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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Jurisdição VI
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JURISDIÇÃO VI

PRINCÍPIOS GERAIS DA JURISDIÇÃO

Relembrando!
6. Efetividade: a resposta dada pelo Judiciário em relação a uma demanda
recebida deve ser efetiva. Dentro dessa efetividade, é importante destacar que
o objetivo é entregar aquilo que o jurisdicionado está postulando em juízo.
Esse princípio decorre da conjunção de duas situações: a razoável duração
do processo e a máxima aproximação da resposta do Judiciário à realidade do
jurisdicionado.

7. Indeclinabilidade: o juiz não pode se recusar a julgar, ou seja, não pode


declinar de sua função.
Vale lembrar que, por conta do princípio da inafastabilidade do controle juris-
dicional, a lei não pode criar embaraços de acesso ao Judiciário, mas existem
algumas situações específicas em que é necessário recorrer inicialmente ao pro-
cedimento administrativo para, somente depois dessa resposta, buscar o Judi-
ciário. Esse é o caso da reclamação constitucional, da Justiça Desportiva e do
habeas data.
A inafastabilidade do controle jurisdicional e a indeclinabilidade são princípios
bastante próximos.

Pergunta: O juiz pode deixar de julgar por ausência de lei aplicável? Não, pois
a própria Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB (Decreto-lei
n. 4.657/1942) estabelece que, nas situações em que não houver lei aplicável ao
caso concreto, o juiz deverá utilizar os métodos de integração da norma que
são: analogia, costumes (praeter legem) e os princípios gerais de Direito.

 Obs.: O professor Flávio Tartuce admite o uso desses métodos de integração


em uma ordem diferente da prevista na LINDB; no entanto, para fins de
prova, é necessário considerar a ordem previstas na lei.
ANOTAÇÕES

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8. Indelegabilidade: a jurisdição não pode ser delegada. Essa questão pode


ser avaliada sob dois aspectos:
• Externo: o Poder Judiciário não pode delegar a função jurisdicional que
recebeu da CF/1988 para outro Poder. Vale lembrar que os demais Pode-
res podem julgar, mas de forma atípica.
• Interno: com as regras de competência, estabelecida a competência do
órgão jurisdicional, este não pode delegar a outro órgão.

9. Inevitabilidade: quando desempenha a função jurisdicional, o Estado


impõe a jurisdição, isso como forma de solução dos conflitos, independente-
mente da aceitação das partes. Por esse motivo, a jurisdição é decorrente da
soberania estatal; logo, não pode ser evitada pelas partes, que não precisam
aceitá-la, uma vez que é imposta pelo Estado.

10. Juiz natural: a competência do órgão que vai exercer a jurisdição deve
ser determinada antes do fato ocorrido.
O princípio do juiz natural dispõe que ninguém será processado senão pela
autoridade competente (vide art. 5º, LIII, da CF/1988). Decorrente disso, há um
impedimento de escolha do juiz e, também, uma proibição de criação de tribu-
nais de exceção (vide art. 5º, XXXVII, da CF/1988).

 Obs.: Um tribunal de exceção é aquele que é criado para julgar determinada


situação.

Como o conceito de autoridade é amplo, então pode-se incluir o princípio do


promotor natural. Nesse sentido, há um impedimento de designação específica
de promotor pelo procurador-geral de Justiça. Trata-se de uma eliminação da
figura do acusador público por encomenda.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pela professora Roberta Queiroz.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.

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