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M T

A MATEMÁTICA A
.º ANO
CRISTINA VIEGAS
SÉRGIO VALENTE
MANUAL DO
PROFESSOR

SIMULADOR
Novo REVISÃO CIENTÍFICA
Programa

VOL.
DE EXAMES
Metas FACULDADE DE CIÊNCIAS
Curriculares UNIVERSIDADE DO PORTO
Índice vol. 1

1
Tema

Cálculo Combinatório

1. Propriedades das operações sobre conjuntos 3. Triângulo de Pascal e binómio de Newton


Propriedades que envolvem a relação de inclusão 6 Triângulo de Pascal. Propriedades das combinações 40
Propriedades das operações de interseção e união 7 Binómio de Newton 44
Leis de De Morgan 8 Síntese 47
Propriedades que envolvem o produto cartesiano 9 5 + 5 | Teste 1 48
Síntese 12 Exercícios propostos 50
Exercícios propostos 13
+Exercícios propostos 52

2. Introdução ao cálculo combinatório


Cardinal de um conjunto. Conjuntos equipotentes.
Princípios fundamentais da contagem 14
Arranjos com repetição 19
Conjunto das partes de um conjunto 21
Permutações 22
Arranjos 27
Combinações 29
Síntese 35
Exercícios propostos 36
2
No final encontras:
Calculadoras gráficas
Tema

115
Geometria
Casio fx-CG 20
Texas Instruments TI-84 Plus C SE /
Analítica
Probabilidades / CE-T
Texas Instruments TI-Nspire CX
116
117
Respostas
Exercícios propostos 118
1. Declive
Definir espaços
e inclinação
de probabilidade
de uma reta.
Produto escalar
Experiência aleatória. Espaço amostral. 128
Espaço
Declive dos
e inclinação
acontecimentos
de uma reta 128
60
Axiomática
Produto escalar
de Kolmogorov.
de vetores 132
Espaço
Ângulo de vetores
probabilidade 134
64
Definição
Vetores perpendiculares
de Laplace de probabilidade 137
68 No volume 2 encontras:
Síntese do produto escalar 138
76

3
Propriedades
5 + 5 de
Resolução | Teste 2
problemas 140
78
5 + 5 | Teste
Exercícios propostos
4
Cálculo do produto escalar a partir das
80
142
Funções Reais
de Variável

Tema
coordenadas dos vetores 144
Relação entre declives de retas do plano Real
2. Definir probabilidade condicionada
perpendiculares 146

4
Lugares geométricos
Probabilidade condicionada 147
85
Resolução de problemas
Probabilidade da interseção de 150 Funções
5 + 5 | Teste 5
dois acontecimentos 152
90 Exponenciais
e Funções
Tema

Equaçõesda
Teorema deprobabilidade
planos no espaço
total 154
91
163
94
Logarítmicas
Resolução
Tabelas de problemas
e diagramas em árvore
Caça aos erros!
Acontecimentos independentes 165
96
5 + 5 | Teste 6
Síntese 166
101
5 + 5 | Teste
Demonstrações 3
facultativas 168
102 No volume 3 encontras:
Síntese
Exercícios propostos 170
104

5
Exercícios propostos 173
+Exercícios propostos 107
+Exercícios propostos 179
Trigonometria
Tema

e Funções
Trigonométricas

6 Primitivas
e Cálculo
Tema

Integral

7 Números
Tema

Complexos
1 Cálculo
Tema

Combinatório
Este tema está organizado em:

1. Extensão
Propriedades das operações
da trigonometria a
ângulos retos e
sobre conjuntos obtusos e
resolução
Síntese
de triângulos
5 + 5 | Teste 1
Exercícios Propostos
Síntese
2. Exercícios
Introdução ao cálculo combinatório
Propostos
Síntese
2. ???
Exercícios Propostos
5 + 5 | Teste 2
3. Síntese
Triângulo de Pascal
e binómio de Newton
Exercícios Propostos
Síntese
+Exercícios
5 + 5 | TestePropostos
1
Exercícios Propostos

+Exercícios Propostos
1. Propriedades das operações
sobre conjuntos

Propriedades que envolvem a relação


de inclusão
SERÁ QUE…? Inclusão de conjuntos
Resolução
Exercícios de
1. Seja A = {1, 2, 3} e seja B = {1, 2, 3, 4, 5} .
«Propriedades das
operações sobre a) Indica o valor lógico da seguinte proposição: A ƒ B .
conjuntos»
b) Determina A © B e A ∂ B .

2. Seja A = [2, 5] e seja B = [ 1, + ∞ [ .


a) Indica o valor lógico da seguinte proposição: A ƒ B .
b) Determina A © B e A ∂ B .

3. Seja A = {3, 4, 5} e seja B = {4, 5, 6, 7, 8} .


a) Indica o valor lógico da seguinte proposição: A ƒ B .
b) Determina A © B e A ∂ B .

Será que consegues estabelecer uma conjetura que relacione a inclusão de


conjuntos com as operações de interseção e união?

As propriedades 1 e 2 que apresentamos em seguida permitem traduzir a inclusão


de conjuntos em igualdades que envolvem a interseção e a união de conjuntos.

Propriedades
Sejam A e B conjuntos contidos num universo U .
Têm-se as seguintes propriedades:
1. A ƒ B § A © B = A
2. A ƒ B § A ∂ B = B
3. O ƒ A
4. A ƒ B § ‾ ‾
BƒA

Demonstração
RECORDA Vamos provar as propriedades 1, 3 e 4.
* (p § q) § (p ± q ‹ q ± p) 1. Para provar esta equivalência, vamos mostrar, separadamente, que*:
** X = Y § X ƒ Y ‹ Y ƒ X AƒB±A©B=A e A©B=A±AƒB.
• Comecemos por provar que A ƒ B ± A © B = A .
Suponhamos, então, por hipótese, que A ƒ B e provemos que A © B = A ,
ou seja, que A ƒ A © B e que A © B ƒ A**.

6 Tema 1 | Cálculo Combinatório


i) Provemos que A ƒ A © B*. RECORDA
Seja x å A . Como, por hipótese, A ƒ B , tem-se que x å B . Portanto, * X ƒ Y §
§ Ax å U, x å X ± x å Y
x å A e x å B , de onde vem que x å A © B .
Portanto, para provar que X ƒ Y ,
admite-se que x å X e conclui-se
ii) Provemos que A © B ƒ A**. que x å Y .
Seja x å A © B . Tem-se que x å A e x å B , pelo que, em particular, **  Este resultado é válido para
quaisquer conjuntos A e B .
se tem que x å A .

• Vamos agora provar que A © B = A ± A ƒ B .

Suponhamos, então, por hipótese, que A © B = A e provemos que A ƒ B*.

Seja x å A . Como, por hipótese, A © B = A , tem-se que x å A © B .


Portanto, x å A e x å B , pelo que, em particular, se tem que x å B .

3. Tem-se O ƒ A , pois Ax å U, x å O ± x å A .

De facto, x å O é, para qualquer x pertencente a U , uma proposição falsa, ***  Dado que, para qualquer con-
pelo que a implicação x å O ± x å A é verdadeira, para qualquer x per- junto A , se tem O © A = O , tam-
bém se pode concluir que O ƒ A
tencente a U***. recorrendo à propriedade 1.

RECORDA
4. A ƒ B § Ax å U, x å A ± x å B §
Lei da conversão:
§ Ax å U, ~(x å B) ± ~(x å A) § Ax å U, x ∫ B ± x ∫ A § (p ± q) § (~q ± ~p)

‾±xå‾
§ Ax å U, x å B ‾ƒ‾
A§B A 1 Prova a propriedade 2, ou
seja, mostra que:
AƒB§A∂B=B

Propriedades das operações


de interseção e união

Propriedades
Sejam A , B e C conjuntos contidos num universo U .
Têm-se as seguintes propriedades:

Propriedades Interseção União

Comutativa A©B=B©A A∂B=B∂A

Associativa (A © B) © C = A © (B © C) (A ∂ B) ∂ C = A ∂ (B ∂ C)
Idempotência A©A=A A∂A=A

Elemento neutro A©U=A A∂O=A

Elemento absorvente A©O=O A∂U=U

A © (B ∂ C) = (A © B) ∂ (A © C)
Distributivas
A ∂ (B © C) = (A ∂ B) © (A ∂ C)

Capítulo 1 | Propriedades das operações sobre conjuntos 7


Demonstração
Vamos demonstrar as propriedades relativas à interseção e à distributividade da
interseção em relação à união.

• Comutatividade da interseção
Tem-se, para qualquer x å U :
xåA©B§xåA‹xåB§xåB‹xåA§xåB©A

• Associatividade da interseção
Tem-se, para qualquer x å U :
x å (A © B) © C § x å A © B ‹ x å C §
§ (x å A ‹ x å B) ‹ x å C § x å A ‹ (x å B ‹ x å C) §
§ x å A ‹ x å B © C § x å A © (B © C)

2 Demonstra as propriedades
• Idempotência da interseção
relativas à união e à distributi- Como A ƒ A , tem-se que A © A = A .
vidade da união em relação à
interseção. • Elemento neutro da interseção
Como A ƒ U , tem-se que A © U = A .

• Elemento absorvente da interseção


Como O ƒ A , tem-se que A © O = O .

• Distributividade da interseção em relação à união

RECORDA Tem-se, para qualquer x å U :


a ‹ (b › c) § (a ‹ b) › (a ‹ c) x å A © (B ∂ C) § x å A ‹ x å B ∂ C §
§ x å A ‹ (x å B › x å C) §
§ (x å A ‹ x å B) › (x å A ‹ x å C) §
§ (x å A © B) › (x å A © C) § x å (A © B) ∂ (A ∂ C)

Leis de De Morgan
SERÁ QUE…? Interseções, uniões e complementares

Sejam, no universo {1, 2, 3, 4, 5, 6} , os conjuntos A = {1, 2} e B = {1, 3, 5} .


1. a) Determina A © B e A ∂ B .
b) Determina ‾
A©B e ‾
A∂B.
c) Determina ‾
A e ‾
B.
2. Completa, utilizando o símbolo de interseção ou de união:
a) ‾ ‾ ..... B
A©B=A ‾
b) ‾
A∂B=‾ ‾
A ..... B

Será que as igualdades que escreveste são sempre verdadeiras, qualquer que
seja o universo U e quaisquer que sejam os conjuntos A e B nele contidos?

8 Tema 1 | Cálculo Combinatório


Propriedades
Sejam A e B conjuntos contidos num universo U .
Têm-se as seguintes propriedades (conhecidas como leis de De Morgan para
conjuntos):
1. ‾
A©B=‾ ‾
A∂B 2. ‾ ‾©B
A∂B=A ‾

Demonstração da propriedade 1
RECORDA
Vamos demonstrar que ‾ ‾∂‾
A©B=A B.
~(a ‹ b) § ~a › ~b
Tem-se, para qualquer x å U :
xåA‾ © B § x ∫ A © B § ~(x å A © B) §
§ ~(x å A ‹ x å B) § ~(x å A) › ~(x å B) § 3 Prova que ‾ ‾©‾
A∂B=A B.
§xåA ‾›xå‾ B§xå‾ A∂B ‾

Propriedades que envolvem o produto


cartesiano
RECORDA
Recordemos que, dados conjuntos X e Y , o produto cartesiano de X por Y
O produto cartesiano não é comuta-
(o qual se representa por X * Y ) é o conjunto de todos os pares ordenados (x, y) tivo.
em que x å X e y å Y .

EXEMPLO

Se X = {1, 2} e Y = {a, b, c} , então:


X * Y = {(1, a), (1, b), (1, c), (2, a), (2, b), (2, c)}
Y * X = {(a, 1), (a, 2), (b, 1), (b, 2), (c, 1), (c, 2)}

Propriedades
Sejam A e B conjuntos contidos num universo U e seja C um conjunto NOTA
contido num universo V*. * Os universos U e V podem ser
iguais.
Têm-se as seguintes propriedades:
1. (A ∂ B) * C = (A * C) ∂ (B * C) 2. C * (A ∂ B) = (C * A) ∂ (C * B)

Demonstração da propriedade 1
Vamos demonstrar que (A ∂ B) * C = (A * C) ∂ (B * C) . 4 Demonstra a propriedade:
Tem-se, para qualquer x å U e para qualquer y å V : C * (A ∂ B) = (C * A) ∂ (C * B)
(x, y) å (A ∂ B) * C § x å (A ∂ B) ‹ y å C §
§ (x å A › x å B) ‹ y å C §
§ (x å A ‹ y å C) › (x å B ‹ y å C) §
§ (x, y) å A * C › (x, y) å B * C §
§ (x, y) å (A * C) ∂ (B * C)

Capítulo 1 | Propriedades das operações sobre conjuntos 9


Exercícios resolvidos
1. Sejam A e B conjuntos contidos num universo U .
Simplifica:

A © (B © A)
a) ‾ A © (A ∂ B)
b) ‾

c) ‾
A∂‾
B d) (‾
A © B) ∂ B

e) (‾
A © B) © B
‾ f) (A © B) ∂ (A © B
‾)

Resolução

A © (B © A) = ‾
a) ‾ A © (A © B) = (‾
A © A) © B = O © B = O

A © (A ∂ B) = (‾
b) ‾ ‾ © B) = O ∂ (A
A © A) ∂ (A ‾ © B) = ‾
A©B
5 Sejam A e B conjuntos
contidos num universo U . c) ‾
A∂‾ ‾©‾
B=A ‾ ‾©B
B=A
Simplifica:
d) (‾ ‾∂‾
A © B) ∂ B = (A B) ∂ B = ‾
A ∂ (‾ ‾∂U=U
B ∂ B) = A
‾ ∂ B) ∂ A
a) (A
b) (A © B) ∂ A
‾ ‾
e) (‾ ‾∂‾
A © B) © B = (A
‾ B) © B = (A ∂ B
‾) © B =
c) B © (‾
A ∂ B) = (A © B) ∂ (‾
B © B) = (A © B) ∂ O = A © B
d) (A ∂ B) © (A
‾ ∂ B)
f) (A © B) ∂ (A © ‾ ‾) = A © U = A
B) = A © (B ∂ B

2. Sejam A e B conjuntos contidos num universo U .


Recorda que A \ B = {x å U : x å A ‹ x ∫ B} .

a) Justifica que A \ B = A © ‾
B.

b) Simplifica: (‾
A \ B) ∂ A

Resolução
a) Tem-se:
6 Sejam A e B conjuntos ‾§xåA©‾
x å A\B § x å A ‹ x ∫ B § x å A ‹ x å B B
contidos num universo U .
Simplifica: (A \ B) © B
‾.
Portanto, A\ B = A © B

A \ B ) ∂ A = (‾
b) (‾ A©B ‾∂‾
‾) ∂ A = (A B) ∂ A = (A
‾ ‾ ∂ B) ∂ A =
7 Sejam A e B conjuntos
contidos num universo U . = (B ∂ ‾
A) ∂ A = B ∂ (‾
A ∂ A) = B ∂ U = U
Sabe-se que A ƒ B .
Simplifica: (A ∂ B) © B
‾ 3. Sejam A e B conjuntos contidos num universo U .
Sabe-se que A ƒ B . Simplifica (A © B) ∂ ‾
A.
PROFESSOR
Soluções
Resolução
5. a) U b) B ∂ ‾
A
c) Δ d) B Como A ƒ B , tem-se A © B = A .
6. Δ
Portanto, (A © B) ∂ ‾ ‾=U.
A=A∂A
7. Δ
continua

10 Tema 1 | Cálculo Combinatório


continuação

4. Sejam A , B e C conjuntos contidos num universo U .


Sabe-se que A © B = O .

a) Simplifica: (C ∂ A) © (C ∂ B)
‾ ) ∂ (C * B
b) Prova que (C * A ‾) = C * U .

Resolução 8 Sejam A , B e C conjun-


a) (C ∂ A) © (C ∂ B) = C ∂ (A © B) = C ∂ O = C tos contidos num universo U .
Sabe-se que A ƒ B .
b) (C * ‾ B) = C * (‾
A) ∂ (C * ‾ A∂B A © B) = C * ‾
‾) = C * (‾ O =C*U Simplifica: (‾ ‾ * C)
A * C) ∂ (B

5. Sejam A , B e C conjuntos contidos num universo U .


a) Prova que A ƒ B ± A © C ƒ B © C .

b) Prova que A ƒ ‾
C§A©C=O.

c) Simplifica (A ∂ B) © C , admitindo que ‾ ‾ e que A \ C = A .


AƒB

Resolução
a) Seja x um qualquer elemento de U .

Pretende-se provar que x å A © C ± x å B © C , admitindo que A ƒ B .


Dado que A ƒ B , tem-se: x å A ± x å B .
Portanto:
xåA©C ±xåA‹xåC±
±xåB‹xåC±
9 Sejam A , B e C conjun-
±xåB©C tos contidos num universo U .

b) Comecemos por provar que A ƒ ‾


C±A©C=O. Prova que:
a) A ƒ B ± A ∂ C ƒ B ∂ C
De acordo com a alínea a), tem-se:
‾∂B=U
b) A ƒ B ± A
‾±A©CƒC
AƒC ‾©C
Então, A ƒ ‾C ± A © C ƒ O . Como O está contido em qualquer PROFESSOR
conjunto, também se tem O ƒ A © C e, portanto, A © C = O . Soluções
‾.
Provemos agora que A © C = O ± A ƒ C ‾*C
8. A

Seja x um qualquer elemento de U . Caderno de exercícios


Pretende-se provar que x å A ± x å ‾
C , admitindo que A © C = O . Propriedades das operações
sobre conjuntos
Ora, como A © C = O , tem-se: x å A ± x ∫ C ± x å ‾
C.
NOTA
c) Como ‾
Aƒ‾
B , tem-se B ƒ A*. * Recorda a propriedade 4 na pági-
na 6.
Portanto, A ∂ B = A , pelo que (A ∂ B) © C = A © C .
Por outro lado, tem-se A \ C = A , ou seja, tem-se A © ‾
C = A , pelo que
Mais sugestões de trabalho
AƒC ‾ , o que implica, de acordo com a alínea b), que A © C = O .
Exercícios propostos n.os 10 a 18
Vem, então: (A ∂ B) © C = A © C = O . (pág. 13).

Capítulo 1 | Propriedades das operações sobre conjuntos 11


Síntese
Sejam A , B e C conjuntos contidos num universo U .
Têm-se as seguintes propriedades:
1. A ƒ B § A © B = A
pp. 6 Propriedades que envolvem 2. A ƒ B § A ∂ B = B
e 11 a relação de inclusão 3. O ƒ A
Bƒ‾
4. A ƒ B § ‾ A
5. A ƒ B ± A © C ƒ B © C
6. A ƒ B ± A ∂ C ƒ B ∂ C

Sejam A , B e C conjuntos contidos num universo U .


Têm-se as seguintes propriedades:

Propriedades Interseção União


Comutativa A©B=B©A A∂B=B∂A
Propriedades das operações Associativa (A © B) © C = A © (B © C) (A ∂ B) ∂ C = A ∂ (B ∂ C)
p. 7
de interseção e união Idempotência A©A=A A∂A=A
Elemento neutro A©U=A A∂O=A
Elemento absorvente A©O=O A∂U=U
A © (B ∂ C) = (A © B) ∂ (A © C)
Distributivas
A ∂ (B © C) = (A ∂ B) © (A ∂ C)

Sejam A e B conjuntos contidos num universo U .


Têm-se as seguintes propriedades:
p. 9 Leis de De Morgan
1. ‾ ‾∂B
A©B=A ‾
2. ‾ ‾©B
A∂B=A ‾

Sejam A e B conjuntos contidos num universo U e seja C um conjunto


contido num universo V .
Propriedades que envolvem Têm-se as seguintes propriedades:
p. 9
o produto cartesiano
1. (A ∂ B) * C = (A * C) ∂ (B * C)
2. C * (A ∂ B) = (C * A) ∂ (C * B)
Relação da diferença de
p. 10 conjuntos com a interseção A\B = A © ‾
B
e o complementar

12 Tema 1 | Cálculo Combinatório


Exercícios propostos
10 Considera, no universo N , os conjuntos: b) (A \ B) \ C = A \ (B ∂ C)

A = {x : x é múltiplo de 6} c) (A \ B) ∂ B = A ∂ B
B = {x : x é divisor de 30}
C = {x : x > 20} 14 Sejam A e B conjuntos contidos num uni-

Determina: verso U .

(A ∂ B) © C
‾ Prova que A \ B = A se e somente se B ƒ ‾
A.
a) A © B b)

c) (B © C) * {1, 2} C) * (B © C)
d) (A © ‾
15 Sejam A e B conjuntos contidos num uni-

11 verso U .
Considera, no universo R , os conjuntos:
Prova que, se A ƒ B e A © B = O , então A = O .
A = {x : x 3 = x 2 + 2x}
B = {x : x 2 + 2x ≤ 15} 16 Sejam A e B conjuntos contidos num uni-
C = {x : 0 ≤ x ≤ π ‹ 2 sen x ≤ 1} verso U e seja C um conjunto contido num
_
D = {x : √2x + 1 + 1 = x} universo V .
Prova que C * (A © B) = (C * A) © (C * B) .
Determina:
a) A ∂ B b) A © C
17 Sejam A e B conjuntos contidos num uni-
c) B © C d) B ∂ C
verso U .
‾©C
e) B f) (A ∂ D) * {5, 6} ‾ƒA.
Prova que A ∂ B = U se e somente se B
g) D * D h) (A \ N) * (B © N)
18 Seja A um conjunto contido num universo U .
12 Considera, no universo R , os conjuntos:
___ Prova que A = O se e somente se existe um conjun-
A = {x : x å Z ‹ √|x| é racional} to B contido em U tal que:
B = {x : x 2 ≥ 25} B = (A © B‾) ∂ (‾
A © B)
‾.
Determina A © B

13 Sejam A e B conjuntos contidos num uni-


verso U .
Prova que:
a) (A ∂ B) \ B = A \ B

PROFESSOR 11. a) [- 5, 3]
e) ] 3, p] h) {(- 1, 1), (- 1, 2), (- 1, 3),
Soluções b) {0}
f) {(- 1, 5), (- 1, 6), (0, 5),
10. a) {6, 30} (0, 1), (0, 2), (0, 3)}
p
c) 0, _ ∂ _, 3
5p (0, 6), (2, 5), (2, 6), (4, 5),
b) {1, 2, 3, 5, 6, 10, 12, 15, 18} [ 6] [ 6 ] 12. {- 4, - 1, 0, 1, 4}
c) {(30, 1), (30, 2)} (4, 6)}
d) [- 5, p]
d) {(6, 30), (12, 30), (18, 30)} g) {(4, 4)}

Capítulo 1 | Propriedades das operações sobre conjuntos 13


1
Resolução
Cálculo
2. Introdução ao cálculo
Combinatório
combinatório

Cardinal de um conjunto.
Conjuntos equipotentes.
Princípios fundamentais da contagem
SERÁ QUE…? Casadas e casados

Exercícios de
«Introdução ao cálculo
Imagina uma ilha na qual vivem muitas
combinatório» pessoas: mulheres, homens, crianças, ...
Algumas mulheres são casadas. Cada mu-
lher casada tem um só marido, o qual
também vive na ilha.
De igual modo, alguns homens são casados. Cada homem casado tem uma
única mulher, a qual também vive na ilha.

Será que, nessa ilha, o número de mulheres casadas é igual ao número de


homens casados?

Dado um conjunto A , finito, recorda que se dá o nome de cardinal de A ao


número de elementos de A .
O cardinal de A representa-se por #A .
Tem-se #O = 0 .

EXEMPLOS

• #{a, b, c, d} = 4
• #{x å N : x é par ‹ x < 15} = 7

Seja A = {Portugal, Espanha, França} e seja B = {Lisboa, Madrid, Paris} . Tem-se


#A = #B . Tem-se também que a função f : A " B , que a cada elemento de A
associa a sua capital, é uma função injetiva e sobrejetiva, isto é, f é uma bijeção
de A sobre B .

De um modo
Dados geral, A
conjuntos tem-se:
e B , tem-se que #A = #B se e somente se existe uma
bijeção de A em B . Diz-se, então, que A e B são equipotentes.

14 Tema 1 | Cálculo Combinatório


PROFESSOR
Propriedades
Gestão curricular
Sejam A e B conjuntos finitos não vazios. Tem-se: Todos os alunos devem conhecer as
propriedades 1 e 2 e saber aplicá-las. No
1. A © B = O ± #(A ∂ B) = #A + #B entanto, as respetivas demonstrações
são facultativas, não sendo, portanto,
2. #(A * B) = #A * #B exígiveis aos alunos.
Apresentamos apenas a demonstração
da propriedade 2.
EXEMPLOS

Seja A = {1, 2, 3} e seja B = {4, 5} .


Tem-se #A = 3 e #B = 2 .
• Como A © B = O , tem-se #(A ∂ B) = #A + #B = 3 + 2 = 5 .
De facto, A ∂ B = {1, 2, 3, 4, 5} , pelo que se tem, efetivamente, #(A ∂ B) = 5 .
• Tem-se #(A * B ) = #A * #B = 3 * 2 = 6 .
De facto, A * B = {(1, 4), (2, 4), (3, 4), (1, 5), (2, 5), (3, 5)} , pelo que se
tem, efetivamente, #(A * B ) = 6 .

Vamos demonstrar a propriedade 2, ou seja, vamos provar que:


#A = m ‹ #B = n ± #(A * B) = m * n (m, n å N)
RECORDA
Vamos fazer a demonstração por indução em m*. * Provar, usando o método de indu-
ção matemática, que Am å N , P(m)
é provar que:
Para m = 1 , tem-se #A = 1 . • P(1) é uma proprosição verdadeira
Pretende-se provar que #(A * B) = 1 * n = n = #B , ou seja, pretende-se provar • Am å N , P(m) ± P(m + 1)
(hereditariedade)
que os conjuntos B e A * B são equipotentes.

Seja a o único elemento de A . Tem-se, então, A = {a} .

A função f : B " A * B tal que Ab å B, f (b) = (a, b) é uma bijeção.

Portanto, os conjuntos B e A * B são equipotentes.

Hipótese de indução: #A = m ‹ #B = n ± #(A * B) = m * n

Tese de indução: #A' = m + 1 ‹ #B = n ± #(A' * B) = (m + 1) * n

Demonstração: Seja a um elemento de A' e seja A = A' \ {a} .


NOTA
Vem: A' = A ∂ {a} , #A = m e (A * B) © ({a} * B) = O ** ** Todos os elementos de {a} * B
são da forma (a, b) , com b å B .
Logo, #(A' * B) = #((A ∂ {a}) * B) = #((A * B) ∂ ({a} * B)) ***
= Como a ∫ A , não existe em A * B
= #(A * B) + #({a} * B) = m * n + n = (m + 1) * n
nenhum par daquela forma.
Logo, (A * B) © ({a} * B) = O .
*** Aplicando a propriedade 1.
A propriedade 2 pode ser traduzida do seguinte modo:

Dado um conjunto A com m elementos e um conjunto B com n elementos,


existem m * n maneiras diferentes de agrupar um elemento de A (considerado
em primeiro lugar) com um elemento de B (considerado em segundo lugar).

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 15


O princípio que apresentamos a seguir generaliza e traduz esta propriedade
numa linguagem útil à sua aplicação aos problemas de contagem:

Princípio geral da multiplicação


Se, para realizar uma tarefa, forem necessárias duas etapas, e se existirem m
maneiras de realizar a primeira etapa e se, para cada uma delas, existirem n
maneiras de realizar a segunda etapa, então a tarefa pode ser realizada de
m * n maneiras diferentes.

Por sua vez, a propriedade 1 pode ser traduzida do seguinte modo:

Princípio geral da adição


Se, para realizar uma tarefa, existirem duas opções que se excluem mutua-
mente, e se existirem m maneiras de realizar a primeira opção e n maneiras
de realizar a segunda opção, então a tarefa pode ser realizada de m + n
maneiras diferentes.

Estes dois princípios, conhecidos como princípios fundamentais da contagem,


podem ser generalizados:

• Se, para realizar uma tarefa, forem necessárias k etapas, se existirem n1


maneiras de realizar a primeira etapa, se, para cada uma delas, existirem n2
maneiras de realizar a segunda etapa, e assim sucessivamente, até à k-ésima
etapa, então a tarefa pode ser realizada de n1 * n2 * … * nk maneiras dife-
rentes.
• Se, para realizar uma tarefa, existirem k opções que se excluem duas a
duas, e se existirem n1 maneiras de realizar a primeira opção, n2 maneiras
de realizar a segunda opção, ..., nk maneiras de realizar a k-ésima opção,
então a tarefa pode ser realizada de n1 + n2 + ... + nk maneiras diferentes.

Exercícios resolvidos
19 Lança-se uma moeda de 1. A Sandra pratica ballet. Para cada aula ela tem
1 euro e um dado com as faces de se equipar com um maillot e um parr de
numeradas de 1 a 6.
sapatilhas. Ela tem quatro maillots (umum
Quantos resultados diferentes
é possível obter? preto, um azul, um vermelho e um verde))
e três pares de sapatilhas (um branco,
um cor-de-rosa e um lilás). De quan-
tas maneiras diferentes pode a Sandra
NOTA apresentar-se na aula de ballet?
Sempre que não se diga nada em
Resolução
contrário, assume-se que o dado é
cúbico e tem faces numeradas de 1 Para a Sandra se equipar são necessárias duas etapas. Na primeira
a 6. etapa, ela veste o maillot e, na segunda, ela calça as sapatilhas. Existem
quatro maneiras de realizar a primeira etapa e, para cada uma destas,
existem três maneiras de realizar a segunda etapa. Assim, de acordo com
PROFESSOR o princípio geral da multiplicação, existem 4 * 3 , ou seja, 12 maneiras
Soluções de a Sandra se equipar.
19. 2 * 6 = 12
continua

16 Tema 1 | Cálculo Combinatório


continuação

2. Numa cantina social, o menu do 20 Três amigos, a Ana, o Basí-


almoço consiste em pão, sopa, lio e a Catarina, entram numa
prato e sobremesa. Existem sem- pastelaria para beber um sumo.
pre três variedades de pão (uma A pastelaria prepara quatro ti-
pos de sumo: ananás, laranja,
delas é pão integral), duas sopas, maçã e pêssego.
quatro pratos (dois de carne, um A Ana não gosta de sumo de
de peixe e um vegetariano) e seis maçã.
A Catarina só gosta de sumo
sobremesas, sendo uma delas ar-
de ananás ou de laranja.
roz doce.
De quantas maneiras diferentes
podem os três amigos escolher
O Jorge é um cliente assíduo
as suas bebidas?
dessa cantina. Ele nunca come
pão integral, nunca escolhe o
prato vegetariano e come sem-
pre arroz doce.
De quantas maneiras diferentes
pode o Jorge escolher o seu
menu, quando vai almoçar à
cantina?

Resolução
A escolha de um menu pode ser considerada como um processo constituí-
do por quatro etapas. A primeira etapa corresponde à escolha do pão,
a segunda à escolha da sopa, a terceira à escolha do prato e a quarta à
escolha da sobremesa.
Portanto, de acordo com o princípio geral da multiplicação, tem-se que o
Jorge pode escolher o seu menu de 2 * 2 * 3 * 1 , ou seja, 12 maneiras
diferentes.

3. Uma estante tem cinco prateleiras. A Ana quer colocar nessa estante uma 21 A Lurdes pretende arrumar
jarra, um prato e uma fotografia. De quantas maneiras podem ficar colo- quatro blusas diferentes, dispon-
cados os três objetos, sabendo que devem ficar em prateleiras distintas? do para o efeito de seis gavetas.
Determina de quantas maneiras
Resolução diferentes podem ficar arruma-
A colocação dos três objetos na estante pode ser considerada como um das as quatro blusas, se:
processo constituído por três etapas. A primeira etapa corresponde à esco- a) as blusas ficarem arrumadas
lha da prateleira onde vai ser colocada a jarra. A segunda etapa corres- em gavetas distintas;
ponde à escolha da prateleira onde vai ser colocado o prato. A terceira b) não houver restrições.
etapa corresponde à escolha da prateleira onde vai ser colocada a foto-
grafia. Existem cinco maneiras de realizar a primeira etapa. Para cada
uma destas, existem quatro maneiras de realizar a segunda, já que o prato
não pode ficar na mesma prateleira onde foi colocada a jarra. Para cada
maneira de colocar a jarra e o prato, existem três maneiras de realizar a
terceira etapa, já que agora só existem três prateleiras disponíveis.
PROFESSOR
Portanto, de acordo com o princípio geral da multiplicação, tem-se que
Soluções
existem 5 * 4 * 3 , ou seja, 60 maneiras de colocar os três objetos na
20. 3 * 4 * 2 = 24
estante.
21. a) 6 * 5 * 4 * 3 = 360
b) 6 * 6 * 6 * 6 = 1296
continua

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 17


continuação

4. Um código de cartão multibanco é uma


sequência de quatro algarismos.
22 O código de abertura de a) Quantos códigos de cartão multi-
um cofre é uma sequência de banco é possível construir?
cinco letras, escolhidas de entre
as dez primeiras letras do alfa- b) Quantos códigos de cartão multi-
beto. banco é possível construir, que come-
a) Quantos códigos é possível cem por 7 e tenham o último algaris-
construir? mo ímpar?
b) Quantos códigos é possível c) Quantos códigos de cartão multibanco é possível construir, que tenham
construir, que tenham as le- os algarismos todos diferentes?
tras todas diferentes?
Resolução
c) Quantos códigos é possível
construir, que comecem por a) 10 * 10 * 10 * 10 = 10 000
uma vogal e acabem com
b) 1 * 10 * 10 * 5 = 500
uma consoante?
c) 10 * 9 * 8 * 7 = 5040

5. Considera todos os números naturais com cinco algarismos.


a) Quantos são esses números naturais?
b) Quantos deles são múltiplos de 5?
23 Considera todos os núme-
c) Quantos deles são múltiplos de 5 e são capicuas (capicua é uma sequên-
ros naturais que se escrevem
com sete algarismos.
cia de algarismos cuja leitura da esquerda para a direita ou da direita
para a esquerda dá o mesmo número natural)?
a) Quantos são esses números?
Resolução
b) Quantos deles têm os alga-
rismos todos diferentes? a) 9 * 10 * 10 * 10 * 10 = 90 000
c) Quantos deles têm os alga- Atenção: o primeiro algarismo não pode ser o zero.
rismos todos diferentes e são b) 9 * 10 * 10 * 10 * 2 = 18 000
ímpares?
c) 1 * 10 * 10 * 1 * 1 = 100

6. Quantos números naturais com os algarismos todos diferentes e com-


preendidos entre 700 e 1500 existem?

24 Quantos são os números Resolução


naturais compreendidos entre Um número natural compreendido entre 700 e 1500 pode ser escrito com
3000 e 16 500 que têm os alga- três algarismos ou pode ser escrito com quatro algarismos.
rismos todos diferentes?
Temos assim duas opções, que se excluem mutuamente.
Relativamente à primeira opção (números com três algarismos), existem
PROFESSOR 3 * 9 * 8 hipóteses (o primeiro algarismo pode ser 7, 8 ou 9;
Soluções o segundo não pode ser igual ao primeiro; o terceiro não pode ser igual
22. a) 10 * 10 * 10 * 10 * 10 = 100 000 ao segundo, nem ao primeiro).
b) 10 * 9 * 8 * 7 * 6 = 30 240 Relativamente à segunda opção (números com quatro algarismos), exis-
c) 3 * 10 * 10 * 10 * 7 = 21 000 tem 1 * 4 * 8 * 7 hipóteses (o primeiro algarismo tem de ser 1;
23. a) 9 * 10 * 10 * 10 * 10 * 10 * 10 = o segundo pode ser 0, 2, 3 ou 4; o terceiro não pode ser igual ao segundo,
= 9 000 000 nem ao primeiro; o quarto tem de ser diferente dos três primeiros).
b) 9 * 9 * 8 * 7 * 6 * 5 * 4 = 544 320 Assim, de acordo com o princípio geral da adição e com o princípio geral
c) 5 * 8 * 8 * 7 * 6 * 5 * 4 = 268 800 da multiplicação, existem 3 * 9 * 8 + 1 * 4 * 8 * 7 , ou seja, 440 números
24. 7 * 9 * 8 * 7 + 1 * 5 * 8 * 7 * 6 + nas condições do enunciado.
+ 1 * 1 * 4 * 7 * 6 = 5376
continua

18 Tema 1 | Cálculo Combinatório


continuação
25 A Sandra tem três anéis,
7. A Inês vai a uma festa. Ela pode levar um vestido ou pode levar uma blusa cinco pulseiras e sete colares e
e uma saia. Sabendo que ela tem três vestidos, sete blusas e cinco saias, quer levar dois desses adornos,
de quantas maneiras diferentes se pode vestir? de géneros diferentes, para um
jantar com o namorado.
Resolução Quantas escolhas diferentes pode
fazer?
3 + 7 * 5 = 38

8. A Margarida tem, na estante do seu quarto, Vergílio Ferreira


doze livros: cinco de José Saramago, três de
Vergílio Ferreira e quatro de Lídia Jorge. Pre-
tende escolher dois desses livros, de autores
diferentes, para ler nas férias. Quantas esco-
lhas diferentes pode fazer?

Resolução
5 * 3 + 5 * 4 + 3 * 4 = 47

Arranjos com repetição


Um dos problemas que resolvemos atrás foi o seguinte: quantos
códigos de cartão multibanco podem existir?
Como vimos, existem 104 códigos possíveis.
Retomemos este problema, agora sob uma nova perspetiva: um
código de cartão multibanco é uma sequência de quatro algaris-
mos, não necessariamente distintos.
Por esse motivo, de acordo com a definição seguinte, designa-se
o número de códigos de cartão multibanco por arranjos com
repetição de 10 elementos, 4 a 4 e representa-se este número por
10
A'4 .
10
Tem-se, portanto, A'4 = 104 .
De um modo geral, tem-se:

Arranjos com repetição de n elementos, p a p (nA'p)


Ao número de sequências de p elementos, não necessariamente distintos,
escolhidos num conjunto de cardinal n , dá-se o nome de arranjos com repe-
tição de n elementos, p a p .
Tem-se nA'p = np .
PROFESSOR
Soluções
De facto, podemos considerar a construção de uma tal sequência como um pro-
25. 3 * 5 + 3 * 7 + 5 * 7 = 71
cesso com p etapas, onde cada etapa corresponde à escolha de um elemento da
sequência. Como em cada etapa existem n escolhas possíveis, tem-se, de acordo
Mais sugestões de trabalho
com o princípio geral da multiplicação, que o número de sequências é dado
n * n * ... * n , ou seja n p .
por  Exercícios propostos n.os 52 a 67
(págs. 36 e 37).
p fatores

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 19


26 Uma aposta nos treze jogos Podemos ainda concluir que:
base do totobola consiste numa
sequência de treze símbolos, Extrações com reposição
sendo cada um deles escolhido
entre os elementos do conjun- Dados n objetos, existem exatamente nA'p formas distintas de efetuar p
to {1, X, 2} . extrações sucessivas de um desses objetos, repondo o objeto escolhido após
cada uma das extrações.

Exercícios resolvidos
1. Um exame é constituído por 15 questões de escolha múltipla, cada uma
delas com quatro opções de resposta (A, B, C e D).
A folha de respostas tem já impressos os números de 1 a 15. Ao lado de
Quantas apostas diferentes se cada número, o examinando deverá escrever a letra correspodente à opção
podem fazer? por ele escolhida.
De quantos modos diferentes pode ser preenchida a folha de respostas,
27 Em informática, bit (binary
admitindo que todas as questões são respondidas?
digit) é a menor unidade de in-
formação que pode ser armaze- Resolução
nada ou transmitida.
Um bit pode assumir somente Cada maneira de preencher a folha de respostas pode ser vista como uma
dois valores: 0 ou 1. sequência de 15 elementos, cada um deles escolhido num conjunto com
Um byte é uma sequência de quatro elementos, o conjunto {A, B, C, D} .
oito bits.
Portanto, a resposta é 4A'15 = 415 = 1 073 741 824 .
Quantos bytes diferentes exis-
tem?
2. Em Portugal, um número de telemóvel é uma sequência de nove algarismos.
28 Lança-se dez vezes um dado, O primeiro algarismo é 9 e o segundo algarismo pode ser 1, 2, 3 ou 6.
com as faces numeradas de 1 Quantos números de telemóvel diferentes podem ser atribuídos em Portugal?
a 6, e regista-se o número saído
em cada lançamento. No final Resolução
desta experiência obtém-se uma 1 * 4 * 10A'7 = 4 * 107 = 40 000 000
sequência de números.
Quantas sequências diferentes
é possível obter? 3. Uma caixa contém cinco bolas, numeradas de 1 a 5. Considera que se
realiza a seguinte experiência: tira-se uma bola da caixa, regista-se o res-
PROFESSOR petivo número e repõe-se a bola na caixa. Admite que esta experiência é
Soluções realizada oito vezes. No final, obtemos uma sequência de oito números.
26. 3A'13 = 313 = 1 594 323 Quantas sequências diferentes é possível obter?
27. 2A'8 = 28 = 256 Resolução
28. 6A'10 = 610 = 60 466 176 Uma vez que, após cada extração de uma bola, essa bola é reposta na
Mais sugestões de trabalho caixa, há sempre cinco hipóteses para cada elemento da sequência: 1, 2, 3,
4 ou 5. Como cada sequência tem oito elementos, o número total de
Exercícios propostos n.os 68 a 71
(pág. 37). sequências que é possível obter é 5A'8 = 58 = 390 625 .

20
Conjunto das partes de um conjunto
Seja A = {1, 2, 3} . Os conjuntos {1} e {2} estão contidos em A , ou seja, são
subconjuntos de A .
Consideremos o conjunto cujos elementos são os subconjuntos de A :
{O, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3}}
A este conjunto dá-se o nome de conjunto das partes de A .
De um modo geral, tem-se:

Dado um conjunto A , ao conjunto de todos os subconjuntos de A dá-se o


nome de conjunto das partes de A .
O conjunto das partes de A representa-se por P (A) .

SERÁ QUE…? Cardinal do conjunto das partes de um conjunto

a) Considera um conjunto A com dois elementos. Constrói o conjunto


P (A) das partes de A e determina o cardinal de P (A) .
b) Repete o trabalho que realizaste na alínea anterior, mas agora para um
conjunto B com três elementos.
c) Repete o trabalho que realizaste nas alíneas anteriores, mas agora para
um conjunto C com quatro elementos.

Será que consegues conjeturar uma relação entre o cardinal de um conjunto


e o cardinal das partes desse conjunto?
PROFESSOR
Gestão curricular
Tem-se a seguinte propriedade
Todos os alunos devem conhecer
esta propriedade e saber aplicá-la. No
Se um conjunto A tem cardinal n (n å N0), então o conjunto das partes entanto, a respetiva demonstração é
de A tem cardinal 2n . facultativa, não sendo, portanto, exígi-
vel aos alunos.
Simbolicamente: # A = n ± #P (A) = 2n
NOTA
Demonstração *  Por exemplo: se A = {1, 2, 3} ,
então a função f poderia ser defini-
Seja A um conjunto com n elementos, que vamos designar por a1 , a2 , ... , an . da do seguinte modo:
Tem-se, portanto, A = {a1, a2, ..., an} .
X f (X)
Seja B o conjunto das sequências (b1, b2, ..., bn) com n elementos, onde cada O (0, 0, 0)
elemento bi da sequência é 0 ou 1. {1} (1, 0, 0)
Seja f : P (A) " B a função que a cada subconjunto X de A faz corresponder {2} (0, 1, 0)
a sequência (b1, b2, ..., bn) , de acordo com a seguinte regra: {3} (0, 0, 1)
b = 0 se ai ∫ X {1, 2} (1, 1, 0)
Para cada i å {1, 2, …, n} , tem-se: i *
{bi = 1 se ai å X {1, 3} (1, 0, 1)
É fácil reconhecer que f é uma bijeção de P (A) em B , pelo que: {2, 3} (0, 1, 1)
#P (A) = #B = A'n = 2
2 n
{1, 2, 3} (1, 1, 1)

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 21


Exercícios resolvidos
29 Seja: 1. Quantos são os subconjuntos do conjunto {a, b, c, d, e, f, g} ?
A = {x å N : x é primo e x < 8} Resolução

Quantos são os subconjuntos 27 = 128


do conjunto A ?
2. Para formar uma comissão que vai representar uma escola num encontro
de jovens, foram escolhidos cinco alunos dessa escola. Entretanto, chegou
30 Seja:
a indicação de que a comissão deve ter um mínimo de dois e um máximo
B = {x å N : x é divisor de 30} de quatro alunos. Tendo por base os cinco alunos já selecionados, de
Quantos são os subconjuntos quantos modos diferentes pode ser formada a comissão?
do conjunto B que têm pelo
Resolução
menos dois elementos?
Seja A o conjunto dos cinco alunos selecionados. Para obter o conjunto das
PROFESSOR
comissões possíveis, temos de retirar, ao conjunto das partes de A , o con-
Soluções
junto vazio, os conjuntos com um só elemento e o próprio conjunto A .
29. 24 = 16
Assim, o número de maneiras de formar a comissão é 25 - 1 - 5 - 1 ,
ou seja, 25.
30. 28 - 1 - 8 = 247

Mais sugestões de trabalho


Permutações
Exercícios propostos n.os 72 a 75
(pág. 37). SERÁ QUE…? Um estudo da universidade de Cambridge

Sguedno um etsduo da Uinvesriadde de Cmabgirde, a oderm das lertas nas


pavralas não tem qsuae nnhuema ipmortnâcia. O que ipmrtoa é que a
prmiiera e a útlima lreta etsajem no lcoal cetro. De rseto, pdoe ler tduo sem
gardnes dfiilcuddaes... Itso é prouqe o crebéro lê as pavralas cmoo um tdoo
e não lreta por lerta.
Admitindo que a teoria exposta no texto que acabaste de ler é correta, muitas
palavras podem ser lidas corretamente, ainda que sejam escritas de várias ma-
neiras.
Será que consegues descobrir de quantas maneiras se pode escrever a palavra
grande, mantendo as letras g e e nas suas posições?

Consideremos o seguinte problema:

De quantas maneiras diferentes podem ser arrumados cinco livros numa pra-
teleira com o tamanho exato para os colocar?

Analisemos a situação. Supondo que vamos colocando os livros da esquerda para


a direita, podemos considerar cada maneira de os arrumar como um processo
com cinco etapas. Na primeira etapa, escolhemos o livro que vamos colocar na
ponta esquerda da prateleira. Na segunda etapa, escolhemos o livro que vai ficar
ao lado dele, e assim sucessivamente, até todos os livros estarem colocados.
Existem cinco maneiras diferentes de realizar a primeira etapa. Para cada uma
destas, existem quatro maneiras diferentes de realizar a segunda, e assim suces-
sivamente até à última etapa, para a qual existe apenas uma maneira de a reali-
zar, já que sobra apenas um livro para colocar na prateleira.
Calculadoras gráficas De acordo com o princípio geral da multiplicação, existem 5 * 4 * 3 * 2 * 1 ‚
Casio fx-CG 20 ...... pág. 115
TI-84 C SE / CE-T .... pág. 116 ou seja, existem 120 maneiras diferentes de arrumar os cinco livros.
TI-Nspire CX .......... pág. 117 A cada maneira de ordenar os cinco livros dá-se o nome de permutação.

22 Tema 1 | Cálculo Combinatório


De um modo geral, tem-se:

Dado um conjunto de cardinal n (n å N), a cada maneira de ordenar os seus


n elementos dá-se o nome de permutação desses n elementos.
O número de permutações de n objetos distintos é n * (n - 1) * … * 2 * 1 .
O produto n * (n - 1) * (n - 2) * … * 2 * 1 representa-se por n!
(lê-se n fatorial).

EXEMPLOS

• O número de maneiras de ordenar três objetos é 3! = 3 * 2 * 1 = 6 .


• O número de maneiras de ordenar dois objetos é 2! = 2 * 1 = 2 .
• O número de maneiras de ordenar um objeto é 1! = 1 . 31 Pretende-se arrumar nove li-
vros de banda desenhada, dos
Note-se agora que: quais quatro são do Astérix e os
restantes são do Tintim, numa
4! = 4 * 
3 * 2 * 1 = 4 * 3! 5! = 5 * 
4 * 3 * 2 * 1 = 5 * 4! prateleira de uma estante com o
tamanho exato para o efeito.
3! 4!
Determina de quantas manei-
De um modo geral, tem-se:
ras diferentes podem ficar os
livros dispostos na estante, se:
n! = n * (n - 1)!
a) não houver restrições;
b) os livros do Astérix ficarem
Repare-se agora que se, nesta igualdade, substituirmos n por 1, vem: juntos, do lado esquerdo da
1! = 1 * (1 - 1)! § 1 = 0! prateleira;
c) os livros do Astérix ficarem
Portanto, para que a igualdade n! = n * (n - 1)! se mantenha válida para n = 1 , juntos e os do Tintim tam-
é necessário estabelecer a seguinte convenção: bém;
d) os livros de Astérix ficarem
juntos, podendo os do Tintim
0! = 1 ficar juntos ou não;
e) ficarem dispostos alternada-
mente, ou seja, cada livro do
Astérix ficar entre dois do
Exercícios resolvidos Tintim.
1. Seis raparigas e os respetivos namorados vão colocar-se lado a lado para
uma fotografia. Uma das raparigas chama-se Sofia e um dos rapazes cha-
ma-se Tiago.
Determina de quantas maneiras diferentes se podem dispor os doze jovens, se:
a) não houver restrições;

b) a Sofia e o Tiago ficarem juntos no meio;

c) estiver um rapaz em cada extremidade;

d) os jovens do mesmo sexo ficarem juntos;

e) os dois jovens de cada casal de namorados ficarem juntos;


PROFESSOR
f) os rapazes ficarem todos juntos, podendo as raparigas ficar juntas ou não; Soluções

g) a Sofia não ficar ao lado do Tiago. 31. a) 9! = 362 880


b) 4! * 5! = 2880
Resolução c) 4! * 5! * 2 = 5760
a) 12! = 479 001 600 d) 6! * 4! = 17 280
e) 4! * 5! = 2880
continua

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 23


continuação

b) Existem duas maneiras de a Sofia e o Tiago se disporem: Sofia à es-


querda e Tiago à direita, ou ao contrário. Para cada um delas, existem
10! maneiras de ordenar os restantes jovens.
Portanto, a resposta é 2 * 10! = 7 257 600 .
c) Existem seis maneiras de escolher o rapaz que vai ocupar a extremida-
de do lado esquerdo; para cada uma destas, existem cinco maneiras de
escolher o rapaz que vai ocupar a extremidade do lado direito e 10!
maneiras de ordenar os restantes jovens.
Portanto, a resposta é 6 * 5 * 10! = 108 864 000 .
d) Podemos considerar que cada conjunto de jovens do mesmo sexo for-
ma um bloco. Temos assim dois blocos, o bloco dos rapazes e o bloco
das raparigas. Estes dois blocos podem permutar entre si de duas ma-
neiras: rapazes à esquerda e raparigas à direita ou ao contrário. Para
cada uma destas duas maneiras, existem 6! maneiras de ordenar os
jovens dentro de cada bloco.
Portanto, a resposta é 2 * 6! * 6! = 1 036 800 .
e) Cada par de namorados forma um bloco. Temos, assim, seis blocos,
que podem permutar entre si de 6! maneiras diferentes. Para cada
uma destas maneiras, existem duas maneiras de ordenar os jovens den-
tro de cada par: rapaz à esquerda e rapariga à direita, ou ao contrário.
32 Quatro raparigas e quatro
Portanto, a resposta é 6! * 2 * 2 * 2 * 2 * 2 * 2 = 46 080 .
rapazes entram num restaurante
e dirigem-se a uma mesa com- f) O conjunto dos rapazes forma um bloco. Cada rapariga individual-
prida, com quatro lugares de mente forma também um bloco (singular). Temos assim sete blocos,
cada lado.
que podem permutar entre si de 7! maneiras diferentes. Para cada
Determina de quantas maneiras
diferentes podem os oito jovens uma destas maneiras, existem 6! maneiras de ordenar os rapazes den-
ficar sentados, se: tro do respetivo bloco.
a) não houver restrições; Portanto, a resposta é 7! * 6! = 3 628 800 .
b) em cada um dos lados da g) Comecemos por determinar o número de maneiras de os jovens se dis-
mesa ficarem quatro jovens porem de tal modo que a Sofia e o Tiago fiquem juntos. Ficando juntos,
do mesmo sexo; formam um bloco. Os restantes 10 jovens formam 10 blocos (singula-
c) em frente de cada rapaz esti- res). Temos assim, ao todo, 11 blocos, que podem permutar entre si de
ver uma rapariga;
11! maneiras diferentes. Para cada uma delas, existem duas maneiras de
d) a Ana e o Rui, dois dos jovens, a Sofia e o Tiago se disporem. Assim, o número de maneiras de os jovens
não ficarem um em frente do
se disporem de tal modo que a Sofia e o Tiago fiquem juntos é 11! * 2 .
outro.
Portanto, a resposta ao problema é 12! - 11! * 2 = 399 168 000 .

2. Três raparigas e dois rapazes vão dar um


Resolução passseio num automóvel de cinco lugares:
Exercício 32 (resolução
passo a passo)
dois à frente e três atrás.
Apenas as raparigas podem conduzir.
De quantas maneiras podem os cinco jo-
PROFESSOR
vens ocupar os cinco lugares, de tal modo
Soluções
32. a) 8! = 40 320
que ao lado da condutora viaje um rapaz?
b) 2 * 4! * 4! = 1152 Resolução
c) 4! * 4! * 24 = 9216 3 * 2 * 3! = 36
d) 8! - 4 * 2 * 6! = 34 560
continua

24 Tema 1 | Cálculo Combinatório


continuação
33 Considera todos os números
3. Quando se altera a ordem dos algarismos do número 1234567 obtém-se de cinco algarismos diferentes
outro número. que se podem formar com os
algarismos de 1 a 5.
Considera todos os números que se podem obter por alteração da ordem
dos algarismos de 1234567. a) Quantos são?
b) Quantos deles são pares e
a) Quantos deles são múltipos de 5?
superiores a 40 000?
b) Quantos deles são pares?
c) Quantos deles são maiores do que seis milhões?
d) Quantos deles são ímpares e inferiores a quatro milhões?

Resolução
a) O último algarismo tem de ser 5. Portanto, 6! * 1 = 720 .
b) O último algarismo tem de ser 2, 4 ou 6. Portanto, 6! * 3 = 2160 .
c) O primeiro algarismo tem de ser 6 ou 7. Portanto, 2 * 6! = 1440 .
d) O primeiro algarismo tem de ser 1, 2 ou 3. Se for 2, existem quatro
hipóteses para o último algarismo. Se for 1 ou 3, existem três hipóteses
para o último algarismo.
Portanto, a resposta é 1 * 5! * 4 + 2 * 5! * 3 = 1200 .

4. Com as letras da palavra som podemos formar as sequências som, smo, 34


osm, oms, mso e mos, que se designam por anagramas da palavra som.
a) Quantos são os anagramas
a) Quantos são os anagramas da palavra relativo? da palavra livro?
b) Quantos são os anagramas da palavra relativo que começam por uma b) Quantos são os anagramas
vogal? da palavra livro que não têm
duas consoantes seguidas?
c) Quantos são os anagramas da palavra relativo que começam por uma
vogal e acabam com uma consoante?

Resolução
a) 8! = 40 320
b) 4 * 7! = 20 160
c) 4 * 6! * 4 = 11 520

5. Completa: 35 Completa:
a) 20! = ..... * 19! a) 302! = ..... * ..... * 300!
b) 15! = ..... * ..... * 13! b) (n - 3)! * (n - 2) = .......
c) n! = ..... * ..... * ..... * (n - 3)! (n ≥ 3) (n ≥ 3)
d) (n + 1)! = ..... * ..... * (n - 1)! (n ≥ 1)

Resolução
PROFESSOR
a) 20! = 20 * 19!
Soluções
b) 15! = 15 * 14 * 13! 33. a) 5! = 120 b) 2 * 3! + 3! = 18
c) n! = n * (n - 1) * (n - 2) * (n - 3)! 34. a) 5! = 120 b) 2! * 3! = 12

d) (n + 1)! = (n + 1) * n * (n - 1)! 35. a) 302! = 302 * 301 * 300!


b) (n - 3)! * (n - 2) = (n - 2)!
continua

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 25


continuação

6. Simplifica as seguintes expressões:


7!
a) _
5!
3 5!
b) _ * _
6! 2
n2 - 1 1
c) _____ + _ (n > 1)
(n + 1)! n!

36 Simplifica: Resolução
7! 7 * 6 * 5!
a) _
100! a) _ = _ = 7 * 6 = 42
99! + 98! 5! 5!
1 1 4! + 7
b) (_ + _) * 7! + _ 3 5! 3 * 5! 3 * 5! 3 1
9! 8! 6
A'2 b) _ * _ = _ = _ = _ = _
6! 2 6! * 2 6 * 5! * 2 6*2 4
(n + 2)! - n! (2n + 1)!
c) ___________ - ________
(n + 1)! (2n)!(n + 1) n2 - 1 1 (n + 1) * (n - 1) 1
c) _____ + _ = ______________ + _ =
(n + 1)! n! (n + 1) * n! n!
n-1+1=_
=_ n = ______
n 1
= ___
n! n! n * (n - 1)! (n - 1)!

7. Utilizando o método de indução matemática, prova que:


n
∑ k * k! = (n + 1)! - 1
k=1

37 Prova, usando o método de Resolução


indução matemática, que: Para n = 1 , tem-se:
n
k-1 1
∑ _=1-_ 1
k = 1 k! n! ∑ k * k! = (1 + 1)! - 1 § 1 * 1! = 2! - 1 § 1 = 1 , o que é verdade.
k=1

Provemos a hereditariedade:
n
Hipótese de indução: ∑ k * k! = (n + 1)! - 1
k=1

n+1
Tese de indução: ∑ k * k! = (n + 2)! - 1
k=1

Demonstração: Por hipótese


de indução
n+1 n #
∑ k * k! = ∑ k * k! + (n + 1) * (n + 1)! =
PROFESSOR k=1 k=1
Soluções
= (n + 1)! - 1 + (n + 1) * (n + 1)! =
36. a) 99
b) 1 = (n + 1)! + (n + 1) * (n + 1)! - 1 =
c) n
= (n + 1)! * [1 + (n + 1)] - 1 =
Mais sugestões de trabalho
= (n + 1)! * (n + 2) - 1 =
Exercícios propostos n.os 76 a 83
(págs. 37 e 38). = (n + 2)! - 1

26 Tema 1 | Cálculo Combinatório


Arranjos
Consideremos o seguinte problema:

Cinco pessoas estão a passear num jardim e passam por um banco corrido
com três lugares. Decidem, então, descansar um pouco.
De quantas maneiras diferentes pode o banco ser ocupado por três dessas
cinco pessoas?

Cada maneira de ocupar o banco é uma sequência de três


elementos, todos distintos.
Para o primeiro elemento da sequência, correspondente à
extremidade esquerda do banco, existem cinco hipóteses.
Para cada uma destas, existem quatro hipóteses para o segun-
do elemento da sequência, correspondente ao lugar do meio.
Para cada maneira de ocupar estes dois lugares, existem três
hipóteses para o terceiro elemento da sequência, correspon-
dente à extremidade direita do banco.
De acordo com o princípio geral da multiplicação, existem 5 * 4 * 3 , ou seja,
60 maneiras diferentes de o banco ser ocupado.

De um modo geral, tem-se:

Arranjos de n elementos, p a p (nAp)


Ao número de sequências de p elementos distintos, escolhidos num conjunto
de cardinal n (n ≥ p), dá-se o nome de arranjos de n elementos, p a p .
n!
Tem-se nAp = n * (n - 1) * … * (n - p + 1) = ___

( - p )!
n
p fatores

Portanto, a resposta ao problema anterior pode ser 5A3 = 5 * 4 * 3 = 60 .


Podemos também afirmar que:

Extrações sem reposição


Dados n objetos diferentes, existem exatamente nAp formas distintas de
38 O código de abertura de
efetuar p extrações sucessivas de um desses objetos, não repondo o objeto
um cofre é uma sequência de
escolhido após cada uma das extrações. quatro letras diferentes, esco-
lhidas entre as 26 do alfabeto.
Quantos códigos diferentes exis-
Exercícios resolvidos tem nestas condições?
1. Pretende-se fazer uma bandeira com três faixas
verticais, de cores diferentes. Calculadoras gráficas
Estão disponíveis oito cores. Casio fx-CG 20 ...... pág. 115
TI-84 C SE / CE-T .... pág. 116
Quantas bandeiras diferentes se podem fazer? TI-Nspire CX .......... pág. 117

Resolução PROFESSOR
8 Soluções
A3 = 8 * 7 * 6 = 336
38. 26A4 = 358 800
continua

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 27


continuação
39 Quantos números menores
do que 2000 e formados por 2. Considera todos os números naturais com seis algarismos.
algarismos diferentes se podem a) Quantos são?
escrever com quatro dos sete
algarismos seguintes: b) Quantos têm os algarismos todos diferentes?
1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 c) Quantos deles são ímpares e têm os algarismos todos diferentes?
d) Quantos deles são múltiplos de 5 e têm os algarismos todos diferentes?

Resolução
10
40 Numa parede de um bar a) 9 * A'5 = 9 * 105 = 900 000
9
existe um painel retangular, b) 9 * A5 = 136 080
dividido em quinze quadrados
dispostos em três filas horizon- c) Existem cinco opções para o algarismo das unidades. Para cada uma
tais. destas, existem oito hipóteses para o primeiro algarismo (algarismo
das centenas de milhar). Para cada escolha destes dois algarismos, exis-
tem 8A4 escolhas possíveis para a sequência dos quatro algarismos do
meio.
Assim, a resposta é 5 * 8 * 8A4 = 67 200 .
Pretende-se pintar oito quadra- 9
dos deste painel. Estão disponí- d) Com o algarismo das unidades igual a 0: A5
veis oito tons: cinco tons de Com o algarismo das unidades igual a 5: 8 * 8A4
azul, um tom vermelho, um ver-
de e um amarelo. Portanto, ao todo são 8A5 + 8 * 8A4 = 28 560 .
De quantas maneiras diferentes
pode o painel ficar pintado com
tons diferentes, de tal modo 3. Uma sala de aula tem 30 mesas individuais, dispostas em cinco filas,
que uma das filas horizontais paralelas ao quadro, de seis mesas cada. Seis raparigas e oito rapazes
fique pintada com os cinco tons vão ter uma aula nessa sala. De quantas maneiras diferentes podem os
de azul? 14 alunos ficar sentados, de tal modo que as raparigas ocupem uma única
dessas cinco filas?

Resolução
41 De um baralho de cartas Existem cinco hipóteses para a escolha da fila que vai ser ocupada pelas
completo (52 cartas), retiram-se, raparigas. Para cada uma destas, existem 6! maneiras de as seis rapari-
sucessivamente e sem reposição, gas ocuparem as seis mesas dessa fila. Para cada maneira de as raparigas
três cartas. À medida que vão
ficarem sentadas, existem 24A8 maneiras de os oito rapazes ocuparem
sendo retiradas, vão sendo colo-
cadas lado a lado, da esquerda oito dos vinte e quatro lugares disponíveis.
para a direita, de modo a for- Assim, a resposta é 5 * 6! * 24A8 ) 1,06755 * 1014 .
mar uma sequência de cartas.
Quantas sequências diferentes
se podem formar? 4. Uma caixa contém sete bolas, numeradas de 1 a 7. Considera que se rea-
liza a seguinte experiência: tira-se uma bola da caixa, regista-se o respetivo
número, mas não se repõe a bola na caixa. Admite que esta experiência
PROFESSOR
é realizada quatro vezes. No final, obtemos uma sequência de quatro
Soluções
números.
39. 1 * 6A3 = 120
Quantas sequências diferentes é possível obter?
40. 3 * 5! * 10A3 = 259 200

41. 52A3 = 132 600 Resolução


Mais sugestões de trabalho Uma vez que, após cada extração de uma bola, essa bola não é reposta na
caixa, no final vamos obter uma sequência de quatro elementos distintos.
Exercícios propostos n.os 84 a 89
(pág. 38). Assim, o número total de sequências que é possível obter é 7A4 = 840 .

28 Tema 1 | Cálculo Combinatório


Combinações
Consideremos o seguinte problema: B
A

Sejam os pontos A , B , C , D e E representados ao lado.


Quantos vetores não nulos podem ser definidos com esses cinco pontos? C

E quantos segmentos de reta?


E
Vamos, então, resolver o nosso problema. D

Consideremos, por exemplo, os pontos A e B .


→ →
Com estes dois pontos, podemos definir dois vetores, AB e BA , e um segmento
de reta, o segmento [AB] .
Destacamos o seguinte:
→ →
• num vetor, o sentido é relevante (o vetor AB é diferente do vetor BA ), pelo
que importa a ordem pela qual dispomos as letras A e B .
• num segmento de reta, não se considera o sentido (o segmento de reta [AB] é
igual ao segmento de reta [BA] ), pelo que não importa a ordem pela qual
dispomos as letras A e B .
Assim, tem-se:
• Um vetor não nulo pode ser identificado com uma sequência de dois pontos Vetores:

distintos. Por exemplo, o vetor AB pode ser identificado com a sequência B
5 A
(A, B) . Portanto, com os cinco pontos podem ser definidos A2 vetores, ou
seja, 20 vetores.
• Um segmento de reta pode ser identificado com um conjunto de dois pontos. C
Por exemplo, o segmento de reta [AB] pode ser identificado com o conjun-
to {A, B} . Repare-se que cada par de pontos distintos define dois vetores,
E
mas define apenas um segmento de reta. Assim, o número de segmentos de
D
reta é igual a metade do número de vetores. Portanto, com os cinco pontos
5
A2
podem ser definidos _ segmentos de reta, ou seja, 10 segmentos de reta.
Segmentos de reta:
2 B
A
Vejamos agora o seguinte problema:

Quantos são os subconjuntos do conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} que C

têm três elementos?


E
Consideremos um subconjunto de A com três elementos. Seja, por exemplo, D
o conjunto {1, 2, 3} . Se permutarmos os elementos deste conjunto podemos
obter as seguintes 3! sequências: (1, 2, 3) , (1, 3, 2) , (2, 1, 3) , (2, 3, 1) ,
(3, 1, 2) e (3, 2, 1) .
Se fizermos o mesmo a todos os subconjuntos de A que têm três elementos,
obtemos as 9A3 sequências com três elementos distintos, que se podem obter
com os elementos do conjunto A .
Seja n o número de subconjuntos de A com três elementos. Uma vez que a
cada subconjunto de A com três elementos correspondem 3! sequências, tem-
9
A3 9 * 8 * 7
-se: n * 3! = 9A3 . Portanto, n = _ = _ = 84 . Logo, existem 84 subcon-
3! 3 * 2 * 1
juntos de A com três elementos.

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 29


De um modo geral, tem-se:

Combinações de n elementos, p a p (nCp)


Ao número de subconjuntos com p elementos de um conjunto de cardinal n
(n ≥ p) dá-se o nome de combinações de n elementos, p a p .
n
Ap
Tem-se nCp = _ .
p!

Notas: ___n!
n! ( - p )!
n n!
• Como nAp = ___ , vem nCp = ___ = _____ .
(n - p )! p! p! (n - p)!
n n
• nCp também se pode representar por C p ou por (p) .

• Dado um conjunto A com n elementos (com n å N0) , o número de subcon-


juntos de A com p elementos (com p å N0 e n ≥ p) é sempre um número
n!
natural. Portanto, _____ designa sempre um número natural, para
p! (n - p)!
quaisquer n e p pertencentes a N0 , com n ≥ p ou, dito de outro modo, nAp
é múltiplo de p! .

42 O David tem, na estante do


Exercícios resolvidos
seu quarto, doze livros de auto- 1. Um baralho de cartas completo é constituí-
res portugueses: cinco de Eça de do por 52 cartas, repartidas em quatro nai-
Queirós, quatro de Vergílio pes (paus, ouros, copas e espadas). Em cada
Ferreira e três de José Saramago.
Ele pretende escolher seis des- naipe há um ás, três figuras (rei, dama e va-
ses livros para ler nas férias. lete) e mais nove cartas (do dois ao dez).
Determina quantas escolhas di-
ferentes pode ele fazer, se:
De um baralho de cartas completo ex-
traem-se 13 cartas. Diz-se, então, que se
a) não houver restrições;
tem uma mão.
b) quiser escolher dois livros de
cada autor; a) Quantas mãos existem?

c) quiser levar a Aparição e o b) Quantas mãos existem com o ás de espadas?


Memorial do Convento; c) Quantas mãos existem exatamente com dois reis?
d) não quiser levar livros de d) Quantas mãos existem exatamente com três paus e quatro ouros?
Vergílio Ferreira;
e) Quantas mãos existem exatamente com dois ou três valetes?
e) pretender levar pelo menos
dois livros de José Saramago. f) Quantas mãos existem sem espadas?
g) Quantas mãos existem com pelo menos uma espada?
Calculadoras gráficas
Casio fx-CG 20 ...... pág. 115 Resolução
TI-84 C SE / CE-T .... pág. 116 52
a) C13 = 635 013 559 600
TI-Nspire CX .......... pág. 117
51
b) C12 = 158 753 389 900
4 48
PROFESSOR c) C2 * C11 = 135 571 202 208
Soluções 13 13
d) C3 * C4 * 26C6 = 470 797 322 700
42. a) 12C6 = 924
4 48
b) 5C2 * 4C2 * 3C2 = 180 e) C2 * C11 + 4C3 * 48C10 = 161 734 065 792
39
c) 10C4 = 210 f) C13 = 8 122 425 444
52
d) C6 = 28 C13 - 39C13 = 626 891 134 156
8
g)
e) C2 * C4 + C3 * C3 = 462
3 9 3 9

continua

30 Tema 1 | Cálculo Combinatório


continuação

2. Uma turma tem 28 alunos, dos quais 16 são raparigas.


O delegado e o subdelegado são rapazes.
Pretende-se formar uma comissão com cinco alunos para organizar o baile
de finalistas.
Determina quantas comissões diferentes se podem formar, se:
a) a comissão tiver de incluir o delegado ou o subdelegado (pelo menos
um deles);
b) a comissão tiver de ser mista (isto é, tiver de incluir pelo menos um
rapaz e pelo menos uma rapariga);
43 Numa fábrica trabalham
c) a comissão tiver de ser mista e o delegado e o subdelegado tiverem de 20 operários, dos quais sete são
fazer parte dela. mulheres. Pretende-se formar
uma comissão mista, com cinco
Resolução operários, que tenha mais ho-
mens do que mulheres.
a) Existem três opções:
Nestas condições, quantas co-
• o delegado faz parte da comissão, mas o subdelegado não; missões diferentes podem ser
formadas?
• o subdelegado faz parte da comissão, mas o delegado não;
• o delegado e o subdelegado fazem parte da comissão.
Assim, a resposta é:
26
C4 + 26C4 + 26C3 = 32 500

Outro processo:
Ao número total de comissões possíveis subtrai-se o número de comis-
sões de que não faz parte o delegado, nem o subdelegado.
Assim, a resposta é:
28
C5 - 26C5 = 32 500

b) Existem quatro opções para a comissão ser mista:

• incluir uma rapariga e quatro rapazes;


• incluir duas raparigas e três rapazes;
• incluir três raparigas e dois rapazes;
• incluir quatro raparigas e um rapaz.
Assim, a resposta é:
16
C1 * 12C4 + 16C2 * 12C3 + 16C3 * 12C2 + 16C4 * 12C1 = 93 120

Outro processo:
Ao número total de comissões possíveis subtrai-se o número de comis-
sões que só incluem rapazes e o número de comissões que só incluem
raparigas.
28
Assim, a resposta é: C5 - 12C5 - 16C5 = 93 120

16
c) C1 * 10C2 + 16C2 * 10C1 + 16C3 = 2480 PROFESSOR
Soluções
43. 13C4 * 7C1 + 13C3 * 7C2 = 11 011
continua

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 31


continuação
44 Numa das paredes da sala de
convívio de uma escola existe 3. Um tabuleiro de xadrez tem 64 casas, as,
um painel retangular, dividido dispostas em oito filas horizontais (dede
em dezoito quadrados. 1 a 8) e oito filas verticais (de A a H).
Pretende-se dispor no tabuleiro treze pe-
e-
ças brancas: os oito peões, o rei, a dama,
ma,
uma torre, um cavalo e um bispo.
Pretende-se pintar dez quadra- De quantas maneiras diferentes é possível
ossível dispor as treze peças no tabu-
dos deste painel: seis de branco, leiro, de tal modo que cada peça ocupe uma única casa e cada casa não
um de azul, um de vermelho, seja ocupada por mais do que uma peça?
um de verde e um de amarelo.
De quantas maneiras diferentes Resolução
pode o painel ficar pintado? 64
C8 * 56A5 ) 2,03 * 1018

4. Os 25 alunos de uma turma vão participar num torneio de andebol de


Resolução cinco, sendo distribuídos por cinco equipas, identificadas pelas letras A,
Exercício 44 (resolução
passo a passo)
B, C, D e E. De quantas maneiras diferentes poderá ser feita a distribuição
dos alunos pelas equipas?
in Caderno de Apoio, 12.° ano
45 Num jogo de bridge partici- Resolução
25
pam quatro jogadores. A partir C5 * 20C5 * 15C5 * 10C5 * 5C5 ) 6,23 * 1014
de um baralho de cartas com-
pleto (52 cartas), dão-se 13 car-
tas a cada jogador. 5. Um conjunto A tem 4096 subconjuntos. Quantos desses subconjuntos
De quantas maneiras diferentes têm exatamente seis elementos?
pode ser feita a distribuição
in Caderno de Apoio, 12.° ano
das 52 cartas pelos quatro joga-
dores? Resolução
Seja n o cardinal de A . Tem-se 2n = 4096 , pelo que n = 12 .
12
Assim, a resposta é C6 , ou seja, 924.

6. Um código é formado por sete caracteres dos quais quatro têm de ser
algarismos e três têm de ser vogais. Quantos códigos diferentes é possível
formar, tais que:
a) os algarismos e as vogais sejam dispostos de forma alternada?
b) os símbolos iniciais e finais sejam algarismos e as vogais estejam juntas?

46 Um conjunto tem 512 sub- c) as vogais fiquem nos lugares centrais e os algarismos sejam todos
conjuntos. Quantos desses sub- ímpares?
conjuntos têm pelo menos sete d) haja exatamente dois algarismos iguais a 3?
elementos?
e) não haja qualquer restrição à forma como se dispõem?
in Caderno de Apoio, 12.° ano

PROFESSOR Resolução
Soluções a) 10 * 5 * 10 * 5 * 10 * 5 * 10 = 1 250 000
44. 18C6 * 12A4 = 220 540 320
3 3
b) 10 * 5 * 10 * 10 * 10 + 10 * 10 * 5 * 10 * 10 + 10 * 10 * 10 *
45. C13 * C13 * C13 * C13 )
52 39 26 13

* 53 * 10 = 53 * 104 * 3 = 3 750 000


) 5,36 * 1028
3
c) 5 * 5 * 5 * 5 * 5 = 78 125
46. 9C7 + 9C8 + 9C9 = 46
continua

32 Tema 1 | Cálculo Combinatório


continuação
47 Considera todos os núme-
7
d) Existem C2 maneiras diferentes de escolher as posições dos algaris- ros naturais que se escrevem
mos 3; para cada uma destas, existem 5C2 maneiras de escolher as com sete algarismos, dos quais
posições dos outros dois algarismos, havendo 9 hipóteses para cada três são iguais a 1, três são
iguais a 2 e um é igual a 3.
um deles (não podem ser 3) e cinco hipóteses para cada vogal.
a) Quantos são?
Assim, a resposta é 7C2 * 5C2 * 92 * 53 = 2 126 250 .
b) Quantos deles são pares?
7 4 3 7
e) C4 * 10 * 5 = 43 750 000 ou C3 * 53 * 104 = 43 750 000

7. Uma sequência de letras diz-se um anagrama de uma outra se o número


de ocorrências de qualquer letra for igual em ambas.
Quantos anagramas existem da palavra margarida?

Resolução
Existem 9C3 maneiras diferentes de escolher as posições da letra A. Para
cada uma destas, existem 6C2 maneiras de escolher as posições da letra R.
As restantes quatro letras podem ocupar as quatro posições que sobram
48 Quantos são os anagramas
de 4! maneiras diferentes.
da palavra infinito?
Assim, a resposta é 9C3 * 6C2 * 4! = 30 240 .
Esta resposta também pode ser obtida de outras formas, como, por exem-
plo:
9
C2 * 7C3 * 4! 9
A4 * 5 C 3 9
A4 * 5C2

8. Considera todos os números que se podem obter usando todos os algaris- 49 O Afonso e a Bárbara vão
mos do número 2344451. disputar um torneio de xadrez
a) Quantos números é possível formar? composto por sete partidas.
Cada partida pode terminar
b) Quantos desses números são ímpares? empatada ou com a vitória de
um deles. No final de cada par-
Resolução tida é registado o resultado
7
(A - vitória do Afonso; B - vi-
a) C3 * 4! = 840 tória da Bárbara; E - empate).
6 Assim, no final do torneio, tem-
b) 3 * C3 * 3! = 360 -se um registo como, por exem-
plo, AAEBBBE.
9. A figura representa um tabuleiro. Quantos registos diferentes po-
derão acontecer, de tal modo
B que haja quatro empates e a
Bárbara seja a vencedora?

Pretende-se deslocar uma peça da casa A até à casa B, movendo-a sempre


uma casa para a direita ou uma casa para cima. PROFESSOR
Soluções
a) De quantas maneiras o podemos fazer?
47. a) 7C3 * 4C3 = 140
b) De quantas maneiras o podemos fazer, passando pela casa K?
b) 6C3 * 3C2 = 60
c) De quantas maneiras o podemos fazer, sem passar por nenhuma casa
48. 8C3 * 5C2 * 3! = 3360
da última linha (exceto B, naturalmente)?
49. 7C4 * 3C3 + 7C4 * 3C2 = 140
continua

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 33


continuação

Simulador Resolução
Geogebra: Diagonais a) A cada caminho de A para B podemos associar uma sequência de dez
de um polígono
letras, quatro C e seis D, onde C significa cima e D significa direita.
Por exemplo, ao caminho representado abaixo, podemos associar a
sequência C C D D D D C D D C .
B

Assim, o número de caminhos é igual a 10C4 (das 10 posições possíveis


é necessário escolher quatro para colocar a letra C; a letra D ocupa as
restantes seis posições). Tem-se 10C4 = 210 .
6 4
b) C2 * C2 = 90
9
c) A última letra da sequência terá de ser C, pelo que a resposta é C3 ,
ou seja, 84.

50 Sejam A e B dois subcon- 10. Seja A = {1, 2, 3, 4} e seja B = {1, 2, 3, 4, 5, 6} .


juntos de N , ambos finitos. a) Quantas funções é possível definir de A em B ?
Sabe-se que, de A em B , exis-
tem 10 funções estritamente b) Quantas delas são injetivas?
crescentes e 60 funções injetivas. c) Quantas delas são estritamente crescentes?
Quantas funções existem de B
em A ? Resolução
a) Cada elemento de A tem seis imagens possíveis.
Assim, a resposta é 64 = 1296 .
6
b) 6 * 5 * 4 * 3 = A4 = 360

c) A cada subconjunto de B com quatro elementos corresponde uma,


51 Um polígono tem 104 dia- e uma só, função estritamente crescente de A em B .
gonais (uma diagonal é um seg-
mento que liga dois vértices, Assim, a resposta é 6C4 = 15 .
mas não é um lado).
Quantos lados tem o polígono? (n + 2)!
12 + ___
11. Determina n å N tal que n+1
C3 * _
n = 40 .
A2 n!
Resolução
PROFESSOR
(n + 2)!
12 + ___
Soluções
n+1
C3 * _
n = 40 §
A2 n!
50. 35 = 243 n+1
A (n + 2)(n + 1) n!
12 + ________
51. nC2 - n = 104 § n = 16 § _3 * _
n = 40 §
3! A2 n!
(n + 1) n (n - 1) 12 + (n + 2)(n + 1) = 40 §
Caderno de exercícios § _________ * ___________
6 n n - 1)
(
Introdução ao cálculo
combinatório § 2(n + 1) + (n + 2)(n + 1) = 40 §
_
- 5 ¿√25 + 144
______ - 5 ¿ 13
Mais sugestões de trabalho 2
§ n + 5n - 36 = 0 § n = §n=_
2 2
Exercícios propostos n.os 90 a 100
(pág. 39). Como n å N , tem-se n = 4 .

34 Tema 1 | Cálculo Combinatório


Síntese
Dado um conjunto A , finito, dá-se o nome de cardinal de A ao número de
Cardinal de um elementos de A . O cardinal de A representa-se por #A . Tem-se #O = 0 .
p. 14 conjunto. Conjuntos
equipotentes Dados conjuntos A e B , tem-se que #A = #B se e somente se existe uma bije-
ção de A em B . Diz-se, então, que A e B são equipotentes.

Sejam A e B conjuntos finitos não vazios. Tem-se:


p. 15 Propriedades 1. A © B = O ± #(A ∂ B) = #A + #B
2. #(A * B) = #A * #B

Se, para realizar uma tarefa, existirem k opções que se excluem duas a duas,
Princípio geral e se existirem n1 maneiras de realizar a primeira opção, n2 maneiras de reali-
p. 16
da adição zar a segunda opção, ..., nk maneiras de realizar a k-ésima opção, então a tarefa
pode ser realizada de n1 + n2 + … + nk maneiras diferentes.

Se, para realizar uma tarefa, forem necessárias k etapas, se existirem n1 maneiras
Princípio geral de realizar a primeira etapa, se, para cada uma delas, existirem n2 maneiras de
p. 16
da multiplicação realizar a segunda etapa, e assim sucessivamente, até à k-ésima etapa, então a
tarefa pode ser realizada de n1 * n2 * … * nk maneiras diferentes.

Arranjos com repetição Ao número de sequências de p elementos, não necessariamente distintos, esco-
p. 19 de n elementos, p a p lhidos num conjunto de cardinal n , dá-se o nome de arranjos com repetição de
(nA'p) n elementos, p a p . Tem-se nA'p = np .

Dados n objetos, existem exatamente nA'p formas distintas de efetuar p extra-


Extrações com
p. 20 ções sucessivas de um desses objetos, repondo o objeto escolhido após cada uma
reposição
das extrações.

Dado um conjunto A , ao conjunto de todos os subconjuntos de A dá-se o


nome de conjunto das partes de A . O conjunto das partes de A representa-se
Conjunto das partes
p. 21 por P (A) .
de um conjunto
Se um conjunto A tem cardinal n (n å N0), então o conjunto das partes de A
tem cardinal 2n .

Dado um conjunto de cardinal n (n å N), a cada maneira de ordenar os seus n


Permutações. Conceito elementos dá-se o nome de permutação desses n elementos.
p. 23
de fatorial O número de permutações de n objetos distintos é n * (n - 1) * … * 2 * 1 = n!
(lê-se n fatorial). Tem-se a seguinte convenção: 0! = 1 .
Ao número de sequências de p elementos distintos, escolhidos num conjunto de
cardinal n (n ≥ p), dá-se o nome de arranjos de n elementos, p a p .
Arranjos de n elementos,
p. 27 n!
p a p (nAp) Tem-se nAp = n * (n - 1) * … * (n - p + 1) = ___ .

( - p)!
n
p fatores

Dados n objetos diferentes, existem exatamente nAp formas distintas de efe-


p. 27 Extrações sem reposição tuar p extrações sucessivas de um desses objetos, não repondo o objeto escolhi-
do após cada uma das extrações.
Ao número de subconjuntos com p elementos de um conjunto de cardinal n
Combinações de (n ≥ p), dá-se o nome de combinações de n elementos, p a p .
p. 30 n elementos, p a p n
Ap n!
(nCp) Tem-se nCp = _ = _____ .
p! p! (n - p)!

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 35


Exercícios propostos
52 Quantos códigos com uma vogal, um algarismo 59 O alinhamento de dez minutos de emissão
e uma consoante, por esta ordem, é possível escrever? numa rádio é o seguinte: uma música, dois anúncios
Nota: Considera as 26 letras do alfabeto. e outra música. Se estiverem selecionadas oito músi-
cas e dez anúncios, de quantos modos diferentes se
53 Numa festa da escola, cada aluno escolhe uma podem preencher esses dez minutos?
prova de destreza de entre as oito disponíveis, uma
prova de rapidez de entre seis e uma prova de força 60 Considera todos os códigos de cartão multi-
de entre quatro. banco que podem existir. Quantos desses códigos
De quantas formas pode ser feita a escolha do con- não têm algarismos consecutivos iguais?
junto de provas?
61 Quantos códigos de cartão multibanco que
54 Numa videoteca, cada filme é identificado por não tenham o primeiro e o último algarismo iguais
uma vogal e uma sequência de três algarismos. podem existir?
Quantos filmes podem ser catalogados?
62 Quantos números pares de cinco algarismos
55 Numa escola há sete turmas de 12.° ano: três são capicuas?
com 28 alunos, duas com 25, uma com 23 e outra
com 22 alunos. 63 Considera todos os números de seis algarismos.
De quantas maneiras podem ser escolhidos sete alu- Quantos são capicuas e múltiplos de 5?
nos, um de cada turma?

64 Uma turma tem 26 alunos. De quantos modos


56 A Cristina tem quatro blusas, três saias e dois
pode ser formada uma comissão com Presidente,
pares de ténis. Secretário e Vogal:
De quantas maneiras se pode vestir?
a) se o Pedro for, obrigatoriamente, o Presidente?

57 O código de um cofre é uma sequência de dois b) se o Pedro pertencer, obrigatoriamente, à comis-

algarismos e uma vogal. Quantos códigos diferen- são?


tes se podem compor?
65 Quantos números de três algarismos diferentes

58 A ementa de um restaurante tem duas sopas, começados por 5 têm a soma dos algarismos par?

dois pratos de peixe e quatro pratos de carne e


cinco sobremesas. 66 Quantos múltiplos de 5, entre 1000 e 5000, se

De quantas maneiras se pode fazer neste restaurante podem escrever, tendo os algarismos todos diferentes?
uma refeição com sopa, prato e sobremesa? E se for entre 1000 e 6000?

PROFESSOR 55. 694 232 * 104 60. 10 * 93 = 7290 b) 3 * 25 * 24 = 1800


Soluções 56. 24 61. 9000 65. 5 * 4 * 2 = 40
52. 1050
57. 500 62. 400 66. 448 ; 504
53. 192
58. 60 63. 100
54. 5000
59. 8 * 10 * 9 * 7 = 5040 64. a) 25 * 24 = 600

36 Tema 1 | Cálculo Combinatório


67 Para ocupar uma hora de emissão de rádio, 74 Considera o seguinte problema:
pode optar-se por três programas de 20 minutos ou Um conjunto tem 4083 subconjuntos com mais do
dois programas de meia hora. que um elemento. Qual é o cardinal desse conjunto?
Sabendo que estão disponíveis seis programas de Equaciona o problema e, recorrendo à calculadora,
20 minutos e quatro de meia hora, de quantas encontra a solução.
maneiras diferentes pode ser feita a emissão?

75 Um conjunto A de cardinal n tem x sub-


68 O código de um cofre é uma sequência de
conjuntos. Um conjunto B de cardinal m tem
dez letras, de entre as 26 do alfabeto português. 8x subconjuntos. Sabe-se ainda que A © B = O e
Quantos códigos diferentes existem? que #(A ∂ B) = 21 .
Qual é o valor de m ?
69 Um certo tipo de cofres tem cinco discos iguais,
cada um deles com um certo número de letras. 76 Seja A = a, b, c .
{ }
Para abrir o cofre é preciso selecionar uma letra de
Escreve todas as permutações dos elementos de A .
cada disco, formando assim uma sequência de cinco
letras.
77 Seja B = 1, 2, x, y, z .
Qual é o número mínimo de letras que cada disco { }
deve ter, de forma a que o número de códigos pos- Escreve três permutações dos elementos de B . Quan-
síveis seja superior a um milhão? tas são ao todo?

70 Com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 78 De quantas maneiras se


quantos números de cinco algarismos é possível podem ordenar estes cinco li-
A

Combinatória
formar? vros numa prateleira de uma ÁLGEBR

EXERCÍCIOS

Trigonometria
GEOMETRIA
estante?

ÁLGEBRA
71 De um baralho de cartas completo, retira-se
ao acaso uma carta, regista-se a carta que saiu e 79 Verifica que:
repõe-se a carta no baralho. Esta experiência é efe-
tuada quatro vezes. No final da experiência, tem-se a) 3! + 7! 0 10!
uma sequência com os quatro registos efetuados. b) 2 * 3! 0 6!
Quantas sequências diferentes é possível obter?
c) 3! * 4! 0 12!

72 Determina o conjunto das partes do conjun-


80 De quantas maneiras se podem escrever as
to {a, b, c} .
letras da palavra problema, mantendo:

73 Determina o cardinal do conjunto das partes a) a primeira e a última letras nas suas posições?

do conjunto {a, e, i, o, u} . b) as vogais nas posições que ocupam?

PROFESSOR § x > 15,85


{a, c}, {b, c}, {a, b, c}} 77. Por exemplo: (2, 1, x, y, z) ,
Soluções Logo, cada disco deve ter no
73. 32 (1, 2, y, z, x) , (z, 1, x, 2, y)
67. 132 mínimo 16 letras.
5! = 120
70. 9A'5 = 95 = 59 049 74. 2n - n - 1 = 4083 § n = 12
68. 26A'10 = 2610 ) 1,4 * 1014 78. 5! = 120
71. 52A'4 = 524 = 7 311 616 75. 12
69. A'5 > 1 000 000 §
x
79. Basta usar a calculadora
§ x5 > 1 000 000 § 72. {O, {a}, {b}, {c}, {a, b}, 76. (a, b, c) , (a, c, b) , (b, a, c) , para verificar.
(b, c, a) , (c, a, b) , (c, b, a) 80. a) 6! = 720 b) 5! = 120

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 37


81 De quantas maneiras diferentes se podem arru- 86 De quantas maneiras se podem sentar sete ra-
mar quatro livros de Matemática, dois livros de pazes e três raparigas em duas filas de cinco luga-
Química e dois livros de Biologia: res, ficando as raparigas na fila da frente?
a) numa prateleira de oito lugares?
b) em duas prateleiras de quatro lugares, se os li- 87 Pretende-se pintar um cubo com as faces nume-
vros de Matemática tiverem de ficar juntos? radas de 1 a 6, de tal modo que cada face fique
c) numa prateleira de oito lugares, sem «misturar» pintada com uma única cor e que não haja repeti-
livros de disciplinas diferentes? ção de cores. Dispõe-se, para o efeito, de tintas de
oito cores, uma das quais é verde.
82 A Marta levou para ler nas férias Os Maias
a) De quantas maneiras diferentes pode o cubo ficar
em dois volumes e mais três livros diferentes.
pintado?
De quantas maneiras pode organizar a sua leitura
não separando os dois volumes de Os Maias? b) De quantas maneiras diferentes pode o cubo ficar
pintado, se a face número 1 ficar pintada de verde?
83 Escreve os produtos seguintes como quociente
c) De quantas maneiras diferentes pode o cubo ficar
de fatoriais: pintado, se uma das faces ficar pintada de verde?
a) 9 * 8 * 7 * 6 b) 200 * 199 * 198
c) 10 * 11 * 12 * 13 d) (n + 1) n 88 De um baralho completo, selecionaram-se as
13 cartas do naipe de paus.
84 Escreve os produtos seguintes usando a nota-
Destas, escolhem-se cinco e dispõem-se em fila sobre
ção nAp .
uma mesa, formando uma sequência de cinco cartas
a) 7 * 6 * 5
do naipe de paus.
b) 100 * 99 * 98
a) Quantas sequências diferentes se podem obter?
c) 201 * 200 * 199 * 198
d) n (n - 1) (n - 2) b) Quantas sequências começam com o ás de paus?

e) 10 * 11 c) Em quantas sequências se podem ver as três figu-


f) (k + 1) · k · (k - 1) ras de paus (rei, dama e valete)?
g) 19 * 18 * 17 * … * 7 * 6
h) 91 * 90 * 89 * … * 31 * 30 89 Considera todos os números naturais com-
preendidos entre 10 000 e 30 000 que têm todos os
85 Escreve os fatores que correspondem aos arranjos: algarismos diferentes.
20
a) A4 a) Quantos são?
r
b) A3
100 b) Quantos deles são múltiplos de 5?
c) A50 (Indica os dois fatores maiores e os dois
menores.) c) Quantos deles contêm o algarismo 2?

PROFESSOR 85. a) 20 * 19 * 18 * 17 88. a) 13A5 = 154 440


83. a) _ b) _
9! 200!
Soluções 5! 197! b) r (r - 1) (r - 2) b) 12A4 = 11 880
81. a) 8! = 40 320 ( n + 1)! c) 100 * 99 * … * 52 * 51 c) 5A3 * 10A2 = 5400
c) _ d) ______
13!
b) 4! * 4! * 2 = 1152 9! (n - 1)!
86. 5A3 * 7! = 302 400 89. a) 2 * 9A4 = 6048
c) 4! * 2! * 2! * 3! = 576 84. a) 7A3 b) 100A3 c) 201A4 b) 2 * 2 * 8A3 = 1344
87. a) 8A6 = 20 160
n 11 k+1
82. 3! * 4 = 24 d) A3 e) A2 f) A3 b) 7A5 = 2520 c) 9A4 + 4 * 8A3 = 4368
g) 19A14 h) 91A62 c) 6 * 7A5 = 15 120

38 Tema 1 | Cálculo Combinatório


90 Determina n å N , tal que nA + 3n + 1 = 100 . 96 Com os algarismos do número 21 332, quantos
2
números diferentes se podem escrever?
91 Numa turma de 20 alunos, 12 raparigas e
oito rapazes, vão escolher-se cinco ao acaso. 97 Numa gaveta estão quatro pares de meias
azuis e mais seis pares de outras cores, todas dife-
a) De quantas maneiras pode ser feita a escolha?
rentes.
b) De quantas maneiras pode ser feita a escolha de
De quantas maneiras se pode escolher um lote de
tal forma que o grupo selecionado tenha três
quatro pares de meias de cores diferentes?
raparigas e dois rapazes?

92 Num tabuleiro de 20 «casas», de quantas ma- 98 A Sofia tem, na es-

neiras se podem distribuir dez peças brancas e cinco tante do seu quarto, doze
de cores diferentes, não mais de uma por cada «casa»? livros, dos quais três são
de Isabel Allende. Ela
93 Com 12 pontos sobre uma circunferência, pretende escolher seis
quantos triângulos se podem definir? desses livros para ler
nas férias que vai passar
94 No concurso euromilhões, uma em casa dos avós.

aposta simples consiste em escolher


cinco números na grelha «Números» Isabel Allende
e dois números na grelha «Estrelas». Quantas escolhas pode ela fazer se resolver levar
Quantas apostas simples diferentes pelo menos dois livros de Isabel Allende?
se podem fazer?

99 Um tabuleiro de xadrez tem 64 casas, dispos-


tas em oito filas horizontais (de 1 a 8) e oito filas
verticais (de A a H). Pretende-se colocar quatro pe-
95 De um baralho de 52 cartas, um jogador rece-
ças brancas (o rei, a dama e as duas torres) num
be 13. A um conjunto de 13 cartas chama-se mão. tabuleiro de xadrez.
a) Quantas mãos pode o jogador receber? De quantas maneiras diferentes podem as peças
ficar colocadas no tabuleiro se as duas torres fica-
b) Quantas mãos têm exatamente cinco cartas de
rem na mesma fila horizontal e o rei e a dama não
copas?
ficarem nessa fila?
c) Quantas mãos têm, no máximo, duas cartas de
paus?
100 Num torneio de xadrez, cada jogador disputou
d) Quantas mãos têm três reis e dois ases?
uma partida com cada um dos restantes jogadores.
e) Quantas mãos têm seis cartas de um naipe e sete Supondo que foram disputadas 91 partidas, quantos
cartas de outro? jogadores participaram no torneio?

PROFESSOR 93. 12C3 = 220 d) 4C3 * 4C2 * 44C8 = 98. 3C2 * 9C4 + 3C3 * 9C3 = 462
Soluções 94. 50C5 * 11C2 = 116 531 800 = 4 253 583 048 99. 8 * 8C2 * 56A2 = 689 920
90. 9 e) 13C6 * 13C7 * 4A2 =
100. nC2 = 91 § n = 14
95. a) 52C13 ) 6,35 * 1011 = 35 335 872
91. a) C5 = 15 504
20
b) 13C5 * 39C8 ) 7,92 * 1010
96. 5C2 * 3C2 = _ = 30
5!
b) 12C3 * 8C2 = 6160
c) 39C13 + 13 * 39C12 + 13C2 * 39C11 ) 2! 2!
92. 20C10 * 10A5 ou 20A5 * 15C10 , ) 1,90 * 1011 97. 4 * 6C3 + 6C4 = 95
ou seja , 5 587 021 440.

Capítulo 2 | Introdução ao cálculo combinatório 39


1 Cálculo
3. Triângulo de Pascal
Combinatório
e binómio de Newton

Triângulo de Pascal.
Propriedades das combinações
Comecemos por dispor os valores de nCk em sucessivas linhas (à esquerda) e cal-
culemos os respetivos valores (à direita):

0
C0 1
1 1
C0 C1 1 1
2 2 2
C0 C1 C2 1 2 1
3 3 3 3
C0 C1 C2 C3 1 3 3 1
4 4 4 4 4
C0 C1 C2 C3 C4 1 4 6 4 1
5 5 5 5 5 5
C0 C1 C2 C3 C4 C5 1 5 10 10 5 1
… … … … … … … … … … … … … …

A esta disposição dos valores de nCk dá-se o nome de triângulo de Pascal.

Observemos que:

• cada linha começa e acaba em 1;

• em cada linha, elementos a igual distância dos extremos são iguais;

NOTA • cada elemento (que não esteja num dos extremos de uma linha) é igual à soma
Por exemplo: dos dois elementos colocados imediatamente acima.
C1 + 3C2
3
C2 + 4C3
4
 
4
C2 5
C3 Propriedades
Sejam n , k pertencentes a N0 . Tem-se:
1. nC0 = nCn = 1
Resolução
Exercícios de 2. nCk = nCn - k (n ≥ k)
«Triângulo de Pascal
e binómio de Newton» 3. nCk + nCk + 1 = n + 1Ck + 1 (n ≥ k + 1)
Simulador
Geogebra: Construção
do triângulo de Pascal
Demonstração
Simulador
Geogebra:
Propriedades do 1. Dado um conjunto com n elementos, existe apenas um seu subconjunto com
triângulo de Pascal zero elementos (o conjunto vazio) e apenas um seu subconjunto com n ele-
Simulador
mentos (o próprio conjunto).
Geogebra: Padrões no
triângulo de Pascal
Portanto, nC0 = nCn = 1 .

40 Tema 1 | Cálculo Combinatório


2. Tem-se: NOTA
n!
Ck = ___
n Pode mostrar-se ainda que:
(n - k)! * k! • se p 0 q ,
então nCp = nCq § p + q = n .
n! n!
n
Cn - k = ________________ = _______ • se p + 1 < n - p ,
( ) ( )
(n - n - k )! * n - k ! k! * ( n - k)! então nCp < nCp + 1 (em cada linha,
os elementos vão «crescendo» até
Portanto, nCk = nCn - k . ao meio da linha).
Portanto, numa linha com um núme-
Esta propriedade tem a seguinte interpretação: ro ímpar de elementos, o maior ele-
Seja A um conjunto com n elementos. mento é o elemento central e numa
linha com um número par de ele-
A cada seleção de k elementos de A , para formar um subconjunto, corres- mentos, os maiores elementos são
ponde outro subconjunto, com n - k elementos, formado pelos elementos os elementos centrais (que são
iguais).
de A que não foram selecionados.
Dito de outro modo: a cada subconjunto de A com k elementos podemos
associar o seu complementar em A , que tem n - k elementos.
Existem, portanto, tantos subconjuntos de A com k elementos como com
n - k elementos.
NOTA
3. Tem-se: *
* Começa por analisar um caso par-
n! n!
n
Ck + Ck + 1 = ___________ + ___________________ =
n ticular:
(n - k)! * k! (n - k - 1)! * (k + 1)! 9
C3 + 9C4 = _ + _ =
9! 9!
[* ( k + 1 ) ] [* (n + k)] 6! * 3! 5! * 4!
= __ + __ =
9! 9!
n! * (k + 1) n! * (n - k)
= ___________ + ___________ = 6 * 5! * 3! 5! * 4 * 3!
(n - k)! * (k + 1)! (n - k)! * (k + 1)! (* 4) (* 6)

9! * 4 9! * 6
= ___________ + ___________ =
n! * (k + 1 + n - k) (n + 1)! 6 * 5! * 4 * 3! 6 * 5! * 4 * 3!
= _________________ = ___________ = n + 1Ck + 1 9! * 4 + 9! * 6 9! * (4 + 6)
(n - k)! * (k + 1)! (n - k)! * (k + 1)! = ___________ = _______ =
6! * 4! 6! * 4!
9! * 10
= _ = _ = 10C4
10!
Também tem interesse examinar esta propriedade de um ponto de vista com-
6! * 4! 6! * 4!
binatório. Pensemos no seguinte problema:

Uma turma de uma escola secundária tem 25 alunos (o delegado, mais


24 alunos). Pretende-se formar uma comissão de quatro alunos para orga-
nizar um passeio. Quantas comissões diferentes se podem formar?

25
Uma resposta imediata a este problema é C4 .
Podemos, contudo, resolver o problema de outra maneira.
Existem duas hipóteses, em alternativa, mutuamente exclusivas:
1.ª hipótese: o delegado de turma faz parte da comissão;
2.ª hipótese: o delegado de turma não faz parte da comissão.
Existem 24C3 comissões do primeiro tipo (o delegado entra na comissão,
pelo que é preciso escolher mais três alunos, de entre 24, para a completar).
Existem 24C4 comissões do segundo tipo (o delegado não entra na comissão,
pelo que, para a formar, é preciso escolher quatro alunos, de entre 24).
24
Assim, outra resposta ao problema é C3 + 24C4 .
24
Portanto, C3 + 24C4 = 25C4 .

Capítulo 3 | Triângulo de Pascal e binómio de Newton 41


Exercícios resolvidos
101 Seja x a soma dos três
primeiros elementos de uma 1. Considera duas linhas consecutivas do triângulo de Pascal, das quais se
certa linha do triângulo de Pas- reproduzem alguns elementos:
cal. Justifica que o terceiro ele- … 220 a 792 …
mento da linha seguinte é igual … 715 b …
a x - 1 .
Determina os valores de a e de b .
Resolução
Tem-se 220 + a = 715 , pelo que a = 495 .
Tem-se 495 + 792 = b , pelo que b = 1287 .
102 Escreve uma expressão na
forma nCk que seja equivalente 2. Escreve uma expressão na forma nCk que seja equivalente à expressão:
à expressão: 500
C100 + 500C101 + 501C102
998 998 998
C123 + 2 * C124 + C125 Resolução
500
C100 + 500C101 + 501C102 = 501C101 + 501C102 = 502C102

103 A soma dos dois primeiros 3. O penúltimo elemento de uma certa linha do triângulo de Pascal é igual
elementos de uma certa linha a 37. Qual é o quinto elemento da linha seguinte?
do triângulo de Pascal é 51.
Resolução
Qual é terceiro elemento da
linha anterior? Em cada linha do triângulo de Pascal, o penúltimo elemento é igual ao
segundo elemento da linha. Seja nC0 o primeiro elemento da linha em causa.
O segundo elemento é nC1 . Ora, tem-se que nC1 = n . Portanto, n = 37 .
A linha seguinte é a linha que contém as combinações da forma 38Ck .
O quinto elemento desta linha é 38C4 = 73 815 .

104 Numa 4. Uma certa linha do triângulo de Pascal tem 100 elementos.
certa linha do
triângulo de Pascal, o produto Quantos elementos dessa linha são maiores do que um milhão?
do segundo elemento pelo pe-
núltimo elemento é igual a 676. Resolução
Quantos elementos tem essa A linha que contém as combinações da forma nCk tem n + 1 elementos
linha? n n n
( C0, C1, …, Cn). Portanto, a linha do triângulo de Pascal que tem
100 elementos é a linha que contém as combinações da forma 99Ck .
Como 99C3 = 156 849 e 99C4 = 3 764 376 , só os quatro primeiros e os
quatro últimos elementos dessa linha são inferiores a um milhão.
Portanto, nessa linha existem 100 - (4 + 4) , ou seja, 92 elementos maiores
do que um milhão.

105 A soma dos três primeiros 5. O terceiro elemento de uma certa linha do triângulo de Pascal é igual a 153.
elementos de uma certa linha Qual é o maior elemento dessa linha?
do triângulo de Pascal é igual
a 154. Resolução
n
Qual é a soma dos dois maiores O terceiro elemento da linha que contém as combinações da forma Ck
elementos dessa linha? é nC2 , pelo que se tem nC2 = 153 . Tem-se, então:
n
A n (n - 1)
PROFESSOR C2 = 153 § _2 = 153 § ____ = 153 § n2 - n - 306 = 0
n
2! 2
Soluções
Como n å N , tem-se n2 - n - 306 = 0 § n = 18 .
102. 1000C125
A linha que contém as combinações da forma 18Ck tem 19 elementos.
103. 49C2 = 1176
O maior elemento dessa linha é o elemento central, que é 18C9 , ou seja,
104. 27
48 620.
105. 48 620 = 2 * 17C8 ou 17C8 + 17C9

42 Tema 1 | Cálculo Combinatório


SERÁ QUE…? Soma dos elementos de uma linha do triângulo de Pascal

Escreve os números que constituem o triângulo de Pascal até à linha que


contém os elementos da forma 7Ck . Designando por «linha de ordem n» a
linha que contém os elementos da forma nCk , completa a seguinte tabela:

Linha 0 1 2 3 4 5 6 7
Soma dos seus elementos 1 2 4

Será que consegues conjeturar uma relação entre o número de ordem de uma
linha e a soma dos elementos dessa linha?

Tem-se a seguinte propriedade.


n
Seja n pertencente a N0 . Tem-se ∑ nCk = 2n , ou seja:
k=0
n
C0 + nC1 + nC2 + … + nCn = 2n

Tal significa que a soma dos elementos da linha de ordem n do triângulo de


Pascal é igual a 2n .
Demonstração
Seja A um conjunto com n elementos. Tem-se, então:
• nC0 é o número de subconjuntos de A com 0 elementos;
• nC1 é o número de subconjuntos de A com 1 elemento;
• nC2 é o número de subconjuntos de A com 2 elementos;
...
• nCn é o número de subconjuntos de A com n elementos.
Portanto, nC0 + nC1 + nC2 + … + nCn é o número total de subconjuntos de A ,
que, como sabemos, é igual a 2n .

Exercícios resolvidos
1. O produto dos dois últimos elementos de uma certa linha do triângulo de
Pascal é igual a 15. Qual é a soma de todos os elementos dessa linha?
Resolução
O último elemento de qualquer linha do triângulo de Pascal é igual a 1.
Portanto, para o produto dos dois últimos elementos de uma linha ser igual
a 15, o penúltimo elemento terá de ser igual a 15. O segundo elemento dessa
linha é também igual a 15. Portanto, trata-se da linha que contém os elemen-
tos da forma 15Ck . A soma de todos os elementos dessa linha é igual a 215 ,
ou seja, 32 768.
n
2. Sabe-se que ∑ nCk = a .
k=0 n+3
n+3
Determina, em função de a , o valor de ∑ Ck .
k=0 106 8
Resolução Qual é o valor de ∑ 8Ck ?
n k=0
Tem-se ∑ nCk = 2n , pelo que 2n = a .
k=0
n+3 PROFESSOR
n+3
Portanto, ∑ Ck = 2n + 3 = 23 * 2n = 8a . Soluções
k=0
106. 28 = 256
continua

Capítulo 3 | Triângulo de Pascal e binómio de Newton 43


continuação
107 A soma de todos os ele-
mentos de uma certa linha do 3. Numa certa linha do triângulo de Pascal, o sexto e o nono elementos são
triângulo de Pascal é 284 . iguais. Qual é a soma dos sete primeiros elementos dessa linha?
Qual é o maior elemento dessa
Resolução
linha? Apresenta a resposta na
forma nCk . O sexto e o nono elementos são nC5 e nC8 , respetivamente. Do facto de se
ter nC5 = nC8 , resulta que n = 5 + 13 .
Portanto, a linha em causa contém os elementos da forma 13Ck , linha essa
PROFESSOR
que tem 14 elementos.
Soluções
A soma de todos os elementos dessa linha é igual a 213 .
107. 84C42
A soma dos sete primeiros elementos dessa linha é igual à soma dos sete
Mais sugestões de trabalho últimos elementos, pelo que essa soma é igual a metade da soma de todos
213 = 212 = 4096 .
os elementos da linha. Assim, a resposta é _
Exercícios propostos n.os 113 a 120
(pág. 50).
2

Binómio de Newton
Como sabemos, tem-se: (a + b)2 = a2 + 2ab + b2

Esta fórmula é conhecida como quadrado do binómio, sendo um dos chamados


casos notáveis da multiplicação de binómios.
O nosso objetivo vai ser generalizar esta fórmula.

SERÁ QUE…? Potência de um binómio

Repara que se tem:


(a + b)0 = 1 = 1a0b0
(a + b)1 = a + b = 1a1b0 + 1a0b1
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2 = 1a2b0 + 2a1b1 + 1a0b2
(a + b)3 = (a + b)2 (a + b) = (a2 + 2ab + b2) (a + b) =
= a3 + a2b + 2a2b + 2ab2 + ab2 + b3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 =
= 1a3b0 + 3a2b1 + 3a1b2 + 1a0b3
Será que és capaz de prever qual é o desenvolvimento de (a + b)4 ?

Ao resolveres o desafio que te propusemos, certamente constataste a existência


n
de um padrão no desenvolvimento de (a + b) , com n å N0 . Assim:
• todos os termos do desenvolvimento são da forma k ax by ;
• em cada termo, tem-se x + y = n ;
• o expoente x de ax varia de n a 0 quando o expoente y de by varia de
0a n;
• os coeficientes dos diferentes termos são:
(a + b)0 " 1 (a + b)1 " 1 1
(a + b)2 " 1 2 1 (a + b)3 " 1 3 3 1
Repara que escrevemos as primeiras linhas do triângulo de Pascal. Parece,
n
então, que os coeficientes de (a + b) são os valores de nCp , com p a variar
de 0 a n .

44 Tema 1 | Cálculo Combinatório


É, então, natural que formulemos a seguinte conjetura: PROFESSOR
Gestão curricular
n n
(a + b) = C0 a b + C1 a
n n 0 n n-1 1
b + C2 a n n-2 2 n 0 n
b + … + Cn a b = ∑ Cp a n n-p
bp Todos os alunos devem conhecer a fór-
p=0 mula do binómio de Newton e saber
aplicá-la. No entanto, a respetiva demons-
tração é facultativa, não sendo, portanto,
Esta igualdade é conhecida como fórmula do binómio de Newton. exígivel aos alunos.

Vamos demonstrá-la utilizando o método de indução matemática.

Para n = 0 , obtém-se:
0
(a + b)0 = ∑ 0Cp a0 - p bp § 1 = 0C0 a0 b0 § 1 = 1 * 1 * 1 § 1 = 1 , o que
p=0
é verdade.

Provemos agora a hereditariedade:


n n
Hipótese de indução: (a + b) = ∑ nCp an - p bp
p=0

n+1
n+1
Tese de indução: (a + b) = ∑ n+1
Cp an + 1 - p bp
p=0

Demonstração: NOTA
n n * Por hipótese de indução.
n+1
(a + b) = (a + b) (a + b) =
* (a + b) ∑ nCp an - p bp =
(p = 0 )
n n
= a ∑ nCp an - p bp + b ∑ nCp an - p bp =
(p = 0 ) (p = 0 )
n n
= ∑ nCp a · an - p bp + ∑ nCp an - p b · bp =
p=0 p=0
NOTA
n n
= ∑ Cp an n+1-p p
b + ∑ Cp a n n-p
b p+1 **
= **  Desenvolvendo cada somatório
p=0 p=0 numa linha.
***  Adicionando os termos seme-
= nC0 an + 1 b0 + nC1 an b1 + … + nCn a1 bn + lhantes, tendo em conta que
n
+ nC0 an b1 + … + nCn - 1 a1 bn + nCn a0 bn + 1***
= Ck + nCk + 1 = n + 1Ck + 1 .
**** Tendo em conta que
= nC0 an + 1 b0 + n + 1C1 an b1 + … + n + 1Cn a1 bn + nCn a0 bn + 1****
n
= C0 = n + 1C0 e que nCn = n + 1Cn + 1 .

= n + 1C0 an + 1 b0 + n + 1C1 an b1 + … + n + 1Cn a1 bn + n + 1Cn + 1 a0 bn + 1 =


n+1
n+1
= ∑ Cp an + 1 - p bp
p=0

n
Cp an - p bp
O termo tem p termos antes dele, sendo, portanto, o termo
de ordem p + 1 no desenvolvimento. Dá-se-lhe o nome de termo geral do desen-
volvimento.

Pelo facto de, em cada termo do desenvolvimento, o coeficiente ser uma


Caderno de exercícios
expressão do tipo nCp , também se dá o nome de coeficientes binomiais aos Triângulo de Pascal e binómio
números nCp . de Newton

Capítulo 3 | Triângulo de Pascal e binómio de Newton 45


108 Utiliza a fórmula do binó-
Exercícios resolvidos
mio de Newton para desenvol-
ver as seguintes potências: 1. Utiliza a fórmula do binómio de Newton para desenvolver a potên-
4
a) (4x + 3)
3
b) (3a - 1)
4 cia (2x - 3y) .
5
c) (3a + 2b) Resolução
4 4
(2x - 3y) = [2x + (- 3y)] =
109 Utilizando a fórmula do 3 3
= (2x) + 4(2x) (- 3y) + 6 (2x) (- 3y) + 4(2x) (- 3y) + (- 3y) =
4 2 2 4

binómio de Newton, determina


_ 3
o valor de (3 + 2√5 ) , apre-
= 16x 4 - 96 x 3 y + 216 x 2 y 2 - 216 xy 3 + 81 y 4
sentando
_ o resultado na forma
a + b√5 , onde a e b desig- 2. Determina, para x > 0 , o sexto termo do desenvolvimento pelo binómio
nam números naturais. _ 8
de Newton da expressão (x√x - __ 2 e apresenta-o simplificado.
x3 )
110 Determina o oitavo termo
Resolução
do desenvolvimento pelo binó- _ 8-5 5
O sexto termo do desenvolvimento é 8C5 (x√x ) (- __ 2 =
mio de Newton de (3x - 2) e
12

_ _ x3 )
apresenta-o na forma mais sim- __
32 1792 x x4 √ 1792 x √
ples. = - 56 x3√x3 ___ = - __________ = - ________
x15 x 15 x11
111 No desenvolvimento de _ 6
2 - √x
3. Determina, relativamente ao desenvolvimento de (_
2a - _
7
1 existe um termo x ) pelo binó-
( 4) mio de Newton, o termo independente de x .
cuja parte literal é a4 .
Resolução
Qual é o coeficiente desse termo? 6-p _ p
O termo geral do desenvolvimento é 6Cp (_ 2 ( -√x ) .
x)
112 Justifica que um conjunto 6-p _ p 6-p
p _ p
6 2
Cp (_ ( - 1
√x ) = 6Cp * 26 - p * _ * ( - 1 ) * (√x ) =
de cardinal n å N tem tantos (x)
x)
subconjuntos com um número p
_ p
p p p-6+_
par de elementos como com um
* (- 1) * x = 6Cp * 26 - p * (- 1) * x
6 6-p p-6 2 2
= Cp * 2 *x
número ímpar de elementos.
p
(Admite que 0 é par.) Este termo é independente de x se e somente se p - 6 + _ = 0 , ou seja, se e
2
4
Calculadoras gráficas 6
somente se p = 4 . Vem, então, C4 * 2 6-4
* (- 1) = 15 * 4 * 1 = 60 .
Casio fx-CG 20 ...... pág. 115
TI-84 C SE / CE-T .... pág. 116 Assim, a resposta é 60.
TI-Nspire CX .......... pág. 117

PROFESSOR 4. Utilizando o desenvolvimento do binómio de Newton, determina o valor


n
de ∑ nCk (- 1) , sendo n um número natural.
k
Soluções
k=0
108. a) 64x3 + 144x2 + 108x + 27
b) 81a4 - 108a3 + 54a2 - 12a + 1 Resolução
c) 243a + 810a b + 1080a b +
5 4 3 2 n n n
∑ nCk (- 1) = ∑ nCk · 1n - k · (- 1) = (1 - 1) = 0
k k
+ 720a2b3 + 240ab4 + 32b5
_ k=0 k=0
109. 207 + 94√5
5 7
110. 12C7 (3x) (-2) = 5. Determina a soma dos coeficientes dos termos de uma forma reduzida do
polinómio (2x - 3) , utilizando o binómio de Newton.
11
= - 24 634 368 x 5

Caça aos Resolução


111. - _
35
erros!
4 11 11
(2x - 3)11 = ∑ 11Ck (2x)11 - k (- 3)k = ∑ 11Ck 211 - k (- 3)k x11 - k
Mais sugestões de trabalho k=0 k=0
os
Exercícios propostos n. 121 a 133 Assim, a soma dos coeficientes da forma reduzida do polinómio é:
(págs. 50 e 51). 11
Ck 211 - k (- 3) = (2 - 3)
11 11
= (- 1)
11 k
+Exercícios propostos ∑ = -1
(págs. 52 a 57). k=0

46 Tema 1 | Cálculo Combinatório


Síntese
Dá-se o nome de triângulo de Pascal à seguinte disposição dos valores de nCk :
0
C0
1 1
C0 C1
2 2 2
C0 C1 C2
3 3 3 3
C0 C1 C2 C3
4 4 4 4 4
C0 C1 C2 C3 C4
… … … … … …
p. 40 Triângulo de Pascal
ou seja,

1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
… … … … … …

Sejam n , k pertencentes a N0 , com n > k .

Tem-se:

1. nC0 = nCn = 1 (o primeiro e o último elemento de cada linha são ambos


Propriedades das
iguais a 1)
combinações (ao lado 2. nCk = nCn - k (em cada linha, elementos a igual distância dos extremos são
pp. 40 de cada propriedade
iguais)
e 43 destaca-se a sua
interpretação, em termos 3. nCk + nCk + 1 = n + 1Ck + 1 (cada elemento, que não esteja num dos extremos de
do triângulo de Pascal) uma linha, é igual à soma dos dois elementos colo-
cados imediatamente acima, um à esquerda e o
outro à direita)

4. nC0 + nC1 + nC2 + … + nCn = 2n (a soma dos elementos da linha que contém
os elementos da forma nCk é igual a 2n )
Tem-se que:
n n
(a + b) = nC0 an b0 + nC1 an - 1 b1 + nC2 an - 2 b2 + … + nCn a0 bn = ∑ nCk an - k bk
k=0
p. 45 Binómio de Newton
Neste desenvolvimento, o termo de ordem p + 1 é dado por nCp an - p bp .

Dá-se-lhe o nome de termo geral do desenvolvimento.

Capítulo 3 | Triângulo de Pascal e binómio de Newton 47


Teste 1

5
Grupo I
Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.

5
1. Sejam A e B conjuntos contidos num universo U . Sabe-se que B ƒ ‾
A.
Podemos, então, garantir que o conjunto A ∂ ‾
B é igual a:

(A) A (B) B

(C) ‾
A (D) ‾
B

2. Uma turma tem 20 alunos. Vai ser for-


mada uma comissão de quatro alunos
para organizar um passeio. O delega-
do e o subdelegado têm obrigatoria-
mente de fazer parte da comissão.
Quantas comissões diferentes podem
ser formadas?
(A) 153

(B) 162

(C) 174

(D) 185

3. Quantos são os número naturais com cinco algarismos em que três são
iguais a 4 e os outros dois são algarismos ímpares diferentes (como, por
exemplo, o número 34 474)?

(A) 100 (B) 200

(C) 300 (D) 400

4. A soma dos dois últimos elementos de uma certa linha do triângulo de Pascal
é 15.

PROFESSOR Qual é o elemento central dessa linha?


Soluções (A) 3432 (B) 3512
1. (D)
2. (A)
(C) 4365 (D) 4525
3. (B)
999
4. (A) A99
5. _ + 999C100 é igual a:
5. (C) 99!
999 1000
(A) C101 (B) C101
1000 1000
(C) C900 (D) C901
Ajuda

48 Tema 1 | Cálculo Combinatório


Grupo II
Na resposta a cada um dos cinco itens deste grupo, apresenta todos os cálculos
que efetuares, explica os raciocínios e justifica as conclusões.

1. Dois conjuntos dizem-se disjuntos se a sua interseção é o conjunto vazio.


Sejam A , B e C conjuntos contidos num universo U .
a) Prova que A e B são conjuntos disjuntos se e somente se ‾ ‾=U.
A∂B
b) Prova que, se A e B são conjuntos disjuntos, então A © C e B © C
também são conjuntos disjuntos. Mostra, com um contraexemplo, que a
recíproca não é verdadeira.

2. A Teresa esteve a contar os seus álbuns de música e verificou que tinha


15 álbuns, todos diferentes: quatro dos Xutos e Pontapés, cinco dos Muse e
seis dos U2.

a) A Teresa pretende arrumar estes 15 álbuns numa prateleira com 15 com-


partimentos, de tal modo que em cada compartimento fique um único
álbum.
a1) De quantas maneiras pode a Teresa arrumar os 15 álbuns, de tal modo
que os da mesma banda fiquem em compartimentos consecutivos?
a2) O compartimento central da prateleira tem sete compartimentos à sua
esquerda e sete à sua direita. De quantas maneiras pode a Teresa arru-
mar os 15 álbuns, se no compartimento central ficar um álbum dos U2
e se todos os álbuns dos Xutos ficarem, juntos ou não, à esquerda do
compartimento central? Apresenta a tua resposta na forma a * 10b ,
com a arredondado às centésimas e b natural.
b) A Teresa vai sair no fim de semana. Ela vai escolher cinco dos seus 15 ál-
buns para levar, sendo que pretende levar exatamente dois álbuns dos Xutos
e, no máximo, um dos Muse. Quantas escolhas diferentes pode ela fazer?

3. Considera, num referencial o.n. Oxyz , um prisma hexagonal regular. Admi-


te que uma das bases do prisma está contida no plano xOy e que a outra
base está contida no plano de equação z = 10 .
Seja a o plano de equação z = 5 .
a) Considera todas as arestas e todas as diagonais (faciais e espaciais) do PROFESSOR
prisma. Quantos destes segmentos de reta não intersetam o plano a ? Soluções
2. a1) 3! * 4! * 5! * 6! = 12 441 600
b) Considera todos os triângulos cujos vértices são vértices do prisma e não
a2) 6 * 7A4 * 10! ) 1,83 * 1010
estão contidos em qualquer das bases. Desses triângulos, quantos têm um
b) 4C2 * 5 * 6C2 + 4C2 * 6C3 = 570
lado perpendicular ao plano a ?
3. a) 2 * 6C2 = 30
4
4. Resolve a equação: (x + 2) = x + 8x + 24x + 48 .
4 3 2 b) 2 * 6 * 5 = 60
4. x = 1
5. Prova que, em qualquer linha do triângulo de Pascal com mais do que três
elementos, o produto do segundo elemento pelo penúltimo é igual à soma do
terceiro elemento dessa linha com o terceiro elemento da linha seguinte.
Resolução

Capítulo 3 | Triângulo de Pascal e binómio de Newton 49


Exercícios propostos
113 Utiliza a fórmula do binómio de Newton para 119 O quarto número de uma linha de triângulo
3
desenvolver a potência (x + 1) . de Pascal é 19 600. A soma dos quatro primeiros
números dessa linha é 20 876.

114 Determina: Qual é o terceiro número da linha seguinte?

n
a) n , tal que C8 = nC20 ;
120 Se a soma dos elementos de uma linha do
50 50
b) p 0 2 , tal que C2 = Cp . triângulo de Pascal é M , com M maior do que 1,
qual é a soma dos elementos da linha seguinte?
115 Completa, usando combinações: E da anterior?

15
a) C2 + 15C3 = ......
121 Indica o valor da soma dos expoentes em
20 21
b) C6 + ...... = C7 cada parcela do desenvolvimento de:
50 49
c) C20 - C20 = ...... (a + b)7
a)

b) (a + b)195
116 Determina n e p , tais que:
100
a) C30 + 100C31 = nCp 122 Indica o número de termos do polinómio redu-
158 158 n
b) Cp + Cp + 1 = C40 zido que é equivalente a:
c)
40
C20 – 39C20 = nCp a) (a + b)8
b) (x + 2)5
117 Resolve as equações seguintes. 20
c) (1 + 2y)
n
a) C5 = nC12
b)
20
C3 = 20Cp 123 Escreve os quatro primeiros termos de:
100 5
c) C2p – 1 = 100C5 + p y
a) ( x2 - _) , x 0 0
x
6
118 _x _y
b) - , x00, y00
( y x)
a) Qual é o maior número da linha do triângulo de
10
Pascal que tem 51 números? c)
2_ + 1
____ , y>0
(√y )
b) Determina o valor de p para o qual a expressão
24 5
Cp toma o valor máximo. d) (x - y2)

_
PROFESSOR 117. a) n = 17 122. a) 9 b) 6 c) 21 15 360 √y
____
11 520 _____
,
15 _360 _______
=
Soluções b) p = 3 › p = 17 123. a) x10 , - 5x7y , 10 x4 y2 , y4 √y y3 y4
113. x + 3x + 3x + 1
3 2
c) p = 6 › p = 32 - 10 x y3 d) x5 , - 5 x4 y2 , 10 x3 y4 ,
114. a) n = 28 b) p = 48 b) __ , - 6 __ , 15 __ , - 20
x6 x4 x2
50
118. a) C25 b) 12 - 10 x2 y6
y6 y4 y2 _
115. a) 16C3 b) 20C7 c) 49C19 119. 1275
5120 √y
c) ____ , ______ = _______
1024 5120
116. a) n = 101 e p = 31 ou p = 70 120. 2M ; _
M _
2 y 5
√y * y 4 y5
b) n = 159 e p = 39 ou p = 118
121. a) 7 b) 195
c) n = 39 e p = 19 ou p = 20

50 Tema 1 | Cálculo Combinatório


124 Determina os quatro últimos termos do de- 128 Determina n , sabendo que 28 x6y é um ter-
_ n
senvolvimento de: mo do desenvolvimento de (x + √y ) , y ≥ 0 .
7
a)
1 , y00
2y2 - _
( y) 129 Um dos termos do desenvolvimento
6
b) (x - a2) 15 de (x + 2) é um monómio da forma k x4 , sendo
k um número natural.
Qual é o valor de k ?
125 Determina o 7.° termo do desenvolvimento de:
(A) 56 (B) 60
10
1 x
a) __ + _ , x00
( x2 2 ) (C) 64 (D) 68

8
1
_
b)
(x + x ) , x 0 0
8
130 No desenvolvimento de 1
_
(x + x ) , x 0 0 ,
x __
__ x2
9 existe um termo de grau dois. Determina-o.
c)
(3 - 2 )
2
_
7 131 Determina o termo independente de x no
d)
(x + x ) , x 0 0
3
desenvolvimento de:
_ 11
x 1
√x + __ , x>0
126 Prova que:
( x4 )

(a + b)4 - (a - b)4 = 8 ab (a 2 + b 2) 132 Determina os valores de a å R , para os quais


10
o termo de grau 8 do desenvolvimento de (x + a)
127 Utilizando a fórmua do binómio de Newton, é 90 x8 .
_ 5
determina o valor de (2 + _
√3 ) , apresentando o

resultado na forma a + b√3 , onde a e b desig- 133 Sendo g(x + 1) = (x + 2)4 , escreve o polinó-
nam números naturais. mio reduzido que representa g(a) .

PROFESSOR 6 128. n = 8 4
b) 8C6 x2 _1 = ___ 133. g(a) = (a + 1) =
28
Soluções (x ) x4
= a4 + 4a3 + 6a + 4a + 1
2
129. (B)
124. a) 280y , - _ , _
84 14 _ 6
2
, - 17 x 3 - __
2

y y4 y c) 9C6 __ x = ___
7 x 15 130. É o termo 56x2 .
( 3 ) ( 2 ) 144
b) 455 x3 a24 , - 105 x2 a26 , 6 131. É o termo 11C3 = 165 .
_
15xa28 , - a30 d) 7C6 x3 _ 2 = ___
448
4 (x) x3 132. a = ¿√2
6
125. a) 10C6 __ _x = ___
1 105 _
( x2 ) ( 2 ) 32 x2 127. 362 + 209 √3

Capítulo 3 | Triângulo de Pascal e binómio de Newton 51


1
Resolução
Exercícios de
«+Exercícios
propostos»
+Exercícios propostos
Cálculo
Combinatório
Itens de escolha múltipla
Propriedades das operações sobre conjuntos

134 Considera, no universo N , os conjuntos:

A = {x : x < 9} e B = {x : x não é divisor de 12}



Qual dos seguintes conjuntos é igual a A
(A) {1, 2, 3, 4, 6, 9, 10, 11, 12}
(C) {9, 10, 11}
∂B?
(B) {1, 2, 3, 4, 6}
(D) {12}

135 Sejam A e B conjuntos contidos num universo U .

Podemos garantir que o conjunto (‾


A \ B) ∂ B é igual a:
(A) ‾
A©B ‾
(B) A © B (C) ‾
A∂B ‾
(D) A ∂ B

136 Sejam A e B conjuntos contidos num universo U .


‾ = A . Podemos, então, garantir que o conjunto A © B é igual a:
Sabe-se que A © B
(A) O (B) ‾
A (C) B (D) ‾
B

Combinatória

137 Pretende-se fazer uma bandeira com cinco tiras verticais, respeitando as
seguintes condições:
• duas tiras vizinhas não podem ser da mesma cor;
• estão disponíveis nove cores diferentes, sendo uma delas o azul;
• só a cor azul pode ser repetida.
De acordo com estas condições, quantas bandeiras diferentes se podem fazer?
(A) 17 192 (B) 17 648 (C) 18 238 (D) 18 792

138 Quantos números de quatro algarismos são pares e têm três algarismos
ímpares?
(A) 120 (B) 300 (C) 500 (D) 625

PROFESSOR 139 Considera todos os números de cinco algarismos que se podem formar
Soluções
com os algarismos de 1 a 9.
134. (D)
Destes números, quantos têm exatamente um algarismo 9?
135. (C)
136. (A) (A) 20 480 (B) 20 760 (C) 21 320 (D) 21 690
137. (A)
140 Quantos são os números naturais, compreendidos entre dez e um milhão,
138. (D)
139. (A)
que têm os algarismos todos diferentes?
140. (B) (A) 157 842 (B) 168 561 (C) 175 432 (D) 186 491

52 Tema 1 | Cálculo Combinatório


141 Pretende-se dispor, numa prateleira de uma estante, 12 livros, três dos
quais são policiais. De quantas maneiras diferentes o podemos fazer, de tal for-
ma que os três primeiros livros do lado esquerdo sejam os policiais?

(A) 2 166 370 (B) 2 177 280 (C) 2 188 430 (D) 2 199 560

142 Quatro raparigas e os respetivos namorados posam para uma fotografia.

De quantas maneiras se podem dispor lado a lado, de modo que cada par de
namorados fique junto na fotografia?

(A) 328 (B) 346 (C) 362 (D) 384

143 Um casal e quatro filhos decidem ir ao cinema. Sabe-se que vão ocupar
lugares consecutivos e que o pai e a mãe se sentam ao lado um do outro.
De quantas maneiras pode esta família ocupar os seus lugares?

(A) 120 (B) 160 (C) 200 (D) 240

144 Três rapazes e duas raparigas vão dar um passeio de automóvel. Apenas os
rapazes podem conduzir.
De quantas maneiras podem ocupar os cinco lugares, dois à frente e três atrás,
de modo que ao lado do condutor viaje uma rapariga?

(A) 12 (B) 24 (C) 36 (D) 48

145 O Bruno pretende fazer uma sequência com sete cartas de um baralho
completo. Ele quer iniciar a sequência com o ás de espadas, pretende que as três
cartas seguintes sejam as três figuras de espadas e quer concluir a sequência com
três das nove restantes cartas desse naipe.
Quantas sequências diferentes pode o Bruno fazer?

(A) 3012 (B) 3018 (C) 3024 (D) 3030

146 Num campeonato de futebol, cada equipa disputou um jogo com cada
uma das outras equipas. Supondo que participaram no campeonato 12 equipas,
quantos jogos foram disputados?
PROFESSOR
(A) 62 (B) 64 (C) 66 (D) 68 Soluções
141. (B)

147 O código de acesso a uma conta bancária através da internet é formado 142. (D)
143. (D)
por seis algarismos.
144. (C)
Quantos códigos existem que tenham exatamente dois zeros e os restantes quatro
145. (C)
algarismos sejam todos diferentes?
146. (C)
(A) 45 360 (B) 46 720 (C) 47 130 (D) 48 540 147. (A)

Tema 1 | Cálculo Combinatório 53


Triângulo de Pascal e binómio de Newton

148 Uma linha do triângulo de Pascal tem nove elementos.

Qual é o quarto elemento dessa linha?


(A) 8C3 (B) 8
C4 (C) 9C3 (D) 9C4

149 A soma dos dois últimos elementos de uma certa linha do triângulo de
Pascal é 17. Qual é a soma dos três primeiros elementos dessa linha?
(A) 135 (B) 136 (C) 137 (D) 138

150 No triângulo de Pascal, considera a linha que contém os elementos da


1000 1000
forma Ck . Quantos elementos desta linha são maiores do que C4 ?
(A) 989 (B) 990 (C) 991 (D) 992

151 No triângulo de Pascal existe uma linha com 15 elementos.

Qual é o maior elemento dessa linha?


14 14 15 15
(A) C7 (B) C8 (C) C7 (D) C8

152 2000
C100 + 2000C101 é igual a:
2000 2000 2001 2001
(A) C102 (B) C201 (C) C100 (D) C101

153 Considera duas linhas consecutivas do triângulo de Pascal, das quais se


reproduzem alguns elementos. Qual é valor de b ?

… 1771 a 33 649 …
… 10 626 b …

(A) 42 504 (B) 42 802 (C) 43 206 (D) 43 708

154 Indica qual das equações seguintes é equivalente à equação:

(x + 1)5 = x 5 + 5x 4 + 10x 2 + 1
4 2 4 2
(A) 5x + 10x = 0 (B) 10x + 5x = 0
PROFESSOR 3 3
(C) 5x + 10x = 0 (D) 10x + 5x = 0
Soluções
148. (A)
155 Indica qual das afirmações seguintes é verdadeira.
149. (C)
150. (C) (A) 1001123 = 1000123 + 1 (B) 1001124 = 1000124 + 124
151. (A)
(C) 1001125 < 1000125 + 125 000 (D) 1001126 > 1000126 + 126 000
152. (D)
153. (A)
156 Um dos termos do desenvolvimento de (a + b)n é 3003a6b8 .
154. (D)
Indica o valor de n .
155. (D)
156. (A) (A) 14 (B) 28 (C) 36 (D) 48

54 Tema 1 | Cálculo Combinatório


Itens de construção
Propriedades das operações sobre conjuntos

157 Considera, no universo Z , os conjuntos:

A = {x : x ≥ - 2} B = {x : x > 1} C = {x : x3 + x2 - 6x = 0}
Determina (A \ B) ∂ (B © C) .

158 Considera, no universo N , os conjuntos:

A = {x : x ≥ 10} I = {x : x é ímpar} P = {x : x é primo}


Utilizando as leis de De Morgan, determina:
a) ‾
A∂I b) ‾ ‾
I∂P

159 Considera, no universo R , os conjuntos:

A = {x : 1 ≤ x ≤ 5 ‹ x é irracional} C = [2, 4]
B = {x : 1 ≤ x ≤ 5 ‹ x é racional}

Representa, num referencial o.n. xOy , o conjunto de pontos associado ao PROFESSOR


seguinte conjunto de pares ordenados de números reais: Soluções
(A * C) ∂ (B * C) 157. {- 2, - 1, 0, 1, 2}
158. a) {2, 4, 6, 8}
160 Sejam A e B conjuntos contidos num universo U . b) {2}
159.
Prova que A ∂ B = A \ B se e somente se B = O .
y
4

Combinatória 2

161 O código de um cartão multibanco é uma sequência de algarismos. Quan- O 1 5 x

tos códigos de cartão multibanco: 161. a) 10 = 1000


3

b) 93 = 729
a) começam por 2? b) começam por 2 e não têm outro algarismo 2?
c) 9 * 4 = 36
c) têm exatamente três algarismos 2?
162. 2 * 5 * 4 = 40
4 * 2 + 4 * 3 = 20 (8 começados
162 Com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4 e 5, quantos números entre 200 e 400 se por 2 e 12 começados por 3)

podem escrever com os algarismos todos diferentes? E quantos desses são pares? 163. 12! * 13! * 14! * 3!
164. 9A3 = 504
163 De quantas maneiras se podem alinhar 12 bolas brancas, 13 bolas azuis
e 14 bolas amarelas, numeradas de 1 a 39, de modo a que as bolas da mesma cor
fiquem juntas?
1
164 No tabuleiro da figura ao lado vão dispor-se, ao acaso, três peças de cores 3
2 4
diferentes (não mais do que uma por casa). 6 8
5 7 9
De quantas maneiras podem distribuir-se as peças no tabuleiro?

Tema 1 | Cálculo Combinatório 55


165 Quantos jogos são disputados por 20 jogadores num torneio, em que cada
jogador joga uma vez com cada um dos outros?

166 Dados 12 pontos, dos quais não há quatro que sejam complanares, quantos
planos distintos se podem definir?

167 Quantas retas distintas são determinadas por sete pontos, sabendo que
quatro deles estão sobre uma reta e os outros três estão noutra?

168 Determina o número de elementos de um conjunto, sabendo que com os


elementos desse conjunto se podem formar mais 435 arranjos simples de dois
elementos que conjuntos com dois elementos.

169 Calcula o número de divisores de 210, tendo em conta que:

210 = 2 * 3 * 5 * 7

170 Recorda o estudo da universidade de Cambridge (texto apresentado no


início do estudo das permutações, página 22) segundo o qual a ordem das letras
numa palavra não tem importância, desde que a primeira e a última estejam no
local certo. Admitindo que esta teoria é correta, cada palavra pode ser escrita de
várias maneiras, com algumas exceções.
a) De quantas formas podem ser escritas as palavras rio e erro?
b) De quantas formas podem ser escritas as palavras aula e pato?
c) De quantas formas podem ser escritas as palavras amigo e praia?
PROFESSOR d) De quantas formas pode ser escrita a palavra arrozal?
Soluções e) De quantas formas pode ser escrita a palavra infinitesimal?
165. C2 = 190
20

166. 12C3 = 220


Triângulo de Pascal e binómio de Newton
167. 4 * 3 + 2 = 14 ou
7
C2 - 4C2 - 3C2 + 2 = 14 171 Quais os valores de x para os quais:
168. n = 30 12
a) C2x + 3 = 12C9 - x ? b) 40
C2x + 1 = 40C2x + 3 ?
4
169. ∑ 4Ck = 24 = 16 21
k=0
c) C2x = 20Cx + 12 + 20Cx + 11 ?
170. a) 1
172 Sem utilizar a calculadora, determina n e p , tais que:
b) 2
c) 3! = 6 C2 + 6C3 + 7C4 + 8C5 = nCp
6

d) C2 * 3! = 60
5

n
e) 11C3 * 8C2 * 6! = 3 326 400 173 Justifica que ∑ nC = 2n - 1 .
k
171. a) x = 2 › x = 0 k=1

b) x = 9 174 O produto dos segundo e penúltimo elementos de uma linha do triângulo


c) x = 3 de Pascal é 144. Determina o quarto elemento da linha anterior.
172. n = 9 , p = 5 ou p = 4
175 A soma de todos os elementos de uma linha do triângulo de Pascal é 512.
174. 11C3 = 165
175. 10C5 = 252 Qual é o maior elemento da linha seguinte?

56 Tema 1 | Cálculo Combinatório


176 Sem utilizar a calculadora, determina n , tal que:
Resolução
7
C1 + 7C3 + 7C5 + 7C7 = 2n Exercício 176
(resolução passo
177 Calcula: a passo)
9
a) o termo cujo coeficiente é 9C3 23 do desenvolvimento de (t + _) , t 0 0 ;
2
t
10
b) o termo em a6 do desenvolvimento de (a + _) , a 0 0 .
1
2a
178 Mostra que (1 + x)3 + (1 - x)3 = 2 + 6x 2 .

179 Escreve o termo médio de desenvolvimento de:


_ 6
a)
1_ , a > 0
√2a - ____ b) (1 + x)
2n

( √2a )

_ 12
2
180 Considera o desenvolvimento de √x - _ , x>0.
( x)
a) Verifica que existe um termo independente de x .
b) Prova que não existe um termo em x2 .

«Os sete mais»

* 181 Nove cartas de espadas e quatro cartas de copas vão ser dispostas, lado
a lado, em cima de uma mesa. De quantas formas distintas se poderão dispor
as treze cartas de tal modo que não fiquem duas cartas de copas lado a lado?

* 182 Pretende-se pavimentar um caminho de 1 metro de largura por 14 metros


de comprimento. Estão disponíveis 14 pedras quadradas de 1 metro de lado e
7 pedras retangulares de 1 metro por 2 metros. Podem ser utilizadas todas as
pedras quadradas, todas as retangulares ou misturar quadradas e retangulares.
Quantas configurações diferentes há para o pavimento?
PROFESSOR
* 183 Quantos números de cinco algarismos existem tais que o produto dos seus Soluções
algarismos seja 120? 176. n = 6
3
177. a) 9C3 t6 _
*
2 = 672 t3
184 Determina n å N tal que 2n + 1
C3 + 2n + 1
C4 - 2n + 3
C5 + 2n + 2
Cn + 1 = 0 . (t)
2
b) 10C2 a8 _ 1 = ___
45 6
* 185
a
( 2a ) 4
Seja x o terceiro elemento de uma linha do triângulo de Pascal. Seja y a
soma dos três primeiros elementos dessa linha. Seja z a soma dos três últimos 179. a) - 20
elementos da linha seguinte. Mostra que z = 2y - x . b) 2nCn xn

* 186 Utilizando a fórmula do desenvolvimento de um binómio, mostra que, 181. 9! * 10A4 = 1 828 915 200
n 182. 1 + 13C1 + 12C2 + 11C3 + 10C4 + 9C5 +
1 > 2,3 .
para qualquer n ≥ 3 (n natural), se tem: (1 + _ + 8C6 + 1 = 610
n)
183. 5! + 5C2 * 3! + 5C2 * 3! + 5C3 * 2 =
* 187 Sem utilizar o princípio de indução matemática, justifica que:
= 260
An å N0, 2n > n 184. n = 4

Tema 1 | Cálculo Combinatório 57


2
Tema

Probabilidades
Este tema está organizado em:

1. Propriedades
Definir espaçosdas
deoperações
probabilidade
sobre
Sínteseconjuntos
5Síntese
+ 5 | Teste 2
Exercícios Propostos

2. Introdução ao cálculo combinatório


Definir probabilidade condicionada
Síntese
Exercícios
5 + 5 | TestePropostos
3
Exercícios Propostos
3. Triângulo de Pascal e
Binómio de
+Exercícios Newton
Propostos
5 + 5 | Teste 1
Síntese
Exercícios Propostos

+Exercícios Propostos
1. Definir espaços
de probabilidade

Experiência aleatória. Espaço amostral.


Resolução
Exercícios de Espaço dos acontecimentos
«Definir espaços de
probabilidade»
SERÁ QUE…? Um problema de probabilidades

Considera o seguinte problema:


A Inês e a Joana estão a jogar um jogo de
dados. Em cada jogada, cada uma delas
lança um dado cúbico equilibrado, com
as faces numeradas de 1 a 6, e observa o
número da face voltada para cima. Em cada jogada, vence aquela cujo dado
apresente o maior dos dois números. Se, numa jogada, os dois dados apre-
sentarem o mesmo número, é declarado empate.
Numa jogada, a Inês e a Joana lançam os dados. Qual é a probabilidade de
a Inês vencer esta jogada?
Será que consegues resolver este problema?

Tal como aprendeste no 9.° ano, para resolver o problema proposto acima pode-
mos começar por determinar o conjunto de resultados possíveis associados
à experiência aleatória realizada. Uma maneira de o fazer é através da constru-
ção de uma tabela de dupla entrada.
Joana
Inês 1 2 3 4 5 6
1 (1, 1) (1, 2) (1, 3) (1, 4) (1, 5) (1, 6)
2 (2, 1) (2, 2) (2, 3) (2, 4) (2, 5) (2, 6)
3 (3, 1) (3, 2) (3, 3) (3, 4) (3, 5) (3, 6)
4 (4, 1) (4, 2) (4, 3) (4, 4) (4, 5) (4, 6)
5 (5, 1) (5, 2) (5, 3) (5, 4) (5, 5) (5, 6)
6 (6, 1) (6, 2) (6, 3) (6, 4) (6, 5) (6, 6)

Podemos, assim, associar um par ordenado a cada um dos resultados possíveis


da experiência realizada. Em cada par ordenado, o primeiro elemento corres-
ponde ao resultado saído no dado da Inês e o segundo elemento corresponde ao
resultado saído no dado da Joana.
Portanto, o conjunto E dos resultados possíveis associados à experiência reali-
zada é:
E = {(1, 1), (1, 2), …, (6, 6)} = {(a, b) å N2 : 1 ≤ a ≤ 6 ‹ 1 ≤ b ≤ 6}
A este conjunto dá-se o nome de espaço amostral, espaço de resultados ou uni-
verso dos resultados.

60 Tema 2 | Probabilidades
A Inês vence a jogada se o número saído no seu dado for maior do que o núme-
ro saído no dado da Joana.

Na tabela seguinte estão assinalados os casos correspondentes a uma vitória da


Inês.

Joana
Inês 1 2 3 4 5 6
1 (1, 1) (1, 2) (1, 3) (1, 4) (1, 5) (1, 6)
2 (2, 1) (2, 2) (2, 3) (2, 4) (2, 5) (2, 6)
3 (3, 1) (3, 2) (3, 3) (3, 4) (3, 5) (3, 6)
4 (4, 1) (4, 2) (4, 3) (4, 4) (4, 5) (4, 6)
5 (5, 1) (5, 2) (5, 3) (5, 4) (5, 5) (5, 6)
6 (6, 1) (6, 2) (6, 3) (6, 4) (6, 5) (6, 6)

Assim, podemos associar a uma «vitória da Inês» o seguinte subconjunto do


espaço amostral: NOTA
A = {(a, b)å N2 : 2 ≤ a ≤ 6 ‹ a > b}* *  A = {(2, 1), (3, 1), (4, 1), (5, 1),
(6, 1) , (3, 2) , (4, 2) , (5, 2) , (6, 2) ,
Este conjunto é um exemplo de um acontecimento. (4, 3) , (5, 3) , (6, 3) , (5, 4) , (6, 4) ,
(6, 5)}
De um modo geral, têm-se as seguintes definições:

NOTA
Experiência aleatória
Outro exemplo de acontecimento
Experiência cujo resultado não é possível prever, antes de a realizarmos, na é o conjunto {(1, 1), (2, 2), (3, 3),
medida em que este depende do acaso. (4, 4), (5, 5), (6, 6)} , o qual se
pode descrever em linguagem cor-
Espaço amostral ou universo dos resultados rente como «sair o mesmo número
em ambos os dados», situação em
Conjunto de resultados que é possível obter quando se realiza uma experiên-
que, como vimos, é declarado em-
cia aleatória. O espaço amostral é habitualmente designado pela letra E ou pate.
pela letra W (do alfabeto grego).

Acontecimento
Qualquer subconjunto do espaço amostral.

EXEMPLOS
NOTA
1. Experiência aleatória: lançar um dado, com as faces numeradas de 1 a 6, Quando o espaço amostral é finito,
e observar o número saído. é  habitual considerar que qualquer
subconjunto do espaço amostral é
Espaço amostral: {1, 2, 3, 4, 5, 6} um acontecimento.
Exemplos de acontecimentos: {1} - sair o número 1
{2, 4, 6} - sair número par

2. Experiência aleatória: lançar uma moeda portuguesa de um euro e obser-


var a face saída (p – portuguesa; e - europeia).
Espaço amostral: {p, e}
Exemplos de acontecimentos: {p} - sair face portuguesa
{e} - sair face europeia

continua

Capítulo 1 | Definir espaços de probabilidade 61


continuação

3. Experiência aleatória: lançamento de uma moeda portuguesa de um euro


duas vezes consecutivas e registo das faces saídas.
Espaço amostral: {(p, p), (p, e), (e, p), (e, e)}
Exemplos de acontecimentos:
{(p, p)} - sair face portuguesa nos dois lançamentos
{(p, p), (e, e)} - sair a mesma face nos dois lançamentos

Seja E o espaço amostral associado a uma experiência aleatória.


O conjunto vazio e o próprio conjunto E são, naturalmente, acontecimentos.
Ao conjunto vazio dá-se o nome de acontecimento impossível e ao conjunto E
dá-se o nome de acontecimento certo.

EXEMPLO

Quando lançamos um dado com as faces numeradas de 1 a 6:


• é impossível sair o número 7, pelo que associamos o conjunto vazio a «sair
o número 7»;
• é certo sair um número inferior a 7, pelo que associamos o espaço amostral
a «sair um número inferior a 7».

Um acontecimento diz-se elementar se for formado por um único elemento do


espaço amostral e diz-se composto se for formado por mais do que um elemento
do espaço amostral.

EXEMPLO

Retomando o exemplo do lançamento do dado:


• {6} (sair o número 6) é um acontecimento elementar;
• {1, 2, 3} (sair número inferior a 4) é um acontecimento composto.

Ao efetuarmos uma experiência aleatória, dizemos que um acontecimento A se


realiza quando o resultado da experiência é um elemento de A .

EXEMPLO

Relativamente ao lançamento do dado, seja o acontecimento


A = {2, 4, 6} (sair número par). Se, ao lançarmos o dado, sair a face 4, dize-
mos que o acontecimento A se realizou, uma vez que 4 å {2, 4, 6} .

Sendo E o espaço amostral associado a uma experiência aleatória e sendo A


e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), são também acontecimentos:
•‾
A = E \ A – que corresponde à não realização do acontecimento A ; diz-se que
A e A‾ são acontecimentos complementares ou contrários;
• A © B – que corresponde à realização simultânea dos dois acontecimentos.
• A ∂ B – que corresponde à realização de pelo menos um dos acontecimentos.

62 Tema 2 | Probabilidades
Se a interseção de dois acontecimentos for vazia, esses acontecimentos dizem-se 1 Lança-se um
incompatíveis ou mutuamente exclusivos. dado dodecaédri-
co, com as faces
numeradas de 1 a
Resulta desta definição que dois acontecimentos contrários são incompatíveis, 12, e observa-se o número da
mas dois acontecimentos incompatíveis podem não ser contrários. Para que dois face voltada para cima.
acontecimentos incompatíveis sejam contrários, a sua união tem de ser o espaço a) Indica:
amostral. a1) o espaço amostral;
a2) um acontecimento ele-
EXEMPLO
mentar;
a3) um acontecimento com-
posto;
Retomando o exemplo do lançamento do dado, consideremos os aconteci-
a4) o cardinal do espaço de
mentos A = {1, 3, 5} (sair número ímpar), B = {1, 2} (sair número inferior acontecimentos.
a 3) e C = {5, 6} (sair número superior a 4) . Então:
b) Define em extensão os acon-
‾ = {2, 4, 6} (sair número par)
•A tecimentos:
b1) sair número menor do que
• A © B = {1} (sair número ímpar e inferior a 3) 4;
• A ∂ B = {1, 2, 3, 5} (sair número ímpar ou inferior a 3) b2) sair número múltiplo de 3;
b3) sair 6 ou 7;
• B e C são acontecimentos incompatíveis, mas não são contrários. b4) sair número maior do que
12.
c) Escreve em linguagem cor-
rente os seguintes aconteci-
Ao conjunto de todos os acontecimentos dá-se o nome de espaço dos aconteci- mentos:
mentos. c1) {1, 3, 5, 7, 9, 11}
c2) {4, 8, 12}
Quando o espaço amostral é finito, é habitual considerar que o espaço de acon- c3) {2, 3, 5, 7, 11}
tecimentos é P (E) , conjunto de todos os subconjuntos de E . c4) {8, 9, 10, 11, 12}
d) Considera os acontecimentos:
Por exemplo, se o espaço amostral é E = {1, 2} , o espaço dos acontecimentos A: sair número inferior a 10
é P (E) = {O, {1}, {2}, {1, 2}} . B: sair número par
Utilizando os símbolos de
união, interseção e comple-
Exercícios resolvidos mentar, exprime, em função
de A e de B , os seguintes
1. Um saco contém nove bolas, numeradas de 1 a 9. acontecimentos:
d1) sair número par ou infe-
Ao acaso, tira-se uma bola do saco e observa-se o seu número. rior a 10;
a) Indica: d2) sair 10 ou 12;
a1) o espaço amostral; d3) sair o número 11;

a2) um acontecimento elementar; e) Dá um exemplo de dois acon-


tecimentos contrários.
a3) um acontecimento composto;
f) Dá um exemplo de dois acon-
a4) o cardinal do espaço de acontecimentos. tecimentos incompatíveis mas
b) Define em extensão os seguintes acontecimentos: não contrários.

b1) sair número par;


b2) sair número primo; PROFESSOR
Soluções
b3) sair número maior do que 7.
1. a1) {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12}
c) Escreve em linguagem corrente os seguintes acontecimentos: a2) {3} (por exemplo)
c1) {5, 6, 7, 8, 9} c2) {3, 6, 9} a3) {2, 3, 4} (por exemplo)
a4) 212 = 4096
continua

Capítulo 1 | Definir espaços de probabilidade 63


continuação
2 Lança-se um dado, com as
faces numeradas de 1 a 6, e uma d) Sejam A e B os acontecimentos:
moeda portuguesa de 1 euro. A: sair número ímpar B: sair número menor do que 4
Observam-se as faces voltadas
para cima e regista-se o resulta- Utilizando os símbolos de interseção, união e complementar, exprime,
do observado na forma de um em função de A e de B , os seguintes acontecimentos:
par ordenado, como, por exem-
d1) sair número maior ou igual a 4;
plo, (4, p) .
d2) sair número ímpar ou inferior a 4;
a) Indica o espaço amostral.
d3) sair o número 2.
b) Define em extensão os acon-
tecimentos: Resolução
b1) sair a face 6 no dado; a1) {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} a2) {3} (por exemplo)
b2) sair número par e a face a3) {2, 4, 5, 7} (por exemplo) a4) 2 = 512
9

europeia;
b1) {2, 4, 6, 8} b2) {2, 3, 5, 7} b3) {8, 9}
b3) sair o número 1 ou a face
portuguesa. c1) Sair número maior do que 4 (por exemplo).

c) Escreve em linguagem corrente c2) Sair número múltiplo de 3 (por exemplo).


os seguintes acontecimentos: d1) ‾
B d2) A ∂ B ‾©B
d3) A
c1) {(1, e), (2, e)}
c2) { ( 5, p ) , ( 5, e ) , ( 6, p ) ,
2. Lança-se uma moeda portuguesa de um euro três vezes seguidas e regista-
-se a face que sai em cada lançamento (p – portuguesa; e – europeia).
(6, e)}
a) Indica o espaço amostral.
b) Define em extensão os seguintes acontecimentos:
PROFESSOR
Soluções b1) sair sempre face portuguesa.
1. b1) {1, 2, 3} b2) {3, 6, 9, 12} b2) sair face portuguesa uma única vez.
b3) {6, 7} b4) O b3) sair face portuguesa no segundo lançamento.
c1) Sair número ímpar (por exemplo).
Resolução
c2) Sair número múltiplo de 4 (por
exemplo). a) {(p, p, p) , (p, p, e) , (p, e, p) , (p, e, e) , (e, p, p) , (e, p, e) , (e, e, p) ,
c3) Sair número primo (por exemplo).
(e, e, e)}
c4) Sair número maior do que 7 (por
exemplo). b1) {(p, p, p)} b2) {(p, e, e), (e, p, e), (e, e, p)}
d1) A ∂ B d2) ‾
A©B d3) ‾
A©‾
B b3) {(p, p, p), (p, p, e), (e, p, p), (e, p, e)}
e) {1, 2, 3} e {4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12}
(por exemplo)
f) {1, 2, 3} e {6, 7, 8, 9, 10, 11, 12} (por
exemplo)
Axiomática de Kolmogorov.
2. a) {(1, p), (1, e), (2, p), (2, e), Espaço de probabilidade
(3, p), (3, e), (4, p), (4, e), (5, p),
A matemática é utilizada pelo homem desde as primeiras civilizações. Porém, du-
(5, e), (6, p), (6, e)}
rante muito tempo, os conhecimentos matemáticos foram de natureza empírica.
b1) {(6, p), (6, e)}
Por exemplo, sabia-se que a soma das amplitudes dos ângulos internos de um
b2) {(2, e), (4, e), (6, e)} triângulo era 180 graus porque, sempre que se somavam tais amplitudes, o re-
b3) {(1, p), (1, e), (2, p), (3, p), (4, p), sultado era 180 graus. Nunca ninguém tinha demonstrado tal facto. Aliás, não
(5, p), (6, p)} existia sequer a preocupação de demonstrar. Os problemas concretos iam sendo
c1) Sair 1 ou 2 e a face europeia. resolvidos e isso era o que interessava.
c2) Sair 5 ou 6 no dado. Esta situação foi-se mantendo até que, na Grécia, nasceu uma civilização que se
Mais sugestões de trabalho preocupava em perceber o porquê das coisas, em todos os domínios do saber.
Foi nesse contexto que Euclides, matemático grego que nasceu no século III a.C.,
Exercícios propostos n.os 17 a 30
(págs. 80 e 81).
criou a primeira teoria axiomática da história da matemática. Euclides conside-
rou um conjunto de termos, que não definiu, a que chamou termos primitivos

64 Tema 2 | Probabilidades
(como ponto, reta, etc.) e um conjunto de cinco afirmações, que não demons-
trou, a que chamou axiomas. A partir desses termos primitivos e desses cinco
axiomas, ele definiu novos termos e demonstrou vários teoremas.
No século xx, um matemático russo, Kolmogorov, fez, em relação às probabili-
dades, o mesmo trabalho que Euclides tinha feito relativamente à geometria.
Tomou como ponto de partida um conjunto de axiomas e, à custa deles, de-
monstrou vários teoremas.
Vejamos, então, qual é a axiomática de Kolmogorov.
Euclides

Seja E o espaço amostral associado a uma experiência aleatória. Probabili-


dade é uma função P que a cada acontecimento A associa um número real,
P (A) , tal que:
Axioma 1: P (A) ≥ 0 , qualquer que seja o acontecimento A
Axioma 2: P (E) = 1
Axioma 3: Quaisquer que sejam os acontecimentos A e B , se A © B = O ,
então P (A ∂ B) = P (A) + P (B) .
O número real P (A) é designado por probabilidade do acontecimento A .
Se o espaço amostral E é finito, considera-se, habitualmente, que o domínio
da função P é P (E) , conjunto dos subconjuntos de E .
Neste contexto, dizemos que o terno (E, P (E), P) é um espaço de probabi- Kolmogorov
lidade.

Seja E um conjunto finito e seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade


e sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E).

São válidas as propriedades seguintes:

A) = 1 - P (A)
Teorema 1: P(‾

Demonstração
‾) = P (E) = 1 (axioma 2).
Tem-se P (A ∂ A

Como A © ‾ ‾) = P (A) + P (A
A = O , vem P (A ∂ A ‾) (axioma 3).

Portanto, P (A) + P (A A) = 1 - P (A) .


‾) = 1 , ou seja, P (‾

Teorema 2: P (O) = 0

Demonstração
P (O) = P (E
‾) = 1 - P (E) = 1 - 1 = 0 (teorema 1 e axioma 2)

Teorema 3: P (A) = P (A © B) + P(A © B


‾)

Demonstração
P (A) = P (A © E) = P [A © (B ∂ B
‾)] = P [(A © B) ∂ (A © B
‾)]
B B
A
Como (A © B) © (A © ‾
B) = (A © A) © (B © ‾
B) = A © O = O ,
vem P (A) = P (A © B) + P (A © ‾
B) (axioma 3).

Capítulo 1 | Definir espaços de probabilidade 65


Teorema 4: P (A \ B) = P (A) - P (A © B)

Demonstração
Como sabemos, tem-se A \ B = A © ‾
B.
Portanto, a igualdade P (A) = P (A © B) + P(A © B ‾) (teorema 3) pode escre-
ver-se P (A) = P (A © B) + P (A \ B) , donde vem P (A \ B) = P (A) - P (A © B) .

Teorema 5: B ƒ A ± P (A \ B) = P (A) - P (B)

Demonstração
Se B ƒ A , então A © B = B .
Portanto, P (A \ B) = P (A) - P (A © B) = P (A) - P (B) .

Teorema 6: B ƒ A ± P (B) ≤ P (A) (monotonia da probabilidade)

Demonstração
Se B ƒ A , então P (A \ B) = P (A) - P (B) (teorema 5).
Por outro lado, tem-se P (A \ B) ≥ 0 (axioma 1).
Logo, P (A) - P (B) ≥ 0 , pelo que P (B) ≤ P(A) .

Teorema 7: P (A) å [0, 1]

Demonstração
Por um lado, tem-se P (A) ≥ 0 (axioma 1).
Por outro lado, como A ƒ E , tem-se P (A) ≤ P (E) (teorema 6).
Como P (E) = 1 (axioma 2), vem P (A) ≤ 1 .
Logo, 0 ≤ P (A) ≤ 1 .

Teorema 8: P (A ∂ B) = P (A) + P (B) - P (A © B)

A B Demonstração
Tem-se A ∂ B = (A ∂ B) © E = (A ∂ B) © (B
‾ ∂ B) =
‾) ∂ B = (A \ B) ∂ B
= (A © B
A\B
Portanto, P (A ∂ B) = P [(A \ B) ∂ B] .
Ora, (A \ B) © B = (A © B
‾) © B = A © (‾
B © B) = A © O = O , pelo que
P (A © B) = P [(A \ B) ∂ B] = P (A \ B) + P (B) (axioma 3)
= P (A) - P (A © B) + P (B) (teorema 4)
= P (A) + P (B) - P (A © B)

Tem-se, ainda, a seguinte definição:

Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade.


Resolução Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E).
Exercício 5 (resolução
passo a passo) Diz-se que A e B são equiprováveis se P (A) = P (B) .

66 Tema 2 | Probabilidades
Exercícios resolvidos
3 Seja (E, P (E), P) um espa-
Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória. Sejam ço de probabilidade.
A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E). Sejam A, B å P (E) .
1. Sabe-se que A e B são equiprováveis, que P (A © B) = 0,3 e que a) Determina P (A ∂ B) , admi-
tindo que P (A) = 0,4 ,
P (A ∂ B) = 0,9 . Determina P (A) .
B) = 0,3 e P (A © B) = 0,3 .
P (‾
Resolução
b) Determina P (‾ A©B ‾) , admi-
Tem-se P (A ∂ B) = P (A) + P (B) - P (A © B) , pelo que tindo que P (A‾) = 0,4 ,
0,9 = P (A) + P (A) - 0,3 , donde vem 2 P (A) = 1,2 , ou seja, P (A) = 0,6 . P (B) = 0,3 e P (A © B) = 0,2 .

2. Prova que P (‾
A∂B ‾) - P (A ∂ B) = P (‾
A) - P (B) .
Resolução 4 Seja (E, P (E), P) um espa-
‾∂‾
P (A B) - P (A ∂ B) = P (‾
A © B) - P (A ∂ B) = ço de probabilidade.
Sejam A, B å P (E) .
= 1 - P (A © B) - P (A ∂ B) =
Prova que:
= 1 - P (A © B) - [P (A) + P (B) - P (A © B)] =
a) P (A © B) + P (A
‾∂‾
B) = 1
= 1 - P (A © B) - P (A) - P (B) + P (A © B) =
b) P (A) + P (‾
A ∂ B) =
= 1 - P (A) - P (B) = P (‾
A) - P (B) = P (B) + P (A ∂ ‾
B)

3. Admite que: • P (A) = 0,6 • P (B) = 0,8 • P (‾


A ∂ B) = 0,9
a) Determina o valor das seguintes probabilidades: 5 Seja (E, P (E), P) um espa-
P (‾
A) ‾ © B)
P (A P (A © B) P (A ∂ B) P (‾A©‾ B) P (A \ B) ço de probabilidade.
Sejam A, B å P (E) .
b) Seja C um acontecimento (C ƒ E) tal que A ƒ C .
Sabe-se que:
Para cada uma das proposições seguintes, indica, justificando, o seu P (A) = 0,7 e P (B) = 0,4
valor lógico: Determina quais os valores que
3
• P (C) å [_, 1] • P (‾ ‾)
A) ≥ P (C cada uma das probabilidades
5 seguintes pode tomar.
Resolução a) P (A ∂ B) b) P (A © B)
‾) = 1 - P (A) = 1 - 0,6 = 0,4
a) • P (A
‾ ∂ B) = P (A
• Tem-se P (A ‾) + P (B) - P (A
‾ © B) , pelo que
6 Seja (E, P (E), P) um espa-
P (A A) + P (B) - P (‾
‾ © B) = P (‾ A ∂ B) = 0,4 + 0,8 - 0,9 = 0,3 ço de probabilidade.
• Tem-se P (B) = P (A © B) + P (‾
A © B) , pelo que Sejam A, B å P (E) .
P (A © B) = P (B) - P (‾
A © B) = 0,8 - 0,3 = 0,5 Sabe-se que:
P (A) = 0,6 e P (B) = 0,5
• P (A ∂ B) = P (A) + P (B) - P (A © B) = 0,6 + 0,8 - 0,5 = 0,9
Determina quais os valores que
• P(‾
A©B A ∂ B) = 1 - P (A ∂ B) = 1 - 0,9 = 0,1
‾) = P (‾ ‾ © B) pode tomar.
P (A
• P (A \ B) = P (A) - P (A © B) = 0,6 - 0,5 = 0,1
b) • Como A ƒ C , vem P (A) ≤ P (C) (monotonia da probabilidade). PROFESSOR
3 Soluções
Como P (A) = 0,6 , vem 0,6 ≤ P (C) , ou seja, _ ≤ P (C) .
5 3. a) 0,8 b) 0,3
Por outro lado, tem-se P (C) ≤ 1 , pois, como vimos, a probabilidade
5. a) Qualquer valor do intervalo [0,7; 1] .
de qualquer acontecimento é inferior ou igual a 1.
b) Qualquer valor do intervalo [0,1; 0,4] .
3
Logo, a proposição P (C) å [_, 1] é verdadeira. 6. Qualquer valor do intervalo [0; 0,4] .
5
• Como A ƒ C , tem-se ‾ CƒA ‾ , pelo que, pela monotonia da probabi-
Mais sugestões de trabalho
‾) ≤ P (A
lidade, se pode concluir que P (C ‾) .
Exercícios propostos n.os 31 a 39
Logo, a proposição P (‾
A) ≥ P (‾
C) também é verdadeira. (págs. 81 e 82).

Capítulo 1 | Definir espaços de probabilidade 67


Definição de Laplace de probabilidade
Comecemos por recordar a regra de Laplace, que aprendeste no 9.° ano:
Dada uma experiência aleatória, cujos casos possíveis sejam em número finito
e equiprováveis, a probabilidade de um acontecimento é dada pelo quociente entre
o número de casos favoráveis a esse acontecimento e o número de casos possíveis.

Por exemplo, quando lançamos um dado equilibrado, com as faces numeradas


2 , uma vez que, dos seis
de 1 a 6, a probabilidade de sair número superior a 4 é _
6
casos possíveis, apenas dois são favoráveis ao acontecimento pretendido.

Utilizando a linguagem dos espaços de probabilidade, a regra de Laplace pode


ser enunciada do seguinte modo:

Seja E = {x1, x2, …, xn} o espaço amostral (finito) associado a uma experiência
NOTA aleatória. Se P é uma função de probabilidade definida em P (E) tal que os
* Dizer que os acontecimentos ele- acontecimentos elementares são todos equiprováveis*, então, para qualquer
mentares são todos equiprováveis é
#A .
acontecimento A , tem-se P (A) = ____
o mesmo que afirmar que:
#E
P ({x1}) = P ({x2}) = … = P ({xn})
Vejamos como a regra de Laplace se relaciona com a axiomática de Kolmogorov.

Utilizando o método de indução matemática, é fácil provar que:

Se (E, P (E), P) é um espaço de probabilidade e se A1, A2, …, An são aconteci-


mentos tais que, dados quaisquer dois, a sua interseção é vazia, então:
7 P (A1 ∂ A2 ∂ … ∂ An) = P (A1) + P (A2) + … + P (An)**
**Prova, por indução, esta
propriedade.
Daqui resulta a seguinte propriedade:

Seja E um conjunto finito e seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade.


Tem-se, então, que:
AA å P (E), P (A) = ____
# A se e somente se os acontecimentos elementares são
#E
todos equiprováveis.

Demonstração

Seja E = {x1, x2, …, xn} .

• Provemos, em primeiro lugar, que:

AA å P (E), P(A) = ____


# A ±P x
({ 1}) = … = P ({xn})
#E
# A , então,
Se, para qualquer acontecimento A , se tem P (A) = ____
#E
# (xi) 1
para qualquer i å {1, 2, …, n} , tem-se P ({xi}) = _____ = _ .
#E n

Logo, P ({x1}) = P ({x2}) = … = P ({xn}) .

68 Tema 2 | Probabilidades
• Provemos agora a implicação recíproca:

P ({x1}) = … = P ({xn}) ± AA å P (E), P (A) = ____


#A
#E
Seja p = P ({x1}) = … = P ({xn}) .
Tem-se, de acordo com a axiomática de Kolmogorov, que P (E) = 1 .
Ora,
P (E) = 1 § P ({x1, …, xn}) = 1 § P ({x1} ∂ … ∂ {xn}) = 1 §
1
§ P ({x1}) + … + P ({xn}) = 1 § np = 1 § p = _
n
Suponhamos agora que # A = k . Tal significa que A é constituído por k
elementos de E , pelo que A é a união de k acontecimentos elementares {xi} ,
que são mutuamente exclusivos e que, como vimos, têm todos probabilidade
1.
igual a _
n
1+_
1+…+_ k ___
1 =_
Portanto, tem-se P (A) = _ = #A .
n n

n n #E
k parcelas

Está, assim, concluída a demonstração.

Notas:

1. A definição de probabilidade de um acontecimento A , contido num espaço


#A é conhecida como definição de
amostral (finito) E , como sendo igual a ___
#E
Laplace de probabilidade.

2. Como vimos, esta definição de probabilidade está relacionada com a equi-


probabilidade dos acontecimentos elementares. Mas como reconhecer, em
cada caso concreto, se existe tal equiprobabilidade? Tal reconhecimento
apoia-se nos seguintes princípios:

Princípio da indiferença - este princípio baseia-se na simetria e homogenei-


dade das situações (se o dado é perfeito, por que seriam umas faces mais
prováveis do que outras?).

Princípio da razão insuficiente - se não há razão para crer que existem casos
mais prováveis do que outros, pode admitir-se que todos os casos são igual-
mente prováveis.

3. Para calcular a probabilidade de um acontecimento A através da definição


de Laplace, temos de determinar:
• o cardinal do espaço amostral, ou seja, o número de casos possíveis asso-
ciados à experiência aleatória;
• o cardinal de A , ou seja, o número de casos favoráveis ao acontecimento A .

Para tal é muitas vezes conveniente utilizar os métodos de contagem que já


estudámos: princípios da multiplicação e da adição, arranjos, permutações
e combinações. É o que vamos exemplificar a seguir.

Capítulo 1 | Definir espaços de probabilidade 69


8 Uma aposta simples no to- Exercícios resolvidos
toloto consiste na escolha de
cinco números, entre os natu- 1. Qual é a probabilidade de, com uma aposta, ganhar o pri-
rais de 1 a 49, mais um núme- meiro prémio do euromilhões?
ro, escolhido entre os naturais
de 1 a 13. Resolução
Para ganhar o primeiro prémio
no totoloto, é preciso acertar A chave do euromilhões consiste em cinco números (entre
nos cinco primeiros números e os números naturais de 1 a 50), mais dois números (entre
no número da sorte. os números naturais de 1 a 12). Assim, tem-se:
50
Número de casos possíveis: C5 * 12C2 = 139 838 160
Número de casos favoráveis: 1 (a chave vencedora)
1
Probabilidade pedida: ___________
139 838 160

2. Tiram-se, ao acaso, três cartas de um baralho completo (52 cartas). Qual


é a probabilidade de serem do mesmo naipe?
Qual é a probabilidade de, com
uma aposta simples, ganhar o Resolução
primeiro prémio no totoloto? Número de casos possíveis: 52
C3 = 22 100
Apresenta a resposta na forma
de fração irredutível. Número de casos favoráveis: 13
C3 + 13C3 + 13C3 + 13C3 = 1144

Probabilidade pedida: _1144 = _


22
22 100 425

9 3. Cada uma de quatro pessoas lança uma moeda portuguesa de 1 euro.


Cada uma de três pessoas
lança um dado equilibrado, com Qual é a probabilidade de as quatro faces saídas serem todas portuguesas?
as faces numeradas de 1 a 6.
Resolução
Determina a probabilidade de:
a) a soma dos números saídos Número de casos possíveis: 24 = 16
ser igual a 6;
b) os números saídos serem to- Número de casos favoráveis: 1
dos iguais; 1
c) os números saídos serem to-
Probabilidade pedida: _
16
dos diferentes;
d) saírem exatamente dois 6.
4. Um código é formado por três vogais seguidas de quatro algarismos. Sele-
Apresenta as tuas respostas na
forma de fração irredutível.
cionando um código deste tipo ao acaso, qual a probabilidade de ter:
a) pelo menos duas vogais diferentes e os algarismos todos iguais?

b) unicamente uma letra a e exatamente dois algarismos 7?

c) pelo menos um algarismo 4?

Resolução
O número de casos possíveis é comum às três alíneas, uma vez que os ca-
sos possíveis estão associados à experiência aleatória realizada, a qual é a
PROFESSOR
seleção de um código ao acaso.
Soluções
8. _ 1 =_ 1 Portanto, o número de casos possíveis é 53 * 104 , ou seja, 1 250 000.
49
C5 * 13 24 789 492
a) Número de casos favoráveis: (5 - 5) * 10 = 1200
3

9. a) _3 = _ b) _3 = _
10 5 6 1
1200
Probabilidade pedida: _ = 0,000 96
6 108 6 36
6*5*4 _
_ d) _3 = _ 1 250 000
5 15 5
c) =
63 9 6 72
continua

70 Tema 2 | Probabilidades
continuação
10 Uma empresa de cofres
b) Número de casos favoráveis: 3 * 4 * C2 * 9 = 23 328
2 4 2
atribui ao acaso um código se-
(existem três posições possíveis para a letra a ; para cada uma destas, creto a cada cofre que vende.
existem 42 maneiras de completar a sequência das vogais; existem 4C2 Cada código é formado por
seis algarismos, por uma certa
posições possíveis para os dois algarismos 7; para cada uma destas, ordem. Uma pessoa compra
existem 92 maneiras de completar a sequência dos algarismos). um cofre a essa empresa.
23 328 Determina a probabilidade de
Probabilidade pedida: _ ) 0,018 66 o respetivo código secreto:
1 250 000
a) ter os algarismos todos dife-
c) Número de casos favoráveis: 5 * (10 - 9 ) = 429 875
3 4 4
rentes;
429 875
Probabilidade pedida: _ = 0,3439 b) ter exatamente dois zeros;
1 250 000 c) ter pelo menos um zero.
Apresenta as tuas respostas na
5. A Joana, a Luísa e mais quatro amigos vão ao cinema e os bilhetes corres-
forma de dízima.
pondem a seis lugares consecutivos de uma dada fila. Sabendo que vão
distribuir os bilhetes aleatoriamente, qual é a probabilidade de:
a) a Joana ficar com um bilhete correspondente a um lugar numa das
extremidades?
b) a Joana e a Luísa terem bilhetes correspondentes a lugares seguidos?

c) a Joana e a Luísa não ficarem ao lado uma da outra?

Resolução
Número de casos possíveis: 6! = 720
a) Número de casos favoráveis: 2 * 5! = 240 11 Para assistirem a um espetá-
240 1 culo, a Ana, a Bárbara, a Catari-
Probabilidade pedida: _ = _ na e mais quatro amigos, todos
720 3
rapazes, sentam-se, ao acaso,
b) Número de casos favoráveis: 5! * 2 = 240
numa fila de sete lugares.
(a Joana e a Luísa formam um bloco; cada um dos outros quatro ami- Determina a probabilidade de:
gos forma um bloco individual; temos, assim, cinco blocos que podem a) as raparigas ficarem juntas
permutar entre si; para cada uma destas permutações, existem duas e os rapazes também;
maneiras de a Joana e a Luísa se disporem). b) as raparigas ficarem juntas;
240 1 c) cada rapariga ficar entre
Probabilidade pedida: _ = _ dois rapazes;
720 3
d) a Ana e a Bárbara não fica-
c) «A Joana e a Luísa não ficam ao lado uma da outra» é o acontecimen-
rem uma ao lado da outra.
to contrário do acontecimento «a Joana e a Luísa ficam ao lado uma
Apresenta as tuas respostas na
da outra». A probabilidade deste acontecimento foi calculada na alínea
forma de fração irredutível.
anterior.
Assim, a probabilidade pedida é 1 - _1=_ 2.
3 3
PROFESSOR
Soluções
6. Uma urna tem 12 cartões, numerados de 1 a 12. Ao acaso, retiram-se
10
sucessivamente dez cartões e dispõem-se lado a lado, da esquerda para A6
10. a) _6 = 0,1512
a direita. Qual a probabilidade de: 10
6
C2 * 94
b) _ = 0,098 415
a) ficarem cinco cartões com números pares, seguidos de cinco cartões 106
com números ímpares? 96
c) 1 - _6 = 0,468 559
10
b) os últimos quatro cartões, e somente estes, terem números pares?
2 * 3! * 4! 2 5! * 3!
11. a) _ = _ b) _ = _1
c) os cartões com os números 7, 8 e 9 ficarem seguidos, não necessaria- 7! 35 7! 7
mente por esta ordem? c)
3! * 4! _
_ = 1 d) 1 -
2 * 6! _
_ =
5
7! 35 7! 7
continua

Capítulo 1 | Definir espaços de probabilidade 71


continuação
12 De um baralho de cartas
completo, retiram-se as treze Resolução
cartas do naipe de copas, as Número de casos possíveis: 12
A10 = 239 500 800
quais se introduzem num saco. 6
Em seguida, retiram-se sucessi- a) Número de casos favoráveis: A5 * 6A5 = 7202 = 518 400
vamente, ao acaso, seis cartas 518 400 1
do saco, que se alinham da es- Probabilidade pedida: ___________ = _
239 500 800 462
querda para a direita, pela or-
b) Número de casos favoráveis: 6! * A4 = 259 200
6
dem de saída.
259 200 1
Determina a probabilidade de Probabilidade pedida: ___________ = _
a sequência obtida: 239 500 800 924
a) começar pelo ás, seguido das c) Número de casos favoráveis: C7 * 8! * 3! = 8 709 120
9

três figuras;
(os cartões 7, 8 e 9 formam um bloco; existem 9C7 maneiras de esco-
b) não ter figuras;
lher os sete cartões que vão completar a sequência; cada um deles for-
c) não ter o ás nem as figuras e
ma um bloco individual; temos, assim, oito blocos que podem permu-
as seis cartas estarem por or-
dem crescente de numeração. tar entre si; para cada uma destas permutações, existem 3! maneiras
Apresenta as tuas respostas na
de dispor os cartões 7, 8 e 9).
8 709 120 2
forma de fração irredutível. Probabilidade pedida: ___________ = _
239 500 800 55
13 Considera um prisma pen-
7. Considera, num referencial o.n. Oxyz , a superfície esférica de equação:
tagonal regular.
x2 + y2 + z2 = 1
a) Escolhem-se, ao acaso, dois
vértices do prisma. Qual é a Os eixos coordenados intersetam esta superfície esférica em seis pontos.
probabilidade de o segmento
de reta por eles definido es- a) Escolhem-se, ao acaso, dois desses seis pontos. Qual é a probabilidade
tar contido numa base do de esses dois pontos definirem uma reta perpendicular ao plano xOy ?
prisma?
b) Escolhem-se, ao acaso, três desses seis pontos. Qual é a probabilidade
b) Escolhem-se, ao acaso, três
vértices do prisma. Qual é a
de esses três pontos definirem um plano perpendicular ao plano xOy ?
probabilidade de o plano Resolução
por eles definido ser perpen- 6
dicular aos planos que con- a) Número de casos possíveis: C2 = 15
têm as bases do prisma? Número de casos favoráveis: 1
c) Escolhe-se, ao acaso, um vér- (escolher os dois pontos que pertencem ao eixo Oz)
tice em cada base. Qual é a
Probabilidade pedida: _ 1
probabilidade de o segmento
de reta por eles definido ser 15
b) Número de casos possíveis: C3 = 20
6
uma diagonal de uma face
do prisma? Número de casos favoráveis: 4C3 + 4C3 = 8
Apresenta as tuas respostas na
(escolher três dos quatro pontos que pertencem ao plano xOz ou es-
forma de fração irredutível.
colher três dos quatro pontos que pertencem ao plano yOz)
8 2
Probabilidade pedida: _ = _
20 5
Simulador
Geogebra: As diagonais
do prisma 8. De um baralho de cartas completo, tiraram-se várias cartas, ficando
o baralho incompleto. Considera a seguinte experiência aleatória: tirar,
ao acaso, uma carta deste baralho incompleto.
PROFESSOR
Admite que:
Soluções
1 * 3! * 9A2 _ • a probabilidade de essa carta ser um ás é 0,15;
12. a) _ 13
= 1 • a probabilidade de essa carta ser de copas é 0,5;
A6 2860
10
A6 _ 9
C6 _ • a probabilidade de essa carta não ser um ás, nem ser de copas, é 0,4.
b) _ c) _
35 7
= =
13
A6 286 13
A6 102 960 a) Prova que o ás de copas está neste baralho incompleto.
2 * C2 _
5
5 * 8 _1 5*2 2 b) Indica quantas cartas tem este baralho incompleto.
13. a) _ = 4 b) _ = c) _ = _
10
C2 9 10
C3 3 5*5 5
continua

72 Tema 2 | Probabilidades
continuação

Resolução
a) Se o ás de copas não estiver no baralho incompleto, então, ao tirar uma 14 Num saco existem várias
carta deste baralho, é impossível que ela seja o ás de copas. bolas (algumas são azuis e as
Se, pelo contrário, o ás de copas estiver no baralho incompleto, então, ao restantes vermelhas). Todas as
bolas estão numeradas.
tirar uma carta deste baralho, já é possível que ela seja o ás de copas.
Tira-se, ao acaso, uma bola do
Portanto, o ás de copas está no baralho incompleto se e somente se for saco. Sabe-se que a probabili-
possível o acontecimento «a carta extraída é o ás de copas». dade de essa bola:
• ser azul é 70%;
Determinemos, então, a probabilidade deste acontecimento. • ter o número 1 é 40%.
Sejam A e C os acontecimentos: Prova que no saco há pelo
A: a carta extraída é um ás menos uma bola azul com o
número 1.
C: a carta extraída é de copas
Tem-se: P (A) = 0,15 ; P (C) = 0,5 ; P (‾ ‾) = 0,4
A©C
Pretende-se saber P (A © C) .
Ora, P(‾A©‾ C) = P(‾A ∂ C) = 1 - P (A ∂ C) =
= 1 - [P(A) + P(C) - P (A © C)] = 1 - P(A) - P(C) + P (A © C)
Portanto, 0,4 = 1 - 0,15 - 0,5 + P (A © C) , donde vem P (A © C) = 0,05 .
Como P(A © C) 0 0 , vem que o acontecimento «a carta extraída é o ás
de copas» é possível, pelo que o ás de copas está no baralho incompleto.
b) Na alínea anterior concluiu-se que o ás de copas está no baralho in-
completo. Como não pode haver mais do que um ás de copas nesse
baralho (pois só há um num baralho completo), concluímos que há um
e um só ás de copas no baralho incompleto, pelo que existe apenas um
caso favorável ao acontecimento «a carta extraída é o ás de copas».
Uma vez que P (A © C) = 0,05 = _ 1 e uma vez que existe apenas um
20
caso favorável, concluímos que o número de casos possíveis é igual a 20.
Existem, portanto, 20 cartas no baralho incompleto.

Para concluir este tema, chamamos a atenção para o facto de existirem situações
de cálculo de probabilidades em que não faz sentido utilizar a definição de
Laplace. Vamos ver algumas dessas situações.
Situações em que o espaço amostral é infinito
O espaço amostral associado a uma experiência aleatória pode ser infinito,
como, por exemplo:
• tempo de duração de uma lâmpada (espaço amostral: [ 0, +∞ [);
• número de lançamentos de um dado até sair face 6 (espaço amostral: N).
Neste tipo de situações, não faz sentido utilizar a definição de Laplace de probabili-
dade. Contudo, em muitos casos em que o espaço amostral é infinito, é possível defi-
nir uma função de probabilidade P num conjunto adequado de acontecimentos
(subconjunto de P (E)) que permita calcular a probabilidade de vários acontecimen-
tos, como, por exemplo, a probabilidade de uma lâmpada durar mais de dois anos.
Outras situações
Existem ainda outro tipo de situações em que não faz sentido utilizar a definição
de Laplace de probabilidade. Por exemplo, quando dizemos que a probabilidade

Capítulo 1 | Definir espaços de probabilidade 73


de um certo medicamento resultar em determinada doença é de 95%, estamos
a dizer que, em média, em cada cem doentes, o medicamento é eficaz em noven-
ta e cinco. Esta interpretação de probabilidade é habitualmente designada como
«conceito frequencista de probabilidade».
Se aplicássemos aqui a definição de Laplace, teríamos de atribuir a probabilida-
de _1 . De facto, temos dois casos possíveis (o medicamento é eficaz; o medica-
2
mento não é eficaz) e um caso favorável (o medicamento é eficaz). O que
acontece aqui é que não existem razões para admitir a equiprobabilidade dos
casos possíveis, ou seja, estamos numa situação em que não se pode aplicar o
princípio da indiferença (não faz sentido falar aqui em simetria e homogeneida-
de), nem o princípio da razão insuficiente (mal estaríamos se acreditássemos que
era tão provável um medicamento ser eficaz, como não ser).
É também o conceito frequencista de probabilidade que está presente em frases
como:
• «A probabilidade de um certo basquetebolista converter um lance livre é 0,7.»
• «A probabilidade de um certo atirador acertar num determinado alvo é 98%.»
• «A probabilidade de, no decorrer de um dia, ocorrer pelo menos um acidente
de automóvel numa certa estrada é _ 1 .»
3
O conceito frequencista de probabilidade apoia-se na lei dos grandes números
(de Bernoulli), a qual se pode enunciar do seguinte modo:

15 Lança-se 6000 vezes um Consideremos uma experiência aleatória que pode ser repetida muitas vezes, nas
dado equilibrado, com as faces mesmas condições. Quando o número de vezes que essa experiência é repetida
numeradas de 1 a 6. tende para infinito, é praticamente certo que a frequência relativa de ocorrência
Nesses 6000 lançamentos, in- de um determinado acontecimento tende a igualar a probabilidade desse aconte-
dica o número aproximado de cimento.
vezes que é de esperar que saia:
a) a face 6;
Por exemplo, se lançarmos uma moeda de 1 euro muitas vezes, é praticamente
certo que cerca de metade das vezes sai a face europeia.
b) face com número par;
c) face com número maior do Em resumo, é possível utilizar o conceito frequencista para interpretar uma pro-
que 4. babilidade obtida pela regra de Laplace e também podemos utilizar o conceito
frequencista para conferir significado à probabilidade de acontecimentos, em
situações em que não faz sentido utilizar a definição de Laplace.

Exercício resolvido
Num certo jogo, um jogador aposta 1 euro por jogada.
Uma jogada consiste no seguinte:
• o jogador escolhe um número de 1 a 6;
• lançam-se dois dados equilibrados, com as faces numeradas de 1 a 6,
e observam-se os números saídos;
• se nenhum dos números saídos coincidir com o número que o jogador
PROFESSOR escolheu, o jogador perde o euro que apostou; caso contrário, esse di-
Soluções nheiro é devolvido, acrescido de 1 ou 2 euros, consoante o número que
15. a) 1000 o jogador escolheu tenha saído apenas num dado, ou tenha saído nos
b) 3000 dois dados.
c) 2000
continua

74 Tema 2 | Probabilidades
continuação
16 Uma roleta é um disco divi-
Por exemplo: dido em 37 setores circulares
- suponhamos que o jogador escolhe o número 5; iguais, numerados de 0 a 36.
Em cada jogada, uma bola gira
- se o número 5 não sai em nenhum dos dois dados que são lançados, até se imobilizar num dos seto-
o jogador perde o euro que apostou; res. Diz-se, então, que saiu o
número correspondente a esse
- se o número 5 sai apenas num dos dois dados, então o jogador recebe setor. Uma aposta possível na
de volta o euro que apostou e recebe mais 1 euro; roleta consiste em escolher
quatro números. Se sair um
- se o número 5 sai nos dois dados, então o jogador recebe de volta desses quatro números, o apos-
o euro que apostou e recebe mais 2 euros. tador recebe a quantia aposta-
da acrescida de oito vezes essa
A Leandra vai jogar este jogo, tencionando fazer 180 jogadas. quantia. Caso contrário, o
apostador perde o dinheiro
É de esperar que ela ganhe dinheiro ou que perca dinheiro? p
apostado.

E que quantia?
Resolução
Em cada jogada, a Leandra pode perder 1 euro, pode ganhar 1 euro,
ou pode ganhar 2 euros.

• A Leandra perde 1 euro se nenhum dos números saídos coincidir com


o número que ela escolheu.
5 * 5 25
A probabilidade deste acontecimento é _ = _ .
6 * 6 36
Seja n o número de vezes que, nas 180 jogadas, a Leandra perde 1 euro. O Bruno vai jogar na roleta e
n )_ 25
Tendo em conta a lei dos grandes números, é de esperar que _ , vai fazer 740 apostas, apostan-
180 36 do sempre em quatro números.
donde vem n ) 125 . Cada aposta é de 10 euros.
• A Leandra ganha 1 euro se apenas um dos números saídos coincidir No final, é de esperar que ga-
nhe dinheiro ou que perca di-
com o número que ela escolheu. nheiro? E que quantia?
1 * 5 + 5 * 1 10
A probabilidade deste acontecimento é ___________ = _ .
6*6 36
Seja n o número de vezes que, nas 180 jogadas, a Leandra ganha 1 euro.
n )_ 10
Tendo em conta a lei dos grandes números, é de esperar que _ ,
180 36
donde vem n ) 50 .

• A Leandra ganha 2 euros se os dois números saídos coincidirem com


o número que ela escolheu.
A probabilidade deste acontecimento é _ 1*1=_ 1 .
6 * 6 36
Seja n o número de vezes que, nas 180 jogadas, a Leandra ganha 2 euros. PROFESSOR
Tendo em conta a lei dos grandes números, é de esperar que _ n )_ 1 , Soluções
180 36
donde vem n ) 5 . 16. É de esperar que o Bruno perca 200
euros.
Concluímos assim que, nas 180 jogadas, é de esperar que a Leandra:
Caderno de exercícios
• perca 1 euro em (aproximadamente) 125 jogadas; Definir espaços de
probabilidade
• ganhe 1 euro em (aproximadamente) 50 jogadas;
• ganhe 2 euros em (aproximadamente) 5 jogadas. Mais sugestões de trabalho
Exercícios propostos n.os 40 a 60
Assim, é de esperar que a Leandra perca (aproximadamente) 65 euros. (págs. 82 a 84).

Capítulo 1 | Definir espaços de probabilidade 75


Síntese
Experiência cujo resultado não é possível prever, antes de a realizarmos, na
p. 61 Experiência aleatória
medida em que este depende do acaso.

Conjunto de resultados que é possível obter quando se realiza uma expe-


Espaço amostral ou universo riência aleatória.
p. 61
dos resultados O espaço amostral é habitualmente designado pela letra E ou pela letra
W (do alfabeto grego).

Acontecimento é qualquer subconjunto do espaço amostral.


• Acontecimento certo (E): acontecimento que se realiza de certeza, quan-
do se efetua a experiência aleatória.
• Acontecimento impossível (O): acontecimento que de certeza não se rea-
liza, quando se efetua a experiência aleatória.
• Acontecimento elementar: acontecimento formado por um único ele-
pp. 61 mento do espaço amostral.
Acontecimentos
a 63
• Acontecimento composto: acontecimento formado por mais do que um
elemento do espaço amostral.
• Acontecimentos incompatíveis: acontecimentos cuja interseção é vazia,
ou seja, acontecimentos cuja realização simultânea é impossível.
• Acontecimentos contrários: acontecimentos cuja interseção é vazia e
cuja união é o espaço amostral; a realização de um equivale à não reali-
zação do outro.

Conjunto cujos elementos são acontecimentos associados à experiência


aleatória.
p. 63 Espaço dos acontecimentos Quando o espaço amostral E é finito, considera-se habitualmente que o
espaço dos acontecimentos é P (E) , conjunto de todos os subconjuntos de
E (também designado por conjunto das partes de E).
Seja E o espaço amostral associado a uma experiência aleatória.
Probabilidade é uma função P que a cada acontecimento A associa um
número real, P(A) , tal que:
Axioma 1: P(A) ≥ 0 (qualquer que seja o acontecimento A)
Axioma 2: P(E) = 1
Axiomática de Kolmogorov.
p. 65 Axioma 3: A © B = O ± P(A ∂ B) = P(A) + P(B) (quaisquer que sejam
Espaço de probabilidade
os acontecimentos A e B)

No caso em que o espaço amostral E é finito, é habitual considerar que


qualquer subconjunto de E pertence ao espaço dos acontecimentos. Nes-
te caso, P é uma função cujo domínio é P (E) , conjunto dos subconjuntos
de E . Dizemos, então, que o terno (E, P (E), P) é um espaço de probabi-
lidade.

76 Tema 2 | Probabilidades
Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade.

Tem-se, para quaisquer acontecimentos A e B (A ƒ E e B ƒ E) :


• P (A) å [0, 1]
• P (O) = 0
pp. 65
e 66
Propriedades A) = 1 - P (A)
• P (‾
• B ƒ A ± P (A \ B) = P(A) - P(B)
• B ƒ A ± P(B) ≤ P(A) (monotonia da probabilidade)
• P(A) = P(A © B) + P(A © B
‾)
• P(A ∂ B) = P(A) + P(B) - P(A © B)

Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade.


Acontecimentos
p. 66
equiprováveis
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E).
Diz-se que A e B são equiprováveis se P(A) = P(B) .
Dada uma experiência aleatória, cujos casos possíveis sejam em número
finito e equiprováveis, a probabilidade de um acontecimento é dada pelo
p. 68 Regra de Laplace
quociente entre o número de casos favoráveis a esse acontecimento e o
número de casos possíveis.

Capítulo 1 | Definir espaços de probabilidade 77


Teste 2

5
Grupo I
Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.

5
1. Quantos são os anagramas da palavra portugal que começam por uma vogal
e terminam com uma consoante?
(A) 1440 (B) 4560 (C) 7680 (D) 10 800

2. Lança-se um dado com as faces numeradas de 1 a 6. Considera os aconteci-


mentos: A: sair face ímpar B: sair face de número maior do que 4
Qual é o acontecimento contrário de A © B ?
(A) Sair a face 5 ou a face 6.
(B) Sair face de número menor do que 6.
(C) Sair a face 5.
(D) Não sair a face 5.

3. O segundo elemento de uma certa linha do triângulo de Pascal é 16. 3


Escolhem-se, ao acaso, dois elementos dessa linha.
Qual é a probabilidade de o produto desses dois elementos ser igual a 16?
1 1 1 1
1
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _
32 34 36 38
7
4. Qual dos seguintes termos pertence ao desenvolvimento de (2x + y) ?
(A) 21 x2 y5 (B) 42 x2 y5 (C) 63 x2 y5 (D) 84 x2 y5
dt2_0
5. Quantos números naturais existem entre 8000 e 12 000 com todos os alga-
MA
rismos ímpares? EE.2017
(A) 250 (B) 300 (C) 350 (D) 400

Grupo II
Na resposta a cada um dos cinco itens deste grupo, apresenta todos os cálculos
que efetuares, explica os raciocínios e justifica as conclusões.

PROFESSOR
1. Uma turma de uma escola secundária tem tantos rapazes como raparigas, num
Soluções
total de 26 alunos. A Rita é a delegada e a Filipa é a subdelegada dessa turma.
1. (D)
Vai ser formada uma comissão de cinco alunos da turma para organizar
2. (D) uma festa de fim de ano. A Rita e a Filipa têm obrigatoriamente de fazer
3. (B) parte da comissão.
4. (D) a) Admite que os restantes membros da comissão vão ser escolhidos ao acaso.
5. (A) Qual é a probabilidade de a comissão ficar formada por cinco jovens do
mesmo sexo? Apresenta o valor pedido na forma de dízima, arredondado
1. a) _ ) 0,08
165
2024 às centésimas.
Ajuda

78 Tema 2 | Probabilidades
b) Depois de constituída a comissão, os cinco membros vão posar lado a lado
para uma fotografia. De quantas maneiras diferentes podem ficar dispostos os
cinco jovens, de tal modo que a Rita e a Filipa fiquem uma ao lado da outra?

2. Na figura ao lado está representado um prisma octogonal regular. 3


a) Pretende-se numerar todas as faces do prisma. Como se vê na figura, três
das faces já estão numeradas. Pretende-se que, no final: 2
• haja exatamente uma face com o número 1; 1
• haja exatamente duas faces com o número 2;
• haja exatamente três faces com o número 3;
• as restantes quatro faces tenham números todos diferentes, escolhidos
de entre os números 4, 5, 6, 7, 8 e 9.
Nestas condições, de quantas maneiras diferentes podemos numerar as
sete faces do prisma que ainda não estão numeradas?
b) Considera agora este prisma octogonal regular num referencial o.n. Oxyz ,
de tal forma que uma das suas bases esteja contida no plano de equação
z=3.
3 Escolhe-se, ao acaso, um vértice em cada base do prisma.
Qual é a probabilidade de os dois vértices escolhidos definirem uma reta
2 perpendicular ao plano xOy ? Apresenta o resultado na forma de fração
irredutível.

3. a) Seja E o espaço amostral associado a uma experiência aleatória.


Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E).
Prova que P(‾
A©‾ B) + P(A © B) .
B) + P(A) = P(‾
003 · 2prova
b) Utilizando a igualdade da alínea anterior, resolve o seguinte problema:
MAT - 12. ano
7.0011.01.01 Dos funcionários de um banco, sabe-se que:
Paulo
• 30% são licenciados;
• 48% são mulheres;
• 40% são homens não licenciados.
Vai ser sorteada uma viagem entre todos os funcionários do banco.
PROFESSOR
Qual é a probabilidade de a viagem sair a uma mulher licenciada? Soluções
Apresenta a resposta na forma de percentagem.
1. b) 4! * 2 = 48
Nota: Começa por identificar, no contexto do problema, os acontecimentos A e B .
2. a) 7 * 6C2 * 6A4 = 37 800
3x
4. Resolve a seguinte equação: (x + 1) - x 4 = 4x (x 2 + _) + 13
4
b) _ = _1
8
2 8*8 8

5. A Bárbara e o Carlos estão a praticar a resolução de equações do segundo 3. b) 18%


grau do tipo x2 + bx + c = 0 . Cada um deles lança um dado equilibrado, 4. x = 3
com as faces numeradas de 1 a 6.
5. _
17
O número saído no dado lançado pela Bárbara dá o valor de b . 36

O número saído no dado lançado pelo Carlos dá o valor de c .


Qual é a probabilidade de a equação obtida ser impossível?
Resolução

Capítulo 1 | Definir espaços de probabilidade 79


Exercícios propostos
17 Define em extensão os acontecimentos:
Descreve o espaço de resultados para cada
uma das experiências seguintes: a) A: a família tem apenas uma rapariga

a) Lançar um dado octaédrico, com as faces nume- b) B: a família tem dois rapazes e duas raparigas
radas de 1 a 8, e considerar o número da face
virada para cima.
21 Considera a experiência que
b) Tirar, uma a uma, bolas de um saco com bolas nu- consiste em tirar simultaneamente
meradas de 3 a 10 até sair a bola com o número 5 duas bolas deste saco e registar as
e registar o número de bolas tiradas. suas cores.
c) Tirar, uma a uma, bolas de um saco com bolas Indica se são elementares os acontecimentos:
numeradas de 1 a 10 até sair uma bola com número
a) tirar duas bolas da mesma cor;
par e considerar o número de bolas tiradas.
b) tirar uma bola vermelha e uma amarela;
d) Perguntar a duas pessoas se gostam (S) ou não
(N) de cinema e registar as suas respostas. c) tirar uma bola verde e uma amarela.

e) Colocar três pessoas, A, B e C, em fila.


22 No lançamento de dois dados cúbicos, com as
18 Considera a experiência que consiste em lan- faces numeradas de 1 a 6, registam-se as somas das
pintas das faces viradas para cima. Seja:
çar um dado cúbico, com as faces numeradas de 1
a 6, e registar o número da face virada para cima. A: a soma é múltipla de 4
Define, em extensão, os acontecimentos:
B: a soma é múltipla de 6
a) A: sair um número quadrado perfeito
Define em extensão os acontecimentos:
b) B: sair um divisor de 4
a) A ∂ B b) A © B
c) C: sair um múltiplo de 3

23 Comenta a afirmação: «Num espaço E , onde


19 Lança-se uma moeda portuguesa de 1 € três vezes.
A e B são acontecimentos incompatíveis, a não
Define em extensão o acontecimento «não sair a mes- realização de A implica a realização de B .»
ma face da moeda em lançamentos consecutivos».
24 Completa de modo a obteres uma afirmação
20 Perguntou-se a famílias com quatro filhos de verdadeira: «Num espaço E , se os acontecimentos
que sexo eram as crianças. Um resultado desta expe- A e B são .............., então, a não realização de A
riência é, por exemplo, (rapaz, rapaz, rapaz, rapariga). implica a ................. de B .»

PROFESSOR
18. a) A = {1, 4} b) B = {(M, M, F, F), b) A © B = {12} no espaço E
Soluções (ver alínea a))
b) B = {1, 2, 4} (M, F, M, F), (M, F, F, M),
17. a) {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
c) C = {3, 6} (F, M, M, F), (F, M, F, M), 23. É uma afirmação falsa. Por
b) {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} exemplo, no lançamento de
19. {(p, e, p), (e, p, e)} (F, F, M, M)}
c) {1, 2, 3, 4, 5, 6} um dado, os acontecimentos
20. a) M: rapaz; F: rapariga 21. a) Não b) Sim c) Sim A  = {1, 2} e B = {4, 6} são
d) {(S, N), (N, S), (S, S), (N, N)}
incompatíveis, mas pode não
e) {(A, B, C), (A, C, B), A = {(M, M, M, F), (M, M, F, M), 22. a) A ∂ B = {4, 8, 6, 12}
se realizar nem A nem B (se
(B, A, C), (B, C, A), (C, A, B), (M, F, M, M), (F, M, M, M)} no espaço de resultados
sair, por exemplo, 3).
(C, B, A)} E = {2, 3, 4, 5, …, 11, 12}
24. … contrários… realização…

80 Tema 2 | Probabilidades
25 No lançamento de um dado, dá exemplos de 32 Seja E, P (E), P um espaço de probabilida-
( )
acontecimentos incompatíveis que não sejam con- de e sejam A, B å P (E) dois acontecimentos.
trários. 2
A) = _
a) Sabe-se que: A e B são incompatíveis, P(‾
5 3
26 Três pessoas lançam um dado cúbico, com as fa- e P (A ∂ B) = _ . Determina P (B) .
6
ces numeradas de 1 a 6. Considera o acontecimento b) Se P (A) =
2
_ e P(‾ 1 , mostra que A e B
B) = _
A: sai o mesmo número às três pessoas. 3 4
não são incompatíveis.
‾.
Indica se os resultados seguintes pertencem a A
a) (2, 5, 6) b) (3, 4, 4) 33 Seja E, P (E), P um espaço de probabilida-
( )
de e sejam A, B å P (E) dois acontecimentos.
27 No lançamento de um dado cúbico, com as
Prova que, se A © B = O , então
faces numeradas de 1 a 6, considera os aconteci- ‾) - P (B) .
P(‾
A ∂ B) = P(A
mentos:
A: sai face par B: sai face menor do que três 34 Num baralho de 52 cartas, justifica que a pro-
Define em extensão o acontecimento contrário de: babilidade de «tirar ás ou copas» é:
a) B b) A ∂ B ‾
c) A © B d) B \ A 13 _
4 +_
_ - 1
52 52 52
28 Num espaço E , considera dois acontecimen-
35 Seja E, P (E), P um espaço de probabilida-
tos A e B , diferentes, não impossíveis nem certos. ( )
de e sejam A, B å P (E) dois acontecimentos.
Indica uma condição suficiente para:
Calcula:
a) A \ B = A b) A \ B = O
a) P(A ∂ B) , sabendo que P (A) = 0,4 , P (B
‾) = 0,3
e P(A © B) = 0,3 ;
29 Justifica que são verdadeiras as afirmações:
B) , sabendo que P (A) = 0,6 , P (B) = 0,7
‾∂‾
b) P(A
a) ‾ ‾=B∂‾
A©B A b) ‾
A©B©C=‾ B∂‾
A∂‾ C e P(A ∂ B) = 0,9 .

30 Se A e B são acontecimentos incompatíveis 36


de um espaço E , prova que: a) Sendo P (A) = 0,7 e P (B) = 0,4 as probabilidades
‾∂B
a) A ‾=E b) A © (B ∂ ‾
A) = O de dois acontecimentos A e B de um espaço E ,
determina quais os valores que P (A © B) e
31 Seja E, P (E), P um espaço de probabilida-
( ) P(A ∂ B) podem tomar.
de e sejam A, B å P (E) dois acontecimentos. b) Determina o maior valor que pode tomar
1 , P(B) = _
1 e P(A ∂ B) = _3
Se P(A) = _ , justifica A) , sabendo que P (A) = 0,6 e
P (B © ‾
4 2 5
que A e B não são incompatíveis. P (B) = 0,5 .

PROFESSOR b) Pertence a ‾
A. 28. a) A © B = O
36. a) P(A ∂ B) å [0,7; 1]
Soluções 27. a) ‾B = {3, 4, 5, 6} b) A ƒ B
P(A © B) å [0,1; 0,4]
25. A = {1, 2} e B = {3, 5, 6}
b) ‾
A∂B={ ‾1, 2, 4, 6} = {3, 5} 32. a) _1 b) 0,4
ou A = {2, 6} e B = {1, 5} ou 2
c) ‾
A©‾ B={ ‾4, 6} = {1, 2, 3, 5} 35. a) 0,8
A: sair n.° par e B: sair 3 ou 5.
‾ ‾
d) B \ A = {1} = {2, 3, 4, 5, 6} b) 0,6
26. a) Pertence a ‾
A.

Capítulo 1 | Definir espaços de probabilidade 81


37 Sejam A e B dois acontecimentos de um 43 Quatro raparigas e três rapazes vão ao cinema
espaço E . Prova que: e compram bilhetes para lugares consecutivos na
a) P(A © B) + P(‾
A∂‾ B) = 1 mesma fila. Distribuem os bilhetes ao acaso. Deter-
mina a probabilidade de:
B) + P(B) = P(A) + P(‾
b) P(A ∂ ‾ A ∂ B)
a) cada rapaz ficar entre duas raparigas;
38 Seja E, P (E), P um espaço de probabilidade b) os rapazes ficarem juntos e as raparigas também;
( )
e sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e c) os rapazes ficarem juntos;
B ƒ E). Tem-se P(A) = 0,6 e P(B) = 0,7 . d) a Ana e o Bruno, que são dois dos sete amigos,
não ficarem um ao lado do outro.
Mostra que A © B 0 O .
44 Uma pessoa vai adquirir um cartão multibanco.
39 Seja E, P (E), P um espaço de probabilidade e
( )
Admitindo que o respetivo código (constituído por
sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E).
quatro algarismos) é atribuído ao acaso, determina
Prova que P(‾
A) + P(B‾) ≤ 1 + P(‾
A ∂ B) .
a probabilidade de:
40 Lançam-se dois dados equilibrados, com as fa- a) o código ter os algarismos todos diferentes;
b) o código ter exatamente dois algarismos iguais a 5;
ces numeradas de 1 a 6. Determina a probabilidade
c) os algarismos do código ficarem dispostos por or-
de:
dem crescente.
a) a soma dos números saídos ser igual a 3;
Apresenta os resultados na forma de dízima.
b) a soma dos números saídos ser par;
c) o produto dos números saídos ser igual a 6; 45 Seis rapazes e seis raparigas vão dividir-se em
d) o produto dos números saídos ser par.
duas equipas de seis elementos cada uma, para dis-
41 Lançam-se três dados equilibrados, com as fa- putarem um jogo de voleibol. A divisão dos doze
jovens pelas duas equipas é feita ao acaso.
ces numeradas de 1 a 6. Determina a probabilidade
de os números saídos serem: Qual é a probabilidade de uma das equipas ficar
constituída só por rapazes e a outra só por raparigas?
a) todos iguais; b) todos diferentes.
46 Um código é formado por três letras (das 26
42 Um saco contém 15 bolas, numeradas de 1 a
do alfabeto português) seguidas de quatro algaris-
15. Ao acaso, tiram-se duas bolas do saco.
mos. Seleciona-se um código deste tipo ao acaso.
Determina a probabilidade de: Determina a probabilidade de esse código ter:
a) a soma dos números saídos ser igual a 10; a) pelo menos duas letras diferentes e os algaris-
b) a soma dos números saídos ser par; mos todos iguais;
c) o produto dos números saídos ser igual a 12; b) exatamente um K e exatamente dois algarismos
d) o produto dos números saídos ser um número iguais a 1.
primo; Apresenta os resultados na forma de dízima, com
e) o maior dos números saídos ser 9. sete casas decimais.

41. a) _ b) _ 43. a) _ b) _ 45. _


PROFESSOR 1 5 1 2 1
36 9 35 35 462
Soluções
c) _1 d) _
5
40. a) _1 42. a) _ 4 b) _7 46. a) 0,000 9985
105 15 7 7
18 b) 0,005 1846
b) _1 c) _1 d) _2 44. a) 0,504
2 35 35 b) 0,0486
_
c) 1 e) _
8
9 c) 0,021
105
d) _
3
4

82 Tema 2 | Probabilidades
47 Seja A o conjunto dos números naturais que 52 Num concurso, um concorrente deve tirar três
se escrevem com quatro algarismos diferentes. bolas de um saco que contém três bolas verdes,
Escolhe-se, ao acaso, um elemento do conjunto A . duas brancas e uma amarela. Ganha se as bolas tive-
Determina a probabilidade de esse número: rem cores diferentes e pode optar por fazer a extra-
ção com ou sem reposição.
a) ser múltiplo de 5;
Qual é a estratégia que mais o favorece?
b) ter exatamente um algarismo ímpar; E qual é a estratégia que mais o favorece se ganhar
c) ser menor do que 4300. quando as bolas têm a mesma cor?

48 Considera todas as capicuas que são números de 53 Tiram-se, sucessivamente e sem reposição,

cinco algarismos. Escolhida uma ao acaso, qual é a três cartas de um baralho de 52 cartas. Qual é a
probabilidade de que tenha os algarismos todos ím- probabilidade de tirar:
pares? a) três copas?
b) exatamente duas copas?
49 Um saco contém 15 bolas, das quais cinco são c) não mais do que duas copas?
vermelhas, oito brancas e duas amarelas. Tiram-se
sucessivamente, ao acaso e sem reposição, três bo- 54 Três casais vão ao cinema. Supondo que os
las do saco. Qual é a probabilidade de tirar três bo-
seis amigos se sentam, ao acaso, em seis lugares
las da mesma cor?
consecutivos, qual é a probabilidade de nenhum
dos casais ficar separado?
50 Tiram-se, sucessivamente e sem reposição,
duas cartas de um baralho de 40 cartas. Qual é a 3
55 Dos 80 alunos matriculados numa escola, _
probabilidade de tirar: 4
são raparigas. Escolhidos quatro alunos ao acaso,
a) dois reis? qual é a probabilidade de:
b) duas cartas de naipes diferentes? a) serem tantos rapazes como raparigas?
b) haver mais raparigas do que rapazes?
51 Um saco contém 15 bolas, das quais cinco são
vermelhas e as outras são azuis. Tiram-se sucessiva- 56 A turma do Tiago e da Leonor tem 28 alunos:
mente, ao acaso e sem reposição, três bolas. 16 rapazes e 12 raparigas. A professora vai escolher,
Qual é a probabilidade de obter: ao acaso, três alunos.
a) Qual é a probabilidade de serem escolhidos dois
a) três bolas da mesma cor?
rapazes e uma rapariga?
b) três bolas de cor diferente?
b) Qual é a probabilidade de o Tiago e a Leonor
c) apenas duas bolas da mesma cor? serem ambos escolhidos?

PROFESSOR 52. Bolas com cores diferentes: 23 * 3! 1


50. a) _ 12 = _ 1 54._ = _
Soluções 40 * 39 130 é melhor tirar sem reposição. 6! 15
47. a) _ b) _
85
c) _
10 10 * 10 * 12 10 Bolas com a mesma cor: é me- C2 * 20C2
b) _ = _
17 60

lhor tirar com reposição. 55. a) _ ) 0,21


81 378 27 40 * 39 13 80
C4
48. _
5 13 * 12 * 11
5 * 4 * 3 + 10 * 9 * 8 _
___________ 53. a) _ = _ 11 C3 * 20 + 60C4
60

36 51. a) =2 b) ___________ ) 0,74


PROFESSOR
c) {(30, 1),15(30,* 142)*}13 7 52p * 51 * 5p
50 850 f) {(- 1, 580)C, 4(- 1, 6), (0, 5),
_ ∂ _, 3
5*4*3+8*7*6 _ 130,*+12
c) ___________
___________
Soluções b) [ 6 [* 39[* 63 = _
66 b) 0 ]117
49. = 11. a) [ - 5, 3 [ (0, 6), (C2,2 5*), C(2,
16 12
), (4, 5),
56. a) _ 1 6_
* * 52 * 51 * 50 40
15
10. a) {6, 30} 14 13 455 5 * 4 * 10 * 3 + 10 * 9 * 5 * 3 850 =
b) ___________
c) {0} = d) [ - 5,11p [= _
28

b) {1, 2, 3, 4, 6, 10, 12, 15, 18} 15 * 14 * 13 c) 1 - _


839 (4,266C)} C3 91
=_
5 p]
e) ] 3, 850 850 b) _
28
1
= _ 1
7 C3 126

Capítulo 1 | Definir espaços de probabilidade 83


57 Num tabuleiro como o da figura vão colocar- vértices pertencem ao eixo Oy e os outros dois
vértices têm a mesma abcissa, a qual é negativa.
-se cinco peças vermelhas e quatro amarelas, uma
O eixo Ox é um eixo de simetria dessa base.
em cada casa.
a) Escolhem-se, ao acaso, dois vértices do prisma.
Qual é a probabilidade de a reta por eles definida
estar contida no plano yOz ?
b) Escolhe-se, ao acaso, um vértice em cada base
a) De quantas maneiras podem as peças ficar colo- do prisma. Qual é a probabilidade de a reta por
cadas? eles definida estar contida no plano yOz ?

b) Supondo que as peças são colocadas ao acaso, c) Escolhem-se, ao acaso, três vértices do prisma.
determina a probabilidade de: Qual é a probabilidade de o plano por eles defi-
nido ser perpendicular ao plano xOy ?
b1) pelo menos uma diagonal ficar só com peças
amarelas; d) Escolhem-se, ao acaso, dois vértices da base do
b2) pelo menos uma diagonal ficar só com peças prisma que está contida no plano xOy e um
vermelhas. vértice da outra base. Qual é a probabilidade de
o plano definido por esses três pontos ser perpen-
dicular ao plano xOz ?
58 Observa o cubo seguinte.

D C 60 Na figura estão re-


H G
B
A presentados dois poliedros, N
I
J o cubo [ABCDEFGH] e E F
E o octaedro [IJKLMN] (o
H M K
L vértice L do octaedro não J
F G
está visível). Cada vértice D C
do octaedro pertence a I
a) Com os pontos A , B , C , D , E , F , G , H , I ,
uma face do cubo. A B
J e L , quantas retas podem ser definidas?
a) Escolhe-se, ao acaso, um vértice em cada polie-
b) Escolhidos três dos pontos ao acaso, qual é a
dro. Qual é a probabilidade de a reta por eles de-
probabilidade de que definam um plano que
finida ser perpendicular ao plano AEG ?
contenha uma das faces do cubo?
b) Escolhem-se, ao acaso, três dos catorze vértices
dos dois poliedros. Qual é a probabilidade de
59 Considera, num referencial o.n. Oxyz , um
esses três pontos serem colineares?
prisma pentagonal regular. Uma das bases do pris-
ma está contida no plano xOy . Nessa base, um
dos vértices pertence ao semieixo positivo Ox , dois

PROFESSOR 58. a) 11C2 - 2 - 5 = 48 ou 59. a) _2 b) _


4
15 25
Soluções 8
C2 + 2 * 6 + 1 * 6 + 1 * 2
c) _1 d) _2
57. a) C5 ou C4 = 126
9 9 4
C3 * 3 + 7C3 + 6C3 + 5C3 - 10
b) ___________ 11
= 3 25
6*2 _ C3
b1) _9
=2 = _67
60. a) _1 b) _
3
C4 21 165 12 91
6
C2 * 2 - 1 _
b2) _
29
9
=
C4 126

84 Tema 2 | Probabilidades
2 ângulos
Probabilidades
1. Extensão da trigonometria
2.aDefinir probabilidade
retos e obtusos
econdicionada
resolução de triângulos

Probabilidade condicionada
SERÁ QUE…? Bolas numa caixa

Uma caixa contém seis bolas brancas e quatro bolas pretas.


Resolução
Exercícios de «Definir
probabilidade
condicionada»

Ao acaso, retira-se uma bola da caixa. Não se repõe essa bola na caixa.
Novamente ao acaso, retira-se uma segunda bola da caixa.
Qual é a probabilidade de essa segunda bola ser branca, sabendo que a pri-
meira bola que se retirou era preta?
Será que consegues resolver este problema?

No problema que te propusemos, pedia-se a probabilidade de um acontecimen-


to A , sabendo que ocorreu um acontecimento B . Dá-se o nome de probabili-
dade condicionada a uma tal probabilidade.

Tendo em vista a formalização deste conceito, comecemos por resolver um pro-


blema:

A distribuição dos alunos de uma turma, por idade e sexo, é a seguinte:

Raparigas Rapazes
12 anos 9 6
13 anos 3 12

Escolhe-se, ao acaso, um aluno desta turma.


Sejam A e B os acontecimentos:
A: o aluno escolhido é rapaz B: o aluno escolhido tem 13 anos
Qual é a probabilidade de ocorrer A , sabendo que ocorreu B ?

Sabemos que ocorreu B , pelo que o aluno escolhido tem 13 anos. Como a turma
tem 15 alunos com 13 anos, existem 15 casos possíveis, dos quais 12 são favo-
ráveis ao acontecimento A .
12 = _
Tem-se, assim, que a probabilidade pedida é _ 4.
15 5

Note-se agora que, se dividirmos ambos os termos da fração _12 por 30 (total
15
12
_
30
de alunos da turma), vem que a probabilidade pedida é dada por ___ .
15
_
30

Capítulo 2 | Definir probabilidade condicionada 85


Ora,
•_12 é a probabilidade de, ao escolher ao acaso um aluno da turma, o aluno
30
escolhido ser rapaz e ter treze anos, ou seja, é P (A © B) ;
15
• _ é a probabilidade de, ao escolher ao acaso um aluno da turma, o aluno
30
escolhido ter treze anos, ou seja, é P (B) .
Concluímos, assim, que, neste caso, a probabilidade de ocorrer A , sabendo
P (A © B)
que B ocorreu, é dada por ________ .
P (B)
Suponhamos agora, mais geralmente, que temos um espaço de probabilidade
(E, P (E), P) em que o espaço amostral E é finito e em que os acontecimentos
elementares são equiprováveis, ou seja, suponhamos que estamos nas condições em
que a probabilidade de um acontecimento pode ser calculada pela regra de Laplace.
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E). Suponhamos que se pre-
NOTA tende determinar a probabilidade de ocorrer A , sabendo que B ocorreu.
* Tal equivale a dizer que B passa a Como sabemos que B ocorreu, os casos possíveis são os elementos de B* , pelo
ser o novo espaço amostral. No fun-
que o número de casos possíveis é #B .
do, tudo se passa como se fizésse-
mos um zoom sobre o aconteci- Destes casos possíveis, os favoráveis a A são os elementos de B que também
mento B , ignorando o que se passa
fora de B . pertencem a A , ou seja, os casos favoráveis são os elementos de A © B . O número
de casos favoráveis é, portanto, #(A © B) .
Esquematizando a situação, tem-se:

Portanto, a probabilidade de ocorrer A , sabendo que B  ocorreu, é dada


E
#(A © B)
A傽B
A por ________ .
B
#B
#(A © B)
________
#(A © B) #E P(A © B)
Tem-se: ________ = _________ = _________
#B #B
___ P(B)
#E
A傽B
B
As considerações anteriores conduzem naturalmente à seguinte definição:

Seja E o espaço amostral associado a uma experiência aleatória.


NOTA Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), com P(B) 0 0 .
O símbolo | em P(A | B) lê-se «se» A probabilidade de A se realizar sabendo que B se realizou representa-se
ou «dado» ou «sabendo que». por P(A | B) e é definida por:
P(A © B)
P(A | B) = _______
P(B)

Tem-se a seguinte propriedade:

Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade.


Seja B um acontecimento (B ƒ E), com P(B) 0 0 .
Seja PB a função de domínio P (E) tal que, para qualquer A å P (E) se tem
PB(A) = P(A | B) .
Então, a função PB é uma probabilidade em P (E) , isto é, a função PB veri-
fica os três axiomas da axiomática de Kolmogorov.

86 Tema 2 | Probabilidades
Demonstração NOTA
P(A © B)
1. Tem-se, para qualquer A å P (E) , PB(A) = P(A | B) = _______ .
Mostrar que a função PB verifica os
P(B) três axiomas de Kolmogorov é mos-
trar que:
Como P é uma probabilidade, tem-se P(A © B) ≥ 0 e P(B) > 0
1. AA å P (E), PB(A) ≥ 0
(note-se que, por hipótese, P(B) 0 0). 2. PB(E) = 1
P(A © B)
Portanto, tem-se _______ ≥ 0 , ou seja, tem-se PB(A) ≥ 0 . 3. X © Y = O ± PB(X ∂ Y) = PB(X) + PB(Y)
P(B) quaisquer que sejam os aconteci-
P(E © B) P(B) mentos X e Y .
2. Tem-se PB(E) = P(E | B) = _______ = ____ = 1 .
P(B) P(B)
3. Sejam X e Y pertencentes a P (E) tais que X © Y = O.
Tem-se PB(X ∂ Y) = P(X ∂ Y | B) =
NOTA
P((X ∂ Y) © B) P((X © B) ∂ (Y © B)) *
= ____________ = _________________ = * Como X © Y = O , tem-se
P(B) P(B) (X © B) © (Y © B) = O , pelo que
P(X © B) + P(Y © B) P(X © B) P(Y © B)
= _________________ = ________ + _______ = P((X © B) ∂ (Y © B)) =
P(B) P(B) P(B) = P(X © B) + P(Y © B)
= P(X | B) + P(Y | B) = PB(X) + PB(Y)

Está assim demonstrado que a função PB é uma probabilidade em P (E) .


Nota que, como a função PB é uma probabilidade em P (E) , todos os teoremas
que foram deduzidos a partir da axiomática de Kolmogorov são válidos para a
função PB . Assim, tem-se, por exemplo, que:
A | B) = 1 - P(A | B)
‾) = 1 - PB(A) , ou seja, P(‾
• PB(A
• PB(X ∂ Y) = PB(X) + PB(Y) - PB(X © Y) , ou seja,
P(X ∂ Y | B) = P(X | B) + P(Y | B) - P(X © Y | B)

Exercícios resolvidos
61 Seja E, P (E), P um espa-
1. Seja E o espaço amostral associado a uma experiência aleatória. ( )
ço de probabilidade. Sejam A
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E). e B dois acontecimentos
(A ƒ E e B ƒ E).
Sabe-se que P(A ∂ B) = 0,6 , P(A) = 0,4 e P(B) = 0,3 .
Sabe-se que:
Qual é o valor de P(A | B) ? • P (A) = 0,7
Resolução • P (B) = 0,5
Tem-se P(A ∂ B) = P(A) + P(B) - P(A © B) , pelo que • P (A | B) = 0,4
Qual é o valor de P(A ‾©‾ B) ?
0,6 = 0,4 + 0,3 - P(A © B) , donde vem P(A © B) = 0,1 .
P(A © B) 0,1 1
Portanto, P(A | B) = _______ = _ = _ .
P(B) 0,3 3

2. Seja E o espaço amostral associado a uma experiência aleatória.


Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), ambos com proba-
bilidade não nula.
a) Prova que P (A | A) = 1 e interpreta esta igualdade.
b) Prova que P(‾
A | A) = 0 e interpreta esta igualdade.
P ( A) PROFESSOR
c) Prova que, se A ƒ B então P (A | B) = _____ . Soluções
P (B)
61. 0,1
continua

Capítulo 2 | Definir probabilidade condicionada 87


continuação
62 Seja (E, P (E), P) um espa-
ço de probabilidade. Sejam A Resolução
P(A © A) P(A)
a) P(A | A) = ________ = _____ = 1
e B dois acontecimentos
(A ƒ E e B ƒ E), ambos com P(A) P(A)
probabilidade não nula.
É certo que A acontece, sabendo que A acontece.
Sabe-se que A ƒ B .
Prova que P(B ‾ | A) = 0 . P(‾
‾ | A) = ________ P(O) ____
A © A) ____ 0
b) P(A = = =0
P(A) P(A) P(A)
É impossível que A não aconteça, sabendo que A acontece.
63 Escolhe-se, ao acaso, um
P(A © B) P(A)
aluno de uma escola. c) P(A | B) = _______ = _____ (pois A ƒ B ± A © B = A)
P(B) P(B)
Sejam M e N os acontecimen-
tos:
M: o aluno é do sexo masculino 3. Numa empresa trabalham homens e mulheres. Alguns trabalhadores da
N: o aluno frequenta o 9.° ano empresa são licenciados, outros não. Escolhe-se, ao acaso, um trabalha-
Utilizando os acontecimentos dor dessa empresa. Sejam H e L os acontecimentos:
M e N , a simbologia associa- H: o trabalhador é um homem
da aos conceitos de probabili-
L: o trabalhador é licenciado
dade e de probabilidade condi-
cionada e os símbolos de união, Utilizando os acontecimentos H e L , a simbologia associada aos conceitos
interseção e complementar, tra-
duz simbolicamente as seguin- de probabilidade e de probabilidade condicionada e os símbolos de união,
tes afirmações: interseção e complementar, traduz simbolicamente as seguintes afirmações:
a) Um quinto dos alunos fre- a) 52% dos trabalhadores da empresa são mulheres.
quentam o 9.° ano.
b) 8% dos trabalhadores da empresa são mulheres licenciadas.
b) 58% dos alunos são raparigas.
c) 40% dos trabalhadores da empresa são homens não licenciados.
c) 7% dos alunos são rapazes
d) Metade dos licenciados são homens.
que frequentam o 9.° ano.
e) Um sexto dos homens são licenciados.
d) 65% dos alunos do 9.° ano
são raparigas. Resolução
e) Um sexto dos rapazes fre- a) P(‾
H) = 0,52 b) P(‾
H © L) = 0,08 ‾) = 0,4
c) P(H © L
quenta o 9.° ano. 1 1
d) P(H | L) = _ e) P(L | H) = _
2 6
64
4. a) Seja E o espaço amostral associado a uma experiência aleatória.
a) Seja E o espaço amostral as-
sociado a uma experiência Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), com P(B) 0 0 .
aleatória.
Prova que P(‾ A) - P(B) + P(A | B) * P(B) .
A © B) = P(‾
Sejam A e B dois aconteci-
mentos (A ƒ E e B ƒ E), b) Utiliza a igualdade enunciada em a) para resolveres o seguinte problema:
ambos com probabilidade Das alunas de uma escola, sabe-se que:
não nula.
• a quinta parte tem olhos verdes;
Prova que:
‾∂B
P(A ‾) = 1 - P(A) * P(B | A) • a terça parte tem cabelo loiro;
• das que têm cabelo loiro, metade tem olhos verdes.
b) Utiliza a igualdade da alínea
anterior na resolução do se- Escolhendo aleatoriamente uma aluna dessa escola, qual é a probabili-
guinte problema: dade de ela não ter olhos verdes nem ser loira?
Num clube desportivo, um
terço dos atletas pratica fute- Resolução
bol. Metade dos praticantes a) Tem-se:
de futebol pratica voleibol.
Escolhido, ao acaso, um atle- ‾©B
P(A A ∂ B) = 1 - P(A ∂ B) =
‾) = P(‾
ta desse clube, qual é a pro- = 1 - [P(A) + P(B) - P(A © B)] = 1 - P(A) - P(B) + P(A © B) =
babilidade de ele não prati-
P(A © B)
car pelo menos um destes = 1 - P(A) - P(B) + _______ * P(B) = P(‾
A) - P(B) + P(A | B) * P(B)
dois desportos? P(B)
continua

88 Tema 2 | Probabilidades
continuação

b) Sejam A e B os acontecimentos:
A: a rapariga tem olhos verdes B: a rapariga é loira
Tem-se então: P(A) = _ 1 , P(B) = _
1 e P(A | B) = _1
5 3 2
A probabilidade de a rapariga não ter olhos verdes nem ser loira é
P(‾
A©B ‾). Recorrendo à igualdade enunciada em a), tem-se:

P(‾ A) - P(B) + P(A | B) * P(B) =


‾) = P(‾
A©B
4-_ 1+_1*_ 1=_ 4-_ 1+_ 1=_19
=_
5 3 2 3 5 3 6 30

5. Uma caixa A contém uma bola vermelha e duas bolas azuis. 65 Uma caixa A contém seis
Uma caixa B contém uma bola azul. bolas e uma caixa B contém
oito bolas. Lança-se um dado
Considera a seguinte experiência: tiram-se, ao acaso, duas bolas da caixa A equilibrado, com as faces nu-
e colocam-se essas duas bolas na caixa B. Em seguida, tira-se, ao acaso, meradas de 1 a 6, e transferem-
uma bola da caixa B. -se da caixa A para a caixa B
tantas bolas quantas o número
Considera os seguintes acontecimentos: saído no dado. Em seguida,
X: as bolas retiradas da caixa A não são da mesma cor lança-se novamente o dado e
transferem-se da caixa B para a
Y: a bola retirada da caixa B é azul caixa A tantas bolas quantas o
‾ | X) e qual é o valor de P(Y | ‾
Qual é o valor de P(Y X) ? número saído no dado.
Sejam X e Y os acontecimen-
Resolução
tos:
P(Y‾ | X) é a probabilidade de a bola retirada da caixa B não ser azul, X: sai o número 3 no primeiro
sabendo que as bolas retiradas da caixa A não são da mesma cor. Ora, se lançamento do dado
as bolas retiradas da caixa A não são da mesma cor, então uma é verme- Y: no final, ficam mais bolas na
caixa A do que na caixa B
lha e a outra é azul. Essas duas bolas são colocadas na caixa B, que fica
com uma bola vermelha e duas azuis. Neste caso, a probabilidade de a Indica, justificando, o valor de
1. P(Y | X) .
bola retirada da caixa B não ser azul é igual a _
3
( ‾)
P Y | X é a probabilidade de a bola retirada da caixa B ser azul, sabendo
que as bolas retiradas da caixa A são da mesma cor. Ora, se as bolas reti-
radas da caixa A são da mesma cor, então são ambas azuis. Essas duas
bolas são colocadas na caixa B, que fica com três bolas azuis. Neste caso,
a probabilidade de a bola retirada da caixa B ser azul é igual a 1.
Assim, P(Y 1 e P(Y | ‾
‾ | X) = _ X) = 1 .
3 PROFESSOR
Soluções

Para resolver o exercício anterior (exercício 5), recorreu-se à interpretação de 63. a) P(N) = _1 b) P(‾
M) = 0,58
5
P(A | B) como sendo a probabilidade de A acontecer, sabendo que B aconteceu. c) P(M © N) = 0,07 d) P(‾ M | N) = 0,65
P(A © B) e) P(N | M) = _ 1
Não se utilizou a fórmula P(A | B) = _______ . 6
P(B)
64. b) 1 - _1 * _1 = _
5
A resolução que apresentámos ilustra uma situação que ocorre com frequência. 3 2 6
Muitas vezes, é mais fácil determinar P(A | B) recorrendo à referida interpreta-
65. P(Y | X) = _1
ção do que calcular P(A © B) e P(B) . 3
P(A © B)
Aliás, como vamos ver a seguir, a fórmula P(A | B) = _______ é utilizada mui- Mais sugestões de trabalho
P(B)
Exercícios propostos n.os 77 a 86
tas vezes, não para determinar uma probabilidade condicionada, mas sim para (págs. 104 e 105).
calcular a probabilidade da interseção de dois acontecimentos.

Capítulo 2 | Definir probabilidade condicionada 89


66 Uma caixa contém bolas Probabilidade da interseção de dois
brancas e bolas pretas, num to-
tal de 17 bolas. Tiram-se ao acontecimentos
acaso, sucessivamente e sem re-
posição, duas bolas da caixa. Seja E o espaço amostral associado a uma experiência aleatória e sejam X e Y
A probabilidade de serem ambas
5 dois acontecimentos (X ƒ E e Y ƒ E), ambos com probabilidade não nula.
brancas é _ .
68 P(X © Y) P(X © Y)
Quantas bolas brancas existem Das igualdades P(Y | X) = ________ e P(X | Y) = ________ resulta que:
P(X) P(Y)
inicialmente na caixa?
P(X © Y) = P(X) * P(Y | X) e P(X © Y) = P(Y) * P(X | Y)
67 Uma caixa A contém três
bolas amarelas e quatro bolas
verdes. Uma caixa B contém Estas igualdades podem ser enunciadas do seguinte modo:
cinco bolas azuis e duas bolas
vermelhas. Lança-se um dado A probabilidade da interseção de dois acontecimentos é igual ao produto da
equilibrado, com as faces nume- probabilidade de um deles pela probabilidade do outro, sabendo que o pri-
radas de 1 a 6. Se sair um núme- meiro aconteceu.
ro maior do que 4, tira-se uma
bola da caixa A; caso contrário,
tira-se uma bola da caixa B.
Qual é a probabilidade de, no Exercícios resolvidos
final da experiência, sair uma
bola vermelha? Apresenta a res- 1. Uma caixa contém cinco bolas brancas e cinco bolas pretas.
posta na forma de fração irre- Tiram-se ao acaso, sucessivamente e sem reposição, duas bolas da caixa.
dutível.
Qual é a probabilidade de serem ambas brancas?
68 Seja E o espaço amostral Resolução
associado a uma experiência Sejam X e Y os acontecimentos:
aleatória. Sejam A , B e C X: a primeira bola que se retira é branca
três acontecimentos (A ƒ E ,
B ƒ E e C ƒ E), tais que Y: a segunda bola que se retira é branca
P(A © B) 0 0 . 1 e P(Y | X) = _4 . Pretende-se determinar P(X © Y) .
Tem-se P(X) = _
a) Justifica que P(A) 0 0 . 2 9
Tem-se P X © Y = P X * P(Y | X) = _
( ) ( ) 1*_ 4=_ 2.
b) Prova que: 2 9 9
P(A © B © C) =
= P(A) * P(B | A) * P(C | A © B) 2. Numa escola existem cinco turmas do 12.° ano, sendo uma delas o 12.° C.
c) Utiliza a igualdade da alínea Nesta turma, o número de rapazes é o dobro do número de raparigas.
anterior na resolução do se- A direção da escola vai oferecer uma viagem a um aluno do 12.° ano.
guinte problema: Para tal, vai escolher ao acaso uma turma do 12.° ano e, em seguida, vai
Uma caixa contém três bolas escolher, também ao acaso, um aluno dessa turma. Qual é a probabilidade
brancas e três bolas pretas.
de a viagem sair a uma aluna do 12.° C?
Tiram-se ao acaso, sucessi-
vamente e sem reposição, Resolução
três bolas da caixa. Qual é a
Do enunciado conclui-se que o número de raparigas na turma C é _ 1 do
probabilidade de serem to- 3
das brancas? Apresenta a 2 do total de alu-
total de alunos da turma e que o número de rapazes é _
resposta na forma de fração 3
irredutível. nos da turma.
Sejam, agora, X e Y os acontecimentos:
PROFESSOR
X: a turma escolhida é a turma C
Soluções
Y: o aluno escolhido é uma rapariga
66. 5
Tem-se P(X) = _ 1 e P(Y | X) = _
1 . Pretende-se determinar P(X © Y) .
67. _
2 *_2=_ 4
5 3
3 7 21
Tem-se P(X © Y) = P(X) * P(Y | X) = _ 1*_ 1=_ 1 .
68. c) _ * _
3 2 _1 _ 5 3 15
* = 1
6 5 4 20

90 Tema 2 | Probabilidades
Teorema da probabilidade total
Comecemos por demonstrar o resultado seguinte:
PROFESSOR
Teorema
Gestão curricular
Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade e sejam A e B dois aconte- Este conteúdo (descritor 2.5) poderá ser
considerado facultativo se não houver
cimentos (A ƒ E e B ƒ E), com P(B) 0 0 e P(B ‾) 0 0 .
tempo para lecionar todos os conteú-
dos do 12.° ano.
Então, P(A) = P(B) * P(A | B) + P(‾ ‾) .
B) * P(A | B

Demonstração Resolução
Exercício 68 (resolução
Um dos teoremas que foi demonstrado a partir da axio- B B
passo a passo)
A
mática de Kolmogorov foi:
P(A) = P(A © B) + P(A © ‾
B)

Ora, P(A © B) = P(B) * P(A | B) e P(A © ‾


B) = P(‾
B) * P(A | ‾
B) .
B) = P(B) * P(A | B) + P(B
Vem, então: P(A) = P(A © B) + P(A © ‾ ‾) * P(A | B
‾)

Exercícios resolvidos
69 Um estudo efetuado a uma
1. Uma caixa R contém cinco bolas azuis e três bolas verdes. certa marca de iogurtes revelou
que:
Uma caixa S contém quatro bolas azuis e seis bolas verdes.
• se um iogurte está dentro do
Lança-se um dado. Se sair 1 ou 2, tira-se uma bola da caixa R. Se sair 3, 4, prazo de validade, a probabili-
dade de estar estragado é 0,01;
5 ou 6, tira-se uma bola da caixa S.
• se um iogurte está fora do
Qual é a probabilidade de a bola extraída ser azul? prazo de validade, a probabili-
dade de estar estragado é 0,7;
Resolução Num certo dia, uma mercearia
tem oito iogurtes dessa marca,
Sejam os acontecimentos: dos quais dois estão fora de
prazo. Escolhendo, ao acaso,
A: sair bola azul
um desses oito iogurtes, qual é
B: sair face 1 ou 2 no lançamento do dado a probabilidade de estar estra-
gado? Apresenta a resposta na
2=_
1 2 forma de dízima.
Tem-se: P(B) = _ B) = _
P(‾
6 3 3
5
P(A | B) = _ (se sai face 1 ou 2, a bola é retirada da caixa R, pelo que
8
5
a probabilidade de ela ser azul é _)
8
‾) = _
P(A | B 4 se sai face 3, 4, 5 ou 6, a bola é retirada da caixa S, pelo
10 (
que a probabilidade de ela ser azul é _ 4
10 )
Vem, então:

P(A) = P(B) * P(A | B) + P(B


‾) * P(A | B
‾) =
PROFESSOR
5 _
1*_ 5 _ 8 _19
=_ +2*_
4 =_ + = Soluções
3 8 3 10 24 30 40
69. _ * 0,01 + _1 * 0,7 = 0,1825
3
4 4
continua

Capítulo 2 | Definir probabilidade condicionada 91


continuação

2. Tiram-se ao acaso, sucessivamente e sem reposição, duas bolas de uma


caixa que contém três bolas brancas e três bolas pretas. Qual é a probabi-
lidade de a segunda bola retirada ser branca?
Resolução

Sejam os acontecimentos:
A: a segunda bola retirada é branca
B: a primeira bola retirada é branca
3 1 1
Tem-se: P(B) = _ = _ P(B‾) = _
6 2 2
P(A | B) = 2
_ (se a primeira bola retirada é branca, ficam na caixa duas
70 De um baralho de cartas
5
completo, tiram-se ao acaso, bolas brancas e três bolas pretas)
sucessivamente e sem reposição, 3
duas cartas. ‾) = _
P (A | B (se a primeira bola retirada é preta, ficam na caixa três
5
Qual é a probabilidade de a bolas brancas e duas bolas pretas)
segunda carta ser de ouros?
Vem, então P(A) = P(B) * P(A | B) + P(B
‾) * P(A | B
‾) =
Apresenta a resposta na forma
2+_
1*_ 3 _
1*_ 3 5 1
de fração irredutível. =_ = 2 +_=_=_
2 5 2 5 10 10 10 2

3. Duas urnas, X e Y, contêm bolas verdes e pretas.


A urna X contém cinco bolas verdes e duas bolas pretas.
A urna Y contém quatro bolas verdes e três bolas pretas.
a) Vai ser retirada uma bola da urna X e colocada na urna Y e, de seguida,
vai ser retirada uma bola da urna Y.
Determina a probabilidade de esta bola ser preta.
b) Considera as urnas X e Y com os seus conteúdos iniciais. É selecionada
uma urna ao acaso e retirada uma bola dessa urna.
71 A Teresa tem no bolso três Determina a probabilidade de a bola ter sido retirada da urna X saben-
dados cúbicos, com as faces do que é verde.
numeradas de 1 a 6. Os dados
são aparentemente iguais. Po- Resolução
rém, dois são equilibrados e a) Sejam os acontecimentos:
um é viciado. A probabilidade
de obter face 6 no dado viciado A: a bola retirada da urna Y é preta
é _ 1 . A Teresa escolheu, ao
3 B: a bola retirada da urna X é preta
acaso, um dos três dados e lan-
2 5
çou-o, tendo obtido face 6. Tem-se: P(B) = _ P(B‾) = _
7 7
Qual é a probabilidade de ter
4 (se a bola retirada da urna X é preta, ficam na urna Y
P(A | B) = _
lançado o dado viciado?
8
Apresenta a resposta na forma quatro bolas verdes e quatro bolas pretas)
de fração irredutível.
3
‾) = _
P (A | B (se a bola retirada da urna X é verde, ficam na urna Y
8
PROFESSOR cinco bolas verdes e três bolas pretas)
Soluções
Vem, então P(A) = P(B) * P(A | B) + P(‾ ‾) =
B) * P(A | B
70. _1
5 _
4+_
2*_ 3 8 15 23
4 =_ * =_+_=_
71. _
1 7 8 7 8 56 56 56
2
continua

92 Tema 2 | Probabilidades
continuação

b) Sejam os acontecimentos:
V: a bola retirada é verde X: a bola foi retirada da urna X
Pretende-se determinar P(X | V) .
1 1 5 4
Tem-se: P(X) = _ X) = _
P(‾ P(V | X) = _ X) = _
P(V | ‾
2 2 7 7
Portanto, P(V) = P(X) * P(V | X) + P(‾
X) * P(V | ‾X) =
1*_
_ 5
P(X © V) P_____________
________ (X) * P(V | X) ______
2 7 5
P(X|V) = = = =_
P(V) P(V) _ 9 9
14

O teorema enunciado na página 91 pode ser ge- B1 B2 B3 … Bn


neralizado do modo seguinte: A

Imaginemos que temos n acontecimentos B1 ,


B2 , … , Bn , disjuntos dois a dois, cuja união é o
espaço amostral E .
Dizemos, então, que temos uma partição de E .
Suponhamos ainda que P(Bi) 0 0 , para 1 ≤ i ≤ n .
Seja A ƒ E .
Tem-se, então, que:
P(A) = P(A © E) = P [A © (B1 ∂ B2 ∂ … ∂ Bn)] = NOTA

* *  Por hipótese, os acontecimentos


= P [(A © B1) ∂ (A © B2) ∂ … ∂ (A © Bn)] = B1 , B2 , … , Bn são disjuntos dois a
= P(A © B1) + P(A © B2) + … + P(A © Bn) = dois. Portanto, os acontecimentos
A © B1 , A © B2 , … , A © Bn também
= P(B1) * P(A | B1) + P(B2) * P(A | B2) + … + P(Bn) * P(A | Bn) são disjuntos dois a dois.

Este resultado designa-se por teorema da probabilidade total.

Exercício resolvido
Num certo país, existem três empresas de telemóveis, X, Y e Z, com quo-
tas de mercado de 30%, 50% e 20%, respetivamente.

Num estudo de mercado concluiu-se que:


• 70% dos utilizadores da empresa X estão satisfeitos;
• 80% dos utilizadores da empresa Y estão satisfeitos;
• 60% dos utilizadores da empresa Z estão satisfeitos.

a) Escolhe-se, ao acaso, um utilizador de telemóvel.


Qual é a probabilidade de ele estar satisfeito com o serviço?

b) Escolhe-se, ao acaso, um utilizador de telemóvel. Verifica-se que ele


está satisfeito com o serviço.
Qual é a probabilidade de ele ser cliente da empresa X?
Apresenta o resultado na forma de dízima, arredondado às centésimas.
continua

Capítulo 2 | Definir probabilidade condicionada 93


continuação
72 Uma fábrica utiliza três má-
quinas diferentes para produzir Resolução
um certo tipo de peças. A má- a) Sejam os acontecimentos:
quina A produz metade do to-
tal da produção e as máquinas
A: o utilizador está satisfeito com o serviço
B e C dividem a restante pro- B1: o utilizador é cliente da empresa X
dução em partes iguais. Cerca B2: o utilizador é cliente da empresa Y
de 98,5% da produção da má-
quina A não tem defeito; a má- B3: o utilizador é cliente da empresa Z
quina B produz cerca de 2% de Tem-se: P(B1) = 0,3 ; P(B2) = 0,5 ; P(B3) = 0,2
peças defeituosas e a máquina C
produz cerca de 3% de peças P(A | B1) = 0,7 ; P(A | B2) = 0,8 ; P(A | B3) = 0,6
defeituosas. Portanto,
a) Selecionando aleatoriamente P(A) = P(B1) * P(A | B1) + P(B2) * P(A | B2) + P(B3) * P(A | B3) =
uma peça do referido tipo,
produzida nessa fábrica, qual = 0,3 * 0,7 + 0,5 * 0,8 + 0,2 * 0,6 = 0,21 + 0,4 + 0,12 = 0,73
é a probabilidade de que seja
P(B1 © A) P(B1) * P(A | B1)
defeituosa? Apresenta a res- b) Tem-se P(B1 | A) = _________ = ______________ =
posta na forma de dízima. P(A) P(A)
0,3 * 0,7 0,21
b) Foi selecionada uma das pe- = _ = _ ) 0,29
ças ao acaso e verificou-se 0,73 0,73
que era defeituosa. Qual é a
probabilidade de ter sido
produzida pela máquina C?
Apresenta a resposta na for-
ma de dízima.
Tabelas e diagramas em árvore
Muitos problemas que envolvem interseção de acontecimentos e/ou o conceito
de probabilidade condicionada podem ser facilmente resolvidos utilizando uma
tabela ou um diagrama em árvore. Vamos ver um exemplo.

Consideremos o seguinte problema:

Realizou-se em Portugal um acampamento internacional de juventude, no


qual participaram jovens de ambos os sexos, portugueses e estrangeiros.
Sabe-se que:
• um quinto dos jovens eram portugueses;
• metade dos estrangeiros eram do sexo feminino;
• 60% dos portugueses eram rapazes.
No último dia, a organização sorteou um prémio entre todos os jovens parti-
PROFESSOR cipantes no acampamento. Sabe-se que o prémio saiu a uma rapariga. Qual é
Soluções a probabilidade de ela ser estrangeira?
72. a) 0,02
b) 0,375 Vamos resolver este problema por três processos.

94 Tema 2 | Probabilidades
Primeiro processo
Relativamente à experiência aleatória «sorteio de um prémio, entre todos os
jovens participantes no acampamento», sejam os acontecimentos:
E: o jovem é estrangeiro
F: o jovem é do sexo feminino
De acordo com os dados do problema, tem-se:
• um quinto dos jovens eram portugueses " P(E 1 = 0,2
‾) = _
5
1 = 0,5
• metade dos estrangeiros eram do sexo feminino " P(F | E) = _
2
• 60% dos portugueses eram rapazes " P(‾ ‾) = 0,6
F|E
Pretende-se determinar P(E | F) .
Tem-se:
P(E © F) P(E) * P(F | E) 0,8 * 0,5 5
P(E | F) = _______ = ____________________________ = ___________ = _
P(F) P(E) * P(F | E) + P(E
‾) * P(F | E
‾) 0,8 * 0,5 + 0,2 * 0,4 6

Segundo processo (por meio de uma tabela)


Comecemos por construir uma tabela de dupla entrada:

N E T
N - nacional (português)
E - estrangeiro
F
F - sexo feminino
M
M - sexo masculino
T 1
T - total

De acordo com o enunciado, tem-se:


• um quinto dos jovens eram portugueses N E T
1 = 0,2
P(N) = _ P(E) = 1 - 0,2 = 0,8 F
5
M
T 0,2 0,8 1
• metade dos estrangeiros eram do sexo N E T
feminino F 0,4
P(E © F) = P(E) * P(F | E) = M
= 0,8 * 0,5 = 0,4 T 0,2 0,8 1
• 60% dos portugueses eram rapazes N E T
P(N © M) = P(N) * P(M | N) = F 0,4
= 0,2 * 0,6 = 0,12 M 0,12
T 0,2 1
• Preenchemos agora o resto da tabela: N E T
0,2 - 0,12 = 0,08 0,08 + 0,4 = 0,48 F 0,08 0,4 0,48
0,8 - 0,4 = 0,4 0,12 + 0,4 = 0,52 M 0,12 0,4 0,52
T 0,2 0,8 1
Pretende-se determinar P(E | F) .
P(E © F) 0,4 5
Tem-se P(E | F) = _______ = _ = _ .
P(F) 0,48 6

Capítulo 2 | Definir probabilidade condicionada 95


73 Utiliza uma tabela ou um Terceiro processo (através de um diagrama em árvore)
diagrama em árvore para resol-
ver o seguinte problema: De acordo com o enunciado, tem-se:
Relativamente aos funcionários • um quinto dos jovens eram portugueses 2
de uma empresa, sabe-se que: 0,
1 = 0,2
P(N) = _ N
• o número de homens é o do- 5
bro do número de mulheres; P(E) = 1 - 0,2 = 0,8 0,
E
8
• metade dos funcionários vai
de automóvel para o trabalho;
• dos funcionários que não vão
• 60% dos portugueses eram rapazes 0,4
de automóvel para o trabalho, P(M | N) = 0,6 1 - 0,6 = 0,4 F
60% são mulheres. ,2 M
0
0,6
Escolhendo, ao acaso, um fun- N
cionário dessa empresa, qual é • metade dos estrangeiros eram do sexo femi-
E 0,5
a probabilidade de ser um ho- nino 0,
8 F
mem, sabendo que vai de auto- P(F | E) = 0,5 1 - 0,5 = 0,5 M
móvel para o trabalho? Apre- 0,5
senta a tua resposta na forma
de fração irredutível.
Podemos agora determinar as probabilidades das interseções:

P(N © F) = 0,2 * 0,4 = 0,08 0,4


0,08
F
P(N © M) = 0,2 * 0,6 = 0,12
2 M
0,
P(E © F) = 0,8 * 0,5 = 0,4 N
0,6
0,12

P(E © M) = 0,8 * 0,5 = 0,4 0,


E 0,5 0,4
8 F
M
0,5
0,4

Pretende-se determinar P(E | F) .


0,08
PROFESSOR 0,4
Tem-se:
Soluções F
P(E © F) 0,4 5
73. _ P(E | F) = _______ = _ = _
14 2 M 0,48
0,
15 P(F) 0,48 6 N
0,6
0,12

Mais sugestões de trabalho E 0,5 0,4


0,
8 F
Exercícios propostos n.os 87 a 91 M
(págs. 105 e 106). 0,5
0,4

Acontecimentos independentes
PROFESSOR SERÁ QUE…? Lançamento de um dado e de uma moeda
Gestão curricular
Este conteúdo (descritor 2.4) poderá Lança-se, ao mesmo tempo, uma moeda de 1 euro e um dado com as faces
ser considerado facultativo se não hou- numeradas de 1 a 6.
ver tempo para lecionar todos os con-
teúdos do 12.° ano. Sejam os acontecimentos:
E: sai face europeia no lançamento da moeda
F: sai face 4 no lançamento do dado
Será que és capaz de dizer qual é o valor de P(F | E) ?

96 Tema 2 | Probabilidades
Existem muitas situações em que dois acontecimentos são tais que a ocorrência
de um deles não influencia a probabilidade de realização do outro.

EXEMPLOS

• Quando lançamos um dado duas vezes, a probabilidade de sair uma certa


face no segundo lançamento não é influenciada pelo que tenha saído no
primeiro lançamento.
• Quando retiramos sucessivamente duas bolas de uma caixa (que contém
bolas de várias cores), repondo a primeira bola antes de retirar a segunda,
a probabilidade de sair bola de uma certa cor na segunda extração não é
influenciada pelo que tenha saído na primeira extração.

Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade e sejam A e B dois aconteci-


mentos (A ƒ E e B ƒ E), com P(A) 0 0 . Dizer que a realização de A não tem
influência na probabilidade de realização de B é o mesmo que dizer que:
P(B | A) = P(B)
Tem-se, então, que P(A © B) = P(A) * P(B | A) = P(A) * P(B) .
Dizemos que os acontecimentos A e B são independentes.

Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade e sejam A e B dois aconte-


cimentos (A ƒ E e B ƒ E).
A e B dizem-se independentes se P(A © B) = P(A) * P(B) .

Nota:
Nesta definição não se exige que os acontecimentos A e B tenham probabili-
dade diferente de zero.
Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade e sejam A e B dois aconteci-
mentos (A ƒ E e B ƒ E). Têm-se as seguintes propriedades:

Propriedade 1
Se P(B) = 0 , então A e B são acontecimentos independentes.

Demonstração
Como A © B ƒ B , tem-se que P(B) = 0 ± P(A © B) = 0 .
Portanto, P(A © B) = P(A) * P(B) § 0 = P(A) * 0 , o que é verdade.
Nota: de igual modo se prova que, se P(A) = 0 , então A e B são acontecimen-
tos independentes.
Portanto, dados dois acontecimentos, se pelo menos um deles tiver probabilida-
de igual a zero, então são independentes.

Propriedade 2
Admitamos que P(B) 0 0 . Tem-se:
A e B são acontecimentos independentes se e somente se P(A | B) = P(A) .

Capítulo 2 | Definir probabilidade condicionada 97


74 Prova que, se A e B são Demonstração
acontecimentos independentes, Suponhamos, então, que P(B) 0 0 .
então os acontecimentos A e P(A © B)
‾ também são independentes.
B A e B independentes § P(A © B) = P(A) * P(B) § _______ = P(A) §
P(B)
§ P(A | B) = P(A)
Nota: de igual modo se prova que, se P(A) 0 0 , então A e B são independen-
tes se e somente se P(B | A) = P(B) .

Portanto, dados acontecimentos A e B , de probabilidade não nula, tem-se:


• A e B são independentes se e somente se P(B | A) = P(B) .
• A e B são independentes se e somente se P(A | B) = P(A) .
Logo, A e B são independentes se e somente se o conhecimento de que um
deles se realizou não tem influência na probabilidade de realização do outro.

Propriedade 3
Se dois acontecimentos A e B são independentes, então ‾ ‾ também são
A e B
independentes.

Demonstração
Tem-se: P(‾ A ∂ B) = 1 - P(A ∂ B) =
‾) = P(‾
A©B
NOTA = 1 - [P(A) + P(B) - P(A © B)] =
*  Como A e B são, por hipótese, *
= 1 - P(A) - P(B) + P(A © B) =
acontecimentos independentes, tem-
-se: = 1 - P(A) - P(B) + P(A) * P(B) =
P(A © B) = P(A) * P(B)
A) - P(B) + P(A) * P(B) = P(A
= P(‾ ‾) - P(B) * [1 - P(A)] =
‾) - P(B) * P(‾
= P(A A) * [1 - P(B)] = P(‾
A) = P(‾ ‾)
A) * P(B

Como P(‾ A©B ‾) = P(‾ ‾ e ‾


‾) , concluímos que A
A) * P(B B são acontecimentos
independentes.

Exercícios resolvidos
1. Uma caixa A contém quatro bolas, numeradas de 1 a 4.
75 Lança-se um dado equili- Uma caixa B contém três bolas, numeradas de 1 a 3.
brado, com as faces numeradas Tira-se, ao acaso, uma bola de cada caixa.
de 1 a 6, e tira-se, ao acaso, uma
bola de um saco contendo doze Determina a probabilidade de:
bolas, numeradas de 1 a 12.
a) terem ambas o número 2;
Determina a probabilidade de:
b) terem o mesmo número;
a) sair 5 no dado e sair a bola
número 7; c) pelo menos uma delas ter número ímpar.
b) sair número par no dado e Resolução
sair bola com número primo.
a) Sejam A e B os acontecimentos:
Apresenta as tuas respostas na
forma de fração irredutível. A: a bola extraída da caixa A tem o número 2
B: a bola extraída da caixa B tem o número 2
PROFESSOR Os acontecimentos A e B são independentes.
Soluções 1*_
1=_1 .
Portanto, P(A © B) = P(A) * P(B) = _
75. a) _ b) _
1 5 4 3 12
72 24
continua

98 Tema 2 | Probabilidades
continuação

b) Sejam A1 , A2 e A3 os acontecimentos:
A1: as bolas extraídas têm ambas o número 1
A2: as bolas extraídas têm ambas o número 2
A3: as bolas extraídas têm ambas o número 3
Tem-se que A1 , A2 e A3 são acontecimentos incompatíveis, dois
a dois. Portanto,
P(A1 ∂ A2 ∂ A3) = P(A1) + P(A2) + P(A3) =
=_1*_1+_ 1*_ 1+_ 1*_1=_ 1
4 3 4 3 4 3 4
c) Sejam X e Y os acontecimentos:
X: a bola extraída da caixa A tem número ímpar
Y: a bola extraída da caixa B tem número ímpar
Os acontecimentos X e Y são independentes.
1+_
2-_
1*_ 5
2=_
Portanto, P(X ∂ Y) = P(X) + P(Y) - P(X © Y) = _ .
2 3 2 3 6

2. Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade. 76 Seja E, P (E), P um espa-


( )
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E). ço de probabilidade.
Sejam A e B dois aconteci-
‾ são independentes se e somente se P(A) = 0 ou P(A) = 1 .
a) Prova que A e A mentos (A ƒ E e B ƒ E).
b) Admite que P(A) 0 0 e P(B) 0 0 . Prova que, se A e B são incompa- Admite que P(B) 0 0 e P(B) 0 1 .
tíveis, então A e B não são independentes. Prova que P(A | B) + P(A
‾|‾
B) = 1
se e somente se A e B são
c) Admite que P(B) 0 0 e P(B) 0 1 . Prova que P(A | B) = P(A | B
‾) se independentes.
e somente se A e B são independentes.
d) Prova que, se A e B são independentes, então
P(A ∂ B) = P(A) + P(B) * P(‾
A) .
e) Utiliza a igualdade da alínea anterior para resolver o seguinte problema:
Duas atiradoras, a Ana e a Bárbara, disparam sobre um alvo. Em con-
dições idênticas, a Ana acerta 80% das vezes e a Bárbara acerta 90%
das vezes. Admitindo a independência dos acontecimentos «a Ana
acerta no alvo» e «a Bárbara acerta no alvo», qual é a probabilidade
de o alvo ser atingido?
Resolução
a) A e A A) = P(A) * P(‾
‾ são independentes § P(A © ‾ A) §
§ P(O) = P(A) * P(‾
A) § 0 = P(A) * P(‾
A) §
§ P(A) = 0 › P(‾
A) = 0 § P(A) = 0 › 1 - P(A) = 0 §
§ P(A) = 0 › P(A) = 1

b) Se A e B são incompatíveis, então A © B = O , pelo que P(A © B) = 0 .

Como P(A) 0 0 e P(B) 0 0 , tem-se P(A) * P(B) 0 0 .


Portanto, P(A © B) 0 P(A) * P(B) .
Logo, A e B não são independentes.
continua

Capítulo 2 | Definir probabilidade condicionada 99


continuação

P(A © B) _________
‾) § _______ P(A © ‾
B)
c) P(A | B) = P(A | B = §
P(B) ‾)
P(B
P(A © B) P(A) - P(A © B)
§ _________ = _______________ §
P(B) 1 - P(B)
§ P(A © B) [1 - P(B)] = P(B) [P(A) - P(A © B)] §
§ P(A © B) - P(A © B) * P(B) = P(B) * P(A) - P(B) * P(A © B) §
§ P(A © B) = P(B) * P(A) § A e B independentes
d) P(A ∂ B) = P(A) + P(B) - P(A © B) =
= P(A) + P(B) - P(A) * P(B) = P(A) + P(B) [1 - P(A)] =
= P(A) + P(B) * P(A
‾)

e) Sejam os acontecimentos:
A: a Ana acerta no alvo
B: a Bárbara acerta no alvo
O alvo é atingido se e somente se a Ana acerta no alvo ou a Bárbara
acerta no alvo (acontecimento A ∂ B). Tem-se:
P(A ∂ B) = P(A) + P(B) * P(A‾) = 0,8 + 0,9 * 0,2 = 0,98
Assim, a probabilidade de o alvo ser atingido é 0,98.

3. Uma caixa contém 20 bolas, das quais cinco são brancas.


Um saco contém 15 bolas, das quais algumas são brancas.
Ao tirar, ao acaso, uma bola da caixa e uma bola do saco, a probabilidade
de se obter pelo menos uma bola branca é igual a 75%.
Quantas bolas brancas existem no saco?
Resolução
Sejam os acontecimentos:
A: a bola retirada da caixa é branca
B: a bola retirada do saco é branca
Tem-se que:
5 1
• P(A) = _ = _
20 4
• P(B) = _n (n designa o número de bolas brancas no saco)
15
3
• P(A ∂ B) = 0,75 = _
4
• Os acontecimentos A e B são independentes.
Caça aos
erros! Vem:
3 3
Caderno de exercícios P(A ∂ B) = _ § P(A) + P(B) - P(A © B) = _ §
Definir probabilidade 4 4
( ) ( ) ( ) ( ) 3
_
condicionada §PA +PB -PA *PB = §
4
1 n 1 n 3 n 3 _
n =_
Mais sugestões de trabalho § + _ _ - *_ _ = §_ _ -_ -1§_ 4n - _
n =_

4 15 4 15 4 15 60 4 4 60 60 4
Exercícios propostos n.os 92 a 95 3n 1 1 § 3n = 30 § n = 10
(pág. 106). §_=_ § 3n = 60 * _
60 2 2
+Exercícios propostos
(págs. 107 a 114). O saco contém dez bolas brancas.

100 Tema 2 | Probabilidades


Síntese
Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade.
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), com P(B) 0 0 .
Probabilidade
p. 86
condicionada A probabilidade de ocorrer A sabendo que ocorreu B representa-se por P(A | B) .
P(A © B)
Tem-se P(A | B) = _______ .
P(B)

p. 86 Propriedade A função PB definida por PB(A) = P(A | B) é uma probabilidade em P (E) .

Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade.


Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), ambos com probabilidade
Probabilidade da não nula.
p. 90 inerseção de dois
acontecimentos Tem-se: P(A © B) = P(A) * P(B | A) e P(A © B) = P(B) * P(A | B) , ou seja, a pro-
babilidade da interseção de dois acontecimentos é igual ao produto da probabili-
dade de um deles pela probabilidade do outro, sabendo que o primeiro aconteceu.

Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade. B1 B2 B3 … Bn


Sejam B1 , B2 , … , Bn acontecimentos que for- A
mam uma partição de E (isto é, acontecimentos
disjuntos dois a dois, cuja união é o espaço amos-
Teorema da tral E).
p. 93
probabilidade total
Suponhamos que P(Bi) 0 0 , para 1 ≤ i ≤ n .
Então, para qualquer acontecimento A (A ƒ E),
tem-se:
P(A) = P(B1) * P(A | B1) + P(B2) * P(A | B2) + … + P(Bn) * P(A | Bn)

Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade e sejam A e B dois acontecimen-


Acontecimentos tos (A ƒ E e B ƒ E).
p. 97
independentes
A e B dizem-se independentes se P(A © B) = P(A) * P(B) .

Seja (E, P (E), P) um espaço de probabilidade.


1. Sejam A e B dois acontecimentos. Se pelo menos um deles tiver probabilida-
de igual a zero, então A e B são independentes.
2. Sejam A e B dois acontecimentos com probabilidade diferente de zero. Tem-se:
pp. 97
e 98
Propriedades • A e B são independentes se e somente se P(B | A) = P(B) .
• A e B são independentes se e somente se P(A | B) = P(A) .
Portanto, dois acontecimentos com probabilidade não nula são independentes
se e somente se o conhecimento de que um deles se realizou não tem influência
na probabilidade de realização do outro.

Capítulo 2 | Definir probabilidade condicionada 101


Teste 3

5
Grupo I
Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Para cada um deles, escolhe
a única opção correta.

5
1. Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E).
‾©B
Tem-se: P(A ‾) = 0,4 ; P(A) = 0,2 ; P(A © B) = 0,1
Qual é o valor de P(A | B) ?
(A) 0,15 (B) 0,2 (C) 0,25 (D) 0,3

2. Um baralho de cartas completo é constituído por 52 cartas, repartidas por


quatro naipes de 13 cartas cada: espadas, copas, ouros e paus. Cada naipe
tem um ás e três figuras (rei, dama e valete). De um baralho completo,
extraem-se ao acaso, sucessivamente e sem reposição, duas cartas.
Considera os acontecimentos:
A: a primeira carta extraída é um rei
B: a primeira carta extraída é de paus
C: a segunda carta extraída é uma figura
D: a segunda carta extraída é de copas
Qual é o valor de P(C ∂ D | A © B)?
7 8 22 25
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _
17 17 51 51
3. O Tiago tem um dado cúbico equilibrado, com as faces numeradas com
0, 1, 2, 3, 4 e 5.
O Tiago lança três vezes esse dado e multiplica os números saídos.
Qual é a probabilidade de o produto obtido ser igual a 0?
1 25 91 125
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _
216 216 216 216

4. Quatro rapazes e seis raparigas dispõem-se em fila para uma fotografia.


Admitindo que se dispõem ao acaso, qual é a probabilidade de os rapazes
ficarem todos juntos e as raparigas também?
1
(A) _
1
(B) _
1
(C) _
1
(D) _
105 115 125 135
PROFESSOR
5. Na figura estão representados dois polígonos, um pentágono e um hexágono.
Soluções
1. (B) Dos onze vértices representados, não existem três coli-
2. (A) neares.
3. (C) Quantos triângulos têm como vértices três dos onze
4. (A) pontos, de tal modo que dois vértices pertençam a um
5. (D)
dos polígonos e o terceiro vértice pertença ao outro
polígono?
(A) 120 (B) 125 (C) 130 (D) 135
Ajuda

102 Tema 2 | Probabilidades


Grupo II
Na resposta a cada um dos cinco itens deste grupo, apresenta todos os cálculos
que efetuares, explica os raciocínios e justifica as conclusões.

1. A caixa representada na figura tem 20 compartimentos


para colocar bombons. Em cada compartimento cabe
apenas um bombom. A caixa está vazia.
Colocando, ao acaso, cinco bombons na caixa, qual é a
probabilidade de ficarem todos na mesma fila?
Apresenta o resultado na forma de fração irredutível.

2. Um aluno costuma ir a pé para a escola, mas, às vezes, vai de carro com os


pais. Sabe-se que:
• a probabilidade de chegar atrasado é 20%;
• 70% das vezes vai a pé;
• se for a pé, a probabilidade de chegar atrasado é 10%.

Determina a probabilidade de o aluno:


a) chegar atrasado, sabendo que foi de carro;

b) ter ido a pé, sabendo que chegou atrasado.

Apresenta os resultados na forma de fração irredutível.

3. Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.


Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), tais que P(B) 0 0 .
Prova que:
‾©‾
P(A ‾)
B) - P(A
1 + ________________ = P(A | B)
P(B)
4. Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), tais que P(A) = 0,24
e P(A ∂ B) = 0,7 .
Determina P(B) , supondo que:
PROFESSOR
a) A e B são incompatíveis;
Soluções
b) A e B são independentes.
1. _
20
4 =_ 1
C5 3876
5. Um jogo de futebol entre duas equipas, A e B, só acaba quando uma das
2. a) _
13
equipas tiver marcado cinco golos. No final do jogo, é feito um registo da 30
evolução do resultado. b) _7
20
Eis dois exemplos de registos:
4. a) P(B) = 0,46
• A A B A A B B B B (significa que a equipa A começou por marcar dois go-
b) P(B) = _
23
los, depois a equipa B reduziu para 2-1; em seguida, a 38
equipa A marcou mais dois golos, mas veio a perder 5. 252 registos.
por 5- 4)
•AAAAA (significa que a equipa A ganhou por 5-0)
Quantos registos diferentes podem ser feitos?
Resolução

Capítulo 2 | Definir probabilidade condicionada 103


Exercícios propostos
77 Um saco contém quatro bolas brancas e qua- Calcula a probabilidade de:
tro bolas pretas. Tiram-se sucessivamente duas bo- a) sair par, sabendo que saiu primo;

las, sem reposição. b) sair primo, sabendo que é um número maior do


Qual é a probabilidade: que 4;
a) de a primeira bola ser branca? c) sair maior do que 4, sabendo que é par.

b) de a segunda bola ser preta, sabendo que a pri-


81 Numa fábrica trabalham homens e mulheres,
meira foi branca?
c) de a segunda bola ser branca, sabendo que a pri-
uns fumadores e outros não fumadores.
meira foi branca? H M H: homem
F 18 5 M: mulher
78 Dizer que 10% dos rapazes da turma jogam
‾F 12 15 F: fumador
basquetebol é dizer que, nessa turma, a probabili-
dade de jogar basquetebol sendo rapaz é 10%. a) Escolhido um trabalhador ao acaso, qual é a
probabilidade de ser um fumador?
Exprime, usando o termo probabilidade, as afirma-
E qual é a probabilidade de ser fumador, saben-
ções:
do que é homem?
a) 8% das raparigas da turma jogam ténis.
b) Escolhe-se um fumador. Qual é a probabilidade
b) 90% dos alunos que jogam futebol são rapazes. de que seja uma mulher?
c) Metade dos praticantes de natação são raparigas. ‾) .
c) Calcula P(M | F

79 Num saco há bolas com números pares e 82 No lançamento de dois dados cúbicos, com as
ímpares. Sete bolas têm números pares. Tiram-se, faces numeradas de 1 a 6, qual é a probabilidade de:
sucessivamente e sem reposição, duas bolas do saco. a) a soma dos números saídos ser par se os núme-
Quantas bolas há no saco, sabendo que a probabi- ros são diferentes?
lidade de a segunda bola ser par, tendo a primeira b) os números saídos serem diferentes se a soma é par?
1?
sido ímpar, é _
2 83 Na população de uma vila, considera os acon-
tecimentos:
80 Lança-se um dado cúbico perfeito, com as fa-
A: ser careca B: ser homem
ces numeradas de 1 a 6.
Traduz simbolicamente, usando a linguagem das
Considera os acontecimentos: probabilidades:
S: sair um número par a) 2% da população da vila são homens carecas.
M: sair um número maior do que 4 b) 10% dos homens da vila são carecas.
R: sair um número primo c) 0,5% dos carecas da vila são mulheres.

P(F | H) = _ = _ b) P(diferentes | par) = _


12 = _
PROFESSOR 79. 15 bolas. 18 3 2
Soluções 30 5 18 3
80. a) P(S |R) = _1
b) P(M | F) = _
5 83. a) P(A © B) = 0,02
77. a) _1 b) _ c) _
4 3 3
2 7 7 b) P(R| M) = _1 23
b) P(A | B) = 0,1
c) P(M | ‾F) = _ = _
2 15 5
78. a) P(ténis | rapariga) = 0,08 c) p(‾
B | A) = 0,005
c) P(M | S) = _1 27 9
b) P(rapaz | futebol) = 0,9 3 82. a) P(par | diferentes) = _
12 =
81. a) P(F) = _ = 46%
23 30
c) P(rapariga | natação) = 0,5 =_2 Resolução
50
5 Exercício 82 (resolução
passo a passo)

104 Tema 2 | Probabilidades


84 Sejam X e Y dois acontecimentos de um es- 88 Dos rapazes de uma vila, sabe-se que:
paço E , tal que P(Y) 0 0 . Mostra que:
• a terça parte tem namorada;
P(‾
X) - P(‾
X©Y ‾)
P(X | Y) + ________________ = 1 • três quartos dos que têm namorada não pensam
P(Y) casar.

85 Sendo A ƒ E e B ƒ E dois acontecimentos, tais Escolhido ao acaso um rapaz dessa vila, qual é a
que P(A © B) = 0,1 , P(A ∂ B) = 0,8 , P(A | B) = 0,25 , probabilidade de ter namorada e pensar casar?
mostra que P(A) = P(‾ A) .
89 Considera as urnas U e U :
1 2
86 Uma caixa contém 12 bolas e estão mais 12
U1 U2
bolas fora da caixa. Considera a experiência que
consiste em lançar duas vezes um dado cúbico, com
as faces numeradas de 1 a 6. Se, em qualquer dos
lançamentos, sai par, tiram-se da caixa tantas bolas
como o número indicado no dado; se sai ímpar, co-
locam-se na caixa tantas bolas como o número in-
Qual é a probabilidade de tirar uma bola amarela,
dicado no dado. Sejam A e B os acontecimentos:
retirando uma bola de U1 ou U2 , respetivamente,
A: sai 4 no primeiro lançamento conforme no lançamento de um dado cúbico (com
B: ficam pelo menos dez bolas na caixa as faces numeradas de 1 a 6):
Sem usar a fórmula da probabilidade condiciona- a) saia par ou saia ímpar?
da, calcula P(B | A) . Numa pequena composição,
explica o raciocínio em que baseaste a resposta. b) saia 6 ou saia outro número?

87 Um saco contém cinco bolas amarelas e três 90 Completa os espaços indicados no diagrama
bolas vermelhas. seguinte:
a) Tiram-se, sucessivamente e com reposição, duas B
| A) =
… P (A © B) = …
bolas do saco. Qual é a probabilidade de: A P (B

a1) a primeira bola ser amarela e a segunda ser = … P (B


A)
‾ | A) =
vermelha? P( 0,2 ‾) = …
P (A © B

B
a2) tirar duas bolas amarelas? B
P( …
‾)
A ‾) =
|A ………… = …
a3) tirar duas bolas de cor diferente? =0 P (B
,6

b) Responde às questões anteriores supondo que a ‾


A ………
=… P (‾ ‾) = 0,42
A©B
extração das bolas é feita sem reposição. ‾
B

a3) _ * _ * 2 = _
5 3 15
PROFESSOR
8 8 32 89. a) P(A) = P(A © B) = 0,4 * 0,8 = 0,32
Soluções ‾) = 0,4 * 0,2 = 0,08
b 1) _ * _ = _
5 3 15 = P(A © U1) + P(A © U2) = P(A © B
86. _
1 8 7 56 = _1 * _
2 + _1 * _1 = _1
p(‾
B|‾ A) = _ = 0,7
0,42
b2) _ * _
5 4 _ 5 2 6 2 6 4
3 = 0,6
8 7 14 b) P(A) = _1 * _ 2 +_ 5 _1 _
* = 7 P(B | ‾
A) = 0,3
87. a1) _ * _ = _
5 3 15
b3) _ * _ * 2 = _
5 3 15
8 8 64 6 6 6 6 36 P(B © ‾A) = 0,6 * 0,3 = 0,18
8 7 28
a2) _ * _ = _ 90. P(A) = 1 - 0,6 = 0,4
5 5 25
8 8 64 88. _ 1
P(B | A) = 1 - 0,2 = 0,8
12

Capítulo 2 | Definir probabilidade condicionada 105


91 Numa escola há duas máquinas fotocopiadoras. 93 Vão ser sorteados prémios, A e B, entre os es-
A máquina A faz 32% dos trabalhos e 2% deles têm pectadores de uma peça de teatro. A probabilidade
pouco contraste. A máquina B faz os restantes tra- de um espectador ganhar um prémio A é 12% e a
balhos e 6% dos trabalhos feitos por esta máquina probabilidade de ganhar um prémio B é 3%.
têm pouco contraste. Sabendo que os sorteios são independentes, qual é
a probabilidade de um espectador ganhar pelo me-
nos um prémio?

Escolheu-se, ao acaso, um trabalho e verificou-se


que tem pouco contraste.
Qual é a probabilidade de ter sido feito na máquina B? 94 O Luís diz que tem 60% de probabilidade de
Apresenta o resultado em percentagem, arredondado acertar na idade de uma rapariga.
às unidades.
Ao tentar adivinhar as idades da Maria e da Cristina,
qual é a probabilidade de acertar apenas na idade
92 Lançam-se dois dados cúbicos perfeitos, um de uma?
branco e um preto, com as faces numeradas de 1 a 6.
Considera os acontecimentos: 95 Sejam A ƒ E e B ƒ E e suponhamos que
S: a soma dos números saídos é maior do que 9
P(B) = 0,4 e P(A
‾©‾
B) = 0,1 .
D: sai doble (sai o mesmo número nos dois dados)
Determina o valor de P(A) , supondo que:
a) Calcula P(D | S) e P(S | D) .
a) A e B são incompatíveis;
b) Investiga se D e S são independentes.
b) A e B são independentes.
c) Seja B o acontecimento «sai 1 no dado branco».
Investiga se B e D são independentes.

PROFESSOR b) Não são independentes. 94. 0,6 * 0,4 * 2 = 0,48


Soluções c) São independentes. 95. a) 0,5
b) _
5
91. 86% 93. P(A ∂ B) =
6
92. a) P(D | S) = _1 e = 0,12 + 0,03 - 0,12 * 0,03 =
3
P(S | D) = _1 = 0,1464
3

106 Tema 2 | Probabilidades


2
+Exercícios propostos
Itens de escolha múltipla
Espaço de probabilidade
Probabilidades
96 Escolhe-se, ao acaso, um aluno de uma escola. Considera os acontecimentos:

A: o aluno é um rapaz B: o aluno usa óculos


Qual das expressões seguintes designa o acontecimento «o aluno é do sexo femi-
nino e não usa óculos»?
(A) ‾
A©B ‾©B
(B) A ‾ (C) A ∂ B ‾∂B
(D) A ‾

97 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.


Resolução
Exercícios de
«+Exercícios
propostos»

Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E). Sabe-se que P(A) = 0,7 e


P(B) = 0,9 . Qual dos seguintes pode ser o valor de P(A © B) ?
(A) 0,35 (B) 0,5 (C) 0,65 (D) 0,8

98 Abre-se, ao acaso, um livro, ficando à vista duas páginas numeradas.

Qual é a probabilidade de o produto dos números dessas duas páginas ser par?
1 3
(A) 0 (B) _ (C) _ (D) 1
2 4

Regra de Laplace

99 Uma pessoa adquire um cartão multibanco, cujo código é atribuído ao


acaso. Qual é a probabilidade de o código ter exatamente dois zeros?
(A) 0,0486 (B) 0,0968 (C) 0,1032 (D) 0,1215

100 Um saco contém quinze bolas, numeradas de 1 a 15. Ao acaso, extraem-se


simultaneamente quatro bolas do saco e anotam-se os respetivos números. Qual
é a probabilidade de o maior desses quatro números ser 12?
(A) _
11 11
(B) _
11
(C) _
11
(D) _
91 89 87 85

101 Para assistirem a um espetáculo, a Ana, a Bárbara e mais quatro amigos


sentam-se, ao acaso, numa fila com seis lugares. Qual é a probabilidade de a Ana
e a Bárbara não ficarem uma ao lado da outra?
PROFESSOR
1 1 2 3
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _ Soluções
3 2 3 4
96. (B)
102 A soma dos dois primeiros elementos de uma certa linha do triângulo de 97. (C)
98. (D)
Pascal é 10. Escolhem-se, ao acaso, dois elementos dessa linha. Qual é a proba-
99. (A)
bilidade de estes dois elementos serem iguais?
100. (A)
(A) _
1 (B) _
1 1
(C) _ (D) _
1
101. (C)
7 8 9 10
102. (C)

Tema 2 | Probabilidades 107


103 Escolhem-se, ao acaso, três vértices de um hexágono regular. Qual é a pro-
babilidade de eles definirem um triângulo retângulo?
1 2 2 3
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _
3 3 5 5

104 Escolhem-se, ao acaso, dois vértices de um prisma pentagonal regular.

Qual é a probabilidade de que esses dois vértices sejam extremos da mesma


aresta?
1
(A) _
1
(B) _
1
(C) _
1
(D) _
3 4 5 6

Probabilidade condicionada. Acontecimentos independentes

105 Uma caixa A contém duas bolas verdes e uma bola amarela. Uma caixa B
contém uma bola verde e três bolas amarelas. Lança-se um dado cúbico perfeito,
com as faces numeradas de 1 a 6. Se sair o número 1, tira-se uma bola da caixa A;
caso contrário, tira-se uma bola da caixa B.
Sejam X e Y os acontecimentos:
X: sai face com número par no lançamento do dado
Y: sai uma bola amarela
Qual é o valor de P(Y | X) ?
3 1 3 1
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _
4 3 8 6

106 Numa caixa há bolas de duas cores: bolas brancas e bolas pretas. O número
de bolas brancas é 5. De forma aleatória, extraem-se, sucessivamente e sem repo-
sição, duas bolas da caixa. Considera os seguintes acontecimentos:
B1: a bola retirada em primeiro lugar é branca
B2: a bola retirada em segundo lugar é branca
1 . Quantas bolas pretas havia inicialmente na caixa?
Sabe-se que P(B2 | B1) = _
3
(A) 8 (B) 10 (C) 12 (D) 15

107 Uma caixa 1 contém uma bola branca e quatro bolas pretas. Uma caixa 2
contém duas bolas brancas. Considera a experiência que consiste em tirar,
simultaneamente e ao acaso, duas bolas da caixa 1, colocá-las na caixa 2 e, em
seguida, tirar, também ao acaso, uma bola da caixa 2. Sejam A e B os aconte-
cimentos:
PROFESSOR A: as bolas retiradas da caixa 1 têm a mesma cor
Soluções
B: a bola retirada da caixa 2 é branca
103. (D)
104. (A) Qual é o valor de P(B | A) ?
1 3 3 1
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _
105. (A)
106. (A) 3 4 10 2
107. (D)

108 Tema 2 | Probabilidades


2 são rapazes. Um quin-
108 Uma turma de 10.° ano tem 30 alunos, dos quais __
5
to dos alunos da turma tem 16 anos, tendo os restantes 15 anos. Dos alunos
com 16 anos, metade são rapazes. Escolhe-se, ao acaso, um dos 30 alunos da
turma. Sejam A e B os acontecimentos:
A: o aluno escolhido é do sexo feminino
B: o aluno escolhido tem 15 anos
Qual é o valor da probabilidade condicionada P(B | A) ?
1 2 4 5
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _
2 3 5 6

109 Extrai-se, ao acaso, uma bola de uma caixa que contém n bolas, numera-
das de 1 a n . Considera os acontecimentos:
A: a bola extraída tem número inferior a 10
B: a bola extraída tem número superior a 7
Sabe-se que P(A | B) = _1 . Qual é o valor de n ?
3
(A) 12 (B) 13 (C) 14 (D) 15

110 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória e


sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), ambos com probabilidade
P(A)
não nula. Sabe-se que P(A ∂ B) = ____ + P(B) .
3
Qual é o valor da probabilidade condicionada P(B | A) ?
1
(A) _
1
(B) _
1
(C) _ (D) _
2
4 3 2 3

111 Num concurso televisivo, um concorrente tem de realizar duas tarefas.


A probabilidade de conseguir realizar a primeira é 0,6, a de conseguir realizar a se-
gunda é 0,7 e a de fracassar em ambas é 0,2. Qual é a probabilidade de o concorren-
te conseguir realizar a segunda tarefa, sabendo que conseguiu realizar a primeira?
4 5 2 5
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _
7 7 3 6

112 Uma escola secundária tem cinco turmas de 12.° ano, designadas pelas le-
tras A, B, C, D e E. A turma C tem 28 alunos, dos quais 13 são rapazes. Para
representar a escola num encontro internacional, escolhe-se, ao acaso, uma turma
do 12.° ano e depois escolhem-se, também ao acaso, dois alunos dessa turma.
Qual é a probabilidade de serem escolhidas duas raparigas da turma C?
(A) _
1 1
(B) _ (C) _
1 (D) _
1
17 18 19 20
PROFESSOR
113 Um saco contém quatro bolas brancas e três pretas. Uma caixa contém uma Soluções
bola branca e seis pretas. Lança-se um dado equilibrado, com as faces numeradas 108. (D)
de 1 a 6. Se sair 3 ou 4, tira-se ao acaso uma bola do saco, caso contrário tira-se 109. (B)
ao acaso uma bola da caixa. Qual é a probabilidade de a bola extraída ser preta? 110. (D)
5 17 6 19 111. (D)
(A) _ (B) _ (C) _ (D) _ 112. (B)
7 21 7 21
113. (A)

Tema 2 | Probabilidades 109


114 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.

Sejam A e B dois acontecimentos independentes (A ƒ E e B ƒ E).


Sabe-se que P(A) = 0,2 e P(B) = 0,4 .
Qual é o valor de P(A ∂ B) ?
(A) 0,48 (B) 0,52 (C) 0,54 (D) 0,56

115 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.

Sejam A e B dois acontecimentos independentes (A ƒ E e B ƒ E), ambos


com probabilidade não nula. Qual das afirmações seguintes é falsa?
B) = P(A) - P(A) * P(B)
(A) P(A © ‾ (B) P(A ∂ B) = P(A) + P(B)

(C) P(‾ ‾) = 1 - P(A) * P(B)


A∂B (D) P(B | A) = P(B)

Itens de construção
Espaço de probabilidade

116 Um saco contém sete bolas, numeradas de 1 a 7. Tiram-se, simultaneamen-


te e ao acaso, duas bolas deste saco. Um resultado possível desta experiência é
saírem as bolas com os números 2 e 5, que podemos representar da seguinte
forma: {2, 5} . Seja E o espaço amostral associado a esta experiência aleatória.
a) Determina o cardinal de E e o cardinal do espaço de acontecimentos, P (E) .
b) Representa em extensão os seguintes acontecimentos:
b1) saírem números consecutivos;
b2) o menor dos números saídos ser 3;
b3) saírem dois números ímpares.

117 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.


Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E).
PROFESSOR Sabe-se que A e B são incompatíveis e que P(A ∂ B) = 4P(B) .
Soluções
Prova que P(A) = 3P(B) .
114. (B)
115. (B)
118 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.
116. a) #E = 21
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E). Sabe-se que:
#P (E) = 221 = 2 097 152
b1) {{1, 2}, {2, 3}, {3, 4}, {4, 5}, • A e B são equiprováveis • P(A ‾) = 3P(A © B)
‾©B ‾) = P(A © B)
• P(A © B
{5, 6}, {6, 7}} Determina P(A) .
b2) {{3, 4}, {3, 5}, {3, 6}, {3, 7}}
b3) {{1, 3}, {1, 5}, {1, 7}, {3, 5}, 119 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.
{3, 7}, {5, 7}} Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E).

118. _1 Prova que P(A © B) + P(A


‾) ≤ 1 .
3

110 Tema 2 | Probabilidades


Regra de Laplace

120 Considera todos os números de três algarismos começados por 2. Esco-


lhendo um desses números ao acaso, qual é a probabilidade:
a) de a soma dos seus algarismos ser ímpar?
b) de que tenha os algarismos todos diferentes?
c) de a soma dos seus algarismos ser superior a 18?

121 Um saco contém cinco cartões numerados de 1 a 5. A Leonor tira sucessi-


vamente três desses cartões e alinha-os da esquerda para a direita, de forma a
escrever um número de três algarismos. Qual é a probabilidade de o número
começar e acabar num algarismo par?

122 Num jornal regional estão anunciados cinco filmes. Quatro amigos esco-
lhem um desses filmes ao acaso. Qual é a probabilidade de não escolherem todos
o mesmo filme?

123 Considera todos os números de quatro algarismos diferentes que começam


por 1 e são pares. Escolhido um desses números ao acaso, qual é a probabilidade
de a soma dos seus algarismos ser seis?
PROFESSOR
124 Um saco contém cinco cartões com as letras da palavra amigo. Tirando Soluções

sucessivamente os cartões e alinhando-os da esquerda para a direita pela ordem 120.a) _1


2
de saída, qual é a probabilidade: b) _ = 0,72
18
25
a) de escrever a palavra amigo? _3
c) = 0,03
b) de as vogais ficarem alternadas com as consoantes? 100
2*3*1 1
121. _ = _
5 * 4 * 3 10
125 Seis amigos vão ao cinema e sentam-se, ao acaso, em lugares consecutivos.
122. 1 - ___________ = _
5 124
Qual é a probabilidade de a Ana, o Bernardo e o Carlos ficarem em lugares seguidos? 5 * 5 * 5 * 5 125
2+2
123. ___________ =_ 1
1 * 8 * 7 * 5 70
126 No tabuleiro da figura ao lado vão dispor-se, ao
(os casos favoráveis são 1302, 1032,
acaso, três peças de cores diferentes (não mais do que uma 1 1230, 1320)
por casa). 2
3
4 124. a) _
1 =_1
5! 120
a) De quantas maneiras podem distribuir-se as peças no 6 8
b) _ = _
5 7 9 3! 2! 1
tabuleiro? 5! 10
b) Qual é a probabilidade de as peças ficarem todas numa fila horizontal? 3! * 4 * 3!
125. p = __________ = _1
c) Qual é a probabilidade de as peças ficarem na fila de baixo, sabendo que a 6! 5
soma dos números das casas que ocupam é um número par? 126. a) 9A3 = 504
3! + 5A3 _
b) _ 9
= 11
A3 84
127 Considera a equação x + y = z . Supõe que se lança três vezes um rapa com 3
C * 2 * 3!
c) ___________ =_
2 3
as faces numeradas de 1 a 4 de modo a obter os valores de x , y e z (por esta 4
A3 + 4 * C2 * 3! 22
5

ordem). Qual é a probabilidade de os valores obtidos satisfazerem a equação?


127. __3 = _
6 3
4 32

Tema 2 | Probabilidades 111


C 128 Na figura ao lado estão representados dois polígonos:
G
• um triângulo [ABC] ; • um quadrilátero [DEFG] .
D B
F
A Maria e a Teresa escolhem, cada uma e em segredo, um dos sete vértices repre-
E
sentados. Qual é a probabilidade de os vértices assim escolhidos pertencerem ao
A
mesmo polígono?

129 Escolhem-se três vértices de um cubo ao acaso. Qual é a probabilidade de


o triângulo por eles definido estar contido numa das faces do cubo?

Probabilidade condicionada. Acontecimentos independentes

130 A Ana, a Bárbara, a Catarina, o Diogo e mais quatro amigos sentam-se, ao


acaso, numa mesa redonda com oito lugares. Sejam os acontecimentos:
A: a Ana, a Bárbara e a Catarina sentam-se em lugares consecutivos, ficando
a Bárbara no meio
B: a Catarina e o Diogo sentam-se ao lado um do outro
Indica o valor de P(B | A) . Justifica a tua resposta, começando por explicar
o significado de P(B | A) , no contexto da situação descrita.

131 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.


Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), ambos com probabilidade
não nula.

a) Sabe-se que P(A © B) = 0,2 , P(A ∂ B) = 0,6 e P(B | A) = 0,4 . Determina P(B) .

b) Sabe-se que P(A) = P(B) e P(A ∂ B) = 4P(A © B) . Determina P(A | B) .

c) Sabe-se que P(B) = 0,3 , P(A | B) = 0,2 e P(A B) = 0,4 . Determina P(B | A) .
‾|‾

132 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.


Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), ambos com probabilidade
não nula. Prova que:

a) P((‾
A © B)| B) = P(A | B)
‾ b) 1 - P(A | B) * P(B) - P(A © ‾
B) = P(‾
A)
PROFESSOR
P(A ∂ B) _____
_______ P(A)
Soluções c) = ‾ | B)
+ P(A d) A © B | B) + P(A | B) = 1
P(‾
4
A'2 + 3A'2 _
P(B) P(B)
128. __
25
=
7*7 ‾)
P(B
e) P(B | A) ≥ 1 - _____
49
4
C3 * 6 _ P(A)
129. _
3
8
=
C3 7
130. _
1 133 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.
5
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), com P(A) > 0 .
131. a) 0,3
b) 0,4 a) Prova que P(A) * [P(B | A) - 1] = P(A
‾) - P(‾ ‾) .
A∂B
c) 0,125

112 Tema 2 | Probabilidades


b) Utiliza a igualdade da alínea anterior na resolução do seguinte problema:
Num encontro internacional participam jovens de vários países. Dos rapazes
participantes no encontro, 10% são portugueses. Escolhe-se, ao acaso, um
jovem participante no encontro. Qual é a probabilidade de esse jovem ser do
sexo masculino, sabendo que a probabilidade de ser estrangeiro ou do sexo
feminino é 0,94?

134 Dos funcionários de uma empresa, sabe-se que:

• 30% são licenciados;


• dos que são licenciados, a terça parte são homens;
• dos que não são licenciados, 30% são do sexo feminino.

Escolhe-se, ao acaso, um funcionário da empresa. Qual é a probabilidade de ser


licenciado, sabendo que é uma mulher? Apresenta a resposta na forma de fração
irredutível.

135 A Ana tem duas moedas de 1 euro no bolso, sendo uma verdadeira e a
outra falsa. A moeda verdadeira é equilibrada.
Quando se lança a moeda falsa, a probabilidade de sair a face europeia é igual a
0,6. A Ana retira do bolso uma moeda ao acaso e lança-a, tendo obtido a face
europeia. Qual é a probabilidade de ter lançado a moeda falsa?
Apresenta a resposta na forma de fração irredutível.

136 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória.


Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E), de probabilidade não nula.
Sabe-se que A e B são independentes e equiprováveis e que P(A ∂ B) = 5P(A © B) .
Determina P(A) . Apresenta a resposta na forma de fração irredutível.

137 Considera todos os números de três algarismos que se podem formar com
os algarismos de 1 a 9. Escolhe-se, ao acaso, um desses números. Sejam os acon-
tecimentos:
A: o número escolhido é múltiplo de 5
B: o número escolhido tem os algarismos todos diferentes

Averigua se A e B são acontecimentos independentes. PROFESSOR


Soluções

138 Seja E o espaço amostral associado a uma certa experiência aleatória. 133. b) 0,6

134. _
20
Sejam A e B dois acontecimentos (A ƒ E e B ƒ E). Sabe-se que: 41
• A e B são acontecimentos independentes; 135. _
6
11
• P(A ∂ B) = 0,7 e P(A © B) = 0,2 ;
_
136. 1
• P(A) > P(B) . 3

Determina P(A) . Apresenta a resposta na forma de dízima. 137. São.


138. 0,5

Tema 2 | Probabilidades 113


«Os três mais»

* 139 No final de uma aula, um professor propôs uma questão de escolha múlti-
pla, com quatro opções de resposta. Os alunos que sabiam a resposta certa res-
ponderam corretamente e os alunos que não sabiam responderam ao acaso. Dos
n alunos da turma, m sabiam a resposta certa. Depois de recolhidas todas as
respostas, o professor escolheu uma ao acaso e verificou que estava certa.
Mostra que a probabilidade de essa resposta não ter sido dada ao acaso
é igual _ 4m .
n + 3m

* 140 Um saco contém cinco bolas brancas e três bolas pretas. Ao acaso, efe-
tuam-se quatro extrações de duas bolas de cada vez, nunca repondo as bolas
retiradas. Qual é a probabilidade de, numa dessas quatro extrações, as duas
bolas retiradas serem ambas pretas?

* 141 Num concurso televisivo, o concorrente tem à sua frente três portas: A, B
e C. Atrás de uma delas está um automóvel, que o concorrente ganhará se abrir
a porta correspondente. De acordo com as regras do concurso, o concorrente
começa por escolher uma porta. Em seguida, o apresentador, que sabe onde está
o automóvel, abre uma porta, diferente da escolhida pelo concorrente, onde não
está o automóvel. É, então, dada ao concorrente a possibilidade de manter, ou
alterar, a escolha inicial.
O que é que o concorrente deve fazer, de forma a maximizar a probabilidade de
ganhar o automóvel?

Sugestão:
Sejam A , B e C os acontecimentos:
A: o automóvel está atrás da porta A
B: o automóvel está atrás da porta B
C: o automóvel está atrás da porta C
Indica o valor de P(A) , P(B) e P(C) .
Admite que o concorrente começa por escolher a porta A e que, em seguida,
o apresentador abre a porta C.
Seja X o acontecimento: «o apresentador abre a porta C» (depois de o concor-
rente ter escolhido a porta A).
Determina P(A | X) e P(B | X) , utilizando o teorema da probabilidade total para
calcular P(X) . Tendo em conta os valores obtidos, responde à questão colocada.

PROFESSOR
Soluções
140. _
3
7
141. O concorrente deve alterar a
escolha inicial.

114 Tema 2 | Probabilidades


Calculadoras Gráficas
Casio fx–CG 20 Página 46
Exercício resolvido 5
Página 22
Fatorial Para o cálculo de um somatório, pressiona F4 (MATH),
roda a barra ( F6 ) e pressiona F2 . Introduz a escrita da
expressão e pressiona EXE para obteres o resultado.
No menu Exe-Matrix (menu 1), pressiona OPTN , roda a
barra de opções ( F6 ) e pressiona F3 (PROB). Para es-
creveres 5! deves selecionar a opção F1 (x!).

Página 27
Arranjos – Exercício resolvido 1

Procede como na instrução anterior. Para arranjos (sem


repetição), pressiona F2 (nPr).

Página 30
Combinações – Exercício resolvido 1.a)

O processo é igual aos arranjos, mas para as combina-


ções tens de escolher F3 (nCr).

Calculadoras gráficas 115


Texas Instruments Página 30
Combinações – Exercício resolvido 1.a)
TI-84 Plus C SE / CE-T
Deves proceder como na instrução anterior, mas selecio-
Página 22 nando a opção 3:nCr. De seguida, introduz os campos
Fatorial que surgem antes e depois da letra C (combinações): nes-
te caso, os números 52 e 13, respetivamente.
Após inserires o número do qual queres obter o fatorial,
neste caso o 5, acede ao menu das probabilidades clican-
do na tecla MATH e deslocando o cursor até ao menu
PROB, selecionando de seguida a opção 4:! e clicando,
por fim, na tecla ENTER .

Página 46
Exercício resolvido 5

Clicando na tecla MATH , seleciona, no menu MATH, a


opção 0:summation ∑(. De seguida, preenche todos os
Página 27 campos do operador somatório e introduz a expressão.
Arranjos – Exercício resolvido 1 Pressiona ENTER para obteres o resultado.

Deves proceder como na instrução anterior, mas selecio-


nando a opção 2:nPr. De seguida, introduz os campos
que surgem antes e depois da letra P (permutações): neste
caso, os números 8 e 3, respetivamente.

116 Calculadoras gráficas


Texas Instruments Página 30
Combinações – Exercício resolvido 1.a)
TI-Nspire CX
Procede como na instrução anterior, mas seleciona a op-
Página 22 ção 3:Combinações. Surgirá o operador nCr() e, de segui-
Fatorial da, deves inserir os argumentos dentro dos parênteses:
neste caso, os números 52 e 13.
Numa página de calculadora de um documento ou de
Este operador poderá ser obtido fazendo-se uso das te-
rascunho, clica na tecla MENU e seleciona a opção 5:Pro-
clas alfanuméricas para escrever ncr(52,13), pois a cal-
babilidade e, de seguida, a opção 1:Fatorial (!).
culadora reconhecerá que este é o operador pretendido.
É também possível aceder a alguns operadores matemáti-
cos através de atalhos: neste caso, o operador fatorial
pode ser obtido clicando, consecutivamente, nas teclas
CTRL e º e selecionando de seguida o símbolo !.

Página 46
Exercício resolvido 5

Numa página de calculadora, clica na tecla MENU , sele-


Página 27 ciona a opção 4:Cálculo e, de seguida, a opção 3:Soma.
Arranjos – Exercício resolvido 1 Surgirá o operador ∑ . De seguida, insere nos campos do
operador somatório os respetivos valores e a expressão
Procede como na instrução anterior, mas seleciona a op- a calcular.
ção 2:Permutações. Surgirá o operador nPr() e, de segui-
Através da palete de operadores matemáticos, clicando
da, deves inserir os argumentos dentro dos parênteses:
consecutivamente nas teclas CTRL e t , também se
neste caso, os números 8 e 3.
pode selecionar o operador somatório ∑.
Este operador poderá ser obtido fazendo-se uso das te-
clas alfanuméricas para escrever npr(8,3), pois a calcula-
dora reconhecerá que este é o operador pretendido.

Calculadoras gráficas 117


Respostas dos exercícios propostos

1
3 e) ] 3, p]
Tem-se, para qualquer x å U :
f) {- 1, 0, 2, 4} * {5, 6} = {(- 1, 5), (- 1, 6),

xåA ∂ B § x ∫ A ∂ B § ~(x å A ∂ B) §
Tema

(0, 5), (0, 6), (2, 5), (2, 6), (4, 5), (4, 6)}
Cálculo § ~(x å A › x å B) §
g) {(4, 4)}
Combinatório § ~(x å A) ‹ ~(x å B) §
§xåA ‾‹xå‾ B§xåA ‾©‾
B h) {- 1, 0} * {1, 2, 3} = {(- 1, 1), (- 1, 2),
1. Propriedades das 4 (- 1, 3), (0, 1), (0, 2), (0, 3)}
Tem-se, para qualquer x å V e para
operações sobre conjuntos qualquer y å U : 12
{- 4, - 1, 0, 1, 4}
1 (x, y) å C * (A ∂ B) § 13
Comecemos por provar que:
§xåC‹yåA∂B§
AƒB±A∂B=B a) (A ∂ B) \ B = (A ∂ B) © ‾ B=
§ x å C ‹ (y å A › y å B) § = (A © ‾ B) ∂ (B © ‾B) = (A © ‾
B) ∂ Δ =
Suponhamos, então, por hipótese, que A ƒ B
e provemos que A ∂ B = B , ou seja, que
§ (x å C ‹ y å A) › (x å C ‹ y å B) § =A©‾ B = A\B
B ƒ A ∂ B (i) e que A ∂ B ƒ B (ii). § (x, y) å C * A › (x, y) å C * B § b) (A \ B) \ C = (A © ‾
B) © ‾ B©‾
C = A © (‾ C) =
§ (x, y) å (C * A) ∂ (C * B) = A © (‾ B ∂ C) = A \ (B ∂ C)
(i) x å B ± x å A › x å B ± se x å A ∂ B
* c) (A \ B) ∂ B = (A © B ‾) ∂ B =
(ii) x å A ∂ B ± x å A › x å B ± 5
± x å B › x å B ± x å B (*pois A ƒ B) = (A ∂ B) © (B
‾ ∂ B) = (A ∂ B) © U = A ∂ B
‾ ∂ B) ∂ A = (B ∂ A
a) (A ‾) ∂ A = B ∂ (A
‾ ∂ A) =
Vamos agora provar que A ∂ B = B ± A ƒ B . =B∂U=U 14 A \ B = A § A © ‾
B=A§Aƒ‾

Suponhamos, então, por hipótese, que b) (A © B) ∂ A
‾ = (A ∂ A
‾) © (B ∂ A‾) = §Bƒ‾ A
A ∂ B = B e provemos que A ƒ B .
= U © (B ∂ ‾ ‾
A) = B ∂ A 15 Se A ƒ B , então A © B = A .
Tem-se x å A ± x å A › x å B ±
c) B © (‾ ‾©B
A ∂ B) = B © (A ‾) = B © (B ‾) =
‾©A
Como A © B = Δ , vem A = Δ .
±xåA∂B±xåB.
= (B © B ‾=Δ©‾
‾) © A A=Δ
2 16 Tem-se para qualquer x å V e para
Sejam A , B e C conjuntos contidos d) (A ∂ B) © (A
‾ ∂ B) = (A © ‾
A) ∂ B =
qualquer y å U :
num universo U: =Δ∂B=B
• Comutatividade da união (x, y) å C * (A © B) § x å C ‹ y å A © B §
6 (A \ B) © B = (A © ‾
B) © B = A © (‾
B © B) = § x å C ‹ (y å A ‹ y å B) §
Tem-se, para qualquer x å U :
=A©Δ=Δ § (x å C ‹ x å C) ‹ (y å A ‹ y å B) §
xåA∂B§xåA›xåB§ § (x å C ‹ y å A) ‹ (x å C ‹ y å B) §
7 Como A ƒ B , tem-se A ∂ B = B , donde
§xåB›xåA§xåB∂A § (x, y) å C * A ‹ (x, y) å C * B §
vem que (A ∂ B) © B
‾=B©B‾=Δ.
§ (x, y) å (C * A) © (C * B)
• Associatividade da união
8 ‾ * C) ∂ (‾
(A ‾∂‾
B * C) = (A B) * C = 17
Tem-se, para qualquer x å U : Vamos provar que:
= (‾
A © B) * C
x å (A ∂ B) ∂ C § x å A ∂ B › x å C § ‾ƒA
(i) A ∂ B = U ± B
Como A ƒ B , tem-se A © B = A , de onde vem
§ (x å A › x å B) › x å C § ‾ƒA±A∂B=U
(ii) B
que (‾
A © B) * C = ‾
A*C.
§ x å A › (x å B › x å C) § (i) A ∂ B = U ± (A ∂ B) © B
‾=U©‾

9
§xåA›xåB∂C§ ± (A © ‾
B) ∂ (B © ‾ ‾±
B) = B
§ x å A ∂ (B ∂ C) a) Como A ƒ B , tem-se, para qualquer x å U , ‾) ∂ Δ = ‾
± (A © B B±
xåA±xåB.
±A©‾ B=‾
B±B ‾ƒA
• Idempotência da união Portanto, x å A ∂ C ± x å A › x å C ±
‾ƒA±B
(ii) B ‾∂BƒA∂B±UƒA∂B±
Como A ƒ A , tem-se que A ∂ A = A . ±xåB›xåC±xåB∂C
‾ , pelo que ±A∂B=U
b) Como A ƒ B , tem-se ‾ BƒA
• Elemento neutro da união
‾∂BƒA
B ‾ ∂ B , ou seja, U ƒ A
‾∂B. 18 Vamos provar que:
Como O ƒ A , tem-se que A ∂ O = A .
Como ‾ ‾∂B=U.
A ∂ B ƒ U , tem-se A (i) A = Δ ± existe um conjunto B contido
• Elemento absorvente da união em U tal que B = (A © ‾ ‾ © B)
B) ∂ (A
10
Como A ƒ U , tem-se que A ∂ U = U . (ii) existe um conjunto B contido em U tal
a) {6, 30}
• Distributividade da união em relação à que B = (A © ‾B) ∂ (‾
A © B) ± A = Δ
b) {1, 2, 3, 5, 6, 10, 12, 15, 18}
interseção Tem-se:
c) {30} * {1, 2} = {(30, 1), (30, 2)}
Tem-se, para qualquer x å U : (i) Se A = Δ , tem-se, para qualquer conjunto
d) {6, 12, 18} * {30} = B contido em U :
x å A ∂ (B © C) § x å A › x å B © C § = {(6, 30), (12, 30), (18, 30)}
‾) ∂ (‾
(A © B A © B) = (Δ © ‾B) ∂ (U © B) =
§ x å A › (x å B ‹ x å C ) §
11 =Δ∂B=B
§ (x å A › x å B) ‹ (x å A › x å C) §
a) [- 5, 3] b) {0} (ii) Admitamos agora que existe um conjunto B
§xåA∂B‹xåA∂C§ contido em U tal que:
c) p
_ 5p
_ d) [- 5, p]
§ x å (A ∂ B) © (A ∂ C) [0, 6 ] ∂ [ 6 , 3] ‾ © B)
‾) ∂ (A
B = (A © B

118 Respostas dos exercícios propostos


Vamos provar que A = Δ . 30 28 - 1 - 8 = 247 44 18
C6 * 12A4 = 220 540 320
Comecemos por mostrar que, se
‾ © B) , então B ƒ ‾
‾) ∂ (A 31 45 52
C13 * 39C13 * 26C13 * 13C13 ) 5,36 * 1028
B = (A © B A©B.
Tem-se, para qualquer x å U : a) 9! = 362 880 b) 4! * 5! = 2880 46 9
C7 + 9C8 + 9C9 = 46
x å B ± x å (A © ‾ ‾ © B) ±
B) ∂ (A c) 4! * 5! * 2 = 5760 d) 6! * 4! = 17 280
e) 4! * 5! = 2880 47
± ‾ ›xå‾
xåA©B A©B±
impossível, pois x å B
32 a) 7C3 * 4C3 = 140 b) 6C3 * 3C2 = 60
‾©B
±xåA
a) 8! = 40 320 48 8
C3 * 5C2 * 3! = 3360
Como se tem, para qualquer x å U ,
b) 2 * 4! * 4! = 1152
xåB±xåA ‾ © B , está provado que 49 7
C4 * 3C3 + 7C4 * 3C2 = 140
‾©B. c) 4! * 4! * 24 = 9216
BƒA
d) 8! - 4 * 2 * 6! = 34 560 50 35 = 243
Por outro lado, tem-se sempre ‾A©BƒB.
‾ © B = B , pelo que 33 51 n
Conclui-se, assim, que A C2 - n = 104 § n = 16
BƒA ‾ , de onde vem A ƒ ‾ B. a) 5! = 120 b) 2 * 3! + 3! = 18 52 1050
Vem, então: B = (A © ‾ ‾ © B) §
B) ∂ (A
34
§ B = A ∂ (‾
A © B) § 53 192
a) 5! = 120 b) 2! * 3! = 12
A) © (A ∂ B) §
§ B = (A ∂ ‾
54 5000
§ B = U © (A ∂ B) § B = A ∂ B § 35
§AƒB a) 302! = 302 * 301 * 300! 55 694 232 * 104
‾ e que A ƒ B ,
Concluímos, assim, que A ƒ B b) (n - 3)! * (n - 2) = (n - 2)! 56 24

de onde vem A ƒ B © B , ou seja, A ƒ Δ .
36
Como Δ ƒ A , vem, finalmente, A = Δ . 57 500
a) 99 b) 1 c) n
58 60
37 Para n = 1 , tem-se:
2. Introdução ao cálculo 1
59 8 * 10 * 9 * 7 = 5040
k-1 1-1=1-1§0=0,
∑_ = 1 - _ 1 §_
combinatório k = 1 k! 1! 1!
o que é verdade 60 10 * 93 = 7290
19 2 * 6 = 12 n
k-1
Hipótese de indução: ∑ _ = 1 - _
1
61 9000
k = 1 k! n!
20 3 * 4 * 2 = 24 n+1
k-1
Tese de indução: ∑ _ = 1 - ____
1 62 400
21 k = 1 k! (n + 1)!
Demonstração: 63 100
a) 6 * 5 * 4 * 3 = 360 n+1 n
(por hipótese
k-1 k-1 n+1-1
∑ _ = ∑ _ + ________
de indução)
b) 6 * 6 * 6 * 6 = 1296 = 64
k= 1 k! k = 1 k! (n + 1)!
22 1 + ___
=1-_ n = 1 + ___n 1 =
-_ a) 25 * 24 = 600 b) 3 * 25 * 24 = 1800
n! (n + 1)! (n + 1)! n!
a) 10 * 10 * 10 * 10 * 10 = 100 000 65 5 * 4 * 2 = 40
= 1 + ___n -_n+1 =1+_ n-n-1=
b) 10 * 9 * 8 * 7 * 6 = 30 240 (n + 1)! (n + 1)! (n + 1)!
66 448 , 504
c) 3 * 10 * 10 * 10 * 7 = 21 000 -
___ 1 ___1
=1+ =1-
(n + 1)! (n + 1)! 67 132
23
38 26
A4 = 358 800
a) 9 * 10 * 10 * 10 * 10 * 10 * 10 = 9 000 000 68 26
A'10 = 2610 ) 1,4 * 1014
b) 9 * 9 * 8 * 7 * 6 * 5 * 4 = 544 320 39 1 * 6A3 = 120
69 A'5 > 1 000 000 § x5 > 1 000 000 §
x
c) 5 * 8 * 8 * 7 * 6 * 5 * 4 = 268 800 40 3 * 5! * 10A3 = 259 200
§ x > 15,85 . Logo, cada disco deve ter no
24 7 * 9 * 8 * 7 + 1 * 5 * 8 * 7 * 6 + mínimo 16 letras.
41 52
A3 = 132 600
+ 1 * 1 * 4 * 7 * 6 = 5376 70 9
42 A'5 = 95 = 59 049
25 3 * 5 + 3 * 7 + 5 * 7 = 71
a) C6 = 924
12 71 52
A'4 = 524 = 7 311 616
26 3
A'13 = 313 = 1 594 323 b) 5C2 * 4C2 * 3C2 = 180 72
c) C4 = 210
10
27 2
A'8 = 2 = 256
8
{Δ, {a}, {b}, {c}, {a, b}, {a, c}, {b, c}, {a, b, c}}
d) 8C6 = 28
28 6
A'10 = 610 = 60 466 176 e) 3C2 * 9C4 + 3C3 * 9C3 = 462 73 32

29 24 = 16 43 13
C4 * 7C1 + 13C3 * 7C2 = 11 011 74 2n - n - 1 = 4083 § n = 12

Respostas dos exercícios propostos 119


75 12 91 112 Tem-se: (1 - 1)n = 0n = 0

76 (a, b, c), (a, c, b), (b, a, c), (b, c, a), a) 20


C5 = 15 504 b) C3 * C2 = 6160
12 8
Por outro lado, desenvolvendo (1 - 1)n tem-se:

92 20 (1 - 1)n = nC0 - nC1 + nC2 - nC3 + nC4 - nC5 + ...


(c, a, b), (c, b, a) C10 * 10A5 ou 20
A5 * 15C10 , ou seja,
5 587 021 440 Portanto,
77 Por exemplo: n
C0 - nC1 + nC2 - nC3 + nC4 - nC5 + … = 0 ,
93 12
C3 = 220
(2, 1, x, y, z), (1, 2, y, z, x), (z, 1, x, 2, y) de onde vem
5! = 120 94 50
C5 * C2 = 116 531 800
11 n
C0 + nC2 + nC4 + … = nC1 + nC3 + nC5 + ...
78 5! = 120 O primeiro membro dá a soma do número de
95
subconjuntos com 0, 2, 4, ... elementos.
79 Basta usar a calculadora para verificar. a) 52
C13 ) 6,35 * 1011 O segundo membro dá a soma do número de
b) 13
C5 * 39C8 ) 7,92 * 1010 subconjuntos com 1, 3, 5, ... elementos.
80
c) 39
C13 + 13 * 39C12 + 13C2 * 39C11 ) 1,90 * 1011 Portanto, o primeiro membro dá o número de
a) 6! = 720 b) 5! = 120 subconjuntos com um número par de
d) C3 * C2 * C8 = 4 253 583 048
4 4 44
elementos e o segundo membro dá o número
81 e) 13
C6 * 13C7 * 4A2 = 35 335 872 de subconjuntos com um número ímpar de
a) 8! = 40 320 5! = 30 elementos.
96 5
C2 * 3C2 = _
b) 4! * 4! * 2 = 1152 2! 2! Como o primeiro membro é igual ao segundo
97 4 * 6C3 + 6C4 = 95 membro, está provado que qualquer conjunto
c) 4! * 2! * 2! * 3! = 576
de cardinal n (n å N), tem tantos
82 3! * 4 = 24 . Admite-se que os dois 98 3
C2 * 9C4 + 3C3 * 9C3 = 462 subconjuntos com um número par de
volumes de Os Maias não podem trocar. elementos como com um número ímpar de
99 8 * 8C2 * 56A2 = 689 920 elementos.
83

55
100 n
C2 = 91 § n = 14
9!
a) _ 200!
b) _
5! 197!
Teste 1
13! (n + 1)! 3. Triângulo de Pascal
c) _ d) _______
9! (n - 1)!
e binómio de Newton Págs. 48 e 49
84 Grupo I
101 Sejam a e b o segundo e terceiro
a) 7A3 b) 100
A3 c) 201
A4
elementos de uma linha do triângulo de
1. (D)
d) nA3 e) 11
A2 f) k+1
A3 Pascal. Tal como se pode observar na figura 2. (A)
g) 19
A14 h) 91
A62 abaixo, o terceiro elemento da linha seguinte é 3. (B)
a + b . Ora, uma vez que 1 + a + b = x , vem
85
4. (A)
a+b=x-1.
5. (C)
a) 20 * 19 * 18 * 17 1 a b …
1 1+a a+b …
b) r(r - 1) (r - 2) Grupo II
102 1000
C125
c) 100 * 99 * ... * 52 * 51 1. a) Tem-se:
103 49 ‾∂‾
A B=U§‾
A©B=U§A©B=O
86 5
A3 * 7! = 302 400 C2 = 1176
b) Tem-se:
87 104 27
A © B = O ± (A © C) © (B © C) =
a) 8A6 = 20 160 105 17
C8 + C9 = 48 620
17 = (A © B) © (C © C) = O © C = O
b) 7A5 = 2520 A recíproca não é verdadeira.
106 28 = 256
c) 6 * 7A5 = 15 120 Por exemplo, se A = {1, 2, 3, 4} ,
107 84
C42 B = {4, 5, 6} e C = {2, 6} , tem-se:
88
A © C = {2} e B © C = {6} , pelo que
a) 13
A5 = 154 440 108
A © C e B © C são conjuntos disjuntos.
b) 12
A4 = 11 880 a) 64x3 + 144x2 + 108x + 27 No entanto, os conjuntos A e B não
c) 5A3 * 10A2 = 5400 b) 81a4 - 108a3 + 54a2 - 12a + 1 são disjuntos, pois A © B = {4} .

89
c) 243a5 + 810a4b + 1080a3b2 + 720a2b3 + 2. a1) 3! * 4! * 5! * 6! = 12 441 600
+ 240ab4 + 32b5 a2) 6 * 7A4 * 10! ) 1,83 * 1010
a) 2 * 9A4 = 6048 _
109 207 + 94√5 b) 4C2 * 5 * 6C2 + 4C2 * 6C3 = 570
b) 2 * 2 * 8A3 = 1344
3. a) 2 * 6C2 = 30
c) 9A4 + 4 * 8A3 = 4368 110 12
C7 (3x)5 (- 2)7 = - 24 634 368x5
b) 2 * 6 * 5 = 60
90 9 35
111 - _ 4. x = 1
4

120 Respostas dos exercícios propostos


5. O segundo elemento da linha do triângulo 124 157 {- 2, - 1, 0, 1, 2}
de Pascal que contém os elementos da forma
n
Ck (n ≥ 3) é igual a n . 84 , ___
a) 280y 2 , - _ 14 , - __
1
158
y y4 y7
O penúltimo elemento dessa linha é igual ao
segundo, pelo que também é igual a n . b) 455x3a24 , - 105x2a26 , 15xa28 , - a30 a) {2, 4, 6, 8} b) {2}
Assim, o produto do segundo elemento pelo 125 159 y
penúltimo é igual a n2 . 6
4
4
a) 10 1
C6 __ _x 105
____
O terceiro elemento dessa linha é igual a nC2 . ( x 2 ) ( 2 ) = 32 x 2 2
O terceiro elemento da linha seguinte é igual a 6
b) C6 x _
8 1 28
___
2
( x ) = x4
n+1
C2 .
O 1 5 x
Portanto, temos de provar que: 6
c) C6 _
9x 3 - __ 7 x15
x2 = _
n
C2 + n + 1C2 = n2 ( 3 ) ( 2 ) 144 160 Vamos provar que:
Tem-se: 6
n+1
d) 7C6 x3 _2 448
____ (i) B = Δ ± A ∂ B = A \ B
( x ) = x3
n
A A
n
C2 + n + 1C2 = _2 + _2 =
2! 2! (ii) A ∂ B = A \ B ± B = Δ
n (n - 1) n(n + 1)
= ____ + ____ = 126 (a + b) - (a - b) =
4 4
(i) B = Δ ± A ∂ B = A ‹ A \ B = A ±
2 2
= a + 4a b + 6a b + 4ab + b - (a - 4a b +
4 3 2 2 3 4 4 3 ± A ∂ B = A\B
n - n + n + n = n2
2
= ___________
2
+ 6a2b2 - 4ab3 + b4) = ‾±
(ii) A ∂ B = A \ B ± A ∂ B = A © B
2
= 8a3b + 8ab3 = 8ab(a2 + b2) ± (A ∂ B) © (A
‾ ∂ B) = (A © B ‾ ∂ B) ±
‾) © (A
_
113 x3 + 3x2 + 3x + 1 127 362 + 209√3 ± (A © ‾
A) ∂ B =
_ p = [(A © ‾ ‾] ∂ [(A © ‾
B) © A B) © B] ±
114 128 nCp xn - p · (√y ) = 28 x6y ±
± Δ ∂ B = [(B ‾] ∂ [A © (B
‾ © A) © A ‾ © B)] ±
a) n = 28 b) p = 48 ±n-p=6‹p=2±n=8‹p=2
± B = [‾ ‾)] ∂ (A © Δ) ±
B © (A © A
Logo, n = 8 .
115 ± B = (‾
B © Δ) ∂ Δ ± B = Δ ∂ Δ ±
129 (B)
a) 16
C3 b) 20
C7 c) 49
C19 ±B=Δ

116 130 Forma geral dos termos: 161


p
8
· _1
8-p 8 - 2p
( x ) = Cp x
8
a) n = 101 e p = 31 ou p = 70 Cp x a) 103 = 1000 b) 93 = 729 c) 9 * 4 = 36
b) n = 159 e p = 39 ou p = 118 8 - 2p = 2 § p = 3 162 2 * 5 * 4 = 40 , 4 * 2 + 4 * 3 = 20
c) n = 39 e p = 19 ou p = 20 É o termo 56x2 . (8 começados por 2 e 12 começados por 3)
117 131 Forma geral dos termos:
a) n = 17 b) p = 3 › p = 17 163 12! * 13! * 14! * 3!
_ 11 - p p 33 - 11p
_
11
Cp (x √x ) 1 = 11C x 2
· __
c) p = 6 › p = 32 (x )
4 p
164 9
A3 = 504
118 33
_ - 11p
=0§p=3 165 20
2 C2 = 190
a) 50
C25 b) 12
É o termo 11C3 = 165 .
166 12
C3 = 220
119 1275
132 Forma geral dos termos:
_ 167 4 * 3 + 2 =14 ou 7C2 - 4C2 - 3C2 + 2 = 14
M
120 2M , _ 10
Cp x10 - p ap ; p = 2 ; a = ¿√2
2
168 n
A2 = 2 * nC2 ; logo, nC2 = 435
121 133
n (n - 1)
a) 7 b) 195 g(a) = (a + 1) = a4 + 4a3 + 6a2 + 4a + 1
4 C2 = 435 § ____ = 435 §
n
2
§ n = 30 › n = - 29
122
n = 30
a) 9 b) 6 c) 21 + Exercícios Propostos 4
169 ∑ 4Ck = 24 = 16
123 134 (D) 135 (C) 136 (A) 137 (A) k=0

a) x10 , - 5x7y , 10x4y2 , - 10xy3 170


138 (D) 139 (A) 140 (B) 141 (B)
x 6 , - 6 __
b) __ x 4 , 15 __
x 2 , - 20 a) 1 b) 2
y6 y4 y2 _ 142 (D) 143 (D) 144 (C) 145 (C) c) 3! = 6 d) 5C2 * 3! = 60
1024
_____ 5120
_______ 5120 √y
________
c) , _ = , e) 11
C3 * 8C2 * 6! = 3 326 400
y5 √y * y 4 y5 146 (C) 147 (A) 148 (A) 149 (C)
_
15 360 √y 171
11 520 , _______
________ 15_360 = __________ 150 (C) 151 (A) 152 (D) 153 (A)
y4 √y * y 3 y4 a) x = 2 › x = 0 b) x = 9
d) x5 , - 5x4y2 , 10x3y4 , - 10x2y6 154 (D) 155 (D) 156 (A) c) x = 3

Respostas dos exercícios propostos 121


172 C2 + 6C3 + 7C4 + 8C5 = 7C3 + 7C4 + 8C5 =
6 183 5! + 5C2 * 3! + 5C2 * 3! + 5C3 * 2 = 260 187 Provar que 2n > n equivale a provar que,
= C4 + 8C5 = 9C5
8 sendo A = {1, 2, 3, …, n} e sendo P (A) o
184 2n + 1
C3 + 2n + 1C4 - 2n + 3C5 + 2n + 2Cn + 1 = 0 § conjunto dos subconjuntos de A , se tem
n = 9 , p = 5 ou p = 4
# P (A) > n (pois # P (A) = 2 ).
2n + 1 n
n § C3 + 2n + 1C4 + 2n + 2Cn + 1 = 2n + 3C5 §
173 ∑ Ck = 2 e nC0 = 1 ;
n n
2n + 2
k=0
§ C4 + 2n + 2Cn + 1 = 2n + 3C5 § Ora,
§ 2n + 2C4 + 2n + 2Cn + 1 = 2n + 2C4 + 2n + 2C5 § # P (A) = #({O, {1}, {2}, {3}, …, {n}, …}) ≥
n
logo, ∑ Ck = 2 - 1
n n

k=1 § 2n + 2Cn + 1 = 2n + 2C5 § ≥n+1>n


174 n2 = 144 ‹ n å N ± n = 12 ; 11
C3 = 165 § n + 1 = 5 › n + 1 + 5 = 2n + 2 §

2
§n=4›n=4§n=4
175 2n = 512 ± n = 9 ; 10
C5 = 252
185 De acordo com o enunciado, seja x o
176 7
C1 + 7C3 + 7C5 + 7C7 = terceiro elemento de uma linha do triângulo

Tema
= 6C0 + 6C1 + 6C2 + 6C3 + 6C4 + 6C5 + 6C6 = 26 de Pascal.
  
7
C1 + 7
C3 + 7
C5 + 7
C7 Seja a o segundo elemento dessa linha. Probabilidades
n=6 Tem-se, então, que os três primeiros elementos
dessa linha e os três primeiros elementos da
177
linha seguinte são:
1. Definir espaços
de probabilidades
3
a) C3 t _
9 2 6
( t ) = 672t
3
1 a x …
2
1 a+1 a+x … 1
b) 10
C2 a8 _1 45 6
___
( 2a ) = 4 a Ainda de acordo com o enunciado, tem-se:
a1) {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12}
178 (1 + x)3 + (1 - x)3 = 1+a+x=y e
a2) {3} (por exemplo)
1+a+1+a+x=z
= 1 + 3x + 3x2 + x3 + 1 - 3x + 3x2 - x3 = a3) {2, 3, 4} (por exemplo)
= 2 + 6x2 (em qualquer linha do triâgulo de Pascal, a
a4) 212 = 4096
soma dos três últimos elementos é igual à soma
179 dos três primeiros elementos). b1) {1, 2, 3} b2) {3, 6, 9, 12}

a) - 20 b) 2n
Cn x n Vem, então: b3) {6, 7} b4) Δ
1+a+x=y§a=y-x-1 c1) Sair número ímpar, por exemplo.
180
1 + a + 1 + a + x = z § z = x + 2a + 2 § c2) Sair número múltiplo de 4, por exemplo.
C4 (- 2) = 7920 .
4
a) Sim, é o termo 12

§ z = x + 2(y - x - 1) + 2 § z = 2y - x c3) Sair número primo, por exemplo.


b) A expressão geral dos termos pode ser:
n c4) Sair número maior do que 7, por exemplo.
12 - 3k
_ 1 =
186 Para n ≥ 3 , tem-se: 1 + _
12
Ck (- 2) x
k 2
e ( n) d1) A ∂ B ‾©B
d2) A ‾©‾
d3) A B
0 1
1 1 e) {1, 2, 3} e {4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12}
12 - 3k = 2 § k = _
_ 8∫N = nC0 * 1n * _ n-1 _
( n ) + C1 * 1 * ( n ) + C2 *
n n

2 3 (por exemplo)
2 n
181 Consideremos o esquema: * 1n - 2 * _1 1
_ f) {1, 2, 3} e {6, 7, 8, 9, 10, 11, 12}
( n ) + … + Cn * 1 * ( n ) =
n 0

(por exemplo)
_E_E_E_E_E_E_E_E_E_ n (n - 1) __
1 + ____
=1+n*_ * 12 + … + __
1 =
2
As nove cartas de espadas podem permutar n 2 n nn
entre si. n (n - 1) 1 = a) {(1, p), (1, e), (2, p), (2, e), (3, p), (3, e),
= 1 + 1 + _______ + … + __
Escolhem-se quatro dos dez espaços 2n 2 nn (4, p), (4, e), (5, p), (5, e), (6, p), (6, e)}
(representados por _) para colocar as quatro n - 1 + … + __
=2+_ 1 b1) {(6, p), (6, e)}
cartas de copas. 2n nn
b2) {(2, e), (4, e), (6, e)}
Resposta: 9! * 10A4 = 1 828 915 200 . Portanto, para n ≥ 3 , tem-se:
n b3) {(1, p), (1, e), (2, p), (3, p), (4, p), (5, p),
182 1
_ n-1
_
(1 + n ) > 2 + 2n (6, p)}
Peças Peças Total de Número de Vamos mostrar que, para n ≥ 3 , se tem c1) Sair 1 ou 2 e a face europeia.
quadradas retangulares peças configurações c2) Sair 5 ou 6 no dado.
2+_n - 1 > 2,3 .
14 0 14 1 2n
13
3
12 1 13 C1 Tem-se, para qualquer n natural:
n - 1 > 2,3 § _ n - 1 > 0,3 § a) 0,8 b) 0,3
2+_
12
10 2 12 C2
11 2n 2n
8 3 11 C3 4
10 § n - 1 > 0,6n § 0,4n > 1 § n > 2,5
6 4 10 C4
a) P(A © B) + P(A‾ ∂ B‾) = P(A © B) + P(A
‾ © B) =
4 5 9 9
C5 Conclusão: para n ≥ 3 , tem-se:
n = P(A © B) + 1 - P(A © B) = 1
8 1
_ n-1
_ n-1
_
(1 + n ) > 2 + 2n e 2 + 2n > 2,3
2 6 8 C6
b) P(A) + P(A‾ ∂ B) = P(B) + P(A ∂ ‾ B) §
0 7 7 1
1
_
n
§ P(A) + P(A ‾) + P(B) - P(A ‾ © B) =
1 + C1 + C2 + C3 + C4 + C5 + C6 + 1 = 610
13 12 11 10 9 8 Portanto, se n ≥ 3 , então
(1 + n ) > 2,3 . = P(B) + P(A) + P(B ‾) - P(A © B ‾) §

122 Respostas dos exercícios propostos


6
§ 1 + P(B) - P(‾ A © B) = 9 = 0,468 559
c) 1 - ____ 4. (D)
106
= 1 + P(A) - P(A © B
‾) § 5. (A)
§ 1 + P(A © B) = 1 + P(A © B) 11
Grupo II
5 2 * 3! * 4! = _
a) _ 2 5! * 3! = _
b) _ 1
165 ) 0,08
1. a) _ b) 4! * 2 = 48
7! 35 7! 7
a) Qualquer valor do intervalo [0,7; 1] . 2024
3! * 4! = _
c) _ 1 2 * 6! = _
d) 1 - _ 5 2. a) 7 * C2 * A4 = 37 800
6 6
b) Qualquer valor do intervalo [0,1; 0,4] . 7! 35 7! 7
b) _ 8 =_ 1
6 Qualquer valor do intervalo [0; 0,4] . 8*8 8
12
1 * 3! * 9A2 _ 3. a) Tem-se:
7 Trata-se de provar, por indução, que, sen- a) ___________ = 1
13
A6 2860 P(A B) + P(A) = P(‾
‾©‾ A ∂ B) + P(A) =
do A1 , A2 , ... , An acontecimentos tais que, 10
dados quaisquer dois, a sua interseção é vazia,
A
b) ___________
6
=_35 = 1 - P(A ∂ B) + P(A) =
13
se tem: A6 286 = 1 - [P(A) + P(B) - P(A © B)] + P(A) =
9
C6 _ 7
P(A1 ∂ A2 ∂ ... ∂ An) = c) ___________
13
= = 1 - P(A) - P(B) + P(A © B) + P(A) =
= P(A1) + P(A2) + ... + P(An) A6 102 960
= 1 - P(B) + P(A © B) = P(‾
B) + P(A © B)
Para n = 1 , vem P(A1) = P(A1) , que é verdade. 13 b) A probabilidade de a viagem sair a uma
Hipótese de indução: sendo A1 , A2 , ... , An 2 * 5C2 _ 5*8=_ mulher licenciada é 18%.
a) ___________
10
=4 b) _
10
1
acontecimentos tais que, dados quaisquer dois, C2 9 C3 3 4. x = 3
a sua interseção é vazia, tem-se: 5
_ * 2 2
_
c) = 17
5. _
P(A1 ∂ A2 ∂ ... ∂ An) = 5*5 5 36
= P(A1) + P(A2) + ... + P(An)
14 Provar que no saco há pelo menos uma
Tese de indução: sendo A1 , A2 , ... , An + 1 acon-
bola azul com o número 1 equivale a provar 17
tecimentos tais que, dados quaisquer dois, a
sua interseção é vazia, tem-se: que, ao tirar ao acaso uma bola do saco, é pos-
a) {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
sível o acontecimento «a bola extraída é azul e
P(A1 ∂ A2 ∂ ... ∂ An ∂ An + 1) = b) E = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}
tem o número 1».
= P(A1) + P(A2) + ... + P(An) + P(An + 1)
Em relação à experiência aleatória «tirar, ao c) E = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Demonstração: acaso, uma bola do saco», sejam os aconteci- d) E = {(S, N), (N, S), (S, S), (N, N)}
P(A1 ∂ A2 ∂ ... ∂ An ∂ An + 1) = mentos:
e) E = {(A, B, C), (A, C, B), (B, A, C), (B, C, A),
= P [(A1 ∂ A2 ∂ ... ∂ An) ∂ An + 1]=* A: a bola é azul
(C, A, B), (C, B, A)}
= P(A1 ∂ A2 ∂ ... ∂ An) + P(An + 1) **
= B: a bola tem o número 1
= P(A1) + P(A2) + ... + P(An) + P(An + 1) Sabe-se que P(A) = 0,7 e P(B) = 0,4 . 18
*Estamos a admitir que A1 , A2 , ... , An + 1 são Como P(A © B) ≤ 1 , tem-se: a) A = {1, 4} b) B = {1, 2, 4}
acontecimentos tais que, dados quaisquer dois, P(A) + P(B) - P(A © B) ≤ 1 , ou seja, c) C = {3, 6}
a sua interseção é vazia. Portanto, 0,7 + 0,4 - P(A © B) ≤ 1 , donde vem
(A1 ∂ A2 ∂ ... ∂ An) © An + 1 = 19
P(A © B) ≥ 0,1 . {(p, e, p), (e, p, e)}
= (A1 © An + 1) ∂ (A2 © An + 1) ∂ ... ∂ (An © An + 1) =
Como P(A © B) 0 0 , o acontecimento A © B 20 M: rapaz; F: rapariga
= Δ ∂ Δ ∂ ... ∂ Δ = Δ é possível, ou seja, é possível o acontecimento
Vem, então, pelo axioma 3 da axiomática de «a bola extraída é azul e tem o número 1». a) A = {(M, M, M, F), (M, M, F, M),
Kolmogorov, que: Portanto, no saco há pelo menos uma bola azul (M, F, M, M), (F, M, M, M)}
P [(A1 ∂ A2 ∂ ... ∂ An) ∂ An + 1] = com o número 1. b) B = {(M, M, F, F), (M, F, M, F), (M, F, F, M),
= P(A1 ∂ A2 ∂ ... ∂ An) + P(An + 1)
15 (F, M, M, F), (F, M, F, M), (F, F, M, M)}
**
Aplicando a hipótese de indução.
a) 1000 b) 3000 c) 2000 21
8 _ 1 1
= ___________
49
C5 * 13 24 789 492 16 É de esperar que o Bruno perca 200 a) Não b) Sim c) Sim
euros. 22
9

55
10 = _
5 6 =_1 a) A ∂ B = {4, 8, 6, 12} no espaço de resulta-
a) __ b) __
63 108 63 36 dos E = {2, 3, 4, 5, ..., 11, 12} .
6*5*4=_
c) __ 5 15 = _
d) __ 5
Teste 2 b) A © B = {12} no espaço E (ver a)).
63 9 63 72
23 É uma afirmação falsa. Por exemplo, no
Págs. 78 e 79
10 lançamento de um dado, os acontecimentos
10 Grupo I A = {1, 2} e B = {4, 6} são incompatíveis,
A6
a) _____ = 0,1512 1. (D) mas pode não se realizar nem A nem B (se
106
sair, por exemplo, 3).
6
C2 * 9
4 2. (D)
b) _______ = 0,098 415 24 ... contrários ... realização
106 3. (B)

Respostas dos exercícios propostos 123


25 A = {1, 2} e B = {3, 5, 6} ou A = {2, 6} ‾) + P(B) = P(A) + P(‾
b) P(A ∂ B A ∂ B) § 125 = _
48 _ 5
900 36
e B = {1, 5} ou A: sair n.° par e B: sair 3 ou 5 § P(A) + P(B ‾) + P(B) =
‾) - P(A © B

26 = P(A) + P(A
‾ ∂ B) § 5*4*3+8*7*6=_
49 ___________ 66
15 * 14 * 13 455
‾. ‾. ‾) = P(‾
§ 1 - P(A © B A ∂ B) §
a) Pertence a A b) Pertence a A
27 § P (‾ B) = P(A
A©‾ ‾ ∂ B) §
50
§ P(A ‾ ∂ B) = P(A
‾ ∂ B) , o que é
a) ‾
B = {3, 4, 5, 6}
verdade. a) _ 12 = _ 1 10 * 10 * 12 = _
b) ____________ 10
b) ‾ ‾
A∂B={1, 2, 4, 6} = {3, 5} 40 * 39 130 40 * 39 13
38 A probabilidade de qualquer aconteci-
c) ‾ ‾
‾={
A©B 4, 6} = {1, 2, 3, 5}
mento é inferior ou igual a 1, pelo que, em 51
B \ A = {‾
d) ‾ 1} = {2, 3, 4, 5, 6} particular, se tem P(A ∂ B) ≤ 1 .
5 * 4 * 3 + 10 * 9 * 8 = _
a) ____________ 2
28 Vem, então: 15 * 14 * 13 7
b) 0
a) A © B = Δ b) A ƒ B P(A ∂ B) ≤ 1 § P(A) + P(B) - P(A © B) ≤ 1 §
5 * 4 * 10 * 3 + 10 * 9 * 5 * 3 = _
c) ____________ 5
29 § 0,6 + 0,7 - P(A © B) ≤ 1 §
15 * 14 * 13 7

a) ‾
A©B‾=‾ A∂B=A ‾∂B=B∂‾ A (leis de De § – P(A © B) ≤ 1 - 1,3 § P(A © B) ≥ 0,3
Morgan, dupla negação, comutatividade) 52 Probabilidade de ganhar (cor diferente):
Como P(A © B) 0 0 , tem-se A © B 0 Δ .
b) ‾
A©B©C=A ‾ ©B∂‾ C=‾ A∂‾B∂C ‾ • sem reposição:
(associatividade e leis de De Morgan) 39 P(‾ B) ≤ 1 + P(‾
A) + P(‾ A ∂ B) § 3*2*1*3*2*1=_
___________ 3
30 § 1 - P(A) + 1 - P(B) ≤ 1 + 1 - P(A ∂ B) § 6*5*4 10
• com reposição:
‾∂B
a) A ‾=‾ A©B=‾ Δ=E § - P(A) - P(B) ≤ - P(A ∂ B) § 3*2*1*3*2*1=_ 1
___________
‾) = (A © B) ∂ (A © A
b) A © (B ∂ A ‾) = § P(A) + P(B) ≥ P(A ∂ B) § 6*6*6 6
=Δ∂Δ=Δ É melhor tirar sem reposição.
§ P(A) + P(B) - P(A ∂ B) ≥ 0 §
31 P(A ∂ B) 0 P(A) + P(B) , logo os Probabilidade de ganhar (mesma cor):
§ P(A © B) ≥ 0 , o que é verdade.
acontecimentos não são incompatíveis • sem reposição:
(axioma 3). 40
3*2*1=_
_ 1
32 1 1 1 3 6 * 5 * 4 20
a) _ b) _ c) _ d) _
1 18 2 9 4 • com reposição:
a) _
2 3*3*3+2*2*2+1=_
___________ 1
17 > 1 41 6*6*6
b) P(A) + P(B) = _ 6
12 É melhor tirar com reposição.
Portanto, a probabilidade de A © B é 1
a) _ 5
b) _
maior do que 0, de onde se conclui que 36 9
53
A © B 0 0.
42 13 * 12 * 11 = _
11
a) ___________
33 P(‾ 52 * 51 * 50 850
A ∂ B) = 1 - P(A ∂ B) = 4
a) _ 7
b) _ 1
c) _ 2
d) _ e) _8
105 15 35 35 105 13 * 12 * 39 * 3 = _
b) ___________ 117
= 1 - [P(A) + P(B)] =
52 * 51 * 50 850
= 1 - P(A) - P(B) = P(‾
A) - P(B) 43
c) 1 - _ 839
11 = _
34 É P(ás) + P(copas) - P(ás de copas) 1 2 1 5
850 850
a) _ b) _ c) _ d) _
35 35 7 7
35 23 * 3! = _
54 __ 1
6! 15
a) 0,8 b) 0,6
44 55
36 60
C2 * 20C2
a) 0,504 b) 0,0486 c) 0,021 a) ___________ ) 0,21
a) P(A ∂ B) pode tomar qualquer valor do 80
C4
intervalo [0,7; 1] . 45 _1 60
P(A © B) pode tomar qualquer valor do C3 * 20 + 60C4
462 b) ___________
80
) 0,74
intervalo [0,1; 0,4] . C4
46
b) 0,4
56
37 a) 0,000 9985 b) 0,005 1846 16
C2 * 12C1 ___________
16
C * 12 _
a) ___________ = 282 = 40
a) P(A © B) + P(A
‾∂‾ B) = 47 28
C3 C3 91
= P(A © B) + P(A © B) =

17 85 10
26
C1 _
a) _ b) _ c) _ b) ___________ = 26 = _
1
= P(A © B) + 1 - P(A © B) = 1 81 378 27 28
C3 28C3 126

124 Respostas dos exercícios propostos


55
57 A probabilidade de, ao lançar um dado, sair
um número maior do que 4 é igual a _1.
a) C5 ou C4 = 126
9 9
1
Portanto, P(Y | X) = _ .
3 Teste 3
6*2=_
b1) ___________ 2 3
9
C4 21 66 5
6
Págs. 102 e 103
C2 * 2 - 1 _
b2) ___________
9
= 29 2*_
67 _ 2=_4
C4 126 Grupo I
3 7 21
58 1. (B)
68
a) 11
C2 - 2 - 5 = 48 ou a) Tem-se A © B ƒ A , pelo que: 2. (A)
8
C2 + 2 * 6 + 1 * 6 + 1 * 2
P(A © B) ≤ P(A) 3. (C)
4
C3 * 3 + 7C3 + 6C3 + 5C3 - 10 _
b) ___________ 11
= 67 Como P(A © B) > 0 , vem P(A) > 0 . 4. (A)
C3 165
b) P(A © B © C) = P [(A © B) © C] =
5. (D)
59 = P(A © B) * P(C | A © B) =
2 4 1 2 = P(A) * P(B | A) * P(C | A © B) Grupo II
a) _ b) _ c) _ d) _
15 25 3 25 3*_
2*_
1=_
1
c) _ 1. _ 4 =_
1
6 5 4 20 20
C5 3876
60
69 _
3 * 0,01 + _
1 * 0,7 = 0,1825 13
2. a) _ 7
b) _
1
a) _ 3
b) _ 4 4 30 20
12 91
3. Tem-se:
1
70 _
P(A‾©‾ ‾)
B) - P(A
2. Definir probabilidade
4 1 + ________________ =
P(B)
condicionada 1
71 _ P(‾
A) - P(A ‾©B ‾)
= 1 - ________________ =
2
P(B)
61 0,1
72 P(‾
A © B)
= 1 - _________ =
62 A ƒ B ± ‾ P(B)
Bƒ‾ ‾©Aƒ‾
A±B A©A± a) 0,02 b) 0,375
= 1 - P(‾
A | B) =
±‾ ‾©A=Δ
B©AƒΔ±B
Portanto, 73 _
14 = P(A | B)

P(‾ P(Δ) ____ 15


B © A) _____
‾ | A) = _________
P(B = = 0 =0 4. a) P(B) = 0,46
P(A) P(A) P(A) 23
74 P(A © ‾ B) = P(A) - P(A © B) = b) P(B) = _
38
63 = P(A) - P(A) * P(B) = P(A) [1 - P(B)] =
5. 252 registos.
1 = P(A) * P(‾
B)
a) P(N) = _ b) P(‾
M) = 0,58
5
75
c) P(M © N) = 0,07 d) P(‾
M | N) = 0,65
1 5 77
1
e) P(N | M) = _ a) _ b) _
72 24 1 4 3
6 a) _ b) _ c) _
2 7 7
76 P(A | B) + P(A
‾|B
‾) = 1 §
64
§ P(A | B) = 1 - P(‾ ‾) §
A|B 78
‾∂B
a) P(A A © B) = 1 - P(A © B) =
‾) = P(‾
P(A © B) § P(A | B) = P(A | B
‾) § a) P(ténis | rapariga) = 0,08
= 1 - P(A) * ________ = 1 - P(A) * P(B|A)
P(A) (
PA©B ) P(A © ‾ B) b) P(rapaz | futebol) = 0,9
1 1 5 § ________ = _________ §
_
b) 1 - * = _ _ P(B) P(B ‾) c) P(rapariga | natação) = 0,5
3 2 6
P(A © B) P(A) - P(A © B)
§ ________ = _______________ § 79 15 bolas.
65 P(Y | X) é a probabilidade de, no final da P(B) P(‾
B)
experiência, ficarem mais bolas na caixa A do B) * P(A © B) =
§ P(‾ 80
que na caixa B, sabendo que saiu o número 3 1 1
no primeiro lançamento do dado. Ora, se saiu o
= P(B) * P(A) - P(B) * P(A © B) § a) P(S | R) = _ b) P(R | M) = _
3 2
número 3 no primeiro lançamento do dado, B) * P(A © B) + P(B) * P(A © B) =
§ P(‾ 1
foram transferidas três bolas da caixa A para a c) P(M | S) = _
= P(B) * P(A) § 3
caixa B. A caixa A ficou com três bolas e a 81
caixa B ficou com onze bolas. Seja x o § P(A © B) * [P(‾
B) + P(B)] =
23 = 46% ; p(F | H) = _
a) P(F) = _ 18 = _
3
número saído no segundo lançamento. Dizer = P(B) * P(A) §
50 30 5
que, no final da experiência, ficam mais bolas
§ P(A © B) * 1 = P(B) * P(A) § b) P(M | F) = _5 c) P(M | F 15 = _
‾) = _ 5
na caixa A do que na caixa B, equivale a dizer
23 27 9
que 3 + x > 11 - x , ou seja, x > 4 . § P(A © B) = P(B) * P(A)

Respostas dos exercícios propostos 125


82 91 P(B | pouco contraste) = 2*3*1=_
121 _ 1
5 * 4 * 3 10
12 = _
a) P(par | diferentes) = _ 2 0,68 * 0,06
30 5 = ___________ ) 0,86 = 86%
0,68 * 0,06 + 0,32 * 0,02 5
122 1 - ___________ 124
=_
b) P(diferentes | par) = _ 2
12 = _ 5 * 5 * 5 * 5 125
18 3
92
83 2+2
123 ___________ =_ 1
1 e P(S | D) = _
a) P(D | S) = _ 1 1 * 8 * 7 * 5 70
a) P(A © B) = 0,02 b) P(A | B) = 0,1 3 3 (os casos favoráveis são 1302, 1032, 1230,
‾ | A) = 0,005
c) P(B b) Não são independentes. Por exemplo: 1320)
1 0 P(D | S)
P(D) = _
(X © Y) P X) 1 - P(X ∂ Y)
(‾ 124
84 P
________ + _____ - _______ = 2
P(Y) P(Y) P(Y) 1 e P(B | D) = _
c) São independentes: P(B) = _ 1. 1 =_1 3! 2! = _
1
6 6 a) _ b) _
P(X © Y) + 1 - P(X) - 1 + P(X ∂ Y) 5! 120 5! 10
= ________ = 93 P(A ∂ B) = 0,12 + 0,03 - 0,12 * 0,03 =
P(Y)
3! * 4 * 3! = _
125 __________ 1
P(X © Y) - P(X) + P(X) + P(Y) - P(X © Y) = 0,1464 6! 5
= ________ =
P(Y)
P
_(Y) 94 0,6 * 0,4 * 2 = 0,48 126
= =1
P(Y) 3! + 5A3 _
a) 9A3 = 504 b) _ = 11
(A © B) 95 9
A3 84
85 P(B) = P
_ ± P(B) = 0,4
3
C2 * 2 *3! 3
___________
c) 4 = _
P(A | B) a) 0,5 5
b) _
6 A3 + 4 * 5C2 * 3! 22
P(A) = 0,8 - 0,4 + 0,1 = 0,5
‾) = 1 - P(A) = 0,5
P(A 6 =_
127 __ 3
+ Exercícios Propostos 43 32
86 P(B | A) é a probabilidade de ficarem pelo 4
A'2 + 3A'2 _
menos dez bolas na caixa, sabendo que saiu 4 96 (B) 97 (C) 98 (D) 99 (A) 128 __ = 25
7*7 49
no 1.° lançamento. Como saiu 4 no 1.°
lançamento, tiraram-se quatro bolas da caixa, 100 (A) 101 (C) 102 (C) 103 (D) 4
C3 * 6 _
129 _ =3
então estão lá oito. Para ficarem pelo menos dez 8
C3 7
têm de colocar-se na caixa pelo menos duas 104 (A) 105 (A) 106 (A) 107 (D) 130 P(B | A) significa «probabilidade de a
bolas. Como só se colocam bolas na caixa se
sai ímpar, tem de sair 3 ou 5, e a probabilidade Catarina e o Diogo se sentarem ao lado um do
108 (D) 109 (B) 110 (D) 111 (D)
2=_ 1. outro, sabendo que a Ana, a Bárbara e a
de sair 3 ou 5 é _
6 3 Catarina estão sentados em lugares
87 112 (B) 113 (A) 114 (B) 115 (B) consecutivos, com a Bárbara no meio». Assim,
5*_
3=_
15 5*_
5=_
25 existem cinco lugares possíveis para o Diogo
a1) _ a2) _ 116 se sentar, dos quais apenas um fica ao lado da
8 8 64 8 8 64
Catarina. Portanto, P(B | A) = _1.
a) #E = 21 ; # P (E) = 221 = 2 097 152
5*_
a3) _ 3*2=_15
8 8 32 5
5*_
3=_
15 5*_
4=_5 b1) {{1, 2}, {2, 3}, {3, 4}, {4, 5}, {5, 6}, {6, 7}} 131
b1) _ b2) _
8 7 56 8 7 14
b2) {{3, 4}, {3, 5}, {3, 6}, {3, 7}} a) 0,3 b) 0,4 c) 0,125
5*_
b3) _ 3*2=_15
8 7 28 132
b3) {{1, 3}, {1, 5}, {1, 7}, {3, 5}, {3, 7}, {5, 7}}
1*_
88 P(N © C) = P(N) * P(C | N) = _ 1=_1 ‾
a) P((A
‾ © B) | B) = P((A ∂ B
‾) | B) =
3 4 12 117 Como A e B são incompatíveis, tem-se
89 que P(A ∂ B) = P(A) + P(B) . P((A ∂ B‾) © B) P((A © B) ∂ (B ‾ © B))
= _______________ = ____________________ =
P(B) P(B)
a) P(A) = P(A © U1) + P(A © U2) = Portanto, tem-se:
P((A © B) ∂ Δ) P(A © B)
= ____________________ = _________ = P(A | B)
=_1*_2+_ 1*_1=_1 P(A ∂ B) = 4P(B) § P(A) + P(B) = 4P(B) § P(B) P(B)
2 6 2 6 4
1*_2+_ 5*_ 1=_ 7 § P(A) = 3P(B) b) 1 - P(A | B) * P(B) - P(A © B
‾) =
b) P(A) = _
6 6 6 6 36
1
118 _ = 1 - P(A © B) - P(A © B
‾) =
90 P(A) = 1 - 0,6 = 0,4
3 = 1 - [P(A © B) + P(A © B
‾)] =
P(B | A) = 1 - 0,2 = 0,8 119 P(A © B) + P(‾
A) ≤ 1 § = 1 - P(A) = P(‾
A)
P(A © B) = 0,4 * 0,8 = 0,32
§ P(A © B) ≤ 1 - P(‾
A) § P(A © B) ≤ P(A) , P(A ∂ B) P(A) + P(B) - P(A © B)
‾) = 0,4 * 0,2 = 0,08
P(A © B c) ____ = ___________ =
o que é verdade, pois A © B ƒ A . P(B) P(B)
0,42
‾) = _
P(‾
B|A = 0,7 P(A) + P(A ‾ © B) P(A) P(A‾ © B)
0,6 120 = _________________ = _ + _ =
P(B) P(B) P(B)
‾) = 0,3
P(B | A
1 18 = 0,72 3 = 0,03 P ( A )
a) _ b) _ c) _ = _ + P(‾ A | B)
‾) = 0,6 * 0,3 = 0,18
P(B © A 2 25 100 P(B)

126 Respostas dos exercícios propostos



d) P(A © B | B) + P(A | B) = Pretende-se determinar a probabilidade do 141 Deve dizer-se o que são os acontecimen-
jovem escolhido ser do sexo masculino, ou
= 1 - P(A © B | B) + P(A | B) = tos A , B , C e X de acordo com a
seja, P(A) .
P((A © B) © B) sugestão.
= 1 - ______________ + P(A | B) = Aplicando a igualdade da alínea anterior, 1.
P(B) Tem-se P(A) = P(B) = P(C) = _
vem: 3
P(A © B)
___________________
=1- + P(A | B) = P(A © X)
P(B) P(A) * (0,1 - 1) = P(‾
A) - 0,94 § P(A | X) = _ =
P(X)
= 1 - P(A | B) + P(A | B) = 1 § - 0,9P(A) = 1 - P(A) - 0,94 § P(A © X)
= ___________ =
§ 0,1P(A) = 0,06 § P(A) = 0,6 P(A © X) + P(B © X) + P(C © X)
‾)
P(B
e) P(B | A) ≥ 1 - _____ § P(A) * P(X | A)
P(A) = ________________ 
*
Portanto, a probabilidade pedida é 0,6. P(A) * P(X | A) + P(B) * P(X | B) + P(C) * P(X | C)
P(A © B) ‾)
P(B
§ ____ ≥ 1 - _____ § 1 * __
__ 1
P(A) P(A) 20
134 _ 3 2 1
41 = ___________________ =_
P(A © B) P(B
‾) 1 * __
__ 1 + __
1 * 1 + __
1*0 3
§ ____ + _____ ≥ 1 § 3 2 3 3
P(A) P(A) 135 _6
11 P(B © X)
P(A © B) + P(‾
B) P(B | X) = _ =
§ _______________ ≥ 1 § P(X)
P(A) 1
136 _
3 ___________ P(B © X)
§ P(A © B) + P(B
‾) ≥ P(A) § = =
P(A © X) + P(B © X) + P(C © X)
§ P(A © B) + 1 - P(B) ≥ P(A) § 137 Tem-se:
P(B) * P(X | B)
§ P(A © B) - P(B) - P(A) ≥ - 1 § 56 ; P A © B = _
1 ; P(B) = _ 56 = ________________  *
P(A) = _ ( ) P(A) * P(X | A) + P(B) * P(X | B) + P(C) * P(X | C)
9 81 729
§ - P(A © B) + P(B) + P(A) ≤ 1 § 1*1
_
Como P(A © B) = P(A) * P(B) , conclui-se que 3 2
§ P(A) + P(B) - P(A © B) ≤ 1 § = ________________ =_
A e B são acontecimentos independentes. 1*_
_ 1+_1*1+_ 1*0 3
§ P(A ∂ B) ≤ 1 , o que é verdade. 3 2 3 3
138 0,5 Como P(B | X) > P(A | X) , o concorrente não
133 deve manter a escolha inicial.
139 Sejam A e B os acontecimentos:
a) P(A) * [P(B | A) - 1] = P(A
‾) - P(A
‾∂B
‾) § Após a intervenção do apresentador, é duas vezes
P(A © B) A: a resposta está certa mais provável que o automóvel esteja atrás da
§ P(A) * ________ - 1 = porta B do que atrás da porta A.
[ P(A) ]
B: o aluno sabia a resposta
* O concorrente começa por escolher a porta A.
= 1 - P(A) - P(‾ ‾) §
A©B Tem-se: Portanto, tem-se:
§ P(A © B) - P(A) = P(A © B) P(A © B) • se o automóvel estiver atrás da porta A,
P(B | A) = _________ = ___________________ =
= 1 - P(A) - [1 - P(A © B)] § P(A) P(A © B) + P(A © ‾
B) o  apresentador pode abrir a porta B ou a
1 ;
porta C, pelo que P(X | A) = _
§ P(A © B) - P(A) = P(B) * P(A | B)
= _____________________________ = 2
= 1 - P(A) - 1 + P(A © B) § P(B) * P(A | B) + P(‾ B) * P(A | ‾ B) • se o automóvel estiver atrás da porta B,
§ P(A © B) - P(A) = P(A © B) - P(A) , m
_*1 m
_ o  apresentador tem de abrir a porta C,
n n pelo que P(X | B) = 1 ;
o que é verdade. = ________________ = ________________ =
m*1+_
_ n-m*_ 1 _ m+_ n-m • se o automóvel estiver atrás da porta C,
b) Sejam A e B os acontecimentos: n n 4 n 4n o apresentador tem de abrir a porta B, pelo
A: o jovem escolhido é rapaz m
_ m
_ que P(X | C) = 0 .
B: o jovem escolhido é português n
= ________ n
= ________________ m*_
=_ 4n =
4m + n_
_ -m _ n + 3m n n + 3m
Tem-se:
4n 4n 4n
• dos rapazes participantes no encontro, 10%
_ 4m
são portugueses, ou seja, P(B | A) = 0,1 ; =
n + 3m
• a probabilidade de ser estrangeiro ou do
sexo feminino é 0,94, ou seja, 3
140 _
‾∂‾
P(A B) = 0,94 . 7

Respostas dos exercícios propostos 127


PARA O ALUNO
• Manual do Aluno (3 volumes)
• Caderno de Exercícios
• Simulador de Exames
• Apoio Internet www.mat12.te.pt

PARA O PROFESSOR (EXCLUSIVO)


• Manual do Professor (3 volumes)
• Resoluções dos Exercícios do Manual
• Resoluções dos Exercícios do Caderno de Exercícios
• Caderno de Apoio ao Professor
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Recomenda-se a utilização conjunta do Manual e do Caderno


de Exercícios para facilitar a aprendizagem e contribuir para
o sucesso escolar. Estes materiais podem, no entanto, ser
vendidos separadamente.

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