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Por isso, ao estudarmos a eletricidade, precisamos primeiro relembrar alguns conceitos de física.
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A palavra átomo que dizer indivisível. Toda matéria que compõe o nosso universo é
constituída de átomos. A mais antiga concepção do átomo é a do cientista grego Demócrito
que, 400 AC, afirmou que todos os objetos se compunham de minúsculas partículas que ele
supunha serem indivisíveis, e por isso chamou-as de átomos.
Atualmente, sabe-se que o átomo não é indivisível, podendo ser separado em outras
partículas.
Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr apresentou um modelo que explica o
comportamento do elétron tão bem que, com pequenas modificações, é o modelo atual. O
átomo de Bohr nada mais é que um sistema solar em miniatura.
O átomo é constituído de um conjunto de partículas aglomeradas chamado núcleo
(contém os prótons e os nêutrons), em torno do qual giram, em órbitas elípticas e a grande
velocidade, os elétrons. A quantidade de elétrons em cada órbita depende do átomo.
Próton – carga elétrica positiva
Elétron – carga elétrica negativa
Nêutron – carga elétrica neutra
Em um átomo em condições normais, ou seja, que esteja em equilíbrio, o número de
elétrons e prótons é igual. Isso faz com que a carga elétrica do átomo seja neutra.
Certos átomos são capazes de receber e outros de ceder elétrons. Quando isso
ocorre, o equilíbrio entre o número de cargas positivas e negativas deixa de existir. Diz-se que
um corpo está carregado, quando o número de cargas positivas (prótons) é diferente do
número de cargas negativas (elétrons).
Os átomos que recebem elétrons tornam-se carregados negativamente,
transformando-se em íons negativos (ânions). Já os que perdem elétrons tornam-se
carregados positivamente, transformando-se em íons positivos (cátions).
A fim de atingir a condição de equilíbrio os átomos que não possuem sua última
camada completa podem ceder, receber, ou compartilhar elétrons. Este fenômeno ocorre com
o elétron mais afastado do núcleo, o elétron da última camada, ou camada de valência.
Os elétrons da camada de valência podem ser arrancados de seu átomo de origem por
aplicação de forças externas. É a facilidade ou dificuldade de se retirar esses elétrons da
camada de valência que determina se um material é bom ou mau condutor de eletricidade.
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Carga Elétrica Q
1C = 6.280.000.000.000.000.000 elétrons
Quando um átomo adquire carga elétrica, sua tendência natural é voltar às condições normais,
ou seja, ficar eletricamente neutro. Dessa forma um corpo eletrizado tende a perder sua carga,
libertando-se dos elétrons em excesso ou procurando receber elétrons para se equilibrar.
Assim, é fácil concluir que basta unir os corpos por meio de um meio qualquer para que se
estabeleça, de um para o outro, um fluxo de elétrons. Esse fluxo de elétrons é o que
chamamos de corrente elétrica. Este fenômeno pode ocorrer pode ocorrer em qualquer uma
das possibilidades abaixo :
Fórmula I = Q /t
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Resistência Elétrica R
Condutores – Os materiais condutores são aqueles que possuem muito baixa resistência
elétrica,facilitando a corrente elétrica em seu interior, e assim podem ser usados para conduzir
eletricidade. Isso é devido a facilidade de ceder elétrons livres da sua camada de valência.
Ex.: cobre, alumínio, platina ferro
Ex : Sílício Si e Germânio Ge
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Sempre que um corpo é capaz de enviar elétrons para outro, ou dele receber estas partículas,
dizemos que ele tem potencial elétrico. Se um corpo ‘A’ manda elétrons para um outro corpo
‘B’, dizemos que ‘A’ é negativo em relação a ‘B’, e naturalmente ‘B’ é positivo em relação a ‘A’.
Dois corpos, entre os quais pode circular elétrons, apresentam uma diferença de
potencial (d.d.p). Esta grandeza também é conhecida como força-eletromotriz (f.e.m), tensão.
São os meios através dos quais podemos provocar desequilíbrio elétrico nos átomos.
a) Fricção – Dois corpos de natureza diferente podem adquirir carga através da fricção.
Um adquire carga positiva e o outro, carga negativa.
Um exemplo seria a caneta (ou bastão plástico) que friccionada sobre a roupa é capaz de
atrair pequenos pedacinhos de papel. Isso é devido ao fato de que cargas elétricas opostas se
atraem, e cargas iguais se repelem. Nesse caso, os pedaços de papel possuem carga neutra,
fazendo com que sejam atraídos pela caneta que adquiriu carga negativa.
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e) Geradores eletroquímicos – Alguns dispositivos podem criar cargas elétricas por meio de
reações químicas entre diferentes substâncias. Isso pode ser feito através de duas placas de
metal (eletrodos) inseridas numa solução química (eletrólito).
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George Simon Ohm estudou as relações entre a tensão (V), a intensidade da corrente elétrica
(I) e a resistência elétrica (R), e chegou à seguinte conclusão conhecida como Lei de Ohm:
ΩR – Resistência Elétrica em
Ohms ( )
Se mantivermos constante a resistência elétrica, a intensidade da corrente aumentará
se a tensão aumentar, e diminuirá se a tensão diminuir.
Se a tensão for mantida constante, a intensidade da corrente diminuirá se a
resistência aumentar, e aumentará se a resistência for reduzida.
Exemplo :
1) Calcule a intensidade da corrente elétrica que percorre um circuito onde é aplicada uma
tensão de 120 Volts e cuja resistência é de 10 ohms.
I = V/ R = 120 / 10 = 12 A
Prefixos Métricos
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Múltiplos e Submúltiplos
Se houver uma d.d.p entre dois pontos e eles forem postos em contato, haverá a produção de
uma corrente elétrica. É evidente que o meio (o material usado para ligar os dois pontos) irá
oferecer uma certa dificuldade ao deslocamento dos elétrons. Esta oposição que o material
oferece à passagem de uma corrente elétrica é denominada Resistência Elétrica ( R ) , e a sua
Ωunidade de medida é o Ohm ( ).
Todos os corpos apresentam resistência elétrica, que é determinada pelas suas
dimensões e pelo material que o constitui, e pode variar conforme a sua temperatura.
Se medirmos a resistência de vários corpos condutores, todos eles com a mesma
área e feitos do mesmo material e à mesma temperatura, veremos que apresentará maior
resistência aquele que tiver o maior comprimento. Isso nos permite concluir que a resistência
elétrica é diretamente proporcional ao comprimento do corpo.
Do mesmo modo, se tomarmos vários condutores de comprimentos iguais, todos eles
feitos do mesmo material e à mesma temperatura, observaremos que apresentará a maior
resistência o que tiver menor área. Podemos concluir então que a resistência elétrica é
inversamente proporcional à área do corpo.
Por último, podemos medir a resistência de corpos iguais à mesma temperatura,
porém feitos de materiais diferentes, e verificaremos que haverá diferenças nas medidas. Isto
nos faz concluir que o material que constitui o corpo interfere na resistência que ele oferece. É
o que chamamos de resistência específica do material ou resistividade.
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R= ρ.L/A R – Resistência Ω
L – Comprimento do corpo m
A – Área do corpo mm²
ρ - Resistividade do material Ω.m
Dos materiais citados podemos concluir que o que possui a menor resistência é a
prata, mas evidentemente jamais a usaríamos para fabricar fios para ligação elétrica devido ao
custo. Levando-se em consideração a relação custo-benefício, o material adequado seria o
cobre.
Potência Elétrica - P
P=Vx I
P = I² x R
P = V² / R
Exemplo :
1) Calcule a intensidade da corrente que circula pelo circuito de uma torneira elétrica que
consome
2400 W , e está ligada à rede elétrica de 120 V.
I = P / V = 2400 / 120 = 20 A
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Pilhas e Baterias – As pilhas são dispositivos que transformam energia química em energia
elétrica. Os principais elementos constituintes de uma pilha são os eletrodos e o eletrólito. Os
eletrodos são dois materiais diferentes (cobre e zinco, por exemplo), que ao serem imersos
numa solução química (o eletrólito), adquirem cargas elétricas e assim se estabelece uma
diferença de potencial (d.d.p) entre eles.
As pilhas podem ser recarregáveis ou não. Nas não recarregáveis, um dos eletrodos
é consumido gradualmente durante o funcionamento da mesma, sem haver a possibilidade de
recuperação do material, pois as reações que se processam no interior da pilha são
irreversíveis.
1)Tensão Nominal – É a tensão entre os terminais da pilha em circuito aberto. Esse valor
não depende das dimensões da bateria, mas somente dos materiais empregados em sua
construção.
Obs.: Essa relação não é tão linear assim , mas fornece uma boa idéia do tempo que uma
bateria pode fornecer corrente elétrica antes de se descarregar.
Símbolo :
Série – É uma ligação que só oferece um caminho para a passagem da corrente elétrica.
Quando ligamos baterias em série, as tensões de todas elas são somadas, mas a capacidade
continuará a mesma.
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Paralelo – É uma ligação que oferece caminhos alternativos para a passagem da corrente
elétrica.
Só podemos ligar baterias em paralelo se elas tiverem a mesma voltagem. A tensão
equivalente será a mesma, mas a capacidade de fornecer corrente será maior.
Série – É uma ligação que só oferece um caminho para a passagem da corrente elétrica.
a) Resistores diferentes :
Ex.: R1 = 4 Ω ; R2 = 6 Ω ; Rt = R1 + R2 = 4 + 6 = 10 Ω
Rt = R1 + R2 + R3 + ... + Rn
Paralelo – É uma ligação que oferece caminhos alternativos para a passagem da corrente
elétrica.
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a) Resistores diferentes :
Ex.: R1 = 6 Ω ; R2 = 3 Ω
Rt = (6 x 3) / (6 + 3) = 18 / 9 = 2 Ω
Se R1 = R2 = ... = Rn
Ex.: R1 = R2 = R3 = 39Ω
Rt = R / n = 39 / 3 = 13 Ω
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Ex.: R1 = 6 Ω ; R2 = 3 Ω ; R3 = 5 Ω
R(paralelo) = (6 x 3) / (6 + 3) = 18 / 9 = 2 Ω
Rt = R(paralelo) + R3 = 2 + 5 = 7 Ω
Circuito Elétrico
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Leis de Kirchhoff