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A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO QUALIFICADA DE

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
Dayara Sousa¹
Rosiana Fernandes²
RESUMO

Para que o aluno desenvolva os conhecimentos necessários


para sua formação básica que são cobrados no currículo escolar, a
qualificação de um bom profissional da educação é indispensável. Sob
o mesmo olhar do diretor Guiomar Namo de Mello, do professor José
Carlos Libâneo, e da professora Selma Garrido Pimenta, este artigo
pontua certas relevâncias no processo de formação do professor.
Usando de questionamentos feitos em pesquisa para contextualizar e
analisar o sistema brasileiro que forma esses profissionais, notou-se
certas inadequações nas cobranças exigidas pela LDB, bem como, nos
Parâmetros Comuns Curriculares. Essas normatizações tentam
padronizar o ensino, visando qualidade, sistematiza o que o aluno
deve aprender, e esquece de dar suporte ao professor enquanto docente
em formação, para que desenvolvam essas habilidades exigidas em lei.

Palavras-chave: qualificação do professor; ensino básico; educação


no Brasil;

SUMMARY

In order for the student to develop his / her skills necessary


for the formation of a basic school, it is indispensable. Under the same
glance of director Guiomar Namo de Mello, teacher José Carlos
Libâneo, and teacher Selma Garrido Pimenta, this article is of great
relevance to the teacher. Abstract: Using questioning entries in
contextualization and draining the requirements of the
contextualization and editing of the LDRs, such as in the Common
Curricular Parameters. These standards attempt to standardize
teaching, aim at quality, systematize the student to be developed, and
must be able to provide support to the teacher while in training, so that
they can develop the qualities required by law.

Keywords: teacher qualification; basic education; education in Brazil;

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¹ ² Acadêmicas de Letras Português/ Inglês, turma 2018, universidade Federal
do Oeste do Pará - UFOPA.
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INTRODUÇÃO

É importante contextualizarmos a situação da


educação no Brasil historicamente, para compreendermos em
que estância está à condição de formação dos professores no
país atualmente. O Diretor Executivo da Fundação Victor Civita
e Membro do Conselho Nacional de Educação, Guiomar Namo
de Mello nos lembra de que nos anos 80 e 90, o Brasil deu um
passo significativo ao universalizar o acesso ao ensino, isso
melhorou a educação e os fluxos de matrículas nas escolas. Por
essa questão já fica evidente que existia certa preocupação com
o sistema de ensino, as reformas que aconteceram a partir de
então foram iniciativas que sempre tentaram abarcar ao
máximo, todos os processos educativos, mas ainda sim não
houve entre essas tentativas, alguma que tenha conseguido
abranger a todos os seguimentos educacionais. (2000, p. 98)

Lembramos que recentemente o MEC elaborou um


novo currículo nacional, sendo parâmetros curriculares base
para o ensino de todos os níveis, na educação, infantil; indígena;
de jovens e adultos, isso para garantir a melhoria da educação
em institutos e escolas (privados ou públicos). Outra tentativa
aparentemente com boa proposta, mas que torna a educação
básica, mas técnica, ou seja, superficial, sendo que o
aprendizado do aluno fica um tanto vago. Essa proposta
também não se preocupa com a formação do professor e ainda
deixa livre para que os próprios estados, municípios e escolas
adotem suas próprias medidas para à organização de seus
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currículos de acordo com as regras firmadas, sabemos que


situações como essas, deixam margens para que novas falhas no
setor educacional se estabeleçam. (DE MELLO, 2000)

Tendo contextualizado o tema primordial da


abordagem do artigo em questão, alguns questionamentos serão
respondidos, tais como: qual o produto resultante destas novas
alterações nas normas do setor educacional; para a melhoria da
educação, quais seriam as cobranças e exigências com relação
ao processo de formação do professor; quais as medidas a serem
adotadas para que o profissional tenha de fato a competência
necessária para estar atuando na área da educação; e qual a
função dessas competências em cumprimento as exigências
estabelecidas nesses novos parâmetros curriculares.

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA E FORMAÇÃO DE


PROFESSORES EM ÁREAS DE ATUAÇÃO
ESPECÍFICA

Em meados dos anos 70, houve uma divisão entre a


formação educacional dos professores bacharelado ou
licenciados em pedagogia (professores polivalentes), e
educadores com formação técnica em áreas específicas, que
atuavam nos antigos primário e pré-primário. (LIBÂNEO,
PIMENTA. 1999 p. 240)

Esse modelo de formação acabou posteriormente


atingindo os níveis de formações superiores, e algumas
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faculdades eliminaram de sua grade boa parte das


fundamentações pedagógicas, e hoje a formação de professores
de áreas específicas, não tem formação própria para atuação em
sala de aula, ou seja, não fazem ou não se preocupam com a
relação entre teoria e prática.

E atualmente, o que se pode perceber é que a


formação de professores polivalentes caiu no esquecimento, e
que a formação técnica ou específica, se tornou pobre e cheio de
lacunas com relação aos conteúdos repassados para os docentes.
Hoje, os acadêmicos saem das universidades, menos
preparados, tanto quanto saem de sua formação básica.
(LIBÂNEO, 1998)

A GRADUAÇÃO DE PROFESSORES E
COMPETÊNCIAS DESENVOLVIDAS NO DECORRER
DESTA FORMAÇÃO

Como vimos à formação de professores atualmente


não tem a mesma preocupação com a educação básica, o
profissional polivalente se restringe ao conhecimento
pedagógico sem se importar com a teoria, e o profissional
técnico de área específica não dar a importância necessária à
prática. É de conhecimento geral que o professor tem como
papel ajudar seus alunos no aprendizado, a relacionar teoria e
prática, porém, fica difícil para o professor trabalhar dessa
forma, sem as competências necessárias, pois não às
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desenvolveu no momento que se encontrava em graduação.


(PIMENTA, 1998)

É importante colocar que um professor bem formado,


com capacidade de assumir uma sala de aula, só vem a somar, e
gerar benefícios para a sociedade em geral, pois elimina custos
com capacitação continuada, tendo em vista que profissionais
da educação bem preparados certamente não necessitariam de
constantes treinamentos, além de contribuir para a formação de
uma sociedade mais educada, igualitária, com ofertas constantes
de trabalhos e pessoas qualificadas para a atuação, sem contar
os avanços em tecnologia e pesquisa no país, que poderiam ser
propiciadas pelo simples fato de incentivar e capacitar de forma
cuidadosa à formação dos profissionais da educação.

O CAMINHO PARA OS JOVENS INTERESSADOS NA


ÁREA DA EDUCAÇÃO

Um fato importante a dar visibilidade, é que os


professores que desenvolvem suas atividades profissionais na
educação básica, principalmente os das redes públicas de
ensino, não recebem incentivo algum para sua atuação ou
capacitação de qualidade, e aos jovens interessados, geralmente
de classe médias e baixas, arcam com recursos financeiros
próprios sua formação. Não podemos esquecer também de
comentar sobre os atuais salários dos professores, que não
condizem com as necessidades do profissional e não levam em
conta as condições de trabalho dos mesmos.
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É comum, que os jovens assim que terminam a


educação básica, procurem por uma formação universitária, no
intuito de se capacitarem e melhorar seu aprendizado. Contudo,
o cenário da educação não favorece tal condição, para que, a
qualidade dela alcance uma posição suficiente-agradável, é
importante que educação integre diversidade cultural; social e
econômica, e veremos como é importante a relação entre teoria
e prática. (PIMENTA, 1998)

Para que esta diversidade aconteça, essa relação


precisa ser real, caminhar juntas para gerar no aluno
competências como, o respeito às diversidades, entre outras,
necessárias para uma boa educação. Mas o respeito às
diversidades é competência que só pode ser gerada a partir de
interação e experiências reais, e só um profissional
especializado na área, com experiências também reais poderá
desenvolver tal competência em seu aluno, isso se tiver
condições necessárias, se de fato recebeu a qualificação para
isto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do que foi discutido, fica evidente a


importância de priorizar a formação dos profissionais da
educação; incentivar estudos e pesquisas e sistematizar a
relação entre teoria e prática nos cursos de graduação. O artigo
também atenta para a necessidade de certificar às competências
desenvolvidas pelo professor em formação, destaca que as
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instituições não somente pública, mas privadas, devem se


atentar e se cobrar a fazer jus às exigências estabelecidas pelos
acordos educacionais, para que não formem profissionais
despreparados para atuar em sala de aula, pelo contrário, que
formem verdadeiramente professores polivalentes.

Chega-se então a conclusão de que a qualidade na


educação não é uma questão apenas do setor educacional, mas
que reflete uma mudança de toda uma estrutura social. Priorizar
a formação de professores é fomentar: tecnologia;
oportunidades no mercado de trabalho; oferecer profissionais
qualificados para atuar nessas áreas, contribuir para segurança
pública entre outras contribuições, pois a educação básica é
base social, e muito falta para que ela chegue a um nível
aceitável de qualidade.

REFERÊNCIAS

DE MELLO, Guiomar Namo, Diretor Executivo da Fundação


Victor Civita e Membro do Conselho Nacional de Educação,
FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES PARA A
EDUCAÇÃO BÁSICA, São Paulo em Perspectiva, p.13, São
Paulo, 2000.

LIBÂNEO, José Carlos, Professor titular da Universidade


Católica de Goiás, e PIMENTA, Selma Garrido, Professora
titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO:
VISÃO CRÍTICA E PERSPECTIVA DE MUDANÇA,
Educação & Sociedade, p. 239-277, São Paulo, 1999.

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