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SETAD
Seminário Teológico das
Assembléias de Deus
Ministério de Bela Vista
(MBV)
O PENTATEUCO
O Pentateuco, A Lei de Deus Para o Homem.
Fortaleza - Ce
APRESENTAÇÃO
INFORMACÕES NECESSÁRIAS
O Seminário Teológico das Assembléias de Deus (SETAD)
visa à preparação de crentes, homens e mulheres, para ampliar
seus conhecimentos bíblicos e assim servir, de maneira mais
eficaz, a Cristo nas Igrejas Evangélicas do Brasil. Muitas são as
pessoas que têm o desejo de estudar a Bíblia para serem mais
úteis no trabalho do Senhor, porém poucas têm a oportunidade
de se deslocarem a outra cidade para fazer um curso na sala de
um Instituto Bíblico. As 1ições do SETAD proporcionam a todos
os cristãos a oportunidade de se prepararem para toda boa obra
em sua própria localidade.
O SETAD utiliza o moderno método de ensino chamado
autodidático ou instrução programada, em que a Lição é
especialmente preparada e o professor leva o aluno, passo a
passo, a compreender as verdades da palavra de Deus. O estudo
pode ser feito em grupos, com um orientador, sem o auxílio do
professor. Ao final de cada Lição, o aluno responderá a um
questionário, o qual será corrigido e devolvido logo após a
correção. A nota mínima exigida para aprovação em cada lição é
6,0 (seis). O aluno que não atingir esta nota fará nova prova.
Para que o aluno conclua o SETAD é necessário que estude
16 (dezesseis) Lições diferentes. O Seminário Teológico tem
duração mínima de 2 (dois) anos, dependendo do interesse e da
disponibilidade do aluno, o curso poderá ser ministrado em
menos tempo. O Certificado de conclusão do SETAD será
outorgado pela FATECE, sem a discriminação de que o mesmo
foi conferido por correspondência. Para obter maiores
informações escreva para: Seminário Teológico, ou, se preferir,
ligue: 3212.4296/3238.1689.
INTRODUÇAO GERAL
O alcance dos assuntos abordados nesta Lição obedece aos
devidos limites de tempo e de espaço, conforme o método de
ensino teológico por correspondência adotado pelo SETAD. Esta
lição é parte de um todo, segundo um programa de conteúdo
devidamente coordenado.
Que cada aluno do SETAD tire o maior proveito possível
SUMÁRIO
1. PENTATEUCO...............................................................07
1.1. Significado.....................................................................07
1.2. Autoria..........................................................................07
1.3. Divisão..........................................................................07
2. GÊNESIS.......................................................................08
2.1. Origem..........................................................................08
2.2. Significado Bíblico.........................................................08
2.3. Propósitos.....................................................................09
2.4. Conteúdo......................................................................09
2.5. Resumo.........................................................................10
3. UMA ANÁLISE DE GÊNESIS – A CRIAÇÃO.....................10
3.1. A Criação Primitiva........................................................11
3.1.1. Os agentes desse “Princípio”. . .........................................11
3.1.2.A Semana da Recriação....................................................12
3.1.3.A Formação de Homem....................................................14
4. ÊXODO..............................................................................33
4.1. Título de Êxodo.............................................................33
4.2. Autoria de Êxodo...........................................................34
4.3. Esfera de Ação do Êxodo................................................34
4.4. Tema de Êxodo..............................................................34
4.5. Propósito de Êxodo........................................................35
4.6. Divisão de Êxodo...........................................................35
5. UM RESUMO DE ÊXODO – A OPRESSÃO...........................35
5.1. A Estada no Egito..........................................................35
5.2. Sob o jugo da Escravidão...............................................36
5.3. O Nascimento de Moisés................................................36
6. O ÊXODO E A MARCHA PARA O SINAI...............................42
6.1. A Marcha ......................................................................42
6.2. Israel Defronte do Mar Vermelho....................................
42
6.3. O Maná e o que Ele nos Ensina......................................
43
6.4. As Jornadas até o Sinai.................................................43
6.5. A Entrega da Lei ou Concerto.........................................44
6.5.1.A Permanência no Sinai...................................................44
7. LEVÍTICO...........................................................................50
7.1. Título de Levítico...........................................................50
7.2. Autoria de Levítico.........................................................50
7.3. A Importância do levítico...............................................50
7.4. Data de Levítico.............................................................51
7.5. Propósito de Levítico......................................................51
1. O PENTATEUCO
Significado – Autoria - Divisão
A palavra PENTATEUCO tem sua origem no idioma Grego
sendo formada pelos vocábulos, “penta” = cinco e “teuchos” =
livros, tomos, volumes.
1.1. Significado
Na linguagem bíblica significa os cinco primeiros livros do
Velho Testamento. Os judeus chamavam de Torá (do hebreu
Torah) a Lei Mosaica ou o livro que a encerra - o Pentateuco.
Este nome foi adotado, entre nós, por causa de uma
tradução do Antigo Testamento, feita do hebraico para o
grego, por hebreus de Alexandria, chamada “Septuaginta”.
Este fato teria acontecido por volta do século terceiro antes do
nascimento de Cristo.
Nós usamos, simplesmente, os nomes impostos pelos
gregos, que de maneira graciosa lhes caracterizaram pelo
conteúdo: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
1.2. Autoria
Desde a mais remota antiguidade foi considerado seu
autor o próprio Moisés, sendo ainda, protagonista dos quatro
últimos livros. Várias citações nos livros posteriores, apontam
de maneira irrefutável, para o autor do Pentateuco: “Está
escrita na lei de Moisés” ou “no livro de Moisés” ou ainda “no
volume da lei de Moisés”, sem mencionar o livro de Josué que
é sua continuação imediata e seu complemento (Js.8,31;23,6;
II Rs 2,3; II Rs 14,6; 2Cr 23,18; 25,4; 35,12; Ed 3,2; 6,18; Dn
9,11).
1.3. Divisão
Como foi referido anteriormente, a divisão do Pentateuco
em cinco livros, se deu por ocasião da tradução chamada
2. GÊNESIS
Origem – Significado Bíblico- Propósitos - Conteúdo
2.1. Origem
Gênesis, que em hebraico é “Bereshith”, significa
princípio, origem, começo, início. O nome vem da “Septuaginta”
a versão grega do Pentateuco.
1o Dia
“Disse Deus: haja luz, e, houve luz” (3). Deus começa sua
obra com a iluminação do seu campo de ação. A luz é elemento
essencial à vida. Não se trabalha no escuro, sem luz – condição
fundamental de toda a obra (cientificamente provado) tudo é
confuso. Antes reinava a escuridão, as trevas, a luz impôs
ordem ao caos. O versículo 3o revela relação entre o movimento
do Espírito (luz) sobre a matéria inerte (caos) e o efeito nela
produzido. É uma figura do que ocorre no milagre da conversão
operada no pecador pelo Espírito Santo.
2o Dia
“E chamou Deus ao firmamento céus” (6.8). Firmamento ou
expansão foi como Deus denominou o segundo elemento
criado; foi a separação da matéria gasosa da qual da qual
surgira a luz. O que Deus chama de “expansão” ou “céus”, não
significa somente a atmosfera em volta da terra, mas toda a
“grande câmara” universal onde o sol, a lua e as estrelas se
localizam.
O salmo 148.4, nos remete a “ céus dos céus, e as águas
que estão sobre os céus”, isto é matéria gasosa que está sobre
os céus conforme afirma o salmista e aquelas água “embaixo”,
que incluem as nuvens da atmosfera, bem como os mares e os
oceanos. Toada esta inexplicável beleza, proclama a glória de
um Criador que sabiamente dispôs todas estas coisas, tirando-
as do nada com um simples FAÇA-SE!
3o Dia
Aparecimento da terra firme (9.13). Surge agora o terceiro
dia. Neste dia o movimento está ligado a gravitação envolvendo
tudo e todas as demais forças que começam a concentrar
forças debaixo do firmamento à volta dos inúmeros centros, um
dos quais passa a ser o nosso globo – a Terra.
Outro trabalho vem se desenvolvendo, “pari passo” neste
terceiro dia: o surgimento das plantas (11,12).
Para que a terra pudesse receber seus habitantes Deus cria
as plantas, com sua inúmeras variedades e finalidades.
4o Dia
A organização do Sistema Solar (14.19). Desse período é a
organização do nosso sistema solar. Na primitiva astronomia
de Moisés, surgem o sol, a lua e as estrelas (englobando todos
Seminário Teológico das Assembléias de Deus - SETAD 14
O Pentateuco, A Lei de Deus Para o Homem.
e seus irmãos “Assim não fostes vós que me mandaste para cá,
senão Deus (45.8)”.
Após abençoar seus filhos, morreu Jacó. Foi sepultado na
cova de Macpela que fora comprada aos filhos de Hete. Seu
corpo foi embalsamado pelos médicos egípcios. Do seu funeral
participaram tanto israelitas como egípcios. Em Macpela
estavam sepultados, Abraão, Sara, Raquel, Isaque e Léia. Neste
capítulo se lê a expressão: “foi reunido a seu povo”, denotando
que no Velho Testamento, havia, claramente, compreensão da
existência de outra vida além da morte.
A morte de José
O caráter íntegro de José permanece até ao fim da sua
existência na terra. Noventa e três longos anos no Egito! Ao
término de sua carreira, não mais se vê preocupado com a
política, mas sim no seio da sua família. Por direito deveria ser
sepultado em lugar especial, separado, para então receber as
honrarias póstumas de um Faraó. Preferiu, porém, que seus
ossos fossem retirados do Egito, quando seus descendentes de
lá se retirassem. Assim, foi José sepultado em Siquém, em lugar
comprado por seu pai, Jacó.
4. ÊXODO
4.1. TITULO DE ÊXODO
Êxodo significa “saída”, enquanto o Gênesis registra em
seus últimos capítulos o estabelecimento das tribos de Israel no
Egito, a morte de Jacó e a morte de José, o livro de Êxodo
descreve a saída do povo hebreu do Egito, mostrando como
Deus tirou os filhos de Israel da escravidão. Relata a história da
redenção pelo sangue (caps. 12 e 13), e a entrega da Lei à
comunidade.
A Bíblia hebraica chama este livro de “shomot”, que
significa “nomes”, pois o livro começa relacionando os nomes
dos filhos de Israel. Já os tradutores da Septuaginta chamaram-
no de “Êxodo”, que significa “saída”, devido ao fato de seu tema
central tratar da saída do povo hebreu do Egito.
(Caps. 12.37-19,1)
6.1. A Marcha. (Caps.12.41,42)
Na noite em que mataram o cordeiro Israel (povo hebreu
descendentes de Abraão) partiu do Egito a toda pressa, e, ao
raia do novo dia, o povo já marchava para a terra de Canaã,
libertos da escravidão do Egito (Êx 12.41,42).
1. Agora temos Israel marchando para a terra prometida
O caminho direto é proibido (13.17), é que Israel, precisava
ser ensinado para receber a Lei de Deus, antes de entrar em
Canaã., a Lei iria regulamentar a vida da nação israelita quando
estivessem entrado em Canaã.
A - Um caminho mais longo. (caps.13.17-18.27)
B - Partida:
1. Israel partiu do Egito a toda pressa e não tomaram o
cominho habitual das caravanas que partiam para Canaã,
pois nem sempre o caminho mais curto é o mais acertado.
2. Então seguiram para o sul até o cume do Sinai
(Horebe). “E o Senhor ia diante deles (v.21)”, de dia, numa
coluna de nuvem para os proteger do sol, e de noite, numa
coluna de fogo, para alumiar-lhes o caminho.
3. A viagem até o Sinai levou uns três meses (v.9), após
esses meses de jornada, o povo de Israel alcançou o Sul da
província do Sinai.
6.2. Israel Defronte do Mar Vermelho. (13.18)
1 - A ordem de Deus: “fale aos filhos de Israel que marchem
(14.15)”;
2 - Como eles passaram pelo Mar? Confiando em Deus. O
Senhor, quando abriu a passagem pelo Mar Vermelho,
simbolizou a sepultura da escravidão para os israelitas, a
sepultura dos exércitos de Faraó, e também a punição para os
que haviam escravizado o povo de Deus (Êx14.15-31 1 o Co10-
1,2);
O cântico de vitória. (15.1-21).
3 - Deus supre a necessidade de Israel por 40 anos (15.25;
16.13-16).
4 - O povo de Deus deve sustentar as mãos dos seus servos com
oração e súplica, sempre que for preciso (17.8-16).
8. A ESTRURURA DO LEVÍTICO
1- O livro está dividido em duas partes principais indicadas
da seguinte maneira: a primeira vai do capítulo 1 o ao 17o, e,
a segunda, compreende os capítulos 18o ao 26o.
2- Os primeiros 17 capítulos tratam de regulamentos
teológicos, enquanto nos 10 restantes encontramos
regulamentos atinentes a moral.
3- A primeira parte está ligada a adoração de Deus, e a
segunda, dedica-se a prática.
4- Na primeira parte tudo se relaciona com o tabernáculo, na
segunda, tudo pertence ao caráter e ao comportamento.
5- A parte primeira mostra o caminho para Deus através da
prática do sacrifício, a parte segunda, mostra o andar com
Deus, pela santificação.
6- A primeira parte trata da corrupção cerimonial e física, a
segunda parte, trata da corrupção moral e espiritual.
9. ESBOÇO DE LEVÍTICO
9.1. A Base da Comunhão “o sacrifício”. (cap, l-17)
1 - As Ofertas (a absolvição). (cap, 1-7)
A - Ofertas de aroma suave. (cap. 1-3)
B - Ofertas de aroma agradável. (cap. 4-6,7)
C - As leis das festas. (caps. 6:8; 7:38)
2 - O Sacerdócio (a mediação). (caps. 8- lo).
A - Consagração. (cap. 8)
B - Ministrarão. (cap. 9)
C - Provocação. (cap, 1)
3 - O Povo (a purificação) (cap. l1-16)
A - Alimentos puros. (cap. l1)
B - Maneiras puras. (cap. 12-15)
C - Nação pura. (cap. 16)
4 - O Altar (a reconciliação). (cap, 17)
A - O lugar é mostrado, vv. 1-9
B - O uso do sangue, vv. lo-11
C - Outros usos proibidos, vv. 12-16
9.2. O Andar em Comunhão (a separação) (cap,18-27)
1 - Regulamentos referentes ao povo. (cap.18-20)
A - Proibições sexuais, 18
B - Advertências gerais, 19
C - Sanções penais, 20
2 - Regulamentos referentes aos sacerdotes, 21-22
A - Práticas proibidas, 21:1-15
B - Pessoas proibidas, 21:16; 22: 16
C - Ofertas proibidas, 22:17-33
3 - Regulamentos referentes às festas etc. 23-24
A - Estações anuais fixas, 23
B - O óleo e os pães da proposição, 24:1-9
C - O castigo da blasfêmia, 24:10-23
4 - Regulamentos referentes a Canaã 25-27
Seminário Teológico das Assembléias de Deus - SETAD 56
O Pentateuco, A Lei de Deus Para o Homem.
C - Ao solo em si.
6. Tanto o ano sabático como o ano do jubileu deveriam
começar no dia da expiação (v.9), no qual como vimos, Israel
deveria manifestar arrependimento especial pelo pecado da
nação.
a- Esses anos sabáticos começavam no momento em que o
sumo sacerdote aparecia diante do povo depois de ter feito
expiação pela nação no santo dos santos.
b- Os dois anos citados apontam para o futuro, para a redenção
e consumação finais que ainda estão por vir.
c- O sábado de descanso no sétimo ano, depois de seis anos de
trabalho, fala daquele grande sétimo período de mil anos que
ainda virá, introduzido pelo segundo advento de Cristo.
d- O jubileu que deveria ser o ano depois do sétimo ano
sabático, caindo, portanto, sempre no oitavo ano do calendário
sabático, fala daquela gloriosa condição que sucede o reinado
milenar de Cristo.
e- Notamos que o ponto alto da palavra jubileu é a palavra
“liberdade”, da mesma forma como o escravo era alforriado no
jubileu e devolvida a herança que perdera, assim será na
consumação futura do jubileu.
7 - As alternativas da Aliança. (cap.26)
O capítulo 26 coloca diante de Israel as condições
características da posse e prosperidade, as alternativas
inexoráveis que dependiam de sua obediência ou
desobediência, quantas bênçãos são prometidas aos
obedientes! Quantas advertências anunciadas para evitar a
desobediência! Verdadeiramente quanto mais alto o privilégio,
tanto mais profunda a responsabilidade!
a. As advertências na segunda parte do capítulo são um
resumo surpreendente da história posterior de Israel,
alcançando até o tempo futuro.
b. Deve ser notado que o castigo final é a expulsão da terra e
dispersão entre as nações, depois de recaírem os outros
juízos, este último ocorreu de modo patente e a terra em si
ficou abandonada, vazia durante gerações, como havia sido
predito.
c. Todavia, junto com esta advertência se achava a promessa
divina garantindo a preservação e restauração de Israel,
PRIMEIRA PARTE
A Velha Geração, Do Sinai à Cades-Barnéia
(Caps.1-14)
A primeira parte de Números (Caps.1-14), fala da
caminhada do Sinai à Cades-Barnéia, a geração que veio do
Egito e saiu do Sinai a caminho de Canaã, mas morreu na
“perigrinação”, e se subdivide assim:
1 - O censo (Caps.1-4).
2 - As instruções (caps. 5-10. 10); e,
3 - A jornada (Caps. 10.11-14.45).
I - Preparativos para a viagem a Canaã. (Caps.1-10.10)
1 - O Recenseamento e Organização de Israel. (Caps.1-4)
A - O recenseamento das tribos. (Cap.1)
SEGUNDA PARTE
1) Os deveres (vs.1-7):
a) O dever dos levitas era guardar a tenda da congregação
(vs.3-4), de forma que nenhuma pessoa se aproximasse sem
autorização e provocasse a ira de Deus contra a nação.
b) Os levitas, por sua vez, são impedidos de realizar trabalhos
sacerdotais, como entrar na tenda da congregação ou oficiar no
altar, era tarefa dos sacerdotes impedir que os levitas
cometessem tais delitos, o que também provocaria juízo divino
(vs.5,7), e os transgressores pegos pelos sacerdotes deveriam
ser executados (v.7).
2) Os privilégios (vs.8-20):
a) Como reconhecimento pelo seu serviço no altar, os
sacerdotes deveriam receber parte dos sacrifícios, das colheitas
e dos animais primogênitos.
b) Dois grupos de fontes de renda sacerdotal são
relacionados aqui:
Primeiro - os sacrifícios aos quais eles tinham todo o
direito, “salvo uma amostra que era queimado sobre o altar”, a
oferta de manjares, a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa
(Lv.2.1-16;4.1-12;6.14-18;7,1-10), estas eram santíssimas
(v.9), só podiam ser comidas pelos sacerdotes.
Segundo - o outro grupo de ofertas é simplesmente descrito
como santas (vs.17-18) e podiam ser comidas por quaisquer
membros da família do sacerdote, conquanto estivessem
litúrgicamente puros (vs.11.19).
3) Os dízimos (vs.2-4).
a) Os regulamentos acima a respeito dos direitos dos
sacerdotes são pouco mais do que uma reordenação de regras
anteriores encontradas em outras passagens do Pentateuco.
b) A atribuição do dízimo à tribo de Levi é algo novo, é que o
dízimo é um pagamento pelo serviço na tenda da congregação
(vs.21.31), isto é, o seu trabalho de desmontar, carregar e
levantar o tabernáculo.
c) Era um reconhecimento pelos perigos inerentes à sua
ocupação; lidando com coisas santas como aquelas, eles
podiam estar sujeitos ao juízo divino, é que eles protegiam o
povo destes riscos (vs.22.23).
d) Finalmente, o dízimo compensava os levitas por sua falta de
herança na terra, enquanto as outras tribos tinham grande
extensões de terra que lhes eram atribuídas para que nelas se
Seminário Teológico das Assembléias de Deus - SETAD 95
O Pentateuco, A Lei de Deus Para o Homem.
TERCEIRA PARTE
A Nova Geração - De Cades-Barnéia às planícies de Moabe
(Caps.21-36)
Experiências na Viagem Para Moabe (Caps.20-25).
1 - A triste espera terminou, uma nova manhã se levanta, a
antiga geração já não existe, uma nova geração surgiu, Arão se
foi e Eleazar é nomeado sumo sacerdote. Moisés deverá partir
em breve e Josué irá substitui-lo como líder, chegou a hora de
uma nova partida, Israel deve seguir para as planícies de Moabe
e preparar-se novamente para entrar na terra prometida, e
nesta divisão final de Números temos:
A - A nova jornada (caps.21-25).
B - O novo censo (Caps.26-27).
C - As nova instruções (Caps.28-36).
2 - A Nova Jornada (Caps.21-25)
A - Vitórias militares de Israel (Cap.21.1-3.35). Ao ser
atacado pelo rei de Arede, que estava situado ao sul do mar
Morto, Israel buscou a ajuda do Senhor e prometeu destruir
completamente as cidades do inimigo, Deus concedeu a vitória a
Israel e os israelitas cumpriram a promessa.
12. DEUTERONÔMIO
Deuteronômio é o quinto livro de Moisés, é o último do
Pentateuco, e significa “segunda Lei ou repetição da Lei”, o
livro não contém uma nova Lei, mas as leis dadas a Moisés no
Monte Sinai 39 anos antes, portanto era necessário ter uma
repetição, mas por que repetição? É que uma nova geração
tinha crescido, e precisava estar inteirada de tudo que diz
respeito a Lei. O livro em hebraico chama-se “Elleh
haldeharim”, que traduzido é “estas são as palavras”. (Dt.1.1),
com exceção de Josué e Calebe, todos que haviam saído do
Egito, e tinham recebido a Lei no Sinai não mais existiam, daí
a necessidade de dar à nova geração uma repetição da Lei, o
livro é mais que uma repetição da Lei, o livro recorda o
passado olhando para o futuro.
2 - O Decálogo (Caps.4.44-6.3).
A - Os dez mandamentos eram a base da aliança que o
Senhor fez com Israel, também de “testemunho” (4.45), pois
constituem a revelação do caráter, da vontade e do propósito
divino que o homem deve seguir para viver em harmonia com
o seu criador e com o próximo.
B - O decálogo começa com as palavras “Eu o Senhor teu
Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”, Ele
está exigindo obediência pois:
Ele é Deus, O Soberano;
Ele estabeleceu um relacionamento pessoal com Israel -
“teu Deus”,
Ele é o Senhor que redimiu Israel da servidão, portanto
agora espera que eles, obedeçam a sua palavra.
3 - O grande Mandamento (Cap.6.4,5). Os israelitas
chamam este versículo de “Samá”, por ser esta a primeira
palavra que se traduz “ouve”, ele é o credo dos israelita, pois
duas vezes ao dia eles tinham que repetir o “Samá” (ouvi).
4 - A Religião no Lar (Cap.6.6--9). “Esta palavras, que hoje
te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinará a teus filhos”,
os pais não devem depender da instrução pública para o
ensino religioso, mas eles mesmos devem instruir a seus filhos,
em casa, que é onde formamos o caráter.
5 - Advertência Contra a Idolatria e Exortações (Caps. 6. 10-
11.32).
A - Moisés previu o perigo de que os israelitas, uma vez
estabelecidos na terra de Canaã esquecessem de Deus e
servissem a deuses estranhos.
B - Moisés advertiu a nação de Israel quanto à covardia, à
auto suficiência e proibiu-lhes buscar acordo com as nações de
Canaã, que seriam derrotadas, e exigiu do seu povo quatro
coisas:
1) “que temam a Deus”;
2) “que andes em todos os seus caminhos”;
3) “que O amem”; e,
4) “que O sirvam” (l0-12).
CUIDADO
“Profecia Sobre o Futuro de Israel” (Caps.27.34).
1- Bênçãos e Maldições (Caps. 27-30). Moisés explica
pormenorizadamente as bênçãos e as maldições que
Seminário Teológico das Assembléias de Deus - SETAD 113
O Pentateuco, A Lei de Deus Para o Homem.
5) Praga (vs.27.28.35);
6) Calamidade (v.29);
7) Cativeiro (vs.36.46);
8) Invasões dos inimigos;
9) Devastação da terra (vs.47.52);
10) Canibalismo em tempo do cerco (vs.5357);
11) Pragas. (vs.58.62);
12) Dispersão entre as nações. (vs. 63-68).
2 - Último discurso de Moisés, convite para renovar o
pacto (Caps. 29,30).
A - Moisés apela pessoalmente para essa geração a fim de que
reassumam o pacto e jurem ser leais, ele prediz a apostasia de
Israel e seu castigo; experimentarão a benção e a maldição; e,
finalmente, a graça de Deus abriria a porta para o
arrependimento e para o perdão.
B - Moisés apresenta a Israel duas alternativas: servir ao
Senhor ou servir aos seus inimigos, e se deixar o Senhor,
Israel será presa dos invasores.
3 - Últimos dias de Moisés (Caps. 31.34).
A - Últimas disposições (Cap.31.1.29). Ao completar cento e
vinte anos, o grande dirigente sabia que lhe restava pouco
tempo antes de morrer, por isso animou os israelitas a
esforçarem-se para tomar posse de Canaã, colocou Josué
como seu sucessor, entregou o livro da lei aos levitas para ser
guardado junto da Arca da Aliança no Lugar Santíssimo.
B - O cântico de Moisés (Caps.31.30.33.47). Após cruzar o
mar vermelho Moisés havia entoado um hino ao Senhor
(Ex.15.1 Ap.15.3) e agora quando está prestes a concluir sua
carreira, compõe outro cântico de júbilo ao Senhor, este
cântico recebe o nome de “chave de toda a profecia”, é que ele
conta o nascimento e a infância de Israel, sua integridade e
apostasia, seu castigo e restauração, por outro lado, o tema é
o nome de Deus, sua terna solicitude por seu povo, sua
justiça e misericórdia, encontram-se algumas figuras de muito
interesse neste cântico. Deus é designado como “Rocha” de
Israel (32.4.18.30.31), metáfora expressiva do poder e
estabilidade divina, mostrando que Deus era o refugio e o
defensor de seu povo, em tempos de ataque, as pessoas em
perigo costumavam, às vezes, subir nas penhas de onde
podiam defender-se mais facilmente; por isso se considerava a