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ÍNDICE

1. Introdução..................................................................................................................2

1.2 Objectivos:..............................................................................................................2

1.2.1 Objectivo Geral;..............................................................................................2

1.2.2. Objectivo Especifico;......................................................................................3

1.3. Metodologia............................................................................................................3

2. ESTABILIDADE DE MURO DE SUPORTE..........................................................4

2.1. MURO DE ARRIMO.............................................................................................4

2.1.1. Tipos de Muros de arrimo....................................................................................5

Muros de gravidade....................................................................................................5

Muros de flexão..........................................................................................................7

Muros atarantados......................................................................................................7

Muros de pneus..........................................................................................................8

Muros de gabiões.......................................................................................................9

2.1.2 Estabilidade de muro de arrimo......................................................................9

2.1.3 Segurança contra o Tombamento..............................................................10

2.1.4 Segurança contra o Deslizamento.............................................................11

2.1.5 Capacidade de Carga da Fundação............................................................13

2.1.6 Segurança contra a Ruptura Global...........................................................14

2.1.7 Método construtivo.......................................................................................16

2.1.8 Parâmetros de resistência..............................................................................16

3. Conclusão.................................................................................................................17

4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................18
1. Introdução

A estabilidade de muros de suporte é um tema de grande importância na engenharia


civil, uma vez que desempenha um papel crucial na segurança e na estabilidade de
estruturas, bem como na prevenção de deslizamentos de terra. Muros de suporte são
estruturas concebidas para conter ou suportar o solo em locais onde a inclinação natural
do terreno é instável.

Eles são amplamente utilizados em projectos de construção, desde estradas e ferrovias


até edifícios residenciais e comerciais. A compreensão aprofundada dos princípios que
regem a estabilidade dos muros de suporte é fundamental para garantir a segurança de
tais estruturas e proteger vidas e propriedades. A estabilidade de muros de suporte
envolve uma análise minuciosa dos factores geotécnicos, hidrológicos, geomorfológicos
e estruturais que influenciam o comportamento das estruturas.

Além disso, é necessário levar em consideração as condições locais do solo, o nível de


precipitação, a topografia do terreno e outras variáveis relevantes. Este trabalho
científico visa explorar a complexidade desse tópico, examinando os princípios de
design, os desafios envolvidos e as soluções para garantir a estabilidade de muros de
suporte.

1.2 Objectivos:
1.2.1 Objectivo Geral;
 Investigar e analisar a estabilidade de muro de suporte em estruturas geotécnica
analisando os factores que influenciam a sua estabilidade e propondo soluções
para melhorar o desempenho e a segurança dessas estruturas.

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1.2.2 Objectivo Especifico;
 Analisar uma revisão bibliográfica abrangente sobre os princípios de
engenharias geotécnicas relacionados a estabilidade de muro de suporte;
 Identificar os diferentes tipos de suporte e suas aplicações, destacando a sua
particularidade;
 Analisar os factores geotécnicos que afectam a estabilidade de muro de suporte,
como solo de fundação, a inclinação do terreno e cargas aplicadas;
 Desenvolver um estudo de caso envolvendo a análise e estabilidade de um muro
de suporte em uma situação real, considerando aspectos teóricos e práticos;
 Avaliar as técnicas de projectos e métodos de análise estudados na engenharia
geotécnica para garantir a estabilidade de muro de suporte;
 Propor recomendações e directrizes para o projecto, construção e manutenção
de muro de suporte visando aprimorar a sua estabilidade e segurança.

1.3 Metodologia

O presente trabalho foi fundamentado em revisão bibliográficas, utilizando artigos,


livros, pesquisa na internet, trabalhos académicos e colecta de dados.

O método usado para a analisar a viabilidade de uso de muro de suporte em diversas


ocasiões foi através da comparação de dados existentes.

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2. ESTABILIDADE DE MURO DE SUPORTE

Muro de suporte (também conhecido como muro de arrimo ou muro de contenção) é


uma estrutura de engenharia civil. Servem para "vencer" um desnível de terreno.

São muros relativamente rígidos usados para apoiar o solo lateralmente, para que ele
possa ser retido em diferentes níveis nos dois lados. São estruturas projectadas para
restringir o solo a uma inclinação que ela não manteria naturalmente (normalmente uma
inclinação íngreme, quase vertical ou vertical). Eles são usados para limitar solos entre
duas elevações diferentes, geralmente em áreas de terreno com declives indesejáveis ou
em áreas onde a paisagem precisa ser moldada severamente e projectada para fins mais
específicos, como agricultura nas encostas ou viadutos de estradas

2.1 MURO DE ARRIMO


Segundo MOLITERNO (1980), um muro de arrimo é um detalhe localizado, nas obras
de estabilização das encostas, em regiões montanhosas, junto às edificações, estradas ou
ruas.

Ou por outra um muros de arrimo são estruturas de contenção, que geralmente possuem
paredes verticais ou quase verticais, podendo ser de alvenaria ou concreto (simples ou
concreto armado), apoiadas em uma fundação que pode ser directa (rasa ou corrida), ou
profunda (em estacas ou tabulões).

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Para elaboração de um projecto estrutural de um muro de arrimo, deve- se observar a
repetição sucessiva de dois passos:

 Determinação ou estimativa das dimensões, onde o projectista utiliza sua própria


experiência e observação, podendo ainda ser orientado por fórmulas empíricas;

 Verificação da estabilidade aos esforços actuantes, onde após a determinação


das forças que atuam sobre a estrutura (peso próprio, empuxos causados pela
pressão da terra, cargas aplicadas ao topo do muro e as reacções do solo), pode-
se ter a ideia da estabilidade da estrutura (MOLITERNO, 1980).

2.1.1 Tipos de Muros de arrimo


Segundo GERSCOVICH (2010), podem ser empregados os seguintes tipos de muro de
arrimos:
 Muros de gravidade: são empregados em contenções de desníveis inferiores a 5
m, sendo estruturas corridas e compactas, que tendem a combater empuxos
horizontais através do seu peso próprio (FIG.1).

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Figura 1: Muros de suporte

Figura 2: Muros de suporte (Muro de gravidade em concreto ciclópico ou concreto


gravidade)

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 Muros de flexão: são estruturas esbeltas com seção transversal em forma de
“L”, que resistem aos empuxos por flexão, utilizando a base da estrutura em “L”
para combater os empuxos por flexão e manter-se em equilíbrio. Em algumas
situações são construídos em concreto armado, tornando- se inviáveis
economicamente para alturas de 5 a 7m (FIG. 3).;

FIG. 3 Muro de suporte (Muro de flexão)

 Muros atarantados: são estruturas em concreto, onde os tirantes estão contidos


em planos perpendiculares ao paramento do muro, sendo amarrados
internamente ao maciço através de um buldo de ancoragem (FIG. 5).

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FIG 4. Muros de arrimo

 Muros de pneus: são constituídos de camadas dispostas horizontalmente,


amarrados entre si com corda ou arame, preenchidos com solo sendo
compactado posteriormente.
Este tipo de estrutura funciona como muro de gravidade e tem como principal vantagem
a reutilização de pneus descartados (FIG. 5).

FIG 5. Muros de arrimo (Muro de pneus)

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 Muros de gabiões: são constituídos por gaiolas metálicas de fios de aço
galvanizado em malha hexagonal preenchidas com pedras dispostas
manualmente. Os gabiões mais usuais possuem comprimento de 2m e seção
transversal quadrada com 1m de aresta.
Os muros de gabiões têm como principal característica a flexibilidade, que permite que
a estrutura se acomode a recalques diferenciais e a permeabilidade (HACHICH et al.,
1998) (FIG. 6);

Figura 6: Muro de gabião

2.1.2 Estabilidade de muro de arrimo


Segundo GERSCOVICH (2010), para a verificação da estabilidade do muro de arrimo
devem ser observadas, seja qual for a seção adotada para o muro, as seguintes
condições:
 Deslizamento da base: é o equilíbrio das forças horizontais das forças
actuantes.

 Tombamento: consiste na verificação dos momentos actuantes na estrutura em


relação à aresta externa da base (pé do muro).

 Capacidade de carga da fundação: é a tensão limite que o terreno pode


suportar sem escoar (sem romper).

 Ruptura global: ocorre com a formação de uma cunha, que tem movimento
vertical para baixo, empurrando lateralmente duas outras cunhas tendendo a
levantar o solo adjacente à fundação (FIG. 7)

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.

Figura 7: Condições de estabilidade de muro de arrimo

2.1.3 Segurança contra o Tombamento


Para que o muro não tombe em torno da extremidade externa (ponto A da Figura 17
momento resistente deve ser maior do que o momento solicitante. O momento resistente
(Mres) corresponde ao momento gerado pelo peso do muro. O momento solicitante
(Msolic) é definido como o momento do empuxo total actuante em relação ao ponto A.

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2.1.4 Segurança contra o Deslizamento
A segurança contra o deslizamento consiste na verificação do equilíbrio das
componentes horizontais das forças actuantes, com a aplicação de um factor de
segurança adequado:

Onde:
Fres -somatório dos esforços resistentes;
Fsolic -somatório dos esforços solicitantes
FSdesliz -fator de segurança contra o deslizamento.

A Figura abaixa os esforços actuantes no muro. O factor de segurança contra o


deslizamento será:

Onde:
Ep -empuxo passiva;
Ea -empuxo activo;
S-esforço cisalha-te na base do muro.

O empuxo passivo, quando considerado, deve ser reduzido por um Fator de segurança
entre 2 e 3, uma vez que sua mobilização requer a existência de deslocamentos
significativos. Alternativamente, esta componente pode ser simplesmente desprezada.

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O valor de S é calculado pelo produto da resistência ao cisalhamento na base do muro
vezes a largura; isto é:

O deslizamento pela base é, em grande parte dos casos, o factor condicionante. As 2


medidas permitem obter aumentos significativos no factor de segurança: base do muro é
construída com uma determinada inclinação, de modo a reduzir a grandeza da projecção
do empuxo sobre o plano que a contém; muro prolongado para o interior da fundação
por meio de um “dente”; dessa forma, pode-se considerar a contribuição do empuxo
passivo.

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2.1.5 Capacidade de Carga da Fundação
A capacidade de carga consiste na verificação da segurança contra a ruptura e
deformações excessivas do terreno de fundação. A análise geralmente considera o muro
rígido e a distribuição de tensões linear ao longo da base.
Se a resultante das forças actuantes no muro localizar-se no núcleo centra da base do
muro, o diagrama de pressões no solo será aproximadamente trapezoidal. O terreno
estará submetido apenas a tensões de compressão.

Para evitar a ruptura do solo de fundação do muro, o critério usualmente adotado


recomenda-se que

Sendo qmax a capacidade de suporte calculada pelo método clássico de Terzaghi-


Prandtl (Terzaghi e Peck, 1967), considerando a base do muro como sendo uma sapata,
conforme mostra a equação

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2.1.6 Segurança contra a Ruptura Global
A última verificação refere-se à segurança do conjunto muro-solo. A possibilidade de
ruptura do terreno segundo uma superfície de escorregamento ABC (Figura 4) também
deve ser investigada. Para isso, devem ser utilizados os conceitos de análise da
estabilidade geral.

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FIG. 4 Ruptura do terreno segundo uma superfície de escorregamento

A verificação de um sistema de contenção quanto a sua segurança em relação a


estabilidade geral consiste na verificação de um mecanismo de ruptura global do
maciço. Neste caso, a estrutura de contenção é considerada como um elemento interno à
massa de solo, que potencialmente pode se deslocar como um corpo rígido.
Normalmente essa verificação consiste em se garantir um coeficiente de segurança
adequado à rotação de uma massa de solo que se desloca ao longo de uma superfície
cilíndrica; isto é

Para o cálculo do factor de segurança pode ser utilizado qualquer método de cálculo de
equilíbrio limite, normalmente empregado para avaliação da estabilidade de taludes.

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2.1.7 Método construtivo
Durante a compactação do retro aterro surgem esforços horizontais adicionais
associados a acção dos equipamentos de compactação. Para muros com retro aterro
inclinado, usa-se em geral equipamentos de compactação pesados. Os empuxos
resultantes podem ser superiores aos calculados pelas teorias derem empuxam activo.
Há na literatura alguns trabalhos que tratam do assunto.

Inglod (1979) usou a teoria da elasticidade para calcular o acréscimo de esforço


horizontal gerado durante a construção.
Na pratica, alguns engenheiros preferem aplicar um factor de correcção da ordem de
20% no valor do empuxo calculado. Outros sugerem alterar a posição da resultante para
uma posição entre 0,4H a 05H, contado a partir da base do muro, ao invés de H/3.

2.1.8 Parâmetros de resistência


Os parâmetros de resistência são usualmente obtidos para a condição de ruptura (pico da
curva tensão-deformação) do solo e, dependendo da condição de projecto, devem ser
corrigidos por factores de redução, conforme indicado abaixo

onde:

d e c- são, respectivamente, o ângulo de atrito e a coesão para dimensionamento;

p e c’p- são, respectivamente, o ângulo de atrito e a coesão de pico;

FS e FSc- são os fatores de redução para atrito e coesão, respectivamente.

Os valores de FS e FSc devem ser adoptados na faixa entre 1,0 e 1,5, dependendo da
importância da obra e da confiança na estimativa dos valores dos parâmetros de
resistência ’p e c’p.

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3. Conclusão

Em resumo, a estabilidade de muros de suporte é um tópico crítico na engenharia civil,


com implicações significativas para a segurança de infra-estruturas e comunidades. Este
trabalho científico destacou a complexidade envolvida na análise e no projecto de muros
de suporte, enfatizando a importância de considerar factores geotécnicos, hidrológicos,
geomorfológicos e estruturais. Além disso, a influência das condições locais do solo e
da topografia foi destacada como um factor chave na estabilidade dessas estruturas. É
fundamental que engenheiros civis e geotécnicos apliquem uma abordagem holística e
interdisciplinar ao projectar muros de suporte, incorporando técnicas modernas de
análise e modelagem, bem como práticas de engenharia sustentável. A colaboração
entre profissionais da área é essencial para abordar os desafios e garantir a estabilidade
de muros de suporte em diferentes contextos. Em última análise, a pesquisa contínua e a
inovação na área da estabilidade de muros de suporte são essenciais para melhorar a
capacidade de prever, prevenir e mitigar deslizamentos de terra e outros eventos
adversos. A compreensão e aplicação dos princípios discutidos neste trabalho científico
são vitais para proteger vidas e propriedades e promover o desenvolvimento sustentável.

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4. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Estruturas de Contenção Muros de Arrimo, Profa Denise M S Gerscovich Muros de
Arrimo.

GERSCOVICH, Denise M. S. Estruturas de Contenção –- Muro de arrimo.


Disponível em http://www.eng.uerj.br/~denise/pdf/muros.pdf. Acesso em 23 dez. 2010,
10h50min.

DYMINSKI, Andréa Sell. Noções de estabilidade de taludes e contenções - Notas de


Aula - Estabilidade de Taludes. Universidade Federal do Paraná (UFPR), 2008, 28 p.

FLORES, F. Análises probabilísticas da estabilidade de taludes considerando a


variabilidade espacial do solo. p. 178, 2008. Disssertação (Mestrado em engenharia
civil) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2008.

SILVA, M. ;LEAL, C.; AGUIAR, L. Análise de estabilidade global de um muro


longitudinal em gabião para protecção de margem em curso d’agua. Projectus, Riode
Janeiro. v. 3, n. 3, p. 57–74, 2018.

SOUZA, W. Variabilidade de parâmetros de resistência de solos arenosos mediante


análise de resultados de sondagens com SPT. 2017. 20 f. Monografia (Graduação) –
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN. 2017.

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