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Manual 0349 PDF
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12 Regulamentação aplicável............................................................................................................. 14
13 Bibliografia ................................................................................................................................... 15
1. OBJETIVOS GERAIS
Reconhecer e aplicar a legislação de Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho.
Utilizar protecção no corpo e nas máquinas, seleccionando os equipamentos e soluções de
protecção adequados.
Reconhecer e aplicar a legislação ambiental: resíduos, efluentes, ar e ruído.
Decidir sobre medidas de prevenção, tendo em consideração as exigências do processo
produtivo, no âmbito da Higiene, Segurança e Ambiente.
Reconhecer a importância da Segurança e Higiene no Trabalho como fator de promoção de
qualidade de vida.
Numa definição mais ampla, o ambiente consiste no conjunto das substâncias, circunstâncias ou
condições em que existe determinado objeto ou que ocorre determinada ação. Em biologia, sobretudo
na ecologia e ambientologia, meio ambiente é o conjunto de todos os fatores que afetam diretamente o
metabolismo ou o comportamento dos seres vivos que habitam no mesmo ambiente, nesses fatores
incluem-se a luz, o ar, a água, o solo e ospróprios seres vivos, nas suas relação ecológicas.
A Política de Resíduos as senta em objetivos e estratégias que visam garantir a preservação dos
recursos naturais e a minimização dos impatos negativos sobre a saúde pública e o ambiente.
As estações de tratamento de águas residuais (ETAR) têm como função tradicional receber e tratar os
efluentes líquidos produzidos pela comunidade, por forma a poderem ser descarregados no meio
receptor com o menor impacte ambiental. Esta ação, em inúmeras situações, pode ser considerada
como um desperdício de uma matéria-prima ou de um recurso natural com valor económico. Assim
sendo, a reutilização de efluentes passa a ser encarada como uma medida conducente à redução de
consumos, à poupança e à gestão da água, tendo em conta o balanço custo/benefício.
Efluente gasoso: Fluxo de poluentes atmosféricos sob a forma de gases, partículas ouaerossóis;
Poluentes atmosféricos: As substâncias introduzidas, directa ou indirectamente, pelo homem no ar
ambiente, que exerce acção nociva sobre a saúde humana e/ou meio ambiente;
Queima a céu aberto: Qualquer processo de combustão que decorra ao ar livre;
D.L 78/04, de 3 Abril – Ar t . 13º Proibição da queima a céu aberto – É expressamente proibida a queima
a céu aberto de quaisquer resíduos bem como de todo o t ipo de material designado correntemente por
sucata; – Exceptua-se da proibição apenas a queima de material lenhoso e outro material vegetal das
atividades agro-florestais, desde que devidamente autorizado;
Reduzir - Antes de mais há que ter contenção na produção de resíduos. A diminuição da quantidade de
lixo é o passo primordial para resolver o problema da sua acumulação e melhorar a sua gestão. ·
Reutilizar - Outro passo indispensável. Há materiais concebidos para serem utilizados várias vezes.
A opção de reutilização diminui a curto prazo a quantidade de resíduos domésticos adiando a sua
rejeição e consequente eliminação. • Reutilizar é voltar a utilizar as coisas.
Dar uma segunda função ou reaproveitar os objectos para construir novos objectos.
• Por exemplo: voltar a utilizar os sacos de plástico das compras em vez de irem para o lixo; usar as
garrafas de água várias vezes; aproveitar as caixas dos brinquedos para guardar outras coisas; oferecer
os brinquedos usados a outras crianças ou a hospitais e lares de crianças.
Reciclar - É o Objetivo Final. Consiste na transformação do material inútil em material útil, diminuindo
assim a quantidade de resíduos e poupando recursos naturais e energéticos. • Reciclar é uma forma de
valorizar ummaterial que já foi utilizado, transformando-o noutro material útil. • A reciclagem é um método
de diminuir a quantidade de resíduos, poupando recursos naturais e energéticos. • Para que os materiais
possam ser reciclados, é necessário que sejam recolhidos e transportados separadamente. • Os
resíduos orgânicos, que no nosso país constituem a maior parcela dos resíduos urbanos, podem ser
transformados em composto, um corretivo orgânico útil para a agricultura e jardinagem. • Os papéis e
cartões podem ser aproveitados para produzir novos papéis. • Os resíduos metálicos podem ser
recuperados para fundição e fabrico de novas peças. • As embalagens de vidro podem dar origem a
novas embalagens. • Os plásticos podem ser recuperados, fundidos e moldados novamente.
• Os ecopontos são conjuntos de contentores para recolha selectiva de papel e cartão, embalagens
plásticas e metais, vidro e pilhas. • Estão localizados em pontos estratégicos como escolas, parques,
piscinas, complexos desportivos, mercados e feiras e juntos a habitações.
• Os ecopontos são estruturas essenciais para a melhoria do nosso ambiente. Neles podemos depositar
diferenciadamente diversos materiais, principalmente os de menor dimensão, que serão recuperados,
reciclados ou valorizados através de novas tecnologias. Mais de metade do lixo que produzimos todos
os dias pode ser reciclado. Veja o que pode separar em casa e onde depositar os resíduos que não
devem ser deitados no lixo indiferenciado.
Como deve ser depositado? 1- Contentor Azul : papel e cartão 2- Contentor Verde: garrafas e
embalagens de vidro 3- Contentor Amarelo: embalagens de plástico, metal e cartão complexo. 4-
Contentor Indiferenciado (lixo doméstico): todos os resíduos que não se depositam nos contentores
anteriores.
LIXO - Pastilhas elásticas e beatas de cigarros; - Fraldas, pensos higiénicos; - Loiças cerâmicas (ex:
Pratos, copos, chávenas e jarras) - Vidros especiais (ex: Pirex, cristal, espelhos, lâmpadas, embalagens
de perfumaria); - Papel autocolante, químico e lustro; - Tachos, panelas e talheres; - Brinquedos
estragados; - Roupa e calçado danificado, etc.
• Poluição constante das águas, provocada essencialmente por esgotos e lixos domésticos; • Poluição
atmosférica resultante da utilização de tecnologias obsoletas; • Destruição de florestas, essencialmente
as florestas tropicais como a Amazónia, e da vida selvagem, muitas vezes utilizada para satisfação de
luxos de uma pequena minoria abastada e sem qualquer preocupação com estas questões do ambiente;
•Delapidação dos recursos minerais • Acumulação de resíduos tóxicos oriundos dos países mais ricos.
3. Sinalização de Segurança
A sinalização de segurança tem por objetivo chamar a atenção, de uma forma rápida e inteligível, para
objectos e situações susceptíveis de provocar perigos, sempre que os riscos correspondentes não
puderem ser eliminados ou reduzidos com medidas ou processos de organização de trabalho e meios
técnicos de proteção coletiva
Cor
Vermelho
Significado ou Finalidade Sinal de proibição
Indicações e precisões: Atitudes perigosas Stop, pausa, dispositivos de corte de emergência.
Evacuação. de Identificação e localização.
Perigo - Alarme Vermelho Material e equipamento combate a incêndios
Amarelo
Sinal de aviso
Atenção, Verificação, Precaução.
Azul
Sinal de obrigação
Comportamento ou acção específica; Obrigação de utilizar equipamento de protecção individual. ou de
Portas, saídas, vias, material, postos, locais específicos.
Verde
Sinal de socorro salvamento
Situação de segurança
Regresso à normalidade.
4. Tipos de Riscos
4.1 Incêndios
O fogo resulta de uma combustão for temente exotérmica (com libertação de calor) desencadeada por
uma energia de ativação, que se desenvolve, em geral, de maneira dificilmente controlável. A combustão
é uma reacção de oxidação entre o combustível e um comburente com origem numa energia de ativação.
Para que se produza esta mesma combustão é necessária a existência de: Combustível – substância
que, na presença de oxigénio, reúne as propriedades para reagir ao comburente e arder, (existem
combustíveis em estado liquido - gasolina, metanol, combustíveis sólidos – madeira, plástico, e
combustíveis gasosos – Hidrogénio, metano…) Comburente – é o agente oxidante, ou seja, a substância
em cuja presença do combustível pode arder, (Com 21% de oxigénio em volume, o ar é um excelente
comburente). Energia de ativação – energia suficiente parainiciar uma reacção (chamas, faíscas, calor
resultante de frição, soldadura, etc.) Denomina-se este fenómeno por Triângulo do Fogo. Classes de
Fogos • Classe A: fogos de materiais sólidos, geralmente de natureza orgânica, como por ex. madeira,
carvão, papel, matéria têxtil, etc., os quais ocorrem normalmente com formação de brasas. • Classe B:
fogos de líquidos ou sólidos liquidificáveis, por ex. acetonas, vernizes, gasolinas, ceras, pomadas, etc. •
Classe C: fogos de gases, por ex. metano, propano, butano, acetileno, etc. • Classe D: fogos de metais,
por ex. sódio, magnésio, potássio, urânio, alguns tipos de plásticos.
Extinção de incêndios • Supressão do comburente por afastamento e asfixia, evitando que o ar entre em
contacto direto com o combustível; • Supressão do combustível e dispersão, afastando os materiais
combustíveis; • Eliminação do calor – arrefecimento do combustível até acabar a reação de combustão;
• Inibição química – projetando sobre o incêndio substâncias químicas que bloqueiam os radicais livres,
dando origem a produtos inertes. Agentes extintores • O Pó Químico ABC (polivalente) actua por
abafamento; • O Pó Químico BC (clássico) atua por inibição da chama, rotura da reacção em cadeia e
abafamento; • O Pó Químico Especial atua em fogos da c lasse D; • A Água e a Espuma são excelentes
condutores elétricos, pelo que não podem ser utilizados em equipamentos de tensão elétrica. • O CO2
pode provocar queimaduras, é pouco eficaz no combate a brasas e pode ser asfixiante em locais
fechados. Medidas de Prevenção • Manutenção per iódica das condutas de líquidos ou gases inflamáveis
• Evitar a presença deresíduos inflamáveis • Correta sinalização dos recipientes • Ventilação dos locai s
onde existem gases ou vapores inflamáveis • Evitar foguear ou fumar em zonas de perigo • Proibição de
trânsito em zonas perigosas • Proteção dos raios solares • Não utilização de equipamentos com projeção
de chispas • Separação e armazenagem cuidadosas de substâncias perigosas • Ventilação e controlo
da humidade ambiental • Instalação elétrica adequada • Uso dos equipamentos de protecção adequados
e exigidos no local de trabalho.
4.2 Riscos Elétricos
A eletricidade é uma das formas de energia mais utilizadas e que, para além do bem estar que propicia
também acarreta alguns riscos que se devem prevenir os riscos que a eletricidade compor ta podem
agrupar -se em duas categorias: _ Eletrocussão e Queimadura (risco para o Homem) _ Incêndio e
Explosão (risco para o Homem e o Ambiente) Prevenção dos riscos elétricos • Utilização permanente e
adequada dos EPI ’ s; • Proteção dos aparelhos elétricos contra a corrosão e penetração de líquidos; •
Cumprimento de regras e dispositivos de segurança aplicados nos locais de risco; • Verificação do estado
de conservação e manutenção dos aparelhos e/ou instalações elétricas; • Devida atenção na utilização
de todos os aparelhos.
Substâncias químicas perigosas – são elementos químicos e seus compostos, tal como se apresentam
no seu estado natural ou como são produzidos pela indústria, os quais podem provocar, direta ou
indiretamente, danos nas pessoas, nos bens ou no ambiente. Embalagem As embalagens devem ser
concebidas e construídas por forma a impedir qualquer fuga do conteúdo e utilizar materiais resistentes
à corrosão, evitando derrames e proporcionando um manuseamento normal. Os recipientes com um
sistema de fecho reutilizável devem ser desenhados para que possa fechar - se a embalagem várias
vezes sem perda de conteúdo. Rotulagem O rótulo informa acerca do conteúdo, das aplicações, da
forma de utilizar, dos riscos, das medidas de prevenção e do modo de agir em caso de acidente. Deve
conter nome e designação da substância, símbolos e indicações de perigo, frases indicando riscos
específicos, número CE quando atribuído, assim como o nome e morada do fabricante, importador ou
distribuidor. Armazenamento A armazenagem terá acima de tudo de ser efectuada de forma correta e
com algumas precauções importantes. Deve acautelar a separação de produtos químicos, evitando o
contacto entre os diversos químicos. Os produtos químicos particularmente perigosos deverão ser
armazenados em condições particulares. A armazenagem de gases faz- se em local isolado, no exterior.
4.5 Agentes Biológicos
Agentes biológicos – microorganismos, incluindo os geneticamente modificados, as culturas decélulas e
os endoparasitas humanos susceptíveis de provocar efeitos negativos na saúde dos trabalhadores em
situação de exposição, nomeadamente infeções, alergias ou intoxicações. Microorganismo – qualquer
entidade microbiológica, celular ou não, dotada de capacidade de reprodução ou transferência do
material genético (vírus, batérias, parasitas).
As posturas de trabalho são geralmente abordadas no âmbito do trabalho estático, ou seja, quando
ocorre uma contracção muscular contínua durante determinado período de tempo. Existem duas
posturas mais comuns: _ De pé _ Sentado Devemos: _ Manter o apoio adequado das costas e dos pés;
_ Manter a coluna lombar numa posição intermédia; _ Uma inclinação intermédia da cabeça para a f
rente; _ Apoiar os antebraços sem elevação prolongada dos ombros; _ Sempre que possível devem
alternar -se as posturas de sentado e de pé. A posição de pé acarreta uma sobrecarga dos músculos
das pernas, das costas e dos ombros, para além de problemas circulatórios;
4.7 Iluminação
As atividades com equipamentos dotados de vi sor (EDV) não devem constituir fonte de risco para a
segurança e saúde dos trabalhadores, deste modo, os postos de trabalho devem ser concebidos de
acordo com critérios ergonómicos funcionais. Prevenção _ O ecrã deve ter uma imagem estável, sem
cintilação ou outras formas de instabilidade;_ O teclado deve possuir uma superfície mate de modo a
evitar reflexos; _ O ecrã e o tec lado devem poder posicionar – se livremente, de modo a adaptar -se às
necessidades dos utilizadores; _ A mesa de trabalho deve ter dimensão suficiente para todos os
equipamentos de trabalho; _ A cadeira deve ter boa estabilidade, ser de altura ajustável, de modo a
permitir a liberdade de movimentos e posição confortável.
Toda e qualquer atividade e local de trabalho deve ser devidamente ar rumada e l impa, somente assim
poderá ter o seu correcto funcionamento. Todos os produtos utilizados deverão estar conformes com o
local onde serão aplicados. Os mesmos devem ser devidamente utilizados e segundo as suas regras de
utilização.
4.10 Ruído
A elevação, o transporte de cargas e descargas de materiais deve, sempre que possível, fazer - se de
forma mecanizada. Os equipamentos de trabalho para levantar cargas devem estar instalados de modo
sólido, caso sejam fixos, ou dispor de condições que lhe assegurem a sua estabilidade durante as
operações. Prevenção _ Reduzir os movimentos de torção (p.ex. através de mesas giratórias) ; _
Diminuir os movimentos para alcançar os materiais (colocados próximos do posto); _Reduzir as forças
de empurrar ou puxar e no transporte (através de diminuição de cargas e dimensão dos objetos); _
Reduzi r os movimentos de inclinação (colocar o plano de trabalho ao nível do trabalhador); _ Utilização
de meios mecânicos; _ Formar / Informar os trabalhadores acerca dos riscos para a saúde. Devemos
manter uma posição ergonómica cor recta ☺ Manter o dorso direito; ☺ Procurar o equilíbrio ideal para
o posto de trabalho; ☺ Providenciar a máxima aproximação da carga ao corpo; ☺ Orientação dos apoios
(pés) no sentido do deslocamento a executar; ☺ Utilizar a força das pernas (e não da coluna) ☺
Execução do trabalho em equipa, coordenando esforços com colegas; ☺ Não levantar uma carga
pesada acima da cintura num só movimento; ☺ Aproveitamento do peso do corpo para deslocar ou
empurrar objectos.
Temos como ex. empilhadores, monta cargas, as censores, plataformas elevatórias, gruas, guindastes
e pontes -grua). Os riscos decorrentes da movimentação mecânica de cargas podem ser: _ Riscos de
queda da carga suspensa _ Riscos de entalão _ Riscos de pancada _ Risco de doenças profissionais
(p.ex. as vibrações nos empilhadores, etc.)
• Evitar os riscos;
• Avaliar os riscos que não possam ser evitados;
• Combater os riscos na origem;
• Adaptar o trabalho ao Homem;
• Ter em conta o estado de evolução técnica;
• Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou, pelo menos, menos perigoso;
• Planificar a prevenção como sistema coerente – organizar o trabalho;
• Dar prioridade às medidas de proteção coletiva;
• Dar instruções adequadas aos trabalhadores – formar e informar.
6. ProteçãoColetiva e Individual
Todos os equipamentos, complementos ou acessórios a serem utilizados para proteção contra os riscos
para a segurança e saúde do trabalhador. Os equipamentos de proteção podem ser de natureza coletiva
ou individual.
Os Equipamentos de Proteção Coletiva visam a protecção de um conjunto de trabalhadores afetos a
determinado posto de trabalho. As medidas de proteção coletiva, através dos equipamentos de proteção
coletiva (EPC), devem ter prioridade, conforme determina a legislação. Uma vez que beneficiam todos
os trabalhadores, indistintamente. Exemplos EPC • Sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou
poeiras contaminantes do local de trabalho; • Enclausuramento de máquina ruidosa para livrar o
ambiente do ruído excessivo; • Redes de protecção em máquinas, filtros de emissão de gases ou
poeiras; • Cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a esforços, caso se venham
a desprender.
Equipamento de Protecção Individual (EPI ’s) É todo o equipamento, complemento ou acessório
destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos riscos a que está exposto, para a sua
segurança e saúde. Os EPI ’s devem garantir eficácia, robustez, ser de utilização prática, de fácil
conservação, cómodos, pouco volumosos, leves e perfeitamente adaptáveis/ reguláveis.
Obrigações do empregador _ Adquirir EPI ’ s em conformidade com as normas europeias; _ Fornecer
EPI ’ s e garantir o seu bom funcionamento; _ Manter disponível no local de trabalho informação
adequada sobre cada EPI ’ s; _ Informar os trabalhadores dos riscos contra os quais osEPI ’ s visam
proteger; _ Assegurar a formação sobre a utilização dos EPI ’s organizando, se necessário, exercícios
de segurança; _Garantir a gestão dos EPI ’ s de forma a proceder à sua substituição no caso de exceder
a sua vida útil ou se detetadas anomalias que comprometam a protecção.
Obrigações do trabalhador _ Devem emitir opinião sobre os EPI ’ s quando consultados sobre a escolha
de novos equipamentos; _ Utilizar corretamente os EPI ’ s de acordo com as indicações do fabricante ou
outras que lhe sejam fornecidas; _ Conservar e manter em bom estado os EPI ’ s que lhe foram
distribuídos; _ Participar de imediato quaisquer anomalias, avarias ou deficiências que comprometam o
bom funcionamento dos EPI ’ s; _ UTILIZAR SEMPRE TODOS OS EPI ’ s QUE LHE SEJAM
FORNECIDOS.
7. Acidentes de Trabalho
Os acidentes de trabalho, quer pelo sofrimento físico e psíquico, quer pelos danos materiais que
acarretam, acabam por se refletir, de uma forma extremamente negativa, na sociedade. Assim, os
governos, por pressão da sociedade em geral e em especial das organizações sindicais têm produzido
e implementado legislação onde os aspetos ligados à higiene e segurança no trabalho têm ocupado um
lugar cada vez mais proeminente. Por outro lado, a longa ligação dos trabalhadores a determinadas
atividades profissionais, acaba, na maior parte das vezes, por lhes provocar enfermidades que se
designam por doenças profissionais.
Doença profissional: Dano ou alteração da saúde causados por condições nocivas presentes nos
componentesde trabalho. O Artigo 27.° da Lei 100/97, de 13 de Setembro de 1997 refere que: 1. As
doenças profissionais constam da lista organizada e publicada no Diário da República (Decreto
Regulamentar n° 6/2001, de 5 de Maio de 2001, aprova a lista das doenças profissionais e o respetivo
índice codificado), sob parecer da Comissão Nacional de Revisão da Lista de Doenças Profissionais. 2.
A lesão corporal, perturbação funcional ou doença não incluída na lista a que se refere o n.° 1 deste
Artigo é indemnizável desde que se prove ser consequência, necessária e direta, da atividade exercida
e não represente normal desgaste do organismo. O Artigo 29.° da Lei 100/97, de 13 de Setembro de
1997 refere que: A avaliação, graduação e reparação das doenças profissionais diagnosticadas a partir
da entrada em vigor deste diploma é da exclusiva responsabilidade do Centro Nacional de Proteção
contra os Riscos Profissionais. Manifestações clínicas de doenças profissionais: Asma, Brucelose,
Condilite, Conjuntivites, Dermites, Epicondilite, Fibrose BroncoPulmonar, Granulomatose, Hipoacúsia,
Leucopenia, Mesotelioma, Miotendossinovites, Osteonecrose Outras manifestações clínicas: Paralisias,
Periartrite, Pneumoconioses, Rinofaringíte, Tendinites, Tendossinovites, Difteria, Tuberculose Pulmonar,
Tumores Malignos.
8. Saúde, doença e trabalho
Doenças relacionadas com o trabalho; Do ponto de vista técnico-preventivo, fala-se de doença derivada
do trabalho, não de doença profissional. Entende-se por doença derivada do trabalho a decadência lenta
e paulatina da saúde do trabalhador, produzido por uma exposição crónica a situações adversas, sejam
elas produzidas pelo ambiente em que decorre o trabalho ou pela forma como este está
organizado.Embora se possam utilizar indistintamente, o termo doença profissional faz referência ao
conceito legal, e doença derivada do trabalho. Os fatores que determinam uma doença profissional são
os seguintes: 1. Tempo de exposição 2. Concentração ou intensidade do contaminante 3. Presença
simultânea de vários contaminantes 4. Características pessoais dos trabalhadores. Em 2005 ocorreram
146 casos de óbitos causados por doença profissional, dos quais 69,8% se devem a doenças do
aparelho respiratório e faleceram 438 pensionistas de doença profissional. Com base na análise e
sistematização das variáveis com maior frequência foi possível estabelecer os respetivos perfis tipo do
doente profissional: Doença Profissional Com incapacidade Indivíduo do sexo feminino, com idade
compreendida entre os 50-54 anos de idade, a trabalhar no distrito de Setúbal, no sector da Indústria
Transformadora, pertencendo ao Grupo Profissional dos Operários, Artífices e Trabalhadores Similares,
portador de Paralisia (afeção músculo - esquelética), com Incapacidade Permanente Parcial (IPP) e com
um grau de incapacidade compreendido entre os 0,1 e 9,9 e a receber uma pensão por doença
profissional de montante até 50 Euros. Doença Profissional Sem Incapacidade Indivíduo do sexo
feminino, com idade compreendida entre os 50-54 anos de idade, a trabalhar no distrito de Setúbal, no
sector da Indústria Transformadora, pertencendo ao Grupo dos Operadores de Instalações e Máquinas
e Trabalhadores da Montagem, portador de Tendinite (afeção músculo - esquelética) (MTSS, 2006).
Pessoal: Tomar banho todos os dias, ou pelo menos, uma vez por semana. Lavar as mãos
frequentemente (antes e depois das refeições, depois de utilizar os sanitários, etc.). Lavar os dentes
no fim das refeições. Trazer o cabelo sempre bem penteado. Andar sempre com roupa limpa.
Mudar de roupa com frequência. Ter uma alimentação saudável. Ter as vacinas sempre em dia.
Contribuir para manter todos os espaços limpos. No trabalho: Ter o corpo em estado de higiene
(lavado), a nível de todos os órgãos exteriores, boca e dentes em bom estado. Ter bons acessos
(secretária, etc.), espaço, arejamento, visibilidade (luz solar ou artificial adequada). Manter os
equipamentos em bom estado. Manter o local de trabalho sempre limpo.
12 Regulamentação aplicável
Fiequimetal e Dr.ª Irene Moura, Segurança e Saúde no Trabalho – Manual para o Exercício da
Participação e Representação dos Trabalhadores. Fiequimetal. 2010;
Fiequimetal, Segurança e Saúde no Trabalho – Direitos dos Trabalhadores nos Domínios da SST.
Fiequimetal. 2010;
Arlindo Moreira, Segurança e Saúde no Trabalho em Ambiente de Escritório. Edições Lidel. Maio de
2010;
Alberto Sérgio S. R. Miguel, Manual de Higiene e Segurança do Trabalho, 7a ed., Porto: Porto Editora,
2004.
Graham Roberts-Phelps, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Jogos para Formadores, Colecção
do Formador Prático, Monitor Projectos e Edições, Lda., 2001
Fernando M. Oliveira Nunes, Manual técnico de Segurança e Higiene do Trabalho, 1ª ed., Amadora:
Edições Gustavo Eiffel;
Associação Industrial Portuguesa – Confederação Empresarial, Manual de Formação – Qualificação de
Técnicos Superiores de Segurança e Higiene do Trabalho. 2007.