-racial para que reconheçam os
efeitos da homofobia, lesbofobia e transfobia como elemento da
vulnerabilidade que dificulta o diagnóstico, o acesso e a promoção da
equidade da saúde da população LGBT.

13. Implantar e implementar como rotina de serviços, garantindo


a inclusão do nome social nos prontuários de atendimento, no cartão
SUS conforme portaria GM 675/06, e ficha de ESF dos serviços
de saúde, assim como reconhecimento das famílias LGBT.

14. Combater o racismo, machismo, homofobia, lesbofobia e


transfobia através da ampliação do atendimento, intensificando as
ações do Programa HUMANIZASUS, da participação e do controle
social em defesa dos princípios do SUS.
31. Promover, incentivar e articular com sociedade civil, fóruns
e seminários de discussão permanentes sobre a situação de saúde da
população LGBT.

32. Fortalecer junto com a sociedade civil organizada o trabalho


e controle as DST/HIV/Aids e HEPATITES, na população LGBT.

33. Apoiar os movimentos populares, organizados pela sociedade


civil, como a Semana da Diversidade, Parada do Orgulho LGBT
e outros eventos que promovam a luta contra homofobia,
lesbofobia e transfobia e o respeito à diversidade.

47. Apoiar a revisão, pelo Ministério da Saúde, da restrição da doação


de sangue por parte da população LGBT e capacitar os
profissionais de saúde dos hemocentros para abordagem mais
qualificada dos doadores.

48. Disponibilizar materiais informativos acerca das questões


relacionadas ao processo transexualizador do SUS para as pessoas
transexuais e a toda população, incluindo os profissionais de saúde.

57. Instituir mecanismos de denúncia, investigação e punição de


atitudes e comportamentos de discriminação contra a população
LGBT, através de normas explícitas nos regimentos e estatutos
dos órgãos de prestação de serviços de saúde pública.
66. Garantir que todos os formulários de identificação/notificação
e investigação contemplem a identidade de gênero e orientação
sexual.

72. Garantir a distribuição de gel lubrificante na rede pública.

73. Descentralizar o atendimento da população LGBT em relação à


saúde sexual.

84. Assegurar que a articulação entre as políticas de assistência


social e saúde, em especial às pessoas que vivem com HIV/AIDS,
possam criar estratégias conjuntas de cooperação para qualificação
de ONGs que atuam como Casas de Apoio para que essas possam
acessar as políticas e recursos da Assistência Social e do Trabalho.

85. Fomentar a realização de estudos e pesquisas sobre lesbianidade,


racismo e saúde da população negra.

86. Promover o reconhecimento dos saberes e práticas populares


de saúde, incluindo aqueles preservados pelas religiões de matrizes
africanas.

90. Investir na elaboração de materiais de informação, comunicação


e educação sobre o tema da promoção e saúde da população LGBT,
respeitando o recorte étnico/racial, geracional e de classe social e que
seja levado em consideração os diversos saberes e valores, inclusive
preservado pelas religiões de matrizes africanas.
108. Sensibilizar as equipes profissionais do Programa de Saúde da
Mulher para a atenção as particularidades apresentadas no
atendimento às lésbicas, bissexuais e transexuais.

116. Criar um núcleo de atendimento, pesquisas sobre possíveis


formas de modificações corporais seguras, contemplando as
temáticas da utilização do uso de silicone industrial e
hormonioterapia para Travestis.

119. Estimular a divulgação dos programas do processo


transexualizador e outros serviços existentes de atendimento
especialmente, para homens transexuais.

126. Retirada dos grupos de riscos para doação de sangue da


população LGBT, profissionais do sexo, usuários/as de drogas,
pessoas com tatuagens e piercings.

132. Realizar campanhas voltadas para mulheres lésbicas,


bissexuais e mulheres que fazem sexo com mulheres para prevenção
do câncer de mama e de colo de útero, incentivando a freqüência
aos/às profissionais de ginecologia.

139. Criar as ações estratégicas para conscientizar a mulher lésbica


de que ela precisa fazer todos os exames preventivos,
assegurando-se as condições necessárias para os exames através de
materiais educativos
145. Criação de uma rede de proteção básica de Políticas Públicas
visando melhor atendimento na rede de saúde e abrigos.

156. Capacitar os profissionais de saúde e agentes comunitários


de saúde sobre violência de gênero, para que possam agir
preventivamente assim que perceberem a violência sexual e
doméstica, assegurando o sigilo.

Eixo 3 - Educação

19. Garantir a intersetorialidade da política LGBT com as demais


políticas de Educação, Assistência Social, dentre outras.

20. Propor e adotar medidas legislativas, administrativas,


organizacionais e sócio-educativas para a promoção do
reconhecimento da diversidade de orientação sexual e identidade de
gênero, com vistas ao enfretamento do sexismo e da homofobia,
lesbofobia e transfobia do ambiente escolar.

24. Realizar trabalhos educativos nos espaços públicos, privados


e religiosos, sobre o respeito da diversidade sexual e a livre orientação
sexual, com recortes étnico-racial e de relações de gênero,
abrangendo também a mídia e a sociedade em geral.

27. Realizar sensibilização junto às famílias dos alunos, nas


reuniões de pais e mestres, acerca das temáticas relacionadas com
a população LGBT e do combate ao preconceito e discriminação
(homofobia, lesbofobia e transfobia).
31. Realizar atividades sócio-culturais e políticas nas datas de
referência para a população LGBT.

32. Promover ações afirmativas, para garantir o acesso para travestis


e transexuais ao ensino superior

45. Propor a inclusão de temas e disciplinas relativas à orientação


sexual, diversidade sexual e cultural e identidade de gênero nos
currículos dos cursos de formação de militares e de policiais civis e
militares, extensivo às Guardas Municipais.

Eixo 4 – Justiça e Segurança Pùblica

13. Instrumentalizar as delegacias de polícia para acolher


denúncias de violação dos direitos da população LGBT.

25. Criar documento de Identidade Social das (os) travestis e


transexuais como alternativa de identidade civil, contando com os
dados destes.

26. Promover encontros, palestras, seminários e capacitações com


todos os movimentos sociais e poder público, promovendo
conhecimento sobre da população LGBT e o combate à violência
desta população
29. Incluir efetivamente a população LGBT nas ações das
instituições governamentais que amparam, protegem e concedem
direitos, apoiando projetos e estabelecendo termos de ajustes para
a inclusão efetiva desta população.

69. Confeccionar cartilhas para a população LGBT com o tema


segurança, de maneira a criar mecanismos de prevenção e defesa.

74. Apoiar iniciativas legais e jurídicas que reconheçam a união civil


entre pessoas do mesmo sexo.

Eixo 5 – Cultura

26. Articular a promoção de ações voltadas à promoção da cidadania


LGBT e ao combate a homofobia com os Programas e Projetos
Estaduais e Municipais através do Programa Mais Cultura.208

Eixo 6 – Trabalho e Emprego

31. Discutir e enfrentar a homofobia, a discriminação de gênero


e a racial nos programas educativos desenvolvidos pelos órgãos
municipais, estadual e distrital de assistência social, através da
sensibilização dos educadores sociais e demais profissionais atuantes
em programas da assistência social

34. Promover capacitação contínua, para combater o estigma e a


discriminação de gênero, orientação sexual e racial, junto às
equipes técnicas e gestoras que atuam especialmente no cotidiano
das instituições onde a política nacional de assistência social é
implementada: centros municipais, estaduais e distrital de
atendimento social, abrigos públicos e não-governamentais para
crianças, adolescentes, adultos e idosos, conselhos tutelares,
instituições de cumprimento de medidas socioeducativas, escolas,
ONGs e entidades filantrópicas.

Eixo 7 – Previdência Social

7. Garantir aos servidores públicos dos três entes da federação e aos


militares, bem como aos integrantes da previdência complementar, o
reconhecimento da união homoafetiva para fins previdenciários.

1. Apoiar Paradas e eventos do Orgulho LGBT, de forma que


as mesmas promovam os direitos humanos e a cidadania,
envolvendo poder público, iniciativa privada e organizações da
sociedade civil.

10. Apoiar as ações de prevenção e enfrentamento à exploração


sexual infanto-juvenil.

Eixo 9 – Cidades

17. Criar um Selo que identifique entre as empresas com


responsabilidade socioambiental aquelas que contemplem direitos
LGBT, estimulando o apoio de empresas públicas e privadas.
19. Ampliar os conceitos de família de modo a contemplar os
arranjos familiares LGBT e assegurar a inclusão do recorte de
orientação sexual e identidade de gênero, observando a questão
étnico-racial, nos programas sociais do governo federal

Eixo 10 – Comunicação

6. Reconhecer, como oficiais, as datas comemorativas da comunidade


LGBT e as visibilizar, promovendo campanhas publicitárias de
utilidade pública a serem veiculadas nos espaços de publicidade
paga do governo e nos veículos de comunicação governamentais,
estaduais, a saber: 29 de janeiro (visibilidade das travestis), 17
de maio (Luta contra a homofobia), 28 de junho (orgulho LGBT),
29 de agosto (visibilidade lésbica).

A seguir apresentamos as propostas extraídas dos anais da I Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais a ser
incorporadas as ações e projetos deste Centro de Referência para este ano:

Propostas da Conferência Nacional GLBT a serem implementadas pelo CRGLTTB

Ação Desafio
Proposta

Eixo 1 – Direitos Humanos

9. Apoiar a criação do Conselho Municipal, da população LGBT,


apoiando a participação desta população neste Conselho.
17. Ampliar o diálogo com a população LGBT através da sociedade
civil organizada LGBT.

19. Viabilizar estratégias de ação para implementar o Programa


Nacional de Educação em Direitos Humanos, em âmbito municipal.

21. Propor que nos concursos públicos, existam questões com a


temática de direitos humanos, incluindo a população LGBT, assim
como a adoção da disciplina Direitos Humanos nos cursos de
formação, capacitação e aperfeiçoamento dos servidores públicos, de
todas as carreiras da administração pública direta e indireta.

31. Fazer diagnóstico dos atendimentos dos programas e políticas


públicas da interseccionalidade de gênero, raça e etnia.

51. Fomentar a inclusão da orientação sexual e identidade de gênero,


assim como o recorte étnico-racial nas políticas voltadas à pessoa com
deficiência.

63. Fomentar a representatividade das/dos jovens LGBT nos espaços


que elaboram e implementam políticas públicas no âmbito dos
governos federal, estadual e municipal.

68.Apoiar o Primeiro Plano Nacional de Políticas Públicas LGBT que


deverá partir das propostas aprovadas na Conferência, a serem
desenhadas a posteriori com a equipe composta pelo poder público e
sociedade civil prevendo um marco lógico com as ações, metas,
prazos, monitoramento e avaliação e com a dotação orçamentária
específica.

Eixo 2 – Saúde

9. Apoiar a implantação/implementação dos quesitos cor, etnia e raça,


portador de deficiência, orientação sexual e identidade de gênero, bem
como o uso do nome social em todos os formulários e sistemas de
informação do SUS, capacitando os profissionais para o correto
preenchimento.

11. Fomentar as questões dos direitos das pessoas LGBT nas redes
integradas de atenção à população em situação de vulnerabilidade
social, violência doméstica, sexual, social, entre outras.

17. Fomentar a inclusão nos sistemas de informação do SUS, todas as


configurações familiares, com base na desconstrução a
heteronormatividade, considerando de forma efetiva as famílias
protagonizadas por gays, lésbicas, travestis, transexuais, bissexuais,
no planejamento familiar.

20. Apoiar a implementação e o aperfeiçoamento das ações de


prevenção e enfrentamento da epidemia de AIDS e outras DSTs,
incentivando o teste precoce ao HIV, desvinculando a epidemia de
HIV/AIDS da população LGBT, implantando o Plano de
Enfrentamento da Feminização da AIDS e o Plano de Enfrentamento
da AIDS entre gays HSH e travestis.
24. Fomentar a realização de pesquisas científicas e estudos para
produção de protocolos e diretrizes a respeito da hormonioterapia,
implante de próteses de silicone e retirada de silicone industrial para
travestis e transexuais, bem com estudos sobre mastectomia e
histerectomia em transexuais.

42. Fomentar o estabelecimento de estratégias de Redução de Danos


e Saúde Mental a profissionais do sexo LGBT, como medida
preventiva voltada para minimizar as conseqüências do uso de drogas,
das doenças e violência sofrida no trabalho.

55. Criar uma interface entre a olvidaria do SUS, o Centro de


Referência pelos Direitos Humanos GLTTB e a Corregedoria do
Município, visando a ampliação da parceria nos casos de denúncia de
violência, agressão e discriminação nos serviços de saúde.

56. Facultar aos usuários, identificação nos prontuários de


atendimento quanto à orientação sexual e identidade de gênero, para
melhorar o atendimento e as orientações.

63. Fomentar a construção de uma política de produção de insumos


adequados para mulheres lésbicas, bissexuais ou mulheres que fazem
sexo com mulheres, com objetivo de prevenção das DST/HIV/AIDS
e principalmente das hepatites.

70. Apoiar e incentivar o desenvolvimento, através dos serviços de


saúde, de um programa específico de prevenção nas academias e
demais locais de freqüência LGBT quanto ao uso de anabolizantes
masculinos e femininos, e a aplicação de silicone a fim de evitar
prejuízos ocasionados pela alteração do corpo.

76. Fomentar a implantação, nas escolas do município, o ensino de


educação sexual com enfoque na livre orientação sexual e distribuição
de preservativos.

78. Capacitar/sensibilizar os profissionais de saúde para o trabalho


junto à população LGBT para: a) melhor acolhimento pelos
profissionais da rede. b) resolutividade das demandas de saúde mental
específica. c) prevenção de agravos por meio de implementação do
programa de redução de danos no uso de silicone industrial.

92. Combater a homofobia institucional com ampliação do


atendimento humanizado no SUS e SUAS.

100. Fomentar e apoiar a campanha de vacinação contra hepatite B


entre travestis, transexuais e profissionais do sexo.

106. Propor a inserção de travestis e transexuais nas campanhas sobre


câncer de próstata, assim como elaboração de material informativo
específico direcionado para Travestis e Transexuais.

118. Criar campanhas de impacto, informação e sensibilização para a


promoção de mudanças de atitude dos profissionais em face ao
atendimento de pessoas transexuais no sistema público de saúde.
123. Estimular, na rede de atendimento à saúde mental, produção de
indicadores da saúde mental do publico LGBT, especialmente dos/as
usuários/as de álcool e drogas.

127. Capacitar/sensibilizar os/as profissionais das casas de abrigo e


apoio à pessoa idosa, no que diz respeito às questões relacionadas à
orientação sexual e identidade de gênero.

152. Garantir os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres


considerando o recorte de raça-etnia, geracional, orientação sexual e
identidade de gênero.

153. Capacitar/sensibilizar a atuação das DEAMs no que diz respeito


ao atendimento às lésbicas, bissexuais, negras, travestis e transexuais.

159. Estimular a implantação de políticas públicas nas áreas de saúde,


educação, justiça, trabalho e emprego e geração de renda para
lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais.

160. Realizar seminários e palestras para que lésbicas bissexuais e


transexuais conheçam e resgatem os seus direitos, inclusive o direito
à formação de família, priorizando a Lei Maria da Penha.

Eixo 3 – Educação

2. Fomentar, apoiar, realizar e divulgar pesquisas que analisem


concepções pedagógicas, currículos, rotinas, atitudes e práticas
adotadas no ambiente escolar diante da orientação sexual e da
identidade de gênero para garantir e realizar cursos interdisciplinares
de formação inicial e continuada de profissionais da educação, nessas
temáticas, bem como sobre a diversidade de arranjos familiares, para
promoção, nas escolas e na educação em todos os níveis, do respeito
à população LGBT e para a prevenção e enfrentamento, do sexismo,
da homofobia, lesbofobia e transfobia, da heteronormatividade e da
exploração sexuais de crianças e adolescentes, considerando ainda as
questões étnico-raciais, religiosas e de vulnerabilidade física ou
psicológica.

3. Promover e apoiar articulação permanente entre as diversas


instâncias do Estado, os sistemas de ensino e a sociedade civil
organizada, para a formulação, a implementação e a avaliação de
ações e programas de inclusão sócio-educacional voltados a promover
o reconhecimento da diversidade de orientação sexual e de identidade
de gênero.

9. Estimular e incluir as temáticas relativas à orientação sexual,


identidade de gênero e raça/etnia nos currículos universitários, nas
atividades de ensino, pesquisas de extensão, sem excluir nenhum
campo do saber ou limitar a cursos da área da saúde.

10. Estimular e fomentar a criação e o fortalecimento de instituições,


grupos e núcleos de estudos acadêmicos, sistematizando o
conhecimento existente e dialogando com os movimentos sociais,
bem como a realização de eventos de divulgação científica, sobre
gênero, sexualidade e educação, como objetivo de promover a
produção e a difusão de conhecimentos que contribuam para a
superação da violência, do preconceito e da discriminação em razão
por orientação sexual, identidade de gênero e raça/etnia.
15. Fomentar a inclusão da “legislação e jurisprudência LGBT”
temática na grade curricular de forma transversal nas disciplinas do
curso de direito nas universidades (civil, criminal, de família, etc).

28. fomentar a criação de programa ou ações de incentivo das travestis


e transexuais excluídas do sistema educacional.

37. Disponibilizar e enviar materiais referentes a população


LGBT, referentes a diversidade de orientação sexual e identidade
de gênero, produzidos pela Secretária Especial de Direitos
Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), assim como
pela Secretária de Educação Continuada, Alfabetização e de
Diversidade do Ministério da Educação (SECAD/MEC), para todas
as escolas.

43. Divulgar o Programa Brasil Sem Homofobia, lesbofobia e


transfobia nas escolas, nas instâncias de gestão da educação,
Universidades Públicas e Privadas, após revisão e adequação às
diferentes realidades.

49. Realizar, apoiar e fomentar estudos e pesquisas sobre as relações


de gênero e a situação das mulheres lésbicas, mulheres bissexuais e
transexuais e travestis em situação de violência, garantindo os recortes
geracionais, de raça/etnia e de pessoas com deficiência e mobilidade
reduzida.
50. Elaborar material educativo e informativo sobre mulheres lésbicas
e mulheres bissexuais.

54. Em toda as propostas, onde aparecer homofobia, incluir com


as demais especificidades, lesbofobia e transfobia.

56. Criar um banco de dados no qual sejam depositadas pesquisas


produzidas em nível de graduação, pós-graduação e por grupos
certificados por CAPES/CNPQ que abordem temáticas as causas
LGBT, bem como estudos clássicos sobre gênero e generalidade.

60. Elaborar material educativo orientando sobre homens bissexuais.

Eixo 4 – Justiça e segurança Pública

5. Sensibilizar, capacitar e fortalecer a Defensoria Pública para


garantir assistência jurídica à população LGBT e a criação de novas
instâncias nas unidades federativas que não as possuírem.

10. Sensibilizar o atendimento nas delegacias quando relacionado à


população LGBT.

11. Apoiar a criação, as delegacias de combate a crimes


discriminatórios em todo o território nacional.
12. Capacitar e instrumentalizar todas as delegacias para acolher
denúncias de violação de direitos da população LGBT.

14. Assegurar que a população LGBT seja atendida em qualquer


delegacia de forma qualificada, inclusive a DEAM, tendo respeitada
a sua identidade de gênero e seu nome social e que, ao lado do nome
de registro, seja criado campo para inserção do nome social

16. Garantir a efetivação das Leis vigentes, cujos dispositivos


contenham previsão legal para indiciar/multar as saunas, academias e
os locais de lazer, como restaurantes, boates, casas noturnas que
discriminam no atendimento e/ou preços/valores de acordo com a
orientação sexual e identidade de gênero que desconsideram os LGBT
em promoções, sorteios, concursos ou descontos

21. Fomentar e apoiar a inclusão do nome social em documentação de


identidades.

22. Propor a inclusão da identidade de gênero e nome social nos


registros de ocorrência policial em delegacias.

24. Apoiar a criação de leis que assegurem aos (as) travestis e


transexuais o reconhecimento de seus nomes de acordo a identidade
de gênero e social nos documentos.

33. Estimular a denúncia de crimes de homofobia por meio de


campanhas
42. Aplicar questionário, sobre direitos humanos, aos funcionários
públicos para conhecer seus perfis e sensibilizar quanto às temáticas
relacionadas à população LGBT.

43. Propor a aplicação nos concursos públicos, questionário sobre


direitos humanos, para ter o perfil dos novos servidores aprovados e a
sensibilização quanto a temáticas relacionadas à população LGBT.

47. Capacitar/sensibilizar as Delegacias da Mulher para o atendimento


às mulheres lésbicas e bissexuais, no que tange a Lei Maria da Penha.

51. Inserir no currículo das academias de segurança pública,


capacitação, formação inicial e continuada em direitos humanos e
princípios internacionais de igualdade e não discriminação derivada
de homofobia, inclusive em relação à orientação sexual e identidade
de gênero com participação da sociedade civil organizada e
movimento sindical, assim como para servidores de todos os órgãos
públicos e secretarias municipais de segurança.

61. Promover seminários e fóruns de discussão sobre reconhecimento


dos direitos da população LGBT com a participação de membros das
Escolas de Magistratura e do Poder Judiciário, objetivando subsidiar
as novas gerações de magistrados e membros do Ministério Público,
com elementos conceituais e empíricos sobre a realidade da população
LGBT.
72. Propor a criação nos documentos de registros policiais, espaços
para declaração facultativa de orientação sexual e identidade de
gênero.

75. Apoiar a revisão do Código Penal Militar, excluindo-se dele o tipo


penal pederastia, bem como o item que considera crime a prática
sexual entre pessoas do mesmo sexo.

81. Capacitar/sensibilizar gestores, operadores de direito e agentes


sociais na área de segurança pública com ênfase nas relações de raça,
religião de matriz africana, etnia, gêneros, orientação sexual,
identidade de gênero e direitos humanos.

82. Criar indicadores para o monitoramento de políticas públicas


voltadas à população negra, de matriz africana, quilombola e indígena,
fazendo o recorte de orientação sexual e identidade de gênero e
geracional.

Eixo 5 – Cultura

8. Promover a manutenção, através do Ministério da Cultura os


Centros de Documentação e Referência de temas relacionados à
população LGBT no Brasil, com o acesso de seu conteúdo através de
plataforma virtual.

9. Criar um certe que concentre um acervo digitalizado de documentos


sobre a história LGBT no Brasil e contenha link para sites
especializados em notícias, divulgação de eventos culturais e de arte,
possibilitando o acesso aos pesquisadores e à população em geral.
17. Promover ações de publicidade e marketing das mais diversas
expressões LGBT, através de órgãos de comunicação, colaborando
para ações contra o preconceito, violência e contra a intolerância,
inclusive famílias LGBT.

24. Fortalecer as ações da Secretaria da Identidade e Diversidade no


MinC.

25. Apoiar a produção de bens culturais e de eventos de visibilidade


massiva de afirmação de orientação sexual, identidade de gênero e de
uma cultura de paz, através da Lei Rouanet e da Lei de Incentivo à
Cultura, visando apoiar a produção de estudos, seminários, livros,
memória cultural LGBT, espaços culturais; centros de acervo e
exposições artísticas.

Eixo 6 – Trabalho e Emprego

29. Propor mudança na legislação do imposto de renda, de modo que


os/as parceiros/as do mesmo sexo em coabitação possam incluir os/as
parceiros/as como dependentes sem diferença das uniões estáveis
heterossexuais.

32. Incluir o quesito orientação sexual e identidade de gênero nos


atendimentos realizados pelas Secretarias Municipais de Aassistência
Social à população adulta em situação de rua.
33. Realizar o monitoramento das crianças e jovens, que vivem nas
ruas, manifestando atributos de gênero dissociados do seu sexo
biológico, favorecendo sua proteção especial nos abrigos mantidos
pelas secretarias municipais de assistência social.

36. Propor a ampliando-se da concepção de família vigente, na


Política Nacional de Assistência Social (PNAS).

Eixo 7 – Previdência Social

9. Garantir aos Servidores Públicos LGBT em união estável, dotados


de Regime Próprio de Previdência Social os mesmos direitos dos
servidores de união estável (heterossexual), principalmente a pensão
por morte.

Eixo 9 – Cidades

15. Apoiar a criação de indicadores de processo e avaliação de


políticas públicas que interrelacionem questões LGBT e meio
ambiente por meio de parcerias com a Universidade e instituição de
pesquisas.

Eixo 10 – Comunicações

3. Promover campanhas publicitárias de combate à discriminação e de


valorização da população LGBT, bem como de suas uniões afetivas
em diversas mídias, públicas e privadas garantido acessibilidade em
libras, braile, letras ampliadas, bem como em formato digitalizado e
audiovisual.

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