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O que é a Lógica?
A lógica estuda a forma como as premissas apoiam ou defendem uma dada conclusão, ou
seja, estuda a validade dos argumentos. Um argumento “não tem lógica” quando não é
logicamente apoiado pelas premissas.
A estrutura de um argumento
Ao ligar proposições, podemos obter argumentos. Um argumento é constituído por 3
proposições: 2 premissas – proposições que usamos para defender ou justificar a conclusão – e
por 1 conclusão – aquilo que se pretende justificar ou apoiar mediante as premissas. Ou seja,
queremos que a conclusão seja sustentada pelas premissas.
À relação que permite passar das premissas à conclusão dá-se o nome de inferência.
Validade e Verdade
A validade distingue-se da verdade. Os argumentos não são verdadeiros nem falsos, as
proposições que os constituem é que o podem ser. A validade é uma propriedade global que
tem a ver com a relação entre o valor de verdade daa premissas e do valor verdade da
conclusão, isto significa que é logicamente válido por exemplo tirar uma conclusão verdadeira
de premissas falsas.
Validade Dedutiva
Um argumento é dedutivamente válido se e somente se não há qualquer possibilidade das
premissas serem verdadeiras e a conclusão ser falsa. É irrelevante saber se as premissas e a
conclusão são de facto verdadeiras, o que importa é que ao supor que as premissas sejam
verdadeiras, não se possa inferir dessas premissas uma conclusão falsa. Se for possível inferir
uma conclusão falsa, o argumento é inválido.
Ex: Todos os portugueses são europeus. Todos os alentejanos são portugueses. Logo todos os
alentejanos são europeus.
Termos e conceitos
Um conceito é uma ideia geral que reúne as características permanentes de um conjunto de
seres/objetos, ou seja, é o significado de um termo.
Além destes componentes básicos, há que acrescentar o quantificador, que antecede o sujeito
e determina a sua extensão.
Uma proposição categórica na sua forma padrão tem sempre esta estrutura e a mesma
sequencia: quantificador – sujeito – cópula – predicado. Ex: Todos os filósofos são sábios.
O sujeito está distribuído nas proposições universais e não está distribuído nas proposições
particulares. Ex: Todos os computadores são máquinas/ Algumas máquinas não são
computadores.
O Predicado está distribuído nas proposições negativas e não está distribuído nas proposições
afirmativas. Ex: nenhum kantiano é utilitarista. / Alguns filósofos são pensadores.
As figuras do silogismo são determinadas pela posição ocupada pelo termo médio, como
sujeito ou predicado, nas 2 premissas:
Os modos do silogismo são cada uma das formas que o silogismo pode apresentar nas
diferentes figuras em virtude da quantidade e da qualidade das proposições. Ex: Modo AAA
4. O termo médio deve ter extensão universal (estar distribuído), em pelo menos uma
das premissas. A violação desta regra origina:
o Falácia do termo médio não distribuído – ocorre quando o termo médio não
está distribuído em nenhuma das premissas.
Todos os homens são seres humanos.
Todas as mulheres são seres humanos.
Logo, todas as mulheres são homens.
Nas discissões a que assistimos sobre os mais diversos assuntos quase nunca é possível
demonstrar a verdade. O que podemos fazer é argumentar a favor de uma ideia através de
argumentos que nos deem boas razões a nós e aos outros para aceitarmos que a conclusão é
provável ou plausível.
Argumentação VS Demonstração
A argumentação aplica-se a situações concretas da vida, abrangendo campos como o direito, a
moral e a politica. Utiliza a linguagem natural e muitas vezes imprecisa e é do domínio do
plausível e do provável. Tem como finalidade provocar a adesão do auditório que adere às
teses do argumentador dependentemente do seu conteúdo e de fatores pessoais. Parte,
assim, de premissas que podem não ser aceites pelo auditório.
A validade indutiva possui graus, isto quer dizer que, em dois argumentos indutivos válidos, as
premissas de um podem tornar mais provável a verdade da conclusão (forte) do que as
premissas do outro (fraco).
Alguns A são B.
Logo, todos os A são B.
Previsões:
Argumentos em que as premissas se baseiam em casos passados observados e a conclusão
refere-se a casos particulares não observados.
Alguns A são B.
Logo, o próximo A será B.
A semelhante a B.
A tem a característica C.
Logo, B tem a característica C.
As falacias informais são argumentos em que as premissas não sustentam a conclusão devido
sobretudo a deficiências no seu conteúdo. Por diversas razões, que não têm a ver com a
estrutura formal do argumento, não conseguem dar razões suficientes para que acreditemos
na verdade da sua conclusão… As razões podem ser:
Não me interessam os seus argumentos sore a moralidade ou não ao aborto. Como é católico,
já sei que é fanaticamente contra.
Se és um apreciador de vinhos, então, depois de um bom copo, beberás outro e outro e mais
tarde ou mais cedo tornar-te-ás um alcoólico.
Falacia da petição de principio
Consiste em argumentar utilizando como prova o que se quer provar. A petição de principio
ocorre quando se justifica a conclusão usando a própria conclusão de uma forma mais ou
menos disfarçada.
O João diz que, para se protegerem certas espécies, os jardins zoológicos são importantes.
Então mais valia prenderem todos os animais.