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Propriedades Fisico-Quimicas Solo PDF
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1. Composição do Solo
Terra Fina
Areia Areia Areia Areia Areia
Argila Silte muito fina média grossa muito Cascalho
fina grossa
Limites de tamanho (em mm)
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3. Sistema Coloidal
1 Colóide ou sistema coloidal pode ser definico como materiais em um fino estado
de subdivisão, denominada fase dispersa (partículas) dispersos em um meio
homogêneo, denomiando dispersante (ar água, por exemplo), sendo que a
dimensão da fase dispersa varia entre 10-4 e 10-1. µm (Silva, 1969).
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outro com menor teor, se outras características, como tipo e quantidade de argila,
forem mantidas constantes.
Cargas Elétricas
Cinética
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5. Mineralogia da Fração Argila
1. Argilas Silicatadas
Montmorilonita
Ilita
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principalmente caulinita. Embora por simplicidade os óxidos hidratados sejam
representados por hidróxidos de Fe e de Al, Al(OH)3 e Fe(OH)3, suas estruturas
químicas, segundo Buckman e Brady (1966), são mais corretamente
representadas por Fe2O3.xH2O e Al2O3.xH2O.
A gibbsita (Al2O3.3H2O) e a goethita (Fe2O3.H2O) são, segundo esses
autores, os óxidos hidratados de Fe e de Al de maior predominância na fração
argila. A hematita, quimicamente óxido de ferro não hidratado (Fe2O3), é outro
componente freqüente da fração argila, principalmente de solos tropicais.
Esses óxidos, de maneira geral, são os principais responsáveis pela
adsorção aniônica dos solos. O efeito desses óxidos sobre a adsorção de fosfatos
em solos tem sido intensamente estudado (Fox et al., 1971; Syers et al., 1971;
Leal & Veloso, 1973; Lopes, 1977; Bahia Filho, 1982).
A fração orgânica do solo compreende, entre outros constiutintes,
moléculas com variado estado de complexidade e, conseqüentemente, de variado
tamanho. Embora em grande parte estejam abaixo da órdem de grandeza das
partículas coloidais, elas são tratadas como tal, devido a grande superfície
especifica e alta densidade de carga elétrica.
1. Cargas Negativas
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Verifica-se que com elevação do pH do meio (solo) o equilíbrio é deslocado
para a direita em razão da neutralização dos íons H+ liberados na dissociação do
grupo –OH:
H+ + OH- ⇔ H2O.
Substituição Isomórfica
2. Cargas Positivas
Densidade de Carga
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Quadro 2. Ponto de Carga Zero (PCZ) de alguns minerais que compõem a
gração argila dos solos
Mineral PCZ
Silica gel 2,0
Quatzo 2,5 a 3,7
Montmorilonita 2,5
Caulinita 4,6
Magnetita 6,5
Hematita 9,5
Goethita 7,8 a 8,9
Gibbsita 7,8 a 9,5
Fonte: Meurer (2000)
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superficial dessas micelas. Essa área, expressa em m2/g, é a superfície
específica do solo (Quadro 3.2). Assim, o fenômeno de troca iônica do solo, que é
basicamente a expressão de suas propriedades físico-químicas, é função de sua
superfície específica e da densidade de cargas elétricas que se manifestam nesta
superfície.
Troca Catiônica
Troca Aniônica
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8. Capacidade de Troca Catiônica
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pH do solo pH 7,0
↓ ↓
CTC permanente CTC dependente de pH
Al 3+ −H −H −H
+ 2+
K Ca
Ca2+ −H −H −H
−H
H+
Al3+
H+ −H −H
−H
NH4+ Mg 2+
Mg2+ −H −H
+
H
−H
−H
Muitas condições do solo têm influência sobre a CTC, dentre as quais: pH,
natureza dos cátions trocáveis, concentração da solução e natureza da fase
sólida.
O efeito do pH se verifica, principalmente, sobre as cargas dependentes de
pH, como já se discutiu.
A natureza dos cátions trocáveis afeta a preferencialidade de troca no solo,
de acordo com a densidade de carga dos cátions, isto é, Z/r, onde Z é a carga do
íon e r é o raio do íon hidratado. Os cátions que têm maior densidade de carga
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são mais retidos nas cargas negativas do solo. Por isso, os cátions polivalentes
são geralmente mais fortemente retidos no solo. A seqüência de preferencialidade
de troca de cátions para uma mesma concentração foi estabelecida por
Hofmeister, sendo conhecida como seqüência de Hofmeister (Mengel & Kirkby,
1982), ou série liotrópica (Russel & Russel, 1973). Esta seqüência é a seguinte:
Li+ < Na+ < K+ < Rb+ < Cs+ < Mg2+ < Ca2+ < Sr2+ < Ba2+
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com a magnitude da mesma, para solos de regiões tropicais, como os do Estado
de Minas Gerais, é dada no Quadro 3.5.
Classes
Características Muito Baixo Médio Alto Muito
Baixo Alto
SB cmolc/dm3 ≤ 0,60 0,61–1,80 1,81–3,60 3,61– 6,00 > 6,00
1. Valot t
É a CTC determinada na condição de pH que o solo apresetna, sendo
denominada de CTC efetiva. È obtida por meio da soma dos terores de bases
trocáveis (SB) com acidez trocável (Al3+). Operacionalmente estes components
são extráidos do solo por meio de soluções não tamponadas, portanto ajustam-se
à condição de acidez que o solo se encontra.
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2. Saturação por Alumínio (m)
3. Valor T
A capacidade de troca catiônica (T) é geralmente determinada a pH 7,0, ou
a pH 8,2 (para solos alcalinos e salinos). É calculada somando-se os teores de
bases trocáveis (SB) com a acidez potencial (H + Al), que é extraída com Acetato
de calico 0,5 mol/L pH 7,0.
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de Al3+ é baixa, em razão dos baixos valores de Al3+, presente em níveis não
tóxicos.
O solo B, muito ácido, tem baixo V; logo, alta participação da acidez (H +
Al) no complexo de troca, podendo apresentar alta percentagem de saturação por
Al. Para uso agrícola, deverá ter o seu pH elevado por meio de calagem, o que irá
causar aumento dos valores de SB e V, aumentando, conseqüentemente, o seu
pH. O seu valor de T e valor de SB indicam que o material constituinte da fração
argila é ativo, ou que o teor de matéria orgânica deste solo é elevado, mas
apresenta poucas bases no seu complexo de troca.
O solo C apresenta-se em boas condições quanto ao seu complexo de
troca e características a ele relacionadas.
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A capacidade com que a fase sólida repõe os nutrientes na solução define-
o fator capacidade (FC) ou poder tampão (PT). Ele é expresso pela relação entre
a variação de Q (∆Q) e a variação em I (∆I), ou seja (∆Q / ∆I). O equema abaixo
ilustra esta relação:
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Figura 6. Visão hidrodinâmica das inter-relações entre fatores Quantidade (Q),
Intensidade (I) e Capacidade Tampão (CT). (Alvarez V., 1986).
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Também na Figura 3.8. verifica-se que, para que uma planta absorva um
nutriente, não basta qua o solo seja capaz de cedê-lo, é necessário que o
nutriente seja transportado desde a solução perto das partículas sólidas até a
solução perto da raiz absorvente.
3.12. Bibliografia
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