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A MATEMÁTICA A
.º ANO
CRISTINA VIEGAS
SÉRGIO VALENTE
MANUAL DO
PROFESSOR
SIMULADOR
Novo REVISÃO CIENTÍFICA
Programa
VOL.
DE EXAMES
Metas FACULDADE DE CIÊNCIAS
Curriculares UNIVERSIDADE DO PORTO
Índice vol. 1
1
Tema
Cálculo Combinatório
115
Geometria
Casio fx-CG 20
Texas Instruments TI-84 Plus C SE /
Analítica
Probabilidades / CE-T
Texas Instruments TI-Nspire CX
116
117
Respostas
Exercícios propostos 118
1. Declive
Definir espaços
e inclinação
de probabilidade
de uma reta.
Produto escalar
Experiência aleatória. Espaço amostral. 128
Espaço
Declive dos
e inclinação
acontecimentos
de uma reta 128
60
Axiomática
Produto escalar
de Kolmogorov.
de vetores 132
Espaço
Ângulo de vetores
probabilidade 134
64
Definição
Vetores perpendiculares
de Laplace de probabilidade 137
68 No volume 2 encontras:
Síntese do produto escalar 138
76
3
Propriedades
5 + 5 de
Resolução | Teste 2
problemas 140
78
5 + 5 | Teste
Exercícios propostos
4
Cálculo do produto escalar a partir das
80
142
Funções Reais
de Variável
Tema
coordenadas dos vetores 144
Relação entre declives de retas do plano Real
2. Definir probabilidade condicionada
perpendiculares 146
4
Lugares geométricos
Probabilidade condicionada 147
85
Resolução de problemas
Probabilidade da interseção de 150 Funções
5 + 5 | Teste 5
dois acontecimentos 152
90 Exponenciais
e Funções
Tema
Equaçõesda
Teorema deprobabilidade
planos no espaço
total 154
91
163
94
Logarítmicas
Resolução
Tabelas de problemas
e diagramas em árvore
Caça aos erros!
Acontecimentos independentes 165
96
5 + 5 | Teste 6
Síntese 166
101
5 + 5 | Teste
Demonstrações 3
facultativas 168
102 No volume 3 encontras:
Síntese
Exercícios propostos 170
104
5
Exercícios propostos 173
+Exercícios propostos 107
+Exercícios propostos 179
Trigonometria
Tema
e Funções
Trigonométricas
6 Primitivas
e Cálculo
Tema
Integral
7 Números
Tema
Complexos
1 Cálculo
Tema
Combinatório
Este tema está organizado em:
1. Extensão
Propriedades das operações
da trigonometria a
ângulos retos e
sobre conjuntos obtusos e
resolução
Síntese
de triângulos
5 + 5 | Teste 1
Exercícios Propostos
Síntese
2. Exercícios
Introdução ao cálculo combinatório
Propostos
Síntese
2. ???
Exercícios Propostos
5 + 5 | Teste 2
3. Síntese
Triângulo de Pascal
e binómio de Newton
Exercícios Propostos
Síntese
+Exercícios
5 + 5 | TestePropostos
1
Exercícios Propostos
+Exercícios Propostos
1. Propriedades das operações
sobre conjuntos
Propriedades
Sejam A e B conjuntos contidos num universo U .
Têm-se as seguintes propriedades:
1. A ƒ B § A © B = A
2. A ƒ B § A ∂ B = B
3. O ƒ A
4. A ƒ B § ‾ ‾
BƒA
Demonstração
RECORDA Vamos provar as propriedades 1, 3 e 4.
* (p § q) § (p ± q ‹ q ± p) 1. Para provar esta equivalência, vamos mostrar, separadamente, que*:
** X = Y § X ƒ Y ‹ Y ƒ X AƒB±A©B=A e A©B=A±AƒB.
• Comecemos por provar que A ƒ B ± A © B = A .
Suponhamos, então, por hipótese, que A ƒ B e provemos que A © B = A ,
ou seja, que A ƒ A © B e que A © B ƒ A**.
3. Tem-se O ƒ A , pois Ax å U, x å O ± x å A .
De facto, x å O é, para qualquer x pertencente a U , uma proposição falsa, *** Dado que, para qualquer con-
pelo que a implicação x å O ± x å A é verdadeira, para qualquer x per- junto A , se tem O © A = O , tam-
bém se pode concluir que O ƒ A
tencente a U***. recorrendo à propriedade 1.
RECORDA
4. A ƒ B § Ax å U, x å A ± x å B §
Lei da conversão:
§ Ax å U, ~(x å B) ± ~(x å A) § Ax å U, x ∫ B ± x ∫ A § (p ± q) § (~q ± ~p)
‾±xå‾
§ Ax å U, x å B ‾ƒ‾
A§B A 1 Prova a propriedade 2, ou
seja, mostra que:
AƒB§A∂B=B
Propriedades
Sejam A , B e C conjuntos contidos num universo U .
Têm-se as seguintes propriedades:
Associativa (A © B) © C = A © (B © C) (A ∂ B) ∂ C = A ∂ (B ∂ C)
Idempotência A©A=A A∂A=A
A © (B ∂ C) = (A © B) ∂ (A © C)
Distributivas
A ∂ (B © C) = (A ∂ B) © (A ∂ C)
• Comutatividade da interseção
Tem-se, para qualquer x å U :
xåA©B§xåA‹xåB§xåB‹xåA§xåB©A
• Associatividade da interseção
Tem-se, para qualquer x å U :
x å (A © B) © C § x å A © B ‹ x å C §
§ (x å A ‹ x å B) ‹ x å C § x å A ‹ (x å B ‹ x å C) §
§ x å A ‹ x å B © C § x å A © (B © C)
2 Demonstra as propriedades
• Idempotência da interseção
relativas à união e à distributi- Como A ƒ A , tem-se que A © A = A .
vidade da união em relação à
interseção. • Elemento neutro da interseção
Como A ƒ U , tem-se que A © U = A .
Leis de De Morgan
SERÁ QUE…? Interseções, uniões e complementares
Será que as igualdades que escreveste são sempre verdadeiras, qualquer que
seja o universo U e quaisquer que sejam os conjuntos A e B nele contidos?
Demonstração da propriedade 1
RECORDA
Vamos demonstrar que ‾ ‾∂‾
A©B=A B.
~(a ‹ b) § ~a › ~b
Tem-se, para qualquer x å U :
xåA‾ © B § x ∫ A © B § ~(x å A © B) §
§ ~(x å A ‹ x å B) § ~(x å A) › ~(x å B) § 3 Prova que ‾ ‾©‾
A∂B=A B.
§xåA ‾›xå‾ B§xå‾ A∂B ‾
EXEMPLO
Propriedades
Sejam A e B conjuntos contidos num universo U e seja C um conjunto NOTA
contido num universo V*. * Os universos U e V podem ser
iguais.
Têm-se as seguintes propriedades:
1. (A ∂ B) * C = (A * C) ∂ (B * C) 2. C * (A ∂ B) = (C * A) ∂ (C * B)
Demonstração da propriedade 1
Vamos demonstrar que (A ∂ B) * C = (A * C) ∂ (B * C) . 4 Demonstra a propriedade:
Tem-se, para qualquer x å U e para qualquer y å V : C * (A ∂ B) = (C * A) ∂ (C * B)
(x, y) å (A ∂ B) * C § x å (A ∂ B) ‹ y å C §
§ (x å A › x å B) ‹ y å C §
§ (x å A ‹ y å C) › (x å B ‹ y å C) §
§ (x, y) å A * C › (x, y) å B * C §
§ (x, y) å (A * C) ∂ (B * C)
A © (B © A)
a) ‾ A © (A ∂ B)
b) ‾
c) ‾
A∂‾
B d) (‾
A © B) ∂ B
e) (‾
A © B) © B
‾ f) (A © B) ∂ (A © B
‾)
Resolução
A © (B © A) = ‾
a) ‾ A © (A © B) = (‾
A © A) © B = O © B = O
A © (A ∂ B) = (‾
b) ‾ ‾ © B) = O ∂ (A
A © A) ∂ (A ‾ © B) = ‾
A©B
5 Sejam A e B conjuntos
contidos num universo U . c) ‾
A∂‾ ‾©‾
B=A ‾ ‾©B
B=A
Simplifica:
d) (‾ ‾∂‾
A © B) ∂ B = (A B) ∂ B = ‾
A ∂ (‾ ‾∂U=U
B ∂ B) = A
‾ ∂ B) ∂ A
a) (A
b) (A © B) ∂ A
‾ ‾
e) (‾ ‾∂‾
A © B) © B = (A
‾ B) © B = (A ∂ B
‾) © B =
c) B © (‾
A ∂ B) = (A © B) ∂ (‾
B © B) = (A © B) ∂ O = A © B
d) (A ∂ B) © (A
‾ ∂ B)
f) (A © B) ∂ (A © ‾ ‾) = A © U = A
B) = A © (B ∂ B
a) Justifica que A \ B = A © ‾
B.
b) Simplifica: (‾
A \ B) ∂ A
Resolução
a) Tem-se:
6 Sejam A e B conjuntos ‾§xåA©‾
x å A\B § x å A ‹ x ∫ B § x å A ‹ x å B B
contidos num universo U .
Simplifica: (A \ B) © B
‾.
Portanto, A\ B = A © B
A \ B ) ∂ A = (‾
b) (‾ A©B ‾∂‾
‾) ∂ A = (A B) ∂ A = (A
‾ ‾ ∂ B) ∂ A =
7 Sejam A e B conjuntos
contidos num universo U . = (B ∂ ‾
A) ∂ A = B ∂ (‾
A ∂ A) = B ∂ U = U
Sabe-se que A ƒ B .
Simplifica: (A ∂ B) © B
‾ 3. Sejam A e B conjuntos contidos num universo U .
Sabe-se que A ƒ B . Simplifica (A © B) ∂ ‾
A.
PROFESSOR
Soluções
Resolução
5. a) U b) B ∂ ‾
A
c) Δ d) B Como A ƒ B , tem-se A © B = A .
6. Δ
Portanto, (A © B) ∂ ‾ ‾=U.
A=A∂A
7. Δ
continua
a) Simplifica: (C ∂ A) © (C ∂ B)
‾ ) ∂ (C * B
b) Prova que (C * A ‾) = C * U .
b) Prova que A ƒ ‾
C§A©C=O.
Resolução
a) Seja x um qualquer elemento de U .
A = {x : x é múltiplo de 6} c) (A \ B) ∂ B = A ∂ B
B = {x : x é divisor de 30}
C = {x : x > 20} 14 Sejam A e B conjuntos contidos num uni-
Determina: verso U .
(A ∂ B) © C
‾ Prova que A \ B = A se e somente se B ƒ ‾
A.
a) A © B b)
c) (B © C) * {1, 2} C) * (B © C)
d) (A © ‾
15 Sejam A e B conjuntos contidos num uni-
11 verso U .
Considera, no universo R , os conjuntos:
Prova que, se A ƒ B e A © B = O , então A = O .
A = {x : x 3 = x 2 + 2x}
B = {x : x 2 + 2x ≤ 15} 16 Sejam A e B conjuntos contidos num uni-
C = {x : 0 ≤ x ≤ π ‹ 2 sen x ≤ 1} verso U e seja C um conjunto contido num
_
D = {x : √2x + 1 + 1 = x} universo V .
Prova que C * (A © B) = (C * A) © (C * B) .
Determina:
a) A ∂ B b) A © C
17 Sejam A e B conjuntos contidos num uni-
c) B © C d) B ∂ C
verso U .
‾©C
e) B f) (A ∂ D) * {5, 6} ‾ƒA.
Prova que A ∂ B = U se e somente se B
g) D * D h) (A \ N) * (B © N)
18 Seja A um conjunto contido num universo U .
12 Considera, no universo R , os conjuntos:
___ Prova que A = O se e somente se existe um conjun-
A = {x : x å Z ‹ √|x| é racional} to B contido em U tal que:
B = {x : x 2 ≥ 25} B = (A © B‾) ∂ (‾
A © B)
‾.
Determina A © B
PROFESSOR 11. a) [- 5, 3]
e) ] 3, p] h) {(- 1, 1), (- 1, 2), (- 1, 3),
Soluções b) {0}
f) {(- 1, 5), (- 1, 6), (0, 5),
10. a) {6, 30} (0, 1), (0, 2), (0, 3)}
p
c) 0, _ ∂ _, 3
5p (0, 6), (2, 5), (2, 6), (4, 5),
b) {1, 2, 3, 5, 6, 10, 12, 15, 18} [ 6] [ 6 ] 12. {- 4, - 1, 0, 1, 4}
c) {(30, 1), (30, 2)} (4, 6)}
d) [- 5, p]
d) {(6, 30), (12, 30), (18, 30)} g) {(4, 4)}
Cardinal de um conjunto.
Conjuntos equipotentes.
Princípios fundamentais da contagem
SERÁ QUE…? Casadas e casados
Exercícios de
«Introdução ao cálculo
Imagina uma ilha na qual vivem muitas
combinatório» pessoas: mulheres, homens, crianças, ...
Algumas mulheres são casadas. Cada mu-
lher casada tem um só marido, o qual
também vive na ilha.
De igual modo, alguns homens são casados. Cada homem casado tem uma
única mulher, a qual também vive na ilha.
EXEMPLOS
• #{a, b, c, d} = 4
• #{x å N : x é par ‹ x < 15} = 7
De um modo
Dados geral, A
conjuntos tem-se:
e B , tem-se que #A = #B se e somente se existe uma
bijeção de A em B . Diz-se, então, que A e B são equipotentes.
Exercícios resolvidos
19 Lança-se uma moeda de 1. A Sandra pratica ballet. Para cada aula ela tem
1 euro e um dado com as faces de se equipar com um maillot e um parr de
numeradas de 1 a 6.
sapatilhas. Ela tem quatro maillots (umum
Quantos resultados diferentes
é possível obter? preto, um azul, um vermelho e um verde))
e três pares de sapatilhas (um branco,
um cor-de-rosa e um lilás). De quan-
tas maneiras diferentes pode a Sandra
NOTA apresentar-se na aula de ballet?
Sempre que não se diga nada em
Resolução
contrário, assume-se que o dado é
cúbico e tem faces numeradas de 1 Para a Sandra se equipar são necessárias duas etapas. Na primeira
a 6. etapa, ela veste o maillot e, na segunda, ela calça as sapatilhas. Existem
quatro maneiras de realizar a primeira etapa e, para cada uma destas,
existem três maneiras de realizar a segunda etapa. Assim, de acordo com
PROFESSOR o princípio geral da multiplicação, existem 4 * 3 , ou seja, 12 maneiras
Soluções de a Sandra se equipar.
19. 2 * 6 = 12
continua
Resolução
A escolha de um menu pode ser considerada como um processo constituí-
do por quatro etapas. A primeira etapa corresponde à escolha do pão,
a segunda à escolha da sopa, a terceira à escolha do prato e a quarta à
escolha da sobremesa.
Portanto, de acordo com o princípio geral da multiplicação, tem-se que o
Jorge pode escolher o seu menu de 2 * 2 * 3 * 1 , ou seja, 12 maneiras
diferentes.
3. Uma estante tem cinco prateleiras. A Ana quer colocar nessa estante uma 21 A Lurdes pretende arrumar
jarra, um prato e uma fotografia. De quantas maneiras podem ficar colo- quatro blusas diferentes, dispon-
cados os três objetos, sabendo que devem ficar em prateleiras distintas? do para o efeito de seis gavetas.
Determina de quantas maneiras
Resolução diferentes podem ficar arruma-
A colocação dos três objetos na estante pode ser considerada como um das as quatro blusas, se:
processo constituído por três etapas. A primeira etapa corresponde à esco- a) as blusas ficarem arrumadas
lha da prateleira onde vai ser colocada a jarra. A segunda etapa corres- em gavetas distintas;
ponde à escolha da prateleira onde vai ser colocado o prato. A terceira b) não houver restrições.
etapa corresponde à escolha da prateleira onde vai ser colocada a foto-
grafia. Existem cinco maneiras de realizar a primeira etapa. Para cada
uma destas, existem quatro maneiras de realizar a segunda, já que o prato
não pode ficar na mesma prateleira onde foi colocada a jarra. Para cada
maneira de colocar a jarra e o prato, existem três maneiras de realizar a
terceira etapa, já que agora só existem três prateleiras disponíveis.
PROFESSOR
Portanto, de acordo com o princípio geral da multiplicação, tem-se que
Soluções
existem 5 * 4 * 3 , ou seja, 60 maneiras de colocar os três objetos na
20. 3 * 4 * 2 = 24
estante.
21. a) 6 * 5 * 4 * 3 = 360
b) 6 * 6 * 6 * 6 = 1296
continua
Resolução
5 * 3 + 5 * 4 + 3 * 4 = 47
Exercícios resolvidos
1. Um exame é constituído por 15 questões de escolha múltipla, cada uma
delas com quatro opções de resposta (A, B, C e D).
A folha de respostas tem já impressos os números de 1 a 15. Ao lado de
Quantas apostas diferentes se cada número, o examinando deverá escrever a letra correspodente à opção
podem fazer? por ele escolhida.
De quantos modos diferentes pode ser preenchida a folha de respostas,
27 Em informática, bit (binary
admitindo que todas as questões são respondidas?
digit) é a menor unidade de in-
formação que pode ser armaze- Resolução
nada ou transmitida.
Um bit pode assumir somente Cada maneira de preencher a folha de respostas pode ser vista como uma
dois valores: 0 ou 1. sequência de 15 elementos, cada um deles escolhido num conjunto com
Um byte é uma sequência de quatro elementos, o conjunto {A, B, C, D} .
oito bits.
Portanto, a resposta é 4A'15 = 415 = 1 073 741 824 .
Quantos bytes diferentes exis-
tem?
2. Em Portugal, um número de telemóvel é uma sequência de nove algarismos.
28 Lança-se dez vezes um dado, O primeiro algarismo é 9 e o segundo algarismo pode ser 1, 2, 3 ou 6.
com as faces numeradas de 1 Quantos números de telemóvel diferentes podem ser atribuídos em Portugal?
a 6, e regista-se o número saído
em cada lançamento. No final Resolução
desta experiência obtém-se uma 1 * 4 * 10A'7 = 4 * 107 = 40 000 000
sequência de números.
Quantas sequências diferentes
é possível obter? 3. Uma caixa contém cinco bolas, numeradas de 1 a 5. Considera que se
realiza a seguinte experiência: tira-se uma bola da caixa, regista-se o res-
PROFESSOR petivo número e repõe-se a bola na caixa. Admite que esta experiência é
Soluções realizada oito vezes. No final, obtemos uma sequência de oito números.
26. 3A'13 = 313 = 1 594 323 Quantas sequências diferentes é possível obter?
27. 2A'8 = 28 = 256 Resolução
28. 6A'10 = 610 = 60 466 176 Uma vez que, após cada extração de uma bola, essa bola é reposta na
Mais sugestões de trabalho caixa, há sempre cinco hipóteses para cada elemento da sequência: 1, 2, 3,
4 ou 5. Como cada sequência tem oito elementos, o número total de
Exercícios propostos n.os 68 a 71
(pág. 37). sequências que é possível obter é 5A'8 = 58 = 390 625 .
20
Conjunto das partes de um conjunto
Seja A = {1, 2, 3} . Os conjuntos {1} e {2} estão contidos em A , ou seja, são
subconjuntos de A .
Consideremos o conjunto cujos elementos são os subconjuntos de A :
{O, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3}}
A este conjunto dá-se o nome de conjunto das partes de A .
De um modo geral, tem-se:
De quantas maneiras diferentes podem ser arrumados cinco livros numa pra-
teleira com o tamanho exato para os colocar?
EXEMPLOS
Resolução
a) O último algarismo tem de ser 5. Portanto, 6! * 1 = 720 .
b) O último algarismo tem de ser 2, 4 ou 6. Portanto, 6! * 3 = 2160 .
c) O primeiro algarismo tem de ser 6 ou 7. Portanto, 2 * 6! = 1440 .
d) O primeiro algarismo tem de ser 1, 2 ou 3. Se for 2, existem quatro
hipóteses para o último algarismo. Se for 1 ou 3, existem três hipóteses
para o último algarismo.
Portanto, a resposta é 1 * 5! * 4 + 2 * 5! * 3 = 1200 .
Resolução
a) 8! = 40 320
b) 4 * 7! = 20 160
c) 4 * 6! * 4 = 11 520
5. Completa: 35 Completa:
a) 20! = ..... * 19! a) 302! = ..... * ..... * 300!
b) 15! = ..... * ..... * 13! b) (n - 3)! * (n - 2) = .......
c) n! = ..... * ..... * ..... * (n - 3)! (n ≥ 3) (n ≥ 3)
d) (n + 1)! = ..... * ..... * (n - 1)! (n ≥ 1)
Resolução
PROFESSOR
a) 20! = 20 * 19!
Soluções
b) 15! = 15 * 14 * 13! 33. a) 5! = 120 b) 2 * 3! + 3! = 18
c) n! = n * (n - 1) * (n - 2) * (n - 3)! 34. a) 5! = 120 b) 2! * 3! = 12
36 Simplifica: Resolução
7! 7 * 6 * 5!
a) _
100! a) _ = _ = 7 * 6 = 42
99! + 98! 5! 5!
1 1 4! + 7
b) (_ + _) * 7! + _ 3 5! 3 * 5! 3 * 5! 3 1
9! 8! 6
A'2 b) _ * _ = _ = _ = _ = _
6! 2 6! * 2 6 * 5! * 2 6*2 4
(n + 2)! - n! (2n + 1)!
c) ___________ - ________
(n + 1)! (2n)!(n + 1) n2 - 1 1 (n + 1) * (n - 1) 1
c) _____ + _ = ______________ + _ =
(n + 1)! n! (n + 1) * n! n!
n-1+1=_
=_ n = ______
n 1
= ___
n! n! n * (n - 1)! (n - 1)!
Provemos a hereditariedade:
n
Hipótese de indução: ∑ k * k! = (n + 1)! - 1
k=1
n+1
Tese de indução: ∑ k * k! = (n + 2)! - 1
k=1
Cinco pessoas estão a passear num jardim e passam por um banco corrido
com três lugares. Decidem, então, descansar um pouco.
De quantas maneiras diferentes pode o banco ser ocupado por três dessas
cinco pessoas?
Resolução PROFESSOR
8 Soluções
A3 = 8 * 7 * 6 = 336
38. 26A4 = 358 800
continua
Resolução
10
40 Numa parede de um bar a) 9 * A'5 = 9 * 105 = 900 000
9
existe um painel retangular, b) 9 * A5 = 136 080
dividido em quinze quadrados
dispostos em três filas horizon- c) Existem cinco opções para o algarismo das unidades. Para cada uma
tais. destas, existem oito hipóteses para o primeiro algarismo (algarismo
das centenas de milhar). Para cada escolha destes dois algarismos, exis-
tem 8A4 escolhas possíveis para a sequência dos quatro algarismos do
meio.
Assim, a resposta é 5 * 8 * 8A4 = 67 200 .
Pretende-se pintar oito quadra- 9
dos deste painel. Estão disponí- d) Com o algarismo das unidades igual a 0: A5
veis oito tons: cinco tons de Com o algarismo das unidades igual a 5: 8 * 8A4
azul, um tom vermelho, um ver-
de e um amarelo. Portanto, ao todo são 8A5 + 8 * 8A4 = 28 560 .
De quantas maneiras diferentes
pode o painel ficar pintado com
tons diferentes, de tal modo 3. Uma sala de aula tem 30 mesas individuais, dispostas em cinco filas,
que uma das filas horizontais paralelas ao quadro, de seis mesas cada. Seis raparigas e oito rapazes
fique pintada com os cinco tons vão ter uma aula nessa sala. De quantas maneiras diferentes podem os
de azul? 14 alunos ficar sentados, de tal modo que as raparigas ocupem uma única
dessas cinco filas?
Resolução
41 De um baralho de cartas Existem cinco hipóteses para a escolha da fila que vai ser ocupada pelas
completo (52 cartas), retiram-se, raparigas. Para cada uma destas, existem 6! maneiras de as seis rapari-
sucessivamente e sem reposição, gas ocuparem as seis mesas dessa fila. Para cada maneira de as raparigas
três cartas. À medida que vão
ficarem sentadas, existem 24A8 maneiras de os oito rapazes ocuparem
sendo retiradas, vão sendo colo-
cadas lado a lado, da esquerda oito dos vinte e quatro lugares disponíveis.
para a direita, de modo a for- Assim, a resposta é 5 * 6! * 24A8 ) 1,06755 * 1014 .
mar uma sequência de cartas.
Quantas sequências diferentes
se podem formar? 4. Uma caixa contém sete bolas, numeradas de 1 a 7. Considera que se rea-
liza a seguinte experiência: tira-se uma bola da caixa, regista-se o respetivo
número, mas não se repõe a bola na caixa. Admite que esta experiência
PROFESSOR
é realizada quatro vezes. No final, obtemos uma sequência de quatro
Soluções
números.
39. 1 * 6A3 = 120
Quantas sequências diferentes é possível obter?
40. 3 * 5! * 10A3 = 259 200
Notas: ___n!
n! ( - p )!
n n!
• Como nAp = ___ , vem nCp = ___ = _____ .
(n - p )! p! p! (n - p)!
n n
• nCp também se pode representar por C p ou por (p) .
continua
Outro processo:
Ao número total de comissões possíveis subtrai-se o número de comis-
sões de que não faz parte o delegado, nem o subdelegado.
Assim, a resposta é:
28
C5 - 26C5 = 32 500
Outro processo:
Ao número total de comissões possíveis subtrai-se o número de comis-
sões que só incluem rapazes e o número de comissões que só incluem
raparigas.
28
Assim, a resposta é: C5 - 12C5 - 16C5 = 93 120
16
c) C1 * 10C2 + 16C2 * 10C1 + 16C3 = 2480 PROFESSOR
Soluções
43. 13C4 * 7C1 + 13C3 * 7C2 = 11 011
continua
6. Um código é formado por sete caracteres dos quais quatro têm de ser
algarismos e três têm de ser vogais. Quantos códigos diferentes é possível
formar, tais que:
a) os algarismos e as vogais sejam dispostos de forma alternada?
b) os símbolos iniciais e finais sejam algarismos e as vogais estejam juntas?
46 Um conjunto tem 512 sub- c) as vogais fiquem nos lugares centrais e os algarismos sejam todos
conjuntos. Quantos desses sub- ímpares?
conjuntos têm pelo menos sete d) haja exatamente dois algarismos iguais a 3?
elementos?
e) não haja qualquer restrição à forma como se dispõem?
in Caderno de Apoio, 12.° ano
PROFESSOR Resolução
Soluções a) 10 * 5 * 10 * 5 * 10 * 5 * 10 = 1 250 000
44. 18C6 * 12A4 = 220 540 320
3 3
b) 10 * 5 * 10 * 10 * 10 + 10 * 10 * 5 * 10 * 10 + 10 * 10 * 10 *
45. C13 * C13 * C13 * C13 )
52 39 26 13
Resolução
Existem 9C3 maneiras diferentes de escolher as posições da letra A. Para
cada uma destas, existem 6C2 maneiras de escolher as posições da letra R.
As restantes quatro letras podem ocupar as quatro posições que sobram
48 Quantos são os anagramas
de 4! maneiras diferentes.
da palavra infinito?
Assim, a resposta é 9C3 * 6C2 * 4! = 30 240 .
Esta resposta também pode ser obtida de outras formas, como, por exem-
plo:
9
C2 * 7C3 * 4! 9
A4 * 5 C 3 9
A4 * 5C2
8. Considera todos os números que se podem obter usando todos os algaris- 49 O Afonso e a Bárbara vão
mos do número 2344451. disputar um torneio de xadrez
a) Quantos números é possível formar? composto por sete partidas.
Cada partida pode terminar
b) Quantos desses números são ímpares? empatada ou com a vitória de
um deles. No final de cada par-
Resolução tida é registado o resultado
7
(A - vitória do Afonso; B - vi-
a) C3 * 4! = 840 tória da Bárbara; E - empate).
6 Assim, no final do torneio, tem-
b) 3 * C3 * 3! = 360 -se um registo como, por exem-
plo, AAEBBBE.
9. A figura representa um tabuleiro. Quantos registos diferentes po-
derão acontecer, de tal modo
B que haja quatro empates e a
Bárbara seja a vencedora?
Simulador Resolução
Geogebra: Diagonais a) A cada caminho de A para B podemos associar uma sequência de dez
de um polígono
letras, quatro C e seis D, onde C significa cima e D significa direita.
Por exemplo, ao caminho representado abaixo, podemos associar a
sequência C C D D D D C D D C .
B
Se, para realizar uma tarefa, existirem k opções que se excluem duas a duas,
Princípio geral e se existirem n1 maneiras de realizar a primeira opção, n2 maneiras de reali-
p. 16
da adição zar a segunda opção, ..., nk maneiras de realizar a k-ésima opção, então a tarefa
pode ser realizada de n1 + n2 + … + nk maneiras diferentes.
Se, para realizar uma tarefa, forem necessárias k etapas, se existirem n1 maneiras
Princípio geral de realizar a primeira etapa, se, para cada uma delas, existirem n2 maneiras de
p. 16
da multiplicação realizar a segunda etapa, e assim sucessivamente, até à k-ésima etapa, então a
tarefa pode ser realizada de n1 * n2 * … * nk maneiras diferentes.
Arranjos com repetição Ao número de sequências de p elementos, não necessariamente distintos, esco-
p. 19 de n elementos, p a p lhidos num conjunto de cardinal n , dá-se o nome de arranjos com repetição de
(nA'p) n elementos, p a p . Tem-se nA'p = np .
58 A ementa de um restaurante tem duas sopas, começados por 5 têm a soma dos algarismos par?
De quantas maneiras se pode fazer neste restaurante podem escrever, tendo os algarismos todos diferentes?
uma refeição com sopa, prato e sobremesa? E se for entre 1000 e 6000?
Combinatória
formar? vros numa prateleira de uma ÁLGEBR
EXERCÍCIOS
Trigonometria
GEOMETRIA
estante?
ÁLGEBRA
71 De um baralho de cartas completo, retira-se
ao acaso uma carta, regista-se a carta que saiu e 79 Verifica que:
repõe-se a carta no baralho. Esta experiência é efe-
tuada quatro vezes. No final da experiência, tem-se a) 3! + 7! 0 10!
uma sequência com os quatro registos efetuados. b) 2 * 3! 0 6!
Quantas sequências diferentes é possível obter?
c) 3! * 4! 0 12!
73 Determina o cardinal do conjunto das partes a) a primeira e a última letras nas suas posições?
neiras se podem distribuir dez peças brancas e cinco tante do seu quarto, doze
de cores diferentes, não mais de uma por cada «casa»? livros, dos quais três são
de Isabel Allende. Ela
93 Com 12 pontos sobre uma circunferência, pretende escolher seis
quantos triângulos se podem definir? desses livros para ler
nas férias que vai passar
94 No concurso euromilhões, uma em casa dos avós.
PROFESSOR 93. 12C3 = 220 d) 4C3 * 4C2 * 44C8 = 98. 3C2 * 9C4 + 3C3 * 9C3 = 462
Soluções 94. 50C5 * 11C2 = 116 531 800 = 4 253 583 048 99. 8 * 8C2 * 56A2 = 689 920
90. 9 e) 13C6 * 13C7 * 4A2 =
100. nC2 = 91 § n = 14
95. a) 52C13 ) 6,35 * 1011 = 35 335 872
91. a) C5 = 15 504
20
b) 13C5 * 39C8 ) 7,92 * 1010
96. 5C2 * 3C2 = _ = 30
5!
b) 12C3 * 8C2 = 6160
c) 39C13 + 13 * 39C12 + 13C2 * 39C11 ) 2! 2!
92. 20C10 * 10A5 ou 20A5 * 15C10 , ) 1,90 * 1011 97. 4 * 6C3 + 6C4 = 95
ou seja , 5 587 021 440.
Triângulo de Pascal.
Propriedades das combinações
Comecemos por dispor os valores de nCk em sucessivas linhas (à esquerda) e cal-
culemos os respetivos valores (à direita):
0
C0 1
1 1
C0 C1 1 1
2 2 2
C0 C1 C2 1 2 1
3 3 3 3
C0 C1 C2 C3 1 3 3 1
4 4 4 4 4
C0 C1 C2 C3 C4 1 4 6 4 1
5 5 5 5 5 5
C0 C1 C2 C3 C4 C5 1 5 10 10 5 1
… … … … … … … … … … … … … …
Observemos que:
NOTA • cada elemento (que não esteja num dos extremos de uma linha) é igual à soma
Por exemplo: dos dois elementos colocados imediatamente acima.
C1 + 3C2
3
C2 + 4C3
4
4
C2 5
C3 Propriedades
Sejam n , k pertencentes a N0 . Tem-se:
1. nC0 = nCn = 1
Resolução
Exercícios de 2. nCk = nCn - k (n ≥ k)
«Triângulo de Pascal
e binómio de Newton» 3. nCk + nCk + 1 = n + 1Ck + 1 (n ≥ k + 1)
Simulador
Geogebra: Construção
do triângulo de Pascal
Demonstração
Simulador
Geogebra:
Propriedades do 1. Dado um conjunto com n elementos, existe apenas um seu subconjunto com
triângulo de Pascal zero elementos (o conjunto vazio) e apenas um seu subconjunto com n ele-
Simulador
mentos (o próprio conjunto).
Geogebra: Padrões no
triângulo de Pascal
Portanto, nC0 = nCn = 1 .
9! * 4 9! * 6
= ___________ + ___________ =
n! * (k + 1 + n - k) (n + 1)! 6 * 5! * 4 * 3! 6 * 5! * 4 * 3!
= _________________ = ___________ = n + 1Ck + 1 9! * 4 + 9! * 6 9! * (4 + 6)
(n - k)! * (k + 1)! (n - k)! * (k + 1)! = ___________ = _______ =
6! * 4! 6! * 4!
9! * 10
= _ = _ = 10C4
10!
Também tem interesse examinar esta propriedade de um ponto de vista com-
6! * 4! 6! * 4!
binatório. Pensemos no seguinte problema:
25
Uma resposta imediata a este problema é C4 .
Podemos, contudo, resolver o problema de outra maneira.
Existem duas hipóteses, em alternativa, mutuamente exclusivas:
1.ª hipótese: o delegado de turma faz parte da comissão;
2.ª hipótese: o delegado de turma não faz parte da comissão.
Existem 24C3 comissões do primeiro tipo (o delegado entra na comissão,
pelo que é preciso escolher mais três alunos, de entre 24, para a completar).
Existem 24C4 comissões do segundo tipo (o delegado não entra na comissão,
pelo que, para a formar, é preciso escolher quatro alunos, de entre 24).
24
Assim, outra resposta ao problema é C3 + 24C4 .
24
Portanto, C3 + 24C4 = 25C4 .
103 A soma dos dois primeiros 3. O penúltimo elemento de uma certa linha do triângulo de Pascal é igual
elementos de uma certa linha a 37. Qual é o quinto elemento da linha seguinte?
do triângulo de Pascal é 51.
Resolução
Qual é terceiro elemento da
linha anterior? Em cada linha do triângulo de Pascal, o penúltimo elemento é igual ao
segundo elemento da linha. Seja nC0 o primeiro elemento da linha em causa.
O segundo elemento é nC1 . Ora, tem-se que nC1 = n . Portanto, n = 37 .
A linha seguinte é a linha que contém as combinações da forma 38Ck .
O quinto elemento desta linha é 38C4 = 73 815 .
104 Numa 4. Uma certa linha do triângulo de Pascal tem 100 elementos.
certa linha do
triângulo de Pascal, o produto Quantos elementos dessa linha são maiores do que um milhão?
do segundo elemento pelo pe-
núltimo elemento é igual a 676. Resolução
Quantos elementos tem essa A linha que contém as combinações da forma nCk tem n + 1 elementos
linha? n n n
( C0, C1, …, Cn). Portanto, a linha do triângulo de Pascal que tem
100 elementos é a linha que contém as combinações da forma 99Ck .
Como 99C3 = 156 849 e 99C4 = 3 764 376 , só os quatro primeiros e os
quatro últimos elementos dessa linha são inferiores a um milhão.
Portanto, nessa linha existem 100 - (4 + 4) , ou seja, 92 elementos maiores
do que um milhão.
105 A soma dos três primeiros 5. O terceiro elemento de uma certa linha do triângulo de Pascal é igual a 153.
elementos de uma certa linha Qual é o maior elemento dessa linha?
do triângulo de Pascal é igual
a 154. Resolução
n
Qual é a soma dos dois maiores O terceiro elemento da linha que contém as combinações da forma Ck
elementos dessa linha? é nC2 , pelo que se tem nC2 = 153 . Tem-se, então:
n
A n (n - 1)
PROFESSOR C2 = 153 § _2 = 153 § ____ = 153 § n2 - n - 306 = 0
n
2! 2
Soluções
Como n å N , tem-se n2 - n - 306 = 0 § n = 18 .
102. 1000C125
A linha que contém as combinações da forma 18Ck tem 19 elementos.
103. 49C2 = 1176
O maior elemento dessa linha é o elemento central, que é 18C9 , ou seja,
104. 27
48 620.
105. 48 620 = 2 * 17C8 ou 17C8 + 17C9
Linha 0 1 2 3 4 5 6 7
Soma dos seus elementos 1 2 4
Será que consegues conjeturar uma relação entre o número de ordem de uma
linha e a soma dos elementos dessa linha?
Exercícios resolvidos
1. O produto dos dois últimos elementos de uma certa linha do triângulo de
Pascal é igual a 15. Qual é a soma de todos os elementos dessa linha?
Resolução
O último elemento de qualquer linha do triângulo de Pascal é igual a 1.
Portanto, para o produto dos dois últimos elementos de uma linha ser igual
a 15, o penúltimo elemento terá de ser igual a 15. O segundo elemento dessa
linha é também igual a 15. Portanto, trata-se da linha que contém os elemen-
tos da forma 15Ck . A soma de todos os elementos dessa linha é igual a 215 ,
ou seja, 32 768.
n
2. Sabe-se que ∑ nCk = a .
k=0 n+3
n+3
Determina, em função de a , o valor de ∑ Ck .
k=0 106 8
Resolução Qual é o valor de ∑ 8Ck ?
n k=0
Tem-se ∑ nCk = 2n , pelo que 2n = a .
k=0
n+3 PROFESSOR
n+3
Portanto, ∑ Ck = 2n + 3 = 23 * 2n = 8a . Soluções
k=0
106. 28 = 256
continua
Binómio de Newton
Como sabemos, tem-se: (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
Para n = 0 , obtém-se:
0
(a + b)0 = ∑ 0Cp a0 - p bp § 1 = 0C0 a0 b0 § 1 = 1 * 1 * 1 § 1 = 1 , o que
p=0
é verdade.
n+1
n+1
Tese de indução: (a + b) = ∑ n+1
Cp an + 1 - p bp
p=0
Demonstração: NOTA
n n * Por hipótese de indução.
n+1
(a + b) = (a + b) (a + b) =
* (a + b) ∑ nCp an - p bp =
(p = 0 )
n n
= a ∑ nCp an - p bp + b ∑ nCp an - p bp =
(p = 0 ) (p = 0 )
n n
= ∑ nCp a · an - p bp + ∑ nCp an - p b · bp =
p=0 p=0
NOTA
n n
= ∑ Cp an n+1-p p
b + ∑ Cp a n n-p
b p+1 **
= ** Desenvolvendo cada somatório
p=0 p=0 numa linha.
*** Adicionando os termos seme-
= nC0 an + 1 b0 + nC1 an b1 + … + nCn a1 bn + lhantes, tendo em conta que
n
+ nC0 an b1 + … + nCn - 1 a1 bn + nCn a0 bn + 1***
= Ck + nCk + 1 = n + 1Ck + 1 .
**** Tendo em conta que
= nC0 an + 1 b0 + n + 1C1 an b1 + … + n + 1Cn a1 bn + nCn a0 bn + 1****
n
= C0 = n + 1C0 e que nCn = n + 1Cn + 1 .
n
Cp an - p bp
O termo tem p termos antes dele, sendo, portanto, o termo
de ordem p + 1 no desenvolvimento. Dá-se-lhe o nome de termo geral do desen-
volvimento.
_ _ x3 )
apresenta-o na forma mais sim- __
32 1792 x x4 √ 1792 x √
ples. = - 56 x3√x3 ___ = - __________ = - ________
x15 x 15 x11
111 No desenvolvimento de _ 6
2 - √x
3. Determina, relativamente ao desenvolvimento de (_
2a - _
7
1 existe um termo x ) pelo binó-
( 4) mio de Newton, o termo independente de x .
cuja parte literal é a4 .
Resolução
Qual é o coeficiente desse termo? 6-p _ p
O termo geral do desenvolvimento é 6Cp (_ 2 ( -√x ) .
x)
112 Justifica que um conjunto 6-p _ p 6-p
p _ p
6 2
Cp (_ ( - 1
√x ) = 6Cp * 26 - p * _ * ( - 1 ) * (√x ) =
de cardinal n å N tem tantos (x)
x)
subconjuntos com um número p
_ p
p p p-6+_
par de elementos como com um
* (- 1) * x = 6Cp * 26 - p * (- 1) * x
6 6-p p-6 2 2
= Cp * 2 *x
número ímpar de elementos.
p
(Admite que 0 é par.) Este termo é independente de x se e somente se p - 6 + _ = 0 , ou seja, se e
2
4
Calculadoras gráficas 6
somente se p = 4 . Vem, então, C4 * 2 6-4
* (- 1) = 15 * 4 * 1 = 60 .
Casio fx-CG 20 ...... pág. 115
TI-84 C SE / CE-T .... pág. 116 Assim, a resposta é 60.
TI-Nspire CX .......... pág. 117
1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
… … … … … …
Tem-se:
4. nC0 + nC1 + nC2 + … + nCn = 2n (a soma dos elementos da linha que contém
os elementos da forma nCk é igual a 2n )
Tem-se que:
n n
(a + b) = nC0 an b0 + nC1 an - 1 b1 + nC2 an - 2 b2 + … + nCn a0 bn = ∑ nCk an - k bk
k=0
p. 45 Binómio de Newton
Neste desenvolvimento, o termo de ordem p + 1 é dado por nCp an - p bp .
5
Grupo I
Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.
5
1. Sejam A e B conjuntos contidos num universo U . Sabe-se que B ƒ ‾
A.
Podemos, então, garantir que o conjunto A ∂ ‾
B é igual a:
(A) A (B) B
(C) ‾
A (D) ‾
B
(B) 162
(C) 174
(D) 185
3. Quantos são os número naturais com cinco algarismos em que três são
iguais a 4 e os outros dois são algarismos ímpares diferentes (como, por
exemplo, o número 34 474)?
4. A soma dos dois últimos elementos de uma certa linha do triângulo de Pascal
é 15.
n
a) n , tal que C8 = nC20 ;
120 Se a soma dos elementos de uma linha do
50 50
b) p 0 2 , tal que C2 = Cp . triângulo de Pascal é M , com M maior do que 1,
qual é a soma dos elementos da linha seguinte?
115 Completa, usando combinações: E da anterior?
15
a) C2 + 15C3 = ......
121 Indica o valor da soma dos expoentes em
20 21
b) C6 + ...... = C7 cada parcela do desenvolvimento de:
50 49
c) C20 - C20 = ...... (a + b)7
a)
b) (a + b)195
116 Determina n e p , tais que:
100
a) C30 + 100C31 = nCp 122 Indica o número de termos do polinómio redu-
158 158 n
b) Cp + Cp + 1 = C40 zido que é equivalente a:
c)
40
C20 – 39C20 = nCp a) (a + b)8
b) (x + 2)5
117 Resolve as equações seguintes. 20
c) (1 + 2y)
n
a) C5 = nC12
b)
20
C3 = 20Cp 123 Escreve os quatro primeiros termos de:
100 5
c) C2p – 1 = 100C5 + p y
a) ( x2 - _) , x 0 0
x
6
118 _x _y
b) - , x00, y00
( y x)
a) Qual é o maior número da linha do triângulo de
10
Pascal que tem 51 números? c)
2_ + 1
____ , y>0
(√y )
b) Determina o valor de p para o qual a expressão
24 5
Cp toma o valor máximo. d) (x - y2)
_
PROFESSOR 117. a) n = 17 122. a) 9 b) 6 c) 21 15 360 √y
____
11 520 _____
,
15 _360 _______
=
Soluções b) p = 3 › p = 17 123. a) x10 , - 5x7y , 10 x4 y2 , y4 √y y3 y4
113. x + 3x + 3x + 1
3 2
c) p = 6 › p = 32 - 10 x y3 d) x5 , - 5 x4 y2 , 10 x3 y4 ,
114. a) n = 28 b) p = 48 b) __ , - 6 __ , 15 __ , - 20
x6 x4 x2
50
118. a) C25 b) 12 - 10 x2 y6
y6 y4 y2 _
115. a) 16C3 b) 20C7 c) 49C19 119. 1275
5120 √y
c) ____ , ______ = _______
1024 5120
116. a) n = 101 e p = 31 ou p = 70 120. 2M ; _
M _
2 y 5
√y * y 4 y5
b) n = 159 e p = 39 ou p = 118
121. a) 7 b) 195
c) n = 39 e p = 19 ou p = 20
8
1
_
b)
(x + x ) , x 0 0
8
130 No desenvolvimento de 1
_
(x + x ) , x 0 0 ,
x __
__ x2
9 existe um termo de grau dois. Determina-o.
c)
(3 - 2 )
2
_
7 131 Determina o termo independente de x no
d)
(x + x ) , x 0 0
3
desenvolvimento de:
_ 11
x 1
√x + __ , x>0
126 Prova que:
( x4 )
resultado na forma a + b√3 , onde a e b desig- 133 Sendo g(x + 1) = (x + 2)4 , escreve o polinó-
nam números naturais. mio reduzido que representa g(a) .
PROFESSOR 6 128. n = 8 4
b) 8C6 x2 _1 = ___ 133. g(a) = (a + 1) =
28
Soluções (x ) x4
= a4 + 4a3 + 6a + 4a + 1
2
129. (B)
124. a) 280y , - _ , _
84 14 _ 6
2
, - 17 x 3 - __
2
y y4 y c) 9C6 __ x = ___
7 x 15 130. É o termo 56x2 .
( 3 ) ( 2 ) 144
b) 455 x3 a24 , - 105 x2 a26 , 6 131. É o termo 11C3 = 165 .
_
15xa28 , - a30 d) 7C6 x3 _ 2 = ___
448
4 (x) x3 132. a = ¿√2
6
125. a) 10C6 __ _x = ___
1 105 _
( x2 ) ( 2 ) 32 x2 127. 362 + 209 √3
Combinatória
137 Pretende-se fazer uma bandeira com cinco tiras verticais, respeitando as
seguintes condições:
• duas tiras vizinhas não podem ser da mesma cor;
• estão disponíveis nove cores diferentes, sendo uma delas o azul;
• só a cor azul pode ser repetida.
De acordo com estas condições, quantas bandeiras diferentes se podem fazer?
(A) 17 192 (B) 17 648 (C) 18 238 (D) 18 792
138 Quantos números de quatro algarismos são pares e têm três algarismos
ímpares?
(A) 120 (B) 300 (C) 500 (D) 625
PROFESSOR 139 Considera todos os números de cinco algarismos que se podem formar
Soluções
com os algarismos de 1 a 9.
134. (D)
Destes números, quantos têm exatamente um algarismo 9?
135. (C)
136. (A) (A) 20 480 (B) 20 760 (C) 21 320 (D) 21 690
137. (A)
140 Quantos são os números naturais, compreendidos entre dez e um milhão,
138. (D)
139. (A)
que têm os algarismos todos diferentes?
140. (B) (A) 157 842 (B) 168 561 (C) 175 432 (D) 186 491
(A) 2 166 370 (B) 2 177 280 (C) 2 188 430 (D) 2 199 560
De quantas maneiras se podem dispor lado a lado, de modo que cada par de
namorados fique junto na fotografia?
143 Um casal e quatro filhos decidem ir ao cinema. Sabe-se que vão ocupar
lugares consecutivos e que o pai e a mãe se sentam ao lado um do outro.
De quantas maneiras pode esta família ocupar os seus lugares?
144 Três rapazes e duas raparigas vão dar um passeio de automóvel. Apenas os
rapazes podem conduzir.
De quantas maneiras podem ocupar os cinco lugares, dois à frente e três atrás,
de modo que ao lado do condutor viaje uma rapariga?
145 O Bruno pretende fazer uma sequência com sete cartas de um baralho
completo. Ele quer iniciar a sequência com o ás de espadas, pretende que as três
cartas seguintes sejam as três figuras de espadas e quer concluir a sequência com
três das nove restantes cartas desse naipe.
Quantas sequências diferentes pode o Bruno fazer?
146 Num campeonato de futebol, cada equipa disputou um jogo com cada
uma das outras equipas. Supondo que participaram no campeonato 12 equipas,
quantos jogos foram disputados?
PROFESSOR
(A) 62 (B) 64 (C) 66 (D) 68 Soluções
141. (B)
147 O código de acesso a uma conta bancária através da internet é formado 142. (D)
143. (D)
por seis algarismos.
144. (C)
Quantos códigos existem que tenham exatamente dois zeros e os restantes quatro
145. (C)
algarismos sejam todos diferentes?
146. (C)
(A) 45 360 (B) 46 720 (C) 47 130 (D) 48 540 147. (A)
149 A soma dos dois últimos elementos de uma certa linha do triângulo de
Pascal é 17. Qual é a soma dos três primeiros elementos dessa linha?
(A) 135 (B) 136 (C) 137 (D) 138
152 2000
C100 + 2000C101 é igual a:
2000 2000 2001 2001
(A) C102 (B) C201 (C) C100 (D) C101
… 1771 a 33 649 …
… 10 626 b …
(x + 1)5 = x 5 + 5x 4 + 10x 2 + 1
4 2 4 2
(A) 5x + 10x = 0 (B) 10x + 5x = 0
PROFESSOR 3 3
(C) 5x + 10x = 0 (D) 10x + 5x = 0
Soluções
148. (A)
155 Indica qual das afirmações seguintes é verdadeira.
149. (C)
150. (C) (A) 1001123 = 1000123 + 1 (B) 1001124 = 1000124 + 124
151. (A)
(C) 1001125 < 1000125 + 125 000 (D) 1001126 > 1000126 + 126 000
152. (D)
153. (A)
156 Um dos termos do desenvolvimento de (a + b)n é 3003a6b8 .
154. (D)
Indica o valor de n .
155. (D)
156. (A) (A) 14 (B) 28 (C) 36 (D) 48
A = {x : x ≥ - 2} B = {x : x > 1} C = {x : x3 + x2 - 6x = 0}
Determina (A \ B) ∂ (B © C) .
A = {x : 1 ≤ x ≤ 5 ‹ x é irracional} C = [2, 4]
B = {x : 1 ≤ x ≤ 5 ‹ x é racional}
Combinatória 2
b) 93 = 729
a) começam por 2? b) começam por 2 e não têm outro algarismo 2?
c) 9 * 4 = 36
c) têm exatamente três algarismos 2?
162. 2 * 5 * 4 = 40
4 * 2 + 4 * 3 = 20 (8 começados
162 Com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números entre 200 e 400 se por 2 e 12 começados por 3)
podem escrever com os algarismos todos diferentes? E quantos desses são pares? 163. 12! * 13! * 14! * 3!
164. 9A3 = 504
163 De quantas maneiras se podem alinhar 12 bolas brancas, 13 bolas azuis
e 14 bolas amarelas, numeradas de 1 a 39, de modo a que as bolas da mesma cor
fiquem juntas?
1
164 No tabuleiro da figura ao lado vão dispor-se, ao acaso, três peças de cores 3
2 4
diferentes (não mais do que uma por casa). 6 8
5 7 9
De quantas maneiras podem distribuir-se as peças no tabuleiro?
166 Dados 12 pontos, dos quais não há quatro que sejam complanares, quantos
planos distintos se podem definir?
167 Quantas retas distintas são determinadas por sete pontos, sabendo que
quatro deles estão sobre uma reta e os outros três estão noutra?
210 = 2 * 3 * 5 * 7
d) C2 * 3! = 60
5
n
e) 11C3 * 8C2 * 6! = 3 326 400 173 Justifica que ∑ nC = 2n - 1 .
k
171. a) x = 2 › x = 0 k=1
( √2a )
_ 12
2
180 Considera o desenvolvimento de √x - _ , x>0.
( x)
a) Verifica que existe um termo independente de x .
b) Prova que não existe um termo em x2 .
* 181 Nove cartas de espadas e quatro cartas de copas vão ser dispostas, lado
a lado, em cima de uma mesa. De quantas formas distintas se poderão dispor
as treze cartas de tal modo que não fiquem duas cartas de copas lado a lado?
* 186 Utilizando a fórmula do desenvolvimento de um binómio, mostra que, 181. 9! * 10A4 = 1 828 915 200
n 182. 1 + 13C1 + 12C2 + 11C3 + 10C4 + 9C5 +
1 > 2,3 .
para qualquer n ≥ 3 (n natural), se tem: (1 + _ + 8C6 + 1 = 610
n)
183. 5! + 5C2 * 3! + 5C2 * 3! + 5C3 * 2 =
* 187 Sem utilizar o princípio de indução matemática, justifica que:
= 260
An å N0, 2n > n 184. n = 4
Probabilidades
Este tema está organizado em:
1. Propriedades
Definir espaçosdas
deoperações
probabilidade
sobre
Sínteseconjuntos
5Síntese
+ 5 | Teste 2
Exercícios Propostos
+Exercícios Propostos
1. Definir espaços
de probabilidade
Tal como aprendeste no 9.° ano, para resolver o problema proposto acima pode-
mos começar por determinar o conjunto de resultados possíveis associados
à experiência aleatória realizada. Uma maneira de o fazer é através da constru-
ção de uma tabela de dupla entrada.
Joana
Inês 1 2 3 4 5 6
1 (1, 1) (1, 2) (1, 3) (1, 4) (1, 5) (1, 6)
2 (2, 1) (2, 2) (2, 3) (2, 4) (2, 5) (2, 6)
3 (3, 1) (3, 2) (3, 3) (3, 4) (3, 5) (3, 6)
4 (4, 1) (4, 2) (4, 3) (4, 4) (4, 5) (4, 6)
5 (5, 1) (5, 2) (5, 3) (5, 4) (5, 5) (5, 6)
6 (6, 1) (6, 2) (6, 3) (6, 4) (6, 5) (6, 6)
60 Tema 2 | Probabilidades
A Inês vence a jogada se o número saído no seu dado for maior do que o núme-
ro saído no dado da Joana.
Joana
Inês 1 2 3 4 5 6
1 (1, 1) (1, 2) (1, 3) (1, 4) (1, 5) (1, 6)
2 (2, 1) (2, 2) (2, 3) (2, 4) (2, 5) (2, 6)
3 (3, 1) (3, 2) (3, 3) (3, 4) (3, 5) (3, 6)
4 (4, 1) (4, 2) (4, 3) (4, 4) (4, 5) (4, 6)
5 (5, 1) (5, 2) (5, 3) (5, 4) (5, 5) (5, 6)
6 (6, 1) (6, 2) (6, 3) (6, 4) (6, 5) (6, 6)
NOTA
Experiência aleatória
Outro exemplo de acontecimento
Experiência cujo resultado não é possível prever, antes de a realizarmos, na é o conjunto {(1, 1), (2, 2), (3, 3),
medida em que este depende do acaso. (4, 4), (5, 5), (6, 6)} , o qual se
pode descrever em linguagem cor-
Espaço amostral ou universo dos resultados rente como «sair o mesmo número
em ambos os dados», situação em
Conjunto de resultados que é possível obter quando se realiza uma experiên-
que, como vimos, é declarado em-
cia aleatória. O espaço amostral é habitualmente designado pela letra E ou pate.
pela letra W (do alfabeto grego).
Acontecimento
Qualquer subconjunto do espaço amostral.
EXEMPLOS
NOTA
1. Experiência aleatória: lançar um dado, com as faces numeradas de 1 a 6, Quando o espaço amostral é finito,
e observar o número saído. é habitual considerar que qualquer
subconjunto do espaço amostral é
Espaço amostral: {1, 2, 3, 4, 5, 6} um acontecimento.
Exemplos de acontecimentos: {1} - sair o número 1
{2, 4, 6} - sair número par
continua
EXEMPLO
EXEMPLO
EXEMPLO
62 Tema 2 | Probabilidades
Se a interseção de dois acontecimentos for vazia, esses acontecimentos dizem-se 1 Lança-se um
incompatíveis ou mutuamente exclusivos. dado dodecaédri-
co, com as faces
numeradas de 1 a
Resulta desta definição que dois acontecimentos contrários são incompatíveis, 12, e observa-se o número da
mas dois acontecimentos incompatíveis podem não ser contrários. Para que dois face voltada para cima.
acontecimentos incompatíveis sejam contrários, a sua união tem de ser o espaço a) Indica:
amostral. a1) o espaço amostral;
a2) um acontecimento ele-
EXEMPLO
mentar;
a3) um acontecimento com-
posto;
Retomando o exemplo do lançamento do dado, consideremos os aconteci-
a4) o cardinal do espaço de
mentos A = {1, 3, 5} (sair número ímpar), B = {1, 2} (sair número inferior acontecimentos.
a 3) e C = {5, 6} (sair número superior a 4) . Então:
b) Define em extensão os acon-
‾ = {2, 4, 6} (sair número par)
•A tecimentos:
b1) sair número menor do que
• A © B = {1} (sair número ímpar e inferior a 3) 4;
• A ∂ B = {1, 2, 3, 5} (sair número ímpar ou inferior a 3) b2) sair número múltiplo de 3;
b3) sair 6 ou 7;
• B e C são acontecimentos incompatíveis, mas não são contrários. b4) sair número maior do que
12.
c) Escreve em linguagem cor-
rente os seguintes aconteci-
Ao conjunto de todos os acontecimentos dá-se o nome de espaço dos aconteci- mentos:
mentos. c1) {1, 3, 5, 7, 9, 11}
c2) {4, 8, 12}
Quando o espaço amostral é finito, é habitual considerar que o espaço de acon- c3) {2, 3, 5, 7, 11}
tecimentos é P (E) , conjunto de todos os subconjuntos de E . c4) {8, 9, 10, 11, 12}
d) Considera os acontecimentos:
Por exemplo, se o espaço amostral é E = {1, 2} , o espaço dos acontecimentos A: sair número inferior a 10
é P (E) = {O, {1}, {2}, {1, 2}} . B: sair número par
Utilizando os símbolos de
união, interseção e comple-
Exercícios resolvidos mentar, exprime, em função
de A e de B , os seguintes
1. Um saco contém nove bolas, numeradas de 1 a 9. acontecimentos:
d1) sair número par ou infe-
Ao acaso, tira-se uma bola do saco e observa-se o seu número. rior a 10;
a) Indica: d2) sair 10 ou 12;
a1) o espaço amostral; d3) sair o número 11;
europeia;
b1) {2, 4, 6, 8} b2) {2, 3, 5, 7} b3) {8, 9}
b3) sair o número 1 ou a face
portuguesa. c1) Sair número maior do que 4 (por exemplo).
64 Tema 2 | Probabilidades
(como ponto, reta, etc.) e um conjunto de cinco afirmações, que não demons-
trou, a que chamou axiomas. A partir desses termos primitivos e desses cinco
axiomas, ele definiu novos termos e demonstrou vários teoremas.
No século xx, um matemático russo, Kolmogorov, fez, em relação às probabili-
dades, o mesmo trabalho que Euclides tinha feito relativamente à geometria.
Tomou como ponto de partida um conjunto de axiomas e, à custa deles, de-
monstrou vários teoremas.
Vejamos, então, qual é a axiomática de Kolmogorov.
Euclides
A) = 1 - P (A)
Teorema 1: P(‾
Demonstração
‾) = P (E) = 1 (axioma 2).
Tem-se P (A ∂ A
Como A © ‾ ‾) = P (A) + P (A
A = O , vem P (A ∂ A ‾) (axioma 3).
Teorema 2: P (O) = 0
Demonstração
P (O) = P (E
‾) = 1 - P (E) = 1 - 1 = 0 (teorema 1 e axioma 2)
Demonstração
P (A) = P (A © E) = P [A © (B ∂ B
‾)] = P [(A © B) ∂ (A © B
‾)]
B B
A
Como (A © B) © (A © ‾
B) = (A © A) © (B © ‾
B) = A © O = O ,
vem P (A) = P (A © B) + P (A © ‾
B) (axioma 3).
Demonstração
Como sabemos, tem-se A \ B = A © ‾
B.
Portanto, a igualdade P (A) = P (A © B) + P(A © B ‾) (teorema 3) pode escre-
ver-se P (A) = P (A © B) + P (A \ B) , donde vem P (A \ B) = P (A) - P (A © B) .
Demonstração
Se B ƒ A , então A © B = B .
Portanto, P (A \ B) = P (A) - P (A © B) = P (A) - P (B) .
Demonstração
Se B ƒ A , então P (A \ B) = P (A) - P (B) (teorema 5).
Por outro lado, tem-se P (A \ B) ≥ 0 (axioma 1).
Logo, P (A) - P (B) ≥ 0 , pelo que P (B) ≤ P(A) .
Demonstração
Por um lado, tem-se P (A) ≥ 0 (axioma 1).
Por outro lado, como A ƒ E , tem-se P (A) ≤ P (E) (teorema 6).
Como P (E) = 1 (axioma 2), vem P (A) ≤ 1 .
Logo, 0 ≤ P (A) ≤ 1 .
A B Demonstração
Tem-se A ∂ B = (A ∂ B) © E = (A ∂ B) © (B
‾ ∂ B) =
‾) ∂ B = (A \ B) ∂ B
= (A © B
A\B
Portanto, P (A ∂ B) = P [(A \ B) ∂ B] .
Ora, (A \ B) © B = (A © B
‾) © B = A © (‾
B © B) = A © O = O , pelo que
P (A © B) = P [(A \ B) ∂ B] = P (A \ B) + P (B) (axioma 3)
= P (A) - P (A © B) + P (B) (teorema 4)
= P (A) + P (B) - P (A © B)
66 Tema 2 | Probabilidades
Exercícios resolvidos
3 Seja (E, P (E), P) um espa-
Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória. Sejam ço de probabilidade.
A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E). Sejam A, B å P (E) .
1. Sabe-se que A e B são equiprováveis, que P (A © B) = 0,3 e que a) Determina P (A ∂ B) , admi-
tindo que P (A) = 0,4 ,
P (A ∂ B) = 0,9 . Determina P (A) .
B) = 0,3 e P (A © B) = 0,3 .
P (‾
Resolução
b) Determina P (‾ A©B ‾) , admi-
Tem-se P (A ∂ B) = P (A) + P (B) - P (A © B) , pelo que tindo que P (A‾) = 0,4 ,
0,9 = P (A) + P (A) - 0,3 , donde vem 2 P (A) = 1,2 , ou seja, P (A) = 0,6 . P (B) = 0,3 e P (A © B) = 0,2 .
2. Prova que P (‾
A∂B ‾) - P (A ∂ B) = P (‾
A) - P (B) .
Resolução 4 Seja (E, P (E), P) um espa-
‾∂‾
P (A B) - P (A ∂ B) = P (‾
A © B) - P (A ∂ B) = ço de probabilidade.
Sejam A, B å P (E) .
= 1 - P (A © B) - P (A ∂ B) =
Prova que:
= 1 - P (A © B) - [P (A) + P (B) - P (A © B)] =
a) P (A © B) + P (A
‾∂‾
B) = 1
= 1 - P (A © B) - P (A) - P (B) + P (A © B) =
b) P (A) + P (‾
A ∂ B) =
= 1 - P (A) - P (B) = P (‾
A) - P (B) = P (B) + P (A ∂ ‾
B)
Seja E = {x1, x2, …, xn} o espaço amostral (finito) associado a uma experiência
NOTA aleatória. Se P é uma função de probabilidade definida em P (E) tal que os
* Dizer que os acontecimentos ele- acontecimentos elementares são todos equiprováveis*, então, para qualquer
mentares são todos equiprováveis é
#A .
acontecimento A , tem-se P (A) = ____
o mesmo que afirmar que:
#E
P ({x1}) = P ({x2}) = … = P ({xn})
Vejamos como a regra de Laplace se relaciona com a axiomática de Kolmogorov.
Demonstração
68 Tema 2 | Probabilidades
• Provemos agora a implicação recíproca:
Notas:
Princípio da razão insuficiente - se não há razão para crer que existem casos
mais prováveis do que outros, pode admitir-se que todos os casos são igual-
mente prováveis.
Resolução
O número de casos possíveis é comum às três alíneas, uma vez que os ca-
sos possíveis estão associados à experiência aleatória realizada, a qual é a
PROFESSOR
seleção de um código ao acaso.
Soluções
8. _ 1 =_ 1 Portanto, o número de casos possíveis é 53 * 104 , ou seja, 1 250 000.
49
C5 * 13 24 789 492
a) Número de casos favoráveis: (5 - 5) * 10 = 1200
3
9. a) _3 = _ b) _3 = _
10 5 6 1
1200
Probabilidade pedida: _ = 0,000 96
6 108 6 36
6*5*4 _
_ d) _3 = _ 1 250 000
5 15 5
c) =
63 9 6 72
continua
70 Tema 2 | Probabilidades
continuação
10 Uma empresa de cofres
b) Número de casos favoráveis: 3 * 4 * C2 * 9 = 23 328
2 4 2
atribui ao acaso um código se-
(existem três posições possíveis para a letra a ; para cada uma destas, creto a cada cofre que vende.
existem 42 maneiras de completar a sequência das vogais; existem 4C2 Cada código é formado por
seis algarismos, por uma certa
posições possíveis para os dois algarismos 7; para cada uma destas, ordem. Uma pessoa compra
existem 92 maneiras de completar a sequência dos algarismos). um cofre a essa empresa.
23 328 Determina a probabilidade de
Probabilidade pedida: _ ) 0,018 66 o respetivo código secreto:
1 250 000
a) ter os algarismos todos dife-
c) Número de casos favoráveis: 5 * (10 - 9 ) = 429 875
3 4 4
rentes;
429 875
Probabilidade pedida: _ = 0,3439 b) ter exatamente dois zeros;
1 250 000 c) ter pelo menos um zero.
Apresenta as tuas respostas na
5. A Joana, a Luísa e mais quatro amigos vão ao cinema e os bilhetes corres-
forma de dízima.
pondem a seis lugares consecutivos de uma dada fila. Sabendo que vão
distribuir os bilhetes aleatoriamente, qual é a probabilidade de:
a) a Joana ficar com um bilhete correspondente a um lugar numa das
extremidades?
b) a Joana e a Luísa terem bilhetes correspondentes a lugares seguidos?
Resolução
Número de casos possíveis: 6! = 720
a) Número de casos favoráveis: 2 * 5! = 240 11 Para assistirem a um espetá-
240 1 culo, a Ana, a Bárbara, a Catari-
Probabilidade pedida: _ = _ na e mais quatro amigos, todos
720 3
rapazes, sentam-se, ao acaso,
b) Número de casos favoráveis: 5! * 2 = 240
numa fila de sete lugares.
(a Joana e a Luísa formam um bloco; cada um dos outros quatro ami- Determina a probabilidade de:
gos forma um bloco individual; temos, assim, cinco blocos que podem a) as raparigas ficarem juntas
permutar entre si; para cada uma destas permutações, existem duas e os rapazes também;
maneiras de a Joana e a Luísa se disporem). b) as raparigas ficarem juntas;
240 1 c) cada rapariga ficar entre
Probabilidade pedida: _ = _ dois rapazes;
720 3
d) a Ana e a Bárbara não fica-
c) «A Joana e a Luísa não ficam ao lado uma da outra» é o acontecimen-
rem uma ao lado da outra.
to contrário do acontecimento «a Joana e a Luísa ficam ao lado uma
Apresenta as tuas respostas na
da outra». A probabilidade deste acontecimento foi calculada na alínea
forma de fração irredutível.
anterior.
Assim, a probabilidade pedida é 1 - _1=_ 2.
3 3
PROFESSOR
Soluções
6. Uma urna tem 12 cartões, numerados de 1 a 12. Ao acaso, retiram-se
10
sucessivamente dez cartões e dispõem-se lado a lado, da esquerda para A6
10. a) _6 = 0,1512
a direita. Qual a probabilidade de: 10
6
C2 * 94
b) _ = 0,098 415
a) ficarem cinco cartões com números pares, seguidos de cinco cartões 106
com números ímpares? 96
c) 1 - _6 = 0,468 559
10
b) os últimos quatro cartões, e somente estes, terem números pares?
2 * 3! * 4! 2 5! * 3!
11. a) _ = _ b) _ = _1
c) os cartões com os números 7, 8 e 9 ficarem seguidos, não necessaria- 7! 35 7! 7
mente por esta ordem? c)
3! * 4! _
_ = 1 d) 1 -
2 * 6! _
_ =
5
7! 35 7! 7
continua
três figuras;
(os cartões 7, 8 e 9 formam um bloco; existem 9C7 maneiras de esco-
b) não ter figuras;
lher os sete cartões que vão completar a sequência; cada um deles for-
c) não ter o ás nem as figuras e
ma um bloco individual; temos, assim, oito blocos que podem permu-
as seis cartas estarem por or-
dem crescente de numeração. tar entre si; para cada uma destas permutações, existem 3! maneiras
Apresenta as tuas respostas na
de dispor os cartões 7, 8 e 9).
8 709 120 2
forma de fração irredutível. Probabilidade pedida: ___________ = _
239 500 800 55
13 Considera um prisma pen-
7. Considera, num referencial o.n. Oxyz , a superfície esférica de equação:
tagonal regular.
x2 + y2 + z2 = 1
a) Escolhem-se, ao acaso, dois
vértices do prisma. Qual é a Os eixos coordenados intersetam esta superfície esférica em seis pontos.
probabilidade de o segmento
de reta por eles definido es- a) Escolhem-se, ao acaso, dois desses seis pontos. Qual é a probabilidade
tar contido numa base do de esses dois pontos definirem uma reta perpendicular ao plano xOy ?
prisma?
b) Escolhem-se, ao acaso, três desses seis pontos. Qual é a probabilidade
b) Escolhem-se, ao acaso, três
vértices do prisma. Qual é a
de esses três pontos definirem um plano perpendicular ao plano xOy ?
probabilidade de o plano Resolução
por eles definido ser perpen- 6
dicular aos planos que con- a) Número de casos possíveis: C2 = 15
têm as bases do prisma? Número de casos favoráveis: 1
c) Escolhe-se, ao acaso, um vér- (escolher os dois pontos que pertencem ao eixo Oz)
tice em cada base. Qual é a
Probabilidade pedida: _ 1
probabilidade de o segmento
de reta por eles definido ser 15
b) Número de casos possíveis: C3 = 20
6
uma diagonal de uma face
do prisma? Número de casos favoráveis: 4C3 + 4C3 = 8
Apresenta as tuas respostas na
(escolher três dos quatro pontos que pertencem ao plano xOz ou es-
forma de fração irredutível.
colher três dos quatro pontos que pertencem ao plano yOz)
8 2
Probabilidade pedida: _ = _
20 5
Simulador
Geogebra: As diagonais
do prisma 8. De um baralho de cartas completo, tiraram-se várias cartas, ficando
o baralho incompleto. Considera a seguinte experiência aleatória: tirar,
ao acaso, uma carta deste baralho incompleto.
PROFESSOR
Admite que:
Soluções
1 * 3! * 9A2 _ • a probabilidade de essa carta ser um ás é 0,15;
12. a) _ 13
= 1 • a probabilidade de essa carta ser de copas é 0,5;
A6 2860
10
A6 _ 9
C6 _ • a probabilidade de essa carta não ser um ás, nem ser de copas, é 0,4.
b) _ c) _
35 7
= =
13
A6 286 13
A6 102 960 a) Prova que o ás de copas está neste baralho incompleto.
2 * C2 _
5
5 * 8 _1 5*2 2 b) Indica quantas cartas tem este baralho incompleto.
13. a) _ = 4 b) _ = c) _ = _
10
C2 9 10
C3 3 5*5 5
continua
72 Tema 2 | Probabilidades
continuação
Resolução
a) Se o ás de copas não estiver no baralho incompleto, então, ao tirar uma 14 Num saco existem várias
carta deste baralho, é impossível que ela seja o ás de copas. bolas (algumas são azuis e as
Se, pelo contrário, o ás de copas estiver no baralho incompleto, então, ao restantes vermelhas). Todas as
bolas estão numeradas.
tirar uma carta deste baralho, já é possível que ela seja o ás de copas.
Tira-se, ao acaso, uma bola do
Portanto, o ás de copas está no baralho incompleto se e somente se for saco. Sabe-se que a probabili-
possível o acontecimento «a carta extraída é o ás de copas». dade de essa bola:
• ser azul é 70%;
Determinemos, então, a probabilidade deste acontecimento. • ter o número 1 é 40%.
Sejam A e C os acontecimentos: Prova que no saco há pelo
A: a carta extraída é um ás menos uma bola azul com o
número 1.
C: a carta extraída é de copas
Tem-se: P (A) = 0,15 ; P (C) = 0,5 ; P (‾ ‾) = 0,4
A©C
Pretende-se saber P (A © C) .
Ora, P(‾A©‾ C) = P(‾A ∂ C) = 1 - P (A ∂ C) =
= 1 - [P(A) + P(C) - P (A © C)] = 1 - P(A) - P(C) + P (A © C)
Portanto, 0,4 = 1 - 0,15 - 0,5 + P (A © C) , donde vem P (A © C) = 0,05 .
Como P(A © C) 0 0 , vem que o acontecimento «a carta extraída é o ás
de copas» é possível, pelo que o ás de copas está no baralho incompleto.
b) Na alínea anterior concluiu-se que o ás de copas está no baralho in-
completo. Como não pode haver mais do que um ás de copas nesse
baralho (pois só há um num baralho completo), concluímos que há um
e um só ás de copas no baralho incompleto, pelo que existe apenas um
caso favorável ao acontecimento «a carta extraída é o ás de copas».
Uma vez que P (A © C) = 0,05 = _ 1 e uma vez que existe apenas um
20
caso favorável, concluímos que o número de casos possíveis é igual a 20.
Existem, portanto, 20 cartas no baralho incompleto.
Para concluir este tema, chamamos a atenção para o facto de existirem situações
de cálculo de probabilidades em que não faz sentido utilizar a definição de
Laplace. Vamos ver algumas dessas situações.
Situações em que o espaço amostral é infinito
O espaço amostral associado a uma experiência aleatória pode ser infinito,
como, por exemplo:
• tempo de duração de uma lâmpada (espaço amostral: [ 0, +∞ [);
• número de lançamentos de um dado até sair face 6 (espaço amostral: N).
Neste tipo de situações, não faz sentido utilizar a definição de Laplace de probabili-
dade. Contudo, em muitos casos em que o espaço amostral é infinito, é possível defi-
nir uma função de probabilidade P num conjunto adequado de acontecimentos
(subconjunto de P (E)) que permita calcular a probabilidade de vários acontecimen-
tos, como, por exemplo, a probabilidade de uma lâmpada durar mais de dois anos.
Outras situações
Existem ainda outro tipo de situações em que não faz sentido utilizar a definição
de Laplace de probabilidade. Por exemplo, quando dizemos que a probabilidade
15 Lança-se 6000 vezes um Consideremos uma experiência aleatória que pode ser repetida muitas vezes, nas
dado equilibrado, com as faces mesmas condições. Quando o número de vezes que essa experiência é repetida
numeradas de 1 a 6. tende para infinito, é praticamente certo que a frequência relativa de ocorrência
Nesses 6000 lançamentos, in- de um determinado acontecimento tende a igualar a probabilidade desse aconte-
dica o número aproximado de cimento.
vezes que é de esperar que saia:
a) a face 6;
Por exemplo, se lançarmos uma moeda de 1 euro muitas vezes, é praticamente
certo que cerca de metade das vezes sai a face europeia.
b) face com número par;
c) face com número maior do Em resumo, é possível utilizar o conceito frequencista para interpretar uma pro-
que 4. babilidade obtida pela regra de Laplace e também podemos utilizar o conceito
frequencista para conferir significado à probabilidade de acontecimentos, em
situações em que não faz sentido utilizar a definição de Laplace.
Exercício resolvido
Num certo jogo, um jogador aposta 1 euro por jogada.
Uma jogada consiste no seguinte:
• o jogador escolhe um número de 1 a 6;
• lançam-se dois dados equilibrados, com as faces numeradas de 1 a 6,
e observam-se os números saídos;
• se nenhum dos números saídos coincidir com o número que o jogador
PROFESSOR escolheu, o jogador perde o euro que apostou; caso contrário, esse di-
Soluções nheiro é devolvido, acrescido de 1 ou 2 euros, consoante o número que
15. a) 1000 o jogador escolheu tenha saído apenas num dado, ou tenha saído nos
b) 3000 dois dados.
c) 2000
continua
74 Tema 2 | Probabilidades
continuação
16 Uma roleta é um disco divi-
Por exemplo: dido em 37 setores circulares
- suponhamos que o jogador escolhe o número 5; iguais, numerados de 0 a 36.
Em cada jogada, uma bola gira
- se o número 5 não sai em nenhum dos dois dados que são lançados, até se imobilizar num dos seto-
o jogador perde o euro que apostou; res. Diz-se, então, que saiu o
número correspondente a esse
- se o número 5 sai apenas num dos dois dados, então o jogador recebe setor. Uma aposta possível na
de volta o euro que apostou e recebe mais 1 euro; roleta consiste em escolher
quatro números. Se sair um
- se o número 5 sai nos dois dados, então o jogador recebe de volta desses quatro números, o apos-
o euro que apostou e recebe mais 2 euros. tador recebe a quantia aposta-
da acrescida de oito vezes essa
A Leandra vai jogar este jogo, tencionando fazer 180 jogadas. quantia. Caso contrário, o
apostador perde o dinheiro
É de esperar que ela ganhe dinheiro ou que perca dinheiro? p
apostado.
E que quantia?
Resolução
Em cada jogada, a Leandra pode perder 1 euro, pode ganhar 1 euro,
ou pode ganhar 2 euros.
76 Tema 2 | Probabilidades
Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade.
5
Grupo I
Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.
5
1. Quantos são os anagramas da palavra portugal que começam por uma vogal
e terminam com uma consoante?
(A) 1440 (B) 4560 (C) 7680 (D) 10 800
Grupo II
Na resposta a cada um dos cinco itens deste grupo, apresenta todos os cálculos
que efetuares, explica os raciocínios e justifica as conclusões.
PROFESSOR
1. Uma turma de uma escola secundária tem tantos rapazes como raparigas, num
Soluções
total de 26 alunos. A Rita é a delegada e a Filipa é a subdelegada dessa turma.
1. (D)
Vai ser formada uma comissão de cinco alunos da turma para organizar
2. (D) uma festa de fim de ano. A Rita e a Filipa têm obrigatoriamente de fazer
3. (B) parte da comissão.
4. (D) a) Admite que os restantes membros da comissão vão ser escolhidos ao acaso.
5. (A) Qual é a probabilidade de a comissão ficar formada por cinco jovens do
mesmo sexo? Apresenta o valor pedido na forma de dízima, arredondado
1. a) _ ) 0,08
165
2024 às centésimas.
Ajuda
78 Tema 2 | Probabilidades
b) Depois de constituída a comissão, os cinco membros vão posar lado a lado
para uma fotografia. De quantas maneiras diferentes podem ficar dispostos os
cinco jovens, de tal modo que a Rita e a Filipa fiquem uma ao lado da outra?
a) Lançar um dado octaédrico, com as faces nume- b) B: a família tem dois rapazes e duas raparigas
radas de 1 a 8, e considerar o número da face
virada para cima.
21 Considera a experiência que
b) Tirar, uma a uma, bolas de um saco com bolas nu- consiste em tirar simultaneamente
meradas de 3 a 10 até sair a bola com o número 5 duas bolas deste saco e registar as
e registar o número de bolas tiradas. suas cores.
c) Tirar, uma a uma, bolas de um saco com bolas Indica se são elementares os acontecimentos:
numeradas de 1 a 10 até sair uma bola com número
a) tirar duas bolas da mesma cor;
par e considerar o número de bolas tiradas.
b) tirar uma bola vermelha e uma amarela;
d) Perguntar a duas pessoas se gostam (S) ou não
(N) de cinema e registar as suas respostas. c) tirar uma bola verde e uma amarela.
PROFESSOR
18. a) A = {1, 4} b) B = {(M, M, F, F), b) A © B = {12} no espaço E
Soluções (ver alínea a))
b) B = {1, 2, 4} (M, F, M, F), (M, F, F, M),
17. a) {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
c) C = {3, 6} (F, M, M, F), (F, M, F, M), 23. É uma afirmação falsa. Por
b) {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} exemplo, no lançamento de
19. {(p, e, p), (e, p, e)} (F, F, M, M)}
c) {1, 2, 3, 4, 5, 6} um dado, os acontecimentos
20. a) M: rapaz; F: rapariga 21. a) Não b) Sim c) Sim A = {1, 2} e B = {4, 6} são
d) {(S, N), (N, S), (S, S), (N, N)}
incompatíveis, mas pode não
e) {(A, B, C), (A, C, B), A = {(M, M, M, F), (M, M, F, M), 22. a) A ∂ B = {4, 8, 6, 12}
se realizar nem A nem B (se
(B, A, C), (B, C, A), (C, A, B), (M, F, M, M), (F, M, M, M)} no espaço de resultados
sair, por exemplo, 3).
(C, B, A)} E = {2, 3, 4, 5, …, 11, 12}
24. … contrários… realização…
80 Tema 2 | Probabilidades
25 No lançamento de um dado, dá exemplos de 32 Seja E, P (E), P um espaço de probabilida-
( )
acontecimentos incompatíveis que não sejam con- de e sejam A, B å P (E) dois acontecimentos.
trários. 2
A) = _
a) Sabe-se que: A e B são incompatíveis, P(‾
5 3
26 Três pessoas lançam um dado cúbico, com as fa- e P (A ∂ B) = _ . Determina P (B) .
6
ces numeradas de 1 a 6. Considera o acontecimento b) Se P (A) =
2
_ e P(‾ 1 , mostra que A e B
B) = _
A: sai o mesmo número às três pessoas. 3 4
não são incompatíveis.
‾.
Indica se os resultados seguintes pertencem a A
a) (2, 5, 6) b) (3, 4, 4) 33 Seja E, P (E), P um espaço de probabilida-
( )
de e sejam A, B å P (E) dois acontecimentos.
27 No lançamento de um dado cúbico, com as
Prova que, se A © B = O , então
faces numeradas de 1 a 6, considera os aconteci- ‾) - P (B) .
P(‾
A ∂ B) = P(A
mentos:
A: sai face par B: sai face menor do que três 34 Num baralho de 52 cartas, justifica que a pro-
Define em extensão o acontecimento contrário de: babilidade de «tirar ás ou copas» é:
a) B b) A ∂ B ‾
c) A © B d) B \ A 13 _
4 +_
_ - 1
52 52 52
28 Num espaço E , considera dois acontecimen-
35 Seja E, P (E), P um espaço de probabilida-
tos A e B , diferentes, não impossíveis nem certos. ( )
de e sejam A, B å P (E) dois acontecimentos.
Indica uma condição suficiente para:
Calcula:
a) A \ B = A b) A \ B = O
a) P(A ∂ B) , sabendo que P (A) = 0,4 , P (B
‾) = 0,3
e P(A © B) = 0,3 ;
29 Justifica que são verdadeiras as afirmações:
B) , sabendo que P (A) = 0,6 , P (B) = 0,7
‾∂‾
b) P(A
a) ‾ ‾=B∂‾
A©B A b) ‾
A©B©C=‾ B∂‾
A∂‾ C e P(A ∂ B) = 0,9 .
PROFESSOR b) Pertence a ‾
A. 28. a) A © B = O
36. a) P(A ∂ B) å [0,7; 1]
Soluções 27. a) ‾B = {3, 4, 5, 6} b) A ƒ B
P(A © B) å [0,1; 0,4]
25. A = {1, 2} e B = {3, 5, 6}
b) ‾
A∂B={ ‾1, 2, 4, 6} = {3, 5} 32. a) _1 b) 0,4
ou A = {2, 6} e B = {1, 5} ou 2
c) ‾
A©‾ B={ ‾4, 6} = {1, 2, 3, 5} 35. a) 0,8
A: sair n.° par e B: sair 3 ou 5.
‾ ‾
d) B \ A = {1} = {2, 3, 4, 5, 6} b) 0,6
26. a) Pertence a ‾
A.
82 Tema 2 | Probabilidades
47 Seja A o conjunto dos números naturais que 52 Num concurso, um concorrente deve tirar três
se escrevem com quatro algarismos diferentes. bolas de um saco que contém três bolas verdes,
Escolhe-se, ao acaso, um elemento do conjunto A . duas brancas e uma amarela. Ganha se as bolas tive-
Determina a probabilidade de esse número: rem cores diferentes e pode optar por fazer a extra-
ção com ou sem reposição.
a) ser múltiplo de 5;
Qual é a estratégia que mais o favorece?
b) ter exatamente um algarismo ímpar; E qual é a estratégia que mais o favorece se ganhar
c) ser menor do que 4300. quando as bolas têm a mesma cor?
48 Considera todas as capicuas que são números de 53 Tiram-se, sucessivamente e sem reposição,
cinco algarismos. Escolhida uma ao acaso, qual é a três cartas de um baralho de 52 cartas. Qual é a
probabilidade de que tenha os algarismos todos ím- probabilidade de tirar:
pares? a) três copas?
b) exatamente duas copas?
49 Um saco contém 15 bolas, das quais cinco são c) não mais do que duas copas?
vermelhas, oito brancas e duas amarelas. Tiram-se
sucessivamente, ao acaso e sem reposição, três bo- 54 Três casais vão ao cinema. Supondo que os
las do saco. Qual é a probabilidade de tirar três bo-
seis amigos se sentam, ao acaso, em seis lugares
las da mesma cor?
consecutivos, qual é a probabilidade de nenhum
dos casais ficar separado?
50 Tiram-se, sucessivamente e sem reposição,
duas cartas de um baralho de 40 cartas. Qual é a 3
55 Dos 80 alunos matriculados numa escola, _
probabilidade de tirar: 4
são raparigas. Escolhidos quatro alunos ao acaso,
a) dois reis? qual é a probabilidade de:
b) duas cartas de naipes diferentes? a) serem tantos rapazes como raparigas?
b) haver mais raparigas do que rapazes?
51 Um saco contém 15 bolas, das quais cinco são
vermelhas e as outras são azuis. Tiram-se sucessiva- 56 A turma do Tiago e da Leonor tem 28 alunos:
mente, ao acaso e sem reposição, três bolas. 16 rapazes e 12 raparigas. A professora vai escolher,
Qual é a probabilidade de obter: ao acaso, três alunos.
a) Qual é a probabilidade de serem escolhidos dois
a) três bolas da mesma cor?
rapazes e uma rapariga?
b) três bolas de cor diferente?
b) Qual é a probabilidade de o Tiago e a Leonor
c) apenas duas bolas da mesma cor? serem ambos escolhidos?
b) Supondo que as peças são colocadas ao acaso, c) Escolhem-se, ao acaso, três vértices do prisma.
determina a probabilidade de: Qual é a probabilidade de o plano por eles defi-
nido ser perpendicular ao plano xOy ?
b1) pelo menos uma diagonal ficar só com peças
amarelas; d) Escolhem-se, ao acaso, dois vértices da base do
b2) pelo menos uma diagonal ficar só com peças prisma que está contida no plano xOy e um
vermelhas. vértice da outra base. Qual é a probabilidade de
o plano definido por esses três pontos ser perpen-
dicular ao plano xOz ?
58 Observa o cubo seguinte.
84 Tema 2 | Probabilidades
2 ângulos
Probabilidades
1. Extensão da trigonometria
2.aDefinir probabilidade
retos e obtusos
econdicionada
resolução de triângulos
Probabilidade condicionada
SERÁ QUE…? Bolas numa caixa
Ao acaso, retira-se uma bola da caixa. Não se repõe essa bola na caixa.
Novamente ao acaso, retira-se uma segunda bola da caixa.
Qual é a probabilidade de essa segunda bola ser branca, sabendo que a pri-
meira bola que se retirou era preta?
Será que consegues resolver este problema?
Raparigas Rapazes
12 anos 9 6
13 anos 3 12
Sabemos que ocorreu B , pelo que o aluno escolhido tem 13 anos. Como a turma
tem 15 alunos com 13 anos, existem 15 casos possíveis, dos quais 12 são favo-
ráveis ao acontecimento A .
12 = _
Tem-se, assim, que a probabilidade pedida é _ 4.
15 5
Note-se agora que, se dividirmos ambos os termos da fração _12 por 30 (total
15
12
_
30
de alunos da turma), vem que a probabilidade pedida é dada por ___ .
15
_
30
86 Tema 2 | Probabilidades
Demonstração NOTA
P(A © B)
1. Tem-se, para qualquer A å P (E) , PB(A) = P(A | B) = _______ .
Mostrar que a função PB verifica os
P(B) três axiomas de Kolmogorov é mos-
trar que:
Como P é uma probabilidade, tem-se P(A © B) ≥ 0 e P(B) > 0
1. AA å P (E), PB(A) ≥ 0
(note-se que, por hipótese, P(B) 0 0). 2. PB(E) = 1
P(A © B)
Portanto, tem-se _______ ≥ 0 , ou seja, tem-se PB(A) ≥ 0 . 3. X © Y = O ± PB(X ∂ Y) = PB(X) + PB(Y)
P(B) quaisquer que sejam os aconteci-
P(E © B) P(B) mentos X e Y .
2. Tem-se PB(E) = P(E | B) = _______ = ____ = 1 .
P(B) P(B)
3. Sejam X e Y pertencentes a P (E) tais que X © Y = O.
Tem-se PB(X ∂ Y) = P(X ∂ Y | B) =
NOTA
P((X ∂ Y) © B) P((X © B) ∂ (Y © B)) *
= ____________ = _________________ = * Como X © Y = O , tem-se
P(B) P(B) (X © B) © (Y © B) = O , pelo que
P(X © B) + P(Y © B) P(X © B) P(Y © B)
= _________________ = ________ + _______ = P((X © B) ∂ (Y © B)) =
P(B) P(B) P(B) = P(X © B) + P(Y © B)
= P(X | B) + P(Y | B) = PB(X) + PB(Y)
Exercícios resolvidos
61 Seja E, P (E), P um espa-
1. Seja E o espaço amostral associado a uma experiência aleatória. ( )
ço de probabilidade. Sejam A
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E). e B dois acontecimentos
(A ƒ E e B ƒ E).
Sabe-se que P(A ∂ B) = 0,6 , P(A) = 0,4 e P(B) = 0,3 .
Sabe-se que:
Qual é o valor de P(A | B) ? • P (A) = 0,7
Resolução • P (B) = 0,5
Tem-se P(A ∂ B) = P(A) + P(B) - P(A © B) , pelo que • P (A | B) = 0,4
Qual é o valor de P(A ‾©‾ B) ?
0,6 = 0,4 + 0,3 - P(A © B) , donde vem P(A © B) = 0,1 .
P(A © B) 0,1 1
Portanto, P(A | B) = _______ = _ = _ .
P(B) 0,3 3
88 Tema 2 | Probabilidades
continuação
b) Sejam A e B os acontecimentos:
A: a rapariga tem olhos verdes B: a rapariga é loira
Tem-se então: P(A) = _ 1 , P(B) = _
1 e P(A | B) = _1
5 3 2
A probabilidade de a rapariga não ter olhos verdes nem ser loira é
P(‾
A©B ‾). Recorrendo à igualdade enunciada em a), tem-se:
5. Uma caixa A contém uma bola vermelha e duas bolas azuis. 65 Uma caixa A contém seis
Uma caixa B contém uma bola azul. bolas e uma caixa B contém
oito bolas. Lança-se um dado
Considera a seguinte experiência: tiram-se, ao acaso, duas bolas da caixa A equilibrado, com as faces nu-
e colocam-se essas duas bolas na caixa B. Em seguida, tira-se, ao acaso, meradas de 1 a 6, e transferem-
uma bola da caixa B. -se da caixa A para a caixa B
tantas bolas quantas o número
Considera os seguintes acontecimentos: saído no dado. Em seguida,
X: as bolas retiradas da caixa A não são da mesma cor lança-se novamente o dado e
transferem-se da caixa B para a
Y: a bola retirada da caixa B é azul caixa A tantas bolas quantas o
‾ | X) e qual é o valor de P(Y | ‾
Qual é o valor de P(Y X) ? número saído no dado.
Sejam X e Y os acontecimen-
Resolução
tos:
P(Y‾ | X) é a probabilidade de a bola retirada da caixa B não ser azul, X: sai o número 3 no primeiro
sabendo que as bolas retiradas da caixa A não são da mesma cor. Ora, se lançamento do dado
as bolas retiradas da caixa A não são da mesma cor, então uma é verme- Y: no final, ficam mais bolas na
caixa A do que na caixa B
lha e a outra é azul. Essas duas bolas são colocadas na caixa B, que fica
com uma bola vermelha e duas azuis. Neste caso, a probabilidade de a Indica, justificando, o valor de
1. P(Y | X) .
bola retirada da caixa B não ser azul é igual a _
3
( ‾)
P Y | X é a probabilidade de a bola retirada da caixa B ser azul, sabendo
que as bolas retiradas da caixa A são da mesma cor. Ora, se as bolas reti-
radas da caixa A são da mesma cor, então são ambas azuis. Essas duas
bolas são colocadas na caixa B, que fica com três bolas azuis. Neste caso,
a probabilidade de a bola retirada da caixa B ser azul é igual a 1.
Assim, P(Y 1 e P(Y | ‾
‾ | X) = _ X) = 1 .
3 PROFESSOR
Soluções
Para resolver o exercício anterior (exercício 5), recorreu-se à interpretação de 63. a) P(N) = _1 b) P(‾
M) = 0,58
5
P(A | B) como sendo a probabilidade de A acontecer, sabendo que B aconteceu. c) P(M © N) = 0,07 d) P(‾ M | N) = 0,65
P(A © B) e) P(N | M) = _ 1
Não se utilizou a fórmula P(A | B) = _______ . 6
P(B)
64. b) 1 - _1 * _1 = _
5
A resolução que apresentámos ilustra uma situação que ocorre com frequência. 3 2 6
Muitas vezes, é mais fácil determinar P(A | B) recorrendo à referida interpreta-
65. P(Y | X) = _1
ção do que calcular P(A © B) e P(B) . 3
P(A © B)
Aliás, como vamos ver a seguir, a fórmula P(A | B) = _______ é utilizada mui- Mais sugestões de trabalho
P(B)
Exercícios propostos n.os 77 a 86
tas vezes, não para determinar uma probabilidade condicionada, mas sim para (págs. 104 e 105).
calcular a probabilidade da interseção de dois acontecimentos.
90 Tema 2 | Probabilidades
Teorema da probabilidade total
Comecemos por demonstrar o resultado seguinte:
PROFESSOR
Teorema
Gestão curricular
Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade e sejam A e B dois aconte- Este conteúdo (descritor 2.5) poderá ser
considerado facultativo se não houver
cimentos (A ƒ E e B ƒ E), com P(B) 0 0 e P(B ‾) 0 0 .
tempo para lecionar todos os conteú-
dos do 12.° ano.
Então, P(A) = P(B) * P(A | B) + P(‾ ‾) .
B) * P(A | B
Demonstração Resolução
Exercício 68 (resolução
Um dos teoremas que foi demonstrado a partir da axio- B B
passo a passo)
A
mática de Kolmogorov foi:
P(A) = P(A © B) + P(A © ‾
B)
Exercícios resolvidos
69 Um estudo efetuado a uma
1. Uma caixa R contém cinco bolas azuis e três bolas verdes. certa marca de iogurtes revelou
que:
Uma caixa S contém quatro bolas azuis e seis bolas verdes.
• se um iogurte está dentro do
Lança-se um dado. Se sair 1 ou 2, tira-se uma bola da caixa R. Se sair 3, 4, prazo de validade, a probabili-
dade de estar estragado é 0,01;
5 ou 6, tira-se uma bola da caixa S.
• se um iogurte está fora do
Qual é a probabilidade de a bola extraída ser azul? prazo de validade, a probabili-
dade de estar estragado é 0,7;
Resolução Num certo dia, uma mercearia
tem oito iogurtes dessa marca,
Sejam os acontecimentos: dos quais dois estão fora de
prazo. Escolhendo, ao acaso,
A: sair bola azul
um desses oito iogurtes, qual é
B: sair face 1 ou 2 no lançamento do dado a probabilidade de estar estra-
gado? Apresenta a resposta na
2=_
1 2 forma de dízima.
Tem-se: P(B) = _ B) = _
P(‾
6 3 3
5
P(A | B) = _ (se sai face 1 ou 2, a bola é retirada da caixa R, pelo que
8
5
a probabilidade de ela ser azul é _)
8
‾) = _
P(A | B 4 se sai face 3, 4, 5 ou 6, a bola é retirada da caixa S, pelo
10 (
que a probabilidade de ela ser azul é _ 4
10 )
Vem, então:
Sejam os acontecimentos:
A: a segunda bola retirada é branca
B: a primeira bola retirada é branca
3 1 1
Tem-se: P(B) = _ = _ P(B‾) = _
6 2 2
P(A | B) = 2
_ (se a primeira bola retirada é branca, ficam na caixa duas
70 De um baralho de cartas
5
completo, tiram-se ao acaso, bolas brancas e três bolas pretas)
sucessivamente e sem reposição, 3
duas cartas. ‾) = _
P (A | B (se a primeira bola retirada é preta, ficam na caixa três
5
Qual é a probabilidade de a bolas brancas e duas bolas pretas)
segunda carta ser de ouros?
Vem, então P(A) = P(B) * P(A | B) + P(B
‾) * P(A | B
‾) =
Apresenta a resposta na forma
2+_
1*_ 3 _
1*_ 3 5 1
de fração irredutível. =_ = 2 +_=_=_
2 5 2 5 10 10 10 2
92 Tema 2 | Probabilidades
continuação
b) Sejam os acontecimentos:
V: a bola retirada é verde X: a bola foi retirada da urna X
Pretende-se determinar P(X | V) .
1 1 5 4
Tem-se: P(X) = _ X) = _
P(‾ P(V | X) = _ X) = _
P(V | ‾
2 2 7 7
Portanto, P(V) = P(X) * P(V | X) + P(‾
X) * P(V | ‾X) =
1*_
_ 5
P(X © V) P_____________
________ (X) * P(V | X) ______
2 7 5
P(X|V) = = = =_
P(V) P(V) _ 9 9
14
Exercício resolvido
Num certo país, existem três empresas de telemóveis, X, Y e Z, com quo-
tas de mercado de 30%, 50% e 20%, respetivamente.
94 Tema 2 | Probabilidades
Primeiro processo
Relativamente à experiência aleatória «sorteio de um prémio, entre todos os
jovens participantes no acampamento», sejam os acontecimentos:
E: o jovem é estrangeiro
F: o jovem é do sexo feminino
De acordo com os dados do problema, tem-se:
• um quinto dos jovens eram portugueses " P(E 1 = 0,2
‾) = _
5
1 = 0,5
• metade dos estrangeiros eram do sexo feminino " P(F | E) = _
2
• 60% dos portugueses eram rapazes " P(‾ ‾) = 0,6
F|E
Pretende-se determinar P(E | F) .
Tem-se:
P(E © F) P(E) * P(F | E) 0,8 * 0,5 5
P(E | F) = _______ = ____________________________ = ___________ = _
P(F) P(E) * P(F | E) + P(E
‾) * P(F | E
‾) 0,8 * 0,5 + 0,2 * 0,4 6
N E T
N - nacional (português)
E - estrangeiro
F
F - sexo feminino
M
M - sexo masculino
T 1
T - total
Acontecimentos independentes
PROFESSOR SERÁ QUE…? Lançamento de um dado e de uma moeda
Gestão curricular
Este conteúdo (descritor 2.4) poderá Lança-se, ao mesmo tempo, uma moeda de 1 euro e um dado com as faces
ser considerado facultativo se não hou- numeradas de 1 a 6.
ver tempo para lecionar todos os con-
teúdos do 12.° ano. Sejam os acontecimentos:
E: sai face europeia no lançamento da moeda
F: sai face 4 no lançamento do dado
Será que és capaz de dizer qual é o valor de P(F | E) ?
96 Tema 2 | Probabilidades
Existem muitas situações em que dois acontecimentos são tais que a ocorrência
de um deles não influencia a probabilidade de realização do outro.
EXEMPLOS
Nota:
Nesta definição não se exige que os acontecimentos A e B tenham probabili-
dade diferente de zero.
Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade e sejam A e B dois aconteci-
mentos (A ƒ E e B ƒ E). Têm-se as seguintes propriedades:
Propriedade 1
Se P(B) = 0 , então A e B são acontecimentos independentes.
Demonstração
Como A © B ƒ B , tem-se que P(B) = 0 ± P(A © B) = 0 .
Portanto, P(A © B) = P(A) * P(B) § 0 = P(A) * 0 , o que é verdade.
Nota: de igual modo se prova que, se P(A) = 0 , então A e B são acontecimen-
tos independentes.
Portanto, dados dois acontecimentos, se pelo menos um deles tiver probabilida-
de igual a zero, então são independentes.
Propriedade 2
Admitamos que P(B) 0 0 . Tem-se:
A e B são acontecimentos independentes se e somente se P(A | B) = P(A) .
Propriedade 3
Se dois acontecimentos A e B são independentes, então ‾ ‾ também são
A e B
independentes.
Demonstração
Tem-se: P(‾ A ∂ B) = 1 - P(A ∂ B) =
‾) = P(‾
A©B
NOTA = 1 - [P(A) + P(B) - P(A © B)] =
* Como A e B são, por hipótese, *
= 1 - P(A) - P(B) + P(A © B) =
acontecimentos independentes, tem-
-se: = 1 - P(A) - P(B) + P(A) * P(B) =
P(A © B) = P(A) * P(B)
A) - P(B) + P(A) * P(B) = P(A
= P(‾ ‾) - P(B) * [1 - P(A)] =
‾) - P(B) * P(‾
= P(A A) * [1 - P(B)] = P(‾
A) = P(‾ ‾)
A) * P(B
Exercícios resolvidos
1. Uma caixa A contém quatro bolas, numeradas de 1 a 4.
75 Lança-se um dado equili- Uma caixa B contém três bolas, numeradas de 1 a 3.
brado, com as faces numeradas Tira-se, ao acaso, uma bola de cada caixa.
de 1 a 6, e tira-se, ao acaso, uma
bola de um saco contendo doze Determina a probabilidade de:
bolas, numeradas de 1 a 12.
a) terem ambas o número 2;
Determina a probabilidade de:
b) terem o mesmo número;
a) sair 5 no dado e sair a bola
número 7; c) pelo menos uma delas ter número ímpar.
b) sair número par no dado e Resolução
sair bola com número primo.
a) Sejam A e B os acontecimentos:
Apresenta as tuas respostas na
forma de fração irredutível. A: a bola extraída da caixa A tem o número 2
B: a bola extraída da caixa B tem o número 2
PROFESSOR Os acontecimentos A e B são independentes.
Soluções 1*_
1=_1 .
Portanto, P(A © B) = P(A) * P(B) = _
75. a) _ b) _
1 5 4 3 12
72 24
continua
98 Tema 2 | Probabilidades
continuação
b) Sejam A1 , A2 e A3 os acontecimentos:
A1: as bolas extraídas têm ambas o número 1
A2: as bolas extraídas têm ambas o número 2
A3: as bolas extraídas têm ambas o número 3
Tem-se que A1 , A2 e A3 são acontecimentos incompatíveis, dois
a dois. Portanto,
P(A1 ∂ A2 ∂ A3) = P(A1) + P(A2) + P(A3) =
=_1*_1+_ 1*_ 1+_ 1*_1=_ 1
4 3 4 3 4 3 4
c) Sejam X e Y os acontecimentos:
X: a bola extraída da caixa A tem número ímpar
Y: a bola extraída da caixa B tem número ímpar
Os acontecimentos X e Y são independentes.
1+_
2-_
1*_ 5
2=_
Portanto, P(X ∂ Y) = P(X) + P(Y) - P(X © Y) = _ .
2 3 2 3 6
P(A © B) _________
‾) § _______ P(A © ‾
B)
c) P(A | B) = P(A | B = §
P(B) ‾)
P(B
P(A © B) P(A) - P(A © B)
§ _________ = _______________ §
P(B) 1 - P(B)
§ P(A © B) [1 - P(B)] = P(B) [P(A) - P(A © B)] §
§ P(A © B) - P(A © B) * P(B) = P(B) * P(A) - P(B) * P(A © B) §
§ P(A © B) = P(B) * P(A) § A e B independentes
d) P(A ∂ B) = P(A) + P(B) - P(A © B) =
= P(A) + P(B) - P(A) * P(B) = P(A) + P(B) [1 - P(A)] =
= P(A) + P(B) * P(A
‾)
e) Sejam os acontecimentos:
A: a Ana acerta no alvo
B: a Bárbara acerta no alvo
O alvo é atingido se e somente se a Ana acerta no alvo ou a Bárbara
acerta no alvo (acontecimento A ∂ B). Tem-se:
P(A ∂ B) = P(A) + P(B) * P(A‾) = 0,8 + 0,9 * 0,2 = 0,98
Assim, a probabilidade de o alvo ser atingido é 0,98.
5
Grupo I
Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.
5
1. Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E).
‾©B
Tem-se: P(A ‾) = 0,4 ; P(A) = 0,2 ; P(A © B) = 0,1
Qual é o valor de P(A | B) ?
(A) 0,15 (B) 0,2 (C) 0,25 (D) 0,3
79 Num saco há bolas com números pares e 82 No lançamento de dois dados cúbicos, com as
ímpares. Sete bolas têm números pares. Tiram-se, faces numeradas de 1 a 6, qual é a probabilidade de:
sucessivamente e sem reposição, duas bolas do saco. a) a soma dos números saídos ser par se os núme-
Quantas bolas há no saco, sabendo que a probabi- ros são diferentes?
lidade de a segunda bola ser par, tendo a primeira b) os números saídos serem diferentes se a soma é par?
1?
sido ímpar, é _
2 83 Na população de uma vila, considera os acon-
tecimentos:
80 Lança-se um dado cúbico perfeito, com as fa-
A: ser careca B: ser homem
ces numeradas de 1 a 6.
Traduz simbolicamente, usando a linguagem das
Considera os acontecimentos: probabilidades:
S: sair um número par a) 2% da população da vila são homens carecas.
M: sair um número maior do que 4 b) 10% dos homens da vila são carecas.
R: sair um número primo c) 0,5% dos carecas da vila são mulheres.
85 Sendo A ƒ E e B ƒ E dois acontecimentos, tais Escolhido ao acaso um rapaz dessa vila, qual é a
que P(A © B) = 0,1 , P(A ∂ B) = 0,8 , P(A | B) = 0,25 , probabilidade de ter namorada e pensar casar?
mostra que P(A) = P(‾ A) .
89 Considera as urnas U e U :
1 2
86 Uma caixa contém 12 bolas e estão mais 12
U1 U2
bolas fora da caixa. Considera a experiência que
consiste em lançar duas vezes um dado cúbico, com
as faces numeradas de 1 a 6. Se, em qualquer dos
lançamentos, sai par, tiram-se da caixa tantas bolas
como o número indicado no dado; se sai ímpar, co-
locam-se na caixa tantas bolas como o número in-
Qual é a probabilidade de tirar uma bola amarela,
dicado no dado. Sejam A e B os acontecimentos:
retirando uma bola de U1 ou U2 , respetivamente,
A: sai 4 no primeiro lançamento conforme no lançamento de um dado cúbico (com
B: ficam pelo menos dez bolas na caixa as faces numeradas de 1 a 6):
Sem usar a fórmula da probabilidade condiciona- a) saia par ou saia ímpar?
da, calcula P(B | A) . Numa pequena composição,
explica o raciocínio em que baseaste a resposta. b) saia 6 ou saia outro número?
87 Um saco contém cinco bolas amarelas e três 90 Completa os espaços indicados no diagrama
bolas vermelhas. seguinte:
a) Tiram-se, sucessivamente e com reposição, duas B
| A) =
… P (A © B) = …
bolas do saco. Qual é a probabilidade de: A P (B
a3) _ * _ * 2 = _
5 3 15
PROFESSOR
8 8 32 89. a) P(A) = P(A © B) = 0,4 * 0,8 = 0,32
Soluções ‾) = 0,4 * 0,2 = 0,08
b 1) _ * _ = _
5 3 15 = P(A © U1) + P(A © U2) = P(A © B
86. _
1 8 7 56 = _1 * _
2 + _1 * _1 = _1
p(‾
B|‾ A) = _ = 0,7
0,42
b2) _ * _
5 4 _ 5 2 6 2 6 4
3 = 0,6
8 7 14 b) P(A) = _1 * _ 2 +_ 5 _1 _
* = 7 P(B | ‾
A) = 0,3
87. a1) _ * _ = _
5 3 15
b3) _ * _ * 2 = _
5 3 15
8 8 64 6 6 6 6 36 P(B © ‾A) = 0,6 * 0,3 = 0,18
8 7 28
a2) _ * _ = _ 90. P(A) = 1 - 0,6 = 0,4
5 5 25
8 8 64 88. _ 1
P(B | A) = 1 - 0,2 = 0,8
12
Qual é a probabilidade de o produto dos números dessas duas páginas ser par?
1 3
(A) 0 (B) _ (C) _ (D) 1
2 4
Regra de Laplace
105 Uma caixa A contém duas bolas verdes e uma bola amarela. Uma caixa B
contém uma bola verde e três bolas amarelas. Lança-se um dado cúbico perfeito,
com as faces numeradas de 1 a 6. Se sair o número 1, tira-se uma bola da caixa A;
caso contrário, tira-se uma bola da caixa B.
Sejam X e Y os acontecimentos:
X: sai face com número par no lançamento do dado
Y: sai uma bola amarela
Qual é o valor de P(Y | X) ?
3 1 3 1
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _
4 3 8 6
106 Numa caixa há bolas de duas cores: bolas brancas e bolas pretas. O número
de bolas brancas é 5. De forma aleatória, extraem-se, sucessivamente e sem repo-
sição, duas bolas da caixa. Considera os seguintes acontecimentos:
B1: a bola retirada em primeiro lugar é branca
B2: a bola retirada em segundo lugar é branca
1 . Quantas bolas pretas havia inicialmente na caixa?
Sabe-se que P(B2 | B1) = _
3
(A) 8 (B) 10 (C) 12 (D) 15
107 Uma caixa 1 contém uma bola branca e quatro bolas pretas. Uma caixa 2
contém duas bolas brancas. Considera a experiência que consiste em tirar,
simultaneamente e ao acaso, duas bolas da caixa 1, colocá-las na caixa 2 e, em
seguida, tirar, também ao acaso, uma bola da caixa 2. Sejam A e B os aconte-
cimentos:
PROFESSOR A: as bolas retiradas da caixa 1 têm a mesma cor
Soluções
B: a bola retirada da caixa 2 é branca
103. (D)
104. (A) Qual é o valor de P(B | A) ?
1 3 3 1
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _
105. (A)
106. (A) 3 4 10 2
107. (D)
109 Extrai-se, ao acaso, uma bola de uma caixa que contém n bolas, numera-
das de 1 a n . Considera os acontecimentos:
A: a bola extraída tem número inferior a 10
B: a bola extraída tem número superior a 7
Sabe-se que P(A | B) = _1 . Qual é o valor de n ?
3
(A) 12 (B) 13 (C) 14 (D) 15
112 Uma escola secundária tem cinco turmas de 12.° ano, designadas pelas le-
tras A, B, C, D e E. A turma C tem 28 alunos, dos quais 13 são rapazes. Para
representar a escola num encontro internacional, escolhe-se, ao acaso, uma turma
do 12.° ano e depois escolhem-se, também ao acaso, dois alunos dessa turma.
Qual é a probabilidade de serem escolhidas duas raparigas da turma C?
(A) _
1 1
(B) _ (C) _
1 (D) _
1
17 18 19 20
PROFESSOR
113 Um saco contém quatro bolas brancas e três pretas. Uma caixa contém uma Soluções
bola branca e seis pretas. Lança-se um dado equilibrado, com as faces numeradas 108. (D)
de 1 a 6. Se sair 3 ou 4, tira-se ao acaso uma bola do saco, caso contrário tira-se 109. (B)
ao acaso uma bola da caixa. Qual é a probabilidade de a bola extraída ser preta? 110. (D)
5 17 6 19 111. (D)
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _ 112. (B)
7 21 7 21
113. (A)
Itens de construção
Espaço de probabilidade
122 Num jornal regional estão anunciados cinco filmes. Quatro amigos esco-
lhem um desses filmes ao acaso. Qual é a probabilidade de não escolherem todos
o mesmo filme?
a) Sabe-se que P(A © B) = 0,2 , P(A ∂ B) = 0,6 e P(B | A) = 0,4 . Determina P(B) .
c) Sabe-se que P(B) = 0,3 , P(A | B) = 0,2 e P(A B) = 0,4 . Determina P(B | A) .
‾|‾
a) P((‾
A © B)| B) = P(A | B)
‾ b) 1 - P(A | B) * P(B) - P(A © ‾
B) = P(‾
A)
PROFESSOR
P(A ∂ B) _____
_______ P(A)
Soluções c) = ‾ | B)
+ P(A d) A © B | B) + P(A | B) = 1
P(‾
4
A'2 + 3A'2 _
P(B) P(B)
128. __
25
=
7*7 ‾)
P(B
e) P(B | A) ≥ 1 - _____
49
4
C3 * 6 _ P(A)
129. _
3
8
=
C3 7
130. _
1 133 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.
5
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), com P(A) > 0 .
131. a) 0,3
b) 0,4 a) Prova que P(A) * [P(B | A) - 1] = P(A
‾) - P(‾ ‾) .
A∂B
c) 0,125
135 A Ana tem duas moedas de 1 euro no bolso, sendo uma verdadeira e a
outra falsa. A moeda verdadeira é equilibrada.
Quando se lança a moeda falsa, a probabilidade de sair a face europeia é igual a
0,6. A Ana retira do bolso uma moeda ao acaso e lança-a, tendo obtido a face
europeia. Qual é a probabilidade de ter lançado a moeda falsa?
Apresenta a resposta na forma de fração irredutível.
137 Considera todos os números de três algarismos que se podem formar com
os algarismos de 1 a 9. Escolhe-se, ao acaso, um desses números. Sejam os acon-
tecimentos:
A: o número escolhido é múltiplo de 5
B: o número escolhido tem os algarismos todos diferentes
138 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória. 133. b) 0,6
134. _
20
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E). Sabe-se que: 41
• A e B são acontecimentos independentes; 135. _
6
11
• P(A ∂ B) = 0,7 e P(A © B) = 0,2 ;
_
136. 1
• P(A) > P(B) . 3
* 139 No final de uma aula, um professor propôs uma questão de escolha múlti-
pla, com quatro opções de resposta. Os alunos que sabiam a resposta certa res-
ponderam corretamente e os alunos que não sabiam responderam ao acaso. Dos
n alunos da turma, m sabiam a resposta certa. Depois de recolhidas todas as
respostas, o professor escolheu uma ao acaso e verificou que estava certa.
Mostra que a probabilidade de essa resposta não ter sido dada ao acaso
é igual _ 4m .
n + 3m
* 140 Um saco contém cinco bolas brancas e três bolas pretas. Ao acaso, efe-
tuam-se quatro extrações de duas bolas de cada vez, nunca repondo as bolas
retiradas. Qual é a probabilidade de, numa dessas quatro extrações, as duas
bolas retiradas serem ambas pretas?
* 141 Num concurso televisivo, o concorrente tem à sua frente três portas: A, B
e C. Atrás de uma delas está um automóvel, que o concorrente ganhará se abrir
a porta correspondente. De acordo com as regras do concurso, o concorrente
começa por escolher uma porta. Em seguida, o apresentador, que sabe onde está
o automóvel, abre uma porta, diferente da escolhida pelo concorrente, onde não
está o automóvel. É, então, dada ao concorrente a possibilidade de manter, ou
alterar, a escolha inicial.
O que é que o concorrente deve fazer, de forma a maximizar a probabilidade de
ganhar o automóvel?
Sugestão:
Sejam A , B e C os acontecimentos:
A: o automóvel está atrás da porta A
B: o automóvel está atrás da porta B
C: o automóvel está atrás da porta C
Indica o valor de P(A) , P(B) e P(C) .
Admite que o concorrente começa por escolher a porta A e que, em seguida,
o apresentador abre a porta C.
Seja X o acontecimento: «o apresentador abre a porta C» (depois de o concor-
rente ter escolhido a porta A).
Determina P(A | X) e P(B | X) , utilizando o teorema da probabilidade total para
calcular P(X) . Tendo em conta os valores obtidos, responde à questão colocada.
PROFESSOR
Soluções
140. _
3
7
141. O concorrente deve alterar a
escolha inicial.
Página 27
Arranjos – Exercício resolvido 1
Página 30
Combinações – Exercício resolvido 1.a)
Página 46
Exercício resolvido 5
Página 46
Exercício resolvido 5
1
3 e) ] 3, p]
Tem-se, para qualquer x å U :
f) {- 1, 0, 2, 4} * {5, 6} = {(- 1, 5), (- 1, 6),
‾
xåA ∂ B § x ∫ A ∂ B § ~(x å A ∂ B) §
Tema
(0, 5), (0, 6), (2, 5), (2, 6), (4, 5), (4, 6)}
Cálculo § ~(x å A › x å B) §
g) {(4, 4)}
Combinatório § ~(x å A) ‹ ~(x å B) §
§xåA ‾‹xå‾ B§xåA ‾©‾
B h) {- 1, 0} * {1, 2, 3} = {(- 1, 1), (- 1, 2),
1. Propriedades das 4 (- 1, 3), (0, 1), (0, 2), (0, 3)}
Tem-se, para qualquer x å V e para
operações sobre conjuntos qualquer y å U : 12
{- 4, - 1, 0, 1, 4}
1 (x, y) å C * (A ∂ B) § 13
Comecemos por provar que:
§xåC‹yåA∂B§
AƒB±A∂B=B a) (A ∂ B) \ B = (A ∂ B) © ‾ B=
§ x å C ‹ (y å A › y å B) § = (A © ‾ B) ∂ (B © ‾B) = (A © ‾
B) ∂ Δ =
Suponhamos, então, por hipótese, que A ƒ B
e provemos que A ∂ B = B , ou seja, que
§ (x å C ‹ y å A) › (x å C ‹ y å B) § =A©‾ B = A\B
B ƒ A ∂ B (i) e que A ∂ B ƒ B (ii). § (x, y) å C * A › (x, y) å C * B § b) (A \ B) \ C = (A © ‾
B) © ‾ B©‾
C = A © (‾ C) =
§ (x, y) å (C * A) ∂ (C * B) = A © (‾ B ∂ C) = A \ (B ∂ C)
(i) x å B ± x å A › x å B ± se x å A ∂ B
* c) (A \ B) ∂ B = (A © B ‾) ∂ B =
(ii) x å A ∂ B ± x å A › x å B ± 5
± x å B › x å B ± x å B (*pois A ƒ B) = (A ∂ B) © (B
‾ ∂ B) = (A ∂ B) © U = A ∂ B
‾ ∂ B) ∂ A = (B ∂ A
a) (A ‾) ∂ A = B ∂ (A
‾ ∂ A) =
Vamos agora provar que A ∂ B = B ± A ƒ B . =B∂U=U 14 A \ B = A § A © ‾
B=A§Aƒ‾
B§
Suponhamos, então, por hipótese, que b) (A © B) ∂ A
‾ = (A ∂ A
‾) © (B ∂ A‾) = §Bƒ‾ A
A ∂ B = B e provemos que A ƒ B .
= U © (B ∂ ‾ ‾
A) = B ∂ A 15 Se A ƒ B , então A © B = A .
Tem-se x å A ± x å A › x å B ±
c) B © (‾ ‾©B
A ∂ B) = B © (A ‾) = B © (B ‾) =
‾©A
Como A © B = Δ , vem A = Δ .
±xåA∂B±xåB.
= (B © B ‾=Δ©‾
‾) © A A=Δ
2 16 Tem-se para qualquer x å V e para
Sejam A , B e C conjuntos contidos d) (A ∂ B) © (A
‾ ∂ B) = (A © ‾
A) ∂ B =
qualquer y å U :
num universo U: =Δ∂B=B
• Comutatividade da união (x, y) å C * (A © B) § x å C ‹ y å A © B §
6 (A \ B) © B = (A © ‾
B) © B = A © (‾
B © B) = § x å C ‹ (y å A ‹ y å B) §
Tem-se, para qualquer x å U :
=A©Δ=Δ § (x å C ‹ x å C) ‹ (y å A ‹ y å B) §
xåA∂B§xåA›xåB§ § (x å C ‹ y å A) ‹ (x å C ‹ y å B) §
7 Como A ƒ B , tem-se A ∂ B = B , donde
§xåB›xåA§xåB∂A § (x, y) å C * A ‹ (x, y) å C * B §
vem que (A ∂ B) © B
‾=B©B‾=Δ.
§ (x, y) å (C * A) © (C * B)
• Associatividade da união
8 ‾ * C) ∂ (‾
(A ‾∂‾
B * C) = (A B) * C = 17
Tem-se, para qualquer x å U : Vamos provar que:
= (‾
A © B) * C
x å (A ∂ B) ∂ C § x å A ∂ B › x å C § ‾ƒA
(i) A ∂ B = U ± B
Como A ƒ B , tem-se A © B = A , de onde vem
§ (x å A › x å B) › x å C § ‾ƒA±A∂B=U
(ii) B
que (‾
A © B) * C = ‾
A*C.
§ x å A › (x å B › x å C) § (i) A ∂ B = U ± (A ∂ B) © B
‾=U©‾
B±
9
§xåA›xåB∂C§ ± (A © ‾
B) ∂ (B © ‾ ‾±
B) = B
§ x å A ∂ (B ∂ C) a) Como A ƒ B , tem-se, para qualquer x å U , ‾) ∂ Δ = ‾
± (A © B B±
xåA±xåB.
±A©‾ B=‾
B±B ‾ƒA
• Idempotência da união Portanto, x å A ∂ C ± x å A › x å C ±
‾ƒA±B
(ii) B ‾∂BƒA∂B±UƒA∂B±
Como A ƒ A , tem-se que A ∂ A = A . ±xåB›xåC±xåB∂C
‾ , pelo que ±A∂B=U
b) Como A ƒ B , tem-se ‾ BƒA
• Elemento neutro da união
‾∂BƒA
B ‾ ∂ B , ou seja, U ƒ A
‾∂B. 18 Vamos provar que:
Como O ƒ A , tem-se que A ∂ O = A .
Como ‾ ‾∂B=U.
A ∂ B ƒ U , tem-se A (i) A = Δ ± existe um conjunto B contido
• Elemento absorvente da união em U tal que B = (A © ‾ ‾ © B)
B) ∂ (A
10
Como A ƒ U , tem-se que A ∂ U = U . (ii) existe um conjunto B contido em U tal
a) {6, 30}
• Distributividade da união em relação à que B = (A © ‾B) ∂ (‾
A © B) ± A = Δ
b) {1, 2, 3, 5, 6, 10, 12, 15, 18}
interseção Tem-se:
c) {30} * {1, 2} = {(30, 1), (30, 2)}
Tem-se, para qualquer x å U : (i) Se A = Δ , tem-se, para qualquer conjunto
d) {6, 12, 18} * {30} = B contido em U :
x å A ∂ (B © C) § x å A › x å B © C § = {(6, 30), (12, 30), (18, 30)}
‾) ∂ (‾
(A © B A © B) = (Δ © ‾B) ∂ (U © B) =
§ x å A › (x å B ‹ x å C ) §
11 =Δ∂B=B
§ (x å A › x å B) ‹ (x å A › x å C) §
a) [- 5, 3] b) {0} (ii) Admitamos agora que existe um conjunto B
§xåA∂B‹xåA∂C§ contido em U tal que:
c) p
_ 5p
_ d) [- 5, p]
§ x å (A ∂ B) © (A ∂ C) [0, 6 ] ∂ [ 6 , 3] ‾ © B)
‾) ∂ (A
B = (A © B
29 24 = 16 43 13
C4 * 7C1 + 13C3 * 7C2 = 11 011 74 2n - n - 1 = 4083 § n = 12
55
100 n
C2 = 91 § n = 14
9!
a) _ 200!
b) _
5! 197!
Teste 1
13! (n + 1)! 3. Triângulo de Pascal
c) _ d) _______
9! (n - 1)!
e binómio de Newton Págs. 48 e 49
84 Grupo I
101 Sejam a e b o segundo e terceiro
a) 7A3 b) 100
A3 c) 201
A4
elementos de uma linha do triângulo de
1. (D)
d) nA3 e) 11
A2 f) k+1
A3 Pascal. Tal como se pode observar na figura 2. (A)
g) 19
A14 h) 91
A62 abaixo, o terceiro elemento da linha seguinte é 3. (B)
a + b . Ora, uma vez que 1 + a + b = x , vem
85
4. (A)
a+b=x-1.
5. (C)
a) 20 * 19 * 18 * 17 1 a b …
1 1+a a+b …
b) r(r - 1) (r - 2) Grupo II
102 1000
C125
c) 100 * 99 * ... * 52 * 51 1. a) Tem-se:
103 49 ‾∂‾
A B=U§‾
A©B=U§A©B=O
86 5
A3 * 7! = 302 400 C2 = 1176
b) Tem-se:
87 104 27
A © B = O ± (A © C) © (B © C) =
a) 8A6 = 20 160 105 17
C8 + C9 = 48 620
17 = (A © B) © (C © C) = O © C = O
b) 7A5 = 2520 A recíproca não é verdadeira.
106 28 = 256
c) 6 * 7A5 = 15 120 Por exemplo, se A = {1, 2, 3, 4} ,
107 84
C42 B = {4, 5, 6} e C = {2, 6} , tem-se:
88
A © C = {2} e B © C = {6} , pelo que
a) 13
A5 = 154 440 108
A © C e B © C são conjuntos disjuntos.
b) 12
A4 = 11 880 a) 64x3 + 144x2 + 108x + 27 No entanto, os conjuntos A e B não
c) 5A3 * 10A2 = 5400 b) 81a4 - 108a3 + 54a2 - 12a + 1 são disjuntos, pois A © B = {4} .
89
c) 243a5 + 810a4b + 1080a3b2 + 720a2b3 + 2. a1) 3! * 4! * 5! * 6! = 12 441 600
+ 240ab4 + 32b5 a2) 6 * 7A4 * 10! ) 1,83 * 1010
a) 2 * 9A4 = 6048 _
109 207 + 94√5 b) 4C2 * 5 * 6C2 + 4C2 * 6C3 = 570
b) 2 * 2 * 8A3 = 1344
3. a) 2 * 6C2 = 30
c) 9A4 + 4 * 8A3 = 4368 110 12
C7 (3x)5 (- 2)7 = - 24 634 368x5
b) 2 * 6 * 5 = 60
90 9 35
111 - _ 4. x = 1
4
2
§n=4›n=4§n=4
175 2n = 512 ± n = 9 ; 10
C5 = 252
185 De acordo com o enunciado, seja x o
176 7
C1 + 7C3 + 7C5 + 7C7 = terceiro elemento de uma linha do triângulo
Tema
= 6C0 + 6C1 + 6C2 + 6C3 + 6C4 + 6C5 + 6C6 = 26 de Pascal.
7
C1 + 7
C3 + 7
C5 + 7
C7 Seja a o segundo elemento dessa linha. Probabilidades
n=6 Tem-se, então, que os três primeiros elementos
dessa linha e os três primeiros elementos da
177
linha seguinte são:
1. Definir espaços
de probabilidades
3
a) C3 t _
9 2 6
( t ) = 672t
3
1 a x …
2
1 a+1 a+x … 1
b) 10
C2 a8 _1 45 6
___
( 2a ) = 4 a Ainda de acordo com o enunciado, tem-se:
a1) {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12}
178 (1 + x)3 + (1 - x)3 = 1+a+x=y e
a2) {3} (por exemplo)
1+a+1+a+x=z
= 1 + 3x + 3x2 + x3 + 1 - 3x + 3x2 - x3 = a3) {2, 3, 4} (por exemplo)
= 2 + 6x2 (em qualquer linha do triâgulo de Pascal, a
a4) 212 = 4096
soma dos três últimos elementos é igual à soma
179 dos três primeiros elementos). b1) {1, 2, 3} b2) {3, 6, 9, 12}
a) - 20 b) 2n
Cn x n Vem, então: b3) {6, 7} b4) Δ
1+a+x=y§a=y-x-1 c1) Sair número ímpar, por exemplo.
180
1 + a + 1 + a + x = z § z = x + 2a + 2 § c2) Sair número múltiplo de 4, por exemplo.
C4 (- 2) = 7920 .
4
a) Sim, é o termo 12
2 3 (por exemplo)
2 n
181 Consideremos o esquema: * 1n - 2 * _1 1
_ f) {1, 2, 3} e {6, 7, 8, 9, 10, 11, 12}
( n ) + … + Cn * 1 * ( n ) =
n 0
(por exemplo)
_E_E_E_E_E_E_E_E_E_ n (n - 1) __
1 + ____
=1+n*_ * 12 + … + __
1 =
2
As nove cartas de espadas podem permutar n 2 n nn
entre si. n (n - 1) 1 = a) {(1, p), (1, e), (2, p), (2, e), (3, p), (3, e),
= 1 + 1 + _______ + … + __
Escolhem-se quatro dos dez espaços 2n 2 nn (4, p), (4, e), (5, p), (5, e), (6, p), (6, e)}
(representados por _) para colocar as quatro n - 1 + … + __
=2+_ 1 b1) {(6, p), (6, e)}
cartas de copas. 2n nn
b2) {(2, e), (4, e), (6, e)}
Resposta: 9! * 10A4 = 1 828 915 200 . Portanto, para n ≥ 3 , tem-se:
n b3) {(1, p), (1, e), (2, p), (3, p), (4, p), (5, p),
182 1
_ n-1
_
(1 + n ) > 2 + 2n (6, p)}
Peças Peças Total de Número de Vamos mostrar que, para n ≥ 3 , se tem c1) Sair 1 ou 2 e a face europeia.
quadradas retangulares peças configurações c2) Sair 5 ou 6 no dado.
2+_n - 1 > 2,3 .
14 0 14 1 2n
13
3
12 1 13 C1 Tem-se, para qualquer n natural:
n - 1 > 2,3 § _ n - 1 > 0,3 § a) 0,8 b) 0,3
2+_
12
10 2 12 C2
11 2n 2n
8 3 11 C3 4
10 § n - 1 > 0,6n § 0,4n > 1 § n > 2,5
6 4 10 C4
a) P(A © B) + P(A‾ ∂ B‾) = P(A © B) + P(A
‾ © B) =
4 5 9 9
C5 Conclusão: para n ≥ 3 , tem-se:
n = P(A © B) + 1 - P(A © B) = 1
8 1
_ n-1
_ n-1
_
(1 + n ) > 2 + 2n e 2 + 2n > 2,3
2 6 8 C6
b) P(A) + P(A‾ ∂ B) = P(B) + P(A ∂ ‾ B) §
0 7 7 1
1
_
n
§ P(A) + P(A ‾) + P(B) - P(A ‾ © B) =
1 + C1 + C2 + C3 + C4 + C5 + C6 + 1 = 610
13 12 11 10 9 8 Portanto, se n ≥ 3 , então
(1 + n ) > 2,3 . = P(B) + P(A) + P(B ‾) - P(A © B ‾) §
55
10 = _
5 6 =_1 a) A ∂ B = {4, 8, 6, 12} no espaço de resulta-
a) __ b) __
63 108 63 36 dos E = {2, 3, 4, 5, ..., 11, 12} .
6*5*4=_
c) __ 5 15 = _
d) __ 5
Teste 2 b) A © B = {12} no espaço E (ver a)).
63 9 63 72
23 É uma afirmação falsa. Por exemplo, no
Págs. 78 e 79
10 lançamento de um dado, os acontecimentos
10 Grupo I A = {1, 2} e B = {4, 6} são incompatíveis,
A6
a) _____ = 0,1512 1. (D) mas pode não se realizar nem A nem B (se
106
sair, por exemplo, 3).
6
C2 * 9
4 2. (D)
b) _______ = 0,098 415 24 ... contrários ... realização
106 3. (B)
26 = P(A) + P(A
‾ ∂ B) § 5*4*3+8*7*6=_
49 ___________ 66
15 * 14 * 13 455
‾. ‾. ‾) = P(‾
§ 1 - P(A © B A ∂ B) §
a) Pertence a A b) Pertence a A
27 § P (‾ B) = P(A
A©‾ ‾ ∂ B) §
50
§ P(A ‾ ∂ B) = P(A
‾ ∂ B) , o que é
a) ‾
B = {3, 4, 5, 6}
verdade. a) _ 12 = _ 1 10 * 10 * 12 = _
b) ____________ 10
b) ‾ ‾
A∂B={1, 2, 4, 6} = {3, 5} 40 * 39 130 40 * 39 13
38 A probabilidade de qualquer aconteci-
c) ‾ ‾
‾={
A©B 4, 6} = {1, 2, 3, 5}
mento é inferior ou igual a 1, pelo que, em 51
B \ A = {‾
d) ‾ 1} = {2, 3, 4, 5, 6} particular, se tem P(A ∂ B) ≤ 1 .
5 * 4 * 3 + 10 * 9 * 8 = _
a) ____________ 2
28 Vem, então: 15 * 14 * 13 7
b) 0
a) A © B = Δ b) A ƒ B P(A ∂ B) ≤ 1 § P(A) + P(B) - P(A © B) ≤ 1 §
5 * 4 * 10 * 3 + 10 * 9 * 5 * 3 = _
c) ____________ 5
29 § 0,6 + 0,7 - P(A © B) ≤ 1 §
15 * 14 * 13 7
a) ‾
A©B‾=‾ A∂B=A ‾∂B=B∂‾ A (leis de De § – P(A © B) ≤ 1 - 1,3 § P(A © B) ≥ 0,3
Morgan, dupla negação, comutatividade) 52 Probabilidade de ganhar (cor diferente):
Como P(A © B) 0 0 , tem-se A © B 0 Δ .
b) ‾
A©B©C=A ‾ ©B∂‾ C=‾ A∂‾B∂C ‾ • sem reposição:
(associatividade e leis de De Morgan) 39 P(‾ B) ≤ 1 + P(‾
A) + P(‾ A ∂ B) § 3*2*1*3*2*1=_
___________ 3
30 § 1 - P(A) + 1 - P(B) ≤ 1 + 1 - P(A ∂ B) § 6*5*4 10
• com reposição:
‾∂B
a) A ‾=‾ A©B=‾ Δ=E § - P(A) - P(B) ≤ - P(A ∂ B) § 3*2*1*3*2*1=_ 1
___________
‾) = (A © B) ∂ (A © A
b) A © (B ∂ A ‾) = § P(A) + P(B) ≥ P(A ∂ B) § 6*6*6 6
=Δ∂Δ=Δ É melhor tirar sem reposição.
§ P(A) + P(B) - P(A ∂ B) ≥ 0 §
31 P(A ∂ B) 0 P(A) + P(B) , logo os Probabilidade de ganhar (mesma cor):
§ P(A © B) ≥ 0 , o que é verdade.
acontecimentos não são incompatíveis • sem reposição:
(axioma 3). 40
3*2*1=_
_ 1
32 1 1 1 3 6 * 5 * 4 20
a) _ b) _ c) _ d) _
1 18 2 9 4 • com reposição:
a) _
2 3*3*3+2*2*2+1=_
___________ 1
17 > 1 41 6*6*6
b) P(A) + P(B) = _ 6
12 É melhor tirar com reposição.
Portanto, a probabilidade de A © B é 1
a) _ 5
b) _
maior do que 0, de onde se conclui que 36 9
53
A © B 0 0.
42 13 * 12 * 11 = _
11
a) ___________
33 P(‾ 52 * 51 * 50 850
A ∂ B) = 1 - P(A ∂ B) = 4
a) _ 7
b) _ 1
c) _ 2
d) _ e) _8
105 15 35 35 105 13 * 12 * 39 * 3 = _
b) ___________ 117
= 1 - [P(A) + P(B)] =
52 * 51 * 50 850
= 1 - P(A) - P(B) = P(‾
A) - P(B) 43
c) 1 - _ 839
11 = _
34 É P(ás) + P(copas) - P(ás de copas) 1 2 1 5
850 850
a) _ b) _ c) _ d) _
35 35 7 7
35 23 * 3! = _
54 __ 1
6! 15
a) 0,8 b) 0,6
44 55
36 60
C2 * 20C2
a) 0,504 b) 0,0486 c) 0,021 a) ___________ ) 0,21
a) P(A ∂ B) pode tomar qualquer valor do 80
C4
intervalo [0,7; 1] . 45 _1 60
P(A © B) pode tomar qualquer valor do C3 * 20 + 60C4
462 b) ___________
80
) 0,74
intervalo [0,1; 0,4] . C4
46
b) 0,4
56
37 a) 0,000 9985 b) 0,005 1846 16
C2 * 12C1 ___________
16
C * 12 _
a) ___________ = 282 = 40
a) P(A © B) + P(A
‾∂‾ B) = 47 28
C3 C3 91
= P(A © B) + P(A © B) =
‾
17 85 10
26
C1 _
a) _ b) _ c) _ b) ___________ = 26 = _
1
= P(A © B) + 1 - P(A © B) = 1 81 378 27 28
C3 28C3 126
978-111-11-4409-8
00001
9 781111 144098
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