De forma geral, a pesquisa experimental está pautada em distinguir um objeto a
ser estudado e as variáveis que são capazes de interferir neste e, dessa forma, definir modos de controle e as consequências que a variável produz no objeto. Portanto, o pesquisador é considerado um agente ativo, não um observador passivo. A pesquisa experimental pode ser desenvolvida em laboratório ou em campo. Em laboratório o ambiente criado é artificial, já em campo são elaboradas condições que permitem manipular o indivíduo no seu próprio meio. Independente do lugar em que o experimento será efetuado é importante seguir as seguintes propriedades: a) Manipulação: ao menos uma característica deve ser alterada; b) Controle: criação de um grupo de controle para a pesquisa experimental c) Distribuição aleatória: os grupos experimentais e de controle devem ser formados a partir de elementos escolhidos aleatoriamente. Antes de dar início a execução do experimento, é necessário designar as variáveis do processo. Há dois tipos: dependentes e independentes. A variável independente é aquele que interfere em outra variável. É o objeto manipulado pelo investigador, de forma a buscar a relação da variante com objeto observado, a fim de determinar a influência que este exerce em um determinado resultado. Já a variável dependente é referente aos fatores que se pretende explicar por meio das interferências e influências da variável independente. A pesquisa experimental se baseia nos seguintes princípios: estabelecer uma ideia de causa-efeito, a convicção que os relaciona, os pressupostos a serem testados, as manipulações que são realizadas nas variáveis independentes e seus efeitos e o estabelecimento dessas relações após a comprovação dos resultados. Passos de um Experimento 1- Definição do Contexto: Deve-se estabelecer objetivos e metas a partir de um problema existente. 2-Planejamento: A organização do experimento deve conter o projeto, os materiais necessários e os riscos do experimento. 3-Execução: Os dados são coletados; 4-Análise e Interpretação: Os dados previamente coletados são ponderados com bases estatísticas 5-Apresentação e Empacotamento: Os resultados são obtidos e publicados. O objeto de estudo analisado pode causar limitações relacionadas às possibilidades do experimento e isto ocorre quando se analisa seres sociais, como pessoas ou instituições, pois se deve levar em consideração princípios éticos e humanos, sendo eficiente em um número limitado de situações. Porém este tipo de experimento é cada vez mais aplicado nas ciências humanas, caso na Psicologia e Psicologia Social, como no estudo de comportamento e efeito de propaganda. O contrário ocorre quando o objeto de estudo são fatores físicos como bactérias ou líquidos.
Seleção dos participantes: Primeiramente a seleção dos participantes deve ser
feita de modo aleatório para que os resultados do experimento sejam generalizados. Contudo, os participantes selecionados devem fazer parte do grupo a ser estudado. A amostragem pode ser probabilística ou não-probabilística: As amostragens de um experimento podem ser divididas em probabilística e não- probabilística. A amostragem probabilística indica que a probabilidade de seleção do participante é conhecida já a amostragem não probabilística estabelece que a probabilidade de seleção dos participantes é desconhecida. Alguns exemplos de técnicas de amostragem são: Amostragem aleatória simples: os participantes são selecionados aleatoriamente. Amostragem sistemática: o primeiro participante é selecionado de forma aleatória, e os participantes seguintes são escolhidos utilizando intervalos constantes até alcançar o tamanho da amostra almejada. Princípios para escolher o tamanho da amostra: grandes variedades na população implicam em amostras de tamanhos maiores, pois os dados podem influenciar a escolha do tamanho da amostragem. Os resultados de um experimento estão diretamente relacionados ao tamanho da amostra, ou seja, quanto maior a amostra analisada, menor é a inexatidão dos resultados. Limitações da Pesquisa Experimental As pesquisas experimentais são o principal procedimento que cientistas usufruem para testar pressupostos a partir de relações causa-efeito entre as variáveis. Estes experimentos concedem maiores garantias do que outras formas de delimitação, porém apresentam diversas restrições, como características humanas (idade e sexo), que não podem ser agrupadas de forma aleatória e ordens de princípios morais, como a submissão de participantes a atividades que alterem seu estado físico ou mental.