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Os inúmeros avanços conseguidos pelas sociedades fizeram com que muitos anos
fossem acrescidos às suas populações, pois a longevidade é uma conquista do
desenvolvimento (progresso tecnológico e das ciências), e esse é um processo inevitável
e irreversível. Como conseqüência, muitos indivíduos estão sobrevivendo no Brasil hoje
por períodos mais longos, sem que necessariamente estejam vivendo melhores condições
socioeconômicas ou sanitárias.
Aparentemente, ambos os sexos podem ter experiências que sejam comuns, mas a
condição geracional enseja relações e representações distintas. Dados (IBGE, 2000),
revelam que as mulheres tendem a viver mais que os homens em média de seis a oito
anos.Não se pode estranhar a generalizada resistência ao envelhecimento por todos,
principalmente pela mulher, que tem tradicionalmente um conceito estereotipado de
beleza, corpo firme e esbelto, graciosidade, juventude, subordinação e disciplina.
À medida que aumenta a longevidade, o número de mulheres menopáusicas
aumenta todos os anos. Isto significa que uma parte da população feminina passa em
média 1/3 de sua vida na menopausa.
Este dado é de grande importância para os profissionais da saúde, pois maior
atenção deverá ser dispensada a essa parcela da população tendo em vista as inúmeras
possibilidades de prevenção e tratamento disponíveis no campo das ciências.
A menopausa não tem idade definida para seu início. Geralmente na mulher
brasileira situa-se entre 42 e 47 anos, variando esta faixa etária em função racial,
localização geográfica, medicamentos e, principalmente, pelo fator hereditário. Nesse
período os ovários estão menos responsivos aos sinais hormonais produzidos pelo
cérebro, mais precisamente, o hipotálamo. Em conseqüência disto, ocorre uma produção
irregular e diminuída de estrógenos e progesterona pelos ovários e as características
menstruais se alteram.
Na menopausa, as mulheres enfrentam eventuais problemas físicos e/ou
emocionais, que de certa maneira, podem ser minimizados com a prática de diferentes
atividades e/ou ingestão de medicamentos.
Esta alteração nos níveis estrogênicos acarreta várias mudanças no organismo,
denominado como “Síndrome da Menopausa”.
A priori todos os indivíduos podem e devem praticar atividades físicas. É uma das
formas de fugir do sedentarismo, ou seja, de negar a inatividade - realidade causadora
das doenças hipocinéticas.
Não há indicação dessa prática regular somente para aqueles indivíduos
“severamente” acometidos por doenças como a hipertensão arterial sistêmica,
insuficiência arterial periférica, doenças pulmonares, músculo esqueléticas, obesidade,
diabete e doença mental, angina, infarto, osteoporose dentre outras, sem o prévio controle
tanto de médicos como de profissionais da área de Educação Física.
Por outro lado, se esses acometimentos estiverem sendo acompanhados e dentro
dos controles básicos de “normalidade” haverá indicação freqüente de exercícios físicos,
pois além de aumentar a qualidade de vida das pessoas sadias, também pode auxiliar na
recuperação da saúde quando debilitada.
Com a idade avançada as artérias perdem a elasticidade de suas paredes pelos
depósitos de cálcio e lipídios. Neste particular, o esforço causa alterações na aceleração
da freqüência cardíaca, uma vez que a capacidade do coração de aumentar a freqüência
e a pressão dos batimentos cardíacos nos esforços, após os 60 anos, está diminuída.
Portanto, qualquer pessoa com mais de 40 anos, ao iniciar uma atividade física, deverá se
submeter a um teste ergométrico para avaliar sua reserva cardíaca e assim poder garantir
resultados saudáveis.
No caso da osteoporose as atividades físicas só não serão indicadas quando a
quantidade de massa óssea estiver fora dos níveis confiáveis de impactos gravitacionais
com o solo, pois caso contrário, os ossos poderão estar frágeis e propensos a fraturas.
Somente o médico poderá garantir, através de exames específicos que detectam o
nível de declínio de cálcio dos ossos, que o indivíduo poderá executar atividades físicas
dentro de parâmetros confiáveis.
A massa óssea está diretamente relacionada à ação da musculatura sobre o osso,
portanto exercícios gravitacionais são mais efetivos.
1ª a 4ª 3X 10 a 20 min fácil
5ª a 8ª 3X 15 a 30 min Ligeiramente cansativo
9ª a 12ª 3X 20 a 45 min Ligeiramente cansativo
RECOMENDAÇÕES GERAIS
SHEPHARD, R.J. Aging, Physical Activity and Health. U.S.A: Human Kinetics
SHEPHARD, R. J. (2003). Envelhecimento, atividade física e saúde. São Paulo:Phorte,
2003.
STOPPE Jr. & LOUZÃ Neto. Depressão na terceira idade: Apresentação Clínica –
Abordagem terapêutica. São Paulo: Lemos Editorial, 1999.