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Paredes em Betao Armado PDF
Paredes em Betao Armado PDF
PAREDES
Ø 1 6 a f. 0 ,1 0 m
3 ,0 0
Ø 8 a f. 0 ,1 0 m
1 .0 0 Ø 8 a f. 0 ,1 0 m
0 .1 5
3 Ø 8 /m
Ø 1 6 a f. 0 ,1 0 m
série ESTRUTURAS
Este texto resulta do trabalho de aplicação realizado pelos alunos de sucessivos cursos de
Engenharia Civil da Universidade Fernando Pessoa, vindo a ser gradualmente melhorado e
actualizado.
A sua fonte assenta em sebentas das cadeiras congéneres de diversas Escolas e Faculdade de
Engenharia (Universidade do Porto, Instituto Superior Técnico de Lisboa, Universidade de Coimbra
e outras), bem como outros documentos de entidades de reconhecida idoneidade (caso do
L.N.E.C.), além dos tratados clássicos desta área e outra bibliografia mais recente, cuja referência se
encontra no final deste trabalho.
Apresenta-se, deste modo, aquilo que se poderá designar de um texto bastante compacto, completo
e claro, entendido não só como suficiente para a aprendizagem elementar do aluno de engenharia
civil, quer para a prática do projecto de estruturas correntes.
Certo é ainda que pretende o seu teor evoluir permanentemente, no sentido de responder quer à
especificidade dos cursos da UFP, como contrair-se ao que se julga pertinente e alargar-se ao que se
pensa omitido.
Para tanto conta-se não só com uma crítica atenta, como com todos os contributos técnicos que
possam ser endereçados. Ambos se aceitam e agradecem.
Índice
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................2
2. DEFINIÇÃO.............................................................................................................................2
4. CONDICIONANTES REGULAMENTARES......................................................................8
6. BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................18
Paredes 1
Série Estruturas Betão Armado
1. Introdução
2. Definição
1,25 0,5
0,2
Ac parede
Ac pilar
0,5
Ac parede = Ac pilar
Paredes 2
Série Estruturas Betão Armado
3. Aspectos Construtivos
¾ Paredes constituídas por pórticos de betão armado, preenchidos por alvenaria de tijolo
em betonilha1 (caso muito corrente em empenas);
É característica comum dos três tipos de estrutura parede comportarem-se sob a acção
de forças horizontais como consolas verticais (sem prejuízo do adiantado na nota de rodapé
1), com um grau de encastramento na base variável.
Nos casos correntes de edifícios com menos de 20 pisos, as consolas são pouco esbeltas
(a relação altura/dimensão transversal é, geralmente, inferior a 5).
Por outro lado, as solicitações horizontais (vento e sismos) dão origem a grandes
esforços na base das consolas, e, consequentemente, a deformações do terreno de fundação
que podem contribuir significativamente para a deformabilidade global.
1
Muitas vezes também se usa alvenaria dupla (parede com vãos) ou simples (parede cega), mas neste caso não é
prudente falar em funcionamento como diafragma vertical rígido.
Paredes 3
Série Estruturas Betão Armado
Estas duas particularidades levam a que na análise de estruturas do tipo parede, sob
acção de forças horizontais, seja necessário considerar a deformabilidade por flexão, por
esforço transverso e por movimento das fundações, conforme se esquematiza na fig. 3.1.
Parede de
betão armado Betão armado Betão armado
Alvenaria
(ou betão armado)
Parede
transversal
Paredes
Alvenaria longitudinais
O estudo de estruturas parede sob a acção de forças horizontais, a que são assimiláveis
as solicitações sísmicas, pode ser feito considerando:
Paredes 4
Série Estruturas Betão Armado
A sua inclusão deve ser efectuada de uma forma criteriosa, pois pode dar origem a um
pior comportamento, devendo evitar-se que:
Paredes 5
Série Estruturas Betão Armado
f2
nto
me
v enta
ra
ont de)
eC are
c ç ão d o da p
e n
Dir pla
do f1
e ntido
(s
Deve ter-se em conta que núcleos de igual geometria e simetria de colocação, mas com
percentagens de armadura diferentes, também introduzem efeitos de torção (não tanto por
diferenças de rigidez, propriamente dita, mas pelo desequilíbrio na resistência – ou seja, numa
primeira fase as forças sísmica tem tendência a distribuir-se igualmente por ambas as peças,
mas na eventual cedência, ainda que parcial, da menos resistente, desencadeia-se o
indesejável e efeito da torção).
Paredes 6
Série Estruturas Betão Armado
Como solucionar:
Paredes 7
Série Estruturas Betão Armado
4. Condicionantes Regulamentares
Tendo efectuado uma leitura atenta do artigo 123º do REBAP, verifica-se que teremos
de obedecer ás seguintes limitações geométricas:
b>5e
O artigo 124º, do citado regulamento, impõe que a espessura mínima das paredes não
seja inferior a 10 cm, isto é:
e ≥ 10 cm
Por outro lado, a sua esbelteza, λ, não deve exceder 120, isto é:
λ ≤ 120
λ = l0 / i
De acordo com o artigo 125º do REBAP, a secção total da armadura longitudinal das
paredes deverá ser tal que:
Paredes 8
Série Estruturas Betão Armado
ρ ≤ 4% da secção da parede
0,4% Ac → A235
AsVertical
, mín
0,3% Ac → A400 / A500
AsVertical
, máx ≤ 4% Ac
\Os varões devem ser distribuídos pelas duas faces da parede,com espaçamentos não
superiores a 2 vezes a espessura desta, com o máximo de 30 cm, isto é:
e
l
≤ 2 * e tic a
S Vertical
máx S ver
≤ 30cm a
Ou, se quisermos: s ≤ 2e ; s ≤ 30 cm
Paredes 9
Série Estruturas Betão Armado
0,001ba → A235
AsHorizontal
,mín
0,0005ba → A400 / A500
Horizontal
S máx ≤ 30cm
Observe-se ainda que os varões de armadura transversal não devem ser espaçados mais
de 30cm.
Ou seja:
≤ 16 φ A menor
Vertical
≤ 2 * b
C
S
≤ 30 cm
Sempre que se utilize nas armaduras longitudinais varões com diâmetro igual ou
superior a 25cm, a armadura transversal deve ser constituída por varões de diâmetro não
inferior a 8mm.
A forma das armaduras transversais deve ser tal, que cada varão longitudinal seja
abraçado por ramos dessas armaduras formando ângulo, em torno do varão, não superior a
Paredes 10
Série Estruturas Betão Armado
135º. A condição relativa ao ângulo referido, pode ser dispensada no caso de varões que não
sejam de canto e que se encontrem a menos de 15cm de varões em que se cumpra tal
condição.
≤ 16 φ Amenor
Vertical Horizontal
Smáx ≤ 30cm
S C int agem ≤ 2 * b
≤ 30 cm
S horizontal
S cintagem
Nota (do REBAP): As disposições regulamentares que dizem respeito à espessura mínima, à
armadura vertical, à armadura horizontal e à armadura de cintagem são, em princípio,
aplicáveis a todos os tipos de paredes, independentemente do seu modo de funcionamento. No
entanto, paredes que desempenhem funções particulares, tais como paredes de
contraventamento ou paredes destinadas fundamentalmente a resistir a forças aplicadas no seu
plano (vulgarmente designadas por “Shear-Walls”) exigem normalmente disposições
construtivas complementares.
Constitui, ainda, boa norma de construção, não executar paredes com espessura inferior
a 0,15m, atendendo a que quanto mais fina for a parede, maiores dificuldades teremos em
armar o ferro e em fazer uma betonagem de forma correcta.
Poderão ser necessários betões fluidos e com inertes de menores dimensões, que não
favorecem a sua resistência nas primeiras idades e, por conseguinte, protelam a desmoldagem
para tempos que não permitam um bom rendimento da cofragem.
Paredes 11
Série Estruturas Betão Armado
4.5. Recomendações
4.5.1. Materiais
Em relação aos materiais, recomenda-se que o betão a utilizar seja da classe C20/25 ou
superior, e o aço a aplicar o A235 ou o A400 (maior ductilidade).
Paredes 12
Série Estruturas Betão Armado
5. Exemplos de Aplicação
5.1. Exercício 1
{ η = 0.9
i = 0.043
ω = 0,782
Paredes 13
Série Estruturas Betão Armado
A = A’ = 18,0cm2 /m
Paredes 14
Série Estruturas Betão Armado
Fixa-se 25 cm, pelo que se adoptou 3 varões de 8 mm (ou seja, nenhum varão vertical
fica afastado de uma cinta mais que 16,7 cm).
Ø 16 af. 0,10m
3,00
Ø 8 af. 0,10m
0.15
3 Ø 8/m
Ø 16 af. 0,10m
Paredes 15
Série Estruturas Betão Armado
5.2. Exercício 2
Atenda às dimensões que se apresentam para um aparede resistente em betão armado, bem
como à armadura vertical resitente de cálculo obtida e proceda à verificação regulamentar e à
sua pormenorização construtiva.
b = 20 cm
c = 120 cm
AsLongitudin al = 80 cm 2 → AsLongitudin
( c / face )
al
= 40 cm 2 (8φ 25 ⇒ 39 ,3cm 2 )
Vertical ≤ 2 * b = 2 * 20 = 40cm
S máx
Vertical
, logo será S máx ≤ 30cm .
≤ 30cm
12cm
4cm
Ø25//16
m
16c
b = 0,20m
0m
1 ,2
c=
AsVertical
, máx ≤ 4% Ac = 4
100 * 120 * 20 = 96cm 2
_
AsVertical
, mín
0,3% Ac = 0,3100 * 120 * 20 = 7,2cm
2
_
AsHorizontal
0,005ba = 0,005 * 0,20m *1m = 1E 4m = 1cm (φ 6 // 30 ⇒ 1,13cm )
, mín 2 2 2
Horizontal
S máx ≤ 30cm
2% Ac ≥ AsVertical
,1 ? => 2% Ac = 2100 *120 * 20 = 48cm 2 ≥ 40cm 2 0 > Sim!
Paredes 16
Série Estruturas Betão Armado
≤ 16 φAmenor
Vertical
= 16 * 25 mm = 400 mm = 40 cm
S C int agem ≤ 2 * b = 2 * 20 cm = 40 cm
≤ 30 cm
Como o espaçamento dos varões verticais é de 16 cm (> 15cm), todas eles serão
cintados.
Cintas Ø6//30
Ø6//30
Ø25//16
30cm
Paredes 17
Série Estruturas Betão Armado
6. Bibliografia
Paredes 18