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ou outro princípio. As consequências jurídicas de uma sucessão de Estados envolvem a
continuidade de direitos e deveres ou a ruptura de direitos e deveres. Seguem esses dois
princípios.
Estado sucedido A
Estado sucessor B.
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Exemplos de secessão: União Soviética; Sudão e Sudão do Sul.
Estado sucedido A
Estado sucessor C
Estado sucessor B
O Estado sucedido desaparece.
O Estado sucedido é substituído por dois
(ou mais) novos Estados. Nenhum dos
Estados sucessores herda a personalidade
jurídica internacional do Estado sucedido.
Estado sucedido A
Estado sucessor C
+
Estado sucedido B
Dois (ou mais) Estados desaparecem. Dois (ou mais) Estados são substituídos por
um único Estado. O Estado sucessor não herda
a personalidade jurídica internacional de
nenhum dos Estados sucedidos.
Estado A
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Consequências jurídicas de uma sucessão de Estados
1ª) Regra:
2ª Regra:
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Por outro lado, os tratados políticos permitem, em virtude de sua natureza, que
possa sempre ser invocado, havendo interesse em tal, o princípio da tabula rasa ou da
autodeterminação dos povos. São tratados políticos os acordos internacionais que
dependem de uma conjuntura política favorável para a sua efetividade. São acordos
políticos os tratados de aliança militar e de defesa militar.
C) Terceira regra: Em relação aos “demais tratados” (tratados não políticos e não
territoriais), o princípio aplicável depende da modalidade de sucessão de Estados. A
Convenção de Viena de 1978 e o costume internacional determinam conjuntos distintos
de regras aplicáveis à sucessão de Estados em matéria de “demais tratados”. O Brasil
não é parte na Convenção de Viena de 1978. Por isso, o costume internacional é a
referência para o Brasil.
A) Secessão:
- Artigo 34 da CV de 1978 – Aplica-se o princípio da continuidade.
- Costume Internacional – Aplica-se o princípio da tabula rasa.
A.1) Descolonização (emancipação):
- Artigo 16 da CV de 1978 – Aplica-se o princípio da tabula rasa.
- Costume Internacional – Aplica-se o princípio da tabula rasa.
B) Dissolução ou desmembramento:
- Artigo 34 da CV de 1978 – Aplica-se o princípio da continuidade.
- Costume Internacional – Aplica-se o princípio da continuidade.
C) Unificação/Fusão:
- Artigo 31 da CV 1978 – Aplica-se o princípio da continuidade.
- Costume Internacional: Aplica-se o princípio da continuidade.
D) Incorporação:
- Artigo 31 da CV de 1978 – Aplica-se o princípio da continuidade.
- Costume Internacional – Aplica-se o princípio da tabula rasa.
E) Anexação parcial:
- Artigo 15 da CV de 1978 – Aplica-se o princípio da tabula rasa.
- Costume Internacional – Aplica-se o princípio da tabula rasa.
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Modalidade Convenção de Viena de Costume Internacional
1978
Secessão Artigo 34 (continuidade) ***Tábula rasa
Descolonização/Emancipação Artigo 16 (tábula rasa) Tábula rasa
Dissolução Artigo 34 (continuidade) Continuidade
Unificação Artigo 31 (continuidade) Continuidade
Incorporação Artigo 31 (continuidade) ***Tábula rasa
Anexação Parcial Artigo 15 (tábula rasa) Tábula rasa
3 - Os tratados que criam organizações internacionais não podem ser transferidos para o
Estado sucessor. O ingresso do Estado sucessor em uma organização internacional
depende da autorização do órgão dessa organização responsável pela entrada de novos
membros.
2.1.2) Bens móveis: Todos os bens móveis ligados a atividades no Estado sucessor
devem ser transferidos a este Estado.
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1ª) Dívidas locais: Se a dívida foi contraída para o benefício exclusivo de um território,
o Estado que possuir esse território assumirá a dívida integralmente. As dívidas locais,
aquelas que beneficiam um determinado território, serão assumidas pelos Estados que
adquirirem o território em questão.
2ª) Dívidas odiosas: Dívida odiosa é a dívida contraída para impedir o esforço de
independência do Estado sucessor ou a aquisição de um território. Essas dívidas são de
responsabilidade integral do Estado sucedido, não são transferidas ao Estado sucessor.
Nacionalidade